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EMANUELE DA SILVA ROCHA

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA:TIPIFICAÇÃO PENAL DA


VIOLÊNCIA PSCICOLÓGICA

GOVERNADOR VALADARES
2023
EMANUELE DA SILVA ROCHA

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA:
TIPIFICAÇÃO PENAL DA VIOLÊNCIA PSCICOLÓGICA
.

Projeto apresentado ao Curso de Direito da Instituição


Faculdade Pitágoras.

Orientador:

GOVERNADOR VALADARES
2023
BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Governador Valadares, dia de mês de ano (Fonte


Arial 12)

Substitua as palavras em vermelho conforme o


local e data de aprovação.
ROCHA, Emanuele da Silva violência doméstica:tipificação penal da violência
psicológica. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Direito– Anhanguera, Governador Valadares, 2023.

RESUMO
O presente trabalho acadêmico tem por tema, a violência doméstica, e a tipificação da
violência psicológica no âmbito doméstico, como o seguinte problema norteador: Em
que medida o comportamento social motiva a tipificação da violência psicológica como
crime no ordenamento jurídico? Tem por objetivo geral identificar em que medida o
comportamento social motiva a tipificação da violência psicológica como crime no
ordenamento jurídico, com os objetivos específicos de Identificar a caracterização da
violência psicológica, compreender suas consequências e analisar as medidas
adotadas para mitigar a violência psicológica. A relevância da presente pesquisa se
dá pelas altas taxas de violência psicológica, sendo causado por tais violências
inúmeras danos emocionais resultando em desenvolvimento de doenças psíquicas,
com o presente trabalho pretende-se trazer uma contribuição ao judiciário bem como
às mulheres que sofrem e sofreram algum tipo de violência psicológica, a fim de
reconhecer e a tipificação do crime e previsão da pena, que tem por finalidade mitigar
danos emocionais causados por tais violências o estudo é orientado por pesquisa
bibliográfica e documental através de fontes indiretas, tais como: livros, Jurisprudência,
periódicos, sites jurídicos e revistas.

Palavras-chave: Violencia domestica, Violencia pscicologica, tipo penal,


comportamento social, consequências.
SOBRENOME, Nome Prenome do autor. Título do trabalho na língua estrangeira:
subtítulo na língua estrangeira (se houver). Ano de Realização. Número total de folhas.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em nome do curso) – Nome da
Instituição, Cidade, ano.

ABSTRACT

Deve ser feita a tradução do resumo para a língua estrangeira.

Keywords: Word 1. Word 2. Word 3. Word 4. Word 5.

(Obs.: Siga as mesmas considerações do Resumo)


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 13
2. TÍTULO DO PRIMEIRO CAPÍTULO DA REVISÃO 15
3. TÍTULO DO SEGUNDO CAPÍTULO DA REVISÃO 19
4. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO DA REVISÃO 22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 23
REFERÊNCIAS 24
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1. INTRODUÇÃO

A violência psicológica é configurada através dos prejuízos causados a

competência emocional da mulher, expressando através de controles sobre suas

ações, decisões, intimidação, manipulação extorsão, ameaça, humilhação,

exploração, agressão verbal e outros. Nesse sentido é considerado ato violento

todo aquele que cause danos à saúde psicológica da mulher.

A violência psicológica ou emocional surge segundo Navarro Gongorá em

três grandes estratégias:

1) da submissão da vítima pelo medo; 2) da desqualificação da sua


imagem; e 3) do bloqueio das formas de ela sair da situação. Na
submissão pelo medo, utiliza-se a coação, a intimidação à mulher ou até
mesmo aos seus filhos. As ameaças, severas ou cumulativas, são
capazes de produzir- lhe, além de pânico e/ou medo intenso, estado de
paralisia física, mental e intelectual que podem culminar em efeito
traumático. Na desqualificação da imagem, o maltrato inclui insultar a
vítima, humilhá-la, fazê-la acreditar que está "louca" ou que é
"intelectualmente incompetente" (rebaixamento pessoal). Como
consequência, a vítima tende a voltar para o agressor e com ele
estabelecer um vínculo traumático. Nada disso surtiria efeito se a vítima
dispusesse de recursos econômicos, psicológicos e sociais para sair da
situação. É aí que entram as estratégias de bloqueio e isolamento a
recursos financeiros e à rede de apoio. (GONGORÁ, 2015, p. 79).

A lei nº 11.340/2006, no seu art. 5º, inc. II, define violência doméstica

psicológica como:

II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe


cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e
perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar
suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua
intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação. (BRASIL, 2022, p. 1)
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No entanto, apesar de ser reconhecido como uma espécie de violência pela

lei 11.340/2021, a violência psicológica somente foi tipificada e reconhecida como

crime no Brasil pela lei 14.188 em 2021, que deu a seguinte redação ao art. 147-B

do código penal:

Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe


seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar ou a controlar suas
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem,
ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que
cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta
não constitui crime mais grave (BRASI, 2022, p.23)

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, foram registrados


no Brasil 29,1 milhões de brasileiros sofreram algum tipo de violência, das quais 32%
sofreram algum tipo de psicológica, fato que contribuiu para a tipificação do crime de
violência psicológica. (IBGE, 2019, p.22)
São dados alarmantes, quase 15 milhões de casos de violência
psicológicas registrados no Brasil em um ano, em comparação ao número de
homicídios registrados no mesmo ano são 340 vezes a mais do que o número de
homicídios registrados no país, ambos contra a vida.
Dado cenário, fez-se necessário a criação de um dispositivo legal, em que
trata de fato a tutela do direito à integridade, vez que a violência psicológica de certo
modo, viola a integridade humana, e em sua maioria acontece contra mulheres,
desencadeando sérios problemas físicos e mentais.
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2. CONSEQUENCIAS DA VIOLECIA
PSCICOLOGICA DOMESTICA

A violência doméstica é um problema generalizado que afeta pessoas de


todas as idades, gêneros, raças, culturas e status socioeconômico em todo o
mundo. Uma das formas mais insidiosas de violência doméstica é o abuso
psicológico, que pode ser difícil de detectar e muitas vezes é minimizado ou
ignorado. Este capítulo tem como objetivo explorar as consequências da violência
doméstica psicológica, bem como estratégias de prevenção e intervenção.
Definição de violência doméstica psicológica:
A violência doméstica psicológica é definida como qualquer
comportamento que cause dano emocional, psicológico ou mental a um indivíduo,
incluindo o uso de ameaças, intimidação, humilhação, isolamento, controle e
coerção (Regehr et al., 2020 p. 60) .
Esse tipo de violência pode ocorrer em qualquer relacionamento íntimo,
como entre cônjuges, parceiros amorosos, pais e filhos ou entre irmãos.
A violência doméstica é um problema social grave que afeta milhões de
pessoas em todo o mundo. Embora muitas pessoas associem a violência doméstica
a abuso físico, o abuso psicológico também é uma forma comum de violência
doméstica. A violência psicológica inclui insultos, humilhação, controle, isolamento e
ameaças, entre outros comportamentos abusivos.

A lei nº 11.340/2006, no seu art. 5º, inc. II, define violência doméstica

psicológica como:

II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe


cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e
perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar
suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de sua
intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação. (BRASIL, 2022, p. 1)
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As consequências da violência doméstica psicológica são frequentemente


subestimadas, mas são igualmente devastadoras para as vítimas. Neste capítulo,
discutiremos as consequências da violência doméstica psicológica, suas implicações
para as vítimas e possíveis intervenções para ajudar as vítimas a superar os efeitos
traumáticos da violência psicológica.
As consequências da violência doméstica psicológica são amplas e
profundas, afetando não apenas a saúde mental das vítimas, mas também sua
autoestima, relacionamentos interpessoais, desempenho acadêmico e profissional e
até sua saúde física. Algumas das consequências mais comuns da violência
doméstica psicológica.
Danos à saúde mental
As vítimas de violência doméstica psicológica correm um risco elevado de
desenvolver problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade, transtorno
de estresse pós-traumático e distúrbios alimentares.
Segundo um estudo realizado por Jewkes, RK, & Dartnall,(2019, p.56):

A violência psicológica é mais comumente associada a sintomas de


ansiedade e depressão em mulheres do que a violência física. Além disso,
as vítimas de violência doméstica psicológica também têm um risco
aumentado de desenvolver transtornos de personalidade, como o transtorno
de personalidade borderline e o transtorno de personalidade dependente.

Impacto na autoestima e autoimagem


A violência doméstica psicológica tem um impacto significativo na
autoestima e autoimagem das vítimas. Os agressores geralmente usam táticas para
minar a autoconfiança das vítimas, como críticas constantes, insultos, humilhação
pública e isolamento social. Como resultado, as vítimas podem sentir-se
desvalorizadas e inseguras em relação a si mesmas, o que pode levar a um
comportamento autodestrutivo e baixa autoestima.

Problemas de relacionamento
As vítimas de violência doméstica psicológica muitas vezes têm
dificuldades em estabelecer e manter relacionamentos saudáveis. Eles podem ter
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dificuldade em confiar em outras pessoas, ser excessivamente dependentes ou ter


dificuldade em estabelecer limites saudáveis. Além disso, as vítimas podem ter
dificuldade em reconhecer os sinais de um relacionamento abusivo e, portanto,
correr o risco de se envolver em relacionamentos abusivos futuros.

Algumas outras consequências comuns incluem:


Transtornos de ansiedade e depressão: a vítima pode sentir medo,
desesperança e desamparo devido ao comportamento abusivo do parceiro.
Distúrbios alimentares: A vítima pode desenvolver distúrbios alimentares,
como anorexia ou bulimia, como forma de lidar com o estresse emocional.
Distúrbios do sono: A vítima pode ter dificuldade para dormir ou acordar
com frequência durante a noite devido ao estresse. Baixa autoestima: a vítima pode
se sentir impotente, sem valor e desvalorizada. Isolamento social: A vítima pode se
distanciar de amigos e familiares por medo ou vergonha de sua situação.
Ideação suicida: A vítima pode considerar o suicídio como uma forma de
escapar da situação abusiva.
A prevenção da violência doméstica psicológica passa pela sensibilização
e educação das pessoas sobre o problema. Isso pode incluir a promoção da
igualdade de gênero, educar as pessoas sobre relacionamentos saudáveis e
fornecer às vítimas acesso a serviços de apoio.
A intervenção pode ser feita através de tratamento psicológico para a
vítima, terapia de casal ou familiar e, em casos extremos, separando a vítima do
agressor.
A violência doméstica psicológica é uma forma insidiosa de abuso que
pode trazer graves consequências para a saúde mental e física da vítima. É
fundamental sensibilizar para o problema e promover a igualdade de género e
relações saudáveis. As vítimas devem receber apoio e tratamento adequados para
ajudá-las a se recuperar do trauma e construir uma vida saudável e livre de
violência.
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REFERÊNCIAS

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