PREFEITURA MUNICIPAL DE IPABA

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

CRAS – Centro de Referência da Assistência Social
Rua Omar Coutinho, nº 178, Bairro Centro – Ipaba/MG CEP: 35198-000
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PROJETO “TEAintegrar”
Autismo e Assistência Social

“O autismo não se cura, se compreende.”

1. INTRODUÇÃO

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento

caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na
comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados,
podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. O TEA é caracterizado
por condições que levam a problemas no desenvolvimento da linguagem, na interação social,
nos processos de comunicação e do comportamento social, sendo classificado como um
transtorno do desenvolvimento. Crianças com transtorno do espectro autista vivenciam uma
trajetória de desenvolvimento em áreas como cognição social, comunicação e padrões de
interesses e comportamentos bem diferentes do comum que se não tratados adequadamente
perpetuam por toda vida.

Caminhou-se muito quanto à compreensão sobre o TEA, podendo afirmar que existem
grandes e importantes avanços, sobretudo no que refere à desmitificação do transtorno e
diminuição de preconceito e críticas infundadas em relação às pessoas que estão no Espectro
do Autismo, pois muitos indivíduos já percebem que aqueles podem se desenvolver em
diversas áreas, caso recebam o tratamento adequado e em tempo hábil. A este respeito,
convêm salientar que cada vez mais estão sendo instituídos tratamentos com vistas a
minimizar os sinais e sintomas e estabelecer uma vida o mais funcional possível, a partir de
uma atuação multiprofissional e interdisciplinar, com médicos, psicólogos, terapeutas
ocupacionais, fisioterapeutas, enfermeiros, educadores físicos, psicopedagogos e outros, com
vistas a propor modelos intervencionistas individualizados holísticos e integrais, visando à
ampliação das habilidades das pessoas assistidas; e é diante de tal, visando minimizar ainda
mais os impactos na vida da pessoa autista, concomitante a família destes, criando uma rede
de conhecimento e fortalecimento que idealizou-se tal projeto.

2. JUSTIFICATIVA
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De acordo com uma pesquisa do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) dos
Estados Unidos da América, existe um aumento na prevalência do Transtorno do Espectro
Autista (TEA) sendo que 1 criança em cada 44 crianças é diagnosticada com TEA. O
aumento foi de 22% em relação à pesquisa anterior que aconteceu no ano de 2020, cuja
proporção era de 1 para 54. Para corroborar os estudos realizados no Brasil, realizou-se uma
pesquisa no interior do estado de São Paulo, no qual a amostra populacional foram crianças
entre 7 e 12 anos de idade, no qual encontrou-se como resultado 27,2% a cada 10 mil
crianças.

Esse crescimento da prevalência do TEA pode estar associado a  três fatores principais,
sendo estes o aumento do acesso aos serviços de diagnóstico, por maior esclarecimento da
população, menos estigma e maior disponibilidade de serviços; segundo, o diagnóstico dos
casos mais leves, que antes não eram identificados e terceiro, um crescimento real do
número de casos até o momento já associado com maiores idades materna e paterna e uso de
algumas substâncias durante a gestação, como por exemplo, o “ácido valpróico”.

Como o diagnóstico de TEA é crônico, os medos das mães se potencializam e reverberam

em seus pensamentos; questionamentos, dúvidas, culpas, sonhos, metas e expectativas em
relação ao futuro dos seus filhos; e o não acolhimento, a falta de conhecimento e outras
dificuldades advindas do diagnóstico causam prejuízos tanto aos seus filhos quanto a estas.

A inclusão de pessoas autistas se da primeiramente na primeira infância, enaltecendo assim a

importância da escola na vida destes; a escola de ensino regular deve saber e estar preparada
para acolher adequadamente as crianças com TEA, pois é papel desta trazer consigo o
resgate dos valores e o respeito pela diferença no contexto social; aceitando integralmente e
incondicionalmente as diferenças de todos, em uma valorização do ser enquanto semelhante
com direitos e oportunidades iguais.

3. OBJETIVO GERAL

Acolher, contribuir, ajudar mães, escola e grupo adivindos a terem melhor compreensão e
manejo adequado para lidar com as pessoas autistas.
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4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Abordar temáticas com base na sensibilização dos depoimentos e dos relatos de

experiências exitosas das mães de pessoas autistas;

b) Abordar temáticas com base na conscientização sobre estudos, pesquisas e

tratamentos atuais para melhor condição de vida da pessoa com autismo e seus familiares;

c) Convidar palestrantes profissionais da aréa para compartilharem suas

experiências/vivências e transferência de conhecimento;

d) Apresentar sobre os direitos das pessoas autistas;

e) Apresentar através de palestras à escola e outros grupos sobre o TEA, as suas

particularidades e a forma de lidar com o mesmo, acolhendo demandas provenientes destes;

f) Criar um grupo de apoio e fortalecimento de vínculos a mães de crianças autistas,

acolhendo e trabalhando demandas advindas deste e outras ações que se fizem dispostas a
estas finalidades.

5. COMPOSIÇÃO

Equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social do município de Ipaba Minas Gerais.

6. AÇÕES

Promover eventos, palestras, acolhidas, passeatas, blitz educativas, entre outros que auxiliem
a cumprir os objetivos acima.

7. FORMATO DAS AÇÕES

a) Interação no grupo de mães via whatsapp;

b) Grupos operativos nas dependências da secretaria municipal de assistência social;
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c) Palestras e encontros nas escolas municipais e em outros locais que se fizerem

necessário, dentre outros.

8. INSTRUMENTOS E PERIODICIDADE DAS AÇÕES

a) Entrevistas de acolhimento;
b) Dinâmicas;
c) Projeção de slides e outros.

As ações inicialmente acontecerão semanalmente, contudo respeitando a flexibilidade de

acordo com a aderência dos participantes.

“Se aprende com as diferenças, não com as igualdades.”

Paulo Freire