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RESUMO

Avaliação
fisioterapêutica
ESTE MATERIAL PERTENCE:

__________________________________________
Esse é um material para te auxiliar nos estudos, um resumo que
contém informações básicas para a avaliação e não deve ser
usado como uma verdade absoluta.
Cada paciente é único e cada avaliação deve ser feita de forma
abrangente e extremamente detalhada, lembre-se que você está
lidando com outras vidas.
Utilize-o para auxílio nas suas revisões.
Esse material não substitui livros, aulas ou cursos.

Bons estudos!

As referências utilizadas foram:


Músculos - Provas e Funções - Florence Kendall - 5º edição
Manual fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos -
Joseph J. Cipriano - 5º edição
Fisioterapia Ortopédica - Exame, Avaliação e Intervenção -
Mark Dutton - 2º edição
Índice
Cervical ---------------------------------------------------------------------------------- 05
Lombar ----------------------------------------------------------------------------------- 13
Sacroíliaca ------------------------------------------------------------------------------- 23
Quadril ----------------------------------------------------------------------------------- 28
Joelho ------------------------------------------------------------------------------------ 38
Tornozelo e pé --------------------------------------------------------------------------- 47
Ombro ------------------------------------------------------------------------------------ 58
Cotovelo --------------------------------------------------------------------------------- 76
Punho e mão ----------------------------------------------------------------------------- 85
Cervical

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Cervical
A cervical é composta por sete vértebras.

Articulações
As articulações são: atlantoccipital, atlantodontoide,
atlantoaxiais laterais, zigapofisárias laterais e
intervertebrais C3-C7.

Ligamentos
Os ligamentos da região são: alar, apical, membrana tectória, cruciforme (longitudinal
superior, cruciforme (transverso), cruciforme (inferior), longitudinal anterior, longitudinal
posterior, nucal, amarelos, supraespinal, interespinal e intertransverso.

Músculos
Os músculos que circundam a região são: esternocleidomastoideo, escalenos (anterior,
médio e posterior), platisma, milo-hioideo, gênio-hioideo, estilo-hioideo, digástrico,
esterno-hioideo, omo-hioideo,esternotireoideo, tiro-hioideo, longo da cabeça, longo do
pescoço, reto anterior da cabeça, reto lateral da cabeça, trapézio superior, levantador
da escápula, semiespinhal da cabeça e do pescoço, esplênio da cabeça e do pescoço,
longuíssimo da cabeça e do pescoço, espinal do pescoço, reto posterior maior da
cabeça, reto posterior menor da cabeça, oblíquo superior da cabeça e oblíquo inferior
da cabeça.

Nervos
Os nervos são: dorsal da escápula (C4,C5), supraescapular (C4, C5, C6), nervo para o
subclávio (C5, C6), peitoral lateral (C5, C6, C7), peitoral medial (C8, T1), torácico longo
(C5, C6, C7), cutâneo medial do braço (C8, T1), cutâneo medial do antebraço (C8, T1),
subescapular superior (C5, C6), subescapular inferior (C5, C6, C7), toracodorsal (C6, C7,
C8), axilar (C5, C6), radial (C5, C6, C7, C8, T1), mediano (C5, C6, C7, C8, T1), ulnar (C8, T1)
e musculocutâneo (C5, C6, C7).

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Inspeção dinâmica da cervical
Na inspeção dinâmica é necessário avaliar a amplitude de cada movimento.

Posição do goniometro na hora da avaliação

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Palpação da cervical
Palpar as seguintes regiões:

·Esternocleidomastoideo;
·Cadeia linfática ao longo da borda medial do esternocleidomastoideo;
·Tireoide;
·Parótida;
·Pulso carotídeo;
·Trapézio;
·Gânglios linfáticos da face anterolateral do trapézio;
·Ligamento nucal superior;
·Osso hioide;
·Cartilagem tireoidiana;
·Processos espinhosos de C1-C7;
·Processos transversos de C1-C7.

Testes de força da cervical


FLEXORES ANTERIORES DO PESCOÇO
Paciente: decúbito dorsal, com os cotovelos flexionados e
as mãos acima da cabeça, repousando sobre a mesa.

Teste: flexão da coluna cervical pela elevação da cabeça


da mesa, com o queixo deprimido e levado em direção ao
esterno.

FLEXORES ÂNTERO-LATERAIS DO
PESCOÇO
Paciente: decúbito dorsal, com os cotovelos flexionados e
as mãos ao lado da cabeça, repousando sobre a mesa.

Teste: flexão ântero-lateral do pescoço.

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FLEXORES PÓSTERO-LATERAIS DO
PESCOÇO
Paciente: decúbito ventral, com os cotovelos flexionados
e as mãos acima da cabeça, repousando sobre a mesa.

Teste: extensão póstero-lateral do pescoço com a face


direcionada para o lado que estiver sendo testado.

PARTE SUPERIOR DO TRAPÉZIO


Paciente: sentado.

Teste: elevação da extremidade acromial da clavícula e


da escápula e extensão póstero-lateral do pescoço,
levando o occipítal em direção ao ombro elevado com a
face voltada para a direção oposta. A parte superior do
trapézio pode se diferenciar de outros músculos
elevadores da escápula porque é a única que eleva a
extremidade acromial da clavícula e da escápula. Ela também gira a escápula
lateralmente conforme a eleva, em oposição à elevação direta que ocorre quando
todos os músculos elevadores contraem, por exemplo, no ato de encolher os ombros.

Testes específicos da cervical


TESTE DE DEKLEYN
Procedimento: Com o paciente em decúbito dorsal e com a
cabeça fora da maca, instruí-lo a hiperestender e rodar a
cabeça e manter na posição por 15 a 40 segundos. Repetir
com a cabeça rodada e estendida para o lado oposto.

Teste: A rotação e a hiperextensão da cabeça ocasionam


uma compressão induzida pelo movimento na artéria
vertebral oposta ao lado da rotação da cabeça. Vertigem,
tonturas, visão borrada, náuseas, fraqueza e nistagmo são
os sinais de um teste positivo. Esse teste indica estenose ou
compressão da artéria vertebral, basilar ou carótida.
Também deve ser considerada a perviedade das artérias
carótidas e do círculo arterial cerebral comunicante.

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MANOBRA DE VALSALVA
Procedimento: Com o paciente sentado, instruí-lo a inclinar-
se como se estivesse defecando ou pedir para tossir, mas
concentrando o esforço na região cervical. Perguntar ao
paciente se ele sente qualquer aumento na dor e, em caso
afirmativo, aponte a sua localização. Esse teste é subjetivo
e requer uma resposta precisa do paciente.

Teste: Esse teste aumenta a pressão intratecal em toda a


coluna, mas o paciente deve ser capaz de localizar o
esforço na coluna cervical. A dor local secundária à pressão
aumentada pode indicar uma lesão expansiva (p. ex.,
defeito discal, massa, osteófito) no canal ou forame
cervical.

TESTE DE COMPRESSÃO
Procedimento: Com o paciente sentado e a cabeça na
posição neutra, fazer uma forte pressão na cabeça para
baixo. Repetir o teste com a cabeça rodada bilateralmente

Teste: Quando uma pressão para baixo é aplicada na


cabeça, ocorrem as seguintes ações biomecânicas: a)
estreitamento dos forames intervertebrais; b) compressão
das articulações apofisárias na coluna cervical; e c)
compressão dos discos intervertebrais na coluna cervical. A
dor local pode indicar intrusão foraminal sem pressão na
raiz nervosa ou capsulite apofisária. A dor radicular pode
indicar pressão em uma raiz nervosa por uma diminuição
no intervalo foraminal ou por um defeito discal. Se houver
suspeita de um envolvimento de raiz nervosa, avaliar o nível
neurológico.

TESTE DE SPURLING
Procedimento: Flexionar lateralmente a cabeça do
paciente que está sentado e gradualmente aplicar forte
pressão para baixo. Se dor for produzida, o teste é
considerado positivo; não continuar com o próximo
procedimento. Se nenhuma dor for produzida, colocar a
cabeça do paciente em uma posição neutra e dar uma
pancada vertical na porção superior da cabeça do
paciente.

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A dor local pode indicar envolvimento da articulação facetária, seja pela pressão forte
para baixo, na cabeça, ou pelo golpe vertical na cabeça. A dor radicular pode indicar
intrusão foraminal, disco intervertebral cervical com degeneração, ou defeito discal com
pressão na raiz nervosa. Esse teste pode também indicar um defeito discal lateral.

TESTE DE DISTRAÇÃO
Procedimento: Com o paciente sentado, segurar abaixo dos
processos mastoides e puxar para cima a cabeça do
paciente. Isso remove o peso da cabeça do paciente sobre
o pescoço.

Teste: Quando a cabeça é puxada para cima, os músculos


cervicais, os ligamentos e as cápsulas articulares
apofisárias são estirados. Se aumentar a dor local,
suspeitar de distensão muscular, espasmo, entorse
ligamentar ou capsulite de faceta. Além disso, quando a
cabeça é tracionada para cima, há aumento do intervalo
interforarminal e intervertebral. O alívio da dor local
ouradicular indica intrusão foraminal ou um defeito discal.

Escalas e questionários da cervical


As escalas e os questionários são utilizados para quantificar sobre a patologia ou
evolução do paciente pois fornecem informações sobre a qualidade de vida do indivíduo.
É possível, assim, conhecer o paciente dinamicamente, entender a maneira como se
movimenta, as dificuldades que apresenta e as principais necessidades físicas para seu
aperfeiçoamento.

Questionários que podem ser utilizados:


- Índice de incapacidade cervical. Neck disability index – NDI
- Questionário SBST

Anotações

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Anotações

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Lombar

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Lombar
A lombar é composta por cinco vértebras.

Articulações
As articulações são: articulação dos processos articulares e articulações intervertebrais

Ligamentos
Os ligamentos da região são: longitudinal anterior, longitudinal posterior, ligamento
amarelo, supraespinal, interespinal, intertransversário, iliolombar

Músculos
Os músculos que circundam a região são: latíssimo do dorso, iliocostal, longuíssimo do
lombo, interespinais, intertransversários, multifídos, reto do abdome, oblíquo interno do
abdome, oblíquo externo do abdome e transverso do abdome.

Nervos
Os nervos são: nervo ilio-hipogástrico (T12-L1), ilioinguinal (L1), genitofemoral (L1-L2),
cutâneo femoral lateral (L2-L3), ramo para o ilíaco (L2, L3, L4), nervo femoral (L2, L3, L4),
nervo obturatório (L2, L3, L4), isquiático (L4, L5, S1, S2, S3).

Inspeção dinâmica da lombar


Na inspeção dinâmica é necessário avaliar a amplitude de cada movimento.

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Posição do goniometro na hora da avaliação

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Palpação da lombar
Palpar as seguintes regiões:

· Processos espinhosos;
· Músculos vertebrais intrínsecos;
· Quadrado lombar;
· Glúteos;
· Piriforme;
· Nervo isquiático.

*Sugestão do livro: Exame Físico em Ortopedia – Tarcísio de Barros Filho e Osvandré Lech

Testes de força da lombar


QUADRADO LOMBAR
Paciente: em decúbito ventral.

Teste: elevação lateral da pelve. A extremidade é


posicionada em discreta extensão e no grau de abdução
que corresponde à linha de fibras do m. quadrado lombar

FLEXORES LATERAIS DO TRONCO


Paciente: em decúbito lateral, com um travesseiro entre as
coxas e as pernas e com a cabeça, a parte superior do
tronco, a pelve e os membros inferiores numa linha reta. O
membro superior de cima é estendido para baixo, ao longo
da lateral do corpo, e os dedos da mão são fechados de
modo que o paciente não se apoie na coxa nem tente ajudar
com a mão. O membro superior de baixo é colocado à
frente, cruzando o tórax, com a mão segurando o ombro de
cima para descartar a ajuda pelo esforço com o cotovelo.

Teste: elevação lateral do tronco sem rotação.

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FLEXORES OBLÍQUOS DO TRONCO
Paciente: em decúbito dorsal.

Teste: O paciente cruza as mãos atrás da cabeça. O


examinador coloca-o na posição precisa de teste,
flexionando e rodando o tronco, e depois solicita ao
paciente que mantenha a posição. Se os músculos forem
fracos, o paciente não consegue manter a rotação e
ocorre extensão do tronco. Pode haver um aumento da
flexão da pelve sobre as coxas num esforço para manter
o tronco estendido acima da mesa.

ABDOMINAIS SUPERIORES
Paciente: em decúbito dorsal com os membros inferiores
estendidos.

Teste: Solicitar ao indivíduo que curve o tronco


lentamente, completando a flexão da coluna vertebral e,
em consequência, a amplitude de movimento que pode
ser realizada pelos músculos abdominais. Sem
interromper o movimento, pedir ao indivíduo que inicie a
fase de flexão do quadril para obter forte resistência
contra os músculos abdominais e, consequentemente,
um teste de força adequado.

ABDOMINAIS INFERIORES
Paciente: em decúbito dorsal sobre uma superfície firme.
Pode-se utilizar um cobertor dobrado, mas não a
almofada muito macia. Os antebraços são flexionados
sobre o tórax para garantir que os cotovelos não
repousem sobre a mesa para suporte.

Teste: O examinador auxilia o paciente a elevar os


membros inferiores até a posição vertical ou pede ao
paciente que eleve um membro por vez até essa posição,
mantendo os joelhos estendidos. A contração dos
posteriores da coxa interfere na obtenção da posição
inicial completa.

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Solicitar ao indivíduo que incline a pelve posteriormente para retificar a coluna lombar
sobre a mesa por meio da contração dos músculos abdominais e, em seguida, manter a
região lombar plana enquanto abaixa os membros inferiores lentamente. Atentar para a
posição da região lombar e da pelve enquanto os membros inferiores são abaixados. O
indivíduo não deve elevar a cabeça e os ombros durante o teste.

Testes específicos da lombar


TESTE DA ELEVAÇÃO DA PERNA RETA
Procedimento: Com o paciente em decúbito dorsal elevar a
perna do paciente até o ponto de dor ou 90°, o que
aparecer primeiro

Teste: Esse teste primariamente tensiona o nervo isquiático


e as raízes nervosas vertebrais nos níveis LV, SI e SII. Entre
70 e 90° de flexão do quadril, essas raízes nervosas estão
completamente tensionadas. Se a dor for produzida ou
exacerbada depois de 70° de flexão do quadril, suspeitar de dor articular lombar. Entre
35 e 70° de flexão do quadril, as raízes nervosas do isquiático são tensionadas sobre o
disco intervertebral. Se a dor radicular começar ou se exacerbar nesse nível, suspeitar
de uma irritação de raiz nervosa isquiática por patologia de disco intervertebral ou por
uma lesão intradural. Entre 0 e 35° de flexão do quadril, não existe nenhum movimento
dural, e o nervo isquiático está relativamente frouxo. Se a dor começar ou se exacerbar
nesse nível, suspeitar de envolvimento isquiático extradural, isto é, lesões espásticas do
músculo piriforme ou articulação sacroilíaca. Se uma dor incômoda na coxa posterior
for produzida, suspeitar de músculos isquiotibiais tensos. Se você suspeitar de patologia
do disco intervertebral, continuar com os testes de Bragard e Laségue e avaliar o nível
neurológico suspeitado
Anotações

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TESTE DE LASÈGUE
Procedimento: Com o paciente em decúbito dorsal,
flexionar o quadril do paciente com a perna flexionada.
Mantendo o quadril flexionado, estender a perna

Teste: Esse teste é positivo para radiculopatia isquiática


nos casos em que: a) nenhuma dor for produzida quando o
quadril ou a perna forem flexionados; ou b) a dor está
presente quando o quadril é flexionado e a perna é
estendida. Quando tanto o quadril quanto a perna são
flexionados, não existe qualquer tensão no nervo isquiático.
Quando o quadril é flexionado e a perna é estendida, o
nervo isquiático é tensionado e, se irritado, causará dor ou
exacerbará a dor existente na perna.

SLUMP TEST
Procedimento: Instruir o paciente a sentar-se na mesa de exames com as mãos atrás
das costas. Instruir o paciente a inclinar-se anteriormente, enquanto você segura o
queixo nivelado, para prevenir a flexão cervical. Aplicar uma forte pressão com uma
mão no ombro para manter a flexão e instruir o paciente a flexionar a coluna cervical. A
seguir, aplicar forte pressão na coluna cervical, de forma que os segmentos cervical,
torácico e lombar fiquem flexionados. Instruir o paciente a estender uma perna; fazer a
dorsiflexão do pé do joelho estendido.

Teste: Cada fase desse teste coloca, sobre o trato meníngeo espinal, urna tração
induzida pelo movimento que aumenta durante cada fase do teste. A dor em alguma
fase pode indicar irritação do trato meníngeo, em geral causada por um defeito discal.
Se o paciente não puder estender o joelho ou estendê-lo com dor, ou se a dor aumenta
com a dorsiflexão do pé, o teste é positivo, indicando tensão aumentada no trato
neuromeníngeo. O teste também é positivo se o joelho não puder ser estendido
completamente, mas aumenta com a extensão cervical. Se os sintomas forem
produzidos em qualquer fase do teste, cessar o teste para prevenir qualquer
desconforto impróprio para o paciente.

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SLUMP TEST

MANOBRA DE VALSALVA
Procedimento: Orientar o paciente sentado a fazer força
como se estivesse defecando, mas concentrando
o esforço na região lombar ou solicitar que o paciente
produza uma tosse. Se o paciente sentir qualquer aumento
na dor, peça-lhe que aponte o local exato. Esse teste é
subjetivo e requer uma resposta precisa do paciente.

Teste: Esse teste aumenta a pressão intratecal. A dor local


secundária à pressão aumentada pode indicar uma lesão
expansiva (p. ex., defeito discal, massa, osteófito) no canal
ou forame lombar.

Anotações

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TESTE DO PIRIFORME
Procedimento: Instruir o paciente a deitar sobre o lado
oposto ao da perna que está sendo testada. Orientá-lo a
flexionar o quadril em 60° com o joelho completamente
flexionado. Com uma mão, estabilizar o quadril; com a outra
mão, apertar o joelho para baixo

Teste: Se o músculo piriforme estiver tenso, haverá dor


quando o joelho for apertado, porque essa ação retesa
adicionalmente o músculo piriforme. Se aparecer a dor
ciática, o músculo piriforme pode estar apertando o nervo
isquiático. Em 15% da população, o nervo isquiático passa
pelo músculo piriforme.

Escalas e questionários da lombar


As escalas e os questionários são utilizados para quantificar sobre a patologia ou
evolução do paciente pois fornecem informações sobre a qualidade de vida do indivíduo.
É possível, assim, conhecer o paciente dinamicamente, entender a maneira como se
movimenta, as dificuldades que apresenta e as principais necessidades físicas para seu
aperfeiçoamento.

Questionários que podem ser utilizados:


- Índice de incapacidade oswestry. ODI - Oswestry disability index
- Questionário de incapacidade Roland-Morris
- Questionário de incapacidade lombar de Quebec

Anotações

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Anotações

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Sacroilíaca

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Sacroilíaca
A sacroilíaca é uma articulação que
conecta o sacro com os ossos do ilíaco
na pelve.

Ligamentos
Os ligamentos da região são: sacroilíaco posterior, sacroilíaco anterior, sacroespinal,
sacrotuberal, sacrococcígeo posterior, sacrococcígeo anterior, sacrococcígeo lateral e
longitudinal anterior.

Músculos
Os músculos que circundam a região são: glúteo máximo, piriforme, multífidos,
longuíssimo e iliocostal.

Nervos
Os nervos são: Glúteo superior (L4, L5, S1), Glúteo inferior (L5, S1, S2), Nervo para o
músculo piriforme (S1-S2), Isquiático (L4, L5, S1, S2, S3), Nervo para o m. obturador
interio (L5, S1, S2), Cutâneo posterior (S2, S3), Cutâneo perfurante (S2, S3), Pudendo (S2,
S3, S4), Nervo para o m. levantador do ânus (S3, S4), Ramo perineal (S1, S2, S3),
Anococcígeo (S4,S5, C0), Coccígeo (S3, S4) e Esplâncnicos pélvicos (S2, S3, S4).

Palpação da sacroilíaca
Palpar as seguintes regiões:

· Espinha ilíaca posterossuperior e crista ilíaca;


· Túber isquiático;
· Quadrado lombar;
· Glúteos;
· Piriforme;

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Testes específicos da sacroilíaca
TESTE DE GAELSEN
Paciente: Com o paciente em supino e o lado afetado
próximo à borda da mesa, instruir o paciente a aproximar o
joelho até o tórax no lado não afetado. Após, colocar uma
pressão para baixo sobre a coxa afetada, até que fique mais
baixa do que a borda da mesa

Teste: A extensão da perna estressa os ligamentos


sacroilíacos e os ligamentos anteriores da articulação
sacroilíaca no lado da extensão da perna. A dor naquele
lado indica lesão sacroilíaca geral, ou seja, entorse do
ligamento sacroilíaco anterior (iliofemoral, isquiofemoral) ou
processo inflamatório na articulação sacroilíaca.

TESTE DA ABDUÇÃO SACROILÍACA


RESISTIDA
Paciente: Instruir o paciente a deitar-se em cada lado, com o
quadril e o joelho ligeiramente flexionados. A coxa deve ficar
reta e abduzida. Colocar pressão no membro abduzido
contra a resistência do paciente.

Teste: A abdução contra a resistência do quadril estressa a


articulação sacroilíaca e os músculos abdutores do quadril.
Um aumento da dor na articulação sacroilíaca indica
entorse dos ligamentos sacroilíacos no lado ipsilateral. A
dor na nádega afetada ou na coxa indica distensão dos
músculos abdutores da coxa (tensor da fáscia lata e grupo
dos glúteos).

TESTE DE HIBB
Paciente: Com o paciente em decúbito ventral, flexionar a
perna até o glúteo e mover a perna para fora, rodando
internamente o quadril

Teste: Esse procedimento causa uma rotação interna em


estresse da cabeça femoral para dentro da cavidade
acetabular e causa leve distração na articulação

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sacroilíaca. Esse teste é principalmente um teste da articulação do quadril. Porém, em
virtude da distração articular sacroilíaca, pode ajudar a avaliar as lesões nessa
articulação. A dor na articulação sacroilíaca indica uma lesão sacroilíaca, como
processo inflamatório ou abscesso ou entorse dos ligamentos sacroilíacos. A dor na
articulação do quadril indica lesão no quadril.

TESTE DO FLAMINGO (TESTE DO PULO)


Paciente: Instruir o paciente a ficar em pé sobre uma perna
de cada vez. Orientá-lo a pular, o que aumenta o estresse na
articulação

Teste: Esse teste aumenta a pressão no quadril, na


articulação sacroilíaca e na articulação da sínfise púbica. O
aumento da dor em quaisquer dessas articulações pode
indicar um processo inflamatório no lado da perna apoiada.
A dor após um trauma pode indicar fratura na articulação
suspeitada. A dor na articulação do quadril também pode
indicar bursite trocantérica.

Anotações

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Anotações

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Quadril

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Quadril
O quadril é composto pelos ossos do quadril e do fêmur

Articulações
As articulações são: femoroacetabular, sínfise púbica e sacroilíaca

Ligamentos
Os ligamentos da região do quadril são: iliofemora, isquiofemoral, pubofemoral e
ligamento da cabeça do fêmur. Os ligamentos da sínfise púbica são: ligamento superior
do púbis, ligamento inferior do púbis e ligamento posterior do púbis.

Músculos
Os músculos que circundam a região são: glúteo máximo, glúteo médio, glúteo mínimo,
piriforme, gêmeo superior, gêmeo inferior, obturador interno, quadrado femoral,
isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral), obturador externo,
psoas maior, psoas menor, ilíaco, tensor da fáscia lata, reto femoral, sartório, adutor
longo, adutor curto, adutor magno, grácil e pectíneo.

Nervos
Os nervos são: obturatório (L2, L3, L4), Safeno (Nervo femoral), Femoral (L2, L3, L4),
cutâneo femoral lateral (L2-L3), Cutâneo femoral posterior (S2, S3), Clúneo inferior
(Ramos dorsais de L1, L2, L3) isquiático (L4, L5, S1, S2, S3), Glúteo superior (L4, L5, S1),
Glúteo inferior (L5, S1, S2), Nervo para o músculo quadrado femoral (L5, S1, S2) e
Pudendo (S2, S3, S4).

Inspeção dinâmica do quadril


Na inspeção dinâmica é necessário avaliar a amplitude de cada movimento.

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Posição do goniometro na hora da avaliação

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Palpação do quadril
Palpar as seguintes regiões:

· Crista ilíaca;
· Espinha ilíaca anterossuperior;
· Espinha ilíaca anteroinferior;
· Trocanter maior;
· Triângulo femoral (é limitado superiormente pelo ligamento inguinal, medialmente pelo
músculo adutor longo e lateralmente pelo músculo sartório);
· Músculo tensor da fáscia lata;
· Músculo iliopsoas;
· Músculos que compõe o quadríceps.

Testes de força do quadril


POSTERIORES DA COXA MEDIAIS
Paciente: Em decúbito ventral.

Teste: Flexão do joelho entre 50° e 70°, com a coxa em


rotação medial e a perna rodada medialmente sobre a coxa.

PÓSTERO LATERAIS DA COXA


Paciente: Em decúbito ventral.

Teste: Flexão do joelho entre 50º e 70º, com a coxa em


discreta rotação lateral e a perna em discreta rotação
lateral sobre a coxa

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QUADRÍCEPS
Paciente: Sentado, com os joelhos na lateral da maca e
segurando-se a esta.

Teste: Extensão total da articulação do joelho, sem rotação


da coxa.

FLEXORES DO QUADRIL
Paciente: sentado ereto, com os joelhos flexionados sobre a
lateral da maca. O paciente deve se segurar à maca para
prevenir a inclinação para trás e auxiliar os músculos
flexores do quadril.

Teste: Flexão do quadril com o joelho flexionado, elevando a


coxa alguns centímetros da maca.

ILIOPSOAS E PSOAS MENOR


Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Flexão do quadril em posição de abdução e rotação


lateral discreta.

SARTÓRIO
Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Rotação lateral, abdução e flexão da coxa, com


flexão do joelho.

@diuli_fisio
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TENSOR DA FÁSCIA LATA
Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Abdução, flexão e rotação medial do quadril, com o


joelho estendido.

ADUTORES DO QUADRIL
Paciente: Em decúbito sobre o lado direito para testar esse
lado (e vice-versa), com o corpo em linha reta e os membros
inferiores e a coluna lombar retas.

Teste: Adução para cima do membro inferior de baixo, sem


rotação, flexão ou extensão do quadril nem inclinação da
pelve.

ROTADORES MEDIAIS DO QUADRIL


Paciente: Sentado em uma maca, com os joelhos
flexionados sobre a lateral da maca e segurando-se a esta.

Teste: Rotação medial da coxa, com o membro inferior em


posição de término do arco de movimento lateral.

ROTADORES LATERAIS DO QUADRIL


Paciente: Sentado em uma maca, com os joelhos
flexionados sobre a lateral da mesa e segurando-se a esta.

Teste: Rotação lateral da coxa, com a perna em posição


final do arco de movimento interno.

@diuli_fisio
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GLÚTEO MÍNIMO
Paciente: Em decúbito lateral

Teste: Abdução do quadril na posição neutra entre a flexão


e a extensão e neutra em relação à rotação.

GLÚTEO MÉDIO
Paciente: Em decúbito lateral, com o membro inferior de
baixo flexionado no nível do quadril e do joelho e a pelve
discretamente rodada para frente para colocar a porção
posterior do glúteo médio numa posição antigravitacional

Teste: abdução do quadril, com extensão e rotação lateral


discreta. O joelho é mantido em extensão.

GLÚTEO MÁXIMO
Paciente: Em decúbito ventral, com o joelho flexionado a 90°
ou mais.

Teste: Extensão do quadril, com o joelho flexionado.

Testes específicos do quadril


TESTE DE THOMAS
Paciente: Orientar o paciente em decúbito dorsal a
aproximar cada joelho ao tórax, um de cada vez. Palpar os
músculos quadríceps na perna não flexionada

Teste: Se o paciente flexionar de forma involuntária e


significativa o joelho oposto e urna tensão for palpada, está

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indicada uma contratura em flexão do quadril. Se não existir tensão no músculo reto
femoral, a causa provável da restrição está na estrutura da articulação do quadril ou na
cápsula articular.

TESTE DE OBER
Paciente: Com o paciente deitado de lado, abduzir a perna
do paciente e, em seguida, liberá-la. Executar esse teste
bilateralmente.

Teste: O tensor da fáscia lata e o trato iliotibial abduzem o


quadril. Se a perna falhar em descer com suavidade,
suspeitar de contratura do músculo tensor da fáscia lata ou
do trato iliotibial.

TESTE DE PATRICK (FABERE)


Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal, flexionar a
perna e colocar o pé sobre a mesa. Segurar o fêmur e
pressioná-lo no acetábulo. A seguir, cruzar a perna do
paciente no joelho oposto. Estabilizar a espinha ilíaca
anterossuperior oposta e apertar o joelho do quadril que
está sendo testado

Teste: Esse teste força a cabeça femoral para dentro da


cavidade acetabular, dando congruência máxima às
superfícies articulares. A dor no quadril indica um processo inflamatório na articulação
do quadril. A dor secundária ao trauma pode indicar urna fratura na cavidade
acetabular, na borda da cavidade acetabular ou no colo femoral. A dor pode também
indicar necrose avascular da cabeça femoral. Faber significa flexão, abdução e rotação
externa. Essa é a posição do quadril quando o teste começa.

TESTE DE TRENDELEMBURG
Paciente: Com o paciente em pé, segurar a cintura dele e
colocar os seus polegares na espinha ilíaca
posterossuperior de cada ilíaco. A seguir, instruir o paciente
a flexionar urna perna de cada vez.

Teste: Quando o paciente está de pé com uma perna


flexionada, o paciente é suportado por urna articulação de
quadril com os seus ligamentos e músculos associados
intactos naquele lado. Se o paciente não puder ficar sobre
uma perna por causa de dor e/ ou porque a pelve oposta cai
ou falha em levantar, isso é considerado um teste
@diuli_fisio
35
positivo. Esse resultado pode indicar um músculo de glúteo médio fraco no lado oposto
da flexão do quadril e serve para testar a integridade da articulação do quadril e
musculatura e ligamentos associados no lado oposto da flexão do quadril. Um desfecho
positivo desse teste frequentemente indica uma patologia da articulação do quadril.

Escalas e questionários do quadril


As escalas e os questionários são utilizados para quantificar sobre a patologia ou
evolução do paciente pois fornecem informações sobre a qualidade de vida do indivíduo.
É possível, assim, conhecer o paciente dinamicamente, entender a maneira como se
movimenta, as dificuldades que apresenta e as principais necessidades físicas para seu
aperfeiçoamento.

- Hip Outcome Score (HOP);


- Questionário Lequesne;
- Western Ontario McMaster Osteoarthritis Index (WO- MAC)

Anotações

@diuli_fisio
36
Anotações

@diuli_fisio
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Joelho

@diuli_fisio
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Joelho
O joelho é composto pelo fêmur, tíbia e patela.

Articulações
As articulações são: tibiofemoral, tibiofibular proximal e patelofemoral

Ligamentos
Os ligamentos da região do joelho são: meniscofemoral posterior, poplíteo oblíquo,
poplíteo arqueado, ligamento posterior da cabeça fibular, cruzado anterior, cruzado
posterior, colateral fibular, colateral tibial, transverso do joelho

Músculos
Os músculos que circundam a região são: quadríceps (reto femoral, vasto lateral, vasto
medial e vasto intermédio), articular do joelho, isquiotibiais (semimebranáceo,
semitendíneo e grácil), sartório, gastrocnêmios (lateral e medial) poplíteo e plantar.

Nervos
Os nervos são: Femoral (L2, L3, L4), Obturador (L2, L3, L4), Safeno (L2, L3, L4), Nervo tibial
(L4, L5, S1, S2, S3), Nervo fibular comum (L4, L5, S1, S2).

Inspeção dinâmica do joelho


Na inspeção dinâmica é necessário avaliar a amplitude de cada movimento.

@diuli_fisio
39
Posição do goniometro na hora da avaliação

Palpação do joelho
Palpar as seguintes regiões:

· Patela;
· Tendão do quadríceps;
· Tendão patelar;
· Quadríceps;
· Bolsa anterior do joelho;
· Côndilo medial;
· Côndilo lateral;
· Platô tibial;
· Ligamento colateral medial;
· Ligamento colateral lateral;
· Trato iliotibial;
· Fossa poplítea.

Anotações

@diuli_fisio
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Testes de força do joelho
Utilizar os mesmos testes que foram descritos no tópico "Testes de força do quadril" e
acrescentar os abaixos:

SÓLEO
Paciente: Em decúbito ventral, com o joelho flexionado pelo
menos a 90º.

Teste: Flexão plantar da articulação do tornozelo, sem


inversão ou eversão do pé.

GASTROCNÊMIOS
Paciente: Em pé. Pode se equilibrar colocando uma mão
sobre a maca, mas não se deve transferir qualquer peso
para a mão.

Teste: Elevação do corpo a partir dos dedos do pé,


empurrando o peso corporal diretamente para cima

Testes específicos do joelho


TESTE DE COMPRESSÃO DE APLEY
Paciente: Com o paciente em decúbito ventral, flexionar a
perna a 90°. Estabilizar a coxa do paciente com o seu joelho.
Segurar o tornozelo do paciente e fazer pressão para baixo
enquanto roda internamente e externamente a perna.

Teste: Os meniscos, que são discos fibrocartilaginosos


assimétricos, separam os côndilos tibiais dos côndilos
femorais. Quando o joelho é flexionado, o menisco se
distorce para manter a congruência entre os côndilos tibiais

@diuli_fisio
41
e femorais. A flexão do joelho aplica pressão para baixo com
estresse de rotação interna e externa no menisco já
distorcido. A dor ou crepitação em um dos lados do joelho
indica lesão meniscal naquele lado.

TESTE DE MCMURRAY
Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal, flexionar a
perna. Rodar externamente a perna, à medida que você a
estende; após, rodar internamente, conforme você estende.

Teste: A flexão e a extensão do joelho distorcem o menisco


para manter a congruência entre os côndilos tibiais e
femorais. A flexão e a extensão do joelho com rotação
interna e externa provocam ainda mais estresse no menisco
já distorcido. Um clique palpável ou audível indica lesão
meniscal.

TESTE DE THESSALY
Paciente: Com o paciente em pé, pegar as mãos do
paciente. Instruir o paciente a flexionar o joelho afetado em
20 graus e a rodar o corpo para a direita e para a esquerda.
Repetir o teste três vezes. Após, executar o mesmo
procedimento, mas dessa vez orientar o paciente a flexionar
o joelho em 5 graus.

Teste: A rotação do corpo com o pé estável cria uma força


rotacional induzida pelo movimento no joelho, que agravará
um menisco rompido. A dor ou o desconforto na linha
articular ou a sensação de bloqueio ou limitação podem ser
indicativos de menisco rompido.

@diuli_fisio
42
SINAL DA GAVETA
Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal, flexionar a
perna e colocar o pé sobre a mesa. Segurar atrás do joelho
flexionado e puxar e empurrar a perna. Os tendões
isquiotibiais devem estar relaxados para que esse teste seja
preciso.

Teste: Se houver mais de 5 mm de movimento tibial no fêmur


quando a perna for puxada, pode haver lesão ou ruptura em
algum grau de uma ou mais das seguintes estruturas:
• Ligamento cruzado anterior
• Cápsula posterolateral
• Cápsula posteromedial
•Ligamento colateral medial (se mais de 1 cm de movimento)
• Trato iliotibial
• Ligamento oblíquo posterior
• Complexo arqueado-poplíteo

NORMAL COM RUPTURA LIGAMENTAR

Se ocorrer movimento excessivo quando a perna for empurrada, pode haver lesão de
uma das seguintes estruturas:
• Ligamento cruzado posterior
• Complexo arqueado-poplíteo
• Ligamento oblíquo posterior
• Ligamento cruzado anterior

NORMAL COM RUPTURA LIGAMENTAR

@diuli_fisio
43
TESTE DE LACHMAN
Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal e o joelho em
30° de flexão, segurar a coxa do paciente com uma mão
para estabilizá-la. Com a mão oposta, segurar a tíbia e
puxá-la para a frente.

Teste: Se houver sensação amolecida e translação anterior


da tíbia quando ela é movida para a frente, deve-se
suspeitar de uma ruptura do ligamento cruzado anterior.
Esse é o teste mais confiável para verificar ruptura do
ligamento cruzado anterior, pois o joelho não precisa ser
flexionado em 90º (como no sinal da gaveta anterior), existe
menos impacto meniscal e os isquiotibiais têm menos
probabilidade de espasmo.

TESTE DE DISTRAÇÃO DE APLEY


Paciente: Com o paciente em decúbito ventral, flexionar a
perna a 90°. Estabilizar a coxa do paciente com o seu joelho.
Puxar o tornozelo do paciente, enquanto é rodada
internamente e externamente a perna.

Teste: A distração do joelho retira a pressão do menisco e


põe tensão nos ligamentos colaterais medial e lateral. A dor
na distração indica lesão ligamentar inespecífica ou
instabilidade.

Anotações

@diuli_fisio
44
TESTE DO ATRITO PATELAR
Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal, mover a
patela medial e lateralmente, enquanto é feita uma pressão
para baixo

Teste: A dor sob a patela indica condromalacia patelar,


artrite retropatelar ou fratura condral. A osteocondrite da
patela também produz dor local. A dor sobre a patela pode
indicar uma bursite pré-patelar.

Escalas e questionários do joelho


As escalas e os questionários são utilizados para quantificar sobre a patologia ou
evolução do paciente pois fornecem informações sobre a qualidade de vida do indivíduo.
É possível, assim, conhecer o paciente dinamicamente, entender a maneira como se
movimenta, as dificuldades que apresenta e as principais necessidades físicas para seu
aperfeiçoamento.

- Activies of daily living scale of the Knee outcome survey - KOS-ADLS


- Victorian institute of sport assessment – Patella (VISA-P) questionary
- International knee documentation committee – subjective Knee Form - IKDC-SKF
- Lysholm knee scoring scale

Testes funcionais do joelho


- Hop Test
- Star Excursion Balance Test
- Y Balance Test
- Step down Test
- FMS - Functional Movement Screen

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45
Anotações

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Tornozelo
e pé

@diuli_fisio
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Tornozelo e pé
O tornozelo e o pé são compostos pela tíbia, fíbula, calcâneo,
tálus, navicular, cuboide, cuneiforme medial, cuneiforme
lateral e cuneiforme intermédio, metatarsos, falanges
proximais, falanges mediais e falanges distais

Articulações
As articulações do pé e tornozelo são: talocrural, tibiofibular distal, subtalar,
talocalcaneonavicular, calcaneocuboide, tarsal transversa, tarsometatarsal,
metatarsofalângica e interfalângica.

Ligamentos
Os ligamentos da região são: talocalcâneo posterior, tibiofibular posterior, talofibular
posterior, membrana interóssea, tibiofibular anterior, colateral lateral, talofibular
posterior, calcaneofibular, talofibular anterior, talocalcâneo interósseo, talonavicular
dorsal, bifurcado (calcaneonavicular e calcaneocuboide), cubnavicular dorsal,
cuneonavicular dorsal, intercuneiforme dorsal, tarsometatarsal dorsal, deltoide
(tibiotalar posterior, tibiocalcâneo, tibionavicular e tibiotalar anterior), talocalcâneo
medial, calcaneonavicular plantar, plantar longo, calcaneocuboide plantar (plantar
curto), calcaneonavicular plantar (mola), cubonavicular plantar, tarsometatarsal
plantar, colateral, placa plantar e metatarsaltransverso profundo.

Músculos
Os músculos que circundam a região são: gastrocnêmios (lateral e medial), sóleo,
fibular longo, fibular curto, fibular terceiro, extensor longo dos dedos, extensor longo do
hálux, extensor curto dos dedos, tibial anterior, tibial posterior, flexor longo do hálux,
flexor longo dos dedos, extensor curto dos dedos, extensor curto do h.álux, interósseos
dorsais, abdutor longo do hálux, flexor curto dos dedos, abdutor do dedo mínimo,
lumbricais, músculo quadrado plantar, flexor curto do dedo mínimo, adutor do hálux,
flexor curto do hálux, interósseo plantar e interósseo dorsal.

Nervos
Os nervos são: Sural (S1, S2), Tibial (L4,L5,S1,S2,S3), Plantar Medial (S2,S3), Plantar
Lateral (S2, S3), Safeno (L2, L3, L4), Fibular profundo (L4, L5, S1), Fibular superficial (L5,
S1, S2).
@diuli_fisio
48
Inspeção dinâmica do tornozelo
Na inspeção dinâmica é necessário avaliar a amplitude de cada movimento.

Extensão 20º Flexão 45º

@diuli_fisio
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Inspeção dinâmica do pé
Na inspeção dinâmica é necessário avaliar a amplitude de cada movimento.

Metatarsofalangianas
Flexão do hálux: 45º
Extensão do hálux: 90º
Flexão do 2º ao 5º dedo: 40º
Extensão do 2º ao 5 dedo: 45º

Interfalangianas
Flexão do hálux: 90º

Interfalangiana proximal
Segundo ao quinto dedo: 35º

Interfalangiana distal
Segundo ao quinto dedo: 60º

Palpação do tornozelo e pé
Palpar as seguintes regiões:

·Maleolo medial;
·Maleolo lateral;
·Ligamento deltoide;
·Tendões: tibial posterior, flexor longo dos dedos e flexor longo do hálux, fibular longo,
fibular curto, tibial anterior, extensor longo dos dedos e tendão do calcâneo;
·Bolsa calcaneana;
·Bolsa retrocalcaneana.

@diuli_fisio
50
Testes de força do tornozelo e pé
SÓLEO
Paciente: Em decúbito ventral, com o joelho flexionado pelo
menos a 90º.

Teste: Flexão plantar da articulação do tornozelo, sem


inversão ou eversão do pé.

GASTROCNÊMIOS
Paciente: Em pé. Pode se equilibrar colocando uma mão
sobre a maca, mas não se deve transferir qualquer peso
para a mão.

Teste: Elevação do corpo a partir dos dedos do pé,


empurrando o peso corporal diretamente para cima

FIBULAR LONGO E CURTO


Paciente: Em decúbito lateral, com o membro rodado
medialmente.

Teste: Eversão do pé, com flexão plantar da articulação do


tornozelo.

FIBULAR TERCEIRO
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado.

Teste: Flexão dorsal da articulação do tornozelo, com


eversão do pé.

@diuli_fisio
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TIBIAL POSTERIOR
Paciente: Em decúbito dorsal, com o membro em rotação
lateral.

Teste: Inversão do pé, com flexão plantar da articulação do


tornozelo.

TIBIAL ANTERIOR
Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Flexão dorsal da articulação do tornozelo e inversão


do pé, sem extensão do hálux.

EXTENSOR LONGO E CURTO DOS


DEDOS
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado.

Teste: Extensão de todas as articulações do segundo ao


quinto dedo dos pés.

FLEXOR LONGO DOS DEDOS E


QUADRADO PLANTAR
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado. Quando ocorre
contração do m. gastrocnêmio, o joelho deve ser
flexionado para permitir a posição neutra do pé.

Teste: Flexão das articulações interfalângicas distais do


segundo ao quinto dedo do pé. O m. flexor dos dedos é
auxiliado pelo quadrado plantar.

@diuli_fisio
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FLEXOR CURTO DOS DEDOS
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado.

Teste: Flexão das articulações interfalângicas proximais do


segundo ao quinto dedo do pé.

LUMBRICAIS
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado. O examinador
estabiliza a região medial do tarso e mantém o pé e o
tornozelo em posição neutra.

Teste: Flexão das articulações metatarsofalângicas do


segundo ao quinto dedo do pé, com um esforço para evitar
a flexão das articulações interfalângicas.

INTERÓSSEOS
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado. Fixação: o
examinador estabiliza as articulações metatarsofalângicas
e mantém o pé e o tornozelo em flexão plantar de
aproximadamente 20º a 30°.

Teste: Extensão das articulações interfalângicas dos quatro


dedos do pé laterais. (Um teste separado para a adução e
abdução dos mm. interósseos não é prático, pois a maioria
dos indivíduos não consegue realizar esses movimentos dos
dedos do pé.)

EXTENSOR LONGO E CURTO DO


HÁLUX
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado. O examinador
estabiliza o pé em discreta flexão plantar.

Teste: Extensão das articulações metatarsofalângica e


interfalângica do hálux.

@diuli_fisio
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FLEXOR LONGO DO HÁLUX
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado.

Teste: Flexão da articulação interfalângica do hálux.

FLEXOR CURTO DO HÁLUX


Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado. O examinador
estabiliza o pé próximo da articulação metatarsofalângica
e mantém o pé e o tornozelo em posição neutra. A flexão
plantar do pé pode causar restrição do movimento de
teste pela tensão dos mm. extensores do dedo oponentes.

Teste: Flexão da articulação metatarsofalângica do hálux.

ABDUTOR DO HÁLUX
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado.

Teste: Se possível, abdução do hálux a partir da linha axial


do pé. Geralmente isso é difícil para o indivíduo, e a ação
pode ser demonstrada solicitando-se a ele que tracione o
antepé em adução contra a pressão exercida pelo
examinador.

@diuli_fisio
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Testes específicos do tornozelo e pé
TESTE DE GAVETA DO PÉ
Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal, estabilizar o
tornozelo com uma mão. Com a mão oposta, segurar e
pressionar posteriormente a tíbia. A seguir, pegar o aspecto
anterior do pé com uma mão e o aspecto posterior da tíbia
com o outro, e puxar para a frente

Teste: O deslocamento secundário ao trauma, quando a


tíbia é empurrada, indica ruptura do ligamento talofibular
anterior. O deslocamento quando a tíbia é puxada indica
ruptura do ligamento talofibular posterior.

TESTE DE ESTABILIDADE LATERAL


Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal, segurar o pé
do paciente e fazer a inversão passiva.

Teste: Se um deslocamento secundário ao trauma estiver


presente, suspeitar de ruptura do ligamento talofibular
anterior e/ou do calcaneofibular

TESTE DE ESTABILIDADE MEDIAL


Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal, segurar o pé
do paciente e fazer a eversão passiva.

Teste: Se um deslocamento secundário ao trauma estiver


presente, suspeitar de ruptura do ligamento deltoide.

@diuli_fisio
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TESTE DE THOMPSON
Paciente: Instruir o paciente em decúbito ventral a flexionar
o joelho. Apertar os músculos da panturrilha contra a tíbia e
a fíbula

Teste: Quando os músculos da panturrilha são apertados, os


músculos gastrocnêmios e sóleo contraem mecanicamente.
Esses músculos estão inseridos no tendão do calcâneo, que,
por sua vez, faz a flexão plantar do pé. Se o tendão do
calcâneo estiver rompido, a contração dos músculos
gastrocnêmios e sóleo não fará a flexão plantar do pé.

Escalas e questionários do tornozelo e pé


As escalas e os questionários são utilizados para quantificar sobre a patologia ou
evolução do paciente pois fornecem informações sobre a qualidade de vida do indivíduo.
É possível, assim, conhecer o paciente dinamicamente, entender a maneira como se
movimenta, as dificuldades que apresenta e as principais necessidades físicas para seu
aperfeiçoamento.

- FAOS - Foot and Akle Outcome Score;


- FAAM - Foot and ankle ability measure;
- AOFAS - American Orthopaedic Foot and Ankle Society - ankle-hindfoot scale.

Anotações

@diuli_fisio
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Anotações

@diuli_fisio
57
Ombro

@diuli_fisio
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Ombro
O ombro é composto pelo úmero, escápula e clavícula.

Articulações
As articulações são: glenoumeral, esternoclavicular, acromioclavicular e
escapulotorácica.

Ligamentos
Os ligamentos da região são: glenoumeral, coracoumeral, coracoclavicular (trapezoide
e conoide), acromioclavicular, coracoacromial, esternoclavicular, interclavicular e
costoclavicular

Músculos
Os músculos que circundam a região são: Trapézio superior, trapézio médio, trapézio
inferior, levantador da escápula, romboides, latíssimo do dorso, serrátil anterior,
deltoide, peitoral maior, peitoral menor, supraespinal, infraespinal, redondo menor,
redondo maior, subescapular.

Nervos
Os nervos são: Radial (C5, C6, C7, C8, T1), Ulnar (C7,C8, T1), Musculocutâneo (C5, C6,
C7), Axilar (C5, C6), Supraescapular (C4, C5, C6), Dorsal da escápula (Ramos ventrais de
C4, C5), Peitoral lateral (C5, C6, C7), Peitoral medial (C8, T1) Torácico longo (Ramos
ventrais de C5, C6, C7), Subescapular superior (C5, C6) Subescapular inferior (C5, C6),
Cutâneo medial do braço.

Inspeção dinâmica do ombro


Na inspeção dinâmica é necessário avaliar a amplitude de cada movimento.

@diuli_fisio
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@diuli_fisio
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Palpação do ombro
Palpar as seguintes regiões:

· Clavícula;
· Articulação glenoumeral;
· Articulação esternoclavicular;
· Articulação acromioclavicular;
· Bolsa subacromial;
· Manguito rotador;
· Sulco intertubercular;
· Músculo bíceps braquial;
· Músculo deltoide;
· Músculo trapézio;
· Escápula.

@diuli_fisio
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Testes de força do ombro
CORACOBRAQUIAL
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal

Teste: Flexão do ombro em rotação lateral, com o cotovelo


totalmente flexionado e o antebraço supinado. O auxilio do
m. bíceps na flexão do ombro diminui nessa posição de
teste, porque a flexão completa do cotovelo e a supinação
do antebraço encurtam muito o músculo para que ele seja
efetivo na flexão do ombro.

DELTOIDE FIBRAS MÉDIAS


Paciente: Sentado

Teste: Abdução do ombro sem rotação. Ao posicionar o


ombro na posição de teste, o cotovelo deve ser flexionado
para indicar a posição neutra da rotação. No entanto, o
ombro pode ser estendido depois de a sua posição ser
estabelecida, de modo que a extremidade estendida pode
ser usada como uma alavanca mais longa. O examinador
deve aplicar uma técnica sólida durante testes
subsequentes.

DELTOIDE FIBRAS ANTERIORES


Paciente: Sentado

Teste: Abdução do ombro com discreta flexão, com o


úmero em ligeira rotação lateral. Na posição sentada
ereta, é necessário colocar o úmero em ligeira rotação
lateral para aumentar o efeito da força da gravidade nas
fibras anteriores.

@diuli_fisio
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DELTOIDE FIBRAS POSTERIORES
Paciente: Sentado

Teste: Abdução do ombro com discreta extensão, com o


úmero em ligeira rotação medial. Na posição sentada
ereta, é necessário posicionar o úmero em ligeira rotação
medial para colocar as fibras posteriores em uma posição
antigravitacional.

PEITORAL MAIOR SUPERIOR


Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Iniciando com o cotovelo estendido e com o ombro


em flexão de 90° e discreta rotação medial, o úmero é
aduzido horizontalmente em direção à extremidade
esternal da clavícula.

PEITORAL MAIOR INFERIOR


Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Iniciando com o cotovelo estendido e com o ombro


flexionado e em discreta rotação medial, adução do
membro superior obliquamente em direção à crista ilíaca
oposta.

PEITORAL MENOR
Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: impulso para frente do ombro, com o membro


superior na lateral do corpo. O indivíduo não deve exercer
pressão sobre a mão para forçar o ombro para frente. Se
necessário, elevar a mão e o cotovelo do indivíduo da
mesa.

@diuli_fisio
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INFRAESPINAL
Paciente: Em decúbito ventral

Teste: Rotação lateral do úmero com o cotovelo mantido


em ângulo reto

REDONDO MENOR
Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Rotação lateral do úmero com o cotovelo mantido


em ângulo reto

ROTADORES MEDIAIS DO OMBRO


Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Rotação medial do úmero, com o membro superior


na lateral do corpo e o cotovelo mantido em ângulo reto.

REDONDO MAIOR E SUBESCAPULAR


Paciente: Em decúbito ventral

Teste: Extensão e adução do úmero na posição de


rotação medial, com a mão na crista ilíaca posterior

@diuli_fisio
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GRANDE DORSAL
Paciente: Em decúbito ventral

Teste: Adução do membro superior, com extensão, na


posição de rotação medial.

ROMBOIDES, LEVANTADOR DA
ESCÁPULA E TRAPÉZIO
Paciente: Em decúbito ventral

Teste: adução e elevação da escápula, com rotação


medial do ângulo inferior. Para obter esta posição da
escápula e a alavancagem para a pressão no teste, o
membro superior é posicionado na posição ilustrada. Com
o cotovelo flexionado, o úmero é aduzido em direção à
lateral do corpo em extensão discreta e leve rotação
lateral. O teste visa a determinar a capacidade dos
músculos romboides de manter a escápula na posição de
teste à medida que a pressão é aplicada no membro
superior.

PARTE MÉDIA DO TRAPÉZIO


Paciente: Em decúbito ventral

Teste: Adução da escápula, com rotação ascendente


(rotação lateral do ângulo inferior) e sem elevação da
cintura escapular. A posição de teste é obtida colocando-
se o ombro em abdução de 90° e em rotação lateral
suficiente para colocar a escápula em rotação lateral do
ângulo inferior.

@diuli_fisio
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PARTE INFERIOR DO TRAPÉZIO
Paciente: Em decúbito ventral

Teste: Adução e depressão da escápula, com rotação


lateral do ângulo inferior. O membro superior é
posicionado diagonalmente acima da cabeça, em linha
com as fibras inferiores do trapézio. A rotação lateral da
junta do ombro ocorre com a elevação, portanto
geralmente não é necessário rodar mais o ombro para
colocar a escápula em rotação lateral.

PARTE SUPERIOR DO TRAPÉZIO


Paciente: Sentado

Teste: Elevação da extremidade acromial da clavícula e


da escápula e extensão póstero-lateral do pescoço,
levando o occipício ao ombro elevado com a face vírada
na direção oposta.

SERRÁTIL ANTERIOR
Paciente: Em pé

Teste: Em frente a uma parede, o paciente, com os


cotovelos estendidos, coloca ambas as mãos na parede
na altura dos ombros ou discretamente acima. Para
começar, é permitido que o tórax se incline para frente, de
modo que as escápulas fiquem posicionadas com certa
adução. Em seguida, o indivíduo faz força contra a
parede, deslocando o tórax para trás, até as escápulas
posicionarem-se em abdução.

@diuli_fisio
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SERRÁTIL ANTERIOR
Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Abdução da escápula, projetando o membro


superior anteriormente (para cima). O movimento da
escápula deve ser observado e o ângulo inferior palpado
para garantir que a escápula esteja se abduzindo.

SERRÁTIL ANTERIOR
Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Abdução da escápula, projetando o membro


superior anteriormente (para cima). O movimento da
escápula deve ser observado e o ângulo inferior palpado
para garantir que a escápula esteja se abduzindo.

Testes específicos do ombro


TESTE DA LATA VAZIA
Paciente: Com o paciente sentado, instruí-lo a abduzir o
braço em 90°, com o braço entre abdução e flexão (plano
escapular). Instruir o paciente a abduzir o braço contra a
resistência

Teste: A resistência à abdução do ombro estressa


principalmente o músculo deltoide e o músculo e tendão do
supraespinal. A dor e/ ou a fraqueza sobre a inserção do
tendão supraespinal podem indicar tendinite degenerativa
ou ruptura do tendão do supraespinal. A dor sobre o
músculo deltoide pode indicar distensão do músculo
deltoide.

@diuli_fisio
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TESTE DE COÇAR DE APLEY
Paciente: Instruir o paciente sentado a colocar a mão no
lado do ombro afetado, atrás da cabeça, e tocar o ângulo
superior oposto da escápula. Depois, instruir o paciente a
colocar a mão atrás das costas e tentar tocar o ângulo
inferior oposto da escápula.

Teste: A tentativa ativa de tocar o aspecto oposto superior e


inferior da escápula causa estresse nos tendões do
manguito rotador. A exacerbação da dor do paciente indica
tendinite degenerativa de um dos tendões do manguito
rotador, habitualmente o tendão do supraespinal.

SINAL DE IMPACTO DE NEER


Paciente: Com o paciente sentado, segurar o punho do
paciente e mover passivamente o ombro em flexão.

Teste: O movimento do ombro em flexão empurra o


tubérculo maior do úmero contra a borda anteroinferior do
acrômio. A dor no ombro e um olhar de apreensão na face
do paciente indicam um sinal positivo. Isso indica uma
lesão por esforço repetitivo do músculo supraespinal ou às
vezes do tendão do bíceps.

SINAL DO APERTO DE BOTÃO


SUBACROMIAL
Paciente: Com o paciente sentado, aplicar pressão na bolsa
subacromial.

Teste: A pressão na bolsa subacromial irritará uma bolsa já


inflamada. A dor local sugere inflamação da bolsa ou bursite
subacromial.

68
TESTE DE SPEED
Paciente: Com o cotovelo do paciente completamente
estendido e supinado, e o ombro flexionado em 45°, colocar
seus dedos no sulco intertubercular e sua mão oposta no
punho do paciente. Instruir o paciente a elevar o braço
contra a sua resistência.

Teste: Esse teste estressa o tendão do bíceps no sulco


intertubercular. A dor ou a sensibilidade dolorosa no sulco
bicipital indica tendinite bicipital.

TESTE DE GAVETA ANTERIOR


Paciente: Com o paciente em supino, colocar a mão dele
na sua axila. Com a sua mão oposta, pegar a escápula
posterior com seus dedos e colocar o seu polegar sobre o
processo coracoide. Usando o braço que está segurando
a mão do paciente, pegar o aspecto posterior do braço do
paciente e levar o úmero para a frente.

Teste: A tentativa de mover o úmero para a frente, com


estabilização da escápula, testa a integridade da porção
anterior do manguito rotador, que mantém o úmero na
cavidade glenoide. Um clique e/ ou uma quantidade
anormal de movimento em comparação com o lado
normal indica instabilidade anterior da articulação
glenoumeral.

Anotações

@diuli_fisio
69
TESTE DE APREENSÃO ANTERIOR
Paciente: Atrás do paciente sentado, abduzir o braço
afetado até 90° e rodá-lo externamente de forma lenta, ao
mesmo tempo em que estabiliza o aspecto posterior do
ombro com a mão oposta

Teste: A dor local indica urna luxação anterior crônica do


ombro. Esse teste é chamado de apreensão porque
pretende produzir um olhar de apreensão na face do
paciente. O paciente pode também afirmar que no teste sente a mesma dor que ocorria
quando o ombro era luxado. A rotação externa do braço predispõe o úmero a deslocar
anteriormente. Esse teste força a rotação externa a luxar anteriormente o úmero da
cavidade glenoidal. Se os músculos do manguito rotador, a cápsula articular e a
cavidade glenoidal estiverem sãos, o paciente não apresentará qualquer dor ou
apreensão quando o teste for executado. Esse teste serve para verificar a integridade do
ligamento glenourneral inferior, da cápsula anterior, dos tendões do manguito rotador e
do lábio glenoide.

TESTE DE ROCKWOOD
Paciente: Esse teste é uma variação do teste de
apreensão anterior. Com o paciente sentado, rodar
externamente o ombro com o braço na posição neutra.
Repetir o teste com o braço em 45° de abdução, e depois
em 90° de abdução, e, em seguida, em 120° de abdução.

Teste: O paciente deve mostrar apreensão intensa em 90°,


com dor. Em 0° raramente existe qualquer apreensão. Em
45° e 120°, deve haver mais dor, com leve apreensão. O
paciente pode dizer que sente a mesma dor que sentia
quando o ombro estava previamente deslocado. Esse
procedimento testa a integridade do ligamento
glenourneral inferior, da cápsula anterior, dos tendões do
manguito rotador e do lábio glenoide.

@diuli_fisio
70
TESTE DE EMPURRA-PUXA
Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal, segurar o
punho do paciente e abduzir o braço em 90° e flexioná-lo
em 30° para a frente. Com a sua mão oposta, pegar o
braço próximo à cabeça umeral, puxar no punho e
empurrar para baixo o braço

Teste: No paciente normal, até 50% de translação é


considerado um teste negativo. Mais de 50% de
translação e um olhar de apreensão indicam um teste
positivo. Esse teste também é uma tentativa de deslocar o
ombro posteriormente. Ele estressa o manguito rotador e
a cápsula articular posterior.

TESTE DE GAVETA POSTERIOR


Paciente: Com o paciente em decúbito dorsal, segurar o
antebraço do paciente, flexionar o seu cotovelo e abduzir
e flexionar o ombro. Com a sua mão oposta, estabilizar a
escápula com os seus dedos indicador e médio na
espinha da escápula e o seu polegar no processo
coracoide. Rodar o antebraço internamente e flexionar o
ombro para a frente, retirando o polegar da sua outra mão
da coracoide e forçando o úmero posteriormente.

Teste: Isso é uma tentativa de deslocar o ombro


posteriormente, estressando o manguito rotador e a
cápsula articular. A dor local e um olhar de apreensão são
os sinais de um teste positivo. Esse teste estressa o
manguito rotador e a cápsula articular posterior.

Anotações

@diuli_fisio
71
TESTE DE FEAGIN
Paciente: Com o paciente em pé, orientá-lo a abduzir o
braço e a colocar a mão sobre o seu ombro. Com ambas as
mãos, segurar o úmero do paciente próximo à cabeça
umeral e exercer uma pressão para baixo e para a frente

Teste: Um olhar de apreensão na face do paciente significa


um sinal positivo. Isso indica instabilidade anteroinferior do
ombro. Esse teste é uma tentativa de deslocar o ombro
anterior e inferiormente. Ele testa a integridade do ligamento
glenoumeral inferior, da cápsula anterior, dos tendões do
manguito rotador e do lábio glenoide.

TESTE DO RESSALTO
Paciente: Com o paciente em prono, o examinador deve
colocar uma das mãos no aspecto posterior da cabeça
umeral. Com a mão oposta, segurar o cotovelo e abduzir
completamente o ombro. O examinador deve então
empurrar anteriormente com a mão sobre a cabeça umeral
e rodar externamente o ombro com a mão oposta

Teste: A pressão anterior na cabeça umeral com rotação


externa do ombro tenta deslocar o ombro anteriormente.
Um som de ressalto ou de triturar indica um teste positivo, o
que significa uma ruptura anterior do lábio glenoide.

TESTE DA QUEDA DE BRAÇO


Paciente: Com o paciente sentado, abduzir o braço além
de 90°. Instruir o paciente a abaixar o braço lentamente.

Teste: Se o paciente não puder abaixar o braço


lentamente ou se o braço cair de repente, isso indica uma
ruptura do manguito rotador, geralmente do supraespinal.
O músculo supraespinal age como um abdutor do braço e
mantém a cabeça do úmero em seu lugar. Uma ruptura
do tendão do supraespinal causa instabilidade do úmero
em abdução, fazendo-o cair de repente.

@diuli_fisio
72
TESTE DO SUPRAESPINAL
Paciente: Com o paciente sentado ou em pé, orientá-lo a
abduzir o ombro até 90°. Segurar o braço do paciente e
abaixar contra a resistência feita por ele. A seguir, instruir o
paciente a rodar os ombros internamente, de forma que os
polegares fiquem virados para baixo. Novamente, abaixar o
braço contra a resistência feita pelo paciente

Teste: A resistência à abdução estressa o músculo e o


tendão do supraespinal. Fraqueza ou dor podem indicar
uma ruptura do músculo ou do tendão do supraespinal. A
fraqueza pode também indicar uma neuropatia do
supraescapular .

TESTE DE YERGASON
Paciente: Com o paciente sentado e o cotovelo flexionado
em 90°, estabilizar o cotovelo do paciente com uma das
mãos. Com a sua mão oposta, segurar o punho do paciente
e fazê-lo rodar externamente o ombro e supinar o antebraço
contra a sua resistência.

Teste: A supinação contra a resistência do antebraço e a


rotação externa do ombro estressam o tendão bicipital e o
ligamento umeral transverso. A dor e/ou a sensibilidade
dolorosa local no tendão bicipital indicam inflamação do
tendão do bíceps ou tendinite. Se o tendão estalar para fora
do sulco intertubercular, suspeitar de um ligamento umeral
transverso frouxo ou rompido ou de um sulco intertubercular
raso congênito, fazendo com que o tendão seja subluxado.

TESTE DE LUDINGTON
Paciente: Instruir o paciente a trançar os dedos das mãos
sobre a cabeça e, alternadamente, contrair e relaxar o
músculo bíceps enquanto você palpa o tendão do bíceps

Teste: A colocação das mãos na cabeça dá suporte ao


membro superior e permite o relaxamento do músculo
bíceps. Se o tendão do bíceps no lado afetado não sofrer
contração e não for palpável, suspeitar de uma ruptura da
cabeça longa do tendão do bíceps.

@diuli_fisio
73
TESTE DE ADSON
Paciente: Com o paciente sentado, estabelecer a amplitude
do pulso radial. Comparar a amplitude bilateralmente.
Instruir o paciente a respirar fundo e a segurar a respiração,
enquanto ele roda a cabeça e eleva o queixo para o lado
que está sendo testado. Se o teste for negativo, fazer o
paciente rodar e elevar o queixo para o lado oposto

Teste: A rotação e a extensão da cabeça comprimem a


artéria subclávia e o plexo braquial. A diminuição ou
ausência da amplitude do pulso radial indica compressão
do componente vascular do feixe neurovascular (artéria
subclávia) por um músculo escaleno anterior espástico ou
hipertrofiado, sobre uma costela cervical, ou urna massa,
como um tumor de Pancoast. Parestesias ou radiculopatia
na extremidade superior indicam compressão do
componente neural do feixe neurovascular (plexo braquial)

Escalas e questionários do ombro


As escalas e os questionários são utilizados para quantificar sobre a patologia ou
evolução do paciente pois fornecem informações sobre a qualidade de vida do indivíduo.
É possível, assim, conhecer o paciente dinamicamente, entender a maneira como se
movimenta, as dificuldades que apresenta e as principais necessidades físicas para seu
aperfeiçoamento.

- DASH - Disabilities of the Arm, Shoulder, and Hand Scale;


- RC-QOL -Rotator Cuff Quality of Life Measure;
-SPADI - Shoulder Pain and Disability Index;
- WOOS - Western Ontario Osteoarthritis of the Shoulder index;
- SSI - Shoulder Severity Index;
- SSRS - Subjective Shoulder Rating Scale

Anotações

@diuli_fisio
74
Anotações

@diuli_fisio
75
Cotovelo

@diuli_fisio
76
Cotovelo
O cotovelo é composto pelo úmero, rádio e ulna.

Articulações
As articulações são: umeroulnar, umerorradial, radioulnar proximal e radioulnar distal.

Ligamentos
Os ligamentos da região são: colateral radial, anular do rádio, colateral ulnar, cordão
oblíquo e membrana interóssea.

Músculos
Os músculos que circundam a região são: Tríceps braquial, ancôneo, bíceps braquial,
braquial, supinador, pronador redondo e pronador quadrado.

Nervos
Os nervos são: Musculocutâneo (C5, C6, C7), Cutâneo lateral do antebraço (C5, C6, C7),
Mediano (C6, C7, C8, T1), Interósseo anterior (C6, C7, C8, T1), Radial (C5, C6, C7, C8, T1),
Ulnar (C7, C8, T1), Interósseo posterior (C5, C6, C7, C8, T1).

Inspeção dinâmica do cotovelo


Na inspeção dinâmica é necessário avaliar a amplitude de cada movimento.

@diuli_fisio
77
@diuli_fisio
78
Palpação do cotovelo
Palpar as seguintes regiões:

· Epicôndilo medial;
· Epicôndilo lateral;
· Olécrano;
· Tríceps;
· Bíceps;
· Fossa cubital.

Testes de força do cotovelo


BRAQUIORRADIAL
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal

Teste: Flexão do cotovelo, com o antebraço em posição


neutra entre a pronação e a supinação. O ventre do
braquiorradial deve ser visto e sentido durante este teste,
porque o movimento também pode ser realizado por outros
músculos que flexionam o cotovelo.

TRÍCEPS BRAQUIAL E ANCÔNEO


Paciente: Decúbito ventral

Teste: O ombro está em abdução de 90º, neutro em relação


à rotação, e com o braço apoiado entre o ombro e o
cotovelo sobre a mesa. O examinador coloca uma mão sob
o braço, próximo do cotovelo, para protegê-lo contra a
pressão da mesa.

BÍCEPS BRAQUIAL E BRAQUIAL


Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado

Teste: Flexão do cotovelo levemente inferior ou em ângulo


reto com o antebraço em supinação.

@diuli_fisio
79
SUPINADOR
Paciente: Em decúbito dorsal

Teste: Supinação do antebraço, com o cotovelo em ângulo


reto ou discretamente abaixo.

PRONADOR QUADRADO
Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado

Teste: Pronação do antebraço, com o cotovelo


completamente flexionado para tornar a cabeça umeral do
pronador redondo menos eficaz, por ficar numa posição
encurtada.

PRONADOR REDONDO E QUADRADO


Paciente: Em decúbito dorsal ou sentado

Teste: Pronação do antebraço, com o cotovelo parcialmente


flexionado.

Anotações

@diuli_fisio
80
Testes específicos do cotovelo
TESTE DE COZEN
Paciente: Com o paciente sentado, estabilizar o antebraço
do paciente. Orientá-lo a fechar a mão e a estendê-la. Após,
forçar o punho estendido em flexão contra a resistência

Teste: Os tendões que estendem o punho estão inseridos no


epicôndilo lateral. Eles são o extensor radial curto do carpo,
o extensor dos dedos, o extensor do dedo mínimo e o
extensor ulnar do carpo. Se o côndilo em si ou os tendões
extensores comuns que ali se inserem estiverem inflamados,
forçar o punho estendido para flexão pode reproduzir a
irritação no epicôndilo lateral e nos tendões inseridos. Se a
dor for produzida no epicôndilo lateral, suspeitar de
inflamação do epicôndilo lateral.

TESTE DE MILL
Paciente: Com o paciente sentado, orientá-lo a pronar o
braço e a flexionar o punho. Após, instruí-lo a supinar o
antebraço contra a resistência

Teste: O tendão do músculo supinador, que supina o punho,


está inserido no epicôndilo lateral. Se o côndilo em si ou o
tendão do supinador que se insere no côndilo estiver
inflamado, a resistência à supinação do punho pode
reproduzir irritação no epicôndilo lateral e nos tendões ali
inseridos. Se a dor for produzida no epicôndilo lateral,
suspeitar de inflamação do epicôndilo lateral.

Anotações

@diuli_fisio
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TESTE DE COTOVELO DO GOLFISTA
Paciente: O paciente, que deve estar sentado, deve
estender o cotovelo e supinar a mão. Instruir o paciente a
flexionar o punho contra a resistência

Teste: Os tendões que flexionam o punho, o flexor radial do


carpo e o flexor ulnar do carpo estão inseridos no epicôndilo
medial. Se o côndilo em si ou os tendões flexores comuns
que ali se inserem estiverem inflamados, a flexão resistida
do punho pode reproduzir irritação no epicôndilo medial e
em seus tendões inseridos. Se a dor for produzida no
epicôndilo medial, suspeitar de inflamação do epicôndilo
medial (epicondilite).

TESTE DE ESTRESSE EM ADUÇÃO


Paciente: Com o paciente sentado, estabilizar o braço
medialmente e colocar pressão de adução sobre a parte
lateral do antebraço do paciente.

Teste: A pressão de adução na parte lateral do antebraço


coloca estresse no ligamento colateral radial. O
espaçamento e a dor indicam instabilidade do ligamento
colateral radial.

TESTE DE ESTRESSE EM ABDUÇÃO


Paciente: Com o paciente sentado, estabilizar o braço
lateralmente e colocar pressão de abdução sobre a parte
medial do antebraço.

Teste: A pressão de abdução no antebraço medial causa


estresse no ligamento colateral ulnar. Espaçamento e dor
indicam instabilidade do ligamento colateral ulnar.

@diuli_fisio
82
SINAL DE TÍNEL
Paciente: Com o paciente sentado, percutir o nervo ulnar no
sulco entre o olécrano e o epicôndilo medial com um martelo
de reflexos neurológicos. O nervo ulnar passa nesse sulco.

Teste: Esse teste é projetado para produzir dor causada por


neurite ou neuroma do nervo ulnar. A dor indica um teste
positivo. O nervo pode sofrer lesão pelos seguintes modos:
1. Esforço, lesões repetitivas ou trauma no cotovelo.
2. Artrite da articulação do cotovelo.
3. Compressão do túnel cubital, entre as cabeças do
músculo flexor ulnar do carpo.
4. Hábitos posturais que comprimem o nervo, corno dormir
com os cotovelos flexionados e as mãos sob a cabeça.
5. Subluxações ou luxações recorrentes de nervos.

SINAL DE FLEXÃO DO COTOVELO


Paciente: Instruir o paciente sentado a flexionar
completamente o cotovelo por 5 minutos

Teste: A flexão do cotovelo pode comprimir o nervo ulnar no


túnel cubital. A parestesia ao longo do aspecto medial do
antebraço e da mão pode indicar compressão do nervo
ulnar no túnel cubital (síndrome do túnel cubital). Ele
também pode ficar aprisionado entre as cabeças do flexor
ulnar do carpo ou por tecido cicatricial no sulco ulnar.

Anotações

@diuli_fisio
83
Anotações

@diuli_fisio
84
@diuli_fisio

Punho e
mão

@diuli_fisio
85
Punho e mão
O punho e a mão são compostos pelos ossos: rádio,
ulna, escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme,
trapézio, trapezoide, capitato, hamato, metacarpos,
falanges proximais, falanges médias e falanges
distais

Articulações
As articulações são: Radiocarpal, Intercarpal, Carpometacarpal e metacarpofalângica,
interfalângica.

Ligamentos
Os ligamentos da região são: Carpal transverso, radiocarpal palmar, ulnocarpal,
radioulnar palmar, colateral radial, colateral ulnar, pisometacarpal, piso-hamato,
capitopiramidal, CMC palmar, metacarpal palmar, radioulnar dorsal, radiocarpal dorsal,
CMC dorsal, metacarpal dorsal, ligamentos colaterais das articulações IP, ligamentos
metacarpais transversos profundos e ligamento palmar

Músculos
Os músculos que circundam a região são: Extensor radial longo do carpo, extensor
radial curto do carpo, extensor ulnar do carpo, extensor dos dedos, extensor do dedo
mínimo, extensor do indicador, abdutor longo do polegar, extensor curto do polegar,
extensor longo do polegar, flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo, palmar longo,
flexor superficial dos dedos, flexor superficial dos dedos, flexor profundo dos dedos,
flexor longo do polegar, oponente do polegar, abdutor curto do polegar, flexor curto do
polegar, adutor do polegar, adutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo,
oponente do dedo mínimo, lumbricais, interósseo dorsal e interósseo palmar.

Nervos
Os nervos são: Radial (C5, C6, C7, C8, T1) e Ulnar (C7, C8, T1).

@diuli_fisio
86
Inspeção dinâmica do punho
Na inspeção dinâmica é necessário avaliar a amplitude de cada movimento.

@diuli_fisio
87
Inspeção dinâmica da mão
Metacarpofalangianas
Flexão: 90º
Extensão: 30º
Abdução: 20º
Adução: 20º

Interfalângicas Proximais
Flexão: 110º
Extensão: 10º

Interfalângicas Distais
Flexão: 90º
Flexão Int. do polegar: 80º
Extensão Int. do polegar: 20º
Extensão:10º

Palpação do punho e mão


Palpar as seguintes regiões:

· Tendões flexores;
· Tendões extensores;
· Túnel do carpo;
· Canal de guyon;
· Processo estiloide do rádio;
· Processo estiloide da ulna;
· Eminência tenar;
· Eminência hipotênar.

Anotações

@diuli_fisio
88
Testes de força do punho e mão
EXTENSOR ULNAR DO CARPO
Paciente: Sentado ou decúbito dorsal

Teste: Extensão do punho em direção ao lado ulnar.

EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO


Paciente: Sentado, com o cotovelo a aproximadamente
30º a partir da extensão zero

Teste: Extensão do punho em direção ao lado radial. Deve-


se permitir que os dedos da mão se flexionem quando o
punho é estendido.

EXTENSOR RADIAL CURTO DO CARPO


Paciente: Sentado, com o cotovelo totalmente flexionado.
Solicitar ao indivíduo que se incline para frente para
flexionar o cotovelo.

Teste: Extensão do punho em direção ao lado radial. A


flexão do cotovelo torna o extensor radial longo do carpo
menos eficaz ao colocá-lo em urna posição encurtada.

@diuli_fisio
89
FLEXOR ULNAR DO CARPO
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Flexão do punho em direção ao lado ulnar.

FLEXOR RADIAL DO CARPO


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Flexão do punho em direção ao lado radial.

FLEXOR PROFUNDO DOS DEDOS


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: flexão da articulação interfalângica distal do


segundo, terceiro, quarto e quinto dedos da mão. Cada
dedo é testado da maneira ilustrada acima para o dedo
indicador

FLEXOR SUPERFICIAL DOS DEDOS


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Flexão da articulação interfalângica proximal, com a


articulação interfalângica distal estendida, do segundo,
terceiro, quarto e quinto dedos da mão. Cada dedo da mão
é testado da maneira ilustrada para o dedo indicador.

@diuli_fisio
90
EXTENSOR DOS DEDOS
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Extensão das articulações metacarpofalângicas do


segundo ao quinto dedos da mão com as articulações
interfalângicas relaxadas.

PALMAR LONGO
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Tensão da fáscia palmar pelo fechamento forte da


palma da mão e flexão do punho.

LUMBRICAIS E INTERÓSSEOS
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Extensão das articulações interfalângicas, com


flexão simultânea das articulações metacarpofalângicas.

FLEXOR DO DEDO MÍNIMO


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Flexão da articulação metacarpofalângica, com as


articulações interfalângicas estendidas.

@diuli_fisio
91
ABDUTOR DO DEDO MÍNIMO
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Abdução do dedo mínimo.

OPONENTE DO DEDO MÍNIMO


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Oposição do quinto metacarpo em direção ao


primeiro metacarpo

ABDUTOR LONGO DO POLEGAR


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Abdução e extensão discreta do primeiro


metacarpo.

EXTENSOR CURTO DO POLEGAR


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Extensão da articulação metacarpofalângica do


polegar.

@diuli_fisio
92
EXTENSOR LONGO DO POLEGAR
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Extensão da articulação interfalângica do polegar.

FLEXOR CURTO DO POLEGAR


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Flexão da articulação metacarpofalângica do


polegar sem flexão da articulação interfalângica.

FLEXOR LONGO DO POLEGAR


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Flexão da articulação interfalângica do polegar

ABDUTOR CURTO DO POLEGAR


Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Abdução do polegar ventralmente a partir da palma


da mão.

@diuli_fisio
93
ADUTOR DO POLEGAR
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Adução do polegar em direção à palma da mão.

OPONENTE DO POLEGAR
Paciente: Sentado ou em decúbito dorsal.

Teste: Flexão, abdução e discreta rotação medial do osso


metacarpal, de modo que a unha do polegar seja vista na
visão palmar.

Testes específicos do punho e mão


SINAL DE TÍNEL DE PUNHO
Paciente: Com a mão do paciente supinada, estabilizar o
punho com uma mão. Com a sua mão oposta, bater na
superfície palmar do punho com um martelo de reflexos
neurológicos.

Teste: O formigamento na mão ao longo da distribuição do


nervo mediano (polegar, dedo indicador, dedo médio e
metade medial do dedo anular) indica síndrome de túnel do
carpo, compressão do nervo mediano por inflamação do
retináculo flexor, luxação anterior do osso semilunar,
alterações artríticas ou tenossinovite dos tendões flexores
dos dedos

@diuli_fisio
94
TESTE DE PHALEN
Paciente: Flexionar ambos os punhos e aproximá-los entre
si. Segurar por 60 segundos.

Teste: Quando ambos os punhos estiverem flexionados, o


retináculo flexor fornece compressão aumentada do nervo
medial no túnel do carpo. O formigamento na mão ao longo
da distribuição do nervo mediano (polegar, dedo indicador,
dedo médio e metade medial do dedo anular) indica
compressão do nervo mediano no túnel do carpo por
inflamação do retináculo flexor, luxação anterior do osso
semilunar, alterações artríticas ou tenossinovite dos tendões
flexores dos dedos.

TESTE DE FILKENSTEIN
Paciente: Instruir o paciente a fechar a mão com o polegar
flexionado na superfície palmar da mão e forçar o punho ou
desvio ulnar medialmente.

Teste: Fechar a mão e forçar medialmente causa estresse


nos tendões do abdutor longo do polegar e do extensor
curto do polegar. A dor distal ao processo estiloide do rádio
indica tenossinovite estenosante dos tendões abdutor longo
do polegar e extensor curto do polegar (doença de De
Quervain).

@diuli_fisio
95
Anotações

@diuli_fisio
96
Planos, eixos e movimentos
Na anatomia, quando falamos sobre Planos Corporais, estamos nos referindo a
linhas invisíveis que passam através do corpo humano e que foram criadas para se
orientar em relação as descrições anatômicas. Desse modo, facilitando para melhor
entendimento da anatomia humana.
Os planos corporais são três: o Transverso, o Coronal e o Sagital.

Além do mais, quando um corpo é dividido em Planos Corporais, podemos dizer que ele
tem determinado eixo específico de cada plano. Quando um corpo é divido no Plano
Coronal, por exemplo, seu eixo será o ântero-posterior, por ter sido divido em uma parte
anterior e outra posterior do corpo. Isso ocorre com os três planos corporais, portanto
cada plano tem seu eixo correspondente.

@diuli_fisio
97
Podemos dizer também, que dentro dos planos corporais também ocorre
determinados movimentos.
Os movimentos do corpo ocorrem nas articulações, que são junções de dois ou
mais ossos adjacentes. Desse modo, quando observamos um movimento, estamos
vendo um movimento exercido sobre uma articulação a partir de uma contração
muscular. Deve-se sempre observar o movimento de um ponto de referência.
A abdução e adução são movimentos contrários um do outro e ocorrem no Plano
Coronal.

@diuli_fisio
98
A extensão e a adução são movimentos contrários um do outro e ocorrem no Plano
Sagital.

A rotação medial e lateral são movimentos opostos um do outro e ocorrem no Plano


Transversal.

A dorsiflexão e a plantiflexão são movimentos contrários um do outro e ocorrem no Plano


Sagital.

@diuli_fisio
99
A rotação medial e lateral são movimentos opostos um do outro e ocorrem no Plano
Transversal.

A inversão e a eversão são movimentos opostos um do outro e ocorrem no Plano


Transversal.

@diuli_fisio
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