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E O NEUROPSICOPEDAGOGO
UNIDADE II
A NEUROPSICOLOGIA: O FUTURO É AGORA
Elaboração
Luciana Raposo dos Santos Fernandes
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE I
A NEUROPSICOLOGIA: O FUTURO É AGORA.............................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 1
QUE CÉREBRO É ESSE?................................................................................................................................................................. 6
CAPÍTULO 2
A EPISTEMOLOGIA DA NEUROPSICOPEDAGOGIA........................................................................................................ 10
CAPÍTULO 3
A ANCORAGEM ATRAVÉS DE ABORDAGENS TERAPÊUTICAS................................................................................... 18
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................35
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A NEUROPSICOLOGIA:
O FUTURO É AGORA
UNIDADE I
Compreender melhor como funciona o cérebro e entender quais conexões são feitas
na aquisição de conhecimentos são fatores que se tornam grandes aliados no processo
de aprendizagem, de acordo com que apontam os especialistas que se dedicam à
neuroeducação, uma das várias áreas do conhecimento da neurociência que, por sua
vez, estuda o sistema nervoso.
Desse modo, existem pesquisadores que estudam o neurônio, outros que se dedicam
especificamente ao estudo do metabolismo do neurônio ou que estudam o comportamento
desencadeado por essas células. Consequentemente, a neurociência é muito abrangente
e, ao se dedicar ao estudo do sistema nervoso, nos leva a conhecer a forma de seu
funcionamento e entender melhor vários comportamentos do ser humano, incluindo
o processo de aprendizagem.
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CAPÍTULO 1
QUE CÉREBRO É ESSE?
Graças a Cajal, o cientista Eric Kandel, considerado o pai da neurociência, afirma que
somos produto das nossas sinapses. Ele vai além ao dizer que somos quem somos em
função daquilo que aprendemos e do que lembramos. Se não bastasse, ele também fez
uma ponte entre a psiquiatria, a biologia cerebral e a terapêutica. Segundo o que dizia,
nem tudo se explica por conflitos psíquicos nem por neurotransmissores alterados,
afinal os cérebros podem se alterar com novas aprendizagens e conexões.
Figura 4. Eric Kandel defendeu que o cérebro pode se alterar em decorrência de novas
aprendizagens e conexões.
Fonte: https://innerchange.com.au/brain-health-boost-factors/.
A rotulação do indivíduo
Embora a tendência de rotulação seja muito forte, a neuropsicopedagogia que perpassa
as interfaces importantes do cérebro vem contribuir com um olhar de inclusão para que
os profissionais possam entender como o sistema nervoso funciona e a estruturação que
ele tem relação com o funcionamento do cérebro.
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
Sistema Nervoso
Pelo fluxograma que destacamos, é possível perceber que o SNC recebe, analisa e integra
informações. Ele também é responsável pela tomada de decisões e envio de ordens. Já o
SNP carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema
nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). Por sua vez, o SNC divide-se
em encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais),
diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo e tronco cefálico (que se divide em bulbo,
situado caudalmente; mesencéfalo, situado cranialmente; e, ponte, situada entre ambos).
Os neurônios
Eles são portadores de sinais carregados de informações e significados, que juntos
formam mensagens codificadas em padrões flexíveis, como visões, sons e movimentos,
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UNIDADE I | A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA
que trafegam por todo o sistema neuronal do corpo humano a centenas de quilômetros
por hora, graças aos nervos motores. Quanto à estrutura dos neurônios, ela é composta
por três partes distintas: corpo celular, dentritos e axônios.
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
Graças aos avanços nas técnicas de neuroimagem, já é possível localizar evidências sobre
a correlação entre as funções cognitivas e o funcionamento cerebral, e ainda fazer uma
minuciosa identificação das áreas cerebrais, a ponto de identificar o lugar de uma lesão,
bem como a dimensão e o impacto cognitivo e comportamental do prejuízo cerebral, o
que possibilita intervenções capazes de promover a adaptação emocional e social dos
atendidos acometidos por alguma patologia. Portanto, existem diferentes objetivos
para que uma avaliação neuropsicopedagógica possa ser solicitada: auxílio diagnóstico,
prognóstico, orientação para o tratamento, auxílio no planejamento de reabilitação,
seleção de pacientes para técnicas especiais (como cirurgias de risco ou medicações de
alto custo), perícia etc.
Se entender o comportamento humano nunca foi uma tarefa fácil, considerando que
vivemos em uma era de grandes transformações, que complica ainda mais esse processo,
temos de nos valer da psicologia, ciência que busca compreender fenômenos psíquicos
e comportamento humano, derivados de fobias, estresse, anorexia, depressão, exclusão
social, discriminação e da própria personalidade (só para citar algumas questões). Há
paradigmas que o profissional deve desconstruir, cotidianamente, em sua atuação,
apesar dos muitos receios, pois, se começarmos a pensar nas abordagens existentes na
área da psicologia, sempre haverá um desconforto, um olhar ou uma fala de acusação,
de descrédito.
De qualquer forma, não estamos nos dedicando à psicologia clínica com o intuito de obter
unanimidade. Discordar é saudável e um direito dentro de um sistema democrático.
Por outro lado, se faz necessário conhecer para só então emitir uma opinião, pensamento ou
ideia, quer de apoio ou de repulsa. O importante é que seja feito com critério, fundamento
e com ausência de generalizações. Note que algumas pessoas têm uma experiência com
o profissional X ou Y, da abordagem W ou Z, que não foi o que ela esperava, nem bom.
Por que isso acontece? Entre outros aspectos, pode ter sido rápido demais, não houve
a atenção esperada, não aconteceu o acolhimento ou não houve a formação de vínculo.
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CAPÍTULO 2
A EPISTEMOLOGIA DA NEUROPSICOPEDAGOGIA
Fonte: https://www.gestaoeducacional.com.br/epistemologia/.
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Nesse contexto sua atuação, seja clínica ou na escola, tem como objetivo minimizar o
sofrimento de alunos que já fracassaram na escola, a partir da ação reeducativa alcançada
por meio de estratégias e técnicas aprendidas ao longo de sua formação, que focam no
funcionamento do cérebro. Portanto, ao buscar desvendar as possíveis perturbações na
aprendizagem do neuroaprendiz, o neuropsicopedagogo poderá eliminar ou amenizar
os obstáculos do sintoma da não aprendizagem com base nos conhecimentos das
neurociências, em processo de tratamento terapêutico que nunca é rápido, pois, para
mudar a realidade do cotidiano escolar, cabe ao professor e à escola adotar uma postura
crítico-reflexiva ao lidar com os alunos e, em especial, os educandos com uma trajetória
marcada pelo insucesso escolar. Segundo Weisz (2001, p. 60), “não é o processo de
aprendizagem que deve se adaptar ao de ensino, mas o processo de ensino é que tem
de se adaptar ao de aprendizagem”.
Além disso, a escola da atualidade não deve ser apenas ser transmissora de saberes,
mas uma produtora de conhecimentos. Para tanto, ela deve tanto promover a
neuroaprendência, que é a capacidade de sentir, pensar e agir, quanto acreditar que
o neuroaprendiz pode vencer suas dificuldades e que os obstáculos que se encontram
em seu aprendizado são apenas desafios a serem superados no encontro de novos
saberes, vivências e conquistas.
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
No Brasil, por sua vez, em 1923, foi criado, o Laboratório de Psicologia da Colônia de
Psicopatas do Engenho de Dentro (que depois veio a ser chamado de Hospital Psiquiátrico
Pedro II, atualmente conhecido como Instituto Municipal Nise da Silveira), no Rio de
Janeiro. Em 1932, o diretor, que era o psicólogo polonês Waclaw Radecki (1887-1953)
transformou a instituição em um divisor de águas em relação à regulamentação da
psicologia em nosso país, ao desenvolver o primeiro projeto de curso de formação de
psicólogos. O laboratório, que se tornou Instituto de Psicologia, tornou-se uma referência
nacional e internacional. Apesar disso, o projeto não foi adiante, e o laboratório teve
suas atividades encerradas por pressões médicas e religiosas.
Aqui temos de indicar a leitura do livro “Lógica do sentido”, de Gilles Deleuze, que
amplia o olhar para a filosofia da diferença, narra a relação entre a palavra e a
subjetivação, além de abordar a fenomenologia do sentido/ acontecimento.
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Tal condição não deve ser chamada de pessimismo sem antes conhecermos e
compreendermos a obra de Deleuze, que nos convida a compreender a construção
da subjetividade como um processo anárquico, à medida que a existência é libertária,
pois o ato de existir precede a essência. Note que, como a ideia de essência anterior ao
ser não existe, pois ela só acontece depois da existência, concluímos que não somos
predeterminados por algo ou alguém, já que primeiramente se existe e depois se torna,
vive e desenvolve a essência. Logo, não há algo que está além do ser e que irá fundamentar
o constructo de se tornar.
Segundo Jean-Paul Sartre (1905 – 1980), não existe uma razão nem uma natureza
humana que vai definir o que vamos nos tornar. De acordo com a visão dele, a vida
não tem sentido algum antes do sentido que o próprio sujeito da ação dá a ela, o
que também estabelece uma diferença entre o ser humano, o objeto e o animal. O
objeto, por exemplo, é pensado para servir e tem uma essência. Portanto, antes de ser
produzido, é pensado sobre o material com o qual será feito, em seu formato e cor, e
até que líquido será tomado nele. Consequentemente, sua existência tem uma previsão
anterior e é bem diferente do ser humano que não tem como prever ou decidir antes
do existir de fato.
Skinner (1989) também discorre acerca dessa questão ao reforçar que o animal também
não é como o ser humano, pois ele vive o instinto e repete o que os outros animais fazem.
Embora ele possa ser aprisionado, explorado, abusado e maltratado, no contexto natural,
ele apenas interage com seus pares e vive a plenitude de sua existência instintiva. Já
no caso do homem, se ele vive uma insatisfação no trabalho, por exemplo, apesar de
não sinalizar tal situação, ao se calar, ele faz sua escolha. Percebemos, então, que não
verbalizar não significa apenas neutralidade. Em determinados casos, o calar representa
o não pertencimento a uma situação que extrapola a vertente do pessoal. Portanto, o
não verbalizar e o não decidir, embora possam ser escolhas válidas, também indicam
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
que ninguém pode se ausentar do ato de escolher. Afinal escolhemos, a todo momento,
ser aquilo que somos ou que pensamos ser.
Vivemos para metas e resultados determinados, como produtos ou processos que vão
sendo esquecidos. Nessa relação do indivíduo com a objetividade, acontece quase que
naturalmente a questão da coisificação. Ou seja, coisificar é atuar exclusivamente para
aquilo que se quer, seja um resultado, seja um produto; mas ambos acabam sendo a
coisa, tanto que, quando estamos acostumados a trabalhar com a coisa – o it – ou em
busca de um produto, nos afastamos naturalmente das questões subjetivas. Fazemos
falsas escolhas pois desejos são construídos na questão da coisa, daquilo que pode dar
prazer imediato, já que está vinculado a nossa sociedade de consumo.
Consumir por consumir dá a ilusão de que nos tornamos pessoas, no intuito de que
consumir agrega coisas à vida. O valor que é dado não é mais atribuído ao sujeito, pois
a relação é diretamente baseada na subjetividade. Portanto, não é mais o sujeito o que
conta, mas o indivíduo que possui e parece ser. Por outro lado, a liberdade de escolha é
absoluta, isso quer dizer que ela não é condicionada por qualquer determinação anterior.
Assim, se quisermos insistir na necessidade ou na conveniêniencia de uma definição de
realidade humana, ela só poderia ser uma: liberdade. O homem é liberdade, ele não a
tem como uma qualidade, um atributo, uma faculdade, como pensava a filosofia clássica.
Ele mesmo é a liberdade. Logo, a liberdade e a subjetividade são idênticas. Então, a
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Percebemos, então, que a liberdade não é uma definição, ao passo que ela não nos diz
o que o ser humano é. Ela abre possibilidades para que ele escolha o que virá a ser.
Mas pelo fato de sermos liberdade, a única escolha que não podemos fazer é a de deixarmos
de ser livres. Diante disso a frase emblemática de Sartre “o homem está condenado a ser
livre” expressa uma relação certamente paradoxal entre liberdade e fatalidade. É como
se nós disséssemos que somos fatalmente livres ou que estamos destinados a ser livres.
Isso parece uma contradição, mas é a forma pela qual a filosofia da existência nos diz
que não podemos escapar da nossa própria liberdade.
Alguém que esteja determinado a agir a partir de uma força à qual não pode resistir
certamente não pode ser considerado como responsável. Talvez por isso as teorias éticas
sempre procuraram remeter a nossa liberdade, ou o grau em que exercemos a nossa
liberdade, a uma instância da qual ela proviria e com a qual poderíamos dividi-la, pois,
dessa forma, também dividiríamos a responsabilidade (com Deus, com a sociedade,
com as tendências naturais, com o inconsciente, com o partido etc.) Consequentemente,
se a liberdade não for total, ninguém será totalmente responsável. Nesse sentido, o
existencialismo é difícil, pois a liberdade e a reponsabilidade são vistas de uma maneira
originária e muito radical. O homem está só, surge gratuitamente no mundo, desaparece
do mesmo modo, nada explica, não tem fundamento, não possui raízes metafísicas, nem
naturais, mas é nessa solidão e nesse desamparo que o homem exerce a liberdade e na
qual ele é inevitavelmente responsável por tudo.
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
atingir. Nada mais há a que possamos recorrer nem esperar. Portanto, o critério humano
do ato só vai existir no próprio ato graças à escolha. Porém, se há algo de universal nos
critérios e nos valores morais que orientam a conduta, essa universalidade não vem
de uma instância transcendente ou de algo que seja diferente de nós, pois ela vem de
nós mesmos, ou seja, ocorre uma espécie de singularização de universalidade que nós
procuramos viver.
Essa problemática nos remete ao questionamento. Dentro dos mais diversos conhecimentos,
temos técnicas que são utilizadas como manejo de conflitos, mas não podemos esquecer
que as técnicas servem à aplicação do estudo e da pesquisa acerca de determinada
situação. Mas a identificação do problema sempre nos ajudará a escolher como intervir
para auxiliar no bem-estar do atendido/paciente. Sendo assim, problematizar requer:
» elaborar hipóteses;
Nota-se, então, que toda vivência do modo fenomenológico existencial de nós sermos é
a vivência do desdobramento de forças, vivência do desdobramento de ação. Esse modo
de sermos é tensional. É o modo de sermos da intencionalidade, e esse é o sentido do
termo intencionalidade na fenomenologia existencial holística. É o modo sermos o ator
da ação, do pertencimento da intencionalidade.
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CAPÍTULO 3
A ANCORAGEM ATRAVÉS DE ABORDAGENS TERAPÊUTICAS
A psicanálise é uma disciplina científica, que, como qualquer outra doutrina científica,
deu origem a certas teorias que derivam de dados de observação e que procuram ordenar
e explicar esses mesmos dados. Além disso, também é importante compreender que a
teoria psicanalítica se interessa tanto pelo funcionamento mental normal quanto pelo
patológico. Portanto, se a prática da psicanálise consiste no tratamento de pessoas que
se acham mentalmente enfermas ou perturbadas, as teorias psicanalíticas se referem
tanto ao normal quanto ao patológico, ainda que se tenham derivado essencialmente
do estudo e do tratamento da anormalidade. Além disso, as diversas hipóteses da teoria
psicanalítica se relacionam mutuamente. Algumas já tiveram grande comprovação e são
fundamentais em sua significação, a tal ponto que nos inclinamos a considerá-las como
leis estabelecidas a respeito da mente.
Fonte: https://shegzsablezs.blogspot.com/2019/11/sigmund-freud-and-unconscious-mental.html.
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Esquecer ou perder alguma coisa, por exemplo, é uma experiência comum na vida
das pessoas. Geralmente, a ideia é de causalidade, que apenas aconteceu. No entanto,
uma investigação de muitas causalidades realizadas por psicanalistas nos últimos anos
(a começar pelos estudos do próprio Freud) mostrou que de maneira nenhuma elas são
acidentais. Pelo contrário, pode-se demonstrar que cada uma delas foi provocada por um
desejo ou intenção da pessoa envolvida, de acordo com o princípio do funcionamento
mental que estamos examinando.
Se nos voltarmos aos fenômenos da psicopatologia, podemos dizer que cada sintoma
neurótico, qualquer que seja sua natureza, é provocado por outros processos mentais,
apesar do fato de que o próprio paciente habitualmente considera o sintoma como
estranho e completamente desligado do resto da sua vida mental. Contudo, as conexões
existem e são demonstráveis, apesar de o indivíduo não se dar conta de sua presença.
Atente agora para o fato de que estamos falando não só a respeito da primeira das
hipóteses fundamentais, o princípio do determinismo psíquico, mas também a respeito
da existência de processos mentais dos quais o sujeito não se dá conta ou é inconsciente.
A relação entre essas duas hipóteses é tão próxima que dificilmente se pode examinar
uma sem suscitar a outra, principalmente pelo fato de tantas serem inconscientes – isso
é, desconhecidas para nós – que respondem pelas aparentes descontinuidades em nossa
vida mental. Quando um pensamento, um sentimento, um esquecimento acidental,
um sonho ou um sintoma parecem não se relacionar com algo que aconteceu antes na
mente, isso significa que sua conexão causal se apresenta em algum processo mental
inconsciente, em vez de em um processo consciente. Caso seja possível descobrir a causa
ou as causas inconscientes, então todas as aparentes descontinuidades desaparecem e
a cadeia causal, ou sequência, torna-se clara.
Vamos pensar em um exemplo bem simples. Uma pessoa pode se surpreender cantarolando
uma melodia sem ter nenhuma ideia de como ela lhe veio à mente. No entanto, nesse
exemplo particular, um espectador afirma que a referida melodia foi ouvida pela pessoa
poucos momentos antes de haver penetrado em seus pensamentos conscientes como se não
tivesse vindo de parte alguma. Foi uma impressão sensorial, especificamente auditiva, que
compeliu a pessoa a cantarolar a melodia. Visto que ela não se deu conta de tê-la ouvido,
sua experiência subjetiva foi a de uma descontinuidade em seus pensamentos, sendo
necessário o testemunho do espectador para remover a aparência de descontinuidade
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e tornar clara a cadeia causal. É raro, no entanto, que um processo inconsciente seja
descoberto de forma tão simples, como no exemplo citado. Naturalmente, deseja-se
saber se existe um método geral para descobrir processos mentais dos quais o próprio
indivíduo não se dá conta. Podem eles, por exemplo, ser observados diretamente?
Caso contrário, como pode Freud descobrir a frequência e a importância de tais processos
em nossa vida mental?
Freud pôde demonstrar também que o fato de serem inconscientes não os impedia de
exercer uma influência significativa no funcionamento mental. Além disso, ele também
foi capaz de demonstrar que os processos inconscientes podem ser bastante comparáveis
aos conscientes em precisão e complexidade. Apesar disso, não dispomos de um meio
de observar diretamente as atividades mentais inconscientes, mas evidências desse fato
podem ser derivadas de uma observação clínica.
Por intermédio da técnica de investigação dos sonhos descoberta por Freud pode-se
constatar evidências das atividades mentais inconscientes. Tomemos, como exemplo, a
pessoa que sonha estar bebendo somente para acordar e perceber que está sedenta, ou
sonha que está urinando e acorda com a necessidade de se aliviar. Tais sonhos demonstram
igualmente que, durante o sono, a atividade mental inconsciente pode produzir um
resultado consciente – nesses casos em que uma sensação corporal inconsciente e os
anseios a ela ligados dão origem a um sonho consciente da desejada satisfação ou alívio.
Tal demonstração, em si, é importante e pode ser feita sem uma técnica especial de
observação. No entanto, por meio da técnica psicanalítica, Freud pôde demonstrar que,
por trás de todo sonho, existem pensamentos e desejos inconscientes ativos e, assim,
estabeleceu, como regra geral, que, quando se produzem sonhos, eles são provocados
por uma atividade mental que é inconsciente para o sonhador e que assim permaneceria,
a menos que fosse empregada a técnica psicanalítica.
Como no caso dos sonhos, a significação inconsciente de alguns lapsos torna-se bastante
clara. Podemos ainda acrescentar que Freud pôde, por intermédio da técnica psicanalítica,
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A energia psíquica não é de modo algum igual à energia física. É somente análoga em
alguns aspectos. O conceito de energia psíquica, assim como o conceito de energia física,
é uma hipótese que tem por objetivo servir ao propósito de simplificar e facilitar nossa
compreensão dos fatos da vida mental que podemos observar.
É importante perceber que a divisão dos impulsos em sexual e agressivo em nossa teoria
atual se baseia na evidência psicológica. Em sua formulação original, Freud procurou
relacionar a teoria psicológica das pulsões com conceitos biológicos mais fundamentais
e ainda propôs que as pulsões se denominassem pulsão de vida e pulsão de morte.
Há alguns analistas que aceitam o conceito de um impulso de morte, enquanto outros
não o aceitam.
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UNIDADE I | A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA
A teoria psicanalítica postula que essas forças já estão em atividade no bebê, influenciando
o comportamento e clamando por gratificação. Mais tarde, elas produzem os desejos
sexuais do adulto, com todo seu sofrimento e êxtase. Tal proposição é amplamente
aprovada – e as provas válidas provêm de pelo menos três fontes. A primeira é a observação
direta de crianças. São óbvias as evidências de desejos e comportamentos sexuais em
crianças pequenas, quando se pode observar e conversar com elas com disposição objetiva
e sem preconceitos. Já as outras fontes de evidência sobre esse ponto provêm da análise
de crianças e de adultos. No caso da análise de crianças, pode-se ver diretamente; no
caso da análise de adultos, inferir reconstrutivamente na grande significação dos desejos
sexuais infantis, bem como na sua natureza.
No caso da fixação, tanto por um objeto como por uma fase do desenvolvimento, é,
em geral, inconsciente, seja em parte, seja totalmente. Por exemplo, apesar da forte
intensidade de suas catexias, os interesses sexuais da nossa infância são comumente
esquecidos, em grande parte, à medida que abandonamos a tenra infância. De fato, é
mais exato dizer que as lembranças de tais interesses são energeticamente barradas de
se tornarem conscientes, tanto quanto as fixações em geral.
Sobre a psicanálise
Psicanálise significa dividir a mente em elementos constitutivos e em processos dinâmicos.
Na prática, o termo é utilizado com, pelo menos, três significados diferentes:
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
O analista adota uma atitude neutra ao sentar-se de costas para o paciente, sem um
contato visual direto. O paciente é orientado a expressar livremente e sem censura
seus pensamentos, sentimentos, fantasias, sonhos, imagens, assim como as associações
que lhe ocorrem, sem prejulgar sobre sua relevância ou significado (livre associação).
O terapeuta mantém uma atitude tanto de curiosidade quanto de ouvinte atento.
Mas, de tempos em tempos, ele interrompe as associações do paciente, fazendo-o
observar determinadas conexões entre fatos de sua vida mental, particularmente emoções
e fantasias, que passam despercebidas, no intento de provocar reflexões sobre o seu
significado subjacente.
Note que a psicologia analítica é uma escola teórica da psicologia que trabalha com
conceitos e visão do mundo próprias de seu fundador, o médico psiquiatra Carl Gustav
Jung (1875-1961). Ao longo de sua vida dedicada a estudos e pesquisas, ele abordou e
apresentou, a partir de sua formulação teórica, uma vasta gama de temas e discussões
que o colocaram de forma definitiva como grande e influente figura do pensamento
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UNIDADE I | A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA
Para Jung, o fato de haver uma interação constante entre consciente e inconsciente, por
mais que não seja percebida, faz com que muito do que sabemos possa ser apenas uma
imagem mal elaborada da consciência.
Por isso, na praxis psicológica analítica, é possível perceber que todo caso clínico
novo consiste quase que na formulação de uma nova teoria ou um novo olhar, que não
permite se prender a padrões pré-estabelecidos. Para Jung, o inconsciente só é alcançado
através da continuidade, da visão geral ou do relacionamento com o mundo consciente
por intermédio da sucessão de momentos conscientes. O ser humano restringe-se à
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
Note que Jung divergiu de Freud e selou o rompimento com ele ao publicar o livro
“Símbolos da transformação”, no qual explicita suas diferenças teóricas com Freud
em relação ao conceito de libido, que passa a ser uma energia psíquica geral e não
apenas de caráter sexual, como o Pai da Psicanalise a conceitua. Consequentemente,
a visão da psique e do inconsciente se modifica, pois, enquanto tal visão deixa de ser
uma página em branco no nascimento, o inconsciente se amplia graças a uma camada
constituída de estruturas e imagens comuns a toda a humanidade (os arquétipos),
as quais se manifestam nos sonhos, nos mitos, nas religiões e nos contos de fadas.
Tal fato implica modificação do método de análise para casos individuais, nos quais as
comparações de sonhos e fantasias se dão com elementos da mitologia universal, além
das associações pessoais.
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UNIDADE I | A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA
» regressão;
» formação reativa;
» anulação;
» introjeção;
» identificação;
» projeção;
» reversão;
» sublimação.
Portanto, o mais importante era o reconhecimento das implicações que a observação atenta
da operação defensiva do Ego teria para o tratamento. Nesse contexto, o psicanalista
não mais poderia simplesmente desvendar os desejos inaceitáveis provenientes do Id.
Porém, em Freud, à medida que a criança abandona, reprime ou, de alguma forma,
repudia os desejos incestuosos e homicidas que constituem o complexo edipiano, as
relações dela com os objetos desses desejos transformam-se, em grande parte, em
identificações com eles.
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
O conceito de introjeção
Em 1909, Ferenczi introduziu o conceito de introjeção em seu trabalho “Transferência e
Introjeção”, demonstrando seu interesse precoce pela relação com o outro. Ele também
se preocupou em integrar o problema atual do indivíduo com a própria história pessoal
deste, ao observar como o sujeito se comporta no presente em função de seu passado.
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UNIDADE I | A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA
A psicóloga Judith Beck, filha de Aaron Beck, o Pai da Terapia Cognitiva, enfatiza que
tal terapia tem uma ampla gama de aplicações, apoiada por dados empíricos, que são
derivados da teoria, extensamente testada desde 1977. Desde então, os estudos controlados
demonstraram sua eficácia no tratamento de transtorno depressivo maior, ansiedade
generalizada, pânico, fobia social, abuso de substância, distúrbios alimentares, terapia
de casal etc. Além disso, a terapia cognitiva comportamental também pode ser utilizada
com pacientes de diferentes níveis de escolaridade, faixas etárias e classes sociais.
Outras formas de TCC foram desenvolvidas, entre as quais: a terapia racional emotiva,
de Albert Ellis; a modificação do comportamento, de Donald Meichenbaum; a
terapia multimodal, de Arnold Lazarus.Muitos outros também contribuíram de forma
relevante para o desenvolvimento da terapia cognitiva, incluindo Michael Mahoney,
Vittorio Guidano e Giovanne Liotti.
Psicoterapia psicodinâmica
A psicoterapia psicodinâmica é um exemplo de intervenção que usa, de forma integrada,
conceitos teóricos oriundos de diferentes teorias, além dos conceitos psicanalíticos de
conflito psíquico inconsciente, para buscar uma resolução mediante a eliminação de
defesas consideradas patológicas por meio do insight. Emprega, ainda, os conceitos de
reforço do Ego, derivado da psicologia de foco; a experiência emocional corretiva; as
crises; e as teorias da aprendizagem, incluindo a cognitiva e a comportamental. Entre
as principais características da psicoterapia psicodinâmica, destacam-se:
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
5. atitude ativa do terapeuta que utiliza, caso necessário, medidas de apoio como
manipulação do ambiente para tornar o clima mais tranquilo;
Portanto, o terapeuta adota atitudes utilizando, além das intervenções que visam ao insight,
outras de caráter de apoio, como sugestão, educação, clarificação, aconselhamento etc. Nesse
âmbito, a preocupação maior é com o futuro, e a menor com o passado. Já o paciente ideal
para a psicoterapia psicodinâmica usualmente tem problemas circunscritos (foco), mesmo
que antigos, e áreas da personalidade funcionais e altamente motivadas, apresenta boa
capacidade de insight, como também de se vincular de forma rápida ao terapeuta. Nota-se
então que, na realidade, são poucos os que preenchem os critérios exigidos por essa terapia.
A delimitação do tempo, por exemplo, faz com que, de forma prematura, questões de
separação surjam ao mesmo tempo em que são estimuladas a autonomia, a autoestima,
entre outros aspectos. Por sua vez, os resultados são indícios atrelados à motivação
para mudança, à frequência das interpretações transferenciais e à ligação com figuras
paternas e elementos, que envolvem impulsos, desejos ou sentimento do conflito focal.
Portanto, a psicoterapia psicodinâmica é indicada no tratamento de problemas
circunscritos ou de mudanças de caráter em áreas restritas da personalidade, o que
exige, tanto do terapeuta quanto do paciente, o poder de definir rapidamente o foco ou
o problema principal a ser trabalhado.
Nesse contexto, o paciente deve ser capaz de estabelecer rapidamente uma aliança de
trabalho e um vínculo com o terapeuta e apresentar facilidade de expressar sentimentos e
interesse em compreendê-los. Deve ainda ser capaz de separar-se facilmente e demonstrar
motivação para efetuar mudanças, por meio da compreensão de suas próprias dificuldades.
Além disso, ele não deve ter problemas que possam ser agravados quando mobilizadas
as defesas, como numerosos, difusos ou severos.
Indicações:
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UNIDADE I | A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA
Contraindicações:
» psicoses;
» transtornos de humor;
» transtorno do pânico;
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
Em casos mais difíceis, nos quais as projeções sobre o atendido são maciças ou pelas
próprias condições íntimas do caso, deve-se lançar mão de outras abordagens terapêuticas
– motivo pelo qual explanamos acerca das escolas apresentadas.
Muitas vezes, os problemas são graves e inevitáveis, como perdas simbólicas ou reais,
o surgimento de uma patologia, acidentes, mudança ou perda de emprego, casamento
de um filho, nascimento de um filho prematuro etc. Enfim, a vida não apresenta um
roteiro, e os imprevistos são inúmeros. Portanto, a estimulação do crescimento pessoal
pela exposição a situações de crise com o auxílio terapêutico visa encontrar formas
alternativas e funcionais para lidar com a tensão, que tem implicações importantes
na resistência ao transtorno mental. Consequentemente, a persistência do transtorno
mental e a manutenção do sintoma estão diretamente relacionadas com a capacidade
do terapeuta de ajudar a família ou o atendido, fazendo-o ampliar seu repertório de
habilidades, sem recorrer a formas regressivas, irreais e socialmente inadequadas para
lidar com suas dificuldades. Nesse caso, podemos exemplificar o uso de substâncias
psicoativas (lícitas ou ilícitas) que, de acordo com a sustentabilidade, poderá provocar
o surgimento de sintomas neuróticos e psicóticos.
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UNIDADE I | A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA
Caso clínico
D., mulher de 40 anos, foi encaminhada ao neuropsicopedagogo em função de lapsos
de memória. Na ocasião, ela relatou buscar ajuda, com o objetivo de se tornar uma mãe
melhor. Com dois filhos adolescentes, havia perdido o marido há pouco tempo e, desde
então, não conseguia controlá-los. O mais velho, de 17 anos, começou a beber, chegava
muito tarde à casa, deixou de dar atenção aos estudos e de fazer planos para o vestibular.
Já o outro filho, de 15 anos, repetiu o ano e se isolou no quarto, onde ficava somente
assistindo a séries pelo celular. D. contou que sempre trabalhou fora, até que parou
de atuar como atendente em clínica médica para se dedicar ao casamento. Alegou que
sempre foi uma mãe cautelosa e que sempre atendeu a todas as vontades dos homens
da casa, modo que usava para se referir ao marido e aos dois filhos.
D. não conseguia seguir adiante de forma autônoma em sua própria vida e, de modo geral,
apresentava um quadro de depressão maior, que, após a morte do marido, favoreceu
a perda de memória. Exames confirmaram que havia comprometimento neural, e o
encaminhamento ao neuropsicopedagogo visava ampliar a avaliação para fechamento
de um laudo. Apesar disso, ela já apresentava questões pertinentes aos outros membros
da família, tanto que já havia iniciado um acompanhamento psicológico quando os filhos
ainda eram crianças. Portanto, havia uma indicação para terapia familiar ou individual,
que não ocorreu.
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A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA | UNIDADE I
Considerando todo o contexto apresentado no caso de D., percebemos que, cada vez mais,
vivemos em uma sociedade com acúmulo de riscos, que, sem dúvida, tem consequências
sérias no desenvolvimento dos indivíduos, tanto que ela e os filhos ficaram afetados com a
morte do marido/pai. Mas se, por um lado, apenas D. procurou ajuda, por outro, inúmeros
estudos têm demonstrado a capacidade dos seres humanos para usar mecanismos
adaptativos, ser flexíveis, enfrentar dificuldades e retornar a um estado de equilíbrio ou
um estado homeostático prévio, com a ajuda de uma equipe multidisciplinar que conta
com um neuropsicopedagogo clínico, para auxiliar o paciente com seu conhecimento
nas mais diversas demandas.
» presença de sintomas agudos e isolados, que possam ser focalizados, por exemplo,
transtorno na alimentação em crianças pequenas;
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UNIDADE I | A Neuropsicologia: O Futuro é AgorA
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REFERÊNCIAS
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