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O que se apresente na Metafisica é a ciência/ filosofia primeira porque depende todos os

demais ramos do conhecimento. O que se aprende na metafisica é pressuposto de qualquer


outro conhecimento que a gente tiver.

Estudamos os princípios fundamentais da realidade na metafisica: como exemplo o principio


da não contradição – estabelece que algo não pode ser e ser ao mesmo tempo sobre o mesmo
aspecto . ex: não pode ser velho e moço sobre o mesmo aspecto – pode ser em aspectos
diferentes - pode ser velho pra ser jogador de futebol e ser novo para ser um ancião.

O principio da contradição é tão importante que se abrimos mão dele, não conseguimos nem
pensar, nem falar. Imagine se as palavras que estão sendo ditas são o que esta sendo dito e ao
mesmo tempo não são o que esta sendo dito. O que eu penso é o que eu estou pensando e
não é o que eu estou pensando.

Aristóteles diz que se pode negar em termos retóricos o principio da não contradição, porem a
própria negação exige esse principio. Se você vivesse de forma coerente seria semelhante ao
vegetal – você não poderia fazer nada .

Para Aristóteles e Platão a compressão das coisas pode ser vista a partir de dois pontos de
vista:

- A partir da coisa mesma

- Ou para nos seres humanos

Aristóteles diz que há coisas que são mais inteligíveis em si mesmas, mas que para nos seres
humanos elas são mais difíceis de serem entendidas

Enquanto que outras são menos inteligíveis em si mesmas, mas para nós seres humanos são
mais próximos, conseguimos entende-las melhor.

Aristóteles usa esta distinção e diz que para os entes matérias (aqueles que tem causa
material) e para nos seres humanos são os primeiros que nós conhecemos. Para nós o próprio
do conhecimento são a partir do entes materiais que captamos com os sentidos e somos
capazes de abstrair a essência deles (objeto livro: chega até nos pela cheiro, cor, textura, peso)
e partir disso eu somos capazes de abstrair a ideia de livro que se aplica a ideia de vários livros
o conceito deles todos eles.

Essa noção que é abstraído a partir doa entes materiais, ou seja, o conceito, é o mais fácil do
ser humano conhecer.
Já o conhecimento que vai além dos sentidos que é justamente o conhecimento metafisico
esse é mais difícil para a gente.

Assim, em termos pedagógicos é melhor que comecemos a conhecer, iniciamos os nosso


pensamento, a nossa compreensão da realidade a partir daquilo que está próximo de nós,
aquilo que podemos tocar aquilo que podemos perceber. Se entendemos bem essas coisas
depois podemos dar os passo para o tipo de pensamento que não é tão simples assim para o
ser humano, mas é o mais rico que existe para o ser humano que aquele que é o pensamento
das realidades imateriais, realidades mais profundas, mais importantes que existem.

Assim, a filosofia da natureza é justamente isso que ela estuda: é uma reflexão filosófica sobre
os entes matérias.

Quando falamos em filosofia da natureza prensamos duas coisas: ela é filosofia e o objeto dela
que são os entes naturais.

Ela é sim filosofia, porque não é uma reflexão cientifica. A ciência na história do pensamento /
conhecimento a ciência como que desgrudou a partir da reflexão filosófica. Havia a filosofia e
chegou um momento que as ciências incorporam e passaram a ter uma autonomia em relação
a própria filosofia. A primeira ciência que isso aconteceu foi com a matemática. Euclides é um
autor importantíssimo, um grego e ele conseguiu construir uma ciência que tinha já os
princípios bem explicados e toda a construção era coerente. Isso se deu na matemática e foi
em maior ou menos medida com maior ou menor sucesso acontecendo também em outras
áreas do pensamento humano formando ramos da ciência – física, química, biologia.

A filosofia da natureza não se confunde com essas ciências, mas aqui há um ponto que é
muito importante

A Filosofia da natureza que estamos estudando aqui ela tem a pretensão de nos ajudar a
explicar o mundo a fazer com que possamos conhecer a realidade com maior profundidade. O
que apredemos aqui não é simplesmente um estudo sobre textos e conceitos antigos que
foram sem duvida levados adiante por pensadores geniais mas que não teria uma aplicação
pratica que não representaria o que de fato a natureza é, mas simplesmente seriam as crenças
as quais foram capazes de chegar algumas pessoas séculos atrás. Não é isso que estamos
buscando fazer aqui. Estamos sim buscando ter uma filosofia que de fato ela possa dialogar
com as ciências não há intenção de romper as ciências naturais com a filosofia da natureza . ao
contrario buscar uma integração respeitando a autonomia e o campo próprio de cada um
desses ramos do saber.

O pensamento Aristotélico é compatível com a ciência atual (relatividade, física quântica,


evolucionismo, genética.

Se a filosofia da natureza é compatível com a ciência, porque ela não é ciência? Porque é
preciso ter uma filosofia da natureza
A filosofia procura conhecer a realidade de uma maneira mais profunda olhando as causas
ultimas que a própria ciência pressupõe. Vejamos que qualquer ciência ela pressupõe certas
coisas que ela mesma não prova. Ela já toma como sendo algo serio. a única ciência que não
tem nada da qual ela se baseia é a metafisica por isso é a ciência primeira é o fundamento das
demais e as noções da qual ela parte ou são evidentes por si mesma ou que você não
consegue ir para traz a partir dela que o pensamento se desenvolve. A filosofia mesma da
natureza não é assim ela tem pressupostos e as varias ciências também tem pressupostos e
isso desde Aristóteles ele falava que os princípios de uma ciência não são provados pela aquela
própria ciência são provados por outra e a ciência já toma aqueles princípios e os usa pra se
desenvolver. Que tipo de principio que a ciência pressupõe que é discutido no âmbito da
filosofia da natureza é a ideia de que é possível conhecer verdade, de algum modo isso já esta
na base de toda a ciência, de que a na realidade padrões que se repetem , padrões, leis que
descrevem fenômenos que se sucedem.

A ideia de que a padrões, leis e que o ser humano pode conhecer a verdade, a ideia por
exemplo de que toda a ciência ela aceita que a gente conheça pelos sentidos ou usando
aparelhos que amplificam os sentidos, mas ela aceita que a gente capaz de perceber a
realidade. Outra coisa que a ciência faz, ela afirma que somos capazes de escrever relações
quantitativas que encontramos na realidade que são essas relações quantitativas e vão se
repetindo. Ex: eu sei com que determinada velocidade um objeto cai quando eu solto de uma
determinada altura e tem uma formula para isso. Com a ideia da aceleração da gravidade eu
consigo saber se são quantos metros com que velocidade vai chegar aquele objeto que foi
solto numa determinada altura ou sei também que dependendo da pressão do ar a agua vai
congelar com mais ou menos graus mas será sempre em algo entorno de zero grau. Tem uma
formula para descrever isso. Ex: o que é força? [e a massa x aceleração formula de Newton.
Agora se eu falo que força = massa aceleração não é uma definição de força, mas uma relação
quantitativa. O que vem a ser uma força? Aristóteles procurou explicar isso em âmbito
filosófico em dois tipos de categorias: ação e paixão que são acidentes do sujeito. É quando o
sujeito interfere, move e altera um outro. Exemplo acedenter com o isqueiro o cigarro – ação
acender – paixão o cigarro sofre a ação do isqueiro. A gente sabe que a ação e a paixão esse
sofrer algo estão relacionados entre si – o que vem a ser a casualidade.

Nessa disciplina buscamos ter uma compressão das coisas filosóficas tentando chegar ao
fundamento. Conhecimento filosófico é um conhecimento que busca os fundamentos das
coisas. Mas além do que a ciência vai. Não se pode se fechar para a ciência. A tendência é que
um dia a filosofia seja relegada a segundo plano e a ciencia seja considerada um saber que seja
valioso verdadeiro / e que a filosofia não traria de maneira clara nada do que seria realmente.
Importante. Mas ao contrario a filosofia é de suma importância e um cientista mesmo que não
saiba esta usando a filosofia como base no que ele esta fazendo.

Como a filosofia não pode ser relegada a segundo plano, também seria errado que a filosofia
não se importasse com a ciência. Seria um erro gravíssimo porque para o filosofo qualquer
conhecimento é importante. Ele precisa ter uma curiosidade sobre todas as coisas.

Os entes materiais não são só matéria, são matéria e forma.


Filosofia da natureza – Aristóteles chamava de física que vem de fisis (natureza) – estudo dos
entes materiais

Os entes imateriais também tem natureza para os pré socráticos eles são materialistas não no
sentido que se tem hoje, mas no sentido que tudo se explicaria no âmbito da matéria –
Parmênides, Heráclito, Tales de Mileto todos eles são chamados até físicos ou fisisistas.

Assim quando se falava em natureza nesse momento se entendia os entes materiais que são
aqueles que a gente toca. Observa que ainda hoje tem algo na nossa linguagem que
permanece: ex: “precisamos proteger a natureza, a natureza tem que ser preservada. E ideia
da natureza o cosmo das coisas materiais que estão influenciando uma as outras com uma
atenção especial pelos seres vivos, mas não só para eles. Quando pensamos em natureza
pensamos em agua, ar, a pureza de tudo isso. Tudo isso faz parte da natureza. No primeiro
sentido era só isso natureza. Então quando se pensa em filosofia da natureza está se referindo
aos entes que tem materialidade e esses só que eram considerados natureza.

Com o passar do tempo com a Aristóteles e depois isso vai avançar o nome natureza também
vai ser empregado com entes imateriais. Se fala da natureza com relação aos entes imateriais.

Então quando dissemos filosofia da natureza, estamos usando natureza naquele primeiro
sentido da natureza dos entes que tem uma causa material e às vezes usamos a palavra
natureza para além desses entes – ai a dificuldade de achar um nome.

O próprio Aristóteles fala que a filosofia da natureza estuda o movimento, a quantidade e o


espaço se quisermos podemos colocar o tempo – com esses três aspectos pegamos o principal
da filosofia da natureza.

Conceito filosófico primário de natureza que é uma definição que esta no livro da física de
Aristóteles: a natureza é principio ou causa do movimento ou da quietude naquilo em que ela
se encontra de modo originário essencial, ou seja, não acidental - é um conjunto de operações
intrínsecos que todos nós temos.

A noção de natureza está próxima a noção de essência é o que faz com que sejamos o que
somos, mas a noção de essência tem primordialmente um sentido conceitual estático . sou um
ser humano, sou um cavalo.

Sou um cavalo, tenho a essência do cavalo e também tenho por isso a natureza de cavalo.
Aquela essência de certo modo se mostra através do meu comportamento.

Por aquilo que o ente esta fazendo eu sei o que ele é, nós conhecemos a essência através da
natureza. E a natureza é esse principio de movimento ou de quietude que Aristóteles diz (ou
que faz você mover ou que faz você ficar parado, mas algo intrínseco a você – não é de fora).

A filosofia da natureza estuda os entes que tem essa natureza, ou seja, entes que se movem e
se movem no âmbito material por isso fazem o movimentos que é perceptível para os nossos
sentidos. Talvez precise de um microscópio, um telescópio, mas é algo que esta acontecendo
no âmbito da matéria e por isso é perceptível.
- Natureza e essência são duas noções muito próximas, mas poderíamos dizer que a essência
vem antes porque você vai se comportar de acordo com o que você é. Porque sou um ser
humano, tenho essência humana eu falo, tenho um coração batendo... sou um ser humano,
logo eu tenho um principio para me comportar como um ser humano que é a minha natureza.

Ao mesmo tempo como conhecemos a essência? Através do que a natureza promove. Ex.: esta
se comportando desse jeito. Principio intrínseco.

A natureza implica que haja uma dinâmica no ente. Isso é muito interessante. Qualquer ente
material está sujeito a mudança em menor ou maior grau – tem coisas que duram muito
tempo integras, mas tudo esta sujeito a uma certa mudança - seja de spaço: passar de um
ponto para outro no espaço. Ex: nos que estamos na terra do ponto de vista de fora da terra,
estamos em constante movimento – já ponto de vista de quem esta na terra, não – todo o
universo esta girando e nós estamos aqui parado. Mas em certa medida as coisas estão
mudando, mesmo que seja muito pouco.

A natureza física pelo que ela é instável, é algo que muda. Também as coisas físicas elas tem
como uma marca própria de se corromperem – é normal daquilo que é material que ele seja
destruído com o tempo. E não são só os seres vivos. Tudo esta sujeito a mudança ou pode ser
facilmente mudado. Ex: diamante

Noções básicas da filosofia da natureza: movimento, quantidade e tempo. O movimento é o


característico e o movimento esta ligado ao material. Platão ele achava que a realidade mesmo
não era o material justamente porque o material é instável e muda. A realidade teria que ser
algo imutável, por isso q realidade teria que ser imaterial. Dai que ele formula o mundo das
ideias. O mundo das ideias são ideias que não tem matéria porque se tiver matéria tem
estabilidade e tem mudança. Ele se espanta com as formulas, com os números com as figuras
geométricas e ele se espanta e veem nelas aquilo que é perfeito.

Observamos que não conseguimos ter um circulo perfeito na matéria, so conseguimos ter um
circulo perfeito conceitualmente no mundo das ideias – um triangulo ou o que seja. Se os
pensadores anteriores eram fisicistas que achavam que a matéria era tudo, Platão dizia não
pode ser a matéria tudo, tem que ter uma verdade que seja imaterial e que ela realmente seja
realidade, enquanto que o material seja algo secundário. Essa é a tendência do Platão.

Já Aristóteles vai admitir a proximidade da matéria e da forma, mas ele também vai dizer
que a matéria sempre vai ser algo instável e fraco.

- O imaterial não sofre mudanças? Pode sofrer sim. Para os gregos e também houve alguns
medievais que pensavam assim eles consideravam que mudança necessariament mudança
seria algo material ate chegaram apensar que os medievais que os próprios anjos deveriam ter
algum tipo de matéria – uma matéria espiritual. Uma matéria espiritual quase que é uma
contradição dos próprios termos, mas eles entendiam que poderia ser assim porque os anjos
podem se mudar.

O imaterial muda sim. Ele passa da potencia para o ato. Mas é uma mudança distinta daquela
que da no âmbito da matéria. Qualquer mudança no âmbito material demanda tempo. Tanto
que o tempo é uma medida do movimento.
Já nos entes imateriais a mudança se da imediatamente ex.: você conhece, você conheceu – ao
menos em termos conceituais. Um anjo conhece por intuição é de uma vez só. É um
movimento diferente que não se da no tempo como no nosso. Há autores que defedem

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