Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ontologia
Universidade Rovuma
2022
Eliana Mário Júlio Makote
Ontologia
Universidade Rovuma
2022
Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Ontologia...........................................................................................................................5
As categorias do ser...........................................................................................................5
Potência e acto...................................................................................................................7
Essência e existência.........................................................................................................8
Conclusão........................................................................................................................10
Referências Bibliográficas...............................................................................................11
Introdução
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Metodologia
Neste sentido, o objecto da ontologia é muito abstracto e de máxima extensão, dado que
abrange tudo quanto é, e de compreensão mínima, visto que se abstrai de qualquer
propriedade particularizante, Portanto, diferentemente das demais ciências que se
dedicam ao estudo das coisas que são isto ou aquilo, que têm esta ou aquela
característica, esta ou aquela atitude comportamental, a ontologia estuda as coisas
simplesmente enquanto são. E porque toda a realidade, encarada como ser, pode
constituir objecto de da ontologia, conclui-se que o seu objecto é a totalidade ôntica.
As categorias do ser
Quando falamos das categorias do ser, referimo-nos grandes divisões que o mesmo
comporta.
De acordo com Aristóteles, o grande metafísico, existem dez categorias do ser, sendo
que a primeira é a substância e as restantes nove são acidentes.
Pelo contrário, acidente é tudo aquilo que ocorre ou acontece, aquilo que para ser
necessita de se apoiar numa substância e, por isso, pode afirmar-se de um sujeito, ser
substanciado, uma vez que constitui a sua característica.
Posição – lugar ou postura relativa ocupada pela substância ou parte dela face a
outras (por exemplo, sentado ler um romance, de pé a apreciar a paisagem,
deitado a ouvir música, etc.).
Potência e acto
Aristóteles recorre a duas noções fundamentais para explicar o dinamismo do ser:
potência e acto.
Entende-se por potência a possibilidade que uma matéria tem de vir a ser algo em
acto; é o carácter dinâmico da matéria que lhe permite possuir um determinado modo
de ser e que lhe confere a capacidade do devir. E assim que, por exemplo, a farinha de
trigo é, em potência, um pão ou um bolo, ou seja, possui a capacidade de vir a ser algo
que antes não era. Da mesma forma, o algodão que o camponês produz ainda não é um
tecido, contudo possui em si a potência, isto é, a possibilidade de vir a ser um tecido,
uns calções, umas calças, ou outra coisa. Se estou sentado a escrever, posso levantar-me
e esticar os braços. Se sou aprendiz de filosofia, posso ou não vir a ser um filósofo.
Se a potência é a capacidade que permite ao ser mudar de actualidade, ou seja, o
carácter dinâmico do ser, o acto é «o que faz ser aquilo que é», é o ser real, é o
que o determina. Por isso, dizer que uma coisa está em acto é o mesmo que
dizer que tal coisa tem actualidade ou existência, ou seja, que passou da
potência de ser algo ao acto de ser, Por exemplo, a camisa do teu uniforme está
em acto, isto é, existe actualmente, já não é aquele simples tecido que era antes
de ser costurada pelo alfaiate (Aristóteles, 2005).
.
Potência e acto são dois conceitos correlativos, pois, enquanto a potência explica a
multiplicidade e a mudança, o acto explica a unidade do ser; enquanto a potência
explica aquilo que a matéria ainda não é, mas pode vir a ser, o acto explica a sua real
existência, o que a matéria já é efectivamente.
Essência e existência
Em A Metafísica, VII, Aristóteles escreve: «a essência o quo de uma coisa, isto é, não
o que seja, mas aquilo que uma coisa é», ou seja, é o que é uma coisa, podendo
caracterizá-la e distingui-la do que ela não e; é qualidade ou determinação sem a qual
uma coisa não seria o que factualmente é. A essência é, portanto, a substância segunda,
ou seja, tudo quanto existe como pensamento. A essência refere-se, neste sentido, as
características fundamentais da substância.
Ao concluir este trabalho pode perceber que a ontologia ou metafísica geral é um ramo
da Filosofia que se ocupa da questão do ser enquanto ser. Ser é tudo quanto há, ou seja,
tudo quanto existe, independentemente do modo como é. A substância é aquilo que é
em si e por si, e não em outra coisa; e o acidente é aquilo que ocorre na substância. A
substância e os acidentes são as dez categorias aristotélicas do ser correlacionadas, A
essência é o quê de uma coisa, isto é, o que faz com que uma coisa seja o que ela é,
permitindo-lhe distinguir-se de outra. A existência é a essência em acto, ou seja, a
realidade da sua essência.
Referências Bibliográficas
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. 13. ed. São Paulo: Ática, 2003.