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Aprovação do Júri
O trabalho foi sujeito a avaliação do júri no dia ___ de ___________ de 2021, tendo sido
aprovado com a classificação final de _____ valores.
Júri examinador:
Presidente: ___________________________________
Eng°. Sueco Cipriano
UCM -FCA
Oponente: ___________________________________
Eng°. Paulo Tebulo
UCM –FCA
Supervisor: ___________________________________
Eng°. Mussa Juma Joaquim
UCM -FCA
Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
ecológicas de Cuamba
Declaração de honra
Eu, Bernardino Bernardo Sidónio Mazive, declaro por minha honra que o presente
trabalho para obtenção do grau de Licenciatura em Ciencias Agrarias, com o tema,
"Avaliação da eficácia de Ricinus communis, Azadirachta indica e Carica papaya no
combate á Plutella xylostella L. (LEPIDOPTERA: Plutellidae) na cultura da couve no
distrito de Cuamba", na Província de Niassa, foi por mim elaborado e resulta de um
trabalho de investigação feito em ensaio de campo com instruções do supervisor, consultas
bibliográficas que se encontram citadas e enumeradas nas referências bibliográficas, sendo
de referir que este trabalho nunca foi apresentado por nenhum outro estudante, em condições
similares, para obtenção de qualquer grau académico.
_________________________________________
I
Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
ecológicas de Cuamba
Dedicatória
Aos meus Pais. Sem eles este trabalho seria impossível! Dedico inteiramente ao meu Avo
Manuel Gomes que me manteve focado nos meus objectivos de certa forma para a conclusão
satisfatória deste curso.
Aos meus primos, Aníbal, Riquito, José, Nelito, Dércio, Eládio em especial e a toda minha
família, pelo carinho, atenção, compreensão, apoio incondicional, amor, e por tornarem esse
sonho uma realidade.
Em memória a minha falecida "Avo" Alabia Ofesse que foi como uma Mãe para mim durante
todos os anos da sua vida.
DEDICO
Que este trabalho sirva de fonte de inspiração para minha irmã Mirela das Dores Biquenosse,
e os meus primos.
AMO-VOS
II
Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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Agradecimentos
A Deus, meu anjo da guarda, pela vida, saúde e coragem para enfrentar todos os desafios,
além de iluminar meu caminho para que eu pudesse conhecer lugares e pessoas incríveis.
Ao amigo e orientador MSc. Mussa Juma Joaquim a quem tenho uma grande dívida de
gratidão, pelo exemplo profissional, amparo, atenção, compreensão e paciência.
Aos meus amigos e colegas da faculdade, Delfim Manuel ArmazemGenito Barbosa, Justo
Mucopa, Aguinaldo Abrão Armando, Hélder Da Silva, Estevão Gidião Nguenha Aos meus
pais, tios, primos e toda minha família por sempre confiarem em mim e acreditarem nos
meus sonhos.
III
Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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Resumo
Com o intuito de implementar o programa de Maneio Integrado de Pragas (MIP) através do uso do
controlo biológico com relevância na avaliação da eficiência de três pesticidas naturais,
referidamente, o Ricinus communis, Azadirachta indica e a Carica papaya sobre larvas da traçada-
couve (Plutella xylostella L.) na couve (Brássica olerácea var. acephala) no distrito de Cuamba,
província do Niassa, foi estabelecido um ensaio no campo de produção de hortícola que se localiza
dentro do campus da Faculdade de Ciências Agronômicas. O delineamento usado neste ensaio, foi o
de blocos completos causalizados (DBCC) com quatro tratamentos e quatro repetições de entre os
quais: Controlo (T1), Carica papaya (T2), Ricinus communis (T3) e (T4) Azadirachta indica,
provenientes de 50g de sementes de Rícino, Margosa e folhas de Papaeira correspondentes ao
segundo, terceiro e quarto tratamento, respectivamente. As espécies de pragas decorrentes durante o
ensaio foram, a Plutella xylostella, Spodoptora littoralis e Helllula undalis Fabricius. Os dados
adquiridos foram analisados estatisticamente pela ANOVA, sendo que os resultados comparados
pelo teste de Tukey a 5% de significância. Com os resultados obtidos conclui-se que os extractos de
Azadirachta indica e Carica papaya de uma maneira geral, foram os que se apresentaram eficazes na
diminuição da incidência de populações da Plutella xylostella, praga que esteve presente em todas
fases de crescimento da cultura. Verificou-se uma incidência da Plutella xylostella ligeiramente
acentuada no tratamento controlo e no T3 uso de Ricinus communis em comparação com T4
(extractos de Azadirachta indica) e T2 (Carica papaya) não se tendo registado diferenças
significativas no nível médio de ataque entre estes últimos dois tratamentos.
Palavras-chave: traça-da-couve, pesticidas naturais, controlo biológico.
IV
Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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Abstract
In order to implement the Integrated Pest Management (MIP) program through the use of
biological control with relevance in assessing the effectiveness of three natural pesticides,
namely, Ricinus communis, Azadirachta indica and Carica papaya on cabbage-tracked larvae
(Plutella xylostella L.) on cabbage (Brássica olerácea var. Acephala) in the Cuamba district,
Niassa province, a test was established in the horticultural production field that is located
within the campus of the Faculty of Agricultural Sciences. The design used in this test was
that of complet randomize block desigin (DBCC) with four treatments and four repetitions,
among which: Control (T1), Carica papaya (T2), Ricinus communis (T3) and (T4)
Azadirachta indica, from 50g of Rícino, Margosa seeds and papaya leaves corresponding to
the second, third and fourth treatment, respectively. The species of pests arising during the
test were Plutella xylostella, Spodoptora littoralis and Helllula undalis Fabricius. The data
collected in the trial were statistically smoothed by the ANAVA test, and the results were
subjected to Tukey test at 5% significance. From the results obtained, it can be concluded the
extracts of Azadirachta indica and Carica papaya in general, were the ones that showed to be
effective in reducing the incidence of Plutella xylostella populations, a pest that was present
in all phases of crop growth. There was a slightly higher incidence of Plutella xylostella in
the control treatment and in the plots treated with Ricinus communis compared to plots
treated with extracts of Azadirachta indica and Carica papaya, with no significant differences
in the mean attack level.
Keywords: cabbage moth, natural pesticides, biological control.
V
Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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* Não significativo
** Significativo
VI
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Lista de tabelas
VII
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Lista de gráficos
VIII
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Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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Lista de figuras
IX
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Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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Lista de apêndices
X
Índice
Declaração de honra....................................................................................................................I
Dedicatória................................................................................................................................II
Agradecimentos........................................................................................................................III
Resumo....................................................................................................................................IV
Abstract.....................................................................................................................................V
Lista de siglas e abreviatura.....................................................................................................VI
Lista de tabelas.......................................................................................................................VII
Lista de gráficos....................................................................................................................VIII
Lista de figuras.........................................................................................................................IX
Lista de apêndices.....................................................................................................................X
1.1. Generalidades......................................................................................................................1
1.2. Definição de problema........................................................................................................2
1.3. Justificativa.........................................................................................................................2
1.4. Objectivos...........................................................................................................................3
1.4.1 objectivo geral...............................................................................................................3
1.4.2. Objectivos específicos..................................................................................................3
1.5. Hipóteses.............................................................................................................................3
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA........................................................................4
2.1. Couve Tronchuda................................................................................................................4
2.1.1. Origem da cultura........................................................................................................4
2.1.2. Taxonomia da cultura...................................................................................................4
2.1.3. Produção da couve em Moçambique e no Mundo.......................................................4
2.1.4. Utilização e Composição da Cultura...........................................................................5
2.1.5. Principais factores (Abióticos e Bióticos) limitantes na cultura da couve..................6
2.1.5.1. Factores Abióticos....................................................................................................6
2.1.5.2. Factores Bióticos......................................................................................................6
2.1.6. Pragas da Couve mais importantes em Moçambique..................................................6
2.1.6.3. Traça-da-couve (Plutella xylostella L.).....................................................................7
2.1.6.3.1. Origem e Distribuição............................................................................................7
2.1.6.3.2. Biologia..................................................................................................................7
2.1.6.3.2.1 Ovo.......................................................................................................................7
2.1.6.3.2.2. Larva....................................................................................................................7
2.1.6.3.2.3. Pupa.....................................................................................................................8
2.1.6.3.2.4. Adulto..................................................................................................................8
2.1.6.3.2.5. Danos...................................................................................................................8
2.1.7. Pesticidas derivados de plantas (Botânicos)................................................................8
2.1.7.1. Uso de pesticidas tradicionais pelo sector familiar.................................................9
2.1.7.2. Desvantagens do uso pesticidas botânicos e sintéticos...........................................10
2.1.7.2.1 Vantagens:.............................................................................................................10
2.1.7.2.2. Desvantagens:......................................................................................................10
2.1.7.3. Margosa (Azadirachta indica A. Juss)....................................................................10
2.1.7.4. Rícino (Ricinus communis L.)..................................................................................11
2.1.7.5. Papaeira (Carica papaya).......................................................................................12
2.1.7.6. Importância da Papaeira........................................................................................12
2.1.7.7. Métodos artesanais de extracção dos princípios activos........................................12
2.1.7.7.1. Trituração.............................................................................................................13
2.1.7.7.2. Maceração............................................................................................................13
2.1.7.7.3. Cozimento.............................................................................................................13
2.1.7.7.4. Infusão..................................................................................................................13
2.1.7.7.5. Extracção de sumo...............................................................................................13
2.1.8. Pesticidas sintéticos...................................................................................................14
CAPITULO III. MATERIAL E MÉTODOS...........................................................................15
3.1 Local de estudo..................................................................................................................15
3.2 Características Edafoclimáticas.........................................................................................15
2.2.1. Temperatura...............................................................................................................15
2.2.2. Precipitação...............................................................................................................16
2.2.3. Humidade...................................................................................................................16
2.2.4. Material experimental................................................................................................16
3.3 Método...............................................................................................................................17
3.3.1. Delineamento experimental........................................................................................17
3.3.2 Descrição dos tratamentos..........................................................................................17
3.3.2. condução de Ensaio....................................................................................................17
3.3.3. Obtenção dos extractos aplicados..............................................................................19
3.3.3.1. Rícino (Ricinus communis)......................................................................................19
3.3.3.2. Margosa (Azadirachta indica)................................................................................19
3.3.3.3. Folhas de papaeira (Carica papaya)......................................................................20
3.3.3.4. Sabão.......................................................................................................................21
3.3.3.5. Tratamentos e aplicações dos insecticidas..............................................................21
3.3.3.6. Variáveis observadas...............................................................................................21
3.3.3.6.1. Infestação dos tratamentos...................................................................................21
3.3.3.7. Variáveis Medidas...................................................................................................22
3.3.3.7.1. Percentagem de Infestação..................................................................................22
3.3.3.7.2. Nível Médio de Ataque.........................................................................................22
3.3.3.7.3. Densidade Populacional......................................................................................23
3.3.3.7.4. Rendimento por Tratamento.................................................................................23
3.3.3.7.5. Situação da Plutella xylostella L. no sector familiar...........................................23
3.3.3.9. Análise estatística dos dados...................................................................................23
3.7.1 para dados do experimento.........................................................................................23
5.1 Conclusões.........................................................................................................................30
5.2 Recomendações..................................................................................................................31
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................32
Apêndices.................................................................................................................................37
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Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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CAPITULO I. INTRODUÇÃO
1.1. Generalidades
A traça da Couve, (Plutella xylostella. L), é considerada como principal praga desta cultura.
Um total de 1 bilhão de dólares por ano estimam-se ser necessários para a sua monitoria a
nível mundial (Talekar e Shelton, 1993). Os danos são causados por uma lagarta verde-clara
com a cabeça de cor parda cujo tamanho do corpo varia entre 7 a 10 mm de comprimento
(Carneiro, 1983).
A produção da cultura de couve em Moçambique é feita pelo sector familiar nas baixas ou
sistemas de Regadios com Objectivo de consumo e venda em mercados locais. Brássica
oleácea, é de extrema importância para os produtores de baixa escala, por ser fonte de renda e
nutrição e por fazer com que os agricultores permaneçam financeiramente viáveis
especialmente na agricultura peri-urbana ao longo de todo tempo do ano. (Haber 2015).
Traça da couve - Plutella xylostella L. É uma praga, originária da Europa Ocidental, mas que,
actualmente, está expandida por todo o mundo e, é considerada como uma das pragas mais
importantes das crucíferas cultivadas. O adulto é de hábitos nocturnos, permanecendo oculto
durante o dia, debaixo das folhas. (Caniço et al, 2013).
Faz a postura isoladamente ou em pequenos grupos, na página inferior das folhas, próximo da
nervura principal. Cada fêmea pode pôr 200 ovos. A larva no seu 1º estádio de
desenvolvimento é minadora, fazendo galerias de 3 a 4 mm de comprimento. A partir do 2º
estádio a lagarta vive no exterior, sobretudo na página inferior das folhas. (Caniço et al,
2013).
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Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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1.3. Justificativa
Moçambique faz parte um dos países do terceiro mundo, em que a principal pratica para a
sobrevivência da maior parte da população é agricultura e, o sector familiar é a maior força
de produção hortícola. Esta actividade neste país é caracterizada por baixos “inputs” e
consequentemente baixos “outputs” e carências nutricionais para a maior parte da sua
população.
O uso de pesticidas botânicos no controlo de pragas e doenças nas culturas, poderia ser uma
maior alternativa nas comunidades rurais por ser de baixo custo, aquisição, formulação além
de ser ecologicamente sustentável.
Quanto a academia, a pesquisa tem como proposito garantir fontes cientificas para estudos
futuros referentes à cultura de couve tronchuda no distrito de Cuamba, também servira de
base para o provimento de recomendações sabias e cientificas aos agricultores e todos que
optarem em produzir esta cultura livre de pragas baseando-se no uso de pesticidas botânicos.
Quanto ao meio ambiente, tem por objectivo garantir a sustentabilidade ecológica do meio
ambiente de modo a que os recursos sejam encontrados e usados pelas gerações vindouras.
2
Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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1.4. Objectivos
1.5. Hipóteses
H0: Os diferentes pesticidas naturais Ricinus communis, Azadirachta indica e Carica papaya
não tem efeitos no controlo da traça-da-couve.
H1: Os diferentes pesticidas naturais Ricinus communis, Azadirachta indica e Carica papaya
tem efeitos positivos no controlo da traça-da-couve.
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Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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De acordo com Tindall (1993) citado por Leão (2006), a couve é cultivada no Este e Oeste de
África, Sudeste da Ásia, incluindo Sul da China, Indonésia e Malásia, Oeste da Índia e muitas
áreas tropicais onde é tratado e propagado.
A couve tronchuda foi domesticada a cerca de 5000 anos e agora é cultivada em todo o
mundo, embora nos trópicos o seu cultivo seja maioritariamente restrito a elevações.
Provavelmente é a primeira cultura das couves a ser praticada e o mais importante vegetal de
folhas nas terras do Quénia e países vizinhos.
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Água 82,7%
Cálcio 249mg
Fósforo 93g
Ferro 2,7mg
Sódio 75mg
Potássio 378mg
5
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Vitamina A 10000 UI
Tiamina 0,16mg
Niacina 2,1mg
De acordo com Segeren et al. (1994), das várias pragas que atentam a cultura da couve em
Moçambique são de especial destaque as seguintes:
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2.1.6.3.2. Biologia
2.1.6.3.2.1 Ovo
Os ovos da traça-da-couve são ovais e aplanados, e medem 0.44 mm de comprimento e 0.26
mm de largura. Possuem a cor verde-amarelada ou pálida, e são depositados isoladamente ou
em pequenos grupos de dois a oito ovos em depressões na superfície da folha, ou
ocasionalmente em outras partes de planta. As fêmeas podem depositar 250 a 300 ovos, mas
a produção comum dos ovos provavelmente é de 150 ovos. O tempo de desenvolvimento
calcula-se que seja em média 5-6 dias (Capinera, 2012).
2.1.6.3.2.2. Larva
A larva da traça-de-couve tem quatro instares. Em média o tempo de desenvolvimento e
aproximadamente: 1º estágio - 4,5mm (3-7), 2º estágio – 4mm (2-7), 3º estágio – 4mm (2-8),
e 4º estágio – 5mm (2-10) dias, respectivamente (Capinera, 2012).
Ao longo do seu desenvolvimento, as larvas permanecem bastante pequenas e activas. O
comprimento global de cada instar raramente excede 1.7, 3.5, 7.0, e 11.2 mm,
respectivamente, para instar 1 a 4. As larvas são incolores no primeiro instar, mas depois são
de cor verde podendo medir 12 mm de comprimento (Capinera, 2012).
Estas lagartas alimentam-se das folhas, fazendo pequenos furos de 2-10 mm de diâmetro.
Ficam de preferência na página inferior das folhas protegidas por uma leve tela de seda. As
larvas ao fim do seu desenvolvimento fixam-se nas folhas dentro de um invólucro de seda
solto e transformam-se em pupas dentro deste casulo (Massimo, 2006).
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2.1.6.3.2.3. Pupa
A Pupa desenvolve-se em um casulo de seda solta, normalmente formado nas mais baixas ou
exteriores folhas. Em couve-flor e brócolos, as pupas podem desenvolver no flósculo. A pupa
mede cerca de 7 a 9 mm em comprimento. A duração do casulo calcula-se em média
aproximada de 8,5 dias num intervalo que pode variar de 5 a 15 dias e o período de pupa dura
5-10 dias (Capinera, 2012).
2.1.6.3.2.4. Adulto
O adulto é uma traça pequena, esbelta, cinzenta-marrom com antena pronunciada, asas
anteriores que têm 3 linhas claras triangulares ao longo da margem interna podendo medir
aproximadamente 6 mm de comprimento, e marcado com uma nata larga ou faixa de marrom
clara ao longo da parte de trás. A faixa às vezes é constringida para formar um ou mais
diamantes com luz-colorida na parte de trás que é a base para o nome comum deste insecto.
Quando observado de lado, podem ser vistas as gorjetas das asas que ficam na face superior
ligeiramente (Capinera, 2012).
2.1.6.3.2.5. Danos
Os danos na planta são causados através da alimentação larval. Embora as larvas são muito
pequenas, elas podem ser bastante numerosas, resultando em remoção completa do tecido
folhar com excepção das veias da folha. Também danifica particularmente as mudas, e pode
romper formação de cabeça em repolho, brócolos, e couve-flor. A presença de larvas em
flósculo pode resultar em rejeição completa do produto, até mesmo se o nível de remoção do
tecido de planta é insignificante (Capinera, 2012).
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Pesticidas naturais (botânicos) são produtos derivados de plantas ou partes das mesmas,
podendo ser o próprio material vegetal, normalmente moído até ser reduzido a pó, ou seus
produtos derivados por extracção aquosa ou com solventes orgânicos, tais como álcool, éter,
acetona, clorofórmio, etc. ou destilação com capacidade de combate aos insectos-praga ou
suas larvas (Wiesbrook, 2004).
Insecticida é toda substância com efeito pesticida com um certo potencial no combate aos
insectos (Olmi, 2004).
Segeren (1996), admite que as plantas são atacadas por pragas e doenças já desde milhares de
anos. Durante este período todas as espécies de plantas têm desenvolvido sistemas de
protecção, às vezes muito sofisticados, e baseados principalmente na produção de substâncias
químicas que afastam ou matam o organismo nocivo.
Ainda Segeren (1996), sustenta que este fenómeno é exemplificado pelo facto que existem no
País mais de um milhão de espécies de insectos, ácaros, fungos, bactérias, vírus e nemátodos,
mas o número de espécies realmente nocivos não ultrapasse duzentos, enquanto os maiores
danos são provocados por não mais do que 25 espécies desses organismos. Isto indica que as
plantas têm uma grande capacidade de defender-se, e são realmente fábricas de produtos
químicos constituindo uma fonte de quase ilimitada de pesticidas botânicos.
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Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
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2.1.7.2.1 Vantagens:
São baratos;
São de baixa toxicidade para o homem e o meio ambiente e,
São localmente disponíveis ou as suas fontes podem ser plantadas na vizinhança dos
campos.
2.1.7.2.2. Desvantagens:
Necessitam de algum tempo para actuar;
São mais rapidamente desactivados pelos raios solares;
São menos eficazes no controlo do que pesticidas sintéticos e,
A sua preparação leva um longo tempo.
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Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
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Os efeitos do rícino contra insectos, são devidos a uma toxina denominada de ricina, que e
um corpo cristalino nitrogenado, de fórmula C8H8O2N2, esta que e uma das mais tóxicas
estudadas pelo Homem, sendo encontrada no endosperma das sementes (Moshkin, 1986;
Pinkerton et al., 1999). Esta toxina possui duas subunidades com diferentes funções, porém
agindo de forma conjunta. Uma delas tem efeito inibidor da digestibilidade pela acção de
inibidores proteicos da enzima alfa-amílase, impedindo a digestão e absorção do amido
(Olsnes e Kozlov, 2001) e a outra tem efeito insecticida devido à acção de proteínas
inactivadoras de ribossomas (RIPs) que promovem a morte da célula por inibição da síntese
proteica (Lord et al., 1994).
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Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
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Considerada planta herbácea gigante, pode atingir entre 3 a 8 metros de altura, apresentando
uma raiz pivotante tipo napiforme, que pode atingir mais de 3 metros de profundidade e
raízes secundárias que se concentram em maior quantidade na camada de 30 cm do solo. O
caule é cilíndrico, dividido em entrenós, com porções ocas e diâmetro de até 30 cm
(Mendonça e Medeiros, 2011).
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2.1.7.7.1. Trituração
O material vegetal deve ser seco em um lugar fresco e sombreado, devendo-se fraccionar as
partes mais suculentas para facilitar a evaporação e evitar a putrefacção. Posteriormente, o
material deve ser reduzido a pó, por meio de moagem ou pisoteamento. Existem alguns
materiais que podem ser desidratados ao sol (Escalona et al., 1998).
2.1.7.7.2. Maceração
É um processo de extracção que se realiza à temperatura ambiente, adicionando-se ao
material vegetal seco e triturado ou fresco e picado, um solvente extractor em um recipiente
fechado. O solvente pode ser água, álcool etílico (etanol) ou uma mistura hidra alcoólica. O
tempo de maceração é variável, desde algumas horas até dias (para água, não mais de um dia)
(Escalona et al., 1998).
2.1.7.7.3. Cozimento
É um processo de extracção semelhante ao anterior, porém realizado com o uso de calor,
adicionando-se ao material seco e triturado ou fresco e picado, o solvente extractor em um
recipiente aberto. O solvente pode ser água, etanol ou uma mistura hidra alcoólica. O tempo
de cozimento é variável, porém menor que no caso anterior, podendo oscilar entre 15 e 60
minutos (Escalona et al., 1998).
2.1.7.7.4. Infusão
A extracção se realiza adicionando-se ao material vegetal seco e triturado ou fresco e picado,
o solvente extractor fervente, porém já afastado da fonte de calor e em um recipiente
tampado. O tempo de extracção é menor e varia entre cinco e dez minutos. É o mesmo
procedimento utilizado para o preparo de chá (Escalona et al., 1998).
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Efeito da Eficiência de Carica papaya, Azadirachta indica, e Ricinus communis, no Combate á
Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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Desvantagens:
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Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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2.2.1. Temperatura
A temperatura média anual é de 26°C, com excepção das regiões com altitudes elevadas que
não ultrapassam os 24°C. As temperaturas elevadas são acompanhadas pela pluviosidade
nos meses de Novembro a Março.
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2.2.2. Precipitação
É considerado dia com precipitação aquele com precipitação mínima líquida ou equivalente a
líquida de 1 milímetro. A probabilidade de dias com precipitação em Cuamba varia
acentuadamente ao longo do ano.
2.2.3. Humidade
Baseamos o nível de conforto de humidade no ponto de orvalho, pois ele determina se a
transpiração vai evaporar da pele e, consequentemente, esfriar o corpo. Pontos de orvalho
mais baixos provocam uma sensação de mais secura. Pontos de orvalho mais altos provocam
uma sensação de maior humidade. Diferente da temperatura, que em geral varia
significativamente do dia para a noite, o ponto de orvalho tende a mudar mais lentamente.
Assim, enquanto a temperatura pode cair à noite, um dia abafado normalmente é seguido por
uma noite abafada.
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Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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3.3 Método
T1 Controlo 0 Tratamento
aplicado sem
nenhuma aplicação
T2 Carica papaya 11g de sabão + 1 litro de água + Tratamento com
50g de estratos de folhas da aplicação à extracto
Carica papaya de Carica papaya .
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b) Sementeira
A sementeira no alfobre foi efectuada no dia 09-02-2020 com 1 pacote de couve
variedade tronchuda (10g), as sementes foram enterradas a uma profundidade de 2 a 3
cm, numa distância entre linhas de 0,5 metros.
c) Compasso
O compasso usado para o estabelecimento da cultura no campo, foi de 0.40m x 0.50m, sendo
0.50 m entre linhas e 0.40 m entre plantas dentro das linhas.
d) Transplante
O transplante, efectuou-se na tarde do dia 20 de Marco 2020 após as plântulas apresentarem 3
a 4 folhas verdadeiras, altura de 15 a 18 cm e diâmetro do talo de 4 a 5 mm objectivando a
obtenção de uma densidade de plantas adequadas, e colocou-se duas plântulas por covacho de
modo a proporcionar bom desenvolvimento das mesmas. As plântulas foram enterradas até
logo abaixo da primeira folha, 2 a 3 cm.
e) Etiquetagem
No dia 10 de Abril de 2020, foi efectuada a etiquetagem dos tratamentos. O objectivo da
etiquetagem foi de facilitar a identificação dos blocos e dos tratamentos de modo a facilitar o
processo de controlo do ensaio assim como da colecta de dados.
f) Sacha e Monda
Foram efectuadas 5 sachas, em efectuava-se em simultâneo com a monda. A primeira
efectuou-se 10 ddt, que culminou com a escarificação do terreno, actividade de primordial
importância por facultar a aeração do solo, que influência o desenvolvimento da zona
radicular e posterior crescimento e desenvolvimento da planta. A segunda 20 ddt, a terceira
30 ddt, a quarta 45 ddt e a quinta e a ultima 60 ddt. Houve maior incidência de Tiririca por
isso que se realizou várias Sachas.
g) Colheita
A colheita foi efectuada 65 ddt. Aplicou-se a colheita manual, quando as folhas interiores se
apresentaram sobrepostas, formando um “repolho” pouco firme. Colheram-se as folhas
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Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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quebrando-se o pecíolo rente ao caule, e deixando-se sempre junto ao broto central da planta,
4 a 5 folhas menores em crescimento.
Para cada talhão, tendo em conta o tratamento, eram aplicados 3,5 litros de solução, e a
capacidade de um pulverizador era suficiente para os tratamentos nas quatro repetições. A
dose de rícino usada foi de 50g/l.
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No dia de aplicação, uma hora antes, com ajuda do pano branco (primeiro), separava-se a
solução dos restos do material vegetal e finalmente, usava-se o crivo para coar a solução e
evitar o entupimento do bico do pulverizador. A calda de 5 litros de folhas de papaieira,
inicialmente preparada, correspondia a 2 tratamentos, que era aplicado em 4 talhões (um em
duas repetições), tendo em consideração o coadjuvante a usar na aplicação para cada
tratamento específico. O coadjuvante (sabão) numa proporção de 10g para 1 litro de água, era
misturado na calda, meia hora antes da aplicação.
Para cada parcela, tendo em conta o tratamento, eram aplicados 2,5 litros de solução, e a
capacidade de um pulverizador (20 litros) era suficiente para os tratamentos nas quatro
repetições.
O pulverizador usado para as folhas de papaeira (em todos seus tratamentos) foi diferente do
usado na aplicação da margosa assim como do rícino. A dose das folhas de papaeira usada foi
de 50g/l.
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Plutella xylostella l. (Lepidoptera: Plutellidae) na Cultura da Couve Tronchuda nas condições Agro-
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3.3.3.4. Sabão
Foi usado sabão “mainato”, mole e escuro. Este coadjuvante era preparado e adicionado aos
insecticidas meia hora antes da aplicação. A quantidade usada foi de 11 g/l. Depois de se ter a
quantidade necessária para cada tratamento, o sabão era ralado com garfo de mesa/faca
dentro do balde onde se encontrava a solução do insecticida natural.
Antes da primeira aplicação, fez-se um teste com água, o que confirmou a necessidade de 2,5
litros para cada parcela, correspondente á uma volta de pulverização.
As pulverizações, foram realizadas nas horas mais frescas do dia, isto é, no final do dia (a
partir 16:00 horas) com vista a diminuir os efeitos negativos dos raios solares sobre os
insecticidas aplicados. As referidas pulverizações foram antecedidas por uma rega,
objectivando a permanência por maior tempo possível dos insecticidas aplicados nas folhas
assim como no próprio solo.
Foram realizadas três pulverizações com extractos de Ricinus communis, Azadirachta indica
e folhas frescas de Carica papaya mensalmente, durante um mês e de 07 em 07 dias.
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Onde:
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Onde:
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% de Infestacao
80b
70b
50ab
20a
1 2 3 4
Tratamentos
De uma forma geral, os resultados de percentagem de infestação das plantas em função dos
diferentes tipos de bio pesticidas, variaram 20a – 80b.
Assim, o teste de Tukey (pr. <0.05), a partir do gráfico acima, revelou que os bio pesticidas
usados foram estatisticamente significativos sendo que a maior média foi 80b no tratamento
testemunha (T1) e este que por sua vez não deferiu estatisticamente do Tratamento com
aplicação de extracto de Ricinus communis (T3) que apresentou média de 70b indicando
deste modo maior infestação das plantas, e a menor média foi de 20a registada com aplicação
de extracto de Azadirachta indica (T4) e o (T2) Tratamento com aplicação de extracto de
Carica papaya com média de 50ab demostrando assim menor infestação das plantas
respectivamente, desta forma pode se dizer que a percentagem de infestação varia quando
submetidas a diferentes tipos de bio pesticidas.
Este efeito tóxico da Azadirachta indica já havia sido relatado por Sharma1 et al. (2014),
quando avaliou o efeito tóxico da Azadirachta indica sobre a Plutella xylostella (L.), e obteve
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uma mortalidade larval (86, 76%) nos primeiros estágios larvais que foi significativamente
maior em relação ao tratamento controlo.
A Carica papaya por sua vez, já foi apontada como promissora no controlo de pragas
quando, Siahaya e Rumthe (2014), testando o extrato de folhas de Carica papaya sobre larvas
de S. frungiperda, obtiveram uma percentagem de mortalidade entre 50 e 73% em
concentrações de 10, 100 e 1000 ppm.
Santos et al., (2008) citado por Peron e Ferreira (2012), constataram que o extrato do fruto
verde de Ricinus communis L. a 10% apresentou bioatividade, na duração e peso das fases
larval e pupal de S. frugiperda. Apesar os resultados relatados por estes autores acerca do
Ricinus communis, no presente estudo não se verificou a eficácia, onde este tratamento
apresentou em algumas vezes, resultados abaixo do tratamento controlo. Este efeito pode
estar provavelmente associado, ao método de preparo do material pois, a existência de casca
juntamente com o óleo de Rícino reduz a eficácia deste pesticida (Almeida at al, 2005).
Resultados similares foram obtidos por Almeida at gele, (2005), quando constatou que a
casca do Rícino parece funcionar como material contaminante, que favorece a proliferação de
pragas.
3.2c
1.4b
0.5a
1 2 3 4
Tratamentos
de Azadirachta indica (T4) com 0.5a seguido do tratamento na base de Carica papaya (T2)
com média de 1.4b respectivamente, os tratamentos T1 e T3 tiveram medias elevadas que os
dois anteriores sendo que os valores variaram de 3.2c para o tratamento na base de rícinos
comunis (T3) a 4.8 para o testemunha (T1), estes resultados evidenciam a eficiência da
Azadirachta indica no controlo de traça- da- couve nas condições agro-ecológicas de
Cuamba.
Estas oscilações no nível médio de ataque podem estar relacionadas a desvantagem que os
pesticidas naturais têm de serem facilmente lavados pela água das chuvas e a fraca
persistência aos raios solares o que pode estar associado as chuvas que fustigaram em quase
todo período que o estudo foi levado a cabo. Segundo Capinera (2001), uma grande
proporção de larvas jovens é muita das vezes mortas por chuvas (a chuva é factor de
mortalidade); a Plutella xylostella por sua vez, demanda mais quantidade de alimento
(preferência as folhas) na fase de larva de modo a completar com sucesso as restantes fases
da metamorfose (pupa e adulto).
Dens. Populacional
154.25d
134.25c
53b
30.53a
1 2 3 4
Tratamentos
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De uma forma geral, os resultados de percentagem de infestação das plantas em função dos
diferentes tipos de bio pesticidas, variaram 30.53a – 154.25d.
Assim, o teste de Tukey (pr. <0.05), a partir do gráfico acima, revelou que os bios pesticidas
usados foram estatisticamente significativos sendo que a maior média foi 154.25d no
tratamento testemunha (T1) deferindo estatisticamente com os demais tratamentos. O
Tratamento com aplicação de extracto na base de Carica papaya (T2) g apresentou média de
134.25c indicando deste modo maior densidade populacional, e a menor média foi de 3053a
registada com aplicação de extracto de Azadirachta indica (T4) e o (T3) Tratamento com
aplicação de extracto de Ricinus communis com média de 53b demostrando assim menor
densidade populacional da traça- de- couve respectivamente.
Embora o efeito tóxico dos dois pesticidas tidos como eficazes, Caniço et al (2013) citando
Talekar & Shelton (1993), afirma que o problema de ataque pela Plutella, é tido como grave
no verão o que significa que a época (fresca) em que o presente estudo foi conduzido,
também pode ter influenciado nas tendências da diminuição da densidade populacional.
Como a Plutella, apresenta densidades altas na estação quente, faz sentido que os danos
também são mais elevados nesta estação do ano.
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Rend. Kg/ha
832.2a
732.25ab 709.45ab
619.45b
1 2 3 4
Tratamentos
Gráfico 4 Rendimento
Os dados do gráfico acima mostram haver diferenças significativas entre os tratamentos para
a variável nível rendimento em kg/ha de acordo com o teste de tukey com 5% de nível de
significância, sendo que o melhor rendimento foi obtido com o uso de extracto na base de
Azadirachta indica (T4) com 832.2a, e os tratamentos T2 e T3 não diferiram estatisticamente
sendo que as médias variaram de 732.25ab para o tratamento com o uso de extracto na base
de Carica papaya (T2) e 709.45ab para o tratamento com o uso de extracto na base de rícinos
comunis (T3) respectivamente. O menor rendimento foi observado no tratamento testemunha
(T1) com 619.45, evidenciando assim a influência directa da eficácia do uso de bio pesticida
no rendimento desta cultura.
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5.1 Conclusões
Em linhas gerais, com base nos objectivos propostos e nas condições em que foi realizado o
presente estudo, foi possível concluir que:
- A menor percentagem de infestação, nível de ataque e densidade populacional de traça de
couve foi obtida com a aplicação de substrato na base de Azadirachta indica.
- Os melhores rendimentos da couve foram observados nos talhões tratados com Azadirachta
indica 832.2 (kg/ha), diferenciando-se dos demais substratos em estudo;
- A aplicação da Azadirachta indica e Carica papaya actuaram de forma positiva na redução
de infestação de traça da couve em todas as observações, embora, os tratamentos (T1)
testemunha e (T3) Ricinus communis tenham apresentado maior percentagem de infestação; e
com base nestes resultados e valida a hipótese alternativa que diz que os diferentes pesticidas
naturais Ricinus communis, Azadirachta indica e Carica papaya tem efeitos positivos no
controlo da traça-da-couve
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5.2 Recomendações
Com base no constatado durante a condução do presente estudo sobre avaliação da eficácia
de Ricinus communis, Azadirachta indica e Carica papaya no combate á Plutella xylostella
L. (LEPIDOPTERA: Plutellidae) na cultura da couve no distrito de Cuamba, recomenda-se:
Aos produtores do distrito de Cuamba recomenda-se a introdução (nas comunidades
rurais) da Azadirachta indica e incentivar o plantio da Carica papaya (papaeira) pois
além do seu valor nutritivo como alimento, tem a importância de ser usada como
insecticida natural; que façam estudos principalmente no meio rural, sem lavoura e
gradagem isto e, nas condições do camponês;
A comunidade cientifica recomenda-se que se realize estudos similares a este na
época quente, usando diferentes concentrações dos pesticidas naturais ora avaliados e,
de modo validar ou refutar os resultados obtidos no presente trabalho, com vista a
identificar o melhor substrato natural no combate de traça de couve.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Lisboa.
Berger, A. (1994). Using natural pesticides. Current and future perspectives. A report
of the plant protection improvement programme in Botswana, Zâmbia and
Tanzânia. Report 2. Swedish University of Agriculture Science. Uppsala.
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and some current applications. Faseb J.
Mapilele, C, S., Saifodine, N., Javaid, I.; Segeren, P. (1996). 1º Simpósio Nacional
sobre o uso de pesticidas naturais na agricultura. Departamento de sanidade
vegetal/INIA. Moçambique, série de investigação nº 24.
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Pinkerton, S. D.; Rolfe, R. & AULD, D. L. (1999). Selection of castor with divergent
concentration of ricin and Ricinus communis agglutinin. Crop science.
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Segeren, P.; Van Den Oever.; Compton, J (1994). Pragas, doenças e ervas daninhas
nas culturas alimentares em Moçambique. INIA, Maputo, 150-154 pp.
Siahaya dan, V. G. e Rumthe, R.Y. (2014). Uji ekstrak daun pepaya (Carica papaya)
Terhadap larva Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae). Fakultas
Paertanian Universitas Pattimura
Stoll, G. (1986). Natural crop protection. Based on local farm resources in the tropics
and subtropics. Germany. 188 pp.
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Wiesbrook, M. L. (2004). Natural indeed: are natural insecticides safer and better
than conventional insecticides? Illionois Pesticide Review, Urbana, v. 17.
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Apêndices
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Apêndice 1. Cronograma de actividades
O Actividades Meses
r
Janeiro Fevereiro Marco Abril Maio Junho
d
e Semanas semanas semanas semana semanas semana
m s s
1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3
1 Limpeza do
terreno
2 Lavoura
3 Gradagem
4 Demarcação da
Área
5 Montagem de
alfobre
6 Sementeira
7 Arrumação de
terreno
9 Transplante
10 Regas
11 Retancha
12 Sacha e
escarificação
13 Amontoa
14 Pulverização
15 Colecta de
dados
16 Análise de
dados
17 Elaboração de
relatório
38
Apêndice 2. Esquema de Ensaio
2m
Bloco V T3 T4 T2 T1
Bloco II T3 T2 T4 T1
1m
Bloco I T4 T2 T1 T3
9,5m
T1: Controlo
T2: Carica papaya
T3: Ricinus communis
T4: Azadirachta indica
39
Apêndice 3: Resultados de análise de variância.
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 160.345000 53.448333 0.264 0.8496
TRATAMENTO 3 8400.000000 2800.000000 13.836 0.0010
erro 9 1821.395000 202.377222
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 10381.740000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 25.87
Média geral: 55.0000000 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 1.381399 0.460466 0.572 0.6473
TRATAMENTO 3 46.790769 15.596923 19.383 0.0003
erro 9 7.241950 0.804661
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 55.414117
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 12.44
Média geral: 7.2136411 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 2.250000 0.750000 5.672 0.0184
TRATAMENTO 3 43.950000 14.650000 110.798 0.0000
erro 9 1.190000 0.132222
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 47.390000
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 14.69
Média geral: 2.4750000 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 0.196920 0.065640 7.217 0.0091
TRATAMENTO 3 4.001996 1.333999 146.679 0.0000
erro 9 0.081852 0.009095
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 4.280767
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 5.80
Média geral: 1.6454337 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
TABELA DE ANÁLISE DE VARIÂNCIA
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 96.256875 32.085625 1.014 0.4307
TRATAMENTO 3 43825.001875 14608.333958 461.687 0.0000
erro 9 284.770625 31.641181
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 44206.029375
40
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 6.05
Média geral: 93.0062500 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 0.542001 0.180667 1.076 0.4070
TRATAMENTO 3 133.094124 44.364708 264.269 0.0000
erro 9 1.510895 0.167877
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 135.147020
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 4.44
Média geral: 9.2227741 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 34569.312500 11523.104167 2.840 0.0981
TRATAMENTO 3 91663.807500 30554.602500 7.531 0.0079
erro 9 36514.497500 4057.166389
--------------------------------------------------------------------------------
Total corrigido 15 162747.617500
--------------------------------------------------------------------------------
CV (%) = 8.81
Média geral: 723.3375000 Número de observações: 16
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
FV GL SQ QM Fc Pr>Fc
--------------------------------------------------------------------------------
BLOCO 3 11.637519 3.879173 2.858 0.0968
TRATAMENTO 3 31.345266 10.448422 7.699 0.0074
erro 9 12.214729 1.357192
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Total corrigido 15 55.197515
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CV (%) = 4.34
Média geral: 26.8400383 Número de observações: 16
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