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Docente:
Dr. Zidane
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4
Objectivos do trabalho................................................................................................................4
Objectivo geral............................................................................................................................4
Objectivos específicos................................................................................................................4
CONCLUSÃO..........................................................................................................................16
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................17
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INTRODUÇÃO
A agricultura é um dos setores da economia que têm uma significativa participação no
mercado, a qual se evoluiu das monoculturas para as grandes diversificações de produção
encontradas nos dias de hoje.
Com isso, a agricultura vem crescendo consideravelmente, atingindo números altos e tendo
grande participação no PIB (Produto Interno Bruto) do nosso país. Os números crescem
significativamente e são reflexo do trabalho e dos melhores preços pagos internacionalmente
pelos produtos da agricultura moçambicana.
Ao longo das duas últimas décadas a agricultura dos países do capitalismo avançado conheceu
dois processos econômicos e sociais distintos que foram responsáveis pela configuração de
uma estrutura agrária diversificada e, segundo alguns autores, de características "dualistas".
Neste trabalho tratarei de analisar alguns aspectos das transformações que a estrutura agrária
dos países de em desenvolvimento, progressos e dificuldades actuais no sector agrário.
Objectivos do trabalho
O objetivo é discutir os temas propostos de trabalho na agricultura a partir do que na literatura
convencionou-se chamar de "pluriatividade". Farei algumas aproximações a este debate à luz
de uma bibliografia específica a partir da qual procuro contextualizar o problema e tratar de
entender como diferentes autores analisam a dinâmica e os resultados destes processos.
Objectivo geral
Conhecer as transformações agrícolas e desenvolvimento rural.
Objectivos específicos
Identificar o crescimento agrícola: progresso do sector agrário e principais desafios
actuais;
Estruturar de sistemas agrários nos países em desenvolvimento;
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Estudar a Economia de desenvolvimento agrícola;
Mencionar as políticas para o desenvolvimento agrícola;
No setor agrícola, estas transformações manifestam-se tanto pelo aumento do uso de trabalho
assalariado temporário (sobretudo nos momentos de pico da produção) quanto pela absorção
crescente da força de trabalho residente no meio rural pelos mercados de trabalho urbano-
indus riais. Serão cada v z mais numerosas as propriedades de agricultores onde algum
membro da família terá um emprego extra-agrícola ou dedicará algum tempo à atividades não
agrícolas; como o turismo rural, o artesanato, a prestação de serviços, etc. Isto coloca em
questão a unificação dos mercados de trabalho rural e urbano (Pugliese, 1988) e o
desaparecimento da dicotomia entre os espaços rural e urbano ao nível do acesso a bens de
consumo de origem industrial, das comunicações, da educação e da cultura. O espaço rural
deixa de ter como função exclusiva a produção agrícola e constitui-se num espaço
polissémico onde coexistem atividades econômicas de natureza diversa como a própria
agricultura, o comércio, o turismo rural, o ambientalismo, o lazer entre outros; sem que haja,
necessariamente, uma preponderância em termos de escala ou lucratividade. O conjunto
dessas atividades tem sido descrito como "neoruralismo" e "renascimento rural"(Mingione &
Pugliese, 1987; Font, 1988; e Kayser, 1988, 1991).
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novas possibilidades de reprodução da agricultura familiar e uma potencial ampliação da
divisão social do trabalho ao nível local e regional.
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Fonte: World Development Indicators (http://data.worldbank.org/country/mozambique.
O sector agrário teve uma taxa de crescimento ainda maior, estimada em 8.4%, mas tal
crescimento deveu-se principalmente a expansão de área de cultivo. O facto de mais de 80%
da população contribuir apenas um quarto do PIB mostra que a produtividade agrícola é
significativamente inferior a produtividade do sector não agrícola. Nesta secção, olhamos para
os desafios associados ao aumento da produtividade agrícola em Moçambique. Também
olhamos para o crescimento dos diversos sectores da economia. Moçambique registou um
elevado crescimento económico nos últimos 20 anos. Espera-se que a medida que um país
cresce economicamente, tanto a proporção da sua população empregue na agricultura assim
como a contribuição percentual do sector agrário no PIB decresçam. Deste modo, é pertinente
analisar a importância da agricultura como fonte de emprego, e a contribuição de cada sector
no PIB.
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Esta secção analisa o progresso do sector agrário. Primeiro, a importância da agricultura como
fonte de emprego é tratada com maior detalhe. Segundo, far-se-á uma avaliação do progresso
em termos de diversificação de culturas e agro-processamento. Terceiro, será apresentada a
análise do crescimento de vários sectores da economia, e como a contribuição de cada sector
mudou ao longo do tempo. Mas antes de proceder com as análises mais detalhadas, vale a
pena discutir as fontes de dados disponíveis, e porquê a escolha de uma em detrimento de
outra fonte.
Existem vários factores relacionados com a baixa produtividade agrícola, e abaixo passamos a
descrever alguns deles, mas de forma resumida. A discussão detalhada é reservada para as
secções seguintes sobre o progresso de cada pilar e os padrões das despesas públicas. Um dos
factores relacionados com a baixa produtividade é a desproporção na despesa pública alocada
à agricultura, relativamente aos outros sectores da economia.
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o desenvolvimento agrícola (Boughton et al., 2007). Nos últimos anos verifica-se algum
melhoramento de estradas, o que é testemunhado pela redução no tempo necessário para
viajar para as grandes cidades (Figura 6). Em 1997, aproximadamente 23% da população
vivia menos de 3 horas de uma cidade de mais de 50,000 habitantes, comparados com 40%
em 2007.
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destes ao consumidor) desincentivam a participação do sector familiar no mercado. Para
reduzir estes custos é necessário melhorar a rede rodoviária e as infra-estruturas de mercado.
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De um modo geral, sistema é como um conjunto de elementos em interação dinâmica,
organizado em função de um objetivo (Lima et al., 1995). Aplicando-se essa definição, a
realidade é bastante complexa, pois ela é composta por categorias (atores) sociais que mantêm
relações entre si, como por exemplo: pequenos agricultores familiares (tradicionais e
assentados via reforma agrária), agricultores capitalistas (fazendeiros, estancieiros),
arrendatários, empregados assalariados, diaristas, atravessadores. Também não podemos
esquecer as organizações presentes no meio rural como, por exemplo, agroindústrias,
instituições financeiras, comércio local, setor público, organizações da sociedade civil, etc. É
nesse universo social que ocorrem as ações e reações que afetam direta ou indiretamente o
meio ambiente, a sociedade e a economia (INCRA/FAO, 1999).
Os factores humanos e naturais que conduzem as diferentes formas de trabalho com a terra
para a produção agrícola.
Agricultura tradicional;
Agricultura moderna.
Este tipo de agricultura pratica-se em várias regiões do mundo como: nos países da África,
América latina e do sul e sudeste da Ásia onde o nível tecnológico e científico é muito baixo.
Características
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1.3. A ECONOMIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA
A agricultura compõe o setor primário da economia, tornando-se uma prática primordial para
o desenvolvimento das sociedades.
A agricultura é uma prática econômica que consiste no uso dos solos para cultivo de vegetais
a fim de garantir a subsistência alimentar do ser humano, bem como produzir matérias-primas
que são transformadas em produtos secundários em outros campos da atividade econômica.
Trata-se de uma das formas principais de transformação do espaço geográfico, sendo uma das
mais antigas práticas realizadas na história.
A história da agricultura sugere que essa prática existe há mais de 12 mil anos, tendo sido
desenvolvida durante o período Neolítico, sendo um dos processos constitutivos das primeiras
civilizações, uma vez que todos os agrupamentos humanos já encontrados praticavam algum
tipo de manejo e cultivo dos solos.
Portanto, podemos perceber que o meio rural sempre foi a atividade econômica mais
importante para a constituição e manutenção das sociedades. Quando as técnicas agrícolas
permitiam a existência de um excedente na produção, iniciavam-se as primeiras trocas
comerciais. Assim, é possível concluir que, inicialmente, todas as práticas rurais e urbanas
subordinavam-se ao campo.
Com o passar das três revoluções industriais, a prática da agricultura atual fundamenta-se em
procedimentos avançados, que denotam uma nova característica para o espaço geográfico,
classificado como meio técnico-científico informacional. Hoje, existem técnicas avançadas
em manejo dos solos, máquinas e colheitadeiras que realizam o trabalho de dezenas ou até
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centenas de trabalhadores em uma velocidade maior, além de avanços propiciados pelo
desenvolvimento da biotecnologia. Isso significa que as práticas agrícolas cada vez mais se
subordinam à ciência e à produção de conhecimento.
Mas é importante salientar que não há somente técnicas modernas sobre o meio rural.
Podemos dizer que os diferentes tipos de avanços coexistem no espaço rural, embora as
grandes e mais desenvolvidas propriedades ocupem a maior parte do espaço. Existem
sistemas agrícolas modernos ao mesmo tempo em que existem formas de cultivos
tradicionais, como a agricultura orgânica, a itinerante e a de jardinagem.
A taxa de crescimento da agricultura para o PIB tem variado entre 5% e 11% (vide Figura 1
que mostra a evolução das taxa de crescimento do PIB e da taxa de crescimento da
contribuição do sector agrário para o PIB).
12
12 11.6
10.4
10
8.7
8.4
8.2
Crescimento Anual (%)
8 7.9 7.9
7.6
7.3
6.9
6.7
6.5
6
6
5.2 5.1
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 Média
Ano
Figura 1. Taxa de Crescimento da contribuição do sector agrário para o PIB. Fonte: INE.
Embora a contribuição média da agricultura para o PIB tenha diminuído nos últimos anos, isto
não significa necessariamente uma transformação estrutural do sector económico, mas deve-
se sobretudo à entrada em funcionamento de mega projectos como a MOZAL, o gás de Pande
e de Temane, e as areias pesadas de Moma. As contas nacionais (INE) indicam que a
contribuição do sector agrário para o PIB tem vindo a crescer.
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SILVA, Iliane Jesuina da. Estado e agricultura no primeiro governo Vargas (1930-1945). 2010. 261 p. Tese
(doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia, Campinas, SP.
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Gestão sustentável de recursos naturais, de acordo com objectivos de desenvolvimento
económico, social e ambiental, com base em planos de maneio que equilibrem os
interesses comunitários, públicos e privados.
Equilíbrio regional, para o qual a agricultura contribui através da criação de
oportunidades de desenvolvimento das potencialidades de cada local.
Potenciado o papel da mulher nas actividades agrárias, contribuindo para um
desenvolvimento social e rural integrado e equitativo.
Inovações tecnológicas e difusão de novas tecnologias para o aumento da produção e
produtividade, apoiadas por sistemas de formação dos produtores para aumentar as
suas capacidades de escolha, absorção e adaptação de tecnologia.
Decisões baseadas em evidências assentes no uso de informação agrária e de sistemas
estatísticos harmonizados e produzidos com métodos universalmente aceites.
Colaboração entre o sector público e todos os outros sectores envolvidos no
desenvolvimento do sector agrário, incluindo parcerias público-privadas, para
melhorar a eficiência e reduzir custos ao longo das cadeias de valor.
CONCLUSÃO
Desde o desenvolvimento das primeiras civilizações, a agricultura vem passando por
sucessivas transformações em suas formas, sobretudo com a evolução dos instrumentos e os
diferentes usos de suas técnicas. São as técnicas que propiciam as diferenciações ao longo do
espaço agrário e possibilitam a sua configuração e reconfiguração em diferentes formas com o
passar do tempo.
Este trabalho aborda o ponto da situação do sector agrário, com o objectivo de informar ao
CAADP sobre o progresso da agricultura, constrangimentos e oportunidades para o
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crescimento agrário. O trabalho baseia-se em revisão bibliográfica de várias obras sobre a
agricultura moçambicana. A insistência na agricultura como uma força motriz na redução da
pobreza deve-se à importância do sector agrário no que concerne ao emprego, contribuição
para o PIB e o seu papel como uma das principais estratégias de sobrevivência no meio rural.
O acesso as actividades não agrícola é limitado pelo baixo nível educacional que caracteriza o
meio rural moçambicano.
BIBLIOGRAFIA
Arndt, C., James, R., and Simler, K. (2006) Has Economic Growth in Mozambique been
ProPoor?. Journal of African Economies, 15(4): 571-602.
http://www.acismoz.com/wp-content/uploads/2017/06/Sector%20Agrario%20em
%20Mocambique%20PT.pdf;
MOSCA, João. 2010. Políticas Agrárias de(em) Moçambique (1975-2009). Escolar Editores.
Lisboa.
http://www.iese.ac.mz/lib/PPI/IESE-PPI/pastas/governacao/agricultura/
artigos_cientificos_imprensa/IMPACTOPOLITICA.pdf;
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https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/agricultura.htm
https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/108970/1/v20n197.pdf.
SILVA, Iliane Jesuina da. Estado e agricultura no primeiro governo Vargas (1930-1945).
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia, Campinas,
SP. 2010. 261 p.
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