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Superando limites: a contribuição

de Vygotsky para a educação


especial.

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Um breve resumo do trabalho de


doutorado de: Dóris Anita Freire Costa.
Mestre em Educação/ UFMG. Doutora em Linguística/UFMG. Professora de cursos
de Pós-Graduação-especialização em Psicopedagogia e Educação Especial, em Belo
Horizonte e grande Belo Horizonte.

Pacujá-Ce
Visão dialética do problema.
Para Vygotsky imaginar limitações como “problemas
físicos ou relacionados” como sendo um defeito
irremediável, não é meramente uma limitação de realidade,
mas também um atraso, pois os mesmo podem ser vistos
como desafios e possibilidades de evolução para o
organismo portador. Se por um lado o “problema” limita,
sabota ou inviabiliza parte de comportamentos,
movimentos, ações e reações do indivíduo. Por outro ele
força o organismo a se reinventar e se reestruturar para
um melhor desenrolo de ações por parte de quem estar a
mercê dos mesmos.

Vygotsky acredita que o corpo tem uma habilidade


adaptação tão fantástica que até mesmo foge um pouco
das noções de normal clinicamente falando, mas
comprovando-se em casos como de cegos que ao perderem
a visão, o corpo se adapta para um melhor uso de outros
sentidos restante, como, audição mais aguçada e um tato
mais trabalhado em execuções de atividades como a leitura
em Braille por exemplo. O mesmo acontece com surdos e
outros deficientes de classes diferentes de limitações.
Concepção dinâmica da inteligência.
Para se levar em conta o paradigma criado por Vygotsky
(Vygotskyano), deve se entender que o indivíduo portador de
determinada limitação deve ser acompanhado de determinado
modo e determinada perspectiva, para isso leva-Se em conta o
meio em que se da o desenvolvimento e as possibilidades do
mesmo, o desenvolvimento da inteligência do indivíduo é o
objetivo principal, as bases reveladas por Vygotsky nos mostram
quem a inteligência não se da de forma inata, mas por meio de
experiências do educando com o ambiente e suas nuanças, a
escola como um desses cenários palcos de possibilidades de
aprendizado é e deve agir de forma privilegiada para um bom
desenvolver desta educação. Por isso foca-se na opinião do autor
sobre a relação entre aprendizagem e desenvolvimento, conceito
bem elaborado como Zona de desenvolvimento proximal.
Nas palavras do autor, a Zona de Desenvolvimento
Proximal (ZDP) é compreendida como:
"a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se
costuma determinar através da solução independente de
problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado através da solução de problemas sob a
orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes".

A ZDP nos mostra que por intermédio da ajuda


de outras pessoas como Mestres, adultos e colegas
mais preparados, tem-se a possibilidade de uma
melhor desenvolvimento da criança, muito mais do
que se ela tentasse produzir sozinha, pois a criança
tem potencial para Isso, mas com o auxílio correto,
ele poderá produzir muito mais. Vygotsky deixa
bem nítido em suas obras a esperança real na
possibilidade de desenvolvimento do indivíduo com
necessidades de cuidados especiais.

Considerações finais.
Vygotsky nos deixa um novo paradigma
educacional mais justo para essas pessoas
portadoras de alguma limitação, não uma solução,
mas uma possibilidade mais justa, humana e
sensata de começar a engatinhar nas veredas do
aprendizado desses indivíduos como pessoas
educadas e com mais possibilidades de
desenvolvimento, e dos demais como pontes e
guias na manutenção dessas possibilidades, um
caminho evolutivo para ambas as parte se
humanizarem cada vez mais, evolução em poucos
palavras começa com humanização que por sua vez
também vira fruto da própria após plantada.

REFERÊNCIAS.
1. Valsiner J. Developmental psychology in the
Soviet Union. Sussex:The Harvester Press; 1988.
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Fundamentos de Defectologia. Havana: Editorial
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Paulo:Martins Fontes;1984.
4. Freire Costa DA. A apropriação da escrita por
crianças e adolescentes surdos: interação entre
fatores contextuais, L1 e L2 na busca de um
bilingüismo funcional. [Tese Doutorado]. Belo
Horizonte:FALE, Universidade Federal de Minas
Gerais; 2001.
5. Freire Costa DA. Construindo possibilidades
educativas para alunos com necessidades especiais.
Educação especial inclusiva. PUC Minas
Virtual;2004:97-114.
6. Leontiev AN. Actividad, consciência y
personalidad. Buenos Aires:Ciências del Hombre;
1978.
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Cérebro. Coleção Memória da Pedagogia: Lev
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São Paulo:Duetto;2005. p.76-83.
8. Mortimer EF, Carvalho AMP. Referenciais teóricos
para análise do processo de ensino em salas de aula
de ciências. Versão modificada de trabalho
apresentado na 17ª Reunião Anual da
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9. Oliveira MK. Vygotsky: aprendizado e
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10. Werstsch J. Culture, communication and
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Cambridge:Cambridge University Press; 1990.
11. Vygotsky LS. Pensamento e linguagem.
Lisboa:Antídoto;1979.
12. Freire Costa DA. Produção escrita e mediação: o
papel do contexto escolar na produção escrita de
sujeitos com necessidades educativas especiais.
Rev Psicopedagogia 2004;65:94-107.

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