Você está na página 1de 18

O que é a doença inflamatória pélvica?

A doença inflamatória pélvica, também chamada DIP, é


uma infecção dos órgãos reprodutores femininos
superiores, nomeadamente útero, trompas de Falópio e
ovários, com possível extensão para outras estruturas
pélvicas e até abdominais.

A DIP costuma surgir como complicação de uma doença


sexualmente transmissível , principalmente da clamídia
ou gonorreia. Se não forem tratadas adequadamente no
momento em que ainda estão restritas à região da
vagina, as bactérias causadoras dessas DST podem se
proliferar e invadir a parte superior do aparelho
reprodutor, provocando infecção nos órgãos internos.

Não existem dados sobre a realidade brasileira, mas nos


EUA, a doença inflamatória pélvica acomete cerca de 1
milhão de mulheres todos os anos. Estima-se que a
doença acometa entre 2 a 10% das mulheres
sexualmente ativas.

Causas
Enquanto a vagina é uma região naturalmente rica em
bactérias, principalmente da espécie Lactobacillus, os
órgãos internos do aparelho reprodutor, tais como útero,
trompas e ovários, são estéreis, não possuem germes no
seu interior.

A flora bacteriana natural da vagina age como uma


barreira protetora, pois elas criam um ecossistema que é
pouco atrativo para outros tipos de bactérias. A infecção
do canal vaginal por bactérias sexualmente
transmissíveis pode quebrar essa barreira protetora,
colocando os órgãos internos sob risco de invasão.
s bactérias Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia
trachomatis, ambas transmitidas por via sexual, são as
principais causas da doença inflamatória pélvica.
Bactérias como Mycoplasma genitalium, Escherichia coli,
Bacteroides fragilis, estreptococos do grupo B
e Campylobacter spp também podem provocar DIP,
mas elas são responsáveis por menos de 15% de todos
os casos.

Cerca de 15% das mulheres infectadas


com gonorreia ou clamídia  acabam desenvolvendo
doença inflamatória pélvica. Apesar de a infecção por
clamídia ser mais comum, a DIP provocada pela
gonorreia costuma ser mais grave.

Fatores de risco
Por ser uma infecção provocada habitualmente por
bactérias de transmissão sexual, os principais fatores de
risco da DIP acabam sendo parecidos com os fatores de
risco das DST em geral.

Mulheres jovens e com vida sexual ativa, principalmente


se com múltiplos parceiros e sem camisinha, acabam
sendo o grupo mais afetado pela doença inflamatória
pélvica.

As mulheres celibatárias ou as monogâmicas cujos


maridos são fiéis apresentam risco quase nulo. Já as
mulheres monogâmicas, mas cujos maridos ou
namorados são promíscuos acabam estando também sob
maior risco.

Resumindo, os principais fatores de risco para doença


inflamatória pélvica são:

 Já ter tido uma DIP anteriormente (1 em 4 mulheres


voltam a ter um segundo episódio de DIP).
 Idade entre 15 e 25 anos.
 Vida sexual ativa.
 Múltiplos parceiros.
 Hábito de ter relações sexuais sem camisinha.
 Ter um parceiro infiel.
 Ter uma DST.
 Hábito de fazer ducha vaginal (a ducha empurra as
bactérias para o interior da vagina).
 Ter colocado um DIU recentemente (o risco só é
maior nas 3 primeiras semanas após a colocação do
dispositivo).
Sintomas
Dependendo da bactéria que provoca a doença
inflamatória pélvica, o quadro pode variar desde uma
infecção aguda, com sintomas muito evidentes, até uma
infecção mais crônica, com sintomas discretos que
persistem por semanas ou até meses.

Em geral, as DIP agudas são provocadas pela Neisseria


gonorrhoeae enquanto as DIP subclínicas são
provocadas pela Chlamydia trachomatis.

Doença inflamatória pélvica aguda e sintomática


A DIP aguda e sintomática caracteriza-se por um quadro
de dor abdominal ou pélvica de início súbito. A
intensidade da dor é variável, mas é muito comum o fato
dela se agravar durante as relações sexuais. A piora da
dor durante ou logo após a menstruação também é
bastante sugestivo.

Outros sintomas comuns são:

 Corrimento vaginal amarelado ou esverdeado e com


forte odor – leia: Tipos de Corrimento Vaginal:
Branco, Amarelo, Marrom…
 Sangramento vaginal fora do período menstrual.

 Sangramento vaginal após coito.

 Menstruação irregular.

 Disúria (dor para urinar) .

 Febre acima de 38ºC.

 Intensa dor ao exame ginecológico.

Duas complicações possíveis da doença inflamatória


pélvica aguda são a síndrome de Fitz-Hugh Curtis, que é
a inflamação da cápsula do fígado, e a formação de um
abscesso tubo-ovariano, uma massa inflamatória que
envolve a trompa de Falópio, ovário e, ocasionalmente,
outros órgãos pélvicos adjacentes.
Doença inflamatória pélvica subclínica ou crônica
A DIP pode se apresentar com sintomas sutis, com pouca
dor, sem febre e corrimento discreto. Muitas vezes, a
mulher até toma conhecimento dos sintomas, mas eles
incomodam pouco e ela acaba não procurando
orientação médica. Estima-se que até 60% dos casos de
DIP sejam subclínicas.

O fato dos sintomas serem brandos não significa que a


inflamação dos órgãos seja inofensiva. Uma das
principais complicações da DIP é a lesão das trompas e
do útero, com consequente desenvolvimento de
infertilidade.

Não é de estranhar, portanto, que muitas vezes


o diagnóstico da DIP acabe sendo feito muito tempo
depois, quando a mulher procura ajuda médica por ter
dificuldade de engravidar. Alguns estudos mostram que
até 1/3 das mulheres com infertilidade apresentam lesões
das trompas ou do útero provocadas por um quadro
de doença inflamatória pélvica que não foi diagnosticado.

Além da infertilidade, as lesões nas trompas provocadas


pela doença inflamatória pélvica subclínica
também aumentam do risco de gravidez ectópica . Outra
complicação das lesões provocadas pela DIP é o
desenvolvimento de dor pélvica crônica, que pode durar
meses ou até anos. Essa dor costuma agravar-se no
momento da ovulação e durante o ato sexual.

Diagnóstico
Não há um exame específico para diagnosticar a DIP. O
diagnóstico costuma ser feito após a avaliação dos dados
obtidos na história clínica, no exame ginecológico, nas
análises de sangue e urina e na avaliação laboratorial do
corrimento vaginal.

Em casos mais duvidosos, a ultrassonografia pélvica


serve para avaliar a presença de inflamação ou
abscessos nas trompas.

Tratamento
O objetivo do tratamento da doença inflamatória pélvica é
curar a infecção antes que ele consiga provocar danos
aos órgãos reprodutores.

O tratamento é feito de preferência com antibióticos que


sejam efetivos tanto contra gonorreia quanto clamídia.
Em princípio, o tratamento pode ser feito em casa, com
antibióticos por via oral ou intramuscular.

A candidíase vaginal normalmente se manifesta com


prurido (coceira) e/ou ardência na vulva, dor para urinar,
dor durante o ato sexual e um corrimento espesso, sem
odor forte e esbranquiçado, muitas vezes comparado
com queijo cottage.

Gonorreia e Clamídia
A gonorreia e a Clamídia são duas doenças sexualmente
transmissíveis (DST) causadas respectivamente pelas
bactérias Neisseria gonorrhoeae  e Chlamydia
trachomatis. Ambas doenças causam uma cervicite
(infecção do colo do útero) e podem cursar com
corrimento vaginal, geralmente de aspecto
mucopurulento (amarelo turvo). Outros sintomas
associados incluem dor para urinar, dor durante o ato
sexual, normalmente com sangramento pós-coito e
irritação na vulva.
A doença inflamatória pélvica é uma infecção dos órgãos
reprodutores femininos superiores (colo do útero, útero,
trompas de Falópio e ovários).
 A doença inflamatória pélvica é geralmente transmitida durante
a relação sexual com um parceiro infectado.

 Normalmente, a mulher tem dor na parte inferior do abdômen,


um corrimento vaginal e sangramento vaginal irregular.

 O diagnóstico é feito com base nos sintomas, análise de


corrimento do colo do útero e da vagina e, às vezes,
ultrassonografia.

 Ter relações sexuais com apenas um parceiro e usar


preservativos reduz o risco de infecção.
 Os antibióticos podem eliminar a infecção.

A doença inflamatória pélvica pode ser uma infecção

 Do colo do útero, a parte inferior e estreita do útero que se abre


para a vagina (cervicite).
 Do revestimento do útero (endometrite)

 Das trompas de Falópio (salpingite)

 Uma combinação dos nervos acima

Se a infecção for grave, ela pode

 Disseminar-se para os ovários (ooforite)

 Gerar um acúmulo de pus nas trompas de Falópio (abscesso


tubo-ovariano)

Locais tradicionais da doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica é a causa evitável mais comum


de infertilidade nos Estados Unidos. Aproximadamente uma em cada
oito mulheres que tiveram doença inflamatória pélvica tem dificuldade
em engravidar.
Aproximadamente um terço das mulheres que tiveram a doença
inflamatória pélvica apresenta a infecção novamente.

A doença inflamatória pélvica geralmente ocorre em mulheres


sexualmente ativas. Ela raramente afeta as meninas antes da
primeira menstruação (menarca) ou mulheres durante a gravidez ou
após a menopausa. O risco é maior para as seguintes mulheres:

 Aquelas que são sexualmente ativas e menores de 35 anos

 Aquelas cujo parceiro não utiliza um preservativo


 Aquelas que têm muitos ou novos parceiros sexuais

 Aquelas que têm uma infecção sexualmente


transmissível ou vaginose bacteriana
 Aquelas que tiveram doença inflamatória pélvica anteriormente

 Aquelas de menor nível socioeconômico (que geralmente têm


menos acesso a cuidados de saúde)

Causas da DIP
A doença inflamatória pélvica é geralmente causada por bactérias da vagina.
Mais comumente, as bactérias são transmitidas durante a relação sexual com
um parceiro que tem uma infecção sexualmente transmissível. As bactérias
sexualmente transmissíveis mais comuns são

 Neisseria gonorrhoeae, que causa a gonorreia


 Chlamydia trachomatis, que causa a infecção por clamídia
 Mycoplasma genitalium
Essas bactérias geralmente se disseminam da vagina para o colo do útero (a
parte inferior do útero que se abre para a vagina), onde elas causam infecção
(cervicite). Essas infecções podem permanecer no colo do útero ou se
espalhar para cima, causando a doença inflamatória pélvica.
Doença inflamatória pélvica
A doença inflamatória pélvica também ocorre comumente em mulheres que
têm vaginose bacteriana. As bactérias que causam a vaginose bacteriana
normalmente residem na vagina. Elas causam sintomas e se espalham para
outros órgãos somente se aumentam em número (supercrescimento). Não se
sabe se a vaginose bacteriana é sexualmente transmissível.
Com menos frequência, a mulher é infectada durante um parto normal, um
aborto ou um procedimento médico, como uma dilatação e curetagem (D e C)
ou cirurgia ginecológica, quando ocorre a introdução de bactérias na vagina
ou quando as bactérias que normalmente residem na vagina são movidas
para dentro do útero.
A ducha aumenta o risco de infecção.

Você sabia que...


 A causa mais comum de infertilidade que pode ser prevenida é uma
doença inflamatória pélvica.

Sintomas da DIP
Os sintomas da doença inflamatória pélvica geralmente ocorrem no final da
menstruação ou durante alguns dias depois dela. Para muitas mulheres, o
primeiro sintoma é uma dor leve a moderada (muitas vezes profunda) na
parte inferior do abdômen, que talvez seja pior em um lado. Outros sintomas
incluem o sangramento vaginal irregular e um corrimento vaginal, às vezes
com odor ruim.

À medida que a infecção se espalha, a dor no abdômen inferior torna-se cada


vez mais intensa e pode vir acompanhada por uma febre baixa (geralmente
inferior a 38,9 °C), náuseas ou vômitos. Posteriormente, a febre pode subir e
o corrimento muitas vezes se torna purulento de cor verde-amarelada. A
mulher pode ter dor durante a relação sexual ou a micção.

A infecção talvez seja grave, mas cause sintomas leves ou nenhum sintoma.
Os sintomas da gonorreia tendem a ser mais graves que os de uma infecção
por clamídia ou infecção por Mycoplasma genitalium, que às vezes não
causam corrimento ou nenhum outro sintoma perceptível.
Complicações
A doença inflamatória pélvica pode causar outros problemas, incluindo:

 Bloqueio das trompas de Falópio

 Peritonite (uma infecção abdominal séria)

 Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (uma infecção séria dos tecidos ao redor


do fígado)

 Abscesso (um acúmulo de pus)

 Adesões (faixas de tecido cicatricial)

 Uma gravidez em uma das trompas de Falópio (gravidez ectópica)

Às vezes, as trompas de Falópio infectadas ficam bloqueadas. Um bloqueio


das trompas pode fazer com que elas fiquem inchadas porque o líquido fica
preso. A mulher pode sentir pressão ou dor crônica na parte inferior do
abdômen.

A peritonite surge se a infecção se disseminar para a membrana que reveste


a cavidade abdominal e recobre os órgãos abdominais. A peritonite pode
causar dor intensa súbita ou gradual em todo o abdômen.
A síndrome de Fitz-Hugh-Curtis surge se a infecção das trompas de Falópio
ocorrer devido à gonorreia ou a uma infecção por clamídia e se disseminar
para os tecidos ao redor do fígado. Essa infecção pode causar dor no lado
superior direito do abdômen. A dor se assemelha à de uma doença da
vesícula biliar ou cálculos biliares.
Um abscesso se forma nas trompas de Falópio ou ovários de
aproximadamente 15% das mulheres com trompas de Falópio infectadas,
especialmente se elas tiveram a infecção por muito tempo. Um abscesso às
vezes se rompe e ocorre vazamento de pus na cavidade pélvica (causando
peritonite). A ruptura provoca dor intensa na parte inferior do abdômen,
rapidamente seguida de náusea, vômito e pressão arterial muito baixa
(choque). A infecção pode se espalhar para a corrente sanguínea (um quadro
clínico chamado sepse) e pode ser fatal. Ela representa uma emergência
médica.
Adesões são faixas anômalas de tecido cicatricial. Elas podem surgir quando
a doença inflamatória pélvica produz um líquido purulento. Este líquido irrita
os tecidos e causa a formação de faixas de tecido cicatricial nos órgãos
reprodutores ou entre os órgãos no abdômen. Isso pode causar infertilidade e
dor pélvica crônica. Quanto mais tempo e mais grave a inflamação e quanto
mais frequentemente se repetir, maior o risco de infertilidade e outras
complicações. O risco aumenta a cada vez que a mulher tiver a infecção.
A mulher que teve doença inflamatória pélvica tem uma chance seis a dez
vezes maior de ter uma gravidez tubária (um tipo de gravidez ectópica). Em
uma gravidez tubária, o feto cresce em uma trompa de Falópio em vez de no
útero. Este tipo de gravidez ameaça a vida da mulher e o feto não consegue
sobreviver.
Diagnóstico da DIP
 Avaliação médica

 Análises de uma amostra coletada do colo do útero

 Exame de gravidez

 Às vezes, ultrassonografia ou laparoscopia

O médico suspeita da presença de doença inflamatória pélvica se a mulher


tiver dor na parte inferior do abdômen ou se ela tiver um corrimento vaginal
inexplicado, especialmente se ela estiver em idade fértil ou se o corrimento
tiver pus. Deve ser feito um exame físico, incluindo um exame pélvico. A dor
sentida na região pélvica durante o exame pélvico aponta para o diagnóstico.
Uma amostra é normalmente coletada do colo do útero com um cotonete e
analisada para determinar se a mulher tem gonorreia ou uma infecção por
clamídia. Mesmo que esses exames não detectem a presença de gonorreia
ou infecção por clamídia, ainda assim a mulher pode ter uma doença
inflamatória pélvica.

Um exame de gravidez é feito para saber se a mulher talvez tenha uma


gravidez tubária, que pode ser a causa dos sintomas. Outros sintomas e
resultados de exames de laboratório ajudam a confirmar o diagnóstico.

A ultrassonografia da pelve é feita se a dor impede um exame físico


adequado ou se mais informações são necessárias. Ele pode detectar
abscessos nas trompas de Falópio e ovários ou uma gravidez tubária.

Se o diagnóstico ainda for incerto, ou se a mulher não responder ao


tratamento, é possível que o médico introduza um tubo de visualização
(laparoscópio) através de uma pequena incisão próxima do umbigo para
visualizar o interior do abdômen e para obter uma amostra de líquidos para
exame. Em geral, esse procedimento é capaz de confirmar ou descartar uma
doença inflamatória pélvica.
Prevenção da DIP
Prevenção de doença inflamatória pélvica é essencial para a saúde e a
fertilidade de uma mulher.

A abstenção sexual é uma forma infalível de evitar doença inflamatória


pélvica sexualmente transmissível. No entanto, se uma mulher tiver relações
sexuais com apenas um parceiro, o risco de ela ter doença inflamatória
pélvica é muito baixo, contanto que nenhum deles esteja infectado por
bactérias que causam infecções sexualmente transmissíveis.
Caso sejam utilizados corretamente, os preservativos podem ajudar a
prevenir a doença inflamatória pélvica. Para serem eficazes, os preservativos
precisam ser usados corretamente todas as vezes que a pessoa tem relações
sexuais.

 que é a doença inflamatória pélvica (DIP)?


 O que causa a DIP?
 Quais são os sintomas da DIP?
 A DIP pode causar outros problemas?
 Como o médico sabe que a mulher está com DIP?
 De que maneira o médico trata a DIP?
 Como é possível prevenir a DIP?

Recursos do assunto

 Análises laboratoriais (0)


 Áudio (0)
 Imagens (2)
 Modelos 3D (0)
 Tabelas (0)
 Vídeo (0)
O que é a doença inflamatória pélvica (DIP)?
Locais tradicionais da doença inflamatória pélvica (DIP)
Doença inflamatória pélvica

A DIP é uma infecção no útero, nos tubos que conectam os ovários


ao útero (trompas de Falópio) ou em ambos. A DIP pode também
atingir os ovários (as glândulas sexuais onde os óvulos são
armazenados) e a corrente sanguínea.

 A DIP é causada por um tipo de infecção adquirida durante a


relação sexual, chamada IST (infecção sexualmente
transmissível)
 Bactérias (micróbios) da vagina (canal vaginal) entram no útero
 A mulher tem dor na parte inferior do ventre e,
geralmente, secreção vaginal (corrimento espesso que sai da
vagina)
 A DIP pode causar dificuldade para engravidar (infertilidade)
 A DIP costuma ocorrer em mulheres sexualmente ativas e pode
ser muito grave
 O médico usa antibióticos para tratar a DIP

O que causa a DIP?


A DIP é causada por bactérias da vagina. A mulher adquire essas
bactérias quando tem relações sexuais com um parceiro que tem
uma IST. Geralmente, a IST é gonorreia ou clamídia. Às vezes, o
parceiro não tem nenhum sintoma, mas mesmo assim pode transmitir
a IST à mulher.
Quais são os sintomas da DIP?
Sintomas da DIP no estágio inicial
 Dor na parte inferior do ventre, que talvez seja pior em um dos
lados
 Sangramento vaginal que não faz parte da menstruação
 Secreção vaginal que pode ter mau cheiro
Sintomas da DIP no estágio avançado
 Dor intensa na parte inferior do ventre
 Febre (geralmente abaixo de 38,9° C, mas pode ser mais alta)
 Enjoo e vômitos
 Secreção vaginal de cor amarelo-esverdeada ou aspecto
purulento
 Dor durante a relação sexual ou ao urinar

Os sintomas que ocorrem no final da menstruação ou durante alguns


dias após a menstruação ter acabado são sugestivos de DIP. A DIP
pode ser grave, mas mesmo assim não causar sintoma algum ou
apenas sintomas leves.

A DIP pode causar outros problemas?


Sim. A infecção na DIP pode se disseminar no interior do ventre e ao
redor do fígado. Às vezes, uma bolsa de pus (abscesso) se forma
nas trompas de Falópio.

A DIP pode causar a formação de tecido cicatricial nas trompas de


Falópio. Esse tecido cicatricial pode impedir que a mulher engravide.
Se houver formação de tecido cicatricial dentro do ventre (adesões),
o intestino pode ficar preso no tecido cicatricial e sofrer uma torção
que faz com que ele fique bloqueado (obstrução intestinal).
Além disso, se a mulher tiver DIP e engravidar, ela tem mais
propensão de ter uma gravidez ectópica. Na gravidez ectópica, o
bebê se desenvolve fora do útero. Se o bebê estiver se
desenvolvendo dentro de uma das trompas de Falópio em vez de no
útero, após algumas semanas de crescimento, o bebê causa uma
ruptura da trompa. O bebê morre, e é possível que haja um
sangramento tão intenso na trompa, que a mulher pode morrer
também.
Como o médico sabe que a mulher está com DIP?
O médico faz perguntas e geralmente realiza um exame pélvico.
Durante o exame pélvico, o médico olha dentro da vagina e utiliza um
pequeno instrumento chamado espéculo para mantê-la aberta. É
possível que o médico:

 Colete uma amostra do líquido no colo do útero usando um


cotonete para examiná-la quanto à presença de gonorreia e
clamídia
 Solicite exames de sangue

Se o médico acredita que a mulher pode ter um abscesso ou uma


gravidez na trompa de Falópio, geralmente ele realiza um exame
de ultrassom.
De que maneira o médico trata a DIP?
Uma vez que as ISTs (gonorreia e a clamídia) são as causas mais
prováveis da DIP, o médico receita antibióticos para tratar essas
ISTs. Geralmente, uma única injeção é administrada e, depois, a
mulher toma antibióticos por via oral em casa por várias semanas. Se
a mulher não começar a se sentir melhor no prazo de 48 horas, é
possível que ela precise ser internada no hospital. A mulher
possivelmente será internada imediatamente no hospital se ela:

 Tiver sintomas graves ou febre alta


 Tiver um abscesso nas trompas de Falópio
 Estiver vomitando e não consegue tomar medicamentos por via
oral

Se a mulher estiver tomando medicamentos para tratar a DIP, ela


não pode ter relações sexuais até que os dois critérios a seguir
tenham sido atendidos:

 Ela terminou de tomar todo o medicamento


 O médico declarou que a infecção se resolveu

Enquanto ela estiver tomando o medicamento, a mulher deve pedir a


seus parceiros sexuais recentes que façam exames
para gonorreia e clamídia.
Como é possível prevenir a DIP?
Nem sempre é possível evitar a DIP, mas para reduzir o risco de
apresentá-la, a mulher deve:

 Ter relações sexuais com apenas um parceiro


 Utilizar preservativos e espermicidas durante a relação sexual

O que é secreção vaginal?


Secreção vaginal é um corrimento que sai da vagina (canal vaginal).

Ter secreção vaginal é normal?


Toda a mulher tem um pouco de secreção vaginal às vezes. A secreção
vaginal normal é de coloração esbranquiçada ou rala e transparente, sem
nenhum tipo de odor.

Quando a secreção vaginal é anormal?


A secreção vaginal é anormal se ela for:

 Mais abundante ou mais espessa que o normal


 Branca e grumosa (como queijo cottage)
 De coloração acinzentada, esverdeada, amarelada ou levemente
sanguinolenta
 Tiver odor fétido, como um odor de peixe

No caso de secreção vaginal anormal, a mulher pode também ter prurido


(coceira), queimação, erupção cutânea ou sensibilidade na vulva (a área do
lado de fora da abertura da vagina).

Quando a secreção vaginal é anormal?


A secreção vaginal é anormal se ela for:

 Mais abundante ou mais espessa que o normal

 Branca e grumosa (como queijo cottage)

 De coloração acinzentada, esverdeada, amarelada ou levemente


sanguinolenta

 Tiver odor fétido, como um odor de peixe

No caso de secreção vaginal anormal, a mulher pode também ter prurido


(coceira), queimação, erupção cutânea ou sensibilidade na vulva (a área do
lado de fora da abertura da vagina).

O que causa a secreção vaginal anormal?


Não há causas de secreção vaginal que sejam de fato perigosas.

A causa mais comum de secreção vaginal anormal é:


 Infecção na vagina: candidíase ou infecções sexualmente transmissíveis
tais como gonorreia e clamídia
Outras causas de secreção vaginal anormal incluem:
 Cremes, pós, sabonetes ou outros itens que entram em contato com a
vulva e causam irritação

 Se a menopausa já tiver passado e a mucosa da vagina estiver fina e


seca
Causas de secreção vaginal em crianças incluem:
 Infecções provocadas por não limpar direito ou não lavar as mãos
corretamente após defecar

 Produtos químicos em espumas de banho ou sabonetes

 Algo está preso na vagina, como um pedaço de papel higiênico ou um


brinquedo

 Abuso sexual

Você também pode gostar