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Culminação I
Discente Orientadora
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Resultados i. Sinopse
1.
1. A casca de mafurra favorece o crescimento de cogumelos comestíveis
Hipoteses
nativos de Moçambique;
A mafurra é um fruto muito usada como alimento e para extracção e uso do seu
Problema
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1. Introdução
Os cogumelos são conhecidos pela Humanidade desde os primórdios da sua história, seja
pela sua toxicidade, que causa muitas vezes acidentes fatais, seja pelas suas propriedades
nutracêuticas (nutricionais e medicinais), tornando-os usados e “venerados” por muitas
culturas (Urben, 2017).
O cultivo de cogumelos para a alimentação e medicina é cada vez mais popular em todo o
mundo, incluindo em África. Contudo, o ritmo do progresso em África é lento. A África
constitui pelo menos 25% da biodiversidade total de cogumelos em todo o mundo, mas
contribui com apenas 0,4% do total de vendas de cogumelos e de novos produtos de
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cogumelos no mercado global. A capacidade de produção de cogumelos da África
Subsaariana é proporcionalmente mínima em comparação com a da América Latina, China e
Europa. A principal barreira ao cultivo e produção de cogumelos em África é a dependência
de importação de sementes de cogumelos exóticos (Anchang, 2014). Até à data, a maioria das
espécies de cogumelos ainda são colhidas na Natureza durante as épocas em que estão
disponíveis (Mlambo e Maphosa, 2022; Sileshi et al. 2023). O sector de cogumelos em
África é caracterizado pela falta de infra-estruturas, apoio técnico, escassez de cientistas de
cogumelos e fraco conhecimento da diversidade dos cogumelos (Anchang, 2014).
1.1. Problema
Nos processos de aproveitamento dos frutos da mafurreira (Trichilia emética) como alimento
directo, ou para a extracção do seu óleo, a casca da mafurra é descartada, tornando-se mais
um resíduo sólido no meio ambiente. Sendo a casca da mafurra um resíduo de origem
vegetal, é viável o seu uso como um substrato para o crescimento de cogumelos?
1.2. Justificativa
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2. Objectivos
2.1. Objectivo geral
Cultivar cogumelos num substrato elaborado à base da casca de mafurra.
3. Área de estudo
4.Metodologia
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4.1.Material e reagentes Equipamento
- Pinça; - Estufa
- Papelão
- Canetas de feltro
- Gaze
- Esguinchos
- Álcool a 70%
- Campânula de vidro
- Papel de alumínio
- Agua destilada
- Dextrose
- Grãos de sorgo
- Resíduos de cana
- Farelo de sorgo
- Termómetros
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4.2. Desenho experimental
Preparação do Esporos do
meio BDA cogumelo
Inoculação
Autoclavagem
do meio
Inoculação
Grão inoculado
Incubação
Spawn
Fig. 1. Preparação do Spawn.
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Para a formulação do meio BDA, serão cozidos 200g de batata inglesa em 1L de água
destilada por 10 ou 15 minutos e à infusão resultante será acrescentada água destilada para
perfazer 1L. Depois, 17g de dextrose e 17g de Ágar serão adicionados ao extracto de batata e
aquecidos em Banho-Maria para dissolver os reagentes em pó (Urben e Oliveira, 2017).
Os grãos de sorgo, já lavados, serão fervidos em água por 8 minutos e depois lavados
antes da autoclavagem a 121⁰ C e pressão de 1 atmosfera em 30 minutos, para o posterior uso
como matriz para a inoculação do micélio do fungo proveniente da cultura pura, um
procedimento que será feito numa câmara de fluxo laminar. A seguir os grãos inoculados,
serão colocados em sacos plásticos de polipropileno e armazenados numa sala escura a 36⁰ C
para a sua colonização pelo micélio durante em torno de 40 dias (Carvalho et al, 2021).
Humedecimento
Ensacamento em sacos de
polipropileno
Esterilização
Incubação
Produção de cogumelos
Os substratos serão distribuídos em três tratamentos: Casca de mafurra, TE; Folhas de feijão
nhemba, VU; e bagaço de Cana-de-açúcar, SO, este último, por ser convencionalmente
usado, será o testemunha. Todos os tratamentos serão suplementados com o farelo de sorgo,
A incubação será feita numa sala escura ou numa caixa de papelão a mais ou menos 25⁰ C,
durante cerca de quatro semanas (Franco et al. 2021). Após a colonização, os substratos serão
dispostos a temperatura ambiente ~25° C e humidade acima de 80% para o início da
frutificação (Carvalho et al. 2021). Após a esterilização, será colhida uma amostra por cada
tratamento, para a avaliação do teor de Nitrogénio; matéria orgânica; carbono; humidade
;relação C/N e PH (Franco et al. 2021), no Laboratório do Departamento de Química da
Universidade Eduardo Mondlane .
Para a análise de dados, todos os cogumelos de cada unidade experimental serão pesados
assepticamente e quantificados para o cálculo da Eficiência Biológica (EB) e
Percentagem da produtividade (P) (Carvalho et al. 2021).
EB (%) = Massa fresca dos cogumelos (g) / Peso seco do substrato inicial (g)× 100
P (%) = Massa fresca dos cogumelos (g) / peso húmido do substrato inicial (g) × 100
4.4.Orçamento
As deslocações poderão custar 12 000. 00 Mt, o que inclui o custo das viagens de ida e
regresso e as despesas de hospedagem, pelo que, o custo total será de 16 050. 00 Mt.
4.5. Cronograma
Este estudo poderá durar aproximadamente oito (8) meses e as fases para a sua
realização constam na tabela abaixo:
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Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Actividade
Revisão X X X X X X X
bibliográfica
Colheita de X X X
material
Preparação X X
do Spawn
Cultivo de X X
cogumelos
resultados X
Elaboração X
do relatório
Submissão do X
relatório
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5. Referências bibliográficas
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