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A reprodução sexual é o processo pelo qual os organismos geram descendentes pela

produção de células germinativas chamadas gametas. Depois que o gameta masculino


(espermatozoide) se une ao gameta feminino (oócito secundário) – em um evento
chamado de fertilização – a célula resultante contém um conjunto de cromossomos de
ambos os pais. Os homens e as mulheres têm órgãos genitais anatomicamente distintos,
que são adaptados para produzir gametas, facilitar a fertilização e, nas mulheres,
sustentar o crescimento do embrião e do feto.
Os órgãos genitais masculinos e femininos podem ser agrupados por função. As gônadas
- testículos nos homens e ovários nas mulheres – produzem gametas e secretam
hormônios sexuais. Vários ductos então armazenam e transportam os gametas, e as
glândulas sexuais acessórias produzem substâncias que protegem os gametas e facilitam
o seu deslocamento. Por fim, estruturas de suporte, como o pênis nos homens e o útero
nas mulheres, ajudam no transporte de gametas; o útero é também o local para o
crescimento do embrião e do feto durante a gestação.
Tortora, G. J. Princípios de anatomia e fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2016.
 
Imagine que você trabalhe em um laboratório de análises clínicas que faça análise de
testes para detecção de infecções sexualmente transmissíveis (IST), que acometem o
sistema reprodutor feminino e masculino. Sendo o especialista na área, lhe foi solicitado
que fizesse uma cartilha com informações sobre estas doenças.

Para dar apoio na confecção deste material, escolha 3 doenças e faça um texto


descritivo de 15 a 20 linhas abordando os seguintes aspectos: 

a) relacione os sintomas de cada doença


b) descreva o diagnóstico
c) explique o tratamento

As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias, fungos e
protozoários, sendo transmitidas, principalmente, por via oral, sexual vaginal e anal sem o
uso de camisinha. Eventualmente, também podem ser transmitidas por contato
sanguíneo, mucosas, peles não íntegras com secreções contaminadas, e, ainda, da mãe
para a criança através da gestação, parto ou amamentação. Existem cerca de 13 ISTs já
descobertas, e eu, nesta atividade, falarei sobre 3 delas.

Ocupando o espaço de IST mais comum, a HPV infecta, aproximadamente, 80% da


população mundial. Somente aqui no Brasil, a estimativa é de que existam mais de 2
milhões de portadores do vírus. Também chamado de papiloma humano, o HPV
apresenta mais de 100 variações diferentes, sendo que cerca de 25 delas afetam a genital
feminina ou masculina. A transmissão ocorre pelo contato direto com as mucosas
infectadas, podendo ocorrer por relação sexual, sendo elas, anal, vaginal e oral, ou
também, de mãe para filho na hora do parto. Os sintomas mais comuns dessa doença são
a aparição de verrugas corporais e genitais, além da coceira; costumam aparecer de dois
a oito meses após a infecção. A forma mais cruel que esse vírus pode apresentar-se é
como câncer de colo de útero, também chamado como câncer cervical: o terceiro tumor
mais frequente na população feminina. A doença em estágio inicial, geralmente, é
assintomática, mas em casos mais avançados é possível aparecer hemorragia vaginal após
relação sexual, sangramento vaginal, corrimento incomum e até mesmo dor durante a
relação sexual. Infelizmente, não há cura para o vírus HPV, as verrugas podem
desaparecer espontaneamente e pode ser evitada por meio da vacina que deve ser
aplicada para meninos e meninas de 9 a 26 anos. Bom, o diagnóstico do HPV torna-se um
pouco mais complicado quando as verrugas não estão amostra, já que essa é a forma
mais fácil de identificar tal infecção através do exame ginecológico. Apesar da dificuldade,
é possível identificar o vírus através de exames laboratoriais como o papanicolau, feito
com um espéculo introduzido no canal vaginal, além da colposcopia, peniscopia e
anuscopia feitas com o auxílio de um microscópio. Já na ausência de manifestações
clínicas ou subclínicas, só é possível diagnosticá-la através de exames de biologia
molecular, os quais mostram a presença do DNA do vírus.

Sendo definida como rara, a sífilis é uma infecção causada pela bactéria Treponema
pallidum, a qual, na maior parte das vezes, é transmitida através da relação sexual,
novamente, sem proteção, e, eventualmente, pelo contato direto com o sangue de
pessoas infectadas, e também, de mãe para filho através da placenta em qualquer fase da
gravidez, além do parto normal caso o bebê entre em contato com a ferida. Seu primeiro
sinal é uma ferida discreta na genital que, mesmo sem tratamento, desaparece após uns
dias, com isso, o infectado pensa que está curado, mas a bactéria continua presente no
sangue e a doença segue evoluindo. Depois de um tempo, ocorre o aparecimento de
manchas e ínguas que também se resolvem espontaneamente. Com o passar dos anos, a
sífilis pode causar lesões em órgãos, podendo causar até doenças cardíacas e
neurológicas fatais. O diagnóstico dessa doença é feito em duas categorias: exames
diretos e testes imunológicos. A bacterioscopia de campo escuro é um bom exemplo.

A candidíase é uma IST causada por um fungo, sendo frequente nas mulheres. Sua
transmissão, assim como as outras, pode ser tanto de forma sexual quanto por
contaminação a partir do sistema gastrintestinal. Dentre seus sintomas, podem ser
citados a aparição de corrimento esbranquiçado, vermelhidão na vagina, coceira intensa,
dor ao urinar e desconforto durante a relação sexual. O diagnóstico mais comum é o
exame realizado em consultório ginecológico. O médico identifica o corrimento
característico que, combinado com os sintomas presentes, caracteriza a enfermidade.

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