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Autismo: cartilha de inclusão das famílias


O Autismo (TEA – Transtorno do Espectro do Autismo) é um
transtorno que afeta as habilidades de comunicação, linguagem e
interação social do indivíduo em diferentes níveis de dificuldades.
Geralmente pessoas autistas podem apresentar comportamentos
repetitivos e restritivos, tendência a viverem mais isolados, entre
outros.
Nessa cartilha, eu, Fernanda Leal - educadora, mãe e empresária, decidi reunir
as principais informações que todos precisamos ter conhecimento para incluir
essas crianças na sociedade da forma que elas merecem. Entrei em contato
com muitos especialistas, mães, educadores e indivíduos que juntos fazem a
diferença. Nessa cartilha vamos entender o que é o autismo, o que a mãe de
criança com TEA precisa saber. Espalhe por aí e defenda essa causa! Vamos
juntos? - Fernanda Leal

“Aceitar o Autismo não é renunciar as pesquisas científicas, os trata-


mentos e metodologias. Aceitar significa respeitar o autista como pessoa
em desenvolvimento.”
— Gretchen Stipp

Quais são as características do autismo?

1. Fique atento a algumas diferenças prin- 4. Perceba se tem atraso, ausência ou re-
cipalmente nas áreas de comunicação gressão na fala.
social e comportamental. O autismo 5. Ausência, ou dificuldade de manter o
sempre é diagnosticado pela observa- olhar;
ção clínica de um conjunto de fatores e
6. Alterações no sono - dificuldade de
características. Apenas alguns dos
dormir. Dorme mas dorme mal e pouco.
aspectos listados abaixo de forma
isolada, não determinam se uma cri- 7. Fica escolhendo a comida. Tem prefe-
ança é autista ou não. rência só por um tipo de comida, por
exemplo.
2. Perceba se seu filho brinca diferente
dos demais, exemplo: empilhar e alinhar 8. Alterações sensoriais, por exemplo:
brinquedos por tamanho, cor, etc.. Pre- agonia de pegar na areia da praia.
ferências por objetos aleatórios ao in- 9. Não quer ficar vestido, quer tirar a
vés de brinquedos, como panelas, talhe- roupa o tempo todo.
res, chaves, palitos, canudos, grave- 10. Por último: não se esqueça! Não existe
tos... exame que identifique o autismo!
3. Perceba se ele não interage, ou parece
não perceber o "outro".
- Já que eu suspeito que meu filho é autista, qual seria o próximo
passo?

P
ara início da pesquisa é necessário buscar um pedia-
tra. Os pediatras hoje tem por lei a obrigação de
aplicar nos primeiros dezoito meses de vida protoco-
los de rastreio precoce de riscos do neurodesenvolvi-
mento, para informar aos profissionais específicos, neurope-
diatra ou psiquiatra infantil, o que ele observou de diferente
na criança (Lei 13438/2017).

Algumas das escalas mais conhecidas são: Cars (Escala de


Classificação de Autismo na Infância – aplicada a crianças 2 de abril: Dia mundial da
conscientização do Autismo
com mais de 2 anos de idade até adolescentes de 17 anos e 11
meses) e a M-CHAT-R/F (aplicado a crianças entre 16 e 30
meses). Terapeutas e médicos são habilitados para aplicar es-
ses protocolos.

Onde consigo ter acesso aos cuidados que meu filho precisa
pela rede pública?
1) Para que seu filho receba os tratamentos adequados, vá até a clínica da família mais
próxima de você;
2) Faça registro online no SISREG para encaminhamento do pediatra e neuropediatra.
3) E para encaminhamento para triagem com o psicólogo e o fonoaudiólogo, o cadastro
também é pelo SISREG.

Os símbolos do Autismo

• A cor azul foi escolhida para representar o TEA devido ao grande número de
diagnósticos em meninos – 4 meninos para cada 1 menina no espectro.
• Criado em 1963 pela Autism Society e popularizado pela Autism Speaks, o que-
bra-cabeça é o mais antigo símbolo do autismo.
• A fita demonstra apoios à causa e visa informar a população sobre os direitos de
quem está no espectro.

Porém, todos esses símbolos estão sendo questionados e substituídos pela comunidade au-
tista pelo símbolo do infinito, que representa as infinitas possibilidades que a sociedade
não tenta compreender, por estar presa a estereótipos. Essa mudança também faz parte
da conscientização.

Página 2 Autismo: cartilha de inclusão das famílias


Inclusão nas escolas: O que a escola precisa ter para receber
uma criança com autismo?

A
Lei Brasileira de Inclusão (LBI — cada estudante com necessidades educativas
Lei 13.146/2015) determina que especiais. É importante que a equipe
toda escola deve ter uma equipe pedagógica tenha conhecimento das
preparada para receber e garantir o necessidades do aluno e ofereça
desenvolvimento de um aluno com oportunidades de desenvolvimento de acordo
deficiência. É necessária a presença de um com as suas habilidades. A escola precisa
profissional que tenha especialização em ter, acima de tudo, compromisso.
educação especial e inclusiva, uma sala de As escolas do município do Rio de Janeiro
recursos multifuncional funcionando no tem salas de recursos em ÉSCOLAS POLO
contra-turno como determina a Lei, para que os alunos autistas frequentem.
mediador escolar e/ou profissional de apoio, Quando um aluno com laudo de TEA chega à
de acordo com a necessidade específica de escola pública municipal, deve ser avaliado
cada aluno incluído. Para cada um desses pela equipe especializada da CRE
alunos a escola precisa também laborar um (Coordenadoria Regional de Educação) e a
PEI (Plano Educacional Individualizado) , que escola precisa ter o agente especial.
é um planejamento de ações específicas para

Créditos e agradecimento especial:


Margarete Lima - Psicopedagoga cínica institucional

Lívia Couri – Professora e presidente da ONG Anjinho Azul

Jonas Pacheco- Psicopedagogo e Psicanalista

Lute pelo direito do seu filho:


A criança diagnosticada com autismo tem uma série de direitos e benefí-
cios garantidos por lei. Veja quais são:

 Vale transporte- No município do Rio de Janeiro, temos o cartão verde, que é inter-
municipal. A retirada é feita no poupa tempo.
 Cartão azul Municipal (estacionamento) – A solicitação é feita na SMTR (Secretaria
Municipal de transporte).
 Desconto na compra do carro zero da família com isenção de IOF e IPVA (este último
pode ser total ou parcial).
 Passagem de avião com 50% de desconto e acompanhante tem direito à gratuidade.
 Meia entrada e gratuidade em alguns casos.
 Vaga reservada no estacionamento dos shoppings.
 Lei Berenice Piana: reconhece o autismo como uma deficiência, estendendo aos autis-
tas, para efeitos legais, todos os direitos previstos para pessoas com algum tipo de
deficiência.
 Sancionada em 2020, a Lei Nº 13.977 – conhecida como Lei Romeo Mion – estabelece a
emissão de uma Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Au-
tista.
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Serviço:
CAPS Centro de Atenção Psicossocial - Prefeitura do Rio (https://www.rio.rj.gov.br/web/
sms/caps ). Busque o CAPS mais próximo de você, lá você encontra orientação e algumas te-
rapias.
Centro Municipal de Referência da Pessoa com Deficiência – Campo Grande- FunLar. En-
dereço: R. Prof. Carlos Boisson, S/N - Campo Grande, Rio de Janeiro - Rj.

Passo a passo para requerer o LOAS:

Em caso de extrema pobreza as famílias de crianças autistas com laudo podem e devem
requerer ao LOAS: LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

 Para dar entrada no benefício é preciso fazer contato com CRAS Centro de referencia
de assistencia social. O CRAS é unidade pública de atendimento à população são
oferecidos os serviços de Assistência Social.

 Feito isso, é preciso se cadastras no Cadúnico - Ao se inscrever ou atualizar seus


dados no Cadastro Único, você pode tentar participar de vários programas sociais.
https://www.gov.br/pt-br/servicos/inscrever-se-no-cadastro-unico-para-programas-
sociais-do-governo-federal

 Feito o cadastro, é preciso ligar para o telefone 135 (INSS) e agendar a entrevista pa-
ra conseguir o benefício. Para agendamento da entrevista é necessário ter o laudo que
atesta a deficiência da criança.

 Em caso de negativa pelo INSS, procurar a defensoria pública.

Nascida e criada na Zona Oeste carioca, Fernanda Leal cres-


ceu em uma família com poucos recursos, mas com muitos va-
lores. Desde muito jovem, Fernanda percebeu que para
‘mudar o jogo’, era preciso arregaçar as mangas e ir à luta.
Formou-se em duas faculdades: administração de empresas e
educação física. Casada, e mãe de dois filhos, a ‘cria’ de Cam-
po Grande é gente da gente e se empenha em servir a comu-
nidade. Empresária do ramo educacional e
ativista da causa da pessoa autista, Fernan-
@fernandalealoliveira
da trata a educação como um meio trans-
formador de vidas e agente principal que
move a sociedade.
Aponte a câmera do celular para
imagem e baixe o nosso material
Com todos os links e serviços cita-
dos na cartilha!

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