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Plano Diretor Participativo (PDP) de Águas Lindas de Goiás (GO)

DIRETRIZES E ORDENAMENTO TERRITORIAL - PROPOSTA PRELIMINAR – JUNHO DE 2016


CONTEÚDO DIRETRIZ E.1............................................................................................................................................................. 24
DIRETRIZ E.2............................................................................................................................................................. 24
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................................ 1 DIRETRIZ E.3............................................................................................................................................................. 24
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................ 2 DIRETRIZ E.4 ................................................................................................................................................................ 25
A – DIMENSÃO AMBIENTAL ......................................................................................................................................... 3 DIRETRIZ E.5 ................................................................................................................................................................ 25
MACRODIRETRIZ 1: ....................................................................................................................................................... 3
DIRETRIZ 1.1............................................................................................................................................................... 3
DIRETRIZ 1.2............................................................................................................................................................... 3
DIRETRIZ 1.3............................................................................................................................................................... 4
DIRETRIZ 1.4............................................................................................................................................................... 4
DIRETRIZ 1.5............................................................................................................................................................... 4
DIRETRIZ 1.6............................................................................................................................................................... 4
B – DIMENSÃO SOCIOECONÔMICA .............................................................................................................................. 5
MACRODIRETRIZ 2: ....................................................................................................................................................... 5
DIRETRIZ 2.1............................................................................................................................................................... 5
DIRETRIZ 2.2............................................................................................................................................................... 5
DIRETRIZ 2.3............................................................................................................................................................... 6
DIRETRIZ 2.4............................................................................................................................................................... 7
DIRETRIZ 2.5............................................................................................................................................................... 7
DIRETRIZ 2.6............................................................................................................................................................... 7
DIRETRIZ 2.7............................................................................................................................................................... 7
DIRETRIZ 2.8............................................................................................................................................................... 8
C – DIMENSÃO URBANO-TERRITORIAL ........................................................................................................................ 8
MACRODIRETRIZ 3: ....................................................................................................................................................... 8
DIRETRIZ 3.1............................................................................................................................................................... 9
DIRETRIZ 3.2............................................................................................................................................................... 9
DIRETRIZ 3.3............................................................................................................................................................. 10
DIRETRIZ 3.4............................................................................................................................................................. 10
DIRETRIZ 3.5............................................................................................................................................................. 11
DIRETRIZ 3.6............................................................................................................................................................. 11
C.1 – ORDENAMENTO TERRITORIAL .......................................................................................................................... 13
C.1.1. MACROZONEAMENTO...................................................................................................................................... 13
C.1.2. ZONEAMENTO .................................................................................................................................................. 15
Ordenamento do território urbano - Uso e Ocupação do solo. .............................................................................. 15
E- GESTÃO PÚBLICA .................................................................................................................................................... 24
APRESENTAÇÃO

O Plano Diretor Participativo de Águas Lindas de Goiás (PDP), concebido segundo as diretrizes
previstas no Estatuto da Cidade, (Lei nº 10.257/01) é o principal instrumento legal da política urbana e
deverá ser o instrumento norteador e definidor das funções sociais da cidade e das propriedades, dos
objetivos e das diretrizes de desenvolvimento urbano e da configuração dos parâmetros de uso e ocupação
do solo em toda parte do município.
Em Águas Lindas de Goiás, o PDP fixa como objetivos essenciais proporcionar localização e
ordenamento territorial adequado aos espaços que preencherão as quatro funções humanas elementares:
habitar, trabalhar, circular, recrear o corpo e o espírito, – organizando os núcleos urbanos e o município
como um todo, preparando-o para hoje e para o futuro, conduzindo-o ao planejamento Municipal
compartilhado com a sociedade, para ações que resultem em crescimento econômico e melhor qualidade
de vida.
O presente documento - “DIRETRIZES E ORDENAMENTO TERRITORIAL – PROPOSTA PRELIMINAR”
- é o resultado de encontros técnicos, reunindo a população, o poder público e Equipe Consultora, que
permitiu a definição dos princípios norteadores deste Plano, e a sistematização dos Eixos Estratégicos, das
diretrizes, projetos e ações que deverão ser inscritos no território municipal. O conjunto destas
intervenções, quer seja de ordem físico-territorial, socioeconômica ou institucional, formatam os modelos
de urbanização e desenvolvimento proposto para Águas Lindas de Goiás.
Por fim, foram delineadas propostas para um desenvolvimento sustentável e estratégias de
intervenção para o território municipal, com visão de futuro para os ambientes urbanos e novas
configurações espaciais, buscando o desenvolvimento equilibrado, que combine conquistas econômicas
com ganhos sociais concretos. Ou seja, crescimento com qualidade de vida para toda sua população,
preservando seu patrimônio ambiental.

1
INTRODUÇÃO saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao
lazer, para as presentes e futuras gerações (art.2, inciso I da Lei n.10.257.01).

O diagnóstico realizado através da leitura técnica e comunitária do município de Águas Lindas de Apoiados no princípio da sustentabilidade foram definidos 04 (quatro) Dimensões que nortearão

Goiás revelou que o processo evolutivo dos núcleos urbanos, o ordenamento territorial, econômico, social, este Plano Diretor. Estas dimensões estratégicas foram concebidas como linhas de ação de planejamento

apresentaram vulnerabilidades que precisam ser equacionadas, para garantir a reversão dos processos que visam minimizar as vulnerabilidades apontadas através da leitura comunitária e técnica do Município:

negativos que impedem a produção de uma cidade agradável de viver, com mais qualidade de vida, mais
beleza, maior desenvolvimento econômico e que valorize os aspectos naturais privilegiados do local – a A- DIMENSÃO AMBIENTAL: diz respeito ao meio físico e biótico, à recuperação da qualidade ambiental e

represa, com sua orla, e as águas termais. à preservação do meio ambiente.

A inexistência da prática efetiva de uma política urbana, entendida como o conjunto de diretrizes, B - DIMENSÃO SOCIOECONÔMICA: refere-se às estratégias e diretrizes voltadas ao desenvolvimento

planos, leis e programas que orientam as ações e os investimentos dos agentes públicos, privados e da econômico e social.

sociedade civil, prejudicou a produção do espaço urbano do município de Águas Lindas de Goiás. C - DIMENSÃO URBANO-TERRITORIAL: engloba as estratégias de desenvolvimento urbano e de

Ao longo dos anos a cidade vem crescendo buscando conciliar a intervenção do poder público infraestruturas urbanas, bem como o ordenamento territorial (Zoneamento Municipal, normas de Uso e

federal e estadual em seu espaço, com o crescimento “orgânico” produzido por sua população, o que Ocupação do Solo e Parâmetros Urbanísticos).

provocou o comprometimento do meio ambiente, poluição dos cursos d’água, pela falta de drenagem D - DIMENSÃO DA GESTÃO PÚBLICA: engloba as estratégias fundamentais, no âmbito da gestão pública

pluvial, lixos e entulhos depositados em locais indevidos, ligações clandestinas de esgoto sanitário pela municipal, para o fortalecimento institucional necessário para que o Poder Público consiga implantar as

inoperância do sistema de tratamento e ocupação desordenada do tecido urbano. diretrizes do Plano Diretor.

A falta de leis operantes que regulamentam e direcionam o crescimento do tecido urbano,


provocou descontinuidade da malha viária, com loteamento desconectados, gerando vazios urbanos que Dentro de cada uma destas Dimensões serão elaboradas Macrodiretrizes, e a partir das

oneram e dificultam a implantação de infraestrutura. Estes loteamentos são implantados sem a Macrodiretrizes foram criadas Diretrizes Específicas e Ações que devem ser implementadas para que as

preocupação com o ordenamento das vias e estabelecimento de parâmetros básicos de urbanização, como Macrodiretrizes se cumpram. Ao final de cada Dimensão serão apresentadas tabelas com o resumo de

a delimitação dos passeios públicos por meios fios, a instalação de rede sanitária e adequação das vias e cada uma das Macrodiretrizes, Diretrizes e Ações propostas.

meios-fios. O Objetivo do Plano Diretor não é resolver todos os problemas do município, mas ser instrumento

Outro fator de ordem econômico social é a inexistência de uma Política Pública na promoção, para a definição de estratégias para uma intervenção mais pontual, estabelecendo poucos e claros

desenvolvimento e diversidade econômica do município, demonstrando fragilidade no desempenho do princípios de ação, servindo de base para uma gestão eficaz e democrática que atua com bases na opinião

papel de facilitador e promotor das atividades produtivas, gerando escassez de emprego, principalmente popular e de associações representativas dos vários segmentos sociais, como recomenda o Estatuto da

para a população mais jovem Cidade, sobretudo na implementação e gestão do mesmo.

O contexto atual aponta para a necessidade de se praticar um novo modelo de gestão, com adoção
de processos de planejamento e maior participação da comunidade, bem como investir em novas áreas
de desenvolvimento, sendo a principal delas o turismo.
Tendo em vista as fragilidades apontadas pelo diagnóstico e os desafios a enfrentar, entende-se
que o Plano Diretor Participativo de Águas Lindas de Goiás deva ser construído sob a ótica do
Desenvolvimento Sustentável, que se traduz como o direito à terra urbana, à moradia digna, ao

2
AÇÕES
A – DIMENSÃO AMBIENTAL • Reflorestar áreas degradadas;
• Legalizar e estabelecer critérios para a exploração dos recursos naturais;
MACRODIRETRIZ 1:
• Criar Parques Ecológicos e o Viveiro Municipal;
Preservar o patrimônio ambiental do município, de acordo com as Legislações Federal,
• Identificar, cadastrar e fiscalizar as áreas de patrimônio ambiental e vegetação nativa;
Estadual e Municipal, garantindo a qualidade dos recursos hídricos, geoambientais, do ar,
• Garantir critérios para a implantação de loteamentos e novos empreendimentos, buscando
da fauna e da flora, promovendo a qualidade ambiental.
minimizar os impactos ambientais.
• Levantar e monitorar possíveis áreas contaminadas e buscar meios de recuperá-las.;
A importância de preservar o meio ambiente de Águas Lindas de Goiás vai muito além de garantir
• Controlar a venda e o uso de defensivos agrícolas;
a somente a qualidade ambiental do território municipal e a qualidade de vida dos habitantes. O município
• Controlar a poluição do ar e sonora na área urbana, de acordo com o zoneamento proposto,
tem parte do seu território dentro da APA e do Parque Estadual do Descoberto, áreas de proteção
ambiental e de mananciais responsáveis pelo abastecimento de água de boa parte do Distrito Federal e criando leis e mecanismos de fiscalização

entorno. Aliás, todo o município de Águas Lindas encontra-se sobre uma rica região de mananciais hídricos, • Fazer um levantamento das áreas de risco e criar sistema de monitoramento, combate e

repleta de nascentes, porém muitos destes rios estão contaminados ou degradados. A recuperação destes prevenção de riscos.
recursos, aliada a um planejamento ambiental eficiente, pode tornar alguns destes rios áreas de lazer e • Garantir o mapeamento, o cadastro e a fiscalização da exploração mineral de acordo com a
contemplação e também de educação ambiental, não só para os habitantes locais como dos municípios legislação ambiental municipal, estadual e federal vigente.
do entorno, ajudando a desenvolver a economia local e a melhorar a qualidade de vida da população. • Realizar levantamento das APPs que ainda apresentam sua função ambiental preservada, e
O crescimento populacional e urbano descontrolado e vertiginoso do município, juntamente com aquelas que podem ser recuperadas, e elaborar projetos de proteção e recuperação.
a fragilidade institucional e técnica das gestões municipal anteriores, impossibilitou a fiscalização e • Criar parcerias com o governo do Distrito Federal, com o Governo do Estado de Goiás e com o
controle ambiental local, e hoje o meio ambiente de Águas Lindas de Goiás encontra-se bem degradado.
Governo Federal para fazer a fiscalização e gestão conjunta da APA do Descoberto.
Sua recuperação e manutenção, além de ser exigida em parte pelas legislações federais e estaduais, é
urgente e necessária para que o município caminhe na direção do desenvolvimento sustentável e garanta
uma vida urbana de qualidade à sua população. DIRETRIZ 1.2
Estimular a consciência e promover a educação ambiental.
A existência do Plano de Manejo da APA do Descoberto já aponta diretrizes de ocupação para boa
parte da região Nordeste de Águas Lindas, e cabe ao Plano Diretor pensar em estratégias e diretrizes de
ordenamento territorial e de uso e ocupação do solo que conciliem a necessidade de preservação AÇÕES

ambiental com as ocupações pré-existentes e desenvolvimento urbano sustentável do município. • Propor parcerias com ONGs e instituições para promoção de cursos e campanhas de Educação

A partir destes pontos, foram elaboradas as seguintes diretrizes ambientais: Ambiental nas Escolas e Comunidades;
• Controlar a poluição do ar, visual e sonora na área urbana, de acordo com o zoneamento
proposto, criando leis e mecanismos de fiscalização;
DIRETRIZ 1.1
Combater o desmatamento, aterramento, assoreamento, contaminação e degradação das áreas • Capacitar os funcionários e gestores públicos municipais sobre as questões ambientais do

naturais. município

3
• Criar uma Política de Gestão Ambiental a ser implantada no Setor Público.
• Garantir a atuação do Conselho Municipal de Meio Ambiente
DIRETRIZ 1.5
• Garantir a participação de representantes da população e do poder público no Conselho Gestor Melhorar a Qualidade Ambiental e Paisagística Municipal
da APA do Descoberto e do PE do Descoberto. AÇÕES
• Criar, proteger e valorizar áreas verdes, de valor paisagístico e de beleza cênica;
• Promover a arborização urbana, com espécies nativas e próprias para este fim;
DIRETRIZ 1.3
Preservar os mananciais e recursos hídricos municipais. • Elaborar projetos paisagísticos para o uso sustentável das APPs da área urbana.

AÇÕES
DIRETRIZ 1.6
• Mapear as nascentes e criar programa de incentivo à preservação e programa de fiscalização; Efetivar a lei 1.021/2012, que trata da Política Municipal dos Resíduos Sólidos.
• Elaborar estudos para identificar no entorno de quais dos corpos d'água podem ser criadas áreas
de lazer, contemplação e educação ambiental; AÇÕES
• Realizar esforços para universalizar a rede de saneamento básico; • Elaborar o Plano Municipal de Saneamento, conforme obrigatoriedade federal;
• Preservar e monitorar as APPs; • Garantir a aplicabilidade da Lei.

DIRETRIZ 1.4
Criar uma Política Municipal de Gestão de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável.

AÇÕES
• Ampliar quadro de funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
• Criar leis eficazes para assegurar a destinação de parte dos tributos da exploração mineral em
prol do desenvolvimento sustentável do município.;
• Garantir os recursos para a preservação, controle e educação ambiental por meio do Fundo
Municipal de Meio Ambiente.;
• Propor parcerias institucionais (poder público, sociedade civil organizada e empresas privadas)
para a promoção de cursos e campanhas de educação ambiental.;
• Capacitar o funcionalismo público, conscientizando-o sobre as questões ambientais
• Criar programas e políticas intersetoriais que promovam o Desenvolvimento Sustentável
Municipal

4
B – DIMENSÃO SOCIOECONÔMICA AÇÕES
• Elaborar um plano de metas na área de saúde e criar sistemas de indicadores para mensurar sua
MACRODIRETRIZ 2:
evolução ;
Criar e priorizar políticas estruturantes sociais e de desenvolvimento econômico. • Pleitear Recursos Federais e Estaduais para programas e projetos nas áreas de Saúde;
• Criar um Programa Antitabagismo e de Álcool e Drogas para diminuição do número de
Águas Lindas de Goiás, por ser um município recentemente emancipado, ainda busca estruturar
dependentes químicos;
seu desenvolvimento e perfil econômico, e estes anos de estruturação geraram muitos problemas na
• Equipar o serviço de urgência e emergência e as unidades de saúde com equipamentos
área social.
adequados para suprir as necessidades da população;
Até o momento, Águas Lindas configura-se como uma cidade dormitório do entorno de Brasília,
• Ampliar o quadro e capacitar continuamente os funcionários da área de saúde;
ocupada por imigrantes que ainda não criaram um vínculo com a localidade. A principal fonte do PIB é o
• Construir novas unidades básicas de saúde;
setor terciário, de comércio e serviços, representado principalmente por empreendimentos de pequeno
• Informatizar a rede de atenção básica de saúde;
porte, que sobrevivem das necessidades diárias da população aguaslindense. A falta de infraestrutura
urbana básica é preocupante: muitas vias ainda não possuem pavimentação, o sistema de drenagem • Garantir a destinação de recursos materiais para a central de distribuição de medicamentos;

pluvial está sendo implantado, mas ainda é precário, e praticamente não há bocas de lobo, calçadas • Ampliar e estruturar a rede de saúde mental no Município;

estruturadas e meios-fios. • Desenvolver projetos e campanhas de saúde preventiva;


Estas características do meio urbano, juntamente com a ausência da sensação de pertencimento, • Enfatizar a formação e qualificação continuada para todos os agentes educacionais (servidores,
desestimulam a população a ‘cuidar” do município, a identificar-se com ele. O sentimento de exclusão professores e técnicos), especialmente na área de educação especial.
social leva à outras complicações, incluindo violência, uso de drogas e álcool e mau uso e desrespeito pelo
espaço público.
DIRETRIZ 2.2
Assim, torna-se imprescindível que o poder púbico local reverta este quadro por meio de ações que Investir na ampliação do sistema de educação e na qualidade do ensino.
busquem melhorar a qualidade de vida da população, promovendo a autoestima, a cidadania e o
sentimento de pertencimento. A Macrodiretriz da Dimensão Socioambiental prioriza estas ações,
AÇÕES
entendendo que elas são a base para que o munícipe se sinta como um cidadão pleno.
• Valorizar o profissional de educação;
A seguir estão as Diretrizes e Ações Propostos nas diversas áreas do desenvolvimento econômico
• Garantir a oferta de material didático necessário para o desenvolvimento do processo educativo;
e social:
• Ampliar o atendimento de ensino infantil e fundamental, fazendo parcerias para atender a
demanda, principalmente na Educação Infantil;
DIRETRIZ 2.1 • Possibilitar a conscientização da comunidade escolar meio de projetos com os conselhos
Melhorar o sistema de saúde e atendimento médico oferecido à população do município,
escolares;
garantindo a qualidade da saúde pública municipal.
• Garantir e melhorar a alimentação escolar;
• Ampliar e melhorar o transporte escolar;

5
• Implantar cursos técnicos e profissionalizantes, concentrando esforços para articular a oferta de desenvolvidas e o protagonismo das famílias e indivíduos atendidos, visando a superação das
cursos com as necessidades associadas às transformações econômicas previstas e às demandas do condições de vulnerabilidade social e prevendo situações que indicam risco potencial;
mercado de trabalho; • Na Proteção Social Especial de Média Complexidade: Oferecer atendimento assistencial
• Firmar parcerias com instituições e empresas para garantia de estágio prático e possível destinado a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por
contratação pelo empresariado (como, por exemplo, por meio do Programa Jovem Aprendiz); ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias
• Ampliar número de creches; psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho
• Incentivar a atuação dos conselhos escolares. infantil, entre outras, visando o fortalecimento do vínculo familiar e comunitário, bem como a
reintegração do direito violado;

DIRETRIZ 2.3 • Na Proteção Social Especial de Alta Complexidade: Oferecer proteção integral, realizar
Investir na melhoria do bem-estar social da população. acolhimento e/ou encaminhamento à rede socioassistencial do município (governamental e
entidades) às pessoas em situação de rua e ofertando moradia, alimentação, higienização para
AÇÕES famílias e indivíduos que se encontram sem referência e/ou em situação de ameaça, necessitando
• Implantar políticas públicas que atendam crianças em vulnerabilidade social nas escolas infantis ser retirados de seu meio familiar ou comunitário;
e fundamentais; • Criar um Centro Integrado de Atendimento à Criança e Adolescente, garantindo também área
• Participação da população, por meio de organizações representativas, na implementação da para o funcionamento dos conselhos;
Política de Assistência Social e no controle de suas ações nos diferentes níveis de proteção (Básica • Realizar o serviço de acolhimento de crianças e adolescentes de 0 a 18 anos sob intervenção
e Especial); judicial;
• Garantir e ampliar a informação, junto às famílias, sobre benefícios, serviços, programas e • Ampliar a rede de equipamentos de atendimento social (CRAS, CREAS, Conselho Tutelar,
projetos oferecidos pelo município; Delegacia da criança e adolescente e centro de convivência );
• Garantir a melhoria contínua do sistema de gestão e do controle da política de assistência social • Ampliar os programas de atendimentos aos segmentos diversos e suas carências específicas;
do município; • Proporcionar o desenvolvimento de uma política social;
• Expandir a rede socioassistencial existente no município; • Possibilitar a existência de um quadro de funcionários concursados a fim de evitar a rotatividade
• Garantir a universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o beneficiário alcançável pelas de técnicos;
demais políticas públicas; • Informatizar a rede socioassistencial;
• Garantir o cadastro das famílias que não têm casa própria em programas sociais de habitação; • Criar, formalizar e fortalecer a rede socioassistencial.
• Na Proteção Social Básica: prevenir e atuar diante das situações de risco por meio do
desenvolvimento para isso, de programas, serviços, projetos e benefícios de proteção social básica
articulado de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários
desenvolvendo, com as demais políticas setoriais, de forma a garantir a sustentabilidade das ações

6
DIRETRIZ 2.4 DIRETRIZ 2.6
Melhorar o sistema de saneamento ambiental municipal, garantindo a saúde pública e a Implantar uma política de geração de emprego e renda, qualificação e requalificação da força de
qualidade e preservação do meio ambiente. trabalho municipal.

AÇÕES AÇÕES
• Implantar e universalizar a rede e sistema de tratamento de esgoto; • Ofertar cursos de Empreendedorismo para que a população possa gerir seus negócios com
• Garantir a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico; sustentabilidade;
• Universalizar o abastecimento de água potável e implantar sistema de tratamento de efluentes • Firmar parcerias com Governo do Estado para fornecer incentivos fiscais às empresas que
que garanta a qualidade da água segundo as normas legais. aderirem ao programa de criação de empregos em Águas Lindas de Goiás;
• Implantar centros e agências de empregos para atendimento à população;
• Garantir o programa Menor Aprendiz em parcerias com empresas da região para absorção de
DIRETRIZ 2.5
Promover o Desenvolvimento Cultural, do Esporte e do Lazer. mão de obra;
• Utilizar o calendário de eventos proposto como oportunidade de geração de emprego e renda;

AÇÕES • Criar convênios com agências de estágio do Distrito Federal;

• Viabilizar, em parceria com as demais secretarias, obras de recuperação de áreas destinando-as • Formar guias turísticos e ecoturísticos para passeios;

a cultura, esporte e lazer; • Garantir as feiras permanentes e feiras livres.

• Criar estrutura para o município sediar eventos culturais e esportivos de alcance estadual,
regional e municipal.;
DIRETRIZ 2.7
• Criar um calendários de eventos municipais; Buscar o crescimento da economia municipal, levando em conta as cadeias e arranjos produtivos
• Valorizar e integrar as culturas regionais e locais, promovendo festivais e mostras de arte, cultura, que tenham maior capacidade de adensamento econômico e as atividades mais relevantes da
culinária, entre outros; perspectiva da geração de emprego.
• Participação e gestão da comunidade nas pesquisas e projetos culturais, promovendo o
patrimônio cultural dos artistas e artesãos do município; AÇÕES
• Valorização da Biblioteca Pública Municipal como patrimônio público; • Diversificar as atividades econômicas do município;
• Criar programas culturais, esporte e lazer para a Terceira Idade; • Criar formas de incentivo à instalação de indústrias e empresas de logística;
• Criar espaços alternativos destinados a cultura, esporte e lazer; • Viabilizar a criação de um Polo Industrial, com destinação adequada de área no zoneamento
• Incentivar a parceria para a criação de clubes recreativos; municipal;
• Criar Política Municipal de Desenvolvimento Cultural, de Esporte e Lazer. • Criar um Conselho Municipal de Turismo;
• Mapear, identificar e implementar uma rota turística municipal;

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• Criar condições de infraestrutura econômica e social para atrair investimentos e atividades • Instalar Câmeras de Vigilância nos locais com maior número de ocorrências.
produtivas geradoras de renda e emprego;
• Garantir o incentivo à agricultura familiar na zona rural, buscando abastecer o mercado interno; C – DIMENSÃO URBANO-TERRITORIAL
• Criar um fundo de financiamento de produtos agrícolas;
MACRODIRETRIZ 3:
• Criar fundos de incentivos fiscais;
• Criar um conselho municipal de agricultura e pecuária;
Promover o Ordenamento Territorial, buscando ocupar vazios urbanos e adensar as áreas

• Garantir, ampliar e fortalecer programas de apoio de recursos humanos, tecnológicos e já existentes, tornando a cidade mais compacta e otimizando o aproveitamento dos

financeiros das três esferas de governo para o desenvolvimento de projetos na agricultura; serviços e da infraestrutura existente e a ser instalada.
• Criar uma empresa municipal de extensão rural, com equipe técnica e dotação orçamentária;
• Permitir a isenção de IPTU para a agricultura urbana comprovada; A parte urbana do município de Águas Lindas de Goiás é composta fundamentalmente por
• Criar área de comercialização dos produtos agrícolas municipais; loteamentos, ocupados de forma ansiosa e desordenada por conta dos baixos preços e da localização

• Criar um serviço de inspeção municipal. próxima do Distrito Federal. De acordo com a base cartográfica de lotes do município, realizada a partir de

• Criar um Plano De Desenvolvimento Rural Sustentável, buscando iniciativas que aumentem a imagens de satélite de 2015, ainda há um grande número de lotes desocupados em áreas já consolidadas

produtividade e gerem trabalho e renda na área rural, de forma sustentável. dentro da mancha urbana existente, onde já se encontra parte das infraestruturas instaladas.
A retenção de terrenos nas zonas urbanas faz com que o poder público seja obrigado a pelo menos
dobrar seu investimento e o custeio das redes de serviços públicos que dependem da extensão da cidade.
DIRETRIZ 2.8 Esse é o caso, por exemplo, da pavimentação de ruas e avenidas e sua manutenção; o da implantação e
Garantir a Segurança a toda a população.
operação das redes de água e esgoto; o da iluminação pública; o da canalização das águas de chuva e dos
córregos e rios; o da implantação e operação da rede de energia elétrica; e também da implantação e
AÇÕES operação do sistema de transporte público.
• Ampliação dos Serviços para Atendimento de Vítimas de Violência doméstica; Assim, logo que boa parte da rede de infraestrutura municipal ainda necessita ser instalada,
• Retomar ações com parceria da Secretaria dos Direitos Humanos para garantir Casa Abrigo /Casa priorizar o adensamento, a verticalização e a ocupação das áreas já existentes racionalizaria os
de Passagem às Mulheres e filhos com risco de morte por violência doméstica; investimentos públicos. E, ao mesmo tempo, a instalação da infraestrutura nas áreas a serem
• Criar programa de controle rígido para coibir a direção de motoristas embriagados incluindo preferencialmente adensadas induziria este processo. Ocupar os vazios urbanos também contribui para a
fiscalização de bares e restaurantes com abordagens em bairros onde há maior índice de acidentes segurança urbana e para a qualidade paisagística da cidade.

envolvendo condutores alcoolizados; Foram identificadas no município áreas que mesclam uso urbano e rural, ou seja, lotes de uso

• Melhorar a Iluminação pública; agrícola situando-se ao lado de loteamentos pequenos com unidades unifalimiares. Neste caso optou-se

• Acessar e otimizar os recursos do PRONASCI (que vem por meio do RIDE/DF) para melhorar a por criar uma zona Rururbana, com parâmetros de ocupação que contemplem os dois usos.
Outras diretrizes emergenciais são a organização do sistema de endereçamento no município, com
segurança pública municipal;
definição de toponímias e numerações de ruas e lotes, e a elaboração do Cadastro Imobiliário. Ambos são,
• Criar Penitenciária feminina;
• Criar o Conselho Municipal de Segurança;

8
ferramentas fundamentais para Prefeitura cobrar e controlar os impostos territoriais devidos, tanto DIRETRIZ 3.2
urbanos (IPTU) quanto rurais (ITR). Elaborar planos, projetos e legislações para que estas áreas sejam devidamente protegidas e
corretamente utilizadas.

No que concerne à preservação e melhoria da qualidade ambiental do município e seu entorno, o


DIRETRIZ 3.1 ordenamento territorial tem papel fundamental. Como visto nas diretrizes da Dimensão Ambiental, toda
Criar um novo ordenamento territorial (macrozoneamento e zoneamento), adequado à atual
a área municipal é classificada como Área de Mananciais, apresentando grande quantidade de nascentes
configuração do município. e corpos d’água, e a Represa do Descoberto, localizada nas regiões Nordeste e Leste do município, é um
recurso hídrico importantíssimo para o abastecimento de água do Distrito Federal e entorno e sua
AÇÕES preservação e manejo sustentável podem ser revertidos em benefícios ao município, além do ganho
• Definir um novo perímetro urbano, condizente com a realidade do município; ambiental por si só. Para preservar a Represa foram criadas duas Unidades de Conservação: a APA do
• Definir, em um primeiro momento, um cinturão verde, de caráter rururbano, incentivando usos Descoberto e o Parque Estadual do Rio Descoberto, cujos planos de manejo já impõe limites aos uso e
agropecuários e a preservação de APPs; ocupação do solo no seu interior e entorno.

• Definir uma faixa de amortecimento de impactos construtivos, por meio de alternativas técnicas, Para criar o ordenamento territorial do município foi criado um mapa com as Áreas de Restrição à

na faixa de entorno da APA do Descoberto; Ocupação: Unidades de Conservação, Áreas de Proteção Permanente (APPs), Áreas de Risco e
Contaminação de Solo, Areais e Cascalheiras. No mapa consta também o Zoneamento da APA do
• Estabelecer uma parceria entre poder executivo, legislativo e os Correios a fim de possibilitar o
Descoberto. A Figura 01 mostra um recorte deste mapa, que pode ser visto no Anexo 04: Mapas de
sistema de endereçamento municipal por meio de processo participativo de decisões;
Diagnóstico.
• Estabelecer um sistema de numeração de lotes;
Estas áreas não devem ser entendidas como empecilhos ao processo de urbanização, mas sim como
• Divulgar a adoção dos novos endereços aos munícipes;
refúgios e áreas de lazer e educação, cuja manutenção é fundamental para a qualidade de vida e saúde da
• Iniciar um mapeamento de áreas urbanas de interesse da prefeitura para futura demarcação
população de Águas Lindas e cidades do entorno. Cabe ao poder público elaborar políticas públicas, planos,
como ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social);
projetos e legislações para que estas áreas sejam devidamente protegidas e corretamente utilizadas
• A partir das diretrizes e parâmetros estabelecidos no Plano Diretor, criar a Lei de Uso e Ocupação
AÇÕES
do Solo (LUOS) e revisar o Código de Obras e Posturas;
• Incentivar a preservação das APPs;
• Identificar áreas com problemas fundiários e elaborar projetos para sua regularização;
• Avaliar e requalificar o espaço urbano, de forma a torna-lo ambientalmente mais saudável e
• Elaborar estratégias para identificar e ocupar terrenos e imóveis ociosos em áreas com
sutentável;
infraestrutura instalada, a fim de garantir que a cidade e a propriedade cumpram sua função social;
• Criar políticas públicas que incentivem a preservação ambiental;
• Identificar os terrenos doados a terceiro por gestões anteriores que não estejam em uso ou
• Criar estratégias para preservar as áreas de alta fragilidade ambiental, nascentes e corpos d’água
ocupados e solicitar projeto de Uso e Ocupação, sob risco da retomada do imóvel pela Prefeitura.
importantes e com fauna e flora nativa;
• Fazer um levantamento dos imóveis rurais nas Macrozonas Rural e Rururbana e realizar estudos
para o cálculo do Módulo Fiscal do Município.

9
DIRETRIZ 3.3
Criar áreas visando a diversificação e dinamização da economia de Águas Lindas de Goiás.

O desenvolvimento econômico efetivo e sustentável do município de Águas Lindas de Goiás só se


torna viável quando o poder público cria estratégias para isso, criando metas a curto, médio e longo prazo,
bem como ordenando o território de forma a contribuir para que este desenvolvimento ocorra e contribua
para a melhoria da qualidade de vida da população e não degrade o meio ambiente.
Assim, a criação de zonas especiais de desenvolvimento industrial e logístico, bem como a
delimitação de atividades econômicas por grau de incomodidade e pela hierarquização das vias ordena a
ocupação do território municipal e possibilita ao poder público a fiscalização da sua ocupação e uso, a
criação de incentivos para ocupação de certas áreas, a cobrança dos tributos correspondentes, e favorece
também a requalificação urbanística dos meios urbano e rural, melhorando a qualidade de vida da
população.

AÇÕES
• Indicar, no zoneamento, uma área para a instalação de indústrias de pouco impacto ambiental e
de centros logísticos de distribuição;
• Criar o Polo Industrial e Logístico, uma área especial com tributação diferenciada;
• Estabelecer normas e legislação específica para a implantação dos empreendimentos, levando
em conta a fragilidade e importância ambiental dos recursos hídricos municipais;

DIRETRIZ 3.4
Atender a demanda habitacional.
Figura 01: Recorte do Mapa de Restrições à Ocupação
AÇÕES
• Estabelecer, na Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), parâmetros de Uso e Ocupação • Garantir a implantação de unidades via Programa Minha Casa Minha Vida ou equivalente, a fim
condizentes com a preservação e qualidade ambiental em todo o município, mas especialmente de diminuir a crescente demanda habitacional;
nas áreas no interior e entorno da APA e do Parque Estadual do Descoberto; • Coibir as invasões em áreas públicas, privadas e de preservação;
• Criar políticas públicas que incentivem a preservação ambiental; • Congelar o processo de aprovação de novos loteamentos e condomínios habitacionais,
• Adotar soluções técnicas que favoreçam a drenagem das águas pluviais e a permeabilidade do excetuando-se os de interesse social, até que seja aprovado um Plano Municipal de Habitação;
solo, além do saneamento básico integral em território municipal. • Vincular a implantação de novos empreendimentos habitacionais não só à implantação de
infraestrutura como também a instalação de equipamentos públicos, de acordo com um estudo de
impactos analisado pela equipe técnica da prefeitura;

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DIRETRIZ 3.5 De acordo com a classificação viária adotada no plano Diretor de 2000, a BR-070 é uma via arterial
Requalificar e melhorar urbanisticamente e paisagisticamente o município principal da cidade e o mesmo defende que, o fato desta ser Interestadual não a exclui da classificação das
outras vias inseridas no município. A classificação sugerida pelo autor é difundida por todo país e por isto
será adotada novamente neste Plano. Suas categorias incluem:
AÇÕES
• Instalar infraestrutura nas áreas a serem preferencialmente adensadas; (1) Via Arterial Principal:
• Ocupar os vazios urbanos a fim de contribuir para a segurança urbana e para a qualidade (2) Via Arterial Secundária;
paisagística da cidade; (3) Via Coletora Principal;
• Estimular práticas sustentáveis na construção civil, incentivando novas tecnologias construtivas (4) Via Coletora Secundária;

visando a melhoria das condições de habitabilidade; (5) Vias Locais e Ruas;

• Elaborar um Plano Municipal de Acessibilidade, garantindo às pessoas com necessidades especial (6) Vias Rurais.

acesso seguro a todas as regiões do município, bem como a todos os equipamentos públicos e
As (1) Vias Arteriais atendem aos principais centros de atividades da área urbana e os maiores
privados
volumes de tráfego. Transportam a maior proporção de quilômetros percorridos por veículo na área
urbana.

DIRETRIZ 3.6 As (2) Vias Arteriais Secundárias interligam-se com as arteriais principais e as ampliam. Elas
Melhorar a Mobilidade Urbana atendem a viagens de média distância e fornecem mais acesso aos diferentes usos do solo do que as vias
arteriais principais. Geralmente não passam por bairros, mas podem ser utilizadas como rotas de ônibus e
O uso do solo está intimamente relacionado com o sistema viário e o transporte. É nesta relação,
servir como limites entre bairros.
pelos caminhos existentes ou que são abertos no território, que se tem o desenvolvimento e a mudança
As (3) Vias Coletoras Principais e (4) Secundárias coletam o tráfego das ruas locais e o transportam
de ambientes antrópicos.
para o sistema arterial. São ruas que passam por áreas residenciais e dão apoio à circulação do tráfego das
É ao longo das vias que os habitantes de uma cidade a observam. O domínio, por parte da
áreas residenciais, comerciais e até mesmo industriais.
população, da estrutura viária em que vive denota uma inter-relação de vitalidade entre o ambiente
Vias Locais (5) estão dentro da área urbana, mas não estão incluídas em nenhum dos sistemas
urbano e seus usuários. O sistema viário e de mobilidade funciona como o sistema circulatório do corpo
descritos anteriormente. Elas fornecem acessos a áreas lindeiras e às ruas coletoras, mas o tráfego de
humano, onde as veias e artérias precisam estar sadias para que o sangue flua corretamente e o organismo
passagem nelas é desencorajado.
funcione bem. Qualquer bloqueio ou interrupção gera transtornos e pode causar danos a todo o sistema.
As (6) Vias Rurais ficam fora do perímetro urbano estabelecido por lei e podem ter duas
A Rodovia BR-070 é o elemento que marca a cidade de Águas Lindas de Goiás, não só no seu sistema
configurações: as rurais principais, que atendem a viagens interestaduais e as rurais secundárias que dão
viário, como em sua dinâmica, identidade e setorização da cidade. No trecho mais urbano, a rodovia perde
apoio às vias arteriais principais ou mesmo às vias rurais principais. O espaçamento entre elas
a característica de estrada de alta velocidade e confunde-se com uma avenida. O Plano Diretor do ano
normalmente é disperso e no Brasil também são chamadas de “Vias Parques”.
2000 a descreveu sua dinâmica da seguinte forma “seus acostamentos são utilizados para circulação de
Ao se adotar a classificação exposta, o sistema viário de Águas Lindas apresenta uma hierarquização
pedestres, pontos de parada de ônibus e comércio ambulante. Essas atividades, incompatíveis com a
que permite a leitura da cidade de forma mais clara. Por outro lado, a falta de nomenclatura das vias,
função de rodovia federal, têm provocado graves acidentes”. É muito claro o papel da BR-070 como
impede a exposição em formatos formais, além de imagens (Mapa 01).
divisor da cidade em duas porções, ao norte e ao sul.

11
No Plano diretor de 2000 há a proposta de alteração do traçado da BR-070 (Figura 01), tornando o
traçado atual uma Estrada-Parque, com velocidade de circulação menor, alças de interligação entre os
setores norte e sul do município (como estas alças necessitam de semaforização, hoje é impossível
implantá-las, pois se trata de uma rodovia federal). A alteração do traçado da BR-070 proporcionaria o
desvio dos fluxos de carga para a periferia e permitiria a melhoria das condições urbanísticas neste eixo
leste-oeste do município. Note-se que o novo traçado proposto para a BR-070 passa no centro da proposta
para o Distrito Industrial.

Figura 02: Esboço da proposta para o novo traçado da BR-070

AÇÕES
• Priorizar as Vias Arteriais Secundárias e as Vias Coletoras indicadas no mapa (Figura 02) para a
implantação de infraestrutura: asfaltamento, sinalização viária, instalação de calçadas e meios-fios,
sistema de drenagem pluvial, arborização, de acessibilidade universal e projetos paisagísticos e de
requalificação urbana, tornando-se referência no município.
• Ocupar os vazios urbanos a fim de contribuir para a segurança urbana e para a qualidade
paisagística da cidade;
• Asfaltar e instalar sistema de calçamento e drenagem pluvial em todas as vias do município;
• Implantar infraestrutura viária: sinalização e semaforização.

Mapa 01: Hierarquização Viária de Águas Lindas de Goiás

12
C.1 – ORDENAMENTO TERRITORIAL

A promoção do ordenamento territorial será realizada em dois níveis: o Macrozoneamento, que


determina os usos gerais e o controle de expansão da mancha urbana, e o Zoneamento, que indica as
orientações gerais de Uso e Ocupação do Solo. Tanto o Zoneamento como o Macrozoneamento foram
elaborados de acordo com as premissas e diretrizes descritas nos capítulos anteriores, e os mapas
completos constam nos Anexos 01 e 02 deste documento.

C.1.1. MACROZONEAMENTO

O Plano Diretor propõe o macrozoneamento buscando qualificar os usos que se pretende induzir
ou restringir em cada uma das porções do território municipal, através de um conjunto de ações que
orientam o desenvolvimento ou mesmo atendem as reivindicações da população.
O Mapa 02 mostra o Macrozoneamento proposto para o município de Águas Lindas de Goiás. As
Macrozonas propostas são as seguintes:

• Macrozona Ambiental (MAmb): Compreende a Área da APA do Descoberto, o Parque Estadual


do Descoberto e áreas de fragilidade ambiental forte e muito forte (com alta declividade e solos
frágeis).
• Macrozona Urbana (MUrb): Área Urbana Municipal, delimitada pelo perímetro urbano, com usos
já consolidados ou em vias de consolidação.
• Macrozona Rururbana (MRrurb): A Zona Rururbana compreende áreas com características
mistas de ocupação, se destacando pela atividade econômica com características rurais e
ocupações com características urbanas, localizada em um espaço intermediário entre a
cidade e o campo.. Caso seja interessante para o município, pode se transformar tanto em
Macrozona de Expansão como em Macrozona Rural;
• Macrozona de Expansão (MExp): Áreas ainda sem ocupação consolidada, com áreas disponíveis
podem servir como Zona de Expansão Urbana ou Rural, seguindo que for mais positivo para
desenvolvimento municipal.
• Macrozona Rural (MRur): Áreas com características rurais de uso e ocupação do solo.

13
Mapa 02: Macrozoneamento Proposto para o Município de Águas Lindas de Goiás

14
diversos como ausência de asfalto, calçamentos inapropriados, falta de meios-fios, etc. Os principais
C.1.2. ZONEAMENTO problemas relativos ao Uso e Ocupação do Solo são:
1- Código de Posturas e Edificações defasado e sem fiscalização da sua aplicação. Após a
aprovação do Plano Diretor, um novo Código de Posturas e uma nova Lei de Edificações
As diversas Macrozonas do município de Águas Lindas de Goiás foram divididas em Zonas de Uso,
deverão elaborados e ser seguidos pelas novas construções e fiscalizados pelo poder público
que representam parcelas do território urbano com as mesmas características, em função de
municipal.
peculiaridades a serem estimuladas conforme as seguintes categorias:
2- Dificuldade do Governo Municipal em gerir a produção da cidade, por falta de instrumentos de
a) Áreas de Adensamento e Requalificação Urbana: áreas já bastante ocupadas e providas de
planejamento e gestão do território e de estrutura administrativa e corpo técnico para realizar
infraestrutura, mas que apresentam lotes vagos e possibilidade de adensamento e verticalização;
a fiscalização e comandar o planejamento urbano e rural.
b) Áreas Destinadas ao Desenvolvimento de Atividades Rurais – Caracterizadas pelo uso e
3- Vazios urbanos em áreas inseridas no tecido urbano, o que causa descontinuidade das
ocupação destinado à produção rural, familiar ou não;
infraestruturas;
c) Áreas Rururbanas: áreas de uso misto (urbano e rural);
4- Falta de áreas adequadas para instalação de atividades que produzem incomodidades
d) Áreas de Conservação e Proteção do Ambiente Natural – destinadas à preservação e
ambiental;
conservação dos recursos naturais no meio urbano, tais como margens de cursos d’água, áreas
5- Falta de normas que direcionem a instalação de atividades geradoras de incomodidade de
alagadiças, remanescentes de cobertura vegetal de interesse de preservação destinadas
vizinhança;
preferencialmente para parques, bosques, lagos, nascentes, com restrições quanto aos usos que
6- Paisagem urbana pobre na sua ambiência:
provoquem incomodidades ambientais.
 Pela arborização inadequada;
e) Setores Industriais e de Logística: localizados às margens das maiores vias, concentrarão
 Pela desordem das calçadas;
atividades industriais de maior porte, impacto e incomodidade.
 Pela falta de infraestrutura básica, com esgotamento sanitário escorrendo por diversas ruas
f) Áreas para Expansão: áreas ainda não ocupadas que servirão como reserva territorial e
das áreas urbanas;
podem ter destinações diversas conforme o desenvolvimento do município.
 Pela falta de drenagem urbana eficiente;
 Pelo asfaltamento precário (ou inexistente) das vias, principalmente as com grande fluxo de
As atividades econômicas dos setores de comércio e serviços em geral continuam distribuídas por
veículos pesados (caminhões, carretas, etc);
toda Macrozona Urbana, porém agora sendo reguladas de acordo com os níveis de incomodidade
 Pela falta de iluminação pública em muitas ruas dos bairros mais afastados;
de cada atividade.

Esses aspectos levantados revelam a vulnerabilidade que se encontra a cidade na produção do seu
Ordenamento do território urbano - Uso e Ocupação do solo.
tecido urbano.
O uso do solo, que configura a distribuição das atividades econômicas em relação às habitações e Considerando tais problemas o Plano Diretor Participativo de Águas Lindas de Goiás tem como
as ocupações das edificações nas propriedades privadas, apresenta como principal problema a falta de objetivo disciplinar e ordenar a ocupação do solo privado, através dos instrumentos de regulação que
gestão e fiscalização. A ausência do zoneamento e um código de obras e posturas muito antigo permitiram definem a distribuição espacial das atividades, conforme a categoria da via e a configuração da paisagem
que o município se desenvolvesse sem estabelecer um padrão na ocupação urbana, gerando problemas urbana, no que se refere à edificação e ao parcelamento do solo.

15
Para garantir o uso e ocupação do solo de forma adequada às características do tecido urbano, bem 3- Atividade de Nível de Incomodidade 3: caracterizado por aquelas atividades que causam
como garantir o equilíbrio climático e ambiental da cidade, serão observadas as seguintes normas interferência ambiental média no seu entorno. Por exemplo: classificam-se como usos relativos a
urbanísticas: serviços técnicos de hospedagem, administração, serviços públicos, serviços financeiros, etc. As
Atividade de Nível de Incomodidade 3 poderão se instalar na via expressa regional, na estrutural e
1.1 - Quanto à distribuição espacial dos usos: nas perimetrais;
Para efeito das atividades urbanas os usos foram classificados em residencial e não-residencial, e 4- Atividade de Nível de Incomodidade 4: caracterizadas por comércio especializado, locais de
serão distribuídos pela cidade em três tipologias de áreas quanto à sua densificação: reuniões e eventos que provocam médio-alto impacto à sua vizinhança. As instalações destas
 O uso residencial é classificado em unifamiliar e multifamiliar; atividades deverão localizar-se na via expressa regional, na estrutural e nas perimetrais;
 O uso não residencial é classificado em comercial, industrial, institucional e de serviços, que 5- Atividade de Nível de Incomodidade 5: atividades de usos especiais incompatíveis com os usos
serão distribuídos pela cidade conforme a capacidade de suporte do sistema viário, nível de residenciais. A instalação deles na cidade deve merecer estudos mais aprofundados de impacto de
incomodidade ambiental que a atividade econômica produz na vizinhança e o porte das vizinhança.
edificações. O quadro 01 a seguir caracteriza a relação entre o nível de incomodidade, o porte da edificação, e
Dessa forma a hierarquia das vias de Águas Lindas de Goiás exerce papel importante na a capacidade do sistema viário, estabelecendo critérios quanto à localização das atividades econômicas,
estruturação das atividades econômicas e sociais da cidade e de circulação de pessoas e mercadorias. institucionais e residenciais no tecido da cidade.
A miscigenação dos usos na cidade será garantida, ao permitir que as atividades econômicas Os empreendimentos de impactos que venham sobrecarregar a infraestrutura urbana ou, ainda,
possam se disseminar pelo tecido urbano, excetuando aquelas que segundo a natureza, porte e nível de que tenha uma repercussão ambiental significativa, provocando alterações nos padrões funcionais e
incomodidade estiverem incompatíveis com o uso residencial, ou seja, aquela que causa transtorno à sua urbanísticos da vizinhança, ou no espaço circundante, estão sujeitos às condições especiais de análise de
vizinhança. São caracterizadas como situações de incomodidade: sobrecarga no volume de tráfego, impacto à vizinhança e deverão se estabelecer nas áreas destinadas aos grandes equipamentos ou as
poluição por gases, partículas e odores, poluição sonora por ruído ou por vibração, que definem critérios margens das rodovias.
técnicos e ambientais que deverão ser atendidos nas diversas regiões da cidade para disciplinar a Para instalação de qualquer atividade, deverão ser consultadas a Tabela de Incomodidades (Anexo
convivência dos usos mistos com os usos residenciais. 03), onde estão descritos todas as atividades e em que grau de incomodidade este equipamento se
Para efeito de controle da instalação dos usos não residenciais na Macrozona Urbana deve se enquadra.
observar a listagem de incomodidade classificadas em cinco níveis, que será listada na Tabela de
Incomodidades (Anexo 03) e descrita da seguinte forma:
1- Atividade de Nível de Incomodidade 1: caracterizada por aquelas que não causam incômodo nem
impacto significativo a vizinhança, por exemplo: comércio de âmbito local, com área construída
máxima de 180 metros quadrados, para instalar a atividade econômica, isto não quer dizer que a
edificação tenha somente 180 metros quadrados de construção;
2- Atividade de Nível de Incomodidade 2: caracterizado por atividades econômicas, como exemplo:
comércios diversificados, serviços pessoais e profissionais, industrias, etc. Apresentam pequena
interferência ambiental. A área para instalação destes usos não deverá passar de 360 metros
quadrados quando se instalarem nas vias locais;

16
Quadro 1- Controle da Localização Atividades Econômicas 1.2 – Quanto ao Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo:

Categoria Usos Permitidos Buscando orientar o crescimento e a ocupação sustentável e planejada da área do município de

Permitidos todos os usos quando não atravessar perímetro urbano. As atividades de


Águas Lindas de Goiás, as Macrozonas foram divididas em 12 (doze) Zonas (Mapa 03). Os princípios que
Vias Expressa Regional nível de incomodidade 5 devem, preferencialmente, localizar-se ás suas margens e regeram o zoneamento foram:
fora das zonas urbanas
 Adensar o tecido urbano, incentivando a ocupação de lotes vazios e a construção de edificações
a) N I – 1, 2, 3 e 4;
multifamiliares de mais de um pavimento,
Vias Estruturais
b) As atividade com N I 3 e 4 deverão disponibilizar vagas de estacionamento para  Otimizar a utilização da infraestrutura básica já existente, evitando o espraiamento do tecido
os veículos de grande porte, dentro de sua área de domínio. urbano que implicaria em maiores investimentos do poder público na instalação de novas
infraestruturas;
a) Somente os N I – 1, 2, 3 e 43
 Proporcionar a qualificação urbana, paisagística e ambiental da área urbana e também do entorno
b) Indústrias com área construída inferior a 180m²
da APA e do Parque Estadual do Descoberto, para o desenvolvimento do turismo sustentável e de
c) Comércio com área construída inferior a 360m²
atividades econômicas compatíveis com este crescimento;
d) Serviços com área construída inferior 360m²
 Garantir que o desenvolvimento das atividades econômicas e turísticas não conflitem e gerem
Vias Perimetrais e) Atividades N I – 3 deverão disponibilizar estacionamento para veículos de incomodidades às áreas residenciais do município e aos seus moradores;
abastecimento, dentro de sua área de domínio.
 Garantir a qualidade da paisagem e dos serviços urbanos, proporcionando melhoria na qualidade
f) Quaisquer atividades econômicas a serem instaladas na orla da represa (que não
as de ambulantes) deverão apresentar relatório de impacto de vizinhança e de de vida da população;
impacto ambiental, além de seguir o Plano de Gerenciamento da Segurança do Uso
e da Ocupação das margens do lado direito do Lago da Usina Hidrelétrica de Águas  Criar eixos de mobilidade, garantindo o livre trânsito de moradores e visitantes pela área urbana;
Lindas de Goiás (Lei No 038/2013), que institui normas para a o uso e ocupação das
águas da represa e de suas margens.  Restringir o uso em áreas com fragilidade ou relevância ambiental e/ou paisagística;
 Garantir a continuidade das atividades rurais nas bordas da área urbana.
a) Somente os N I – 1 e 2
b) Comercio e serviços com áreas inferiores a 180m²
Uma característica determinante para a construção do Zoneamento é que toda a parte Oeste do
Vias Locais c) Atividades que não sejam atratoras de veículos de grande porte e que não
município está inserida em duas Unidades de Conservação: a APA do Descoberto e o Parque Estadual do
demandem estacionamento periódico.
d) Atividades sonoras que tenham funcionamento somente diurno Descoberto. Assim, mantivemos como Zoneamento das áreas do município contidas na APA exatamente
o Zoneamento do Plano de Manejo da UC. Já a área do Parque Estadual foi considerada Zona de
N I = Níveis de Incomodidade. OBS.: Os níveis de incomodidade estão descritos na Tabela de Incomodidades, anexo
03 Preservação Ambiental.

Todos os usos serão permitidos na Macrozona Urbana, observadas as condições especiais


estabelecidas.

17
Mapa 03 – Zoneamento de Águas Lindas de Goiás

18
No Quadro 2 segue a descrição de cada uma das Zonas propostas para Águas Lindas de Goiás e, no
Quadro 3, consta separadamente o Zoneamento das áreas do município que estão inseridas na APA (estas
zonas contém o termo “APA” na sigla).
Quanto aos parâmetros de Uso e Ocupação do Solo, ao Plano cabe somente determinar os índices
básicos. O detalhamento dos parâmetros de Uso e Ocupação deverão constar na Lei de Zoneamento e na
revisão do Código de Obras e Posturas.

QUADRO 2 - ZONEAMENTO

INDICES URBANÍSTICOS - Taxa de Ocupação


ZONAS CARACTERÍSTICAS DIRETRIZES INSTRUMENTOS PREVISTOS
(TO) e Coeficiente de Aproveitamento (CA)
Corresponde às áreas intermediárias entre a Requalificar as ocupações urbanas existentes nestas áreas > Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória
zona urbana e rural, que apresentam lotes com Promover o uso sustentável dos lotes com características rurais
> IPTU Progressivo no Tempo
TO (imóvel urbano) = 60% (até 02 pavimentos)
ZONA RURURBANA 1 - características de ocupação mista, com lotes > Direito de Preempção
Promover a implantação de agronegócios de pequeno porte, bem CA= 2,0
ZRururb-1 menores e predomínio da urbana. >Área receptora de potencial construtivo
como a agricultura familiar e agricultura urbana Gabarito máximo (imóvel urbano): 2 andares
Admite mudança de classificação de lotes, de > Outorga Onerosa do Direito de Construir
rural para urbano e vice-versa. Proteger e conservar os recursos naturais > Operações Urbanas Consorciadas

Requalificar as ocupações urbanas existentes nestas áreas


Corresponde às áreas intermediárias entre a > Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória
Promover o uso sustentável dos lotes com características rurais
zona urbana e rural, que apresentam lotes com > IPTU Progressivo no Tempo
TO (imóvel urbano) = 50%
ZONA RURURBANA 2 - características de ocupação mista, com lotes > Direito de Preempção
ZONEAMENTO

Promover a implantação de agronegócios de pequeno e médio CA=1,5


ZRururb-2 maiores e predomínio da rural. >Área receptora de potencial construtivo
porte, bem como a agricultura familiar e a agricultura urbana Gabarito máximo (imóvel urbano): 2 andares
Admite mudança de classificação de lotes, de > Outorga Onerosa do Direito de Construir
rural para urbano e vice-versa. > Operações Urbanas Consorciadas
Proteger e conservar os recursos naturais

Incentivar a produção, nesta Zona, dos alimentos e da água para


o abastecimento do município
Garantir a manutenção da biodiversidade e dos serviços
ambientais prestados pela ocupação rural
Elaborar um Plano de Desenvolvimento Rural e um Projeto de
Zona externa ao perímetro urbano e rururbano, Regularização Fundiária para determinar o tamanho do Módulo
ZONA RURAL - ZR > Cobraça de ITR - Importo Territorial Rural
com caracteríticas de ocupação distintas a esses. Rural mínimo para o município.
Promover a agricultura orgânica e a agrofloresta
Incentivar o turismo rural e o ecoturismo
Incentivar a criação de agronegócios para a geração de emprego
e renda

19
QUADRO 2 - ZONEAMENTO (Continuação 1)

INDICES URBANÍSTICOS - Taxa de Ocupação


ZONAS CARACTERÍSTICAS DIRETRIZES INSTRUMENTOS PREVISTOS
(TO) e Coeficiente de Aproveitamento (CA)

Promover a manutenção da qualidade ambiental e diversidade


biológica
Corresponde à áreas de alta fragilidade ambiental
ZONA DE CONSERVAÇÃO (alta declividade, recursos hídricos importantes, Requalificar as ocupações urbanas eixstents nestas áreas Análise específica pelo Órgão Ambiental Municipal e
AMBIENTAL - ZCA vegetação preservada, etc), que estejam fora da Estadual
área da APA e do Parque Estadual do Descoberto Elaborar um plano de Uso e Ocupação sustentável para estas
áreas.
Proteger e conservar os recursos naturais
Promover a manutenção da qualidade ambiental e diversidade
biológica
Proteger e conservar os recursos naturais
ZONA DE PROTEÇÃO Compreende a área do Parque Estadual do Análise específica pelo Órgão Ambiental Municipal e
Promover programas de educação ambiental, pesquisa científica
AMBIENTAL - ZPA Descoberto Estadual
e turismo ecológico obedecendo legislação ambiental incidente;
Analisar a necessidade de recuperação da qualidade ambiental
no trecho urbano no seu entorno;

Efetivar o cumprimento das funcões sociais da cidade e da


ZONEAMENTO

propriedade assegurando a preservação, conservação e


Áreas privadas e públicas, com a existência de
recuperação ambiental;
lotes e terrenos vazios localizadas em setores
dotados de infraestrutura básica e atendidos por > Parcelamento, Edificação ou Utilização
ZONAS DE ESPECIAL
serviços urbanos, ou que estejam recebendo Compulsória Atende aos indices definidos para ZRU-2
INTERESSE SOCIAL - ZEIS Induzir os proprietários de terrenos vazios a investir em
investimentos desta natureza, com boa > IPTU Progressivo no Tempo
programas habitacionais de interesse social de modo a ampliar a
acessibilidade viária, permitindo o deslocamento
oerta de terra para produção de moradia digna para famílias de
a qualquer região do Município;
baixa renda;

Incentivar a Instalação de empreendimentos de grande porte e


> Obrigatória a elaboração de Estudos de Impacto
de baixo impacto ambiental
de Vizinhança e de Relatório de Impacto Ambiental
Área localizada na parte às margens da Rodovia Promover o Desenvolvimento Sustentável
para aprovação do empreendimento. Os detalhes A serem determinados pelo tipo de
BR-070, próxima à infraestrutura instalada e
ZONA INDUSTRIAL - ZI Revitalizar a economia local deverão constar na Lei de Uso e Ocupação do empreendimento, de acordo com a legislação
afastada dos grandes núcleos de ocupação
Solo, no Código de Obras e Posturas e em pertinente
residencial consolidada
Abrigar atividades e empreendimetnos que fortaleçam e Legislação Ambiental específica para esta área.
promovam a base econômica local e regional

Incentivar a Instalação de empreendimentos de grande porte e > Obrigatória a elaboração de Estudos de Impacto
Áreas às margens da BR-070 e da GO-547, de baixo impacto ambiental de Vizinhança e de Relatório de Impacto Ambiental
A serem determinados pelo tipo de
adequadas para a instalação de galpões e Promover o Desenvolvimento Sustentável para aprovação do empreendimento. Os detalhes
PÓLO LOGÍSTICO - Plog empreendimento, de acordo com a legislação
atividades direcionadas às atividades de logística Revitalizar a economia local deverão constar na Lei de Uso e Ocupação do
pertinente
e transportes Abrigar atividades e empreendimetnos que fortaleçam e Solo, no Código de Obras e Posturas e em
promovam a base econômica local e regional Legislação Ambiental específica para esta área.

20
QUADRO 2 - ZONEAMENTO (continuação 2)

INDICES URBANÍSTICOS - Taxa de Ocupação


ZONAS CARACTERÍSTICAS DIRETRIZES INSTRUMENTOS PREVISTOS
(TO) e Coeficiente de Aproveitamento (CA)
Incentivar o adensamento populacional com parâmetros
urbanísticos maiores
> Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória TO = 60% (até 02 pavimentos)
> IPTU Progressivo no Tempo
Zona com ocupação consolidada que acomoda Universalizar o acesso a infraestrutura urbana TO = 60% (mais que 02 pavimentos)
ZONA DE REQUALIFICAÇÃO > Direito de Preempção
usos residenciais, de comércio e serviços, CA= 3,0
URBANA I - ZRU-1 >Área receptora de potencial construtivo
destinada à ocupação menos adensada Gabarito máximo: 03 andares (sem contar garagem
Diversificar o uso incentivando atividades de comércio e serviços > Outorga Onerosa do Direito de Construir
> Operações Urbanas Consorciadas
subterrânea)
Ampliar a disponibilidade de equipamentos públicos de lazer e
areas verdes

Permitir o Adensamento Populacional onde for possível como


forma de otimizar a infraestrutura disponível > Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória
> IPTU Progressivo no Tempo TO = 70% (até 02 pavimentos)
Estruturar e hierarquizar o sistema viário como fator de
Zona com ocupação consolidada que acomoda > Direito de Preempção TO =60% (mais que 02 pavimentos)
ZONA DE REQUALIFICAÇÃO compatibilização de usos permitidos nas vias.
usos residenciais, de comércio e serviços, > Operações Urbanas Consorciadas CA= 5,0
URBANA 2 - ZRU-2
destinada à ocupação mais adensada Ampliar e recuperar os espaços públicos de lazer e áreas verdes > Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV Gabarito Máximo: 05 andares (sem contar garagem
> Transferência do Direito de Construir subterrânea)
Preservar o baixo gabarito construtivo no entorno de marcos > Outorga Onerosa do Direito de Construir
referenciais e de patrimônio histórico e culturais

Restringir a ocupação do território somente após a consolidaçao


Zona com áreas pouco consolidadas ou não da ocupaçào das ZRU
ocupadas, definidas pela existência de Garantir a mobilidade e aintegração do território evitando sua
ZONEAMENTO

loteamento, sem ou com pouca presença de fragmentação TO = 60% (até 02 pavimentos)


ZONA DE EXPANSÃO - ZE infraestrutura urbana, que servirá como território Assegurar a proteção da paisagem e conservação do meio > Operações Urbanas Consorciadas TO = 50% (mais que 02 pavimentos)
de reserva para futuras ocupações, a serem natural CA= 2,0
definidas de acordo com o que for interessante Promover a manutenção da qualidade ambiental
para o desenvolvimento municipal. Ampliar a disponibilidade de equipamentos públicos de lazer e
areas verdes
Incentivar a instalação de condomínios verticais de gabarito alto
nestas porções do território
Áreas localizadas às margens de Vias > Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsória
Estruturais ou Vias Expressas Regionais, que Garantir a mobilidade e o bom fluxo de veículos nas vias > IPTU Progressivo no Tempo
TO = 70% (até 02 pavimentos)
comportam aumento de fluxo de automóveis adjacentes, por meio de planos de melhorias viárias > Direito de Preempção
ZONA DE VERTICALIZAÇÃO 1 - TO =65% (mais que 02 pavimentos)
gerado pela verticalização da ocupação, onde > Operações Urbanas Consorciadas
ZVer-1 Assegurar que os condomínios tenham projetos para o uso Gabarito Máximo: 20 andares (contando garagem
será incentivada a construção de condomínios > Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
racional e sustentável dos recursos naturais subterrânea)
verticais de alto gabarito (residenciais ou de > Transferência do Direito de Construir
serviços) Promover a manutenção da qualidade ambiental mesmo com a > Outorga Onerosa do Direito de Construir
verticalização

Incentivar a instalação de condomínios verticais de gabatiro


médio nestas porções do território > Parcelamento, Edificação ou Utilização
Áreas localizadas às margens de Vias Garantir a mobilidade e o bom fluxo de veículos nas vias Compulsória
Estruturais ou Vias Expressas Regionais, que adjacentes, por meio de planos de melhorias viárias > IPTU Progressivo no Tempo
TO = 70% (até 02 pavimentos)
comportam aumento de fluxo de automóveis > Direito de Preempção
ZONA DE VERTICALIZAÇÃO 2 - Assegurar que os condomínios tenham projetos para o uso TO =60% (mais que 02 pavimentos)
gerado pela verticalização da ocupação, onde > Operações Urbanas Consorciadas
ZVer-2 racional e sustentável dos recursos naturais Gabarito Máximo: 10 andares (contando garagem
será incentivada a construção de condomínios > Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV
Promover a manutenção da qualidade ambiental mesmo com a subterrânea)
verticais de médio gabarito (residenciais ou de > Transferência do Direito de Construir
serviços) verticalização > Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS
Incentivar a instalação de hotéis e empreendimentos de > Outorga Onerosa do Direito de Construir
convenções nesta região

21
QUADRO 3 - ZONEAMENTO DA ÁREA MUNICIPAL INSERIDA NA APA DO DESCOBERTO
ZONAS CARACTERÍSTICAS DIRETRIZES USOS PERMITIDOS USOS PROIBIDOS

Assegurar a sustentabilidade dos recursos hídricos da APA Bacia > A realização de atividades degradadoras ou
do Rio Descoberto > Sistemas agroecológicos e agroflorestais;
potencialmente causadoras de degradação
> Criação de Reserva Legal contíguas às áreas já
existentes conservadas e outras Reservas Legais
ambiental;
instituídas; > Desmatamento, desflorestamento e aterros;
Assegurar a proteção dos mananciais formadores do lago
resultante do barramento do Rio Descoberto > Práticas de manejo e conservação do solo e > Construção de edificações, exceto as destinadas
prevenção de erosão; à realização de pesquisas, ao monitoramento e
Esta zona foi determinada sobre áreas onde a > Recuperação de mata ciliar; controle ambiental e à implantação de infraestrutura
Vegetação de Cerrado ainda encontra-se em Proteger remanescentes de Cerrado e seus ecossistemas > Banco genético: coleta de sementes/germoplasma de ecoturismo tais como pontos de observação de
bom estado de conservação. Esta zona será associados para recuperação de áreas alteradas; fauna e flora, trilhas e passarelas para caminhadas;
formada por áreas que possuem atributos > Pesquisa científica (biológica, ecológica e > A realização de obras de terraplenagem e a
ZONA DE CONSERVAÇÃO
naturais, tais como remanescentes de vegetação arqueológica); abertura de canais, exceto as destinadas a
(APA-ZC) Assegurar o fluxo e conectividade gênica
nativa e nascentes, cumprindo a função natural > Educação ambiental; implantação de infraestrutura básicas de interesse
de bancos genéticos e conectores gênicos, > As Reservas Legais instituídas pelo IBRAM e pelo social;
preferencialmente indicadas para a formação de CAR que forem criadas serão automaticamente > A implantação de atividades potencialmente
corredores ecológicos Reduzir o processo de assoreamento do lago do Descoberto inseridas nas normas deste zoneamento; poluidoras capazes de afetar a qualidade da água;
> Implantação de atividades de ecoturismo tais como > Lançamento de resíduos sólidos e efluentes fora
pontos de observação de fauna e flora, trilhas e
dos padrões aceitáveis para atingir os objetivos de
passarelas para caminhadas;
qualidade da água dos rios, ribeirões e do lago do
> Construção de infraestrutura para o
Constituir-se em área prioritária para implantação de projetos de desenvolvimento de atividades agrícolas desde que
Descoberto;
revegetação e recuperação de áreas degradadas > Uso de agrotóxicos e biocidas;
devidamente licenciadas.
> Criação de suinocultura e avicultura;

Preservar processos ecológicos fundamentais como recarga e


Esta zona corresponde às regiões onde ocorreu Fica proibido todo e qualquer desmembramento e/ou
proteção de aqüíferos,
parcelamento irregular do solo, com parcelamento das ocupações/propriedades
o que exige cuidados rigorosos com a implantação de redes de Devem ser asseguradas as condições necessárias
característica de difícil reversibilidade, que, no inseridas nesta zona;
ZONEAMENTO

coleta e tratamento de para as propriedades rurais inseridas nessa zona


entanto, ainda apresentam baixa densidade esgotos sanitários > Fica proibido o desenvolvimento de atividades
manterem sua viabilidade produtiva corroborando
populacional. industriais.
os objetivos desta Zona.
A Zona de Contenção do Adensamento Humano > Parcelamento do solo em frações inferiores ao
é composta por áreas rurais, segundo a permitido nessa zona;
> Para regularização das ocupações\propriedades
classificação do PDOT – DF 2012. Esta zona > Implantação de loteamentos urbanos;
Incentivar o desenvolvimento de atividades agrícolas que inseridas nesta zona, além dos procedimentos e
deve ser tratada como área prioritária para ações > Empreendimentos que não apresentem relação
otimizem o uso dos recursos requisitos adotados pelos órgãos fundiários e
ZONA DE CONTROLE DO de regularização, controle e fiscalização visando com os objetivos desta zona;
naturais; aqueles definidos nas Normas Gerais deste
ADENSAMENTO HUMANO garantir as características (rurais) definidas neste > Atividades que alterem e descaracterizem a
instrumento, será exigido:
(APA-ZCU) instrumento para implantação de soluções paisagem rural;
- Sistema de drenagem e infiltração das águas
adequadas de saneamento, estruturas de > Comércio, indústria e serviços de médio e grande
pluviais por lote;
contenção de erosão e proteção dos recursos porte potencialmente poluidores.
- Numa eventual regularização pelo órgão
hídricos. > Uso de agrotóxicos e biocidas em desacordo com
competente o tamanho mínimo dos lotes já
As áreas desta Zona são consideradas segundo as normas ou recomendações técnicas oficiais.
Impedir a continuidade do processo de parcelamento irregular do parcelados de 800 m2, ficando proibida a
os estudos do ZEE-DF, como altamente > A atividade de suinocultura em escala comercial.
solo, fixando regularização de lotes de tamanho inferior;
vulneráveis à contaminação do subsolo,
módulos mínimos que mantenham baixos níveis de densidade - Área permeável de no mínimo 50% do terreno
nascentes e cursos d'água, em função das populacional; > Deposição final de efluentes não tratados,
para lotes entre 800 e 2000 m2.
fraturas e dos solos profundos e permeáveis, em resíduos sólidos e lavagem de embalagens
áreas planas de agrotóxicos.

A Zona Urbana consolidada deve observar, em seus


A Zona Urbana Consolidada deve seguir as instrumentos normativos, princípios de drenagem sustentável e
determinações urbanísticas dos Planos Diretores sistemas de recarga de aqüífero no interior das unidades A impermeabilização dessas áreas, em função de
locais / Distritais, Leis de usos e ocupação do imobiliárias conforme especificidade residencial / comercial / ocupações urbanas ou de grandes
ZONAURBANA CONSOLIDADA solo e afins, desde que industrial; empreendimentos, deve ser feita com restrições,
Fica impedida a criação de novas áreas urbanas no
essas respeitem os princípios e normas gerais adotando padrões de uso e ocupação do solo que
interior da APARD
(APA-ZUC) definidos no zoneamento da APA, mantenham áreas de recarga de aquíferos, por meio
O lançamento de águas pluviais provenientes das Zonas urbanas
notadamente quanto aos cuidados relacionados de infiltração de águas pluviais em altos índices de
consolidadas no interior da APARD deve passar pelo rito de
ao uso sustentável do solo, com vistas a garantir permeabilidade e baixas taxas de ocupação.
licenciamento ambiental, ouvida APARD e seu conselho consultivo
a integridade dos recursos hídricos.
Delimitar a expansão urbana.

22
QUADRO 3 - ZONEAMENTO DA ÁREA MUNICIPAL INSERIDA NA APA DO DESCOBERTO
ZONAS CARACTERÍSTICAS DIRETRIZES USOS PERMITIDOS USOS PROIBIDOS

Constituído predominantemente de lotes com


ZONA DE USO RURAL 2
área > Possibilitar o desenvolvimento econômico rural local e regional;
(APA-ZURC-2)
entre 5 a 10 hectares > Reduzir os impactos sobre os mananciais hídricos e sobre a
biodiversidade do Cerrado;
> Promover o desenvolvimento rural sustentável, respeitando os
processos de recarga de aquíferos e adotando práticas de
conservação do solo; Taxas de impermeabilização:
>Promover condições para a implantação de projetos - Zona de Uso Rural 2 – até 10%;
sustentáveis; - Zona de Uso Rural 3 – até 10%;
> Assegurar o uso racional do solo e dos recursos naturais; - Zona de Uso Rural Especial – 15%
> Adequar ambientalmente as propriedades; - para estrutura de impermeabilização
>Manter a fração mínima determinada para cada zona.; temporária (estufas e pisciculturas): até 65% de
>As atividades produtivas obedecerão as orientações técnicas de impermeabilização total
Constituído predominantemente de lotes com
ZONA DE USO RURAL 3 uso e conservação do solo (curvas de nível, terraços, baciões...); na propriedade, incluída a impermeabilização perene;
área
(APA-ZURC-3) >A implantação de estruturas (Casa, galpão, estufa, estradas, - para propriedades rurais com atividades de turismo
maior que 10 hectares
quadra esportiva, entre outras) que configurem rural será de:
impermeabilização perene ou temporária devem ser dotadas de - Zona Uso Rural 2 – até 10%;
tecnologias que garantam a drenagem, com solução de - Zona Uso Rural 3 – até 10%; > Parcelamento do solo em frações inferiores ao
infiltração das águas pluviais no interior da propriedade em - Zona de Uso Rural Especial – 30%. permitido nessa zona;
questão conforme as características de cada solo; > Implantação de loteamentos urbanos;
>As estradas rurais devem ser dotadas de drenos conectados a > Irrigação; > Empreendimentos que não apresentem relação
bacias de contenção de águas pluviais para evitar erosão e > Uso do adubo orgânico oriundo de resíduos com os objetivos desta zona;
aumentar a infiltração no lençol freático. Fica sob urbanos desde que a compostagem seja proveniente > Atividades que alterem e descaracterizem a
responsabilidade do poder público (DER, administração regional de sistemas seletivos de coleta;
ZONEAMENTO

paisagem rural;
e municípios) a implantação e manutenção dos drenos e bacias, > Agricultura e pecuária de acordo com as normas e
> Comércio, indústria e serviços de médio e grande
não sendo facultado aos proprietários/ocupantes impedir sua recomendações técnicas oficiais,
porte potencialmente poluidores.
realização; preferencialmente em sistemas sustentáveis;
> Uso de agrotóxicos e biocidas em desacordo com
>As estradas rurais no interior das propriedades devem ser > Implementação de infraestrutura para ecoturismo
dotadas das estruturas (drenos, bigodes, bacias de contenção (pousadas, camping, restaurantes, lojas de souvenir,
as normas ou recomendações técnicas oficiais.
de águas pluviais...) necessárias para evitar erosão e aumentar a bares, trilhas, passarelas e mirantes); > A atividade de suinocultura em escala comercial.
infiltração no lençol freático; > Piscicultura integrando sistemas sustentáveis de > Instalação e funcionamento de abatedouros.
> No que se refere ao tamanho das propriedades rurais, fica produção e nos demais casos desde que > Deposição final de efluentes não tratados,
reconhecido o módulo mínimo rural de 5 hectares, considerando: devidamente outorgado, licenciado ou com resíduos sólidos e lavagem de embalagens de
-Não poderá haver parcelamento ou subdivisões dos lotes em Declaração de Conformidade de Atividade agrotóxicos.
frações inferiores a 5 hectares. Agropecuária (DCAA); > Não serão regularizadas propriedades nesta zona
-Para as áreas definidas neste zoneamento onde as parcelas > Extrativismo atendendo as normas técnicas; (segmento) que não desenvolvam atividades rurais.
rurais apresentem áreas inferiores ao módulo mínimo > Hidroponia desde que haja o tratamento correto da
Constituído predominante de propriedades com estabelecido (5 hectares) a regularização seguirá regras água dos plantios a serem descartadas nos corpos
ZONA DE USO RURAL
lotes menores de 2 hectares, porém, são específicas definidas pelo órgão titular da terra com aprovação d´água, bem como a adequação das infraestruturas
ESPECIAL do ICMBIO/APARD, ouvido o seu Conselho Consultivo. para evitar o assoreamento do solo;
propriedades produtivas com características
(APA-ZURE) - Fica determinado que no processo de regularização fundiária
agrícolas.
das propriedades com tamanho inferiores a 5 hectares, em > Equipamentos públicos, desde que respeitado os
desacordo ao módulo mínimo estabelecido, serão contempladas seguintes itens:
as medidas corretivas, preventivas e mitigadoras de impactos - sistema de coleta e tratamento de esgotos;
porventura já existentes ou potenciais, bem como a adoção de - sistema de vias públicas com sistema de recarga
medidas compensatórias e a de aqüífero;
recuperação de áreas degradadas, conforme indicar a legislação - plano de gestão de resíduos sólidos.
vigente, este Plano de Manejo e a Administração da Unidade.
> Qualquer parcelamento de solo ou subdivisão de propriedades
que implique em adensamento populacional deve ser submetido
ao processo de licenciamento ambiental com anuência do
ICMBIO/APARD, ouvido o seu Conselho Consultivo.

23
E- GESTÃO PÚBLICA DIRETRIZ E.2
Promover a integração dos órgãos da Administração Local. A falta de integração entre as políticas

O Plano Diretor de águas Lindas de Goiás identificou as principais intervenções e diretrizes de ação e ações desenvolvidas pelos órgãos da administração de Águas Lindas de Goiás foi apontada, nas

capazes de assegurar para seus habitantes a melhoria da qualidade de vida, com desenvolvimento oficinas participativas, como um dos principais entraves da Gestão Municipal.

econômico e sustentável. A execução das propostas depende da eficiência do Governo Municipal para
articular as políticas urbanas de forma integrada e atender de forma democrática as demandas da AÇÕES
população – demandas estas que estão contempladas neste Plano, após as várias oficinas realizadas. O • Institucionalização do processo de Planejamento, promovendo a coordenação e articulação das
Plano Diretor é só o início de um processo de planejamento que só funcionará com a articulação e políticas e ações do governo compatibilizando-as com os anseios da sociedade, na busca de
comprometimento de todas as instâncias do governo municipal. decisões mais adequadas.
A Gestão Pública de Águas Lindas de Goiás, no âmbito do desenvolvimento do Município, não vem
dando respostas positivas aos anseios da comunidade, uma vez que sua atuação tem se pautado pela
DIRETRIZ E.3
inexistência de um processo de planejamento, e sem a participação da comunidade nas decisões de
Instituir mecanismos para uma Gestão Democrática, com maior participação da sociedade nas
governo. Além disto, o aparato Institucional presente no Município não reflete as necessidades e as
ações de governo.
transformações que deverão ocorrer na cidade, que demandam intervenções imediatas e precisas para
encontrar soluções para seus problemas.
As Leituras Técnica e Comunitária apontaram a necessidade de melhorar os canais de comunicação
Uma Gestão Pública eficiente se traduz na ferramenta que viabiliza um governo moderno. Nesta
entre o Executivo e a Comunidade.
perspectiva, foram concebidas diretrizes, programas, projetos e ações com o objetivo de construir uma
Democratizar o Governo e a Gestão Pública implica na construção de um consenso entre diferentes
Gestão Pública Democrática, apoiada em um processo de Planejamento que contemple a promoção do
grupos sociais articulando e negociando suas necessidades, demandas, interesses e aspirações.
Desenvolvimento sustentável do Município de Águas Lindas de Goiás, associada à oferta de serviços
públicos de qualidade. Abaixo seguem algumas diretrizes que podem auxiliar o governo do município a
AÇÕES
aprimorar a Gestão Pública Municipal, e logo em seguida, uma tabela contendo as ações propostas para
• Institucionalizar o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano constituído por entidades
cada diretriz.
representativas da sociedade e comunidades de bairros para dar continuidade aos trabalhos de
implantação do Plano Diretor Participativo, seu monitoramento e avaliação, além de opinar sobre

DIRETRIZ E.1 a ocupação do território Municipal;


Conceber um processo de Planejamento com o objetivo de implantar, monitorar e avaliar o Plano • Promover a criação de mecanismos que ampliem os canais de comunicação entre o executivo
Diretor Participativo do Município. A gestão municipal deve passar a instituir o processo de Municipal e a comunidade, através da participação dos Conselhos Municipais, Entidades
Planejamento como prática de governo, criando condições e Mecanismos para sua implementação, Profissionais, Sindicais e Empresariais, funcionalmente vinculadas ao desenvolvimento urbano da
avaliação e monitoramento cidade, e as Associações de Bairros, viabilizando a prática de um governo mais democrático;
• Criar um Programa de conscientização da população quanto a necessidade do pagamento do
IPTU, para a realização de melhorias na cidade, demonstrando a aplicação desses recursos de forma
concreta;

24
DIRETRIZ E.4 O papel principal da máquina administrativa é coordenar a implantação do Plano, buscando
Otimizar a oferta de serviços públicos. viabilizar e executar os projetos necessários para a cidade e apontados neste documento.
Embora a legislação urbanística de Águas Lindas de Goiás estabeleça critérios para a gestão
A oferta de serviços públicos com qualidade foi também um problema apontado pelo Núcleo
municipal, muitos são os problemas evidenciados, apontando que esta legislação precisa ser revista e
Gestor e Leitura Comunitária. Para minimizar esta questão o Plano Diretor Participativo de Águas Lindas
reavaliada. Muitos impasses administrativos se dão na maioria das vezes pelos conflitos da legislação
de Goiás priorizou dois aspectos fundamentais: investimentos em recursos humanos e o estabelecimento
urbanística que é falha, pela evasão de receitas, pela desatualização da planta de valores e de um cadastro
de parcerias entre o Município e a sociedade civil, pois o Poder Público sozinho, não é mais capaz de
imobiliário incompleto e deficiente, fragilizando a máquina administrativa e impedindo que o município
enfrentar seus desafios.
faça um gerenciamento apropriado da região.
Para solucionar os problemas de gestão urbana e para que a Prefeitura siga o que foi estabelecido
AÇÕES
por lei, pelo Plano Diretor, concebido com bases na sustentabilidade, foram propostas as seguintes ações:
• Criar programa de Qualificação Técnica do servidor público, nas diversas áreas da Prefeitura
Municipal de Águas Lindas de Goiás, visando a maior eficiência e qualidade dos serviços prestados à
AÇÕES
comunidade;
• Revisar a legislação existente, elaborando novas leis, que regulam a expansão urbana, a
• Capacitar e instrumentar a administração local, para melhor gerenciamento das necessidades locais
mobilidade e acessibilidade;
e um atendimento mais rápido e adequado no cumprimento das leis e recomendações urbanas e
• Mudar a estrutura administrativa da cidade, para que o poder público tenha mais foco nas ações
ambientais, para isto deve-se ampliar o quadro técnico com a realização de concursos públicos,
propostas, fazendo com que os resultados sejam melhor alcançados, de maneira mais rápida.
selecionando pessoal realmente capacitado.
• Reformar o quadro de secretarias, diretorias e coordenadorias. Esta ação merece uma melhor
• Instituir e implantar, em parceria com a iniciativa privada (comércio/empresas), programa de
explanação.
implantação conservação dos bens e logradouros públicos;
A reforma na administração acontece pela criação de secretarias, diretorias e coordenadorias
• Implantar a prática de parcerias pública e privada (PPP);
conforme as maiores necessidades e urgências administrativas. No caso de Águas Lindas de Goiás apontam
• Criar mecanismos que garantam a implantação de infraestrutura nos bairros já consolidados,
para criação, elaboração e implantação de políticas habitacionais, programas de desenvolvimento
priorizando os de população com menor renda;
econômico, de preservação e controle ambiental e obras de infraestrutura urbana, com foco no
• Criar programa de esclarecimento e valorização da cidade, visando angariar a colaboração da
saneamento ambiental e na requalificação viária. Estas secretarias são as que precisam de maiores
população na implantação de políticas de limpeza, conservação do espaço público, diminuição da
recursos para melhorar o quadro de deficiência de Águas Lindas de Goiás.
poluição sonora e visual da cidade.
• Implantar uma política habitacional, que garanta o direito constitucional a moradia e a
distribuição democrática e acessível do solo urbano. Moradias com boas infraestruturas principalmente
DIRETRIZ E.5
sanitárias, para a melhoria da qualidade de vida e da saúde da população é fator prioritário no município.
Capacitar e instrumentar a administração local para gerir o Plano Diretor.
• Estimular a vinda de fábricas de transformação de alimentos para o município, melhorando a
renda da população e arrecadação municipal.
Um Plano Diretor define como Gestão Municipal, o conjunto de instituições, normas e meios que
• Empenhar esforços na busca de grandes empreendimentos para o município, como: o Projeto do
organizam institucionalmente as ações voltadas para o desenvolvimento urbano e territorial, integrando
porto fluvial, o novo acesso para a BR-349, a instalação de instituições de ensino de graduação e ou escolas
as políticas programas e projetos setoriais afins.
agrícolas, etc;

25
CENÁRIO FUTURO DESEJADO
Com a implantação do Plano Diretor Participativo de Águas Lindas de Goiás pretende-se alcançar
uma Gestão Pública planejada, participativa e eficiente, concebida através da integração de dois princípios
fundamentais: o Planejamento e a Cidadania. (Gestão Planejada e Compartilhada).
O planejamento Municipal, entendido como um processo dinâmico, articulador e coordenador das
políticas da administração com os interesses da sociedade, além de se constituir no instrumento que
possibilita a implantação dos planos, programas, projetos e ações indutores e controladores do
desenvolvimento urbano, alicerçado na organização institucional e administrativa do poder local.
Quanto à cidadania, pressupõe a garantia do direito à maior participação possível dos cidadãos no
processo decisório, obtendo o consentimento, a adesão ou a colaboração concreta na implementação das
decisões e ações governamentais.

26
ANEXOS:

1 – MAPA DE MACROZONEAMENTO

2 – MAPA DE ZONEAMENTO

3 – TABELA DE INCOMODIDADES

4 – MAPAS DE DIAGNÓSTICO

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