Tema 9 - Prevalência de casos de tricomoníase em laudos citopatológicos.

O protozoário flagelado Trichomonas vaginalis é o agente etiológico da

tricomoníase, doença Infecciosa Sexualmente Transmissível não viral mais
comum em todo o mundo, podendo ser assintomática em alguns casos e, em
outros pode levar a severa vaginite nas mulheres
fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5198363/
fonte: https://portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/30733
Questão 1 – Explique quais são as causas, sintomas, tratamento, diagnóstico
laboratorial e prevenção desta IST para Tricomoníase, considerada uma
infecção sexualmente transmissível (IST).

A tricomoníase é uma infecção da vagina ou do trato genital masculino. A

transmissão ocorre durante a relação sexual ou contato íntimo com secreções
de pessoas contaminadas. Esse parasita costuma viver na vagina ou uretra,
podendo também ser encontrado em outras partes do sistema geniturinário.
Comumente afetando mais mulheres. (Lima GR; Girão MJBC.; Baracat EC,
2003)
O Trichomonas vaginalis é um protozoário unicelular flagelado, sendo o agente
etiológico da tricomoníase. Sendo um parasita com metabolismo anaeróbico e
que cresce em pH entre 5 e 7,5. Devido a características deste agente, o
epitélio escamoso do trato urogenital, é predominantemente mais afetado,
sendo incomum o afetar boca, garganta, mãos ou o ânus. O período de
incubação ocorre de 4 a 28 dias, sendo habitual o aparecimento de sintomas 6
dias após a infecção. (Saúde e bem estar, 2020)
A infecção pode iniciar de modo assintomático, tendo potencial de se tornar
sintomática a qualquer momento. Mulheres podem apresentar secreção vaginal
copiosa, amarelo-esverdeada e espumosa, sensibilidade na vulva e períneo,
odor forte e desagradável, coceira, dificuldade de urinar. (Morris SR, 2018)
Nos homens usualmente a infecção é assintomática, todavia, a uretrite resulta
em uma secreção que pode ser espumosa ou purulenta, causar dor ao urinar.
Frequentemente a uretrite é leve e causa apenas irritação uretral mínima.
Raramente pode ocorrer complicações, como epididimite e prostatite. (Morris
SR, 2018)
O padrão-ouro para o diagnóstico é a cultura, um método altamente específico
para a identificação do Trichomonas vaginalis. As culturas podem ser
inoculadas a partir de uma variedade de tipos de amostra de homens ou
mulheres, incluindo secreções genitais, sêmen ou urina. Os exames de
Papanicolau ou tradicionais à base de líquidos (exame de Papanicolau) são
considerados testes de diagnóstico ou de rastreamento considerados
inapropriados para tricomoníase devido a sua baixa sensibilidade que varia
entre 50-60% e resultados falso-positivos que ocorrem em 7% dos casos. No
entanto, a especificidade da citologia com base líquida para Trichomonas
vaginalis é um pouco maior que 60%, mas com alta especificidade
aproximando-se dos 99%. (Brandão RA, 2016)
O tratamento é recomendado para a pessoa sintomática e todos os seus
parceiros sexuais, utilizando medicamentos derivados do imidazol. Durante o
tratamento o casal deve evitar relações sexuais até terminarem a terapêutica e
estarem assintomáticos. (Saúde e bem estar, 2020)
Um dos métodos para combater a incidência dessa doença são as campanhas
informativas e aulas de educação sexual para pessoas em idade reprodutiva.
Outro fator importante para a prevenção é a higiene e o uso de preservativo
durante as relações sexuais. (Caproni P, 2019)
Referências
Lima, G.R; Girão, M.J.B.C.; Baracat, E.C. Doenças Sexualmente
Transmissíveis. In: Ginecologia de Consultório. 2003.1ª Edição. P.193-210.
Editora de Projetos Médicos. São Paulo-SP.
Saúde e bem estar, Tricomoníase, 2020. [Acesso em 21 março 2020].
Disponível em:
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ginecologia/tricomoniase/
Morris SR, Tricomoníase, 2018. [Acesso em 21 março 2020]. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/doen%C3%A7as-
infecciosas/doen%C3%A7as-sexualmente-transmiss%C3%ADveis-
dsts/tricomon%C3%ADase
Brandão RA, Tricomoníase Vaginal, 2016. [Acesso em 21 março 2020].
Disponível em:
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/6633/tricomoniase_vaginal.
htm
Caproni P, O que é tricomoníase: sintomas, tratamento, prevenção, tem cura?,
2019. [Acesso em 21 março 2020]. Disponível em:
https://minutosaudavel.com.br/tricomoniase/#prevenir