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DOSSIÊ TÉCNICO –

Farmácia de Manipulação

Infraestrutura e requisitos para montagem de uma farmácia de manipulação

Ulrich Privat Akendengué Moussavou


Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro - REDETEC

Outubro/2012
Edição atualizada em Outubro/2021
Farmácia de Manipulação

O Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT fornece soluções de informação tecnológica sob medida, relacionadas aos
processos produtivos das Micro e Pequenas Empresas. Ele é estruturado em rede, sendo operacionalizado por centros de
pesquisa, universidades, centros de educação profissional e tecnologias industriais, bem como associações que promovam a
interface entre a oferta e a demanda tecnológica. O SBRT é apoiado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas – SEBRAE e pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação – MCTI e de seus institutos: Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT.
Dossiê Técnico MOUSSAVOU, Ulrich Privat Akendengué
Farmácia de Manipulação
Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro - REDETEC
30/10/2012
Resumo O conteúdo deste Dossiê visa apresentar todos os pré-
requisitos de ponto de vista arquitetônico, da infraestrutura,
para montar uma Farmácia de Manipulação. Desta forma, deve
ser abordado toda a legislação e discutido todas as
especificações técnicas das dependências físicas do imóvel
onde irá funcionar a Farmácia de Manipulação.

Assunto Serviços de controle de normas técnicas legais nas


construções
Palavras-chave Agência Nacional de Vigilância Sanitária; ANVISA; arquitetura;
farmácia de manipulação; legislação sanitária
Atualizado por AMBROZINI, Beatriz.

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DOSSIÊ TÉCNICO

Sumário

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 2
2 INFRAESTRUTURA ........................................................................................................... 7
2.1 SALA ADMINISTRATIVA ................................................................................................ 7
2.2 SALA DE ARMAZENAMENTO ....................................................................................... 8
2.3 CONTROLE DE QUALIDADE ....................................................................................... 10
2.4 SALA DE PESAGEM DE MATÉRIAS-PRIMAS ............................................................ 10
2.5 LABORATÓRIO DE MANIPULAÇÃO (SÓLIDOS; LÍQUIDO E SEMISSÓLIDOS) ........ 11
2.6 ÁREA DE DISPENSAÇÃO ............................................................................................ 13
2.7 SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS ....................................................................................... 13
2.8 ANTECÂMARA (AC) (SALA DE PARAMENTAÇÃO)................................................... 14
2.9 COPA ............................................................................................................................ 16
2.10 ÁREA OU LOCAL PARA LAVAGEM DE UTENSÍLIOS E MATERIAIS DE
EMBALAGEM ..................................................................................................................... 16
2.11 DEPÓSITO DE MATERIAL DE LIMPEZA (DML) ........................................................ 17
3 REQUISITOS ESPECÍFICOS ........................................................................................... 18
4 MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS .............................................................. 20
5 MANIPULAÇÃO DE HORMÔNIOS, ANTIBIÓTICOS, CITOSTÁTICOS E SUBSTÂNCIAS
SUJEITAS A CONTROLE ESPECIAL ................................................................................ 20
6 MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS .................................................................. 22
6.1 SALA DE LIMPEZA, HIGIENIZAÇÃO E ESTERILIZAÇÃO .......................................... 23
6.2 SALA DE PESAGEM .................................................................................................... 23
6.3 SALA DE MANIPULAÇÃO E ENVASE ......................................................................... 23
6.4 ÁREA PARA REVISÃO................................................................................................. 23
6.5 ÁREA PARA QUARENTENA, ROTULAGEM E EMBALAGEM ................................... 23
6.6 SALA DE PARAMENTAÇÃO (ANTECÂMARA) ........................................................... 23
6.7 EQUIPAMENTOS, MOBILIÁRIOS E UTENSÍLIOS ....................................................... 24
7 MANIPULAÇÃO DE PREPARAÇÕES HOMEOPÁTICAS ............................................... 24
7.1 ÁREA DE ARMAZENAMENTO ..................................................................................... 24
7.2 SALA DE MANIPULAÇÃO ........................................................................................... 24
8 DOCUMENTOS REFERENTES AO ESTABELECIMENTO FARMÁCIAS COM
MANIPULAÇÃO .................................................................................................................. 25
8.1 PROJETO BÁSICO DE ARQUITETURA ...................................................................... 26
9 FORNECEDORES DE MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS ......................... 28

Conteúdo

1 INTRODUÇÃO

Entende se por infraestrutura o conjunto de elementos que suportam uma estrutura de


construção civil (WIKIPÉDIA, 2012).

A farmácia é um estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de


comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo-o
de dispensação e de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra
equivalente de assistência médica (BRASIL, 1973).

Para a abertura de uma farmácia com manipulação os requisitos mínimos exigidos no Rio
de Janeiro, compreendem em ter no mínimo 36 m², sendo destinado 12 m² para o
laboratório que deverão ter paredes revestidas com azulejos, ou outro material
impermeabilizante até o teto (RIO DE JANEIRO, 1978). Deve-se considerar, quando houver,
as legislações estaduais e municipais do local em que se pretende construir a farmácia,
devendo ser obedecida a que for mais restritiva.

De forma geral, nacionalmente, devem-se seguir as Resolução de Diretoria Colegiada


(RDC) n° 67, de 08 de outubro de 2007, que dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de
Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias, a RDC n° 17, de 16 de

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abril de 2010, que dispõe sobre Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos, a RDC n°
50, de 21 de fevereiro de 2002, que trata do o Regulamento Técnico para planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais
de saúde e a RDC nº 307, de 14 de novembro de 2002, que altera a RDC nº 50 de 21 de
fevereiro de 2002 (BRASIL, 2002a; BRASIL, 2002b; BRASIL, 2007; BRASIL, 2010).

Todo projeto de arquitetura de estabelecimentos de saúde públicos e privados deve ser


avaliado e aprovado pela vigilância sanitária local (municipal ou estadual) previamente antes
de dar início as suas atividades.

O dimensionamento de uma farmácia de manipulação dever ser avaliado conforme os


processos que irão ser realizados nelas. A organização de seus espaços deve ser definida
de acordo com as atividades que serão exercidas e o tipo de medicamento que será
manipulado.

GRUPOS ATIVIDADES/NATUREZA DOS INSUMOS MANIPULADOS

GRUPO I Manipulação de medicamentos a partir de insumos/matérias primas,


inclusive de origem vegetal
GRUPO II Manipulação de substâncias de baixo índice terapêutico
GRUPO III Manipulação de antibióticos, hormônios, citostáticos e substâncias sujeitas
a controle especial
GRUPO IV Manipulação de produtos estéreis
GRUPO V Manipulação de medicamentos homeopáticos
GRUPO VI Manipulação de doses unitárias e unitarização de dose de medicamentos
em serviços de saúde
Quadro 1 – Grupos de atividades desenvolvidas pela farmácia
Fonte: (BRASIL, 2007)

Na vigilância local do Rio de Janeiro (municipal e estadual), o projeto de construção da


farmácia com manipulação deve levar em conta a localização, construção ou adaptação
adequadas as atividades a serem realizadas e deve possuir:

▪ Sala administrativa, compreendida por uma área administrativa e uma sala ou área de
retenção de documentos;

▪ Sala de armazenamento (almoxarifado de insumos);


▪ Controle de qualidade;
▪ Sala de pesagem de matérias-primas.
▪ Laboratório de manipulação (sólidos; líquido ou semissólidos) (Obs.: Os laboratórios
deverão ser distintos para os sólidos e líquidos);
▪ Área de dispensação;
▪ Sanitários para funcionários (masculino e feminino);
▪ Vestiários (masculino e feminino);
▪ Antecâmara (AC) (sala de paramentação);
▪ Copa;
▪ Área ou local para lavagem de utensílios e materiais de embalagem;
▪ Depósito de material de limpeza (DML).

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Figura 1 – Projeto de interiores da área de manipulação


Fonte: (SEBRAE)

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Figura 2 – Setorização da farmácia de manipulação


Fonte: (SANTOS; ZÁU, 2008)

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Acesso funcionários

Clientes

Matéria-prima

Figura 3 – Fluxos de funcionários, clientes e matéria-prima


Fonte: (SANTOS; ZÁU, 2008)

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Figura 4 – Planta baixa em 3D


Fonte: (SEBRAE)

2 INFRAESTRUTURA

2.1 Sala administrativa


Deve ser o suficiente para realizar as atividades administrativas e armazenar os arquivos da

farmácia.

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2.2 Sala de armazenamento


Este local deve ter acesso restrito somente a pessoas autorizadas e ter capacidade
suficiente para assegurar a estocagem ordenada das diversas categorias de matérias-
primas, materiais de embalagem e de produtos manipulados.

O setor de armazenamento deve possuir:

● Placa de identificação na entrada informando a restrição somente para pessoas


autorizadas;
● Sistema de endereçamento;
● Condições físicas para limpeza adequada;
● Sistema de ar;
● Local apropriado para armazenar as matérias-primas (pallet; estante, etc.);
● Local segregado e identificado ou sistema que permita a estocagem de matérias-primas,
materiais de embalagem e produtos manipulados, quando for o caso, em quarentena e em
condições de segurança;
● Área ou local segregado e identificado ou sistema de endereçamento para estocagem de
matérias-primas, materiais de embalagem e produtos manipulados, reprovados, devolvidos
ou com prazo de validade vencido, em condições de segurança;
● Armário resistente e/ou sala própria, fechados com chave ou outro dispositivo que ofereça
segurança para a guarda de substâncias e medicamentos sujeitos a regime de controle
especial;
● Local distinto, de acesso restrito, devidamente identificado para armazenar as substâncias
de baixo índice terapêutico, além de qualquer outra matéria-prima que venha a sofrer
processo de diluição, com especificação de cuidados especiais, sendo a guarda de
responsabilidade do farmacêutico;
● Local e equipamentos seguros e protegidos para o armazenamento de produtos
inflamáveis, cáusticos, corrosivos e explosivos, seguindo normas técnicas federais,
estaduais, municipais e do Distrito Federal.

Figura 5 – Almoxarifado de embalagens


Fonte: (MAXLABOR)

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Figura 6 – Almoxarifado de matéria-prima


Fonte: (MAXLABOR)

Figura 7 – Almoxarifado para tinturas homeopáticas


Fonte: (MAXLABOR)

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2.3 Controle de Qualidade

Local para a realização dos testes físicos e/ou biológicos das matérias-primas, materiais de
embalagem e produtos manipulados.

Figura 8 – Sala de controle de qualidade


Fonte: (SEBRAE)

2.4 Sala de pesagem de matérias-primas

Esta sala ou local deve ser dotado de sistema de exaustão, com dimensões e instalações
compatíveis com o volume de matérias-primas a serem pesadas, podendo estar localizado
dentro de cada sala de manipulação.

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Figura 9 – Sala de pesagem


Fonte: (SEBRAE)

Figura 10 – Laboratório de pesagem


Fonte: (MAXLABOR)

2.5 Laboratório de Manipulação (Sólidos; Líquido e Semissólidos)

Deve possuir dimensões que facilitem ao máximo a limpeza, manutenção e outras


operações a serem executadas e totalmente segregados quando houver manipulação de:

● Sólidos;
● Semissólidos e líquidos.

O local deve possuir:

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● Capelas com exaustão para a manipulação de substâncias voláteis, tóxicas, corrosivas,


cáusticas e irritantes;
● Insuflamento de ar com utilização de filtro grosso G3;
● Local específico para encapsulamento e compressão na sala de manipulação de
sólidos;
● Bancada com pia na sala de manipulação;
● Acesso independente a cada sala de manipulação, sem trânsito por outra sala.

Figura 11 – Sala de manipulação semissólidos


Fonte: (MAXLABOR)

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Figura 12 – Sala de manipulação de sólidos


Fonte: (SEBRAE)

2.6 Área de dispensação

Deve possuir um local de guarda de produtos manipulados e/ou fracionados devidamente


organizado, protegido do calor, da umidade e da ação direta dos raios solares.
Deve dispor de armário resistente e/ou sala dedicada, fechados com chave ou outro
dispositivo que ofereça segurança para a guarda dos produtos manipulados que contenham
substâncias sujeitas a controle especial.

2.7 Sanitários e vestiários

Os sanitários e os vestiários devem ser de fácil acesso e não devem ter comunicação direta
com as áreas de armazenamento, manipulação e controle da qualidade. Os sanitários
devem dispor de toalha de uso individual (descartável), dispensador com detergente líquido,
lixeira identificada com pedal e tampa.

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Figura 13 – Sala de paramentação (vestiário)


Fonte: (MAXLABOR)

2.8 Antecâmara (AC) (sala de paramentação)

Sala destinada à paramentação, ventilada, preferencialmente com dois ambientes (barreira


sujo/limpo) e servindo como acesso às áreas de pesagem e manipulação. Na sala de
paramentação ou junto a ela deve haver lavatório com provisão de sabonete líquido e
antisséptico, além de recurso para secagem das mãos. Este lavatório deve servir
exclusivamente para o processo de paramentação com área provida de armário e cabides
para colocação de jaleco, gorro e máscara.

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Figura 14 – Sala de paramentação


Fonte: (SEBRAE)

Figura 15 – Torneira automatizada


Fonte: (MAXLABOR)
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2.9 Copa

Local adequado para refeições dos funcionários obedecendo a condições adequadas de


higiene e segurança.

2.10 Área ou local para lavagem de utensílios e materiais de embalagem

Área ou local específico para lavagem de materiais de embalagem e de utensílios utilizados


na manipulação ou das análises do controle de qualidade.

Figura 16 – Área para Lavagem de Utensílios e Materiais de Embalagem


Fonte: (SEBRAE)

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Figura 17 – Sala de lavagem


Fonte: (MAXLABOR)

2.11 Depósito de material de limpeza (DML)


Área ou local específico, devidamente identificado para estocagem de materiais de limpeza
(e lavagem dos mesmos) e germicidas.

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Figura 18 – Armário para depósito de material de limpeza


Fonte: (MAXLABOR)

3 REQUISITOS ESPECÍFICOS

O acabamento da construção de uma farmácia de manipulação deve obedecer a alguns


critérios bem específicos para garantir todo um ambiente adequado para as boas práticas de
fabricação de produtos farmacêuticos.

Dentro destes requisitos específicos temos:

● Vedação completa até o teto, nas laterais, para evitar o acúmulo de poeira entre o forro e
o teto;

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Figura 19 – Cantos arredondados de alumínio anodizado


Fonte: (MAXLABOR)

● Disponibilizar de monta-carga, quando o depósito de matéria-prima e embalagens não for


situado no pavimento térreo;

● Os ambientes de armazenamento, manipulação e do controle de qualidade devem ser


protegidos contra a entrada de aves, insetos, roedores ou outros animais e poeira.

● Os ralos devem ser sifonados e com tampas escamoteáveis.

● As salas de descanso e refeitório, quando existentes, devem estar separadas dos demais
ambientes.

● Condições ambientais de conforto: O conforto higrotérmico e a qualidade do ar ambiental


devem ser mantidos dentro das normas previstas nas legislações específicas vigentes e
serão atendidos mediante utilização dos seguintes componentes e dispositivos: sistema de
ar; split; termohigrômetros

● O conforto luminoso de todas as dependências do estabelecimento deve atender às


normas previstas na legislação vigente e serão atendidos mediante a utilização de um
sistema de iluminação.

● Instalações prediais ordinárias: O estabelecimento deve ser dotado de instalações


hidrossanitários e elétricas compatíveis à demanda despertadas pelas atividades
desenvolvidas pelo mesmo e atenderá as determinações contidas na legislação vigente ou
norma em vigor.

● Condições de segurança contra incêndio e pânico: os dispositivos utilizados devem ser


conforme legislação específica e aprovados pelo corpo de Bombeiros do Estado do Rio de
Janeiro.

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Farmácia de Manipulação

● Pessoal: O estabelecimento deve ser projetado para comportar um determinado número


de funcionários (masculino e feminino) para desenvolver suas atividades dentro dos pré-
requisitos estabelecidos por leis vigentes.

Os matérias de acabamentos de paredes, pisos, tetos e bancadas devem ser adequados,


resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes, conforme preconizado nas normas e
legislação vigentes.

Materiais de acabamento:

● Semelhantes aos do Estabelecimento de Assistência de Saúde;


● Superfícies lisa, impermeável, sem ranhuras, resistentes a agentes sanitizantes e de fácil
limpeza;
● As bancadas e os armários devem ser revestidos com material liso, resistente e lavável;
● Os tetos podem ser rebaixados desde que sejam totalmente vedados;
● Quando forem manipulados produtos estéreis, as salas de pesagem, manipulação e
envase, devem possuir cantos arredondados, não devem ser usadas portas corrediças e as
tubulações deverão ser embutidas.

4 MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS

Os equipamentos devem ser instalados e localizados de forma a facilitar a manutenção, e


mantidos de forma adequada às suas operações.

● Balança(s) de precisão, devidamente calibrada;


● Pesos padrão rastreáveis;
● Vidraria verificada contra um padrão calibrado;
● Sistema de purificação de água;
● Refrigerador;
● Termômetros e higrômetros;
● Bancadas revestidas de material liso, resistente e de fácil limpeza;
● Lixeiras com tampa, pedal e saco plástico, devidamente identificadas;
● Armário fechado, de material liso, resistente e de fácil limpeza, ou outro dispositivo
equivalente para guarda de matérias-primas e produtos foto lábeis e/ou sensíveis à
umidade.

5 MANIPULAÇÃO DE HORMÔNIOS, ANTIBIÓTICOS, CITOSTÁTICOS E SUBSTÂNCIAS


SUJEITAS A CONTROLE ESPECIAL

Salas de manipulação de hormônios, citostáticos e antibióticos devem ter o seu acesso


realizado através de antecâmara que segundo RDC 67/2007, deve possuir pressão negativa
em relação ao ambiente adjacente (BRASIL, 2007).

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Figura 20 – Porta da antecâmara fechada


Fonte: (IDEOXIMA, [200-?])

Figura 21 – Porta da antecâmara aberta


Fonte: (IDEOXIMA, [200-?])

Figura 22 – Porta da câmara aberta


Fonte: (IDEOXIMA, [200-?])

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Farmácia de Manipulação

Figura 23 – Laboratório dedicado com antecâmara (Hormônios, antibióticos e citostáticos)


Fonte: (MAQFARMA, 2006)

6 MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS


As instalações para fabricação, manipulação de produtos estéreis deve ser compatíveis,
adequadas às operações realizadas, para assegurar a qualidade das preparações.

Além dos requisitos estruturais supracitados para a abertura farmácia com manipulação, o
estabelecimento deve possuir no mínimo, as seguintes áreas ou salas (BRASIL, 2007):

● Sala de limpeza, higienização e esterilização;


● Sala ou local de pesagem;
● Sala de manipulação e envase exclusiva;
● Área para revisão;
● Área para quarentena, rotulagem e embalagem;
● Sala de paramentação específica (antecâmara).

O material de revestimento das superfícies das salas de pesagem, manipulação e envase


devem ser resistentes aos agentes sanitizantes. As superfícies devem ser lisas e
impermeáveis para evitar acúmulo de partículas e micro-organismos (BRASIL, 2007).
O projeto deve levar em conta a facilidade de limpeza, evitar o uso de portas corrediças e as
salas possuírem cantos arredondados (BRASIL, 2007).

Os tetos rebaixados devem ser completamente vedados para evitar a contaminação


proveniente do espaço entre o teto original e o teto de rebaixamento. As tubulações
instaladas nas salas de pesagem, manipulação e envase devem ser embutidas na parede
(BRASIL, 2007).

Não poderá existir nas salas de pesagem, manipulação e envase pia e ralo (mesmo
sifonado) (BRASIL, 2007).

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O acesso às salas de limpeza, higienização e esterilização; pesagem; manipulação e


envase deve ser realizado por meio de antecâmara.

6.1 Sala de limpeza, higienização e esterilização

● A sala destinada à lavagem, esterilização e despirogenização dos recipientes vazios deve


ser separada e possuir classificação ISO 8 (100.000 partículas/ pé cúbico ar) (BRASIL,
2007).

● A sala deve ser contígua à área de manipulação e dotada de passagem de dupla porta
para a entrada de material em condição de segurança.

● Deve dispor de meios e equipamentos para limpeza e esterilização dos materiais antes de
sua entrada na sala de manipulação.

6.2 Sala de pesagem

A sala onde é realizada a pesagem deve possuir Classe ISO 7 (10.000 partículas/ pé cúbico
de ar) para garantir baixa contagem microbiana e de partículas (BRASIL, 2007).

6.3 Sala de manipulação e envase

A sala destinada à manipulação e envase de preparações estéreis deve ser


independente e exclusiva, dotada de filtros de ar para retenção de partículas e
microrganismos, garantindo os níveis recomendados - Classe ISO 5 (100 partículas/
pé cúbico de ar) ou sob fluxo laminar, Classe ISO 5 (100 partículas/ pé cúbico de ar),
em área Classe ISO 7 e possuir pressão positiva em relação às salas adjacentes
(BRASIL, 2007).

6.4 Área para revisão

Deve existir área específica para revisão, com condições de iluminação e contraste
adequadas para a realização da atividade de inspeção dos produtos envasados.

6.5 Área para quarentena, rotulagem e embalagem

A área destinada à quarentena, rotulagem e embalagem das preparações deve ser


adequada e ter espaço suficiente para garantir as operações de forma racional e ordenada.

6.6 Sala de paramentação (antecâmara)

A sala de paramentação deve possuir câmaras fechadas, preferencialmente com dois


ambientes (barreira sujo/limpo) para troca de roupa.

As portas que dão acesso à esta sala e as salas classificadas devem possuir dispositivos de
segurança que impeçam a abertura simultânea das mesmas.

A sala de paramentação deve possuir sistema de ventilação, com ar filtrado, com pressão
inferior à da sala de manipulação e superior à área externa.

O lavatório deve possuir torneira ou comando que dispense o contato das mãos para o
fechamento.

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Farmácia de Manipulação

6.7 Equipamentos, mobiliários e utensílios

Os equipamentos devem ser localizados, projetados, instalados, adaptados e mantidos de


forma a estarem adequados às operações a serem realizadas.

A estrutura dos equipamentos deve visar a minimização dos riscos de erro e permitir que os
mesmos sejam efetivamente limpos e assim mantidos para que seja evitada a contaminação
cruzada, o acúmulo de poeiras e sujeira e, de modo geral, qualquer efeito negativo sobre a
qualidade da manipulação.

Os equipamentos utilizados na manipulação de preparações estéreis devem ser escolhidos


de forma que possam ser efetivamente esterilizados por vapor, por aquecimento a seco ou
outro método.

Os equipamentos de lavagem e limpeza devem ser escolhidos e utilizados de forma que não
constituam fontes de contaminação.

É recomendável que o sistema de filtração de ar do fluxo laminar não seja desligado ao


término do trabalho, a menos que, após a sua parada, seja providenciada a limpeza e
desinfecção do gabinete.

O sistema de ar filtrado deve assegurar que o fluxo de ar não espalhe partículas no


ambiente.

O ar injetado nas áreas classificadas deve ser filtrado por filtros HEPA (High Efficiency
Particulate Air), filtro de ar com alta eficiência na separação de partículas (BRASIL, 2007).

O equipamento utilizado no tratamento de água deve ser projetado e mantido de forma a


assegurar a produção da água com a especificação exigida.

7 MANIPULAÇÃO DE PREPARAÇÕES HOMEOPÁTICAS

A farmácia para executar a manipulação de preparações homeopáticas deve possuir, além


das áreas comuns obrigatórias, as seguintes áreas (BRASIL, 2007):

● Sala exclusiva para a manipulação de preparações homeopáticas;

● Área ou local de lavagem e inativação;

● Sala exclusiva para coleta de material para o preparo de autoisoterápicos, quando


aplicável.

7.1 Área de Armazenamento

As matrizes, os insumos ativos e os insumos inertes podem ser armazenados na sala da


manipulação homeopática ou em área exclusiva.

7.2 Sala de Manipulação

● A sala de manipulação deve ser dimensionada de forma a ser adequada ao número de


funcionários que trabalhem na mesma, e móveis em número e disposição que facilitem o
trabalho desenvolvido, bem como sua limpeza e manutenção. A sala deve estar localizada
em área de baixa incidência de radiações e de odores fortes (BRASIL, 2007).

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DOSSIÊ TÉCNICO

● A sala de manipulação, além dos equipamentos básicos necessários ao funcionamento de


uma farmácia com manipulação, deve ser dotada dos seguintes equipamentos específicos:

a) alcoômetro de Gay-Lussac;
b) balança de uso exclusivo.

● A farmácia que realizar preparo de autoisoterápico deve possuir sala específica para
coleta e manipulação até 12CH ou 24DH, seguindo os preceitos da Farmacopeia
Homeopática Brasileira, edição em vigor (BRASIL, 2007).

7.3 Área ou local de lavagem e inativação


Deve existir área ou local para limpeza e higienização dos utensílios, acessórios e
recipientes utilizados nas preparações homeopáticas, este mesmo deve ser dotado de
sistema de lavagem e inativação.

No caso da existência de uma área específica de lavagem, esta pode ser compartilhada em
momentos distintos para lavagem de outros recipientes, utensílios e acessórios utilizados na
manipulação de preparações não homeopáticas.

A área ou local de lavagem e inativação deve ser dotada de estufa para secagem e
inativação de materiais, com termômetro.
.

8 DOCUMENTOS REFERENTES AO ESTABELECIMENTO FARMÁCIAS COM


MANIPULAÇÃO

Estado do Rio de Janeiro

Para regularização de estabelecimentos sujeitos à vigilância sanitária no estado do Rio de


Janeiro, as farmácias de manipulação, além de protocolar o projeto básico de arquitetura,
devem apresentar os seguintes documentos (RIO DE JANEIRO, 2012):

1 – O memorial descritivo do estabelecimento, ao ser protocolado junto com toda a


documentação necessária para o visto em planta na secretaria de estado de saúde do
estado do Rio de Janeiro, deve conter:

● Uma relação de produtos por natureza a serem manipulados;


● As condições de armazenamento;
● Os diferentes tipos de ensaios e equipamentos do controle de qualidade;
● Indicação dos fluxos de materiais/ produtos/pessoal/resíduos;
● O(s) tipo(s) de água e forma de obtenção.

O Memorial descritivo deve permitir o perfeito entendimento do projeto proposto, atendendo


às legislações específicas, assinado, datado e carimbado pelo responsável técnico pela sua
elaboração.

2 – Declaração assinada, datada e carimbada pelo responsável técnico com:

Nesta declaração deve constar os tipos de produtos inflamáveis, corrosivos e explosivos,


suas respectivas quantidades, tipo de acondicionamento e a forma de armazenamento.

Obs.: A Declaração deve atestar o atendimento as legislações específicas vigentes.

Desta forma a farmácia deve ter um local adequado e devidamente sinalizado para
armazenamento de tais produtos.

3 - Declaração de resíduos sólidos, conforme modelo anexo, datada, assinada e carimbada


pelo responsável técnico.

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Farmácia de Manipulação

4 - Declaração datada, assinada e carimbada pelos responsáveis técnicos habilitados pelo


Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou Conselho de Arquitetura e
Urbanismo do Brasil (CAU), conforme modelos anexos, informando sobre:

● Abastecimento de água e tipo(s) de tratamento(s);


● Coleta e destinação de esgoto;
● Forma de abastecimento de energia elétrica;
● Tipos e Abastecimento dos Gases Medicinais;
● Coleta e Destino das Águas Pluviais;
● Sistemas de refrigeração e/ou exaustão, acompanhada da respectiva ART regularizada
pelo Conselho profissional correspondente;
● Manejo de resíduos sólidos;

8.1 Projeto básico de arquitetura

Seguem abaixo algumas das normas a serem seguidas no momento da elaboração da


planta baixa:

- NBR 6492 - Representação de projetos de arquitetura


- NBR 13532 - Elaboração de projetos de edificações - Arquitetura.
- NBR 5261 - Símbolos gráficos de eletricidade - Princípios gerais para desenho de símbolos
gráficos;
- NBR 7191 - Execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado;
- NBR 7808 - Símbolos gráficos para projetos de estruturas;
- NBR 14611 - Desenho técnico - Representação simplificada em estruturas metálicas.
- NBR 14100 - Proteção contra incêndio - Símbolos gráficos para projetos.
- ABNT NBR-13.994 – Elevadores para transporte de pessoas portadoras de
deficiência (BRASIL, 2002b)

A - Apresentação:

A apresentação e/ou elaboração do projeto básico de arquitetura deve seguir alguns


requisitos. Desta forma, este documento deve levar em conta as normas de elaboração e
pré-requisitos da legislação em vigor na área de construção de estabelecimentos de saúde.

O projeta de arquitetura é na verdade um jogo de plantas conforme informado abaixo.

1 - Um jogo completo do Projeto Básico de Arquitetura é composto de:

● Planta de Situação;
● Planta Baixa, no mínimo 02 Cortes (longitudinal e transversal);
● Fachada e Planta de Cobertura em cópias heliográficas ou papel sulfite, se em arquivo
digital, dobradas no formato A4, assinadas e carimbadas por arquiteto ou engenheiro civil
devidamente habilitado junto ao seu conselho de classe (CREA ou CAU) (RIO DE
JANEIRO, 2012).

1.1 - As pranchas devem ser numeradas sequencialmente, com indicação do total de


pranchas,

1.2 - O carimbo específico do Projeto Básico de Arquitetura deve seguir o formato A4 e estar
conforme modelo SUVISA/SES anexo (Figura 24).

2 - Os projetos devem obedecer a NBR – 6492 da Associação Brasileira de Normas


Técnicas (ABNT), ou outra que vier a substituí-la.

B - Representação Gráfica:

B.1 - Planta de Situação - Escala 1:200 ou 1:500 contendo:

www.respostatecnica.org.br 26
DOSSIÊ TÉCNICO

Deve constar neste documento:

● A situação, localização do terreno em relação ao seu entorno urbano;

● A localização da edificação (caso faça parte de um imóvel, especificar a localização do


estabelecimento que se encontra dentro do imóvel) e identificar os serviços e/ou edificações
confrontantes;

● A localização da(s) sala(s) ou loja(s) em relação às circulações horizontais e verticais


(caixa de escada e elevador) do andar respectivo;

● As cotas parciais e gerais da edificação e do terreno, cotas de afastamentos e recuos bem


como indicação de vias de acesso, estacionamentos, área total do terreno, área total
construída e área total de cada pavimento;

● As indicações: das centrais de máquinas, de tratamento de água, de tratamento de esgoto


e abrigo de resíduos sólidos, quando houver (RIO DE JANEIRO, 2012).

B.2 - Plantas Baixas - Escala 1:100 ou 1:50

Deverão ser orientadas conforme planta de situação, contendo:

1. Nomenclatura de todos os ambientes, com a indicação do respectivo uso, conforme


legislação específica;

2. Cotas de todos os compartimentos, dos elementos de circulação horizontal e vertical


(elevadores, rampas e escadas com indicação de sentidos de subida e descida) e cotas
gerais com linhas de cotas e espessuras de paredes de cortes;

3. Indicação das áreas (m2) e espessura das paredes de todos os compartimentos;

4. Indicação dos níveis;

5. Dimensão de todas as esquadrias, indicando em todas as pranchas necessárias;

6. Indicação dos vãos de iluminação e ventilação, com sentidos de abertura e dimensões.


Indicação das projeções de grelhas de exaustão e refrigeração, assim como especificações
dos equipamentos, filtros utilizados, diferenciais de pressão (classificação de áreas);

7. Indicação dos materiais de revestimento de pisos, paredes, tetos e bancadas de todos os


compartimentos e elementos de circulação vertical e horizontal;

8. Indicação de pontos de instalações ligadas à rede elétrica de emergência nos


compartimentos;

9. Layout completo de todos os compartimentos com identificação dos equipamentos em


escala;

10. A localização de:

● Louças sanitárias e bancadas;


● Equipamentos de geração de água quente e vapor;
● Equipamentos de fornecimento de energia elétrica regular e alternativa;
● Equipamentos de climatização;
● Locais de armazenamento e de tratamento de resíduos de serviços de saúde, quando
houver.

11. Indicação de fluxos no projeto,

27 2022 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT


Farmácia de Manipulação

12. Indicações de cortes e detalhes (RIO DE JANEIRO, 2012).

C - Cortes longitudinal e transversal:

1. Os cortes devem ser apresentados na mesma escala das plantas;

2. Devem constar as cotas de alturas de piso acabado a teto, indicação de rebaixos e


indicação de nível dos pavimentos e escadas;

3. Informar cotas de alturas de degraus de escadas, inclinação de rampas, etc;

4. Informar outros tipos de informações de aspecto importantes;

5. Indicar saídas de exaustão e/ou refrigeração (RIO DE JANEIRO, 2012).

D - Fachada(s):

As fachadas devem ser apresentadas na mesma escala das plantas baixas.

E - Planta de cobertura - Escala 1:100 ou 1:50

Devem ser orientadas conforme planta de situação.

F - AUTOR DO PROJETO

O projeto arquitetônico deve ser realizado por profissional devidamente qualificado e


registrado no seu conselho de classe, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do
Rio de Janeiro (CREA-RJ) e/ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).

Município do Rio de Janeiro

Para fim de legalização de estabelecimentos de saúde junto a vigilância sanitária da cidade


do Rio de Janeiro, as farmácias de manipulação devem seguir a Resolução SMG “N” nº 693
de 17 de agosto de 2004, que dispõe sobre o licenciamento de estabelecimentos de
interesse para a saúde, no âmbito da Vigilância Sanitária Municipal, e dá outras
providências (RIO DE JANEIRO, 2004).

9 FORNECEDORES DE MATERIAIS, EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS


Como sugestão seguem alguns contatos de fornecedores de materiais, equipamentos e
utensílios utilizados na farmácia de manipulação:

BSTEC
Cabine de Segurança Biológica
Rua Dona Carlinda, 1.154, Centro
CEP 95680-000 Canela – RS
Telefone: (54) 3282.7925
Site: <http://www.bstec.com.br/>

LAFAIETE
Mobiliários para laboratórios
Telefones: (11) 2098 1400 (São Paulo) / (21) 2232 8840 (Rio de Janeiro)
E-mail: <lafaiete@lafaiete.com.br>
Site: <http://www.lafaiete.com.br/index.asp>

MAXLABOR
Telefone: (18) 3221 9705
E-mail: contato@maxlabor.com.br
Site: <https://www.maxlabor.com.br/>

www.respostatecnica.org.br 28
DOSSIÊ TÉCNICO

QUIMIS
Rua Gema, 278/308
CEP: 09930-290 Diadema – SP
Telefone: (11) 4055-9999
Site: < http://quimis.com.br/index.php>

SP LABOR
Rua Walt Disney, 155, Vila Formosa
CEP: 19050-180 Presidente Prudente – SP
Telefones: (18) 2104-9090 / 3918-9090
E-mail: <sp@splabor.com.br>
Site: <http://www.splabor.com.br/>
O SBRT não se responsabiliza pelos serviços a serem prestados pelas
entidades/profissionais indicados. A responsabilidade pela escolha, o contato e a
negociação caberão totalmente ao cliente, já que o SBRT apenas efetua indicações de
fontes encontradas em provedores públicos de informação.

Conclusões e recomendações

A avaliação da infraestrutura de uma farmácia se faz previamente pela análise do seu


projeto básico de arquitetura. Uma vez este projeto mostrar estar de acordo com as normas
e legislações vigentes, as estruturas físicas são confrontadas ao projeto protocolado para
averiguar a veracidade do mesmo.

O visto em projeto básico de arquitetura concedido pela Superintendência de Vigilância


Sanitária (SUVISA) ou pela vigilância sanitária municipal do Rio de Janeiro será válido
enquanto estiverem em vigor as Normas legais, Portarias e Resoluções vigentes que
fundamentaram sua análise.

Qualquer alteração ou atualização de legislação a que se refere o processo de obtenção da


licença inicial e o visto em planta será levada em conta no momento da avaliação
documental da farmácia.

A aprovação do projeto não isenta seus autores das responsabilidades estabelecidas pelas
normas, regulamentos e legislações pertinentes às atividades profissionais realizadas.

Ressalta-se que as legislações indicadas podem passar por atualização, e que a procura
por eventuais alterações é de responsabilidade do cliente. Lembrando que devem ser
consideradas as legislações estaduais e municipais, quando houver, devendo ser obedecida
a que for mais restritiva.

Sugere-se providenciar o contato com as instituições abaixo indicadas que poderão fornece-
lhe outras informações.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)


Setor de Indústria e Abastecimento Trecho 5, Área Especial 57, Bloco E, 1° andar, sala 4
CEP 71205-050 Brasília – DF
Telefone: 0800-642-9782
Site: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br>

Conselho Federal de Farmácia (CFF)


SHCGN-CR 712/713, Bloco G, Loja 30
CEP 70760-670 Brasília – DF
Telefone: (61) 2106-6552
Site: <www.cff.org.br>

Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF–RJ)


Rua Afonso Pena, 115, Tijuca
CEP 20270-244 Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 3872-9200

29 2022 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT


Farmácia de Manipulação

Site: <www.crf-rj.org.br>

Governo do Rio de Janeiro – Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro


Rua México 128, Centro
CEP 20031-142 Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 2333-3993/ (21) 2333-3996
Site: <http://www.saude.rj.gov.br/servicos-vigiliancia-em-saude/vigilancia-em-saude-
vigilancia-sanitaria.html>

Vigilância e Fiscalização Sanitária do Município do Rio de Janeiro


Rua do Lavradio, 180, 4º andar, Centro
CEP 20230-070 Rio de Janeiro – RJ
Central de Atendimento: 1746
Site: <http://www2.rio.rj.gov.br/vigilanciasanitaria/>

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). RDC nº


67, de 08 de outubro de 2007, que estabelece as Boas Práticas de Fabricação de
Medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 de outubro de 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


Resolução RDC n° 17, de 16 de abril de 2010, que dispõe sobre as boas práticas de
fabricação de medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 de abril de 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


Resolução RDC nº 50, de 21de fevereiro de 2002a, dispõe sobre o regulamento técnico para
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 de março de 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). RDC nº


307, de 14 de novembro de 2002b, altera a Resolução - RDC nº 50 de 21 de fevereiro de
2002 que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 de novembro de 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n° 5.991, de 17 de dezembro de 1973, dispõe sobre o


controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 dez. 1973.

IDEOXIMA. Sala de manipulação dedicada. Ribeiro Preto, [200-?]. Disponível em:


< http://www.ideoxima.com.br/>. Acesso em: 24 out. 2021.

INFRAESTRUTURA. In: WIKIPEDIA: a enciclopédia livre. [S.l.], 2012. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infraestrutura_(engenharia)>. Acesso em: 24 out. 2021.

MAXLABOR. Equipamentos de farmácia de manipulação. Disponível em:


<https://www.maxlabor.com.br/equipamentos-para-farmacia-de-manipulacao>. Acesso em:
24 out. 2021.

RIO DE JANEIRO. Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Decreto


Estadual n° 1754, de 14 de março de 1978, que estabelece normas técnicas especiais para
a fiscalização do exercício profissional e de estabelecimentos de interesse para a medicina
e saúde pública. Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, Poder Executivo, Rio de
Janeiro, RJ, 15 mar. de 1978.

RIO DE JANEIRO. Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Resolução


SMG “N” Nº 693 de 17 de agosto de 2004, dispõe sobre o licenciamento de
estabelecimentos de interesse para a saúde, no âmbito da Vigilância Sanitária

www.respostatecnica.org.br 30
DOSSIÊ TÉCNICO

Municipal, e dá outras providências. Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, Rio de


Janeiro, RJ, [19 ago. 2004].

RIO DE JANEIRO. Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Resolução SES Nº


213 de 04 de janeiro de 2012, aprova relação de documentos necessários para a
regularização de estabelecimentos sujeitos à vigilância sanitária e dá outras providências no
âmbito do estado do rio de janeiro. Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, RJ, 27 jan. 2012.

SANTOS, S.C.; ZÁU, M.A.C.O. A arquitetura das farmácias de manipulação de fórmulas de


medicamentos e produtos estéticos. In: IV SEMINÁRIO DE ARQUITETURA E
ENGENHARIA HOSPITALAR, 2008, Salvador, 2008. Seminário... Salvador: Universidade
Federal da Bahia (UFBA), 2008. Disponível em:
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/palestras/arq_farm_manipulacao.pdf>. Acesso em: 24 out.
2021.

SEBRAE. Como montar uma farmácia de manipulação. Disponível em:


<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/como-montar-uma-farmacia-de-
manipulacao,48287a51b9105410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em: 24 out.
2021.

Identificação do Especialista

Ulrich Privat Akendengué Moussavou – Farmacêutico Industrial

Anexos

Anexo A – Modelo de carimbo

31 2022 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT


Farmácia de Manipulação

Figura 24 – Modelo de carimbo


Fonte: (RIO DE JANEIRO, 2012)

Anexo B – Formulário de Requerimento

www.respostatecnica.org.br 32
DOSSIÊ TÉCNICO

Figura 25 – Formulário de Requerimento


Fonte: (RIO DE JANEIRO, 2012)

33 2022 c Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT


DOSSIÊ TÉCNICO

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