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Ficha de Leitura de Psicolinguística Número: 2


Nome do Estudante: Cuna Jr
Tema: Exercícios de Compreensão
Referências Bibliográficas

Atkinson, R. C. & Shiffrin, R. M. (1968). Human memory: A proposed system and its control
processes. Em K. Spence & J. Spence (Eds.), The psychology of learning and motivation
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Baddeley, A. (2000). Short-term and working memory. Em Tulving, E. & Craik, F.I.M. (Orgs.)
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Flory, Elizabete Villibor; SOUZA, Maria Thereza Costa Coelho. (2009). Bilinguismo:
Diferentes definições, diversas implicações. Revista Intercâmbio, volume. São Paulo:
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Figueiredo, Francisco José Quaresma de. (1995). Aquisição e Aprendizagem de Segunda


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Giles, H. (1979). Ethnicity markers in speech. In: SCHERER, K. & GILES, H. (eds.). Social
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Houaiss, Antônio. (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de. Janeiro, Ed.
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Krashen, Stephen. (1985). The Input Hypothesis. issues and implications. Harlow: Longman.

Maranhe, E. A. (2011). Uma Visão sobre a Aquisição da Leitura e da Escrita. Objetos


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Lenneberg, Eric. (1967). Biological foundations of language. Nova York: Wiley,

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GINGRAS, R (ed.) Second Language Acquisition and Foreign Language Teaching.
Arlington: VA.: Center for Applied Linguistics,

Tulving, E. (1982). Synergidtic ecphory in recall and recognition. Canadian Journal of


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Psychology.

1. Sobre a produção e Compreensão da Linguagem. Explica:

a). Os sistemas biológicos de produção e compreensão da linguagem: sistema nervoso,


sistema respiratório, sistema fonatório, sistema articulatório, sistema auditivo, sistema
visual.

R: sobre sistema nervoso, o mesmo permite a codificação (transmissão organizada) e a


decodificação (tradução dos símbolos recebidos em informação) das nossas mensagens acústicas.

Sobre sistema respiratório. Para falarmos precisamos ativar o nosso sistema respiratório (pulmões
e diafragma). Desde a produção do ar até a sua retirada como fala pelo sistema articulatório.

Sobre o sistema fonatório, o mesmo se processa através da coordenação de um conjunto de


atividades intelectuais instintivas ou deliberadas, comandos e impulsos nervosos e a consequente
contração seletiva de determinados grupamentos musculares. O resultado final de todo este
processo é a emissão de uma mensagem acústica: a voz. A voz humana está presente desde o
nascimento sob a forma do choro, do riso e gritos. Posteriormente ela obedecerá uma sequência
de símbolos adquiridos tomando a forma da fala.

Sobre sistema articulatório, nesse sistema é onde o som fundamental é decomposto em sons de
fala (fonemas) através de mecanismo de articulação no qual tomam parte os lábios, dentes,
língua, palatos duro e mole, mandibula e a própria laringe.

Sobre sistema auditivo, de acordo com Kainz, (s/d), esse sistema tem uma função essencialmente
sensório-neural. Sem a audição o homem se vê privado de perceber os sons da vida, adquirir
espontaneamente a linguagem e desenvolver o pensamento abstrato.

O sistema visual, para compreender o mundo que está ao nosso redor, o ser humano é equiparado
com um sistema visual que lhe permite captar e perceber os objectos através da luminosidade. A
linguagem visual é um fenómeno de cultura que se estrutura como imagem e se constitui como
pratica significante, isto é, pratica de produção de sentido. Para produzirmos e compreender a
linguagem através da visão dependemos da luz
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b) As áreas cerebrais importantes para a percepção e produção da linguagem: a fissura


longitudinal, a fissura central, a fissura de Sylvius, área de Broca, área de Wernicke, Zona
auditiva primária, zona visual primária, lóbulos frontal, parietal, temporal e occipital

R: a fissura longitudinal tem a função de conectar os dois hemisférios cerebrais levando a


informação ou linguagem de um hemisfério para o outro

Sobre a fissura central, a mesma tem como função o controle de atenção e pensamento abstrato

Sobre fissura Sylyius, língua a área de Broca e área de Wernicke.

Sobre área de Broca, essa é responsável pela a programação da actividade motora relacionada
com a expressão da linguagem que correspondem (área 44 e parte da 45 Brodmann) é uma
homenagem ao francês Paul Broca.

Sobre área de Wernicke, essa é responsável pela decodificação da linguagem, uma pessoa com
lesão nessa área vai apresentar dificuldades em decodificar a linguagem.

Sobre zona auditiva é responsável pela audição (captação da mensagem acústica), responsável
pela palavra, memoria auditiva e interpretativa.

Sobre zona visual primária, captação da mensagem da linguagem através da profundidade da luz.

Sobre lóbulos frontal, é responsável pelo pensamento, cognição, pensamento do movimento.

A área parietal é responsável pela percepção, visão, leitura, palavra escrita.

A área temporal é responsável pela forma visual da linguagem e pela memoria ligada a
linguagem.

A área occipital é responsável pelo alfato e emoções.

c) As principais estruturas do cérebro: o córtex cerebral e os vários elementos subcorticais:


o cerebelo, a ponte, a medula, a corda espinhal.

R: sobre o córtex cerebral, tem a função de pensar, raciocinar, memorizar, compor, falar,
entender a linguagem ou a música, escrever, ler, cantar, tocar instrumentos, músicas etc.
compreensão e expressão da linguagem.
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O cerebelo tem a função de controle do equilíbrio (estático e dinâmico-marcha), controle da


coordenação motora da fala. Uma pessoa com lesão nessa parte do cérebro vai apresentar
dificuldades de coordenação das contrações da laringe, orofaringe e língua durante a fala, levando
a um misto de disfonia com disartria.

Sobre a ponte, a ponte é a principal conexão com o cérebro e coordena as representações


sensoriais dos espaços percetuais, visuais, auditivos e somatossensoriais.

Sobre a medula, é responsável por espalhar as informações por todo corpo, onde os nervos
emergem da medula espinal passa pelo forme intervertebral.

d). Os aspectos fundamentais das funções dos dois hemisférios cerebrais:


complementaridade, assimetria.

R: O hemisfério esquerdo controla a linguagem e a fala na maioria das pessoas. O hemisfério


direito comanda a interpretação das imagens e dos espaços tridimensionais. A diferença entre
esses dois é percebida na linguagem e habilidades manuais.

e). O sistema auditivo: aspectos fundamentais da sua estrutura e estágios de funcionamento.

R: A audição é uma função essencialmente sensório-neural, a fonação se processa através da


coordenação de um conjunto de atividades intelectuais instintivas ou deliberadas, comandos e
impulsos nervosos e a consequente contração seletiva de determinados grupamentos musculares.

Uma mensagem acústica é recebida nas circunvoluções do pavilhão auricular, concentrada no


meato acústico externo, percorrendo, a partir dali toda a extensão do conduto auditivo externo
(2,5 cm) até encontrar, no seu limite medial, a membrana timpânica. Posta em vibração, a
membrana timpânica movimenta sincronicamente toda a cadeia ossicular: martelo, bigorna e
estribo.

Sem a audição o homem se vê privado de perceber os sons da vida, adquirir espontaneamente a


linguagem e desenvolver o pensamento abstrato.

De acordo com Kainz (1956), esta forma de linguagem, também conhecida como linguagem
auditivo-oral, cumpre quatro atribuições principais na espécie humana:

a) Forma de expressão interjetiva (exclamação);


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b) Apelo imperativo (solicitação);

c) Questionamento interrogativo (interpelação);

d) Forma de declaração indicativa (explanação).

f). O sistema visual: aspectos fundamentais da sua estrutura (o olho, a retina, o nervo óptico
e o córtex visual) e funcionamento.

R: o sistema visual produz e compreende a linguagem através da imagem, o olho é responsável


pela captação da luz gerando imagens continuas que são transmitidas ao cérebro de forma
instantânea. A retina tem a função de registrar o que o olho capta em seguida decodifica
reconhece e interpreta. O nervo óptico tem a função de captar cores, formas e tamanhos e traduz
essas informações para que o individuo possa enxergar, leva os impulsos da retina ao cerebro.

g). Alguns Modelos de Funcionamento da Memória Humana:

h). Modelo de Richard Atkinson e Richard Shiffrin (1968, 1971): registos sensoriais,
memória de curto prazo, memória semântica.

R: Medelo de Richard (1968, 1971), os registros sensoriais tem como característica a


permanência por algum tempo das informações após o fim da estimulação, o que auxilia na sua
análise mais detalhada (Eysenck & Keane, 1994). As memórias sensoriais captam apenas
material não analisado e o mantém por um breve espaço de tempo.

Medelo de Richard (1968, 1971), a memória de curto prazo oferece uma capacidade
extremamente limitada de armazenamento de informações que são mantidas pelo tempo em que
estamos ativamente pensando sobre elas (Richard, 2000).

Medelo de Richard (1968, 1971), por fim a memória Semântica refere-se ao conhecimento geral
de uma pessoa sobre o mundo (Tulving, 1972, 1983). Engloba um leque alargado de informação,
incluindo factos, conceitos e vocabulários

i). Modelo de Baddeley (1990): memória de trabalho (o executivo central, o armazém


fonológico e o armazém visual)

R: de acordo com este Modelo de Baddley (1990) a memoria de trabalho comporta o circuito
fonológico, este por sua vez suporta o armazenamento temporário, treino e recuperação de
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representações fonológicas, enquanto que o caderno de rascunho visuo-espacial realiza funções


análogas para as representações visuais dos estímulos e da posição dos estímulos no espaço
visual.

E a central executiva que é um sistema de controlo da atenção de capacidade limitada, que


supervisiona e coordena as operações dos subsistemas dependentes e medeia a manipulação dos
seus conteúdos

j). Modelo de Tulving (1984): memória processual, memória semântica e memória episódica

R: segundo esse modelo a Memória Procedimental refere-se à aprendizagem de capacidades


motoras e cognitivas e manifesta-se em várias situações (ex: aprender a andar de bicicleta).

A Memória Semântica refere-se ao conhecimento geral de uma pessoa sobre o mundo (Tulving,
1972, 1983). Engloba um leque alargado de informação, incluindo factos, conceitos e
vocabulários.

A Memória Episódica permite a aquisição e recuperação de informação sobre experiências


pessoais específicas que ocorrem num determinado momento e lugar (Tulving, 1972, 1984)

2. No concernente a Aquisição da L1, L2, LE (Língua Estrangeira) faça uma análise crítica sobre:

a) Factores fundamentais que afectam a aquisição da linguagem: o meio ambiente, a mente,


o sistema cognitivo,

R: a natureza do desenvolvimento da linguagem linguístico da criança tem sido motivo de


interesse dos estudiosos da linguagem e da cognição humana há bastante tempo. (Ingram, 1989).

Levando em consideração alguns pressupostos teóricos quanto ao meio ambiente consigo aferir
que o ambiente desempenha um papel fundamental no processo de aquisição, já que a criança,
por ela mesma, não é considerada capaz de desenvolver a linguagem, dependendo de fatores
externos para que esse desenvolvimento aconteça. Assim sendo o individuo precisa do meio
ambiente para adquirir e aperfeiçoar a sua linguagem.

A mente, factores ligados a mente estão relacionados a componentes linguísticos (sintaxe,


semântica, pragmática) enquanto para outros a aquisição é inata e para outros ainda é possível a
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partir da comunicação e interação social. uma vez que começam a falar, as crianças demonstram
o conhecimento sobre suas mentes e sobre as dos outros de uma maneira mais direta, sendo
capazes de falar sobre estados mentais. (BLoom, 2004:19).

Processos cognitivos, esses afectam a frequência de aprendizagem, isto é, crianças que, apesar de
incomum, ouvem uma alta proporção de exemplos de uma determinada forma linguística
aprendem essa forma mais rapidamente que as crianças que recebem estimulação normal desses
mesmos exemplos.

b) A Teoria Behaviourista, a Teoria Inatista e a Teoria Cognitiva, Teoria de Krashen,


Hipótese da idade crítica;

R: Teoria Behavioristista, segundo esses a aquisição da linguagem é condicionada, desta feita


percebo que para um individuo adquirir a linguagem deve estar exposta a condições ambientais
onde vai dar resposta de acordo com o estímulo.

Teoria Inatista, segundo essa abordagem os seres humanos são dotados, desde o seu nascimento,
de uma disposição inata, específica para a linguagem, denominada de Gramática Universal. Com
isto percebo que, a existência de tal mecanismo explica o fato de a criança, com base em tão
pouca evidência, ser capaz de adquirir uma língua altamente complexa de forma tão rápida.

Teoria cognitiva, para Piaget, o único equipamento com o qual a criança nasce é um forte
instinto de aprender e de compreender o mundo e um cérebro adaptado de forma única para
extrair padrões e resolver problemas. Com essa abordagem concluo que a linguagem é mais um
dos muitos desafios que a criança enfrenta e resolve à medida que cresce, devendo, portanto, ser
estudado no contexto do desenvolvimento social e intelectual geral da criança.

Teoria de Krashen, segundo Krashen adquirimos as regras de uma língua em uma maneira
previsível e que a ordem de aquisição da L1 é a mesma da sequência adquirida na L2. Krashen
(apud Spada 1999:39) afirma que a única forma de adquirirmos uma língua é a partir da
exposição a imputs compreensíveis (tradução nossa).

Hipótese da idade crítica, Lennenberg (1967) propôs a existência de um período critico para a
aquisição da linguagem tendo como pressuposto que a linguagem é inata. O período critico pode
ser o pico do processo de aquisição da linguagem. Isso não significa que não pode haver
aquisição em outros períodos da vida.
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c) Distinção teórica entre a aquisição e a aprendizagem, língua segunda e língua


estrangeira,

R: Segundo Krashen aquisição se dá de maneira inconsciente, geralmente em contextos ditos


naturais (ou seja, não instrucionais) e a aprendizagem é um processo consciente de retenção de
conhecimento e se dá em ambiente instrucional.

Quanto a diferença entre a língua segunda e a língua estrageira. Assim, no caso do termo
segunda língua, a língua tem um papel institucional e social bem consolidado na comunidade em
que o aprendiz está inserido. Além disso, ela é reconhecida como a língua de comunicação entre
os membros daquela sociedade. No caso da língua estrangeira, a língua não tem nenhum papel
institucional ou social relevante, sendo, na maioria das vezes, somente objeto de instrução. É o
caso do inglês em Moçambique.

d) Tipos de bilinguismos: bilinguismo aditivo, bilinguismo subtractivo, bilinguismo


coordenado, bilinguismo composto.

R: Segundo o Flory, (2009), o bilinguismo Aditivo: o indivíduo adquire a segunda língua sem
prejuízo da primeira. Nesses casos, em geral, as duas línguas são valorizadas na sociedade em
que está inserido;

Bilinguismo Subtrativo: o indivíduo adquire a segunda língua às custas da perda da língua


materna. Nesses casos, em geral, a língua materna não é valorizada na sociedade em que o falante
está inserido;

Para Houaiss, (2001), o bilinguismo composto: situação em que dois conjuntos de códigos
linguísticos estão associados a uma unidade de significado. Por exemplo, imagine que um falante
utiliza as línguas tupinambá e português. Se o bilinguismo é composto, supõe-se que dois
conjuntos de códigos como “iawar” e “onça” estejam relacionados a uma mesma unidade de
significado;

Bilinguismo coordenado: cada código linguístico está organizado separadamente em dois


conjuntos de unidades de significado;
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f) Modelos de representação de duas línguas em cérebros de indivíduos bilingues:


implicações para o ensino de línguas A tradução em falantes bilíngues: implicações para o
ensino de línguas

R: A produção da língua nos bilíngues requer um constante envolvimento do sistema de controle


executivo para gerenciar a atenção para a língua que deve ser utilizada no momento e para que
ocorra a inibição da(s) outra(s) língua(s) que o falante conhece.

Crianças bilíngues têm tido melhores resultados em tarefas metalinguísticas que requeriam
controle da atenção e inibição (inibição da língua que não deve ser usada no momento). Um
exemplo são seus melhores resultados em testes gramaticais, como ao identificar quando uma
sentença está correta gramaticalmente, embora não tenha sentido (ex. ‘Maçãs crescem em
narizes’). Esse julgamento da gramaticalidade da sentença requer grande atenção para evitar dizer
que está errada porque não faz sentido.

g) Factores sociais e psicológicos que afectam a aprendizagem de uma língua segunda ou


estrangeira

R: Segundo Dörnyei (2009), o aprendizado de uma língua após a puberdade envolve uma
combinação de fatores sociais, psicológicos e não apenas cognitivos e maturacionais. Esses
fatores interagem entre si de acordo com as características individuais de cada um.

Os Factores sociais são factores externos (input), relação com o ambiente, contexto e situação de
aprendizagem etc. estes factores causam variabilidade nos termos de velocidade de aprendizagem
e o grau de acercamento à fala do nativo que pode atingir. E os factores internos (língua materna),
conhecimento do mundo e conhecimento linguístico.

Nos factores sociais quando o falante adapta o seu discurso para fazê-lo compreensível – facilita
a comunicação, ou seja, simplifica o léxico e articula mais claramente, mas também contribui à
aprendizagem de segunda língua do aprendente.

Os factores psicológicos. Estes fatores são: a idade, os fatores afetivos (a motivação, a inibição),
a aptidão (depende de outros elementos como a inteligência e a memória), a personalidade, as
crenças sobre como se aprende uma segunda língua, o estilo de aprendizagem (= a forma em que
o aprendiz percebe, interage e responde ao contexto de aprendizagem).
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h) Alguns modelos e teorias de aprendizagem de língua estrangeira – princípios básicos e


suas possíveis aplicações ao ensino de línguas: o modelo de aculturação, o modelo de
acomodação, a teoria do discurso, o modelo monitor, o modelo de competência variável.

R: A principal premissa do modelo de aculturação proposto por Schumann (1978:34) é a de


que “o grau de aculturação que o aprendiz vai atingir em relação ao grupo da língua alvo vai
controlar o grau de aquisição da segunda língua”. Para o autor, a aculturação e, logo, a aquisição
de uma segunda língua, é caracterizada por um grau de distância social e psicológica.

Modelo de acomodação. Para Giles, (1979), o estabelecimento de uma distância real entre duas
culturas é uma tarefa árdua, senão impossível. Sendo assim, o autor propõe analisar o processo de
aculturação, considerando a percepção que o aprendiz tem de seu próprio grupo social com
referência à comunidade de falantes da língua alvo.

Modelo de discurso deriva de uma teoria de uso da linguagem, na qual a comunicação é


considerada o ponto fundamental do conhecimento linguístico; o desenvolvimento da linguagem
deveria ser considerado em termos de como o aprendiz descobre o significado potencial da
linguagem pela participação comunicativa.

Modelo de monitor, segundo Figueiredo (1995:51), “a hipótese do monitor afirma que a


aprendizagem não tem efeito sobre a aquisição não ser pelo fato de servir como um fiscal, um
monitor da produção linguística do indivíduo.”

Krashen (1982 apud FIGUEIREDO, 1995:51) “postula que o monitor só é posto em prática, se
três condições forem cumpridas: tempo, foco na forma e conhecimento das regras.”

3. Sobre a Leitura e Escrita apresente diferentes teoria psicológicas que desenvolvem os


sistemas cognitivos na leitura e na escrita.

R: É preciso entender que o processamento da leitura e escrita é uma rede complexa,


neurobiológica, com envolvimento de diversas áreas do cérebro, dentre elas, pode-se citar o
córtex visual, para reconhecer o texto escrito; o córtex auditivo para reconhecimento da palavra
escrita, através do som; área de broca, responsável pela expressão da linguagem e faz a ligação
entre a palavra escrita e a falada; e, o lobo temporal, que gerência a memória (Alves, 2019).
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Uta Frith, psiquiatra alemã e uma das primeiras pesquisadoras sobre o autismo e dislexia, já
afirmava, em 1985, que para adquirir e desenvolver a leitura e escrita é necessário a interação das
fases logográfica, alfabética e ortográfica (Maranhe, 2011).

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