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CURSO AGRO-PECUÁRIA
FRUGIPERDA)
Quelimane
2023
ANASSE ATIBO ATUMANE
Jerónimo
Quelimane
2023
ANASSE ATIBO ATUMANE
Júri
Eu, Anasse Atibo Atumane, declaro por minha honra, que este trabalho intitulado
“Avaliação da Efectividade do Extracto de folha de Rícino no Controlo da Lagarta do Funil
do Milho”, com excepção das informações, dados citados e referidos na bibliografia, é da
minha autoria e nunca foi submetido nesta ou qualquer outra instituição superior para
obtenção de grau de Licenciatura em Agro-pecuária.
Assinatura
_____________________________________
Com muito amor e carinho dedico este trabalho aos meus avos: Atumane Salimo [em
memoria], Assiquia Raja, Vasco Momade e Alaina Matacanha, aos meus queridos pais: Atibo
Atumane e Nussura Vasco Muamade, aos meus tios, em especial o meu tio Abdul A. Rajab
Muhammad e Uaido Atumane, pois não mediram esforços para possibilitarem a minha
formação académica uma realidade. Aos meus irmãos: Chabir A. Atumane, Zarina A.
Atumane, Idrice A. Atumane e Abibo A. Atumane.
Agradecimentos
Aos meus Pais que de tudo fizeram para que a concretização deste curso fosse
possível, e que me apoiaram moralmente e financeiramente, o meu muito obrigado.
ATUMANE, Anasse Atibo. (2022). Evaluation of the effectiveness of castor bean leaf
extract (Ricinus communis) in the control of the fall armyworm (Spodoptera frugipirda),
Licungo University, Faculty of Agricultural Sciences-FCA, Quelimane, Mozambique.
The funnelworm (Spodoptera frugipirda) is considered one of the main pests of maize
(Zea mays) in Mozambique. The control of this pest is carried out through the use of chemical
pesticides and, recently, the use of botanical pesticides as an alternative to chemical pesticides
has grown. The objective was to evaluate the effectiveness of the extract of castor leaves
(Ricinus communis) in the control of the fall armyworm (Spodoptera frugiperda), the
experiment was carried out in two phases; field and laboratory. In the field, the Complete
Random Block Experimental Design (DBCC) was used, with 5 treatments and 4 replications
formed by the following treatments: T1 (25 g/l of castor leaf extract), T2 (50g/l of castor leaf
extract castor oil), T3 (75g/l of castor leaf extract), T4 (100 g/l of castor leaf extract) and T5
(control), randomly distributed in 20 experimental units. Each experimental unit consisted of
6 lines, the four central lines being considered useful lines and the remaining external border
lines. During the entire experimental period, four samplings were carried out every 25 days to
determine the percentage of infestation and the average level of attack at all stages of crop
development. Under laboratory conditions, the Randomized Complete Block Experimental
Design (DBCC) was used, with 5 treatments and 4 replications formed by the following
treatments: T1 (25 g/l of castor leaf extract), T2 (50g/l of castor bean extract castor leaf
extract), T3 (75g/l of castor leaf extract), T4 (100 g/l of castor leaf extract) and T5 (control),
randomly distributed in 20 petri dishes. Each petri dish consisted of 4 insects. Where
observations were made every 24 hours, after the application of the treatments, in a period of
120h to determine the percentage of mortality. Data were subjected to analysis of variance
(ANOVA) and Turkey's test at 5% significance. In the field there were significant differences
(Pr<0.05) for the percentage of caterpillar infestation, from 45 days after sowing, and all
castor-based treatments showed significant differences in relation to the control treatment. As
for the average level of attack, the T4 treatment stood out in relation to the control treatment,
proving to be favorable to its use to control the corn funnelworm from 45 days after sowing.
In the laboratory, a significant difference was observed from 96 hours after the application of
the treatment, T1, T2, T3 and T4 stood out from the control treatment, where T4 presented a
higher percentage of caterpillar mortality.
% - Por cento
N - Azoto
K - Potássio
P - Fósforo
Sumário
1.1 Generalidades................................................................................................................. 15
5.2 Recomendações.............................................................................................................. 42
APÊNDICES ....................................................................................................................... 46
15
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Generalidades
Esta cultura adequa-se bem em solos de textura média, que apresentam boa capacidade
de retenção de água e nutrientes, de franco a franco-limoso e adapta-se melhor num pH que
esteja no intervalo de 5 a 8, no entanto, possui o crescimento rápido dos caules e das folhas
quando as temperaturas se encontram entre os 25 a 35ºC, a precipitação excelente é de 150
mm durante a fase em que decorre o seu ciclo vegetativo em sistema de sequeiro. Tal como
em todas as outras culturas, os nutrientes absorvidos em maior quantidade na cultura do milho,
são o Azoto, o Fósforo e o Potássio (Barros, 2014).
Nos últimos anos, a produção média anual de todo mundo foi de 1.114 biliões de
toneladas, a Europa, Asia e a América detêm de cerca de 75% de produção, e por sua vez a
África dispõem, cerca de 25% de produção (USDA, 2020). Moçambique, produziu cerca de
2,284 ton/ha, com isso este pais contribui com cerca de 2.5% da produção mundial, as zonas
de maior produção são: norte (Cabo Delgado, Niassa e Nampula), centro (Manica, uma parte
de Tete, Sofala e Zambézia), a zona sul e liderada pela província de Gaza com cerca de 2,2
t/ha (Fancelli, 2015).
Segundo Sitoe (2005), são vários factores que ocasionam a baixa produção e de
rendimento deste cereal nas zonas tropicais, dentre estes podem se destacar os seguintes: altas
temperaturas nocturnas, fotoperíodo, técnicas agrícolas mal efectuadas, controlo de infestante,
uso de sementes não certificadas, presença de pragas e doenças.
Assim sendo, pretendesse com este trabalho, avaliar a efectividade do extracto de folha
de rícino (Ricinus communis) no controlo da lagarta do funil na cultura de milho (Spodoptera
frugiperda) como forma de proporcionar uma alternativa no controle da praga.
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1.2 Objectivo
1.6 Hipóteses
H0: A aplicação do extracto de rícino não será efectivo no controlo da Lagarta do funil.
H1: A aplicação do extracto de rícino será efectivo no controlo da Lagarta de funil do milho.
1.7 Problematização
O milho é o cereal mas cultivado e consumido em todo mundo contudo, ele constitui a
fonte básica de alimentação e subsistência para a maioria da população rural e suburbana em
Moçambique, para além disso este cereal possui uma grande fonte de nutrientes (proteína,
gordura, sais, vitaminas e carbohidratos). Actualmente, o rendimento desta cultura vem
baixando significativamente, devido a presença da lagarta do funil (Masa, 2016).
O alto índice de infestação da lagarta do funil na cultura do milho tem causado perda
significativa na produção desta cultura, e consequentemente na disponibilidade da mesma.
Dependendo da densidade populacional e da fase fenológica da cultura, as perdas de
rendimento podem variar de 20 a 60% (Figueiredo et al., 2006) e, nos casos de infestações
altamente severa, pode ocorrer perda completa até 100%. Condição, que comprometem a
produção agrícola e a segurança alimentar.
Segundo Cugala et al. (2017), no seu estudo sobre situação actual da lagarta do funil de
milho em Moçambique, constatou que as perdas causadas pela Spodoptera frugipirda podem
atingir cerca de 40 a 100% na produção.
De acordo com Houngbo et al. (2020) no seu estudo sobre conhecimento dos
agricultores e práticas de gestão da lagarta do cartucho em Benin (África ocidental) destacou
que as perdas causadas pela incidência da Spodoptera frugipirda nesse território podem
alcançar 40% da produção.
1.8 Justificativa
Estudo feito pelo Serrano et al., (2021), sobre eficiência do extracto aquoso de folha de
rícino (ricinus communis) no controlo da lagarta do funil constatou, que a aplicação do
extracto aquoso de folha de rícino possui diversos efeitos fisiológico sobre a praga, tais como;
repelência, inibição de oviposição, atraso no crescimento, alteração do comportamento e
mortalidade em diversas fases do crescimento da praga.
No território nacional a cultura de milho tem sido fortemente atacada pela lagarta de
funil do milho (Stodoptera frugipirda). A maior parte dos camponeses locais, não tem
condições financeiras para a aquisição dos pesticidas químicos para o combate desta praga,
por estes serem de custo bastante elevado. Portanto, surge a necessidade de testar a
efectividade do pesticida botânico (extracto do rícino) no controlo desta praga proporcionando
uma opção aos pesticidas químicos por estes serem de fácil preparo, barato, biodegradáveis e
podem ser encontrados facilmente a nível local.
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O milho (Zea mays) é o cereal mas cultivado em grande parte do mundo. Este cereal é
maioritariamente usado como alimento humano ou para ração animal, devido às suas altas
qualidades nutricionais. Todas as provas científicas, levam a acreditar que seja uma planta de
origem mexicana, já que a sua domesticação começou de 7.500 a 12.000 anos atrás na área
central do México (Costa, 2010).
O termo milho é originário do latim vulgar mĭlĭum. Este termo é confirmado antes
mesmo da introdução da espécie Zea mays na Europa, pois denominava o que em língua
castelhana se chama mijo e em português se acabou por chamar de milhete ou painço (Barros,
2014).
As evidências científicas indicam, que o milho foi introduzido pela primeira vez no
continente Africano no século XVI, pela chegada dos portugueses neste canto do mundo
(Pitre & Hogg, 1983). Passando algum tempo, mas precisamente no século XX este cereal já
era considerado como alimento básico nesta região (Forim, 2006).
Segundo o autor acima citado, os grãos são do tamanho de ervilhas, e estão dispostos
em fileiras regulares presas no sabugo, que formam a espiga. Eles têm dimenҫões, peso e
textura variáveis. Cada espiga contém de duzentos a quatrocentos grãos. Dependendo da
espécie, os grãos têm cores variadas, podendo ser amarelados, brancos, vermelhos, pretos,
azuis ou marrons. O núcleo da semente tem um pericárpio que é utilizado como revestimento.
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O milho adequa-se bem em solos de textura media, que apresentam boa capacidade de
retenção de água e nutrientes, de franco a franco-limoso e adapta-se melhor num pH que
esteja no intervalo de 5 a 8, no entanto, possui o crescimento rápido dos caules e das folhas
quando as temperaturas se encontram entre os 25 e os 35ºC, a precipitação excelente é de 150
mm durante a fase em que decorre o seu ciclo vegetativo em sistema de sequeiro. Tal como
em todas as outras culturas, os nutrientes absorvidos em maior quantidade na cultura do milho,
são o Azoto (N), o Fósforo (P2O5) e o Potássio (K2O) (Barros, 2014).
O milho é uma cultura muito exigente em água (Cruz et al., 2006) e, por razões
principalmente económicas, é plantado na maioria das áreas, no período chuvoso, ou seja, é
uma cultura típica de sequeiro (Sans & Santana, 2007). Pode ser cultivado em regiões onde as
precipitações vão desde 250 mm até 5000 mm anuais, sendo que a quantidade de água
consumida pela planta, durante seu ciclo, está em torno de 600 mm (Esalq, 2015).
De acordo com Cruz (2010), O milho pode ser cultivado durante todo ano em sistema
de regadio, por sua vez, quando cultivado em sistema de sequeiro, a sua produção
compreende os meses de Novembro a Abril, em regiões de clima tropical.
O continente africano possui uma área total de cerca de 622.984 km2, desta área cerca
de 70% é ocupada pela agricultura, onde a maior parte é detentada pela cultura de milho
seguido do arroz é da mapira preenchendo cerca de 25% (USDA, 2012). Segundo Fiesp
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(2019), a Tanzânia, Quénia e o Zimbabwe são os principais países mas produtores do milho a
nível do continente Africano com cerca de mas de 17% de produção.
Moçambique esta abaixo dos países acima mencionados com cerca de 2.5% de
produção, seguida da Uganda e África do Sul (Esalq, 2015). A nível do território nacional as
zonas de maior produção são; Norte (Cabo Delgado e Nampula), Centro (Manica, uma parte
de Tete, Sofala e Zambézia), a zona sul e liderada pela província de Gaza com cerca de 2.2
t/ha (Fancelli, 2015).
Porém, neste mesmos pais, o milho é maioritariamente produzida nas regiões centro e
norte do país, que em 2007 a produtividade foi de 945 e 734 kg.ha-1, respectivamente para as
regiões acima referenciadas. E com base nas estatísticas da Fao (2019), Moçambique
produziu na campanha agrícola de 2018 cerca de 2,449 milhões de toneladas. Estes
rendimentos baixos são reflexos do baixo uso de tecnologias de irrigação e fertilizantes
(Uaiene, 2006).
O milho é a cultura que se adapta a diversos tipos de solo e clima. São vários factores
que ocasionam a baixa produção e de rendimento deste cereal nas zonas tropicais, dentre
destes podem se destacar os seguintes: altas temperaturas nocturnas, tempo frequentemente
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nublado, técnicas agrícolas mal efectuadas, controlo de infestante e uso de sementes não
certificadas, presença de pragas e doenças (Sitoe, 2005).
Lagarta do funil do milho, nativa das Américas, foi registada pela primeira vez como
presente no continente Africano em Janeiro de 2016 na Nigéria (Goergen et al. 2016). Estudos
subsequentes revelaram que a praga está em quase toda a África Subsariana, onde está
causando elevados danos, especialmente para os campos de milho.
Fonte: (https://www.masa.gov.mz/agricultura/sanidade-vegetal/proteccao-de-plantas/lagarta-
do-funil-do-milho-spodoptera-frugiperda/).
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No milho o dano é causado em todas as partes aéreas da planta (folhas, caule, espiga e
inflorescências); Em plantas jovens, os sintomas são idênticas as da broca do colmo; A
Lagarta migra para o funil da planta alimentando-se das folhas jovens (tenras); As infestações
tardias ocorrem nas espigas e inflorescência masculina da cultura
(https://www.masa.gov.mz/agricultura/sanidade-vegetal/proteccao-de-plantas/lagarta-do-
funil-do-milho-spodoptera-frugiperda/).
Esta praga pode causar perdas de produção de até 100%, quando não forem tomadas
medidas apropriadas de controlo. Na Zâmbia, dados ainda que sejam preliminares indicam
que cerca 100 mil hectares desta cultura foram infestados. No caso do Brasil, onde a praga é
endémica, os custos de controlo da praga estimam-se em 600 milhões de USD/ano (Cugala,
2017).
De acordo com o autor acima supra citado, no seu estudo sobre controlo químico da
lagarta do cartucho no milho, usando insecticidas em diferentes formulações (liquido e
granuloso) e dosagem, constatou que os insecticidas granulosos mostraram-se mais eficientes
no controlo da lagarta do funil comparando com os líquidos.
Este método usa os imigos naturais de modo a combater as pragas. Diversos inimigos
naturais são usados como agentes de controlo natural da lagarta do funil, destacando-se os
predadores de lagartas (carabídeos, percevejos, tesourinhas, predadores de ovos, parasitóides
de lagartas e de moscas da família Tachinidae) (Fao, 2014).
Conforme Cruz et al, (1999) no seu estudo sobre utilização do baculavirus no controlo
da lagarta do funil em doses diferentes (0,25, 0,15, 0,025 e 0,015 ml) evidenciaram boa
eficiência do Baculovirus quando aplicado sobre plantas de milho, nos estágios de seis a oito
e oito a dez folhas, nas doses de 0,15 a 0,25 ml para o controlo de Spodoptera frugipirda.
Segundo Waquil et al. (2002) no seu estudo sobre a resistência do milho transgénico
(Bt) a lagarta do funil, usando variedades híbridas de milho Bt expressando as toxinas (Cry 1F,
Cry 1Ab, Cry 1Ac e Cry 9C), constatou que ouve diferença significativa entre elas
destacando-se a que expressam a toxina Cry 1F como altamente resistente a Spodoptera
frugipirda.
De acordo com Melo (2005) no seu estudo sobre desempenho de armadilhas a base de
feromonio sexual para o monitoramento de Spodoptera frugipirda, usando o modelo (Delta,
Balde e Pet) constatou que houve diferença significativa entre elas, quanto ao número de
mariposa capturadas sendo que o modelo Delta foi mas eficiente.
Pragas que combatem: o extracto de ricina combate diversas pragas como insectos
(lagartas e pulgões), formigas, fungos e nematoides.
A preparação do pesticida na base do rícino é feita com base nas folhas e sementes,
onde os passos estão descritos abaixo (Calderon, 2012).
Folha
Para a obtenção do pesticida na base da folha do rícino deve se, primeiro se secar e
logo se moer até obter uma quantidade de 100g de folhas, posteriormente se misturam
com 500 ml de água e se deixar repousar 24 h, para depois filtrar e aplicar.
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Semente
O modo de acção deste pesticida é variado de acordo com a espécie da praga, podendo
ocasionar nas pragas efeitos como, repelência, inibição da oviposição, inibidor da digestão
dos insectos, atraso no crescimento, alterar o comportamento, diversos efeitos fisiológicos em
insectos adultos e mortalidade em diversas fases (Filho & Savy, ). O composto activo é a
ricina (toxalbumina, glicoproteína), que é conhecido por ter uma excelente propriedade tóxico,
contra insectos e diversos organismos Roel, 2.
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T2 T4 T1 T5
T5 T2 1.0 m T4 T3
0.5 m
T4 T5 T3 T1
T1 T3 T5 T2
T3 T1 T2 T4
15.0 m
5 Nenhum controlo
O ensaio foi realizado numa área total de 142.5 m2, composta por 20 unidades
experimentais distribuídas em 5 tratamentos e 4 repetições. A dimensão de cada unidade
experimental foi de 4.5 m², sendo 3 m de largura por 1.5 m de comprimento e a separação
entre elas dentro do bloco foi de 0,5 metro e de 1 metro entre blocos, a área útil foi de 90 m2.
Cada unidade experimental foi composta por 45 plantas sendo que o compasso entre
elas foi de 40 cm entre linha e 25 cm entre plantas, sendo que o método de preparação do solo
foi a raso, e o padrão usado para a demarcação do campo foi o teorema de Pitágoras.
Nível de Ataque
O nível de ataque foi mensurado conforme a escala de Davis, que diz: “Quando for
detectado 20% de plantas atacadas com nota igual ou maior do que 3 na escala, para a
posterior aplicação do controle” (Williams et al., 1999).
%𝑀𝑜 − %𝑀𝑡
𝑀𝑜𝑟𝑡𝑎𝑡𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = × 100
100 − %𝑀𝑡
Onde:
Rendimento do milho
A avaliação do rendimento médio consistiu na recolha das espigas na área útil, as quais
foram postas a secar até um nível determinado de humidade, posteriormente debulhadas e os
grãos pesado. Para o cálculo do rendimento usou-se a fórmula abaixo:
𝑝𝑠𝑔 (𝑘𝑔)
𝑅𝑒𝑛𝑑 (𝑘𝑔ℎ𝑎) = × 10.000 𝑚2
𝐴 (𝑚2)
Onde:
A: Área útil.
34
Onde:
Yij= é o valor observado no bloco j que recebeu o tratamento i (i=1,2, ...,t ; j = 1,2,...,r);
μ = Média geral;
Apesar dos tratamentos a base do extracto de rícino não terem mostrado diferença
significativa, o tratamento com o nível de concentração de 100g/litro do extracto de rícino,
mostrou maior influência na redução da infestação pela lagarta ao longo do tempo,
diminuindo desta forma os impactos iniciais da lagarta na cultura, que foi de 50 a 20%. Este
caso pode ser explicado pelo facto do tratamento a base de 100g/litro do extracto de rícino
apresentar uma maior concentração da ricina (substância tóxica) que os demais tratamentos.
Esses resultados assemelham-se aos do Rodrigues, et al., (2017), que observaram que
a aplicação do pesticida botânico (extracto de rícino) reduz a percentagem de plantas de milho
atacadas pela praga. Os mesmos resultados diferem dos obtidos por Besson (2021), devido a
degradação das moléculas do pesticida botânico logo após a sua aplicação causado por
factores climáticos (chuvas e raios solares).
Estudo similar feito pelo Peron e Ferreira (2012), mostrou que após a terceira
aplicação, todos os tratamentos à base de extracto de rícino diferenciaram significativamente
da testemunha, indicando influência sobre o hábito alimentar geralmente no segundo e
terceiro instar. De acordo com Valicente e Tuelher (2009) no segundo ou terceiro instar, as
larvas começam a fazer buracos nas folhas, se alimentado em seguida do funil das plantas de
milho, produzindo uma característica fileira de perfurações nas folhas.
T3 (75g/l) 4.25ª 2a 1a 1a
T4 (100g/l) 4.5ª 2a 1a 1a
T5 (controle) 2ª 3.75b 4.75b 5.25b
CV (%) 15.83 17.07 7.98 4.20
As médias seguidas de mesmas letras na coluna não diferem pelo teste Tukey a 5% de
probabilidade
De acordo com os dados obtidos na tabela abaixo (Tabela 4), observou-se que após 24
horas de aplicação todos os tratamentos a base do extracto de rícino não diferiram
significativamente do tratamento controle, este facto pode ter-se sucedido pelo efeito do
principio activo do pesticida após o primeiro contacto com a lagarta causando efeitos como
inibição de oviposição, no hábito alimentar como também no crescimento.
Um estudo semelhante feito pelo Serrano et al., (2021), constatou que após a aplicação
dos tratamentos a mortalidade das lagartas aumentava com o tempo, alcançado assim maior
mortalidade em 72 h, a concentração de 75% e 100% não diferenciavam-se
significativamente, mas diferenciavam-se significativamente com a testemunha.
folhas. Resultados similares foram publicados pelo Peron e Ferreira (2012), ao utilizar
extracto de rícino, contra a Spodoptera frugiperda e obteve maior mortalidade em 96 a 144
horas numa concentração de 75 e 100%.
4.4 Rendimento
T5 (controle) 2.25b
CV (%) 31.88
As médias seguidas de mesmas letras na coluna não diferem pelo teste Tukey a 5% de
probabilidade
M Rendimento -0.821 0
5.1 Conclusão
5.2 Recomendações
Para o controle da lagarta do funil recomenda-se o uso dos pesticida a base de rícino
(uso de órgão como a sementes e folhas), a partir do nível de concentração de 100g de folhas
de rícino triturada por litro de água, também recomenda-se a efectuar-se estudos similar a este
usando outros pesticidas botânicos que são abundantes no nosso pais para minimizar os danos
nas culturas, garantindo a segurança alimentar das famílias Moçambicanas.
43
6 Referência bibliográfica
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funil-do milho-spodoptera-frugiperda/
http://www.receitasemenus.net
46
APÊNDICES
47
Layout do campo
T2 T4 T1 T5
T5 T2 1.0 m T4 T3
0.5 m
9.5 m
T4 T5 T3 T1
T1 T3 T5 T2
T3 T1 T2 T4
15.0 m
48
Rendimento
62
Figura 9: Sementeira