Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Maria da Estrela
Prudência Tome
Virginia Meque
Trabalho de Pesquisa
Tete
Março, 2024
1o Grupo; 3o Ano
Maria da Estrela
Prudência Tome
Virginia Meque
Tete
Março, 2024
Índice
1. Introdução..........................................................................................................................4
2.1. Contextualização............................................................................................................5
3. Considerações Finais....................................................................................................... 13
Referências Bibliográficas...................................................................................................... 14
4
1. Introdução
1.1.2. Específicos
Identificar a gênese e dinâmica da Geografia Social e Cultural: Organização social e
gênese de espaços urbanizados;
Descrever a gênese e dinâmica da Geografia Social e Cultural: Organização social e
gênese de espaços urbanizados;
Explicar a gênese e dinâmica da Geografia Social e Cultural: Organização social e
gênese de espaços urbanizados.
Para a efectivação deste trabalho usamos a pesquisa bibliográfica. O trabalho com tema
supracitado remente-se ao campo Geográfico, o mesmo foi feito duma forma grupal, grupo
esse composto por quatro (4) elementos. Para a concretização desse usamos a interpretação
referencial (tratamento e reflexão). Esse trabalho teve como seu principal motor à “Internetˮ,
primeiramente baixamos alguns artigos em formato PDF onde recorremos a análise, reflexão,
discussão e selecção dos conteúdos relevantes, posteriormente digitamos o mesmo utilizando
o Microsoft Office (Word).
5
A Geografia social e cultural nasceu no fim do século XIX, junto com a geografia
humana. No princípio, o interesse era pela cultura material dos grupos humanos, como suas
ferramentas, suas construções, suas maneiras de lavrar a terra e de criar animais.
Para Capel, (1981, p. 123), a proximidade da geografia com as ciências sociais deve
também ser estudada, no processo de suas institucionalizações. A criação de cátedras de
geografia constituiu-se uma ameaça aos outros cientistas universitários. A resistência dos
geógrafos diante destes debates deve-se mais a razões pedagógicas e ideológicas, do que a
razões estritamente científicas.
A proximidade em relacção aos campos das ciências sociais tem o seu marco após
1870 com o determinismo biológico. As ideias de Charles Darwin e Claude Bernard se
impõem lentamente à geografia, esta proximidade resultará em uma grande identidade entre a
geografia e a etnologia.
Segundo a Wikipédia:
Segundo Horácio Capel 1981 a sociedade passa a ser compreendida como um todo
constituído de partes vivas em analogia ao sistema de movimentos vitais. Na concepção
Spenceriana, as partes da sociedade são unidas por uma relação de dependência com o corpo
vivo - as conexões funcionais com as concepções teleológicas dos processos sociais. Os
conceitos biológicos de organização (o organicismo) passam a ser a explicação dos
fenômenos sociais e toda a terra foi considerada como um organismo, ser vivo. O novo
organicismo foi alimentado pela filosofia da natureza da época romântica
8
Segundo Paul Claval (2007, p. 11), a geografia cultural nasceu no fim do século XIX,
no mesmo momento que a geografia humana. Para alguns geógrafos, ela aparecia como uma
outra formulação da geografia humana. Para outros, ela se interessava pela cultura material
dos grupos humanos: as suas ferramentas, as suas casas, a sua maneira de cultivar os campos
ou de criar animais. O seu desenvolvimento permanecia lento até os anos setenta. Depois, o
seu caráter mudou. Doravante, o interesse maior é pelas imagens mentais, as representações, o
simbolismo, as identidades.
Antes dos anos de 1970, a geografia cultural fazia parte da geografia humana. Com
as concepções, torna-se uma ciência autônoma. Entender as consequências das ações humanas
no espaço é um dos principais objetivos da geografia cultural. Por isso, essa parte da geografia
engloba vários assuntos. Entre os muitos pontos observados por este campo científico estão:
a geopolítica dos países, a globalização, a hegemonia cultural, a americanização e a análise
das paisagens culturais, por exemplo.
A geografia cultural tinha a forma duma secção quase autônoma da disciplina, como
a geografia econômica, a geografia política ou a geografia urbana. A geografia cultural tratava
quase exclusivamente da dimensão material da atividade humana e de suas marcas na
paisagem; daí a dificuldade de tratar de assuntos como a geografia religiosa (Deffontaines,
1948). Com o progresso dos meios de comunicação, a uniformização das técnicas progredia
rapidamente. O resultado foi que o objeto, mesmo dessa sub-disciplina, estava desaparecendo;
alguns geógrafos pensavam que ela tinha também de desaparecer
O lugar da cultura, na geografia, sempre foi importante, mas ele mudou fortemente
durante a última geração. Até 1970, o enfoque era sobre as dimensões materiais e técnicas da
cultura. Hoje, o enfoque é mais sobre as suas dimensões simbólicas.
O que nos parece essencial é a ideia de que a Geografia cultural completa o campo
da Geografia Social, que até pouco tempo não era suficientemente explorada: para as
abordagens socioeconômicas e sociopolíticas logo empregadas para lançar luz sobre as
sociedades de ordens e de classes, ela acrescenta o que a abordagem sociocultural traz: o
papel dos meios de comunicação na difusão dos saberes, dos conhecimentos, das crenças e
das emoções, a significação dos imaginários, as dinâmicas de identidade/mimese e de
distinção como os processos de civilização ou de declínio.
O espaço social é produto de uma sociedade; como tal é ao mesmo tempo meio e
resultado das ações e relações sociais, o que lhe confere um caráter dialético. A
estruturação espaço-temporal da vida cotidiana interfere e condiciona a concretização
e constituição das ações e relações sociais.
A constituição do espaço socialmente produzido é plena de contradições e lutas,
muitas rotinizadas no cotidiano, decorrentes do caráter dialético de sua produção,
através da atividade social e econômica, por ser simultaneamente suporte, meio,
produto e expressão da reprodução das relações sociais de produção em escala
ampliada, o que confere a estas relações um caráter espacial necessário.
O espaço socialmente produzido é simultaneamente fruto das tensões entre capital e
trabalho e de estratégias de luta pela reprodução do capital e do trabalho, bem como de
práticas sociais organizadas que visam antagonicamente quer a manutenção do espaço
social existente, quer uma transformação radical deste espaço.
O espaço socialmente produzido condensa em si desde a quotidianeidade do viver até
a história, nele se mesclam marcas de tempos passados e persistem e coexistem,
conforme o caso, formas capitalistas e pré-capitalistas de produção.
Neste sentido não há como realizar uma interpretação materialista da história sem
uma concomitante interpretação do espaço social e vice-versa.
Giddens (1989), parte da compreensão de que o espaço não deve ser entendido
apenas como algo (um continente) a ser preenchido por populações organizadas social,
econômica e politicamente, define a urbanização enquanto o processo social de maior
significância na estruturação do território. Soja amplia esta proposição ao afirmar que:
As vilas e cidades podem ser descritas como localidades que abrangem contextos,
recintos e concentrações nodais da interação humana, ligados à integração social e dos
sistemas e, por conseguinte, a redes múltiplas de poder social. No contexto do mundo
contemporâneo, a localidade pode ir desde os menores povoados ou bairros até as maiores
conturbações (Soja, 1993).
cultura mas outros fatores sociais, econômicos, políticos e espaciais interferem nas relações
que os homens travam entre si e o meio em que vivem.
Sobre o uso dos vocábulos rural e urbano, Endlich (2013, p. 13) esclarece que, (...)
uma consulta ao Aurélio informa que rural (do latim ruralis) é um adjetivo do que pertence ou
é relativo ao campo; e o urbano (do latim urbanus) é um adjetivo do que é relativo à cidade,
ou o que tem caráter de cidade.
A visão do rural como arcaico, e o urbano como moderno, também pode ser
percebida através da arte. Sposito (2013) considera que, antes da industrialização, a cidade
era, sobretudo, espaço do poder e da vida política. A cidade medieval, ainda que
desempenhando funções comerciais, bancárias e de produção artesanal, não perdia seu caráter
político.
de áreas de transição e contato entre esses espaços que assumem novas características e usam
o mesmo espaço territorial.
3. Considerações Finais
Realçar que o lugar da cultura, na geografia, sempre foi importante, mas ele mudou
fortemente durante a última geração. Até 1970, o enfoque era sobre as dimensões materiais e
técnicas da cultura. Hoje, o enfoque é mais sobre as suas dimensões simbólicas.
Referências Bibliográficas
Febvre, L. (1925). La Tierra y la Evolutión Humana. Trad. Luís Pericot Garcia. Barcelona,
Editorial Cervantes.
Corrêa, R. L; Rosendahl, Zeny. 2011. Sobre Carl Sauer: uma introdução. (in) Corrêa,Roberto
Lobato; Rosendahl, Zeny (Orgs.) Sobre Carl Sauer. Rio de Janeiro: Eduerj.
Claval, P. (1973). Principes de géographie sociale, Paris: M.-Th. Genin. Claval, P. 1980, Les
Mythes fondateurs des sciences sociales, Paris: PUF.
Barnett, C. 2004. A critique of cultural turn (in): Duncan, James S.; Johnson, Nuala C.;
Schein
Giddens, A. (1989): A Constituição da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes. ____ (1985):
Time, Space and Regionalisation. In: GREGORY, D. e URRY, J. (ed.): Social Relations
and Spatial Structures. Londres: MacMillan, Cambridge
Mendras, H. (1969). A cidade e o campo. In: Queiroz, Maria I. P. de. (Org.). Sociologia
Rural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Mcdowell, L. (1996). A transformação da geografia cultural. In: Gergory, D.; Martin, R.;
Smith, G. (orgs.). Geografia humana: sociedade, espaço e ciência social. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Editora,