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Doença In amatória Pélvica (DIP)

Infecção ginecológica do trato genital superior

2019
fl
Jhéssica e Wellison
Tutoria 13
Objetivos

• Identi car o trato genial superior

• Conhecer o conceito de DIP

• Aprender a epidemiologia

• Saber diagnosticar e investigar

• Compreender o estadiamento

• Aprender como é feito o tratamento


fi

Onde ca o trato genital superior?

• Identi car
o Orifício
Interno (OI)
do colo
uterino

• Ele separa ______


o trato
genital
superior e
inferior
fi

fi
Qual a importância clínica?

• Infertilidade por problemas tubários

• Gravidez ectópica

• Dor pélvica crônica


Conceito

• Trata-se de infecção nos órgãos do trato reprodutivo


superior feminino (Salpingite aguda).

• Embora todos os órgãos estejam envolvidos, os de


maior importância, com ou sem formação de abscesso,
são as tubas uterinas.

• Micro-organismos provenientes da
vagina/endocérvice (Trato genial inferior) Ascensão
(espontânea ou devido à manipulação) e
disseminação Sinais e sintomas

• Podem acometer: útero, tuba uterina, ovários,


superfície peritoneal e estruturas contíguas, como
fígado

Aspectos epidemiológicos

• Prevalência: entre 15 e 25 anos

• Cerca de 70% das pacientes acometidas apresentam


idade inferior a 25 anos

• Em 90% dos casos, a DIP é originária de agentes


sexualmente transmissíveis

• Principais sequelas: Infertilidade por fator tubário (12,5 a


50%), gravidez ectópica futura (12 a 15%), dor pélvica
crônica (18%)

Agentes etiológicos

• Dois únicos patógenos primários da DIP:


C. trachomatis e N. gonorrhoeae

Bactérias Chlamydia trachomatis. Ilustração de computador


mostrando uma inclusão composta por um grupo de corpos
reticulados de clamídia (estágio de multiplicação intracelular,
pequenas esferas vermelhas) perto do núcleo (roxo) de uma célula.
Resposta in amatória: C. trachomatis x N. gonorrhoeae

• Gonococo causa resposta • C. trachomatis não causa


in amatória direta na resposta in amatória aguda
ectocérvice
• Mecanismos imunes
• Questão dos patógenos mediados: causa lesão tecidual
potenciais
• Especi camente, a persistência
• E. coli, B. fragilis ou de antígenos de clamídias
Enterococcus faecalis pode desencadear uma reação
de hipersensibilidade retardada
com brose e destruição
tubária
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Fatores de risco para doença in amatória pélvica

• Duchas • Outras infecções sexualmente


transmissíveis
• Ser solteira
• Parceiro sexual com uretrite ou
• Uso abusivo de substâncias gonorreia

• Múltiplos parceiros sexuais • Diagnóstico anterior de DIP

• Situação socioeconômica • Não usar preservativo ou


desfavorável método de barreira

• Parceiro(s) sexual(is) recente(s) • Teste endocervical positivo para


Neisseria gonorrhoeae ou
• Juventude (10 a 19 anos de Chlamydia trachomatis
idade)

fl
Manifestações clínicas

• Principal sintoma: presença


de descarga vaginal purulenta

• Dor abdominal infraumbilical

• Dor em topogra a anexial

• Dor à mobilização do colo


uterino

• Febre

fi

Manifestações clínicas atípicas

• Sangramento uterino
anormal (Hipermenorreia
ou metrorragia)

• Dispareunia

• Sintomas urinários

• * Algumas mulheres
desenvolvem DIP de
forma totalmente
assintomática

Diagnóstico
• Critérios para diagnóstico clínico • B. Critérios menores:

• A. Critérios maiores: Hemograma infeccioso


(leucocitose)
Dor no abdômen inferior
Temperatura axilar > que 37,8 ° C
Dor à palpação anexial
Corrimento vaginal ou cervical
Dor à mobilização do colo uterino anormal

Proteína C reativa ou VHS elevada

Comprovação laboratorial de
infecção pelo gonococo, clamídia
ou micoplasmas

• Critérios elaborados :

Evidência histopatológica de endometrite

Presença de abscesso tubo-ovariano em estudo de


imagem

Achados laparoscópicos

• Para diagnóstico é necessário pelo menos a presença


de:

3 critérios maiores + 1 critério menor

1 critério elaborado

Estadiamento

• Classi cação de MONIF

• Estágio I - Salpingite aguda

• Estágio II - Salpingite com irritação pélvica /


pelviperitonite

• Estágio III - Abcesso tubo-ovariano e/ou abscesso


pélvico

• Estágio IV -Abcesso roto


fi

Tratamento

• A cultura dos conteúdos transvaginais da ectocérvice, do


endométrio e do fundo de saco revela organismos
diferentes para cada sítio na mesma paciente

• Então, é necessário que o esquema de ATB cubra os


patógenos mais prováveis

Tratamento
• Ambulatorial, hospitalar ou cirúrgico

• Ambulatorial: Ceftriaxona 500 mg,


IM, dose única + Doxiciclina 100 mg,
1 comprimido, VO, 2x/dia, por 14
dias + Metronidazol 250 mg, 2
comprimidos, VO, 2x/dia, por 14 dias

• Hospitalar: Cefoxitina 2 g, IV, 4x/dia,


por 14 dias + Doxiciclina 100 mg, 1
comprimido, VO, 2x/dia, por 14 dias

• Cirúrgico: Videolaparoscopia ou
laparotomia

Obrigado!!!

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