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Cuamba
Dezembro de 2023
EFEITOS DE BIOINSECTICIDAS NO CONTROLO DE ÁCARO
VERMELHO (Tetranychus evansi Baker & Pritchard) NA CULTURA
DE TOMATE (Solanum lycopersicum L.), NAS CONDIÇÕES AGRO-
ECOLÓGICAS DE MAMBONE-GOVURO
Cuamba
Dezembro de 2023
Efeitos de Bioinsecticidas no Controlo de ácaro vermelho (Tetranychus evansi Baker &
Pritchard) na cultura de Tomate (Solanum lycopersicum L.), nas Condições Agro-
ecológicas de Mambone-Govuro
2024
Aprovação do júri: Este trabalho foi sujeito à avaliação do júri em Dezembro de 2023,
tendo sido aprovado com a classificação final valores.
Júri examinador:
Presidente:
Oponente:
Supervisor:
2024
Declaração de honra
Eu, Pedro Fernando Doda declaro por minha honra que a presente monografia submetida
para obtenção do grau de Licenciatura em Engenharia Agronómica, na Faculdade de
Ciências Agronómicas da Universidade Católica de Moçambique, Cuamba-Niassa,
intitulado efeitos de bioinsecticidas no controlo de Ácaros vermelhos (Tetranychus evansi
Baker & Pritchard) na cultura de tomate (Solanum lycopersicum L.), nas condições agro-
ecológicas de Mambone-Govuro, é da minha total autoria. A própria autenticidade dos
dados e os resultados desta monografia têm como testemunho os supervisores da mesma.
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Dedicatória
Dedico aos meus pais, Fernando Doda Muzobingua e Júlia Francisco, pelo apoio moral e
financeiro. Aos meus irmãos Maria Tatiana Doda, Érica Belina Doda, Fernando Doda
Júnior, Imaculada Da Júlia Damião Alexandre, Wildo Marcelino Fernando Doda e Enzo Da
Sónia Fernando Doda, irmã Victória (em memória), avó Mariana Pedro Martinho (em
memória), aos meus primos, amigos, tios, avós, sobrinhos, padrinhos, pelo apoio
incondicional que me ofereceram durante estes longos anos na academia, por ter me
outorgado o amor, carinho e força.
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Agradecimentos
Primeiramente agradecer ao Senhor Deus Pai todo poderoso pela saúde, presença, força
espiritual que tive durante o período na academia. Aos meus pais pelo apoio moral e
psicológico, também pelo encorajamento que sempre me deram de modo que conseguisse
alcançar o grau de licenciatura sem sobressaltos.
Serei eternamente grato ao meu supervisor Engº. Paulo Xavier Tebulo, co-supervisora Engª
Vânia Vasco Uilissene, ao Nélson Nhacula, Daniel Matthys Christoffel Ehlers, Daniel
Adriano, Armindo João, Joaquim Mugabe.
A todos que directa ou indirectamente contribuiram para a produção desta pesquisa, e que
fizeram parte desta jornada.
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Resumo
O tomate é uma das hortícolas mais importantes no nosso país, contudo os rendimentos em pequenos sistemas
de produção estão abaixo do potencial de colheita, devido ao uso de sementes de baixa qualidade,
incapacidade de controlo de pragas e doenças. Os ácaros vermelhos são pragas que criam sérios danos no
tomate. O produtor do sector familiar em Moçambique possui escassos recursos financeiros para aquisição de
pesticidas químicos, devido ao elevado custo. Dada a maior e fácil disponibilidade na comunidade, os
bioinsecticidas mostram ser uma solução economicamente viável para o controlo de pragas no sector familiar.
Com o objectivo de encontrar alternativas de resolução deste problema, realizou-se um trabalho com o
propósito de avaliar os efeitos de bioinsecticidas (na base de extratos) de Margosa (Azadirachta indica A.
Jus), Rícino (Rícinus communis L.), Tabaco (Nicotina Tabacum L.) e Piri-piri (Capsicum frutescens) no
controlo de Ácaros vermelhos (Tetranychus evansi Baker & Pritchard) na cultura de tomate (Solanum
lycopersicum L.), nas condições agro-ecológicas de Mambone-Govuro. Estudo montado num delineamento
de blocos completos casualizados, sendo constituidos de cinco tratamentos e quatro repetições. Os
tratamentos foram: T1: Margosa 600g/l; T2: Rícino 600g/l; T3: Tabaco 600g/l; T4: Piri-piri 600g/l e T5:
Controlo (Abametin) 1 ml/l. A aplicação dos bioinsecticidas foi realizada quando o nível de controle atingiu 3
ácaros por folha. As variáveis analisadas foram: número de frutos por planta, número de frutos comercias e
não comercias. Os dados foram analisados no pacote estatístico Statistix 10, tendo sido feita a análise de
variância (ANOVA) as comparações entre tratamentos foram realizadas pelo teste de Tukey realizado a 5%
de probabilidade. Para cada tratamento foi feita a análise qualitativa dos frutos baseando-se na sua aparência.
De acordo com os resultados, foi possível notar que não existem diferenças significativas, provalvelmente
devido a cheias que assolaram o distrito de Govuro uma semana antes do transplante. Foi possível notar
também que o Rícino (Rícinus communis L.) possui potencialidades como bioinsecticida, pois apresentou
maior quantidade e melhor qualidade de frutos em relação aos outros tratamentos.
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Abstract
Tomato is one of the most important vegetables in our country; however yields in small production systems
are below harvest potential, due to the use of low quality seeds, inability to control pests and diseases. Red
spider mites are pests that cause serious damage to tomatoes. The family sector producer in Mozambique has
scarce financial resources to purchase chemical pesticides, due to the high cost. Given their greater and easier
availability in the community, bioinsecticides prove to be an economically viable solution for pest control in
the family sector. With the aim of finding alternatives to solve this problem, work was carried out with the
purpose of evaluating the effects of bioinsecticides (based on extracts) of Margosa (Azadirachta indica A.
Jus), Castor (Rícinus communis L.), Tobacco (Nicotina Tabacum L.) and Piri-piri (Capsicum frutescens) in
the control of red spider mites (Tetranychus evansi Baker & Pritchard) in tomato crops (Solanum
lycopersicum L.), in the agro-ecological conditions of Mambone-Govuro. Study set up in a randomized
complete block design, consisting of five treatments and four replications. The treatments were: T1:
Margosa 600g/l; T2: Castor 600g/l; T3: Tobacco 600g/l; T4: Piri-piri 600g/l and T5: Control (Abametin) 1
ml/l. The application of bioinsecticides was carried out when the control level reached 3 mites per leaf. The
variables analyzed were: number of fruits per plant, number of commercial and non-commercial fruits. The
data were analyzed using the Statistix 10 statistical package, with analysis of variance (ANOVA) and
comparisons between treatments being carried treatments were carried out using the Tukey test performed at
5% probability. For each treatment, a qualitative analysis of the fruits was carried out based on their
appearance. According to the results, it was possible to notice that there are no significant differences,
probably due to floods that hit the Govuro district a week before the transplant. It was also possible to note
that Castor (Rícinus communis L.) has potential as a bioinsecticide, as it presented greater quantity and better
quality of fruits compared to other treatments.
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Lista de abreviaturas
ANOVA- Análise de variância
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Lista de tabelas
Tabela 1: Temperaturas necessárias para diferentes estágios da produção do tomateiro ..... 37
Tabela 2: Codificação dos tratamentos ................................................................................. 42
Tabela 3: Esquema da ANOVA ........................................................................................... 49
Tabela 4: Médias de número de frutos por planta (NFP) ..................................................... 54
Tabela 5: Médias de frutos comerciais por tratamento (FC) ................................................ 55
Tabela 6: Médias de número de frutos não comerciais (FNC) ............................................. 56
Tabela 7: Teste de comparação de médias do rendimento ton/ha ........................................ 58
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Lista de gráficos
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Apêndices
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Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ........................................................................................ 17
1.5. Hipóteses:............................................................................................................... 20
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2.8.1. Taxonomia.......................................................................................................... 27
2.8.3. Origem................................................................................................................ 28
2.9.1. Taxonomia.......................................................................................................... 31
2.9.2. Origem................................................................................................................ 32
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2.9.6.1. Tempertura...................................................................................................... 36
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Apêndices .......................................................................................................................... 67
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Generalidades
A origem do tomate é atribuida a América do Sul, é cultivada em quase todo o mundo, e a
sua produção global duplicou nos últimos 20 anos. O principal fator que impulsiona a
expansão da cultura é o crescimento do consumo. (Casa & Evangelista, 2009).
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1.3. Justificativa
O tomate é uma das hortícolas mais importantes em Moçambique, entretanto os
rendimentos em pequenos sistemas de produção estão abaixo do potencial de colheita, por
conta do uso de sementes de baixa qualidade, incapacidade de controlo de pragas e
doenças. O ácaro vermelho é uma praga que cria sérios danos no tomate.
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Os bioinsecticidas são baratos, de baixa toxicidade para o homem e o meio ambiente, e são
localmente disponíveis ou as suas fontes podem ser plantadas na vizinhança dos campos.
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1.4.1. Geral:
Avaliar os efeitos de Bioinsecticidas no controlo de Ácaros vermelhos (Tetranychus
evansi Baker & Pritchard) na cultura de tomate (Solanum lycopersicum L.), nas
condições agro-ecológicas de Mambone-Govuro.
1.4.2. Específicos:
Determinar o índice de ataque da praga em diferentes tratamentos;
1.5. Hipóteses:
H0- Não houve efeito significativo na aplicação de diferentes bioinsecticidas no
controlo do ácaro vermelho (Tetranychus evansi Baker & Pritchard) no rendimento da
cultura de tomate.
H1- Pelo menos um dos tratamentos apresentou efeito significativo na aplicação de
diferentes bioinsecticidas no controlo do ácaro vermelho (Tetranychus evansi Baker &
Pritchard) no rendimento da cultura de tomate.
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2.1. Os bioinsecticidas
2.1.2. Bioinsecticidas
Bioinsecticida é toda substância com efeitos pesticida, insecticida, nematocida,
rodenticida, avicida, herbicida, com certo potencial de combate as pragas, derivados
de uma planta ou qualquer outra substância natural (Gobeia, 2021).
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Em vários países, essa árvore tem sido estudada para forneccer produtos alternativos
aos agrotóxicos, como por exemplo, extractos de frutos, sementes, ramos e folhas,
para controlar pragas em culturas onde o uso de agrotóxicos não é permitido como
no caso dos cultivos orgânicos. Os extractos da margosa tem mostrado acção
repelente e de alteração no crescimento e desenvolvimento de um grande número de
espécies de pragas (Maciel, et al., 2010).
A Margosa (Azadirachta indica A. Jus) é um bioinsecticida eficaz de grande
importância e comercialmente viável, tendo em vista que é barrato, possui efeitos de
longo prazo, não polui e não é nocívo a saúde humana (Gobeia, 2021).
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As folhas de rícino tem acção insecticida, larvícida e vermífuga para várias pragas
incluindo os ácaros vermelhos, sendo que o vegetal é tóxico tanto para as plantas
assim como para o homem, para além do seu uso como insecticida as folhas
apresentam as seguintes propriedades: actividade diurética, actividade
antimicrobiana e acção hepatoprotectora (Maciel et al., 2008).
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O tabaco é uma planta com alto teor tóxico utilizado no controle de pragas, na
agricultura foi estudado e usado como bioinsecticida dado que controla certas
pragas. A nicotina é um dos venenos orgânicos naturais tóxicos, em algumas vezes
é mais usado como insecticidade de contacto (Romua, 2021).
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2.7.1. Pragas
As pragas mais importantes na cultura do tomate em Moçambique são: Roscas
(Agrotis ssp), Afídeos (Aphis gossypii), Lagarta-americana (Helicoverpa armigera),
Nemátodo de galha (Meloidogyne ssp), Falsa-lagarta-mede-palmos (Plusia acuta),
Tripes (Trips tabaci), Mosca Branca (Bemisia tabaci), traça-do tomateiro (Tuta
absoluta), Larva mineira (Liriomyza sp) e Ácaro vermelho (Tetranychus evansy
Baker & Pritchard) (Gobeia, 2021).
2.7.2. Doenças
Existem numerosas doenças que atacam a cultura de tomate causando grandes
perdas. As principais doenças quem ocorrem em Moçambique são causadas por
fungos, bactérias e vírus.
As doenças causadas por fungos são: Murchidão das plântulas (Damping off):
Pythium, Rhizoctonia, Sclerotium e Fusarium; Mancha concêntrica: Alternaria
solani; Míldio (queimado do frio): Phytoptora infestans; Murcha de Fusarium:
Fusarium oxysporum f.sp.lycopersici; murcha de verticillium: Verticillium dahliae.
As doenças causadas por bactérias são: Murcha bacteriana: Pseudomonas
solanacearum; Mancha bacteriana: Xanthomonas vesicatória.
As doenças causadas por vírus são: Tabacco mosaico vírus e Cucumber mosaic
vírus (Jerônimo, et al 2007).
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2.8.1. Taxonomia
Os ácaros vermelhos (Tetranychus evansi Baker & Pritchard) pertencem à classe
arachnida, família Tetranychidae, ordem Acarina, espéciae Tetranychus. É uma
espécie fitofago, que pode atacar muitas plantas como, por exemplo, o tomateiro,
algodoeiro, beringela. Vive nos países tropicais da África. As fêmeas depositam os
ovos na página inferior da folha, as colónias deste ácaro ficam na página inferior
das folhas criando teias, onde picam os tecidos vegetais (Dam, 2006).
O ataque dos ácaros vermelhos começa sempre nas folhas mais velhas, as fêmeas
depositam os ovos esbranquiçados a amarelados e esféricos de 0,1-0,2 mm,
simplesmente posto na página inferior da folha, os ovos chocam quatro a sete dias
depois, os ovos não fertilizdos dão origem a machos (Dam, 2006).
As larvas são um pouco mais largas que os ovos, com uma cor rosada e têm seis
patas, este estágio dura de três a cinco dias. Possuem dois estágios ninfa que dura
seis aos dez dias. A fêmea adulta é oval, laranja avermelhada, com manchas pretas
discretas no abdómen, tem 0,5 mm, vive sete dias e põe duzentos ovos com
longevidade aproximadamente há 30 dias. Os machos são pequenos e alaranjados
(Rosa et al., 2006).
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Ainda que o seu tamanho seja diminutivo, quase invisivel nos primeiros estágios
para pessoas não treinadas, vem-se a olho nu e movem-se rapidamente na superfície
inferior da folha, onde se encontram em um número variável, podendo se encontrar
de alguns até centenas (Dam, 2006).
2.8.3. Origem
O ácaro vermelho (Tetranychus evansi Baker & Pritchard) é provavelmente de
origem sul-americana e foi introduzida acidentalmente noutras partes do mundo,
onde se espalhou para o norte do Zimbabué, onde foi descoberto pela primeira vez
em 1979, entre o final de 1980 e início de 1990 foi introduzido no norte de África,
alcançando a Zâmbia em 1985, e Malawi em torno de 1990.
E em Março de 2001, o ácaro vermelho foi achado pela primeira vez no Quénia por
cientístas no projecto de maneio integrado de ácaro vermelho e foi descoberto na
Espanha em 1995 e Portugal no ano de 2000 (Segeren et al.,1996 citado por Gobeia,
2021).
2.8.4. Expansão
Sabe-se que actualmente o ácaro vermelho ocorre na África do sul, Moçambique,
Namíbia, Zâmbia, Zimbabué, Malawi, República Democrática do Congo, Somália,
Quénia, Marrocos, Israel, Maurícias, Tunísia, Reunião, Seicheles, França, Portugal,
Espanha, Porto Rico, Brasil, e USA concretamente na Califórnia, Arizona e Florida
(Rosa et al., 2006).
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2.8.7.1. Temperatura
No que concerne à temperatura, o desenvolvimento do ácaro vermelho (Tetranychus
evansi Baker & Pritchard) é favorecido em condições secas e quentes, na África do
Sul é considerado a praga mais essencial da estação quente, e na Namíbia a
infestação é muito séria nesta estação (neste caso o inverno), sendo a temperatura
mínima de 10 º C e óptima de 32 º C, favorável ao seu desenvolvimento. A
temperatura de 25 º C, o ciclo de vida completa-se em 13,5 dias (Gobeia, 2021).
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As extremidades das folhas na planta ficam com um tom de cor de laranja, devido à
presença de milhares de ácaros vermelhos, tecem teias esbranquiçadas, primeiro na
página inferior das folhas, mas depois envolvem toda a folha e quando o número de
ácaros se torna elevado, observam-se mesmo teias entre as folhas, as folhas atacadas
na fase inicial de desenvolvimento ficam pequenas, diminuem o rítmo de
crescimento da planta, os frutos ficam pequenos e com maturação precoce, também
causam manchas nos frutos (Gobeia, 2021).
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2.9.1. Taxonomia
O tomate Solanum lycopersicum L é o fruto do tomateiro, planta pertencente à
família Solanaceae, classe Dicotyledones, ordem Solanales (personate) subfamília
Solanoideae, tribo Solaneae, género lycopersicon, espécie esculentum é originária
da região dos Andes, concretamente da zona costeira ocidental da América do Sul,
entre Equador e o Chile (abrangem também regiões da Bolívia, Colômbia e Perú).
(Costa & Heuvelink, 2005).
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2.9.2. Origem
O tomateiro é uma hortaliça fruto da família Solanaceae, seu centro de origem é na
América do Sul, em países como Bolívia, Chile, Colômbia, Peru e Equador.
(Alvarenga, 2004).
O tomate (Solanum lycopersicum L.) é de origem Sul Américana e é planta de
estação fresca. Possui quantidades de vitaminas A e C. É uma das mais importantes
hortícolas a nível mundial, pois, se tem verificado um aumento generalizado da sua
produção, devido a suas várias utilizações, tais como o consumo fresco, indústria e
bem como produto secundário é extraído o óleo das suas sementes, o que o torna
uma olerícola (Gobeia, 2021).
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2.9.5.1. Sementes
As sementes da cultura de tomate são abundantes, com forma de rim ou pera, são
peludas, de cor acastanhada clara, com 3-5 mm de comprimento e 2-4 mm de
largura (Rulken & Ribeiro, 1999).
2.9.5.2. Raiz
O sistema radicular é constituído por uma raiz principal aprumada, que pode
alcançar até 40-60 cm de profundidade, e por raízes secundárias e adventícias. A
raiz principal pode chegar a atingir uma profundidade de 50 cm ou mais, ela produz
um denso conjunto de raízes laterais e adventícias, cujo caule pode ser reto ou
prostrado e pode chegar e atingir uma altura de 2-4 m, ele é sólido, áspero, peludo e
glandular (Naika, 2006).
2.9.5.3. Caule
O caule tém um porte inicial ereto e posteriormente decumbente. O caule é
pubescente, com tricomas unicelulares e pluricelulares, alguns com glândulas que
conferem ao tomateiro um aroma característico, situação, comuns e específicas de
muitas plantas solanáceas. O caule apresenta um alongamento simpodial, no final
do período de crescimento, ou durante este período, o meristema apical do eixo
caulinar aborta ou diferencia-se numa cor (Brito Júnior, 2012).
2.9.5.4. Folha
As folhas são pecioladas, compostas por folíolos (imparifolioladas), do qual
número, dimensão e configuração apresentam variação consoante às variedades. Na
variedade estudada, Roma, o número de folíolos por folha varia entre 20 – 28. A
média da área foliar é aproximado a 160 cm2, a média da área dos folíolos é de 7
cm2, com valores médios máximos de 14,2 - 16,5 cm2 e valores mínimos de 1,61
cm2 - 1,67 cm2. À semelhança do caule, as folhas são pubescentes e revestidas por
tricomas (Brito Júnior, 2012).
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2.9.5.5. Flores
As flores formam cachos, produzindo 6-12 flores, são bissexuais e se desenvolvem
opostos ou entre as folhas. Geralmente, há 6 pétalas de cor amarela e recurvas
quando maduras. Há 6 estames, e as anteras são de cor amarela clara, dispostas em
redor do estilete, o ovário tem uma posição superior e contém 2- 9 compartimentos.
A maior parte dos casos há autopolinização, e também há polinização cruzada. Os
agentes polinizadores mais importantes são abelhas e os abelhões. No que concerne
a sua a sua flor é hermafrodita, se encontra em cachos, tem coloração amarela e são
pequenas (Brito Júnior, 2012).
2.9.5.6. Frutos
Os frutos do tomateiro são carnosos e suculentos, do tipo baga, com massa média
que varia de 5 a 500g, podendo possuir formato achatado, alongado ou globular, e
ser biloculares, triloculares ou pluriloculares. Podendo ser alterados de acordo com
a variedade da espécie (Pinto & Casali, 1980). Os frutos se apresentam com cor
vermelha viva quando estão maduros. O pigmento vermelho, que provoca a cor
vermelha de maneira atrativa, tanto no tomate in natura, quanto nos produtos
industriais derivados deste, é resultante da substância licopeno, a qual se admite ser
anticancerígena. Sendo seu interior fragmentado por lóculos. (Peixoto et al., 2017).
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2.9.6.1. Tempertura
A cultura de tomate tem por exigência o clima temperado, ainda assim, um factor
essencial para a manutenção dessa característica diz respeito à temperatura. Entre os
malefícios ocasionados pela alta temperatura têm-se: diminuição da germinação e
liberação do grão de pólen; menor fixação dos frutos; aparição de frutos pequenos e
com deficiência em relação à quantidade de sementes; anomalias. Pode-se afirmar
que o tomateiro não suporta temperaturas extremas, porém, dependendo da
variedade, pode ser tolerante ao estresse de temperatura (Gomes, 2016).
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2.9.6.2. Luminosidade
Para além da temperatura, outro factor climático importante para o desenvolvimento
da cultura de tomate é a luminosidade. Sua importância se dá, pois fornece energia à
plantação para que esta possa realizar o processo de fotossíntese, e que, de forma
subsequente, provoque o acúmulo de fotoassimilados. Assim, a luminosidade
influencia no alto teor de açúcar nos frutos e sua alta irradiação contribui para o seu
desenvolvimento (Gomes, 2016).
2.9.6.3. Humidade
O tomateiro precisa de um clima relativamente fresco. É essencial que haja um
período de três meses de chuva no mínimo para que o cultivo do tomate não tenha
dificuldades. Longos períodos com escassez de humidade e secos provocam quedas
de botões, de flores e racha dos frutos, enquanto que longos períodos de humidade
excessiva e chuva facilitam o desenvolvimento de fungos e o apodrecimento dos
frutos. O tomateiro adapta-se a várias condições climáticas, variando entre a
temperatura quente e húmida tropical. Não suporta temperaturas abaixo de 10 e nem
acima de 38 ºC (Naika, 2006).
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2.9.6.4. Solos
A cultura de tomate adapta-se bem em grande parte dos solos minerais e de
preferência, arenosos profundos e bem drenados. Tem bom desenvolvimento em
solos com pH = 5,5 - 6,8. Quando se trata de produção orgânica de tomate segundo
a agricultura biológica, o solo deve ser micro biologicamente ativo, enriquecido
com matéria orgânica e nutrição equilibrada de minerais. Deve se fazer a rotação de
culturas, leguminosas de forragem, culturas de cobertura, adubos verdes, estrume,
cal, fosfato e outros minerais procedentes de rochas, além de fertilizantes orgânicos
adicionais (Martins, 2017).
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3.3.4. Piri-piri
Para a preparação da calda de piri-piri, um dia antes da aplicação moeu-se o piri-piri
maduro e seco com almofariz e pilão até ficar em pó, deixou-se em um recipiente
por 24 horas e a quantidade de piri-piri colhida foi de 600g. Segundo (Ascher, 1993)
deve ser usado 100g/l litro de água. Após 24h separou-se a calda do resto dos
resíduos vegetais, e depois se usou coador para coar a calda de modo a evitar o
entupimento do pulverizador.
3.4. Métodos
Para o alcance dos objectivos foi estabelecido um ensaio no campo. Onde os
tratamentos consistiam de pulverizações periódicas com os quatro bioinsecticidas em
estudo e um testemunho (controlo). Antes do estabelecimento do campo de ensaio as
plantas passarm um período de cerca de quatro semanas em tabuleiros deixados na
estufa.
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Onde:
P- Percentagem de dano; N- Plantas observadas em cada classe; n- Total de classes;
V- Classes de danos; NT- Total de plantas observadas;
Foram usadas cinco classes, nomeadamente: 0- Sem danos; 1-Ataque muito ligeiro;
2- Ataque ligeiro, 3- Ataque médio; 4- Ataque sério.
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( ) ( )
Onde:
R (ton/ha) – Rendimento total em tonelada por cada hectare.
Foram colectados dados numéricos dos frutos por tratamento, a colecta foi feita uma
vez por cada semana tendo obtido o número total dos frutos por tramento.Os frutos
foram colhidos a partir do momento que mostravam sinais de amadurecimento,
onde foi avaliado o número de plantas por tratamento.
Sabendo que o mercado é em norma, muito exigente, existe certo padrão em que os
frutos colhidos deveram chegar ao mercado, isto é, sem apresentar sinais de
doenças, bom tamanho, bom aspecto físico. Portanto, foi feita a avaliação
qualitativa dos frutos usando-se como critérios os defeitos fisiológicos, cor de frutos
e ataque por pragas e doenças, tendos os frutos sido classificados em dois grupos
(frutos comerciais e frutos não comerciais).
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3.5.3. Sementeira
Esta actividade teve lugar aos 26 de Janeiro de 2023, que iniciou com enchimento
dos tabuleiros com substrato (mistura de esterco de bovino curtido, materia-seca
decomposta e areia preta). De seguida, a sementeira em tabuleiros foi efeituada no
mesmo dia. A emergência foi de 100%. Aos vinte e um dias após a sementeira as
plântulas tinham em média 18 cm de altura. Não houve registo de ataque de pragas
e doenças. A duração na estufa foi de 36 dias (aos 29 dias as plântulas já se
encontravam em condições para serem transplantadas, mas por conta das cheias que
assolaram o Distrito de Govuro, o transplante teve atraso de uma semana, pois, os
campos se encontravam submersos.) na qual não se fez nenhuma pulverização, mas
realizaram-se determinados amanhos culturais tais como moda e regas.
3.5.4. Transplante
Esta actividade foi realizada aos 2 de Março de 2023, 36 dds (dias depois da
sementeira) no compasso de 90 cm x 50 cm em cada parcela contando com 36
plantas em cada parcela e um universo de 720 plantas em todo ensaio. Foram
selecionadas as melhores plântulas, com diâmetro e altura recomendados e em boas
condições fitossanitárias.
3.5.5. Irrigação
O sistema de rega usada foi gota a gota, com três mangueiras por parcelas dispostos
de forma vertical medido 40 m, foram no total, 12 mangueiras usadas em todo
ensaio, as regas eram feitas de acordo com as necessidades das plantas, sem muita
humidade, nem pouca.
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3.5.6. Tutoramento
Aos 41 (dias depois do transplante), foi efectuada a montagem de tutores convista
assegurarem um crescimento de forma erecto e minimizar-se a queda das plantas
por danos culturais. O tamanho de cada tutor foi de um metro e meio (1,5 m), para o
ensaio o número necessário de tutores foi de 120 estacas.
3.5.9. Colheita
A colheita foi manual. A primeira foi realizada aos 31 de Maio, 90 dias após a
sementeira, a segunda aos 12 de Junho, 102 dias após a sementeira e a última aos 19
de Junho, 125 dias após sementeira. Apêndice 6.
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Variáveis de medição:
Número de frutos por planta;
Frutos comerciais e não comerciais.
Variaveis entomologicas:
2024
2024
70
60
50
40
30
20
10
0
MARGOSA PIRIPIRE RICINOS ACARICIDA TABACO
Indice de ataque da praga antes 67 64,4 64,4 63 60,8
Inice de ataque da praga depois 45,2 52,4 35,2 39,4 36,8
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Feitas as aplicações dos bioinsecticidas os resultados mostraram que o tratamento com Piri-
piri (Capsicum frutescens) teve uma fraca eficácia. Segundo Previero et al., (2010), os
extratos de Piri-piri inibem a alimentação de insetos, repelente natural de insetos,
interrompe o crescimento do inseto por provocar distúrbios na ecdise, troca de fase, impede
comunicação sexual dos insetos, diminuindo a postura e matando ovos, larvas e insetos,
não contamina insetos benéficos à lavoura e predadores naturais. Esta fraca eficácia deve
estar associada aos princípios activos que é diferente entre os bioinsecticidas e o piri-piri
tem menor percentagem de susbtâncias activas concentradas.
Por outro lado, a redução do índice de ataque dos ácaros vermelhos é sustentada pelo facto
do Rícino (Rícinus communis L.) ter acção insecticida, larvícida e vermífuga para várias
pragas incluindo os ácaros, sendo que o vegetal é tóxico tanto para as plantas assim como
para o homem, os princípios activos são Alcalóides (Ricinina), Glucoproteina (Maciel et al,
2008). Actua sobre várias pragas das seguintes maneiras: rompendo ou inibindo o
desenvolvimento de ovos e larvas, bloqueando a mudança de pele de larvas e ninfas,
impedindo a fêmea de pôr ovos, envenenando larvas e adultos, esterilizando os adultos
(Oliveira et al., 2008).
Houve redução do índice de ataque dos ácaros vermelhos, pelo facto do Tabaco (Nicotina
tabacum L.) actuar como insecticida, acaricida de contacto, ingestão e de inalação,
repelente e fungicida, a nicotina é um bioinsecticida muito fitotóxico, pois, a planta
apresenta alto teor tóxico utilizado no controle de pragas na agricultura (Romua, 2021).
O índice de ataque no tabaco em realação ao rícino foi baixo, mas o número de frutos foi
inverso, este facto é justificado por não se ter feito exame químico dos bioinsecticidas para
se saber os principios activos ( % percentagem de toxicidade) e também por não ter se feito
a análise do solo que pudessem guiar a quantidade de fertilizantes a serem aplicados.
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Com base no teste de comparação das médias, pelo teste de Tukey a 5% de significância,
para o dano causado pelos ácaros vermelhos, observaram-se diferenças significativas, todos
os bioinsecticidas apresentaram diferença em relação ao tramento com Acaricida
(Abametin), porém, antes das aplicações dos bioinscticidas o menor índice de severidade
foi observado no tratamento com Tabaco (Nicotina Tabacum L.) em relação ao tratamento
com Acaricida (Abametin) e os restantes tratamentos. Depois das aplicações dos
bioinsecticidas o tratamento com Piri-piri (Capsicum frutescens) teve maior índice de
severidade, facto explicado por o piri-piri ter menor percentagem de susbtâncias activas
concentradas no que diz respeito a princípios activos em relação aos outros bioinsecticidas
(Previero et al., 2010). Acredita-se também que a persisténcia do pesticida (tempo durante
o qual o bioinsecticida se conserva antes da sua decomposição) tenha cido influenciada
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Os tratamentos com Tabaco (Nicotina tabacum L.), Acaricida (Abametin), Rícino (Rícinus
communis L.), Margosa (Azadirachta indica A. Jus) mostraram redução no que concerne ao
índice de severidade.
Fenomeno justificado pelo facto do Tabaco (Nicotina tabacum L.) actuar como insecticida,
acaricida de contacto, ingestão e de inalação, repelente e fungicida, a nicotina é um
bioinsecticida muito fitotóxico, pois, a planta apresenta alto teor tóxico utilizado no
controle de pragas na agricultura (Romua, 2021).
O Rícino (Rícinus communis L.) tem acção insecticida, larvícida e vermífuga para várias
pragas incluindo os ácaros, sendo que o vegetal é tóxico tanto para as plantas assim como
para o homem, os princípios activos são Alcalóides (Ricinina), Glucoproteina (Maciel et al,
2008). Actua sobre várias pragas das seguintes maneiras: rompendo ou inibindo o
desenvolvimento de ovos e larvas, bloqueando a mudança de pele de larvas e ninfas,
impedindo a fêmea de pôr ovos, envenenando larvas e adultos, esterilizando os adultos
(Oliveira et al., 2008).
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Tratamentos Médias
Margosa (Azadirachta indica A. Jus). 29.833 A
Rícino (Rícinus communis L.) 28.979 A
Controlo (Abametin) 27.417 A
Tabaco (Nicotina tabacum L.) 26.562 A
Piri-piri (Capsicum frutescens) 20.064 A
CV (%) 39.13
Media Geral 26.571
Probabilidade 0.6415
Foram colectados dados numéricos dos frutos por tratamento, a colecta foi feita uma vez
por cada semana tendo obtido o número total dos frutos por tramento. Os frutos foram
colhidos a partir do momento que mostravam sinais de amadurecimento, onde foi avaliado
o número de plantas por tratamento.
Pese embora não temha havido diferenças significativas, os valores absolutos mostram que
o tratamento Margosa (Azadirachta indica A. Jus) obteve maior número de frutos com uma
média de 29.833 em relação ao tratamento com Piri-piri (Capsicum frutescens) que
apresentou à média mais baixa de 20.064.
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Tivane (2006), no estudo refente a avaliação do efeito de adubação verde com gliricidia
sepium no rendimento de tomate tengeru-97, na variável número de frutos por planta
encontrou médias que variam de 31.428 a 38.571, os resultados obtidos no presente estudo
(médias que variaram de 20.064 a 29.833), estão abaixo em relação aos obtidos pelo autor
acima citado.
Os resultados obtidos no presente estudo, vão de acordo com os de Gonçalves et al., (2010)
e Silva (2019), que afirmam que plantas conduzidas com maior número de hastes e cachos,
em geral, apresentam maior número de frutos. Portanto, se não se fizer a poda apical das
hastes, o número de frutos será maior. Sensivelmente esta deve ser a justificação dos
resultados obtidos.
De acordo com Seleguini et al., (2006), plantas conduzidas com número maior de cachos
apresentam um efeito positivo na produção de frutos, não afetando o pegamento e a
qualidade final destes. O presente estudo obteve número de frutos próximo
comparativamente com as dos autores acima citados.
Tratamentos Médias
Rícino (Rícinus communis L.) 26.291 A
Controlo (Abametin) 23.229 A
Margosa (Azadirachta indica A. Jus). 22.312 A
Tabaco (Nicotina tabacum L.) 22.187 A
Piri-piri (Capsicum frutescens) 19.874 A
CV (%) 23.50
Media Geral 22.779
Probabilidade 0.6415
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Para o parâmetro frutos comerciais a análise de variância mostra que não houve diferenças
significativas entre os tratamentos. As letras (A) apresentadas na tabela significam que não
há diferenças entres as médias.
Mesmo sem diferenças significativas, a partir dos valores absolutos observados no quadro
desta variável revelam que o tratamento Rícino (Rícinus communis L.) lidera a coluna das
médias com um valor de 26.291 e a menor média foi a do tratamento com Piri-piri
(Capsicum frutescens) 19.874.
Para cada colheita, foi feita a avaliação qualitativa dos frutos usando-se como critérios os
defeitos fisiológicos, cor de frutos e ataque por pragas e doenças, tendos os frutos sido
classificados em dois grupos (frutos comerciais e frutos não comerciais). De acordo com
Amadeu (1975, citado em Tivane, 2006) no estudo refente a avaliação do efeito de
adubação verde com gliricidia sepium no rendimento de tomate tengeru-97: Frutos
comerciais (frutos livres de ataques, bem maduros, polpa de cor vermelha e livre de
doenças e defeitos fisiológicos).
Tratamentos Médias
Controlo (Abametin) 5.3120 A
Piri-piri (Capsicum frutescens) 5.2495 A
Margosa (Azadirachta indica A. Jus). 4.3540 A
Rícino (Rícinus communis L.) 2.8950 A
Tabaco (Nicotina tabacum L.) 2.8745 A
CV (%) 2.56
Media Geral 4.1370
Probabilidade 0.6415
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Os dados obtidos a partir da variável frutos não comerciais mostram que não houve
diferença significativa entre os tratamentos de acordo com a análise de variância. As letras
(A) apresentadas na tabela significam que não há diferenças entres as médias.
O tratamento Controlo (Abametin) teve um amadurecimento precoce dos frutos, tendo este
começado a sua colheita aproximadamente uma semana antes da colheita de frutos do
tratamento Tabaco (Nicotina tabacum L.). De acordo com a aparência dos frutos foi
possível detectar que os frutos provenientes do Controlo (Abametin) eram de baixa
qualidade, pois, apresentavam rachas e podridões. (Apêndice V)
Para cada colheita, foi feita a avaliação qualitativa dos frutos usando-se como critérios os
defeitos fisiológicos, cor de frutos e ataque por pragas e doenças, tendos os frutos sido
classificados em dois grupos (frutos comerciais e frutos não comerciais). De acordo com
Amadeu (1975, citado em Tivane, 2006) no estudo refente a avaliação do efeito de
adubação verde com gliricidia sepium no rendimento de tomate tengeru-97: Frutos não
comerciais (frutos com ataques de insectos, com queimaduras de sol, amolecidos ou
defeitos fisiológicos).
Para Wamser (2009) e Gonçalves et al., (2010), frutos com rachadura, maior causa de
frutos defeituosos ocorrida neste presente trabalho, pode estar relacionada a poda apical das
plantas bem como a suas conduções e chuvas quem acredita-se que teria contribuido.
Os resultados obtidos vão de acordo com Azevedo et al., (2010), aborda que as plantas com
maior número de cachos, os frutos geralmente apresentam massa menor em decorrência,
principalmente, da maior competição por fotoassimilados estabelecida entre os frutos.
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Tratamentos Médias
Rícino (Rícinus communis L.) 14065 A
Tabaco (Nicotina tabacum L.) 13765 A
Controlo (Abametin) 12704 A
Margosa (Azadirachta indica A. Jus). 12466 A
Piri-piri (Capsicum frutescens) 11251 A
CV (%) 28.66
Media Geral 12850
Probabilidade 0.6415
Segundo Melo (2018), atualmente estima-se que a produtividade média nacional seja 8,5
ton/ha para o tomate, de acordo com este autor, o presente estudo também obteve resultado
acima do que o autor acima citado tera encontrado.
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Segundo Govanhica (2019), na obra sobre avaliação do potencial para produção de tomate
em ambiente protegido em Moçambique, salientou que o rendimento da cultura de tomate
em Moçambique está em torno de 7 ton/ha a 21 ton/há. Os resultados do estudo em epigrafe
vão de acordo com os resultados obtidos no presente estudo.
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elevados, isto se deveu ao ataque dos ácaros e a persistência dos bioinsectidas que foram
afectados pela temperatura e vento.
Os extratos de Margosa, Rícino, Tabaco e Piri-piri não foram eficazes no controlo dos
ácaros vermelhos.
Pelos resultados obtidos no presente trabalho, se aceita a hipótese alternativa que diz pelo
menos um dos tratamentos apresentou efeito significativo na aplicação de diferentes
bioinsecticidas no controlo do ácaro vermelho (Tetranychus evansi Baker & Pritchard) no
rendimento da cultura de tomate.
Recomendações
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REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
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Apêndices
Apêndice 1: Protocolo do ensaio
1-Responsável: Pedro Doda
2-Ensaio de: Efeito de bioinsecticidas no controlo de ácaros vermelhos (Tetranychus evansi Baker &
Pritchard) na cultura de tomate (Solanum lycopersicum L.), nas condições agro-ecológicas de Mambone-
Govuro.
8- Objectivo: Avaliar o efeito de bioinsecticidas no controlo de ácaros vermelhos (Tetranychus evansi Baker
& Pritchard) na cultura de tomate (Solanum lycopersicum L.), nas condições agro-ecológicas de Mambone-
Govuro.
11-Número de tratamentos: 5
17-Número de parcelas: 20
18-Comprimento da parcela: 6 m
19-Largura da parcela: 3 m
21-Comprimento útil: 30 m
22-Largura útil: 12 m
24-Boradura: 1 m
25-Comprimento do campo: 32 m
Semanas 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Actividades
Apresentação
a empresa
Preparo do
alfobre e
Sementeira
Lavoura e
Demarcação
do campo
Transplante
Retancha
Sachas e
2024
amontoa
Controle
fitossanitário
Tutoragem
Colheita
Pesagem
Processamento
de dados
Análise dos
dados
Preparação do
relatório
2024
T1 T2 T3 T4 T5
3m Bloco I
T5 T4 T2 T3 T1
Bloco II 16.5 m
1.5 m 1m
T2 T3 T1 T5 T4
Bloco III
Bloco IV T3 T5 T4 T1 T2
32 m
2024