Você está na página 1de 3

Como as descobertas de Broca e

Wernicke afetaram a psicologia e a


neurociência?

As faces da medicina
Entendendo que são partes fundamentais para o desenvolvimento humano de acordo com
especialistas, a psicologia e a neurociência estabelecem uma relação necessária e peculiar
entre si, a qual determina, acompanha e apoia a evolução de um indivíduo, bem como seus
conceitos leais e evolutivos. Embora interajam, trabalham em esferas de ação distintas,
entretanto, específicas do corpo humano

Em primeira análise, entende-se que a psicologia é a ciência que estuda o comportamento


humano e seus processos mentais. Estuda o que motiva o comportamento humano – o que o
sustenta, o que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção,
percepção, aprendizagem e inteligência. Dessa forma, a psicologia pode contribuir em várias
áreas de conhecimento, possibilitando a cada área uma gama infinita de descobertas sobre o
homem e seu comportamento, ou sobre o homem e suas relações.

Partindo de tal princípio, Pierre Paul Broca formara uma revolução em seu tempo! Nascido
na França em 1924, se tornou professor de medicina na Universidade de Paris, onde estudou
e publicou trabalhos sobre tratamento de aneurismas e a mortalidade infantil. Sua maior
contribuição à neurologia foi a identificação no cérebro do “ centro do uso da palavra “, uma
região do lobo frontal esquerdo, hoje conhecida como “ Área da Broca “ . É a parte do cérebro
responsável pela expressão da linguagem, ou seja, contém programas motores de fala.

Ao examinar cérebros de pacientes na produção da fala, Broca descreveu os sintomas


resultantes de lesões como a incompreensão perfeita da linguagem. Os pacientes não
conseguiram formular sentenças completas ou exprimir ideias escrevendo, contudo,
expressavam perfeitamente a execução de palavras isoladas.

Não obstante de Broca, Carl Wernicke, especialista em neurologia e pisiquiatria, fizera uma
descoberta singular em seu tempo através da neurociência. Esta é a parte que estuda o
sistema nervoso e suas funcionalidades. Dessa forma, os três elementos que norteiam esse
estudo são o cérebro, os nervos periféricos e a medula espinhal. Cada um deles faz parte do
sistema nervoso do corpo humano, sendo responsável por coordenar as atividades voluntárias
e involuntárias. Wernicke nasceu em 1905. Foi um anatomista, psiquiatra e neuropatologista
alemão. É conhecido por sua pesquisa sobre os efeitos patológicos de específicas formas de
encefalopatias e no estudo sobre afasias, cuja definição é um distúrbio de linguagem que afeta
a capacidade de comunicação, expressão e entendimento da linguagem escrita e falada.
Pouco tempo após Paul Broca ter publicado seus achados em déficits de linguagem, Wernicke
passou a pesquisar os efeitos do traumatismo craniano na linguagem e concluiu que nem
todos os déficits de linguagem eram resultado de danos à área de Broca. Notou que lesões na

2
região posterior esquerda do giro temporal superior resultavam em déficits na compreensão da
linguagem onde hoje é chamada de área de Wernicke.

Embora ambas áreas ( Broca e Wernicke ) estejam relacionadas com a capacidade de


comunicar, há divergências entre as mesmas. A área da Broca está involucrada no
ordenamento dos fonemas ( unidade mínima da linguagem ) em palavras e na união das
palavras para formas frases e orações, enquanto que a área de Wernicke é responsável por
processar os sons que escutamos e relacioná-los com a fala e com a linguagem que já
conhecemos, ou seja, uma é responsável por planificar o modo de falar e a outra garante a
compreensão do que é dito.

Em última análise, as descobertas de Pierre Paul Broca e Carl Wernicke afetaram


positivamente a psicologia e a neurociência, visto que seus achados contribuíram para o
desenvolvimento humano em suas respectivas áreas, comungam com o bem estar e avanço
da medicina, bem como abrem portas para a evolução da mesma em favor do ser humano, a
saber que são os principais responsáveis pela primeira evidência sobra a localização da
função da linguagem no cérebro, realizando assim, os primeiros estudos dos distúrbios de fala.

Você também pode gostar