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Eutectic do Brasil Ltda. 1


INDICE Página

1 - Noções sobre soldagem .................................................................................. 2

1.1 - Definição de soldagem ......................................................................... 2

1.2 - Processos de soldagem ....................................................................... 2


1.2.1 - Processo de fusão .................................................................... 3
1.2.3 - Processo por brasagem ............................................................ 3
1.2.4 - Processo de solda branca ......................................................... 3

1.3 - Esquema de ligação por difusão .......................................................... 4

1.4 - Efeito capilar de uma liga ..................................................................... 5

2 - Processo Oxiacetilênico ................................................................................... 6

2.1 - Equipamentos de proteção individual .................................................. 6

2.2 - Equipamentos para solda oxiacetilênica ............................................. 7


2.2.1 - Constituição ............................................................................. 7
2.2.2 - Condições de uso .................................................................... 7
2.2.3 - Manutenção ............................................................................. 7
2.2.4 - Maçarico de soldagem ............................................................. 8
2.2.5 - Mangueiras .............................................................................. 9
2.2.6 - Cilindros ................................................................................... 10
2.2.7 - Borboleta de regulagem ........................................................... 12
2.2.8 - Regulador de pressão .............................................................. 13

2.3 - Chama oxiacetilânica ......................................................................... 13


2.3.1 - Chama neutra ou comum ......................................................... 14
2.3.2 - Chama oxidante ........................................................................ 14
2.3.3 - Chama carburante ou redutora ................................................. 15
2.3.4 - Temp. de combustão nas diferentes zonas da chama ............. 15

2.4 - Fluxos ................................................................................................. 16


2.4.1 - Os fluxos EUTECTIC+CASTOLIN ........................................... 16

2.5 - Procedimentos de aplicação do processo oxiacetilênico .................. 17


2.5.1 - Regulagem dos maçaricos ....................................................... 17
2.5.2 - Leitura dos manômetros ........................................................... 17
2.5.3 - Como acender o maçarico ....................................................... 19
2.5.4 - Como apagar o maçarico ......................................................... 19

2.6 - Técnica de soldagem.......................................................................... 20

2.7 - Diferentes tipos de ligação por brasagem ......................................... 21


Linha de aplicações por brasagem para soldagem de manutenção
e reparo ............................................................................................... 22

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1 – PROCESSO DE SOLDAGEM

1.1 – Definição : É um processo mediante o qual, através do


aquecimento proveniente de um arco elétrico gerado entre um
eletrodo revestido e o metal base, pode-se unir ou revestir peças
metálicas.
O metal fundido se transfere através do arco elétrico do
eletrodo para a poça de fusão no metal base, formando assim o
metal de solda depositado.
O revestimento do eletrodo, ao ser derretido, forma uma
escória que se une as impurezas do metal base e flutua na poça
de fusão cobrindo o cordão da solda, protegendo-o da
contaminação da atmosfera e proporcionando um resfriamento
mais lento.
É um processo muito versátil, pois pode ser utilizado em
condições adversas e em grande faixa de espessuras.

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2 – ELETRODO REVESTIDO

Os eletrodos tem a função de estabelecer o arco elétrico e


fornecer o material de adição para a solda.
Compõem-se de duas partes: um núcleo metálico condutor de
corrente, o qual chamamos de alma do eletrodo, e o revestimento.
O diâmetro indicado para os eletrodos referem-se somente à alma.
Este diâmetro pode ser dado em milímetros ou em polegadas.

Ex.: XHD 646

Diâmetros:

? ? 2,4mm (3/32”)
? ? 3,2mm (1/8”)
? ? 4mm (5/32”)

Uma das extremidades do eletrodo é preparada para facilitar a


abertura do arco (ponta) e a outra (alma) é preparada para facilitar a
conexão com o porta eletrodo.

Nos eletrodos Eutectic+Castolin, são indicados:

?? o nome do fabricante
?? a referência EUTECTIC+CASTOLIN
?? o tipo de corrente XHD 6710 CA-CC(11)
?? a polaridade

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2.1 – Funções do revestimento

O revestimento possui inúmeras funções durante a


soldagem, dentre as quais destacamos:

1 – Formar uma cortina gasosa para ionizar o ar e proteger o


cordão.

2 – Desoxidar o metal base.

3 – Estabilidade do arco.

4 – Diminuir a temperatura do arco.

5 – Introduzir elementos de liga em alguns casos.

6 – Fornecer maior ou menor penetração.

7 – Abertura do arco em alguns casos.

8 – Formação de escória que cobre o metal de adição,


evitando um resfriamento brusco e também o contato com a atmosfera.

9 – Aumentar o rendimento.

Obs.: Os elementos de liga de um eletrodo podem estar:

? ? Na alma
? ? Na alma + revestimento
? ? No revestimento

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3 – ARCO ELÉTRICO

É um fenômeno físico produzido pela passagem de


corrente elétrica através de um gás. As condições para
abertura do arco são obtidas através de uma diferença
de potencial elétrico entre a peça e o eletrodo,
gerando-se uma zona de alta temperatura, a qual é
aproveitada como fonte de calor.

O arco elétrico, também conhecido como arco voltaico,


desenvolve uma elevada energia em forma de luz e calor, podendo
chegar a uma temperatura de 6000ºC. Tem-se assim, um plasma
térmico que se constitui numa mistura ardente de elétrons, íons, átomos
e moléculas. A luminosidade gerada pelo arco é tão intensa que obriga
os soldadores ao uso de protetores visuais.

A formação do arco poderá ser feita de duas maneiras:

a -) Por riscamento
b -) Por curto-circuito

a -) Por riscamento
(Riscando fósforos)

b -) Por curto circuito


(Pequenas batidas)

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Depois de formado o arco, este deverá ser mantido estável para
que a solda seja feita com perfeição. Por isto, deve-se conservar tanto
quanto possível seu comprimento invariável.

O comprimento do arco pode variar de eletrodo para eletrodo.


Deve-se também levar em conta a bitola (diâmetro) do eletrodo
utilizado.

É importante ter em mente, que um arco de comprimento


excessivo produz perdas de calor e aumenta o consumo de energia, o
que provoca perdas de material devido ao aumento dos salpicos, além
de resultar em uma solda de péssima qualidade, uma vez que facilita a
absorção de oxigênio e nitrogênio do ar.

A tensão do arco deve ser regulada de forma a não ser muito alta
nem muito baixa, porque neste segundo caso, não permitirá uma boa
penetração da solda na peça.

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4 – EQUIPAMENTOS

4.1 – Porta eletrodo / grampo (conexão a terra)

O porta eletrodo é uma espécie de alicate que permite ao


soldador segurar e controlar o eletrodo.
O grampo é um dispositivo para conectar o cabo terra à
peça soldada.
São utilizados para assegurar a boa condução de corrente
através da peça e o eletrodo.

Porta eletrodo

Grampos

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4.2 – Máquinas de solda

A fonte de calor utilizada para os processos de soldagem é a


corrente elétrica, que se define como o fluxo de elétrons de um
condutor.
Esta corrente poderá ser:

Alternada (C.A.; A.C.) ~

ou

Contínua (C.C.; D.C.) + ou –

Existem três tipos de máquinas de solda:

4.2.1 – Maquina transformadora (ou transformador) (C.A.)


4.2.2 – Máquina transformadora retificadora (C.C.)
4.2.3 – Máquina geradora (C.C)

4.2.1 – Máquina transformadora (C.A.)


É constituída por um transformador e sua principal
função é conseguir uma redução de tensão da rede principal a
uma tensão conveniente para soldagem que varia de 30 a 80V.
Esta máquina trabalha com corrente alternada que
recebe este nome devido a mudança de polaridade 120 vezes em
um segundo.

Pode-se observar no
gráfico a representação da
corrente alternada e
observar que existem
partes nas quais não há
corrente, provocando a
interrupção do arco.

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Toda máquina transformadora é alimentada por corrente
alternada (C.A.), e só fornece corrente alternada (C.A.),
impossibilitando seu uso para soldagens de alumínio e cobre.

ESQUEMA DE UMA MÁQUINA TRANSFORMADORA

A figura ao lado mostra


como é possível trabalhar
em corrente alternada ou
corrente contínua, apenas
mudando a posição dos
cabos nos bornes.

Ligação em C.A.

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4.2.2 – Máquina transformadora retificadora (C.C.)
Neste tipo de máquina, a corrente alternada tomada na
rede principal pssa através de uma coluna de placas de
silício (diodos retificadores), e é retificada para obter na
saída uma corrente direta ou contínua, na qual o fluxo de
elétrons segue somente uma direção. Neste caso, definimos
polaridade, pólo negativo e pólo positivo.

Neste tipo de máquina torna-se importante saber como


devem ser ligados os cabos (porta eletrodo-terra) porque da
ligação correta depende o bom funcionamento do eletrodo.

As ligações podem ser: B.1 – Polaridade direta


B.2 – Polaridade inversa

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4.2.2.1 – Polaridade direta
Quando o cabo porta eletrodo é ligado ao pólo
negativo da máquina.

4.2.2.2 – Polaridade inversa


Quando o cabo porta eletrodo é ligado ao pólo
positivo da máquina.
Este tipo de polaridade é o mais utilizado, porque
a fusão do eletrodo se faz menos rápida que na
polaridade direta e pode-se controlar melhor a
deposição do metal a ser adicionado.

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4.2.3 – Máquina geradora
Esta máquina possui um dínamo que pode ser movido
por qualquer processo mecânico.
É este dínamo que irá transformar energia mecânica em
corrente elétrica (c.c.). Quando o dínamo é movido por um motor
conjugado no mesmo eixo, dá-se ao conjunto o nome de motor-
gerador ou máquina geradora.

4.2.4 – Exemplo de regulagem de máquina

1 – Verificar os cabos:

A - Do lado esquerdo corrente alternada

B – Do lado direito corrente contínua

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2 – Verificar a alavanca de regulagem da amperagem e de
acordo com a tabela, escolher a posição correta de trabalho.

Por exemplo: Com a


alavanca na posição alta
trabalhando com corrente
contínua CC (DC),
poderemos variar a
amperagem de 125 a 250
(A).

3 – Através da manivela, colocar a amperagem escolhida.


Faça a leitura no visor observando:

A – Tipo de corrente (contínua ou alternada).


B- Posição da alavanca de regulagem de amperagem
(Alta ou baixa).

EXERCÍCIO:

1-) Determinar a amperagem que está regulada na máquina abaixo.

Baixa

Vide na página seguinte (Visor ampliado)

Ligação em corrente contínua (CC)

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Visor ampliado

2-) Se colocarmos a alavanca de regulagem da amperagem na posição


alta, qual será a nova leitura?

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3-) Quando dizemos que a polaridade é inversa, em que pólo o eletrodo
está ligado? _______________________________________________

Faça um esquema da ligação.

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5 – TÉCNICAS DE SOLDAGEM

1 – Limpeza
2 – Montagem de fixação
3 – Preaquecimento
4 – Soldagem (EutecTrode)
5 – Resfriamento da peça soldada (resfriamento lento)

5.1 – Posições de soldagem


Existem quatro posições principais de soldagem que são:

1 – Plana
2 – Horizontal
3 – Vertical (Ascendente e descendente)
4 – Sobre cabeça

A figura abaixo exemplifica cada uma delas:

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5.2 – Maneiras de enchimento de um chanfro
O enchimento de um chanfro pode ser executado de três
maneiras diferentes:

A-) Método dos passes curtos:


É importante se evitar a inclusão de escória. Para isso,
deve-se cuidar de uma boa distribuição dos passes.

B-) Método dos passes largos:


O eletrodo deve ser animado de um movimento
transversal alternado em direção a borda do chanfro.
Quando o cordão é bem executado, a escória fica
posicionada no centro do cordão. Utilizar este método com
eletrodos de boa fluidez.

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C-) Método triangular:
É um método no qual se consegue rapidamente o
enchimento do chanfro. Este método deve ser aplicado em
peças com boas características mecânicas.

5.3 – Tipos de soldagem

A-) Soldagem em posição:


Quando executamos uma união de duas ou mais peças,
um dos modos mais práticos de fixação é o ponteamento.
Para o ponteamento devemos deixar um espaço maior do
que o desejado para compensar o fechamento por
contração. O primeiro passe, dito passe de penetração deve
ser executado com eletrodo de menor bitola e menor
amperagem.

PASSE DE PENETRAÇÃO

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B-) Soldagem em cantos:
Devemos proceder da seguinte maneira:

- Uma preparação especial do chanfro, principalmente


para grandes espessuras.

- Uma distribuição criteriosa dos passes.

- Usar sempre o método dos passes curtos.

- Ângulo de inclinação do eletrodo de 45º em relação


ao plano da peça.

C-) Soldagem em posição ascendente:


A regra básica é soldar de maneira a se obter a fusão
necessária sem provocar a deformação na região soldada,
devemos dar uma inclinação ao eletrodo em torno de 60 a 70º em
relação a vertical e animá-lo de um movimento axial de vai e vem.

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D-) Soldagem sobre cabeça:
Dar ao eletrodo um movimento axial alterado de baixo
para cima, afim de assegurar a total remoção da escória e
garantir uma boa fusão.

Em seguida, encher o restante do chanfro com um


balanceamento que cubra totalmente a largura do chanfro ou
com o método dos passes curtos.

E-) Soldagem dos chanfros em X:


Para este gênero é necessário executarmos os passes
alternadamente de maneira a eliminar ao máximo as
deformações.

Este método é válido tanto para passes largos como


para passes curtos.

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5.4 – Preparação das juntas
.
A preparação das juntas tem um papel importante nos
resultados obtidos em um processo de soldagem. Por isto é
importante conhecermos alguns critérios para orientação neste
sentido.

5.4.1 – para juntas de pequena espessura não é necessário


afastamento das bordas.

5.4.2 – Para espessuras de 4 a 8 mm, o afastamento deve


ser:

5.4.3 – Quando trabalhamos com espessuras maiores, além


do afastamento, torna-se importante a abertura de chanfros. As
figuras abaixo explicam como proceder em cada caso.
60 a 70º

Chanfro em V
Espes. 5 – 20mm

Chanfro em X

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Espes. 25 – 40 mm
Chanfro m U

Espes. 40 mm

Distribuição dos passes

Distribuição alternada dos passes

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5.5 – Influências da corrente, velocidade, altura do arco em um
cordão de solda

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5.6 – Descrição de um cordão de solda

? ? Escamas – A forma e a regularidade depende do tipo


do eletrodo utilizado e da velocidade de soldagem.

? ? Cratera – Deve ser tomado cuidado especial com a


interrupção do arco no fim do cordão para se evitar a
formação da cratera, pois a partir daí teremos micro-
fissuras, fissuras, etc...

Escama de um cordão Cratera


de solda

5.7 – Modos de transferência em eletrodos revestidos

Existem três maneiras do metal de adição se transferir para


a peça:

5.7.1 – Transferência por pulverização (“ spray” )


5.7.2 – Transferência globular
5.7.3 – Trasnsferência por curto circuito

5.7.1 – Transferência por pulverização (“ spray”)


O metal de adição se transfere sob a forma de finas
gotinhas e com altíssima velocidade.
Alma
metálica

Metal base

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5.7.2 – Transferência globular
O metal de adição se transfere sob a forma de grandes
gotas. A velocidade neste caso é menor que na transferência por
pulverização.

Alma
metálica

5.7.3 – Transferência por curto-circuito


As gotas do metal liquefeito na ponta do eletrodo crescem
até entrar em contato com a poça de fusão, quando então se
processa a transferência.

Obs.: As variáveis que influenciam o tipo de transferência são


muitas. Podemos citar: polaridade, densidade de corrente (i),
comprimento do arco, etc... Por este motivo, existem casos onde
pode ocorrer uma combinação dos três tipos acima citados.

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5 – Equipamentos de proteção individual

5.1 - Máscaras
Existem vários tipos de máscaras para soldagem a arco
elétrico, geralmente são fabricados em fibra de vidro ou fibra
prensada e possuem um visor, no qual se coloca um vidro
neutralizador.
As máscaras de mão são utilizadas em trabalhos de
armação e ponteado por soldagem.
Seu uso não é recomendado em trabalhos de altura ou onde
o operário requeira sujeição de peças ou ferramentas.

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Os vidros das máscaras devem estar posicionadas conforme
indica figura anterior.
O vidro protetor deve ser selecionado de acordo com a
amperagem utilizada.

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5.2 – Outros equipamentos de proteção
Para proteger o soldador do calor e das irradiações
produzidas pelo arco elétrico são utilizados:
Luvas, mangas, perneiras, avental, casaco ou ainda outros
equipamentos em casos especiais.
Luvas (são de couro ou asbesto. Evite segurar peças muito
quentes com as luvas, pois as mesmas deformam e perdem a sua
flexibilidade), mangas perneiras, avental, casaco, etc.

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Exercícios:

1 – Cite os três tipos de máquinas de solda e o tipo de corrente que elas


fornecem.

A . _______________________________________________________
B . _______________________________________________________
C . _______________________________________________________

2 – Faça um esquema para ligação em polaridade direta.

3 – O que quer dizer a sigla Z . A . C .?

_________________________________________________________

4 – Quais os três modos de transferência metálica dos eletrodos


revestidos?

A - ______________________________________________________
B - ______________________________________________________
C - ______________________________________________________

5 – Cite quatro funções do revestimento dos eletrodos:

1-) ______________________________________________________
2-) ______________________________________________________
3-) ______________________________________________________
4-) ______________________________________________________

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