Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Selemane Chale
Ontologia
Universidade Rovuma
2022
2
Selemane Chlae
Ontologia
Universidade Rovuma
2022
3
Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Ontologia...........................................................................................................................5
Noção do ser......................................................................................................................5
Graus do Ser......................................................................................................................7
O ser equívoco...................................................................................................................8
Unívoco.............................................................................................................................8
Conclusão..........................................................................................................................9
Referência Bibliográficas................................................................................................10
4
Introdução
O presente trabalho aborda sobre a metafísica, do grego tá meta tá physicá que significa
“o que está além da física” ou “as coisas que estão atrás das coisas físicas”, foi estudada
de diferentes formas no decorrer da história da filosofia, como podemos ver no
“Dicionário básico de filosofia” de Danilo Marcondes e Hilton Japiassú. Na época
medieval, mais especificamente na tradição escolástica a metafísica se divide em dois
campos, a “metafísica geral” e a “metafísica especial”. No pensamento moderno, com o
desenvolvimento das ciências empíricas e da subjectividade, a metafísica perde sua
centralidade dentro da reflexão filosófica, sendo o conhecimento tratado como
logicamente anterior a questão do ser.
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Metodologia
Ontologia
Na Metafísica IV 1 Aristóteles empregava estas palavras: Há uma ciência que estuda Ser
enquanto ser e seus atributos essenciais. Ela não se confunde com nenhuma das outras ciências
chamadas particulares, pois nenhuma delas considera o Ser em geral. Enquanto ser mas
recortando uma certa parte do ser somente desta parte estudam o atributo essências; como por
exemplo procedem as ciências matemáticas.
Estas palavras de Aristóteles sobre a filosofia primeira (prote philosophia, a philophia prima
dos escolásticos) são ainda o melhor e mais claro enunciado sobre ciência em que ora
penetramos, a Ontologia ou Metafísica Geral. Assim também é chamada por que estuda o ser
enquanto ser isto é to mando-o na sua maior universalidade.
Noção do ser
Ser é tudo quanto existe, independentemente do modo como é. Trata-se, pois, de uma noção
quantitativamente genérica e complexa e qualitativamente menos compreensiva. Mas porquê?
Por um lado, porque o conceito «ser» é um género suprema, dai que não exista um outro
conceito que seja o seu género próximo, isto é, um conceito em que este se posso incluir como
elemento e ou espécie E porque é um conceito que escapa a uma definição rigorosa, visto não
possuir uma característica peculiar, a que os lógicos chamam diferença especifica, que não seja
o ser.
Segundo Aristóteles, toda coisa é uma substância, ou seja, é uma realidade que subsiste em si
mesma. Isto, inclusive, é o que diferencia as coisas de suas características. Enquanto a
característica subsiste apenas na coisa, a coisa subsiste por si mesma. Por exemplo, Pedro
subsiste em si mesmo, mas a sua cor de pele só subsiste através dele e não em si mesma. Toda a
filosofia de Aristóteles parte da análise que ele faz dos elementos que constituem as substâncias.
Dentre as características que compõem uma substância, podemos distinguir dois tipos: a
essência (ou forma) e os acidentes. A essência de uma coisa, como vimos, é a sua característica
primordial, aquilo que a define, que a faz ser o que é. Por sua vez, os acidentes são todas as
características de uma coisa que não lhe são essenciais, ou seja, são as características
secundárias, aquelas que a substância pode perder ou ganhar sem deixar de ser o que é. Assim,
por exemplo, na substância João, que é um ser humano, a essência é racionalidade e os
acidentes são todas as demais características de João, tais como sua altura, corte de cabelo, cor
de pele, etc
Assim, distinguem-se dez (10) categorias de ser, sendo que a primeira é a substância; as
restantes nove (9) constituem a classe dos acidentes, Quais são esses acidentes?
Quantidade - a determinação da substância que permite atribui-la a partes distintas das outras
(grande, pequeno, etc.).
Relação - a ligação ou referência que a substância, ou até o acidente, estabelece com outra
substância ou acidente (pai, falho, primo, chefe, esposa, etc.)
Tempo - momento, ou ocasião, apropriado ou disponível para que uma coisa se realize, ou seja,
curso de eventos extrínsecos que duram um determinado período (Moçambique tornou-se
independente no dia 25 de Junho de 1975, de manha, ao meio-dia, e tarde, etc.).
Lugar - espaça que um corpo substanciado ocupa em relação a outros corpos (na escola, no
mercado, no cinema, próximo da padaria, em casa, na sala, etc.).
7
Acção - o que a substância faz usando as suas faculdades ou poderes causando efeito em si
mesma ou noutros corpos circundados por uma substância (dialogar, conduzir um carro, bater
em alguém, etc.).
Posição - lugar ou postura relativa ocupada pela substância ou parte dela face a outras (sentado
a ler um romance, de pé a apreciar a paisagem, deitado a escutar música, etc.).
Por fim, para explicar como se dá a mudança das substâncias e como ela subsistem, é preciso
saber quais são os elementos que fazem com que algo passe de potência a ato. Os princípios
responsáveis pela existência das substâncias e que realizam suas mudanças são chamados por
Aristóteles de causas. Segundo o filósofo, há ao todo quatro causas:
• Causa formal: é a característica primordial da substância, a sua forma. Por exemplo, no caso
de uma cadeira, a causa formal é a essência da cadeira.
• Causa material: é a matéria da substância, aquilo que de que ela é feita. No caso da cadeira,
por exemplo, é a madeira.
• Causa eficiente: é aquilo que produz a substância, que a põe no ser, que a faz existir. No caso
do exemplo da cadeira, é o carpinteiro.
• Causa final: é a finalidade da substância, aquilo para que ela foi feita, o seu propósito. No caso
da cadeira, a causa final é servir como assento.
Graus do Ser
O ser não se encontra em todas as coisas mesmo grau. Eis os principais graus do ser: o possível,
existente e necessário.
Na realidade objectiva tem vários graus: acidente, seres que existem não em si mesmos, mas
noutro ser. Substancia, possuem o ser em maior grau do que os acidentes, que existem nas
substancias.
O ser equívoco
Averiguemos, agora, qual seja a natureza deste conhecimento de Deus que nos proporciona a
teologia filosófica, e que, apresentando-se de forma tão deficiente aos espíritos mais
especulativos, parece causar-lhes uma verdadeira desolação metafísica. Ora, para investigarmos
o alcance do conhecimento que logramos atingir pela razão natural das perfeições divinas,
cumpre que partamos do seu funcionamento, qual seja, da relação entre e efeito existente entre
Deus e as criaturas. E, mesmo na contemplação desta relação de causa e efeito entre Deus as
suas criaturas cuida que observemos, antes de tudo, qual o grau de semelhança que é
comunicada pela divindade às suas criaturas. Agora bem, de antemão já devemos ter presente
que seja qual for grau de semelhança que Deus imprima em suas criaturas, tal grau de
semelhança nunca poderá admitir identidade de natureza (MADUREIRA:2009).
Unívoco
O primeiro tipo de atribuição que Tomas menciona corresponde aos unívocos, cujo nome é
comum e a determinação é a mesma para as distintas coisas nomeadas. Portanto, “animal” se
pratica de boi e de homem de modo unívoco, pois, embora as coisas homem e boi sejam
distintas, a determinação é a mesma para ambos. Nota-se que não se trata de uma casualidade
linguística, mas uma determinação ôntica e idêntico. O segundo tipo de atribuição diz respeito
ao primeiro sentido de homonímia, isto é, de equívoco por casualidade linguística. Assim “cão”
se predica tanto do astro como do animal de modo equívoco, pois não só as coisas são distintas,
mas também possuem determinações distintas. E finalmente, o terceiro tipo de atribuição parece
ser uma posição intermediária entre o primeiro e segundo tipo de atribuições, pois concebe
concomitante e parcialmente a diferença e a identidade das determinações (MADUREIRA
2009).
9
Conclusão
Referência Bibliográficas
Santos. M.F. ontologia e Cosmologia 3ª Ed. Volume V, Livraria e Editora Lagos Lda. São Paulo
1959.
JAPIASSÚ, Hilton & MARCONDES, Danilo, Dicionário básico de filosofia, 5ª edição. Rio de
Janeiro, Jorge Zahar editor, 2008.