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12ºCLASSE
CCS-2
I-GRUPO
- Potência e acto;
-A Essência e a Existência
12ºCLASSE
CCS-2
I-GRUPO
Discente:
Trabalho de carácter
1. Brenda Semo avaliativo a ser
2. Catarina Johane apresentado na
3. Celina Castigo disciplina de Filosofia
4. Gime Esteverio pelo Docente:
5. Kelvin Graciano Hermenegilda da Sara
6. Laura Marcelino José
7. Luísa João
8. Lúcia Faz Bem
9. Luísa Alberto
10. Muanacha Mustagy
11. Modesto Isaquiel
12. Otília Samuel
13. Paulino Jone
14. Palmira Luís
15. Rosa Joaquim
16. Rachid Armando Jó
17. Rosa José
18. Torres Inácio
19. Zita Chico
1. Introdução ............................................................................................................... 4
CAPITULO II ............................................................................................................. 5
CAPITULO III.......................................................................................................... 14
3. Conclusão .............................................................................................................. 14
1. Introdução
Ao cumprir esses objectivos gerais e específicos, este trabalho busca lançar luz sobre as
categorias do ser e sua importância na filosofia, fornecendo uma base sólida para a
reflexão e o debate filosófico contínuo sobre a natureza da existência.
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CAPITULO II
Quando falamos das categorias do ser, referimo-nos grandes divisões que o mesmo
comporta. De acordo com Aristóteles, o grande metafísico, existem dez categorias do
ser, sendo que a primeira é a sustância e as restantes nove são acidentes.
A substância, ou modo de ser substancial, pode ser entendida como «aquilo que é em si
e por si e não em outra coisa»; é o substrato a partir do qual encontramos as qualidades
ou os acidentes. E o que permanece como algo subsistente, que tem um ser próprio e
que, por isso, não pode ser afirmado a propósito de um sujeito nem se encontra nele.
São todas as coisas concretas e individuais: o homem, o cão, o lápis, o caderno, o Pão.
Pelo contrário, acidente é tudo aquilo que ocorre ou acontece, aquilo que para ser
necessita de se apoiar numa substância e, por isso, pode afirmar-se de um sujeito, ser
substanciado, uma vez que constitui a sua característica.
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diz da substância primeira, ou seja, do individuo na sua singularidade. Em suma, o
acidente é o predicado de uma determinada substância, e não o contrário. Por isso,
posso dizer que «a minha escola é linda», «Mataka é inteligente» e «o meu automóvel é
veloz», e não o contrário.
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8. Posição – lugar ou postura relativa ocupada pela substância ou parte dela face a
outras (por exemplo, sentado ler um romance, de pé a apreciar a paisagem,
deitado a ouvir música, etc.).
Os acidentes são as características ou propriedades que um objecto pode ter, mas que
não são essenciais para a sua existência. Isso inclui aspectos como cor, tamanho, forma,
localização e assim por diante. Os acidentes podem mudar sem que a substância do
objecto seja alterada. Por exemplo, um carro pode mudar de cor, mas ainda é o mesmo
carro (a mesma substância) por baixo da mudança de cor.
Para ilustrar essa relação, consideremos uma maçã. A substância da maçã é o que a faz
ser uma maçã, com todas as características essenciais de uma maçã. Os acidentes da
maçã incluem sua cor, seu sabor, seu tamanho e assim por diante. Se você pinta a maçã
de vermelho, a cor (um acidente) mudou, mas a substância da maçã permanece a
mesma. No entanto, se a maçã apodrece e se deteriora, isso implica uma mudança na
substância da maçã, levando à sua transformação em algo diferente, como composto
orgânico em decomposição.
Relevância Contemporânea
Embora essas categorias tenham raízes profundas na filosofia antiga, elas ainda são
relevantes hoje. Elas fornecem um quadro conceitual para entender a natureza da
mudança e da identidade, o que é essencial em muitos campos, desde a filosofia da
mente até a física moderna.
Entende-se por potência a possibilidade que uma matéria tem de vir a ser algo em acto;
é o carácter dinâmico da matéria que lhe permite possuir um determinado modo de ser e
que lhe confere a capacidade do devir. E assim que, por exempla, a farinha de trigo é,
em potência, um pão ou um bolo, ou seja, possui a capacidade de vir a ser algo que
antes não era. Da mesma forma, o algodão que o camponês produz ainda não é um
tecido, contudo possui em si a potência, isto é, a possibilidade de vir a ser um tecido,
uns calções, umas calças, ou outra coisa. Se estou sentado a escrever, posso levantar-me
e esticar os braços. Se sou aprendiz de filosofia, posso ou não vir a ser um filósofo.
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Por exemplo, a camisa do teu uniforme está em acto, isto é, existe actualmente, já não é
aquele simples tecido que era antes de ser costurada pelo alfaiate.
Potência e acto são dois conceitos correlativos, pois, enquanto a potência explica a
multiplicidade e a mudança, o acto explica a unidade do ser; enquanto a potência
explica aquilo que a matéria ainda não é, mas pode vir a ser, o acto explica a sua real
existência, o que a matéria já é efectivamente.
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Relevância Filosófica e Científica
O conceito de potência e ato não é apenas uma abstracção filosófica, mas também tem
implicações na ciência moderna. Por exemplo, na física, a energia potencial é a
capacidade de um objecto para realizar trabalho, enquanto a energia cinética é a energia
em acção, o equivalente ao ato. Esses conceitos têm aplicações em campos tão diversos
como a biologia, a psicologia e a filosofia da mente, onde são usados para entender o
desenvolvimento e a evolução.
Além disso, o conceito de potência e ato também pode ser aplicado em contextos éticos
e morais. Quando se trata de escolhas e acções humanas, a potência representa as
possibilidades e capacidades individuais, enquanto o ato se refere às acções efectivas
tomadas. Compreender essa distinção pode ajudar na análise de decisões éticas e no
julgamento das consequências das acções.
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2.4. A Essência e a Existência
Entende-se por essência o conjunto das propriedades pelas quais um ser se define, ou
seja, aquilo que faz com que uma coisa seja o que é.
Foi Platão quem realizou a distinção entre essência e existência ao criar a “Mundo das
Ideias”. Existem dois mundos distintos: o mundo sensível (terreno), imperfeito e
aparente, cujo aprende-se através dos sentidos e o mundo inteligível (das Ideias),
perfeito e verdadeiro, ao qual aprende-se através da razão. A distinção feita entre
o mundo sensível e o mundo das ideias corresponde a distinção radical entre o mundo
terreno (das existências) e o mundo das ideias (mundo das essências). Assim, podemos
considerar dois aspectos na doutrina platónica: a distinção entre essência e existência.
Primado da essência sobre a existência.
Desta forma, os objectos do mundo sensível são cópias ou imitações das ideias (do
mundo inteligível) que constituem modelos, arquétipos ou essências anteriores às suas
imitações terrenas. Daí que o mundo sensível pode ser considerado o mundo das
existências, enquanto o mundo inteligível é o mundo das essências.
Exemplo: Júlio, Ana são indivíduos concretos que têm em comum o facto de serem
seres humanos. Possuem em comum a essência humana que é universal. A essência é
característica fundamental da existência.
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Existência: O Fato de Ser
A existência, por outro lado, refere-se ao fato de um ser ou objecto realmente existir no
mundo. Ela lida com a pergunta "este objecto ou ser existe?" e está relacionada à
manifestação concreta e temporal daquilo que é definido pela essência. A existência é a
realização da essência em um dado momento no tempo e espaço.
A relação entre essência e existência tem sido um tema de debate filosófico ao longo da
história. Alguns filósofos, como São Tomás de Aquino, argumentam que a essência e a
existência são distintas, mas interdependentes. A essência fornece a definição do que
algo é, enquanto a existência determina se algo realmente é. Outros, como Jean-Paul
Sartre, argumentam que a existência precede a essência, defendendo que somos seres
existenciais que definem nossa própria essência por meio de nossas escolhas e acções.
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CAPITULO III
3. Conclusão
Substância e acidente nos lembram que tudo o que existe tem uma essência subjacente
que lhe confere identidade, enquanto as características externas podem variar. Potência
e ato nos convidam a reflectir sobre o potencial inerente que todos os seres e objectos
carregam, e como esse potencial se manifesta na acção. Essência e existência lançam
luz sobre a complexa interacção entre a natureza intrínseca das coisas e sua existência
concreta no mundo.
Essas categorias não são apenas abstracções filosóficas, mas têm implicações profundas
em nosso entendimento da ética, da metafísica, da criatividade e da existência humana.
Elas permeiam a filosofia clássica e contemporânea, influenciando teorias e
pensamentos em uma variedade de campos.
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4. Referências Bibliográficas
bKarl Marx. "O Capital: Crítica da Economia Política". Editora Boitempo, 2013.
Friedrich Nietzsche. "Assim Falou Zaratustra". Editora Companhia das Letras, 2011.
Michel Foucault. "As Palavras e as Coisas: Uma Arqueologia das Ciências Humanas".
Editora Martins Fontes, 2007.
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