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BACHARELADO EM ODONTOLOGIA
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2018
FERNANDO FRANCISCO CHAGAS DOS SANTOS
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2018
Dados Internacionais de Catalogação
FOLHA DE APROVAÇÃO
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Ma. Maria do Carmo Vasquez Fernandes Bastos Nagahama.
Orientadora
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Nome do avaliador FAMAM.
Avaliador
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Nome do avaliador FAMAM.
Avaliador
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Dra. Andréa Jaqueira da Silva Borges.
Profª. De TCC IIr
GOVERNADOR MANGABEIRA-BA
2018
À minhas Marias:
Do Carmo e
De Lourdes
AGADECIMENTOS
Arthur Schopenhauer
RESUMO
A Candida albicans é uma levedura que pode ser encontrada na microbiota normal da
cavidade oral, estando também presente no trato gastrointestinal e na mucosa vaginal.
Acredita-se que até 50% da população saudável tenha a Candida presente na mucosa
oral, vivendo em equilíbrio com o organismo humano. Mesmo habitando o organismo
humano de forma comensal, essa levedura pode em determinado momento passar
do estágio de colonizador para tornar-se infectante. Essa mudança da relação entre o
hospedeiro e da Candida depende de uma série de fatores. Fatores esses que estão
associados com a situação imunológica do hospedeiro e a fatores de virulência
associados a esse micro-organismo. A Candida pode causar diversas infecções na
cavidade oral, com destaque para candidíase pseudomembranosa e candidíase
eritematosa. O tratamento das infecções por Candida é feito com uso de antifúngicos
como a Nistatina 100.000UL/mL, entretanto, essa levedura vem apresentando
resistências a ação dos antifúngicos aplicados, o que tem levado a busca de novas
fórmulas, novas substâncias. A fitoterapia é uma área que tem buscado soluções para
resistências de microrganismo a antimicrobianos, através de diversas pesquisas na
área. Assim, o Cocos nucifera linn é uma planta que vem sendo investigada. Desta
forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito antifúngico, in vitro, do extrato
etanólico do endocarpo do fruto do Cocos nucifera linn, frente à Candida albicans.
Trata-se de um estudo experimental, que foi realizado no Laboratório de Microbiologia
da Faculdade Maria Milza. O extrato etanólico foi obtido através da técnica de
maceração a frio, utilizando o etanol como solvente. Após a obtenção do extrato, foi
realizado o teste de sensibilidade frente a cepa de Candida albicans, através da
técnica de disco difusão (com disco papel filtro 6mm). Foi utilizado como controle a
Nistatina 100.000Ul/mL, e o extrato foi utilizado em 5 concentrações diferentes (100%,
50%. 25%, 12,5%, 6,25%). A cepas da levedura foram semeadas em placas de petri
contendo meio de cultura especifico para a Candida, e em cada disco foi dispensado
1mL do extrato e em outro disco 1mL da Nistatina. Após 48h em estufa bacteriológica
foram feitas as leituras através da medição dos halos de inibição, com uso de um
paquímetro digital. Os resultados mostram que o extrato do endocarpo do Cocos
nucifera linn apresentou halo de inibição contra a Candida albicans, sendo a CIM de
12,5%. Esse resultado abre um leque de possibilidades e de desenvolvimento de
novas pesquisas para que seja viabilizado a sua utilização.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 27
10
1INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Fonte: http://www.especialista24.com/candidiase-oral-fotos-imagens
A B
Fonte: https://localodonto.com.br/candidiase-oral-diagnostico-tratamento/
2.3 NISTATINA
Não existe uma definição correta na literatura sobre a origem do Cocos nucifera
linn, que é conhecido popularmente como coco-da-bahia, coco-da-praia, entre outros
nomes. O que é perceptível é a presença em massa dessa planta no litoral brasileiro,
mais especificamente no litoral nordestino brasileiro (FONTENELE, 2005).
Morfologicamente o C. nucifera linn possui forma ovóide, com coloração que
varia de verde e amarela que depende da fase de maturação do furto, casca lisa
podendo medir cerca de 25cm de comprimento e 15 cm de diâmetro, quando
amadurece sua coloração passar a ser castanho, em sua cavidade interna é
acumulada uma água. Quando seco, o coco tem três estruturas, o endocarpo,
mesocarpo e a polpa (Figura 3).
Fonte: https://www.ppfam.com/Coco/CostaRica/3370/
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 MATERIAL
O Coco foi obtido na Feira Livre de Santo Antônio de Jesus, estando, o mesmo,
na forma de coco seco. Foi utilizado para obtenção do extrato o endocarpo.
O extrato etanólico foi obtido através do método de maceração a frio, descrito
na V Farmacopéia Brasileira (2010). Todo material foi lavado em água corrente para
limpeza de sujidades e impureza. Depois foi seco em estufa por 30 min. Após a
secagem foi pesado100g do endocarpo e triturado em moinho industrial misturado. O
material triturado foi colocado em adicionado álcool etanólico a 98% e colocados em
elermayer e armazenados em local escuro sob agitação constantes por 14 dias
(Figura 4). Depois foram filtrados em funil com papel filtro e depois foi realizada
filtração a vácuo e armazenado em frasco âmbar.
A B
Fonte: www.farmacotecnica.ufc.br/arquivos
A B
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
bibliografico dos extratos vegetais que apresentam ação antifúngica para Candida,
realizado por Giordani; Santin; Cleff (2015), em publicações do período de 2005 a
2013. Os autores encontraram 102 espécies de famílias de plantas diferentes que
apresentaram ação contra a Candida albicans.
27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AMATO, A. L.; et al. Atividade antimicrobiana in vitro. Estud. Biol. v.29, n.67, p. 165-
170, abr/jun, 2007. Disponível em:
<www2.pucpr.br/reol/index.php/BS?dd1=2507&dd99=pdf>. Acesso em: 15 jun. 2018.
BERILA, N.; SUBÍK, J. Opportunistic pathogen Candida glabrata and the mechanisms
of its resistance to antifungal drugs. Epidemiol. Mikrobiol. Imunol., Phaha, v. 59, no. 2,
p.67-70, Apr. 2010.
CAMPISI, G.; et al. Risk factors of oral candidosis: a twofold approach of study by
fuzzy logic and traditional statistic. Arch Oral Biol, v. 53, p. 388‐397, Apr. 2008.
Disponível em:< https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18191810>. Acesso em: 13
jun.2018.
GIORDANI, C.; SANTIN, R.; CLEFF, M.b.. Levantamento de extratos vegetais com
ação anti-Candida no período de 2005-2013. Revista Brasileira de Plantas
Medicinais, [s.l.], v. 17, n. 1, p.175-185, mar. 2015. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/1983-084x/12_072. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
05722015000100175>. Acesso em: 18 jun. 2018.
LUBIAN, C. T.; et al. Atividade antifúngica do extrato aquoso de Arctium minus (Hill)
Bernh. (Asteraceae) sobre espécies orais de Candida. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu,
30
SANTOS, S. B.; et al. Occurrence and predisposing factors associated to the genus
Candida in children. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 40, n. 1, p.73-80, mar. 2016.
Disponível em:< pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/mis-37797>. Acesso em: 10
jun. 2018.
VARONI, E.M. et al. Plant polyphenols and oral health: old phytochemicals for new
fields. Curr Med Chem, 19(11):1706-1720,
2012.<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22376030>. Acesso em: 17 jun. 2018.