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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÓMICAS

Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura


(Daucus carota L.), Variedade Kuroda, nas condições Agro-
ecológicas de Mapupulo.

Autor: Miminho Cornélio

Cuamba, Novembro de 2021


AVALIAÇÃO DO EFEITO DE BIOFERTILIZANTES NO
RENDIMENTO DA CENOURA (Daucus carota L.), VARIEDADE
KURODA, NAS CONDIÇÕES AGRO-ECOLÓGICAS DE
MAPUPULO

AUTOR: MIMINHO CORNÉLIO

O presente trabalho é submetido a


Universidade Católica de Moçambique,
Faculdade de Ciências Agronómicas,
como condição parcial para a obtenção
de grau de Licenciatura em Ciências
Agrárias.

Supervisor: Eng°. Banú Belmiro Irénio, MSc

Co-supervisor: Eng°. Paulo Xavier Tebulo, MSc

Cuamba, Novembro de 2021


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura (Daucus carota
202
L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas de Mapupulo 1

Declaração de honra
Eu, Miminho Cornélio, declaro por minha honra que o presente trabalho de
Monografia para obtenção de grau de licenciatura em Ciências Agrárias, intitulado
Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura (Daucus carota
L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas de Montepuez, é o fruto do
trabalho de campo e de pesquisa literária onde toda informação é referente a dados,
tabelas e gráficos com excepção das referências bibliográficas são da minha autoria e
nunca foi submetido para obtenção de qualquer grau superior nesta ou em qualquer outra
instituição de ensino.

Cuamba, Novembro de 2021

O autor

______________________________________________________

(Miminho Cornélio)

Autor: Miminho Cornélio Pág. 3


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Dedicatória
Em memória do meu avô António Coelho, a minha avó Fátima e ao meu irmão Chabú
Cornelio, que não poderá presenciar o momento tão especial da minha vida.

A minha mãe Elisa António Coelho, meu Pai Cornélio Seta, dedico.

Aos meus irmãos que dou o meu maior apreço. Chabane Cornélio, Mário Cornélio,
Noémia Cornélio. Chabia Cornélio, Chabu Cornélio, Chababe Cornélio, Irene Cornélio,
Osvaldo Cornélio, Chabina Cornélio, Diamantino Cornélio, Femida Cornélio, Neyma
Cornélio e Wiliamo Cornélio. Pelo incentivo, apoio que e carinho que cada um
depositou em mim, que propiciam minha realização, felicidade e por ser o que são.

Autor: Miminho Cornélio Pág. 4


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Agradecimento
A Deus todo-poderoso, pela vida, pela saúde, pela fé e de todas bênções que tem
proporcionado.

Aos meus pais Cornélio Seta e Elisa António Coelho, em especial pelo seu apoio moral,
financeiro, psicológico, pelo todo encorajamento e seu amor incondicional.

Ao Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), particularmente o Centro


de Investigação Agrária de Mapupulo (CIAM) por me ter dado a oportunidade de
trabalhar em campos de produção.

Ao meu supervisor Eng°. Banú Belmiro Irénio pela compressão, paciência, pelo
conhecimento depositado no decorrer do período do estágio e por estar presente sempre
que necessário.

A UCM˗ Faculdade de Ciências Agronómicas por leccionar o curso de Licenciatura em


ciências agrárias e ao corpo docente da faculdade de agricultura, pelos ensinamentos.

Ao meu colega estagiário: Jorge Duarte Cossa pelo convívio e troca de experiencia
durante a execução das actividades.

Aos meus irmãos que dou o meu maior apreço. Chabane Cornélio, Mário Cornélio,
Noémia Cornélio. Chabia Cornélio, Chabu Cornélio, Chababe Cornélio, Irene Cornélio,
Osvaldo Cornélio, Chabina Cornélio, Diamantino Cornélio, Femida Cornélio, Neyma
Cornélio e Wiliamo Cornélio. Pelo incentivo, apoio que e carinho que cada um
depositou em mim, que propiciam minha realização, felicidade e por ser o que são.

Aos meus amigos: Tendai Makuakua, Vicente Sumail Daimo, Edmiro António,
Florêncio Juvencio, Luciano Adolfo José, Marcelino Amisse Albano e Rajabali
Aquimo. Um especial agradecimento vai para minha querida amada Rabia Mussa
Alberto.

A todos que não pude mencionar irmãos e amigos presentes em todos momentos, que
directa e indirectamente sempre me deram moral forca e vontade.

Autor: Miminho Cornélio Pág. 5


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Autor: Miminho Cornélio Pág. 6


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Resumo
O presente trabalho intitulado do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura
(Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas condições agro-eológicas de Mapupulo,
realizou-se na campanha 2021/2022, entre Marco a Setembro, nos Campus da IIAM-
CIAM, Mapupulo, região norte de Moçambique. Para o efeito, foi usado Delineamento
de Blocos Completamente Casualizados (DBCC), com quatro (3) repetições/blocos e dez
(10) tratamentos num esquema monofactorial, distribuídos em 30 parcelas. Para a
concretização do estudo, foram determinados os seguintes dados como: Índice de
velocidade de germinação, germinação, densidade inicial e final, comprimento da raiz,
diâmetro da raiz, peso da raiz, rendimento em kg/ha, posteriormente amansados a análise
de variância(ANOVA) e teste de Tukey a nível de 5% de significância no pacote R-
Studion. Factor este que fez com que, fosse viável recomendar para os produtores e os de
mais instituições de pesquisas o uso de biofertilizantes. os resultados das analises feitas
mostraram que existe diferença significativa dos biofertilizantes em relacao aos
tratamentos. Em termos de rendimento, o tratamento que foi usado esterco de cama
aviaria sólido apresentou a maior media em relação aos aos tratamentos aplicados com
esterco bovino e caprino.

Palavras-chave: Cenoura (Daucus carota L.), biofertilizantes

Autor: Miminho Cornélio Pág. 7


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Abstract
The present work entitled the effect of biofertilizers on the yield of Carrot (Daucus carota
L.), variety Kuroda, in the agro-eological conditions of Mapupulo, was carried out in the
2021/2022 campaign, between March and September, on the IIAM-CIAM Campus ,
Mapupulo, northern region of Mozambique. For this purpose, a Completely Randomized
Block Design (DBCC) was used, with four (3) replications/blocks and ten (10) treatments
in a single-factorial scheme, distributed in 30 plots. To carry out the study, the following
data were determined such as: germination speed index, germination, initial and final
density, root length, root diameter, root weight, yield in kg/ha, subsequently tamed by
analysis of variance (ANOVA) and Tukey test at 5% significance level in the R-Studion
package. This factor made it feasible to recommend the use of Biofertilizers to producers
and those from more research institutions. the results of the analyzes carried out showed
that there is a significant difference between biofertilizers in relation to the treatments. In
terms of yield, the treatment that used solid poultry manure had the highest average yield
compared to treatments applied with cattle and goat manure.

Keywords: Carrot (Daucus carota L.), Biofertilizers

Autor: Miminho Cornélio Pág. 8


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Lista de abreviaturas
AF Altura da folha

ANOVA Análise de Variância

CR Comprimento da raiz

CV Coeficiente de Variação

CV(%) Coeficiente de variação

DBCC Delineamento Bloco Completos Casualizado

DF Densidade final

DI Densidade inicial

DR Diâmetro da raiz

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agro-pecuária

FAO Food and Agriculture Organization

G Germinação

IVG Índice de Velocidade de Germinação

MAE Ministério da Administração Estatal

Pr Probabilidade

PR Peso da raiz

Autor: Miminho Cornélio Pág. 9


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Lista de Tabelas
Tabela 1: Codificação dos tratamentos testados..............................................................30
Tabela 2: Esquema de ANOVA para DBCC..................................................................33
Tabela 3: Resultados médios de velocidade de germinação, germinação, densidade
inicial e final....................................................................................................................35
Tabela 4: Resultados médios de diametro da raiz, comprimento da raiz, peso da raiz e
rendimento em kg/ha.......................................................................................................37

Autor: Miminho Cornélio Pág. 10


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Índice

Declaração de honra...........................................................................................................i

Dedicatória........................................................................................................................ii

Agradecimento.................................................................................................................iii

Resumo.............................................................................................................................iv

Abstract..............................................................................................................................v

Lista de abreviaturas.........................................................................................................vi

Lista de Tabelas...............................................................................................................vii

1.0. Introdução...............................................................................................................1

1.1. Problema.................................................................................................................2

1.2. Justificativa.............................................................................................................2

1.4. Objectivos...................................................................................................................3

1.4.1. Geral........................................................................................................................3

1.4.2. Específicos...............................................................................................................3

1.5. Hipóteses....................................................................................................................4

1.5.1. Hipótese nula...........................................................................................................4

1.5.2. Hipótese alternativa.................................................................................................4

Revisão bibliográfica.........................................................................................................5

2.0. Generalidade (Cultura de Cenoura)........................................................................5

2.1. Botânica e situação taxonômica.............................................................................5

2.2. Exigências Edafo-climáticas e Nutricionais...........................................................6

2.2.1. Temperatura........................................................................................................6

2.2.2. Importância Socioeconómica..............................................................................7

2.3. Praticas culturais.....................................................................................................7

2.3.1. Sementeira..........................................................................................................7

2.3.2. Irrigação..............................................................................................................7

Autor: Miminho Cornélio Pág. 11


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2.3.3. Desbaste..............................................................................................................8

2.4. Pragas e doenças da cultura de cenoura.................................................................8

2.4.1. Pragas..................................................................................................................8

Lagartas [Lagarta-rosca (Agrotis spp.); Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda)]..........8

Pulgões ( Dysaphis spp; Cavariella aegopodii).................................................................9

Larvas de Crisomelídeos (Diabrotica speciosa; Diabrotica bivittula; Cerotoma arcuata )9

2.4.2. Principais Doenças e Controle..........................................................................10

Podridão de pré e pós-emergência...................................................................................10

Queima-das-folhas...........................................................................................................10

Podridão das raízes..........................................................................................................11

Nematóides......................................................................................................................11

2.5. Controle de Plantas Daninhas...............................................................................11

2.6. Colheita e Comercialização..................................................................................12

2.7. Fertilizantes Orgânicos Líquidos..........................................................................12

CAPÍTULO III. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................15

3.0. Método......................................................................................................................15

3.1. Descrição do local de estudo....................................................................................15

3.1.1. Localização geográfica da área do estudo.............................................................15

3.1.2. Clima.....................................................................................................................15

3.1.3. Solos......................................................................................................................15

3.1.4. Relevo....................................................................................................................16

3.2. Materiais...................................................................................................................16

3.2.1 Preparação do biofertilizante..................................................................................16

3.2.2. Desenho experimental...........................................................................................16

3.2.3. Codificação............................................................................................................17

3.2.4. Condução do ensaio...............................................................................................17

Autor: Miminho Cornélio Pág. 12


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Demarcação do campo e levantamento das camas......................................................17

Controle de pragas.......................................................................................................20

3.4. Parâmetros a Avaliar................................................................................................20

3.4.1. Índice de Velocidade de Germinação (IVG)..................................................21

3.4.2. Germinação....................................................................................................21

3.4.3. Densidade Inicial (DI)....................................................................................21

3.4.4. Altura da folha................................................................................................21

3.4.5. Densidade final...............................................................................................21

3.4.6. Comprimento do tubérculo................................................................................22

3.4.7. Diâmetro de raiz....................................................................................................22

3.4.8. Peso da raiz........................................................................................................22

3.4.9. Rendimento em kg/ha........................................................................................22

3.5. Análise e processamento dos dados.........................................................................22

3.5.1. O coeficiente de variação (CV%)..........................................................................23

CAPÍTULO IV: ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DOS


RESULTADOS...............................................................................................................24

4.1. Índice de velocidade de germinação.........................................................................24

4.2. Germinação...............................................................................................................25

4.3Altura das folhas.....................................................................................................25

4.4. Densidade inicial......................................................................................................26

4.5. Densidade final.........................................................................................................26

4.6. Diâmetro da raiz.......................................................................................................27

4.7. Comprimento da raiz................................................................................................28

4.8. Peso da raiz...............................................................................................................29

4.9. Rendimento em kg/ha...............................................................................................30

CAPÍTULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO.................................................31

Autor: Miminho Cornélio Pág. 13


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5.1. Conclusão.................................................................................................................31

5.2. Recomendações....................................................................................................32

Referências bibliográficas...............................................................................................33

Autor: Miminho Cornélio Pág. 14


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1.0.

2.0. Introdução
A cultura da cenoura (Daucus carota L), é uma das culturas mais importantes no mundo
das hortaliças mais populares da família das apiáceas, espécie originária da Ásia central
e do Mediterrâneo, também é uma planta de raiz túberosa comestível umas das fontes
vegetais mais ricas em vitamina A, que possui maior valor económico no mundo e o seu
ciclo é de 120 dias, Além do consumo natural é utilizada como matéria-prima para
indústrias processadoras de alimento, que a comercializam na forma de legumes,
alimentos infantis e sopas instantâneas (Filgueira, 2008).

A cenoura é uma hortaliça (raiz) rica em β-caroteno, precursor da vitamina A e em sais


minerais. O emprego de insumos minerais (fertilizantes e agrotóxicos) na cultura da
cenoura é uma prática agrícola que traz resultados satisfatórios de produtividade.
Contudo, deve-se levar em consideração a qualidade final dessa hortaliça (raiz) do
ponto de vista a saúde humana e os efeitos desses insumos no meio ambiente Matos et
al. (2011).

Também de realçar que a adubação orgânica traz como benefícios melhor estruturação
no solo, maior retenção de agua e maior disponibilidade de nutrientes. Outro aspecto
importante na matéria orgânica é a sua capacidade de impedir a formatação de crostas
na superfície do canteiro, proporcionando uma alta resistência à emergência das
plântulas (Aguiar, 2012).

Os biofertilizantes líquidos podem ser aplicados sobre as folhas das plantas e sobre o
solo, tendo a vantagem de serem rapidamente assimilados pelas plantas. A produção de
biofertilizantes ou caldas orgânicas é decorrente do processo de fermentação, ou seja, da
actividade dos microrganismos na decomposição da matéria orgânica e complexação de
nutrientes, o que pode ser obtido com a simples mistura de água e esterco (Santos et al,
2000).

Autor: Miminho Cornélio Pág. 15


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O fornecimento de N, P e K pelos biofertilizantes é de fundamental importância para as


funções fisiológicas das plantas sobre tudo na cultura de cenoura, especialmente N, que
é constituinte de todos os aminoácidos, proteínas, nucleotídeos, entre outros elementos
essenciais as plantas. Outro factor que pode ser levado em consideração é que a
eficiência dos adubos orgânicos é maior no período inicial de aplicação, devido à taxa
de mineralização do N ser maior nos materiais orgânicos (Mueller et al., 2013).

2.1. Problema
Moçambique é um dos países que apresenta condições agroecologias favoráveis para a
produção da cenoura (Daucus carota L). Mas entretanto o rendimento que é obtido pela
comunidade que produz a cultura de cenoura é baixo, pôs deixa cada vez mais a
população fraca em termos económicos, nutricionais e saúde em geral, devido a vários
factores como solo impróprio, erro de fertilização, rega inadequada, adubação não ideal
e danos causados na raiz no momento da colheita (Ecole, 2014).

A produção da cenoura verifica-se em todas épocas do ano, o que nos permite a maior
parte que produz cenoura em todas épocas são os pequenos produtores que fazem esta
actividade como meio de subsistência, pôs a produção é a base de adubos inorgânicos,
sendo assim o adubo inorgânico ex: NPK, pode sair mais carro em relação os adubos
orgânicos (Aguiar, 2012).

A produção orgânica de hortaliças tem mostrado desenvolvimento significante nos


últimos anos em Moçambique. A demanda por alimentos saudáveis, produzidos em
sistemas ecologicamente sustentáveis, tem se tornado cada vez mais realidade no país,
do ponto de vista do consumidor e também por causa da dificuldade dos agricultores
familiares arcarem com os custos elevados dos sistemas agrícolas convencionais, além
dos problemas toxicológicos advindos do mau uso dos agro-tóxicos (Martins, 2008).

É nessa óptica que pretende se estudar " quais efeitos de aplicação de biofertilizantes
como: esterco caprino, esterco bovino e cama de aviário. No rendimento da cultura
da cenoura?

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2.2. Justificativa
Segundo Chitarra & Chitarra (1990) a cenoura é uma raiz que é excelente fonte de
cretinóide, potássio, fibras e antioxidante. Onde os quais proporcionam diversos
benefícios para a saúde humana. A cenoura pode ser consumida crua ou cozida, em
saladas, sopas e refogados. É usada também no preparo do solo, cremes, doces, a parte
folhosa da planta não é comestível pela maioria mas é comestível. Por isso sempre há
necessidade ou importância de continuarmos a produzir esta cultura cenoura como
sendo a base subsistência e também a nossa fonte nutricional.

A agricultura é desenvolvida em bases orgânicas, principalmente por pequenos


produtores fortalece a agricultura familiar, promove a sustentabilidade económica,
ecológica, a protecção do meio ambiente e traz benefícios rentáveis ao produtor.
(Alencar et al 2013).

O biofertilizante é um adubo, considerado como um produto de grande importância para


a agricultura, geralmente líquido, formado pela decomposição de esterco em um
recipiente que pode estar, ou não, em contacto com o ar. O biofertilizante é excelente
fonte de nutrientes para os vegetais, porque apresenta na sua composição elementos que
são essenciais ao desenvolvimento das plantas. O baixo custo é uma das principais
vantagens do seu uso na agricultura. Em geral possui grande diversidade de nutrientes
como nitrogénio, fósforo, potássio e em micro nutrientes (Rosane, 2016).

1.4. Objectivos

1.4.1. Geral
 Avaliar o efeito de biofertilizantes no rendimento da cultura de cenoura nas
condições agro-ecológicas do distrito de Mapupulo.

1.4.2. Específicos
 Comparar as variáveis de crescimento (germinação, índice de velocidade de
germinação, altura das folhas, densidade inicial e final,) nos diferentes
tratamentos;

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 Determinar as variáveis do rendimento (comprimento e diâmetro da raiz,


peso da raiz e rendimento da raiz);
 Determinar o rendimento em kg/ha da cultura de Cenoura.

1.5. Hipóteses

1.5.1. Hipótese nula


 H0։ Todos os biofertilizantes não apresentam efeitos significativos no
rendimento da cultura de cenoura nas condições agro-ecológicas de Mapupulo.

1.5.2. Hipótese alternativa


 H1։ Existe pelo menos um biofertilizante apresenta efeitos significativos no
rendimento da cultura da cenoura nas condições agro-ecológicas de Mapupulo.

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Revisão bibliográfica

3.0. Generalidade (Cultura de Cenoura)

A cenoura (Daucus carota L.), pertencente à família Apiaceae, é originária da região


onde se localiza o actual Afeganistão (Filgueira, 2008). Por volta do século VII chegou
à região mediterrânea, tomando gosto pelos europeus que a introduziram nas Américas
com a chegada dos colonizadores.

A cenoura possui ciclo de colheita de 85 – 120 dias e tem uma produtividade média de
30 ton/ha, segundo dados fornecidos por Matos et al. (2011). Essa hortaliça de porte
herbáceo possui raízes tuberosas aprumadas que reserva principalmente açúcares,
diferentemente de outras olerícolas de raízes comestíveis, como o inhame, que reserva
insulina (Aguiar, 2012).

3.1. Botânica e situação taxonómica

A cenoura (Daucus carota L.) é uma dicotiledônea pertencente à Ordem Apiales e a


Família Apiaceae. Apresenta uma raiz tuberosa, intumescida e repta sem ramificações,
tendo como principais características a coloração intensa e elevada concentração de
açúcares. Estas características são singulares, pois geralmente estão associadas às partes
da planta que tem contacto directo com a luz. A principal explicação para este fenómeno
está em que, originalmente, é uma planta bianual, sendo, portanto, estratégico, concentrar
e guardar na raiz, os metabólicos assimilados (açúcares, proteínas, vitaminas), que
servirão como reserva e nutrição na fase posterior que é a reprodutiva (Chitarra &
Chitarra, 1990).

Apresenta folhas compostas alternadas ou basais e pecíolos dilatados que abraçam o


caule na altura dos nós. As flores são pequenas, dispostas em umbelas compostas,
regulares, epígeas, pentâmeras, com sépalas muito pequenas, contendo cinco estames
que são alternados com as pétalas. O pistilo é único formado de dois carpelos unidos,

Autor: Miminho Cornélio Pág. 19


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com dois estilos e um ovário inferior formado de duas células, que amadurecem gerando
dois frutos pequenos com uma semente cada, sendo cada fruto chamado de mericarpo e
o conjunto de esquizocarpo. A família Apiaceae compreende cerca de 200 gêneros e
cerca de 3.000 espécies, encontradas principalmente nas regiões temperadas e nas
montanhas das regiões tropicais (Embrapa, 1984).

O caule não é perceptível, estando situado no ponto de inserção das folhas, na parte
superior da raiz, parte esta que fica exposta ao sol. O ciclo de vida da cenoura abrange
uma fase vegetativa, formação da raiz, e a fase reprodutiva, com emissão do pendão
floral, o qual termina com uma inflorescência do tipo umbela. O pendão floral apresenta
ramificações que também terminam em inflorescências, para passarem da primeira para
a segunda fase (que apenas interessa na produção de sementes, ou melhoramento
vegetal), a cenoura necessita de um choque de frio e fotoperíodos longos (Embrapa,
1984).

3.2. Exigências Edafo-climáticas e Nutricionais

Segundo Tivelli et al. (2011), os tipos de solo mais indicados para o cultivo de olerícolas
tuberosas são, no geral, os areno-argilosos ou argilo-arenosos, devendo ser friáveis e bem
drenados, pois em solos muito argilosos as raízes podem ficar deformadas em razão da
maior dificuldade em se aprofundar. De acordo com Filgueira (2008), o crescimento da
cenoura é muito influenciado pelas condições climáticas da região. A cultura da cenoura
é extremamente exigente em água, em todo seu ciclo produtivo, já que a qualidade e a
produtividade das raízes são influenciadas pelas condições de humidade do solo (Matos
et al., 2011).

O pH do solo para o cultivo da cenoura e da beterraba deve estar em torno de 6,5. A


elevação exagerada do pH pode causar reduções na produção, por diminuir a
disponibilidade de micro-nutrientes, tais como boro, cobre, ferro, manganês e zinco
(Vieira, Pessoa e Makishima, 2008).

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3.2.1. Temperatura
A temperatura é o factor climático mais importante para a produção de raízes.
Temperaturas de 10 a 15ºC favorecem o alongamento das raízes e o desenvolvimento de
coloração característica, ao passo que temperaturas superiores a 21ºC estimulam a

formação de raízes curtas e de coloração deficiente. Existem cultivares que formam boas
raízes sob temperaturas de 18 a 25ºC. Acima de 30ºC, a planta tem o ciclo vegetativo
reduzido, o que afecta o desenvolvimento das raízes e a produtividade. Temperaturas
baixas associadas a dias longos induzem o florescimento precoce, principalmente
daquelas cultivares que foram desenvolvidas para plantio em épocas quentes do ano.
(Vieira, Pessoa e Makishima, 2008).

A germinação das sementes ocorre sob temperaturas de 8 a 35ºC, sendo que a velocidade
e a uniformidade de germinação variam com a temperatura dentro destes limites. A faixa
ideal para uma germinação rápida e uniforme é de 20 a 30 ºC, dando-se a emergência de
7 a 10 dias após a sementeira. A alta humidade relativa do ar associada a temperaturas
elevadas favorece o desenvolvimento de doenças nas folhas durante a fase vegetativa da
cultura. (Vieira, Pessoa e Makishima, 2008).

3.2.2. Importância Socioeconómica


As hortaliças de um modo geral são fundamentais para a manutenção da agricultura
familiar, proporcionando uma alimentação balanceada para a família e uma fonte de
renda regular (Mayer, 2009).

3.3. Praticas culturais

3.3.1. Sementeira
O cultivo da cenoura dispensa a produção de mudas. As sementes são distribuídas directa
e uniformemente nos canteiros, em linha contínua, em sulcos com 1,0 a 2,0 cm de
profundidade e distanciados de 20 cm entre si. A distribuição das sementes pode ser feita
manualmente ou com o emprego de semeadora manual ou mecânica. Rosane, (2016).

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3.3.2. Irrigação
De acordo Marouelli et all, (2007). A cenoura é irrigada predominantemente por
aspersão. Pode também ser irrigada por sulco e gotejamento. Os sistemas superficiais
por faixa e por inundação, mesmo que temporária, não devem ser utilizados em razão da

não adequação de solos encharcados à cultura A produtividade e a qualidade das raízes


de cenoura são intensamente influenciadas pelas condições de humidade do solo.
Assim, para a obtenção de altos rendimentos, é necessário o controle da humidade do
solo durante todo o ciclo da cultura para, deste modo, determinar-se o momento da
irrigação e a quantidade de água a ser aplicada

3.3.3. Desbaste

3.4. Pragas e doenças da cultura de cenoura


O desbaste tem como objectivo aumentar a disponibilidade de espaço, água, luz e
nutrientes por planta. Na sementeira manual ou mecânica convencional, em que as
plântulas são dispostas em fileira contínua, o desbaste torna-se uma operação
imprescindível para a obtenção de raízes de maior tamanho e de melhor qualidade. Deve
ser feito de uma só vez, aos 25-30 dias após a sementeira, deixando-se um espaço de 4 a
5 cm entre plantas. Espaçamento entre plantas maiores do que o recomendado implicará
em menor número de plantas por unidade de área com consequente redução da
produtividade. Vale salientar que o atraso na realização do desbaste, também implica em
redução da produção, em decorrência do aumento da competição entre plantas. (Embrapa
2008).

Autor: Miminho Cornélio Pág. 22


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3.4.1. Pragas

As principais pragas da cultura da cenoura são lagartas e pulgões, que são controlados
através de práticas culturais, e pela acção de inimigos naturais como parasitóides e
predadores. São muito poucos, os insecticidas registados para o controle de pragas da
cenoura, o que torna o controlo químico é uma prática pouco recomendável para a cultura.
Alves, (2001).

1.1.1. Lagartas [Lagarta-rosca (Agrotis spp.); Lagarta-militar


(Spodoptera frugiperda)]
As larvas de algumas espécies de mariposas são conhecidas vulgarmente por “lagarta-
rosca”, pelo hábito típico que têm de se enroscarem quando tocadas. As espécies mais
comuns pertencem ao género Agrotis, sendo que A. ipisilon é a mais frequente.

Algumas espécies do género Spodoptera, notadamente a S. frugiperda apresentam


comportamento semelhante, principalmente durante a época mais seca do ano. As
mariposas do género Agrotis colocam os ovos no solo, moitas de capim, restos de
cultura, gramíneas emergentes ou nas folhas ou pecíolos das plantas de cenoura. As
larvas, após a eclosão, alimentam-se raspando as folhas, e à medida que aumentam de
tamanho, passam a cortar as plantas próximo à superfície do solo. (Raid, 2002).

Os danos de lagarta-rosca em cenoura são mais comuns até 30-40 dias após a
semeadura. O controlo mais eficiente destas espécies é alcançado através de práticas
culturais como o adequado preparo de solo, incorporação dos restos culturais e
eliminação das plantas daninhas, especialmente gramíneas. Para o controle químico, as
pulverizações devem ser feitas preferencialmente no período da tarde, e dirigidas à base
das plantas porque as larvas se escondem no solo durante o dia e saem a noite para se
alimentar. (Raid, 2002).

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Pulgões ( Dysaphis spp; Cavariella aegopodii)

Os pulgões raramente chegam a causar dano económico à cultura da cenoura, porque não
ocorrem em grandes populações e são altamente parasitados por micro-himenópteros.
Pulverizações com produtos à base de Fenitrothion e Pirimicarb controlam eficientemente
estes afídeos. (Shibata et al., 2008).

Larvas de Crisomelídeos (Diabrotica speciosa; Diabrotica bivittula;


Cerotoma arcuata )

3.4.2. Principais Doenças e Controle

As doenças de cenoura, causadas por fungos, vírus, bactérias e nematóides. Destas, um


número relativamente pequeno é responsável pela maior parte dos danos ocorridos na
cultura. O controlo destas enfermidades tem sido feito através do uso de cultivares
resistentes e/ou agrotóxicos, bem como pelo emprego de correctas práticas culturais.
Djennifer, A. (2013),

Podridão de pré e pós-emergência


Dentre os vários patógenos envolvidos na ocorrência de podridões em cenoura tem-se:
Alternaria dauci, Alternaria radicina, Pythium spp., Rhizoctonia solani e Xanthomonas
campestris pv. carotae. A podridão de pré-emergência resulta em falhas no estande. Na
podridão de pós-emergência, também chamada de tombamento, as plântulas apresentam
um encharcamento na região do hipocótilo rente ao solo, provocando reboleiras de plantas
tombadas ou mortas. O controlo só é eficiente quando se utilizam sementes de boa
qualidade, rotação de cultura, adequada profundidade de plantio e manejo adequado de
água. Djennifer, A. (2013),

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Queima-das-folhas

É a doença mais comum da cenoura. É causada por Alternaria dauci (mais comum),
Cercospora carotae e Xanthomonas campestris pv. carotae. Caracteriza-se
principalmente por uma necrose das folhas que, dependendo do nível de ataque pode
causar a completa desfolha da planta e, consequentemente, resultar em raízes de tamanho
pequeno. Os três patógenos que causam a queimadas-folhas podem ser encontrados na
mesma planta, e até em uma única lesão. É difícil determinar o(s) agente(s) causal(is)
envolvido(s) pelos sintomas nas folhas, principalmente porque as cultivares reagem de
maneira diferenciada ao ataque. Alternaria dauci produz lesões nas folhas mais velhas e
é caracterizada por necrose da borda dos folíolos, enquanto Cercospora carotae produz
lesões individualizadas. O controlo químico, quando os três patógenos estão presentes,
deve ser feito com produtos à base de cobre (mais eficientes contra Xanthomonas
campestris pv. carotae), intercalados com outros fungicidas ditiocarbamatos. Cebas, et
all (2011).

Podridão das raízes


Em geral é causada pelos fungos Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum ou pela
bactéria Erwinia carotovora. As plantas atacadas apresentam crescimento reduzido com
as folhas superiores amareladas, as quais tornam-se murchas no horário mais quente do
dia. Os dois primeiros patógenos produzem podridão-mole, acompanhada da formação
de esclerócios e exagerado crescimento micelial branco. Os escleródios de Sclerotinia
sclerotiorum são de cor preta, irregulares, com até 1 cm de comprimento, e os de
Sclerotium rolfsii são menores, redondos, assemelhando-se a sementes de mostarda. A
bactéria Erwinia carotovora produz uma podridão mole em pequenas áreas das raízes,
que se expandem sob condições de altas temperatura e humidade. As podridões ocorrem
no campo quando a humidade do solo é excessiva. Lopes & Pardo, (2007).

O controlo químico normalmente não é económico para nenhum dos três patógenos.
Após a colheita, ocorrem podridões secas e podridões moles, sendo essas últimas as
mais importantes. O principal agente apodrecedor é a bactéria Erwinia carotovora, que
causa grandes perdas quando as raízes são colhidas em solos molhados e/ou quando
após a lavação, as raízes não são adequadamente secas antes de serem embaladas.

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Nematóides
Para Lopes & Pardo, (2007). Os nematóides Meloidogyne incognita, Meloidogyne
javanica, Meloidogyne arenaria e Meloidogyne hapla são os mais comuns em cultivos
de cenoura. As plantas infectadas mostram crescimento reduzido e amarelecimento nas
folhas, semelhante à deficiência de nutrientes. As raízes são pequenas, deformadas e
apresentam a formação de galhas. A rotação de culturas é o principal e mais eficiente
método de controlo dos nematóides. Além da rotação, em áreas reconhecidamente
infectadas, recomenda-se fazer arações profundas em dias quentes e secos, para expor
larvas e adultos à insolação. Após essa operação a área deve ser deixada em pousio no
mínimo por dois meses.

3.5. Controle de Plantas Daninhas


Com baixo índice de infestação de espécies pouco agressivas, a cultura da cenoura pode
conviver com as plantas daninhas até a terceira semana após a emergência das plantas
sem sofrer danos. O período crítico de concorrência da cenoura com as plantas daninhas
por nutrientes, luz e água é da terceira até a sexta semana após a emergência. Uma
alternativa recomendada para reduzir esta concorrência com plantas daninhas é evitar o
plantio em áreas infestadas por espécies perenes de plantas daninhas. O controlo das
plantas daninhas pode ser feito por métodos culturais, manuais ou mecânicos, ou ainda
com o uso de herbicidas. Matos, et all (2011).

3.6. Colheita e Comercialização


Dependendo da cultivar, das condições de clima e dos tratos culturais, a colheita da
cenoura pode ser feita no período de 80 a 120 dias decorrido da sementeira. O ponto de
colheita e a maneira de colher e de manusear as raízes influem na aparência final do
produto. O amarelecimento, secamento das folhas mais velhas e o arqueamento para
baixo das folhas mais novas são indicativos do ponto de colheita. O arrancamento das
raízes pode ser feito de modo manual ou semi-mecanizado, acoplando-se uma lâmina
cortante no sistema hidráulico do tractor. (Castelo, 2008).

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3.7. Fertilizantes Orgânicos Líquidos

O desenvolvimento da técnica dos fertilizantes orgânicos líquidos, em especial os


biofertilizantes, no início dos anos 80, só foi possível graças ao incentivo do uso de
biodigestores como fonte de energia alternativa. Em todas as culturas testadas, o resultado
foi o aumento de produtividade, diminuição de ataque de insetos e de doenças (Emater-
mg, 2010).

Biofertilizantes são compostos bioativos, resíduos finais da fermentação de compostos


orgânicos, que contêm células vivas ou latentes de microrganismos (bactérias, leveduras,
bacilos, algas e fungos filamentosos) e seus metabólitos, além de quelatos organo-
minerais (Alves et al., 2001).

É obtido a partir da fermentação, em sistema aberto ou fechado, com presença ou


ausência de ar (aeróbico ou anaeróbico), utilizando esterco fresco de ruminante em
lactação, por possuir uma alimentação mais balanceada e rica, o que aumenta a qualidade
do produto (Santos, 1992).

A urina de vaca é outro fertilizante orgânico líquido considerado um subproduto da


actividade pecuária e amplamente disponível em muitas propriedades rurais. Por ser rica
em elementos minerais, afirma-se que a urina fornece nutrientes e outras substâncias
benéficas às plantas a custo reduzido; além disso, seu uso não causa risco à saúde de
produtores e consumidores, estando praticamente pronta para uso, bastando apenas
acrescentar água (Pesagro-Rio, 2002).

Esses fertilizantes orgânicos têm sido utilizados em plantios comerciais, apresentando


resultados promissores quanto aos aspectos nutricionais das plantas, sendo registados
efeitos significativos de acção fungicida, bactericida, nematicida e estimulante
fitohormonal. Fisicamente, contribuem para a melhoria da estrutura e aeração do solo,
elevando o potencial de fertilidade, que resulta em plantas nutricionalmente mais
equilibradas, e ultimamente, a substituição dos agro-químicos por produtos alternativos,
como o biofertilizante e a urina de vaca, para a produtividade e controle de pragas e
doenças das plantas, vem crescendo em todo país (Dias et al., 2003).

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Os fertilizantes orgânicos líquidos, além de serem importantes fontes de macro e


micronutrientes, funcionam como defensivos naturais quando regularmente aplicados via
foliar, podendo ser aplicados sobre as folhas das plantas e sobre o solo, tendo a vantagem
de serem rapidamente assimilados (Filgueira, 2008).

O fornecimento de N, P e K pelos biofertilizantes é de fundamental importância para as


funções fisiológicas das plantas, especialmente N, que é constituinte de todos os
aminoácidos, proteínas, nucleotídeos, entre outros elementos essenciais as plantas (Prado,
Franco e Puga, 2010).

Outro factor que pode ser levado em consideração é que a eficiência dos adubos orgânicos
é maior no período inicial de aplicação, devido à taxa de mineralização do N ser maior
nos materiais orgânicos (Mueller et al., 2013).

Segundo Damatto Júnior et al., (2009), aplicados no solo, os adubos orgânicos melhoram
as características físicas, químicas e biológicas, além de proporcionarem às plantas maior
tolerância ao ataque de pragas e doenças, quando aplicados na forma líquida via foliar, e
de funcionarem como estimulante fitohormonal, resultando em plantas mais equilibradas

O uso de material orgânico proporciona melhora na fertilidade, aumenta a retenção de


água, a agregação e a porosidade do solo, aumentando, assim, a capacidade de troca de
catiões, a fertilidade e a vida microbiana do solo, que potencializam a produtividade das
culturas (Mueller et al., 2013).

De acordo com Santos (1992) e a (PESAGRO-RIO, 2002), os biofertilizantes e a urina


de vaca têm na composição quase todos os elementos necessários para a nutrição vegetal
e substâncias benéficas a baixo custo, sem causar risco à saúde dos produtores e
consumidores, sendo que a composição destes depende directamente da alimentação do
animal que gerou a matéria-prima e do período de fermentação.

Segundo Boemeke (2002), a urina de vaca em lactação é, como os biofertilizantes, um


importante insumo orgânico, pois é composta por nutrientes minerais e substâncias
protectoras e promotoras do crescimento, de baixo ou nenhum custo económico e
atóxico para a saúde humana, como afirma. A preparação de biofertilizantes líquidos
tem se difundido como um método de reciclagem de estercos, resíduos orgânicos e urina

Autor: Miminho Cornélio Pág. 28


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para uso no manejo de plantas. Dessa forma, minimiza-se a poluição ambiental e a


degradação do solo, reduz o descarte de resíduos e limita a emissão de gases de efeito
estufa.

Segundo Gross et al. (2008) relatam que, em Israel, a adubação aplicada antes do
plantio na forma sólida não tem sido suficiente para suprir as necessidades de nutrientes
dos cultivos orgânicos, principalmente com relação ao nitrogénio, sendo feito
complementação com fertilizantes orgânicos por meio do sistema de irrigação.

Autor: Miminho Cornélio Pág. 29


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CAPÍTULO III. MATERIAIS E MÉTODOS

3.0. Método

3.1. Descrição do local de estudo


O ensaio foi conduzido no Centro de Investigação Agrária de Mapupulo (CIAM),
pertencente ao Instituto de Investigação Agrária de Moçambique, no Centro Zonal
Nordeste (Cznd), na campanha 2020/2021 entre os meses de Fevereiro a Julho. Este Posto
Administrativo de Mapupulo distancia com 18 km da cidade de Montepuez.

3.1.1. Localização geográfica da área do estudo


O distrito de Montepuez está localizado na parte sul da Província de Cabo Delgado a 210
km da capital provincial – Pemba, confinando a Norte com o distrito de Mueda, a Sul
com os distritos de Namuno e Chiúre, a Leste com os distritos de Ancuabe e Meluco e a
Oeste com os distritos de Balama e Mecula, este último da Província do Niassa (MAE,
2005).

3.1.2. Clima
O posto administrativo de Mapupulo é predominante clima do tipo semi-árido e sub-
húmido seco. A precipitação média anual varia de 800 a 1200 mm, em termos da
temperatura médias durante o período de crescimento das culturas, há regiões cujas
temperaturas excedem os 25oC, embora em geral a temperatura média anual varie entre
os 20 e 25oC (MAE, 2005, p. 2).

Autor: Miminho Cornélio Pág. 30


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3.1.3. Solos
Os solos nesta região são muito profundos, bem drenados de textura franco – arenoso,
possuindo cores castanho-escura ou castanho-avermelhada na superfície do solo
variando assim gradualmente no subsolo para vermelha – sombria. Nas encostas dos

interflúvios os solos variam de cor desde pardo-acastanhada a castanho-avermelhada


moderadamente bem drenados com texturas argilosas (MAE, 2005).

3.1.4. Relevo

Uma parte do interior a altitude vária de 200 a 500m, de relevo ondulado pelas formações
rochosas. A área é constituída por uma zona planáltica baixa que gradualmente passa um
relevo mais dissecado com encostes declivosos intermédios da zona planáltica (MAE,
2005).

3.2. Materiais

Para concretização do presente estudo, foram utilizados os seguintes materiais:


Sementes de cenoura da variedade Kuroda proveniente da província de Nampula
(IIAM), instituto de investigação Agrária de Moçambique, usou se uma quantidade de
310 g esta de precisão que foi usada para a pesagem do peso de tubérculo e do
rendimento; para efeito de lavoura e gradagem foi utilizada a charrua e agrade de disco
respectivamente; usou se a fita métrica, corda e estacas para fazer a marcação do campo,
enxada de cabo curto para a realização das sachas e colheita respectivamente, usou se
também fertilizantes orgânicas, sendo descritos a baixo:

3.2.1 Preparação do biofertilizante


A preparação de biofertilizante líquido teve início no dia 30 de Abril no período da
manhã, usou-se 3 baldes de 100 L, misturou-se 40 L água para 14. 4 kg de cada esterco,
a pesagem do esterco foi com auxilio de uma balança electrónica, a preparação foi ate
no dia 30 de Maio, baseando se nas recomendações dadas por (Trani, 1997). Segundo o

Autor: Miminho Cornélio Pág. 31


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qual, o tempo de preparação do esterco com a água são 30 dias para obter boa
fermentação do biofertilizante liquido para redução da impureza.

3.2.2. Desenho experimental


Foi usado o delineamento experimental de Blocos Completos Causalizados para reduzir
o efeito da eventual heterogeneidade do solo, num esquema factorial de 10 tratamento e
3 repetições/blocos, totalizando 30 unidades experimentais. Cada unidade experimental
terá dimensão de 2x0,8 (1.6 m2) perfazendo um total de 48 m2 de área útil. O
espaçamento entre as unidades experimentais será de 0.5 cm e o espaçamento entre os
blocos foi de 1m, totalizando uma área de 100 m2.

3.2.3. Codificação

Na tabela abaixo estão representados os tratamentos que foram usados no experimento


com os respectivos códigos.

Tabela 1: Codificação dos tratamentos testados

Número de ordem Tratamentos Códigos


1 Sem aplicação de biofertilizante T0S.A
2 Aplicação de esterco bovino (Sólida) T1 E.B+S
3 Aplicação de esterco bovino (Liquida) T2 E.B+L
4 Aplicação de esterco bovino (Combinada) T3 E.B.C
5 Aplicação de cama de aviário (Sólida) T4 C.A+S
6 Aplicação de cama de aviário (Liquida) T5 C.A+L
7 Aplicação de cama de aviário (Combinada) T6 C.A.C
8 Aplicação de esterco caprino (Sólida) T7 E.C+S
9 Aplicação de esterco caprino (Liquida) T8 E.C+L
10 Aplicação de esterco caprino (Combinada) T9 E.C.C

Cada parcela teve 10 linhas de cenoura separadas a 20 cm com a outra e depois do


desbaste teve uma distância de 8 cm entre plantas.

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3.2.4. Condução do ensaio

O estudo foi realizado em 2021, no mês de Abril e o seu término no mês de Agosto do
ano corrente. As actividades que foram realizadas durante o estudo, estão descritas a
seguir:

3.2.4.1. Demarcação do campo e levantamento das camas


No dia 03 de Maio de 2021, foi reservado para dar início as actividades com os estágios.
Todos os estudantes estagiários se fizeram presente ao campo. As actividades, tiveram
início com a demarcação dos campos, numa área lavrada e gradada manualmente com
auxílio de enxadas. A área total do ensaio foi de 12.5m x 8m, perfazendo 100 m 2. As
datas de realização de actividades referentes a demarcação e o levantamento das camas
foram feitos em diferentes dias, sendo que a demarcação foi feita no dia 03 de Maio e o
levantamento das camas foi feita no dia 04 de Maio. Com auxílio de cordas, fita e
enxadas.

3.2.4.2. Sementeira

No dia 05 de Maio de 2021, deu-se continuidade das actividades, mas desta vez com
arrumação e levantamento das camas dos ensaios. Em que consistia em destruição de
pequenos torrões e remoção de resíduos com auxílio de enxada curta e ancinho e depois
fez se a sementeira directa usando o compasso de 20cmX5cm, lançando duas sementes
por covacho.

3.2.4.3. Rega

A quantidade de água foi determinada partir do programa cropwat da FAO. A


necessidade de água para irrigação da cultura de cenoura varia de 350 a 550 mm por
ciclo, dependendo das condições climáticas, duração do ciclo da cultivar e sistemas de
irrigação. A demanda diária de água aumenta ligeiramente com o crescimento das
plantas, sendo máxima no estágio de engrossamento de raiz (Silva, et al 2007).

O CROPWAT é um programa para microcomputadores desenvolvido pela FAO (Food


and Agriculture Organization), versão 5.5, que serve para calcular os requerimentos de

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água da cultura e de irrigação, a partir de dados do clima e da cultura. Adicionalmente,


o programa permite estabelecer calendários de irrigação para diferentes condições de
manejo, e calcular o esquema de suprimento de água de um projecto para diferentes
padrões de cultivo (Souza, 1991). Sendo assim para este ensaio a rega será localizada
através de regadores de 10 L.

3.2.4.4. Desbastes

Após 23 dias da sementeira, foi feito o desbaste como forma de reduzir o número de
plantas na mesma cova, deixando apenas 2 plantas por cova, evitando deste modo a
competição intra-específica, diminuindo a concorrência de água, luz e nutriente sobre a
raiz. Deixando espaço de 5 a 8 cm entre plantas Sendo assim, esta actividade foi
realizada no dia 29 de Maio de 2021.

3.2.4.5. Adubação

A adubação foi feita de três formas: (1) Incorporada no solo, (2) foliar e (3) a
combinada.

Incorporada no solo foi feita em duas fases. A primeira fase foi feita no mesmo dia da
sementeira 05 de Maio de2021, foram aplicados 1.6 kg por cada tratamento e teve um
intervalo de aplicação de 45 dias sem incorporar. A segunda fase também levou a
mesma quantidade de 1.6 kg por tratamento, a segunda fase foi feita no dia 20 de Junho
de 2021.

Foliar- A adubação líquida foi feita o dia 30 de Maio, iniciando 15 dias após a
emergência das plantas, seguindo o intervalo de aplicação de 7 dias. Aplicando 0.5 L de
biofertilizantes líquido para cada tratamento.

Combinada- Nas parcelas que receberam as duas formas de adubação, primeiro a


sólida levou uma aplicação de 1.6 kg logo no dia 05 de Maio, e em seguida a líquida foi
feita depois de intervalo de 45 dias, iniciando no 20 de Junho, aplicando semanalmente
250 ml por cada tratamento. Porque na adubação foliar primeiramente não foi feita a
incorporação, desde a emergência esta levar dozes completa de 500ml. Sendo a assim a
combinada primeiramente fez se incorporação por isso depois deste intervalo passa a
levar a metade das doze que foi aplicado na foliar. As dosagens foram aplicadas

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utilizando modificações de Trani (1997), segundo o qual para cada metro quadrado (m 2)
devem ser aplicados 2 kg de esterco para produção da cultura de cenoura.

3.2.4.6. Sacha

O processo de eliminação das ervas daninha (plantas indesejadas) no campo


evitando a competição dos nutrientes e água no solo com as plantas
desejadas. Esta actividade foi feita no dia 15 de Junho de 2021.

3.2.4.7. Cobertura

Após ser realizada a sementeira da cenoura, foi feita a cobertura na base de


casca de arroz em todas parcelas, no dia 25 de Maio de 2021 evitando o
ressecamento, a compactação e o aquecimento das superfícies dos canteiros,
o que causariam falhas na emergência, morte de plantulas ou atraso de
crescimento, consequentemente, redução na sua produtividade. Reduzindo a
infestação com plantas daninhas na fase inicial da cultura, visto que a
cenoura é uma fraca competidora por água, luz e nutrientes.

3.2.4.8. Controle de pragas


A pulverização foi realizada no dia 17 de Maio, quando notou-se ou seja quando
verificou se índices de ataque das plântulas no campo pelas pragas sobre tudo os
gafanhotos, pois as plantas foram tratadas aplicando o produto químico cypermethrin
200 g/L (snowcyper 20 EC). Foi usada a dosagem de 0,15 ml de substância activa de
Cypermethrin para 1L de água, para um campo de 100m 2 de acordo com as indicações
do rótulo.

3.2.4.9. Colheita

A colheita foi feita depois de atingir os 90 a 120 dias após o plantio, período pelo qual
foi caracterizado pela sua maturação fisiológica. Esta actividade foi realizada na sua
totalidade manualmente usando enxada de modo a evitar ferir as raízes, separando as
raízes tuberosas da planta, esta actividade foi feita no dia 05 de Setembro.

3.3.2.10. Pesagem

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Depois da secagem foi feita a pesagem das raízes usando uma balança electrónica onde
foram pesadas e registados os dados relativos ao peso das raízes tuberosas.

3.4. Parâmetros a Avaliar


Para variáveis possíveis de obter no Campo, durante a condução do ensaio da cultura
de cenoura foi possível colher os dados como:

3.4.1. Índice de Velocidade de Germinação (IVG)


É um processo de contagem das plantas germinadas diariamente, que foi feito durante
10 dias a partir do dia 08 de Maio ate o dia 18 de Maio.

N1 N2 Nn
IVG= + +......+
D1 D2 Dn

Onde: N1= número de plântulas germinadas no 1º dia.

D1= dias para ocorrência da germinação

3.4.2. Germinação
É a razão entre as plantas germinadas e as plantas testadas e multiplicando por 100.
Sendo para o efeito, fez-se a contagem das plantas que germinaram a cada parcela.

3.4.4. Altura da folha


Este processo visa saber ou seja conhecer o nível de desenvolvimento das folhas, para
realização usou se uma régua graduada de 30 cm, pois esta actividade foi feita no dia 15
de Junho. Para esta vária foi usado a régua graduada de 30 cm de comprimento.

3.4.5. Densidade Inicial (DI)


Considera-se o Stand inicial como sendo o número de plantas existentes na fase inicial
de todos os tratamentos. Esta variável foi determinada com base na contagem do
número de plantas após a sementeira, considerando uma planta por covacho. Esta
variável foi usada para conhecer o número de plantas emergidas. É um processo que
visa contagem das plantas depois de determinar o compasso e depois de ser feito o
desbaste, processo este que foi realizado no dia 03 de Junho.

Autor: Miminho Cornélio Pág. 36


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3.4.6. Densidade final


Considera-se como Stand final o número de plantas existentes na fase final do ensaio,
isto contando todas as plantas existentes em todos os tratamentos. Para esta variável,
antes da colheita foram contabilizadas todas plantas existentes no ensaio isto de parcela
por parcela de modo a conhecer o número de plantas que resistiram até a fase da
colheita. Esta actividade foi realizada na data 28 de Julho.

3.4.7. Comprimento do tubérculo


Foram escolhidas 30 tubérculos por parcela, de seguida foi medido o comprimento.
Depois foi achada a média mediante a divisão entre o somatório de diâmetro por fruto e
número de frutos seleccionados. Para esta varia foi usado a régua graduada de 30 cm de
comprimento.

3.4.8. Diâmetro de raiz

Foram escolhidos 30 tubérculos por parcela, de seguida foi medido o diâmetro. Depois
foi achada a média mediante a divisão entre o somatório de frutos por planta e número de
plantas seleccionadas. Para esta varia foi usado o paquímetro graduado em cm.

3.4.9. Peso da raiz


Para a realização desta actividade foram colhidas todas plantas dentro de cada
tratamento, tendo sido usado uma balança electrónica e de precisão com uma
quantidade de 200 kg.

3.4.10. Rendimento em kg/ha

O rendimento foi determinado com base na seguinte fórmula: rendimento = peso do


fruto por parcela X 10000 m2/ área útil por parcela. Para esta variável foi usado a
seguinte formula:

pf × 100002
Rendimento ( Kg ̸ ha ) ≡
areautil

Autor: Miminho Cornélio Pág. 37


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3.5. Análise e processamento dos dados


Para análise de dados utilizou-se o pacote estatístico R-Studion, para a determinação da
ANOVA (Análise de Variância) visando observar a existência de diferenças entre os
tratamentos e teste de Tukey para a comparação entre as médias. A razão da escolha
destes testes é pela sua facilidade na aplicação e interpretação dos seus resultados. No
entanto foi recorrido igualmente ao pacote informático MS Excel para efeitos de
representações gráficas e cálculos necessários.

Tabela 2: Esquema de ANOVA para DBCC

FV g.l SQ QM F calculado
Bloco b-1 SQ Bloco QM B=SQT/glT QM bloc/QM err
Tratamento t-1 SQ Tratamento QM T=SQB/glB QM trat/QM err
Erro (b -1) (t – 1) SQ Erro QM E=SQE/glE
Total tb– 1 SQ total
Onde: FV-fonte de variação, g.l- grau de liberdade, SQ- soma de quadrados, QM- quadrado
médio.

Autor: Miminho Cornélio Pág. 38


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3.5.1. O coeficiente de variação (CV%)


É definido como a estimativa do erro experimental em percentagem da estimativa da
média, é uma das medidas estatísticas mais utilizadas pelos pesquisadores na avaliação
da precisão dos experimentos (Steel & Torre, 1980).

De acordo com Lebo, Silva e Conceição (2009), o erro experimental interfere


directamente na análise e na conclusão de experimentos, pois quanto maior for este erro,
as diferenças entre os tratamentos poderão não ser detectadas levando a não
descriminação das diferenças significativas entre os tratamentos.

Com o objectivo de comparar a precisão experimental nos diferentes tratamentos patentes


neste estudo, propôs-se a utilização de coeficiente de variação experimental em que,
segundo (Lebo at al., 2009) quanto menos for o erro experimental, menor será o
coeficiente de variação, consequentemente maior precisão dos resultados do experimento.
A fórmula de coeficiente de variação usada foi a proposta por Silva (2007) demonstrada
a seguir:

Segundo Gomes (2000), em experimentos de campo, se o coeficiente de variação for


inferior a 10% considera-se o mesmo como baixo, ou seja, o experimento tem alta
precisão, de 10% a 20% os CVs são considerados médios, implicando em boa precisão,
de 20% a 30% são julgados altos, significando baixa precisão e acima de 30% são tidos
como muito altos, indicando baixíssima precisão. O inconveniente dessa classificação é
de não levar em consideração a cultura estudada, as variáveis em análise, a
heterogeneidade do solo, o tamanho da parcela, entre outros fatores.

Autor: Miminho Cornélio Pág. 39


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CAPÍTULO IV: ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO DOS


RESULTADOS
Neste capítulo são apresentados aspectos relacionados com os resultados obtidos no
ensaio através de tabelas e descrições. As variáveis avaliadas foram submetidas à
análise de variância e as médias dos tratamentos comparados pelo teste de Tukey ao
nível de 5% de probabilidade de erro.
Tabela 3: Resultados médios de velocidade de germinação, germinação, altura da
folha, densidade inicial e final.

TRATAMENTO IVG G A.F DI DF

Bovino (liquido) 15.000a 148.00a 21.267a 71.67ª 68.67ª

Bovino (Combinado) 20.933a 190.33ª 20.960ab 116.33a 112.33ª

Bovino (Sólida) 18.333a 188.67ª 19.917abc 117.00a 115.67ª

Cama de aviário (Com 16.333a 151.00a 15.077abcd 108.67a 106.00a

Cama de aviário (Liq 16.667a 150.67ª 13.557abcd 92.67ª 89.67ª

Cama de aviário (Sól 20.667a 193.67ª 12.763abcd 116.00a 111.33ª

Caprino (Combinada) 24.333a 204.33ª 10.550bcd 107.00a 103.67ª

Caprino (Liquida) 13.000a 109.00a 9.313cd 76.33a 76.33ª

Caprino (Sólida) 14.667a 141.67ª 8.733d 110.00a 108.00a

Sem aplicação 12.367a 111.67ª 8.157d 73.00a 73.00a

CV (%) 39.08 38.04 25.99 21.46 19.15

Media geral 17.230 158.90 14.029 98.867 96.467

Pr 0.4975 0.5086 0.0007 0.0589 0.6717

Autor: Miminho Cornélio Pág. 40


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Decisão de significância (Pr> 0,05 não há diferenças significativas)

4.1. Índice de velocidade de germinação


Com relação ao Índice de velocidade de germinação, notou-se não haver diferenças
estatisticamente a 5% de significância no Teste de Tukey. O tratamento que foi usado
esterco caprino combinado apresentou a maior média de 24,3 e o tratamento sem
aplicação apresentou uma menor média de 12,367 respectivamente.

O coeficiente de variação foi 39,08 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015).

Se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como alto, ou


seja, o experimento tem alta precisão, de mais de 30% o que dá menor fiabilidade ao
estudo.

4.2. Germinação
Com relação a germinação, notou-se não haver diferenças estatisticamente a 5% de
significância no Teste de Tukey. O tratamento foi usado esterco caprino combinado
apresentou o maior media de 204,3 plantas e no tratamento sem aplicação apresentou
uma menor média de 109 plantas respectivamente.

O coeficiente de variação foi 39,08 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015).

se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como alto, ou


seja, o experimento tem alta precisão, mais de 30% o que dá menor fiabilidade ao
estudo.

Segundo Muller (2019), em seu estudo sobre a adubação orgânica e mineral, observou
aumento de plantas germinadas em relação naqueles tratamentos que ele usou a
adubação mineral, estes resultados estão de acordo com o presente estudo.

4.3Altura das folhas


Com relação a altura da folha, notou-se haver diferenças estatisticamente a 5% de
significância no teste de Tukey. O tratamento que foi usado esterco bovino líquido
apresentou a maior média de 20.26 cm e o tratamento sem aplicação apresentou uma
menor média de 8,15 cm plantas respectivamente.

Autor: Miminho Cornélio Pág. 41


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O coeficiente de variação foi 25,99 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015).

Se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como baixa, ou


seja, o experimento tem baixa precisão, de mais de 30% o que dá baixa fiabilidade ao
estudo.

4.4. Densidade inicial


Com relação a densidade inicial, notou-se não haver diferenças estatisticamente a 5% de
significância no Teste de Tukey. O tratamento que foi usado esterco bovino sólido
apresentou a maior média de 117 plantas e o tratamento onde foi usado esterco bovino
líquido apresentou uma menor média de 71,67 plantas respectivamente.

O coeficiente de variação foi 21,46 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015).

Se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como alta, ou


seja, o experimento tem alta precisão, de 20 a 30% o que dá menor fiabilidade ao
estudo.

Os resultados do presente ensaio revelam que, as condições do meio não foram


favoráveis à sobrevivência de todas as plantas até a fase da colheita, apesar de terem
sido realizados os tratos culturais recomendados para a cultura. Tal situação foi também
relatada em outros trabalhos, caso de (Júnior, 2007), ao estudarem a influência da
adubação de plantas no crescimento, produtividade e rendimento da cenoura eles
afirmam que quando as plantas estão em adubação inadequadas, a taxa de sobrevivência
é menor divido a clorose das folhas.

4.5. Densidade final


Com relação a densidade final, notou-se não haver diferenças estatisticamente a 5% de
significância no Teste de Tukey. O tratamento que foi usado esterco bovino sólido
apresentou a maior média de 115,67 e o tratamento onde foi usado esterco bovino
líquido apresentou uma menor média de 68,67 plantas respectivamente.

O coeficiente de variação foi 19,15 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015),
se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como media, ou

Autor: Miminho Cornélio Pág. 42


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seja, o experimento tem media precisão, de mais de 30% o que dá media fiabilidade ao
estudo.

Os resultados do presente ensaio revelam que, as condições do meio não foram


favoráveis à sobrevivência de todas as plantas até a fase da colheita, apesar de terem
sido realizados os tratos culturais recomendados para a cultura. Tal situação foi também
relatada em outros trabalho, caso de (Júnior, 2007), ao estudarem a influência do
adubação de plantas no crescimento, produtividade e rendimento do taro eles afirmam
que quando as plantas estão em adubação inadequadas, a taxa de sobrevivência é menor
divido a clorose das folhas.

Portanto, de acordo com Júnior (2007), em densidades maiores, as plantas mais fracas
apresentam maior condição de competir durante o seu crescimento não resistindo ate a
fase da colheita; enquanto em densidades menores, elas sobrevivem. Esta inferência vai
de acordo com os resultados obtidos neste ensaio, onde a maior mortalidade de plantas
foi registada na densidade mais alta do ensaio.

Tabela 4: Resultados médios de diâmetro da raiz, comprimento da raiz, peso da


raiz e rendimento em kg/ha.

Tratamento DR CR PR Rendimento em Kg/ha


Bovino (liquido) 2.021cd 7.911ab 1.566ab 9792b
Bovino (Combinado) 2.066c 7.727abc 2.850ab 17813ab
Bovino (Sólido) 2.378ª 7.844ab 2.4006ab 15000ab
Cama de aviário 2.262abc 7.072bcd 3.150ab 19688ab
(Combinado
Cama de aviário 2.264abc 7.426abcd 2.116ª 13229ab
(Liquido
Cama de aviário (Sólido 2.322ab 7.655abcd 3.700ab 23125ª
Caprino (Combinado) 2.077bc 7.427abcd 2.733b 17083ab
Caprino (Liquido) 1.787d 6.733d 1.383ab 8646b
Caprino (Sólido) 2.087bc 6.811cd 2.183ab 13646ab
Sem aplicação 2.063c 8.072ª 2.016ab 12604ab

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CV (%) 24.994 26.998 31.009 25.33


Media geral 2.133 7.468 2.41 15063
Pr 0.00009 0.004 0.02963 0.0054
Decisão de significância (Pr> 0,05 não há diferenças significativas)

4.6. Diâmetro da raiz


Com relação ao diâmetro da raiz, notou-se não haver diferenças estatisticamente a 5%
de significância no Teste de Tukey. O tratamento onde foi usado esterco bovino sólido
apresentou o maior média de 2,378 cm e o tratamento onde foi usado esterco bovino
liquida apresentou uma menor média de 2,021 cm respectivamente.

O coeficiente de variação foi 24,994%. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015),
se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como alto, ou
seja, o experimento tem alta precisão, de 20 a 30% o que dá menor fiabilidade ao
estudo.

Segundo Yuri (2014), em seu estudo sobre a produção e qualidade de cenouras e de


beterrabas com aplicação de fertilizantes orgânicos, observou que a adubação orgânica
influencia positivamente na produção de cenoura e em termos dos resultados por ele
obtido, não tiveram diferenças significativas no teste de Tukey em 5% de erro, tendo
encontrado um diâmetro de tubérculo que varia 2,92 a 3,06.

Os valores encontrados na presente pesquisa se aproximaram dos obtidos por Reghin e


Duda (2000) e Bruno et al. (2007), que trabalharam com cenoura e adubação
convencional tendo sido encontrado uma media que varia de 2,2 a 2,6 cm de diâmetro.

Segundo Gonsalvez (2009), estudando sobre diferentes tipos de adubação, observou que
não houve diferença significativa entre os tratamentos, tendo encontrado maiores
médias nos tratamentos onde aplicou maior dose de adubos orgânicos.

4.7. Comprimento da raiz


Com relação ao comprimento da raiz, notou-se não haver diferenças estatisticamente a
5% de significância no Teste de Tukey. O tratamento sem aplicação apresentou a maior

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média de 8,07 cm e o tratamento onde se aplicou esterco caprino liquido apresentou


uma menor média de 6.73 cm respectivamente.

O coeficiente de variação foi 26,998 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido,
2015), se o coeficiente de variação for inferior a 10% considera-se o mesmo como alto,
ou seja, o experimento tem baixa precisão, de mais de 30% o que dá menor fiabilidade
ao estudo.

Segundo Yuri (2014), em seu estudo sobre a produção e qualidade de cenouras e de


beterrabas com aplicação de fertilizantes orgânicos, observou que a adubação orgânica
influencia positivamente na produção de cenoura e em termos dos resultados por ele
obtido, não tiveram diferenças significativas no teste de Tukey em 5% de erro, tendo
encontrado um diâmetro de tubérculo que varia e 13,78 e 13,99 cm de comprimento,
resultados estes estão em concordância com os resultados obtidos no presente estudo.

4.8. Peso da raiz


Com relação ao peso da raiz, notou-se haver diferenças estatisticamente a 5% de
significância no Teste de Tukey. O tratamento com aplicação de cama aviário
combinada que apresentou a maior média de 3,7 e o tratamento com aplicação de
esterco caprino liquida apresentou uma menor média de 1.383 respectivamente.

O coeficiente de variação foi 31,009 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido,
2015), se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como alto,
ou seja, o experimento tem alta precisão, de mais de 30% o que dá menor fiabilidade ao
estudo.

Segundo Yuri (2014), em seu estudo sobre a produção e qualidade de cenouras e de


beterrabas com aplicação de fertilizantes orgânicos, observou que a adubação orgânica
influencia positivamente na produção de cenoura e em termos dos resultados por ele
obtido, não tiveram diferenças significativas no teste de Tukey em 5% de erro, tendo
encontrado um diâmetro de tubérculo que varia 55,0 e 72,8 g de peso de tubérculo e este
resultados estão de acordo com o presente estudo, que teve resultado que varia entre 38
a 75 g.

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O efeito positivo registado entre o peso da raiz pode estar aliado pelo facto de que a
adubação orgânica por ter maior taxa de nitrogénio, as plantas produzem mais folhas
causam maior capacidade de intercessão da radiação solar havendo deste modo maior
produção de foto-assimilados para o enchimento dos tubérculos tornando assim mais
pesados. Pois Jadoski,  at al, (2000), afirma que acumulação de massa seca depende da
interceptação da radiação solar pela cultura e da capacidade de conversão em biomassa,
assim, para uma maior produção de massa seca, a densidade de planta mais eficiente
para interceptação de energia é a que proporciona maior cobertura superficial é a parte
aérea da planta.

4.9. Rendimento em kg/ha


Com relação ao rendimento em kg/ha, notou-se haver diferenças estatisticamente a 5%
de significância no Teste de Tukey. O tratamento que foi usado esterco de cama aviaria
sólido que apresentou a maior média de 23125 kg/ha e o tratamento que usou se esterco
caprino líquido apresentou uma menor média de 8646 kg/ha respectivamente.

O coeficiente de variação foi 25,33 %. Segundo Gomes (1985, citado por Guido, 2015),
se o coeficiente de variação for superior a 10% considera-se o mesmo como alta, ou
seja, o experimento tem baixa precisão, de mais de 30% o que dá menor fiabilidade ao
estudo.

Segundo Carvalho (2015), perpetua que a cultura de cenoura, pode atingir uma
produtividade que varia entre 48 a 70 toneladas por hectare. Mas esta produtividade
depende das condições climáticas, e biológicas do local.

Segundo Melo (2007), avaliando a influência de dosagens de dois compostos orgânicos


na adubação de plantio de cenoura (Daucus carota), c.v. Brasília, observou que não
houve diferenças significativas em relação adubação orgânica, tendo encontrado uma
produtividade que varia entre 35 a 47,6 toneladas por hectare.

Autor: Miminho Cornélio Pág. 46


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CAPÍTULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÃO


5.1. Conclusão
Tomando em consideração os resultados obtidos do presente estudo e nas condições agro-
ecológicas onde o ensaio foi implantado, conclui-se que:

 Em relação às variáveis de crescimento, como índice de velocidade de


germinação e densidade inicial e inicial notou-se que a adubação orgânica não
teve nenhum efeito significativo em relação à, mas o mesmo influenciou
significativamente a diâmetro da raiz, comprimento da raiz, peso médio da raiz e
rendimento em kg/ha. Facto que poderá estar ligado ao aumento de nutrientes,
que nesta óptica pode se considerar o nível óptimo em virtude do apresentar
valores inferiores destes parâmetros, que não apresentaram diferenças
significativas.
 E a variável que afectou significativamente, sendo que pode se sustentar pela
razão de a partir do acréscimo de nutrientes, sendo este considerado óptimo para
a cultura. Deste modo, Com base nos resultados obtidos, há evidência para
aceitar a hipótese alternativa que postulava, que a adubação orgânica pelo menos
uma variável tem efeito significativo.

Autor: Miminho Cornélio Pág. 47


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 5.2. Recomendações
De acordo com as observações de campo e com os resultados obtidos no estudo
efectuado, recomenda-se:

Ao IIAM-CIM
 Que se façam mais estudos do género para a confirmação dos resultados ora
obtidos neste estudo, em particular nas condições agro-ecológicas do local em
que o ensaio foi implantado;

 Que se façam estudos do género, não só para a avaliação do rendimento do


tubérculo, também para avaliar o rendimento da biomassa das folhas para a
possível relação entre este e o rendimento do tubérculo;

Autor: Miminho Cornélio Pág. 48


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Referências bibliográficas

Autor: Miminho Cornélio Pág. 49


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Revista Horticultura Brasileira, v. 31, n. 1, p. 86-92, 2013.

24. Djennifer, A. (2013), Control e combate de pragas para produtos agrícolas, Revista
Brasileira de Orticolas.

25. Afonso, S.; Brunoz, A. C.; Cebas, A.; & Dragor, A. M. (2011). Doencas comuns em
Cenoura. Revista agroecológica e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre.
26. Alves, S.B.; Medeiros, M.B.; Tamai, M.A.; & Lopes, R.B. (2001). Trofobiose e
microrganismos na proteção de plantas: biofertilizantes e entomopatógenos na
citricultura orgânica. Revista de Biotecnologia, Ciência e Desenvolvimento, Brasília.

27. Pardo, S. & Tomas, A,. Lopes (2007). Produtos fitossanitario agricultura de
precisao. Brasília: Plano Mídia.

28. https://www.embrapa.br/hortalicas/pesquisa-e-desenvolvimento/fitotecnia- acesso


em 24 de Julho.
29. Mudema, J; Sitole, R & Mlay, G. (2012). Rentabilidade da cultura do milho na zona
sul de Moçambique: Estudo de caso do distrito de Boane. Relatório Preliminar de
Pesquisa No. 3P. Instituto de Investigação Agrária de Moçambique - (IIAM), Direcção
de Formação, Documentação e Transferência de Tecnologias. República de
Moçambique, 32p.

30.http://landportal.org/pt/organization/instituto-de-investigacao-agraria-de-
mocambique- Acesso em 9 de outubro.

31. Asti & IIAM. (2010). Últimos Desenvolvimentos na Investigação Agrária.

32. Shibata, E. T.; Reis, A.; Viereia J. V. Incidência e prevalência de patógenos


associados à queima das folhas da cenoura no Brasil. Brasília, DF: Embrapa
Hortaliças, 2008. (Embrapa Hortaliças. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 48).

33. Carvalho, S,. P. Georgeton S. R. & Silveira Departamento Técnico da Emater–MG

Autor: Miminho Cornélio Pág. 52


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura 2021
(Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas
de Mapupulo

34. RAID, R. N. Cercospora folha de cenoura.compêndio de Doenças da colheita


umbelliferous. Minnesota: APS, (2002).

35. Embrapa, Sistema de hortalicas versao electronica 5 ISSN, versao electronica,


(2008).

36. Marouelli, W,.A., Oliveira, R,. A., & Silva, W,. L. C. irrigacao na cultura de
cenoura Brasília, DF Janeiro, (2007).

Autor: Miminho Cornélio Pág. 53


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura 2021
(Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas
de Mapupulo

Apêndices

Autor: Miminho Cornélio Pág. 54


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura 2021
(Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas
de Mapupulo

Apêndices 1: Protocolo de ensaio

3. PROTOCOLO DE ENSAIO
3.1 Responsável pela condução do ensaio: Miminho Cornélio.
3.2 Local do ensaio: distrito de Montepuez, Centro de Investigação Agrária de
Moçambique (CIAM).
3.3 Ano do ensaio: 2021.
3.4Cultura (Espécie vegetal): Cenoura (Daucus carota L).

3.5 Variedade: kuroda.


3.6Objectivo do ensaio: Avaliação efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura
(Daucus carota L).
3.7 Delineamento experimental: Delineamento de Blocos Completos Causalizados
(DBCC);

3.8 Croqui do ensaio

Área total: 100 m2

Área útil: 48 m2

Área nãoútil: 52m2

3.10 Trabalhos por realizar:

 Produção dos biofertilizantes;

Autor: Miminho Cornélio Pág. 55


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura 2021
(Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas
de Mapupulo

 Preparação do terreno;
 Sementeira;
 Adubação;
 Desbaste;
 Sachas;
 Colheita.

3.11 Medições e observações:

 Stand inicial;

 Stand final;

 Índice de velocidade de germinação;

 Altura da folha;

 Germinação;

 Peso da raiz;

 Comprimento da raiz;

 Diâmetro da raiz;

 Rendimento.

3.12. Responsável pela avaliação: UCM-FCA (Faculdade de Ciências Agronómicas) e


Centro de Investigação Agrária de Moçambique (CIAM).

Autor: Miminho Cornélio Pág. 56


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura (Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas 2021
condições agro-ecológicas de Montepuez

Apêndices 2: cronograma de actividade

Período
Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro
Actividades

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Preparação do terreno
(Lavoura e Gradagem)
Demarcação do campo
Delineamento e Sementeira
Desbaste
Sachas
Envio do protocolo
harmonizado
Controle fitossanitário (*)
Cobertura
Adubação
Colheita
Pesagem
Processamento de dados

Autor: Miminho Cornélio Pág. 1


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura (Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas 2021
condições agro-ecológicas de Montepuez

Análise dos dados


Preparação do relatório e
submissão a faculdade

Autor: Miminho Cornélio Pág. 2


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura (Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas 2021
condições agro-ecológicas de Montepuez

Apêndices 3: dados brutos

Tratamento Densidade inicial Densidade final Germinação Peso da raiz Rendimento


Repetição Comprimento Diâmetro da raiz
T0 93 93 128,0 1.65 10312,5
1 7 2
T0 115 112 260,0 1.65 10312,5
1 6 3
T0 46 46 132,0 1.00 6250
1 6 1,5
T0 114 111 140,0 2.40 15000
1 8 2,5
T1 66 66 150,0 2.40 15000
1 7 2
T1 71 75 96,0 1.90 11875
1 5 2
T1 113 110 151,0 3.30 20625
1 5 1,5
T1 107 107 143,0 2.80 17500
1 6 2
T2 61 61 112,0 1.30 8125
1 4 2
T2 109 107 200,0 2.80 17500
1 6 2,5
T2 50 50 85,0 1.25 7812,5
1 6 2
1 T2 5 1,5 113 113 148,0 2.40 15000

Autor: Miminho Cornélio Pág. 1


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura (Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas 2021
condições agro-ecológicas de Montepuez

T3 53 53 185,0 1.35 8437,5


1 4 1,5
T3 88 87 99,0 2.30 14375
1 4 2
T3 132 123 153,0 3.60 22500
1 3 2
T3 69 68 103,0 1.85 11562,5
1 7 3
T4 100 96 178 2.80 17500
1 7 3,5
T4 105 99 149 1.90 11875
2 8 1,5
T4 74 74 110 1.85 11562,5
2 5 2
T4 71 71 122 2.25 14062,5
2 8 1,8
T5 76 76 122 3.15 19687,5
2 8 2,4
T5 123 122 158 3.15 19687,5
2 9 1,7
T5 116 107 127 2.35 14687,5
2 5 2
T5 147 139 332 3.85 24062,5
2 6 1,7
2 T5 5 2 150 145 278 5.10 31875

Autor: Miminho Cornélio Pág. 2


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura (Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas 2021
condições agro-ecológicas de Montepuez

T5 138 126 253 2.60 16250


2 9 2
T5 113 112 124 3.35 20937,5
2 10 1,8
T5 118 118 133 1.85 11562,5
2 8 1,6
T5 94 94 105 1.00 6250
2 11 2
T6 141 133 291 3.15 19687,5
2 10 2
T6 113 260,0 260,0 2.40 15000
2 6 1,6
T6 53 132,0 132,0 1.35 8437,5
3 7 4
T6 88 140,0 140,0 2.30 14375
3 4 1,5
T7 132 150,0 150,0 3.60 22500
3 2 2,4
T7 69 96,0 96,0 1.85 11562,5
3 4 1
T7 100 151,0 151,0 2.80 17500
3 3 2
T7 105 143,0 143,0 1.90 11875
3 8 4
T7 74 112,0 112,0 1.85 11562,5
3 10 5
3 T8 11 1,6 2.25 14062,5
71 200,0 200,0

Autor: Miminho Cornélio Pág. 3


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura (Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas 2021
condições agro-ecológicas de Montepuez

T8 76 85,0 85,0 3.15 19687,5


3 23 1,9
T8 123 148,0 148,0 3.15 19687,5
3 7 1,3
T8 116 185,0 185,0 2.35 14687,5
3 8 1,1
T9 147 99,0 99,0 3.85 24062,5
3 12 1,4
T9 150 153,0 153,0 2.40 31875
3 9 2
T9 138 103,0 103,0 1.90 7812,5
3 6 4
T9 113 178 178 3.30 15000
3 4 2
T9 118 149 149 2.80 8437,5
3 11 1,6

Autor: Miminho Cornélio Pág. 4


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura 2021
(Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas
de Montepuez

Apêndices 4: dados processados

df<-read.table("CORNELIO.txt.",header=T)

names(df)

plot(Comprimento~ Tratamento,data=df)

boxplot(Comprimento~ Tratamento,data=df)

model<-lm(Comprimento~ Tratamento,data=df)

anova(model)

library(agricolae)

comparison <- HSD.test(model,"Tratamento", group=TRUE,main="")

comparison

model<-lm(Diametro~ Tratamento,data=df)

anova(model)

library(agricolae)

comparison <- HSD.test(model,"Tratamento", group=TRUE,main="")

comparison

shapiro.test(df$Comprimento)

fligner.test(Comprimento~ Tratamento,data=df)

shapiro.test(df$Diametro)

fligner.test(Diametro~ Tratamento,data=df)

> df<-read.table("CORNELIO.txt.",header=T)
> names(df)
[1] "Repeticao" "Tratamento" "Comprimento" "Diametro"
> plot(Comprimento~ Tratamento,data=df)
> boxplot(Comprimento~ Tratamento,data=df)
> model<-lm(Comprimento~ Tratamento,data=df)
> anova(model)
Analysis of Variance Table

Response: Comprimento DA RAIZ


Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
Tratamento 9 174.3 19.3701 4.7646 3.226e-06 ***
Residuals 890 3618.2 4.0654
---
Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1
> library(agricolae)

Autor: Miminho Cornélio Pág. 1


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura 2021
(Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas
de Montepuez

Warning message:
package ‘agricolae’ was built under R version 3.4.4
> comparison <- HSD.test(model,"Tratamento", group=TRUE,main="")
> comparison
$statistics
MSerror Df Mean CV MSD
4.065416 890 7.468222 26.99823 0.9533406

$parameters
test name.t ntr StudentizedRange alpha
Tukey Tratamento 10 4.485562 0.05

$means
Comprimento std r Min Max Q25 Q50 Q75
T0 8.072222 2.788984 90 2.0 14 6.0 8 10.000
T1 7.844444 2.315852 90 3.0 13 6.0 8 9.375
T2 7.911111 1.680319 90 4.5 12 7.0 8 9.000
T3 7.727778 1.677949 90 3.0 12 6.5 8 9.000
T4 7.655556 2.094193 90 4.0 15 6.0 7 9.000
T5 7.426667 1.826693 90 4.0 13 6.0 7 8.975
T6 7.072222 1.785650 90 4.0 14 6.0 7 8.000
T7 6.811111 2.042495 90 3.0 12 5.0 7 8.375
T8 6.733333 1.906818 90 2.0 12 6.0 7 8.000
T9 7.427778 1.776186 90 4.0 14 6.0 7 8.000

$comparison
NULL

$groups
Comprimento groups
T0 8.072222 a
T2 7.911111 ab
T1 7.844444 ab
T3 7.727778 abc
T4 7.655556 abcd
T9 7.427778 abcd
T5 7.426667 abcd
T6 7.072222 bcd
T7 6.811111 cd
T8 6.733333 d

attr(,"class")
[1] "group"
> model<-lm(Diametro~ Tratamento,data=df)
> anova(model)
Analysis of Variance Table

Response: Diametro DA RAIZ


Df Sum Sq Mean Sq F value Pr(>F)
Tratamento 9 24.866 2.76288 9.7188 2.886e-14 ***
Residuals 890 253.011 0.28428
---
Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1
> library(agricolae)
> comparison <- HSD.test(model,"Tratamento", group=TRUE,main="")
> comparison
$statistics
MSerror Df Mean CV MSD
0.2842818 890 2.133222 24.99415 0.2520984

Autor: Miminho Cornélio Pág. 2


Avaliação do efeito de biofertilizantes no rendimento da Cenoura 2021
(Daucus carota L.), variedade Kuroda, nas condições agro-ecológicas
de Montepuez

$parameters
test name.t ntr StudentizedRange alpha
Tukey Tratamento 10 4.485562 0.05

$means
Diametro std r Min Max Q25 Q50 Q75
T0 2.063333 0.6062317 90 1.0 3.3 1.500 2.0 2.5
T1 2.378889 0.4961638 90 1.5 3.5 2.000 2.5 2.7
T2 2.021111 0.4594805 90 1.5 3.3 1.700 2.0 2.0
T3 2.066667 0.5670741 90 1.0 4.5 2.000 2.0 2.5
T4 2.322222 0.5031983 90 1.5 3.5 2.000 2.0 3.0
T5 2.264444 0.6208568 90 1.0 4.0 2.000 2.0 2.5
T6 2.262222 0.5472254 90 1.0 4.0 2.000 2.0 2.5
T7 2.087778 0.5634620 90 1.0 4.0 1.525 2.0 2.5
T8 1.787778 0.5168678 90 1.0 3.0 1.500 2.0 2.0
T9 2.077778 0.4167228 90 1.0 3.0 2.000 2.0 2.0

$comparison
NULL

$groups
Diametro groups
T1 2.378889 a
T4 2.322222 ab
T5 2.264444 abc
T6 2.262222 abc
T7 2.087778 bc
T9 2.077778 bc
T3 2.066667 c
T0 2.063333 c
T2 2.021111 cd
T8 1.787778 d

attr(,"class")
[1] "group"
> shapiro.test(df$Comprimento)

Shapiro-Wilk normality test

data: df$Comprimento
W = 0.97155, p-value = 2.95e-12

> fligner.test(Comprimento~ Tratamento,data=df)

Fligner-Killeen test of homogeneity of variances

data: Comprimento by Tratamento


Fligner-Killeen:med chi-squared = 46.037, df = 9, p-value = 5.929e-07

> shapiro.test(df$Diametro)

Shapiro-Wilk normality test

data: df$Diametro
W = 0.92268, p-value < 2.2e-16

> fligner.test(Diametro~ Tratamento,data=df)

Fligner-Killeen test of homogeneity of variances

Autor: Miminho Cornélio Pág. 3

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