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Itajaí (SC)
2022
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SUBSTÂNCIAS
SINTÉTICAS BIOATIVAS
Itajaí (SC)
Março de 2022
FICHA CATALOGRÁFICA
CDU: 615.322
Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e que me deu forças em toda a minha
caminhada e jamais me faz desistir, independentemente da situação.
Aos meus pais Fábio e Renata por todo esforço e dedicação em minha jornada acadêmica,
por cada doce e salgado vendido para custear meu estudo, saibam que estou aqui por
vocês.
Aos meus irmãos, Lara e Thiago por sempre estarem ao meu lado.
Ao meu esposo Cassiano que me deu força em todas as horas que passei estudando, e por
acreditar em meu potencial e reafirmar isso em todos os momentos de desânimo e
desespero.
Aos meus avós Jucemar, Marlene e Nilza que são minha base e minha alegria de viver.
A minha orientadora e segunda mãe Profa. Tania Bresolin, que me apoiou desde a época
da graduação e jamais soltou da minha mão e que é a pessoa que mais confiou em mim,
mesmo quando eu mesma achei que não conseguiria, por todo conhecimento, dedicação,
carinho e amor que demonstrou e me ensinou e acima de tudo a essa figura inspiradora
que és para mim.
Ao meu coorientador Prof. José Santin, por toda dedicação e paciência que teve com o
meu trabalho e pelos ensinamentos que me proporcionou.
Aos membros da banca interna Prof. Dra Ângela Malheiros, Prof. Dr. Rivaldo Niero, e a
banca externa, Prof. Dra. Christiane Meyre da Silva Bittencourt por todas as correções,
sugestões e dedicação durante a execução deste trabalho.
Aos companheiros de laboratório de pesquisa Larissa e Otto pelos experimentos
realizados e conhecimento compartilhado para que os resultados desse trabalho fossem
alcançados.
À CAPES, CNPq e UNIVALI pelo apoio financeiro.
E a todos que participaram da minha jornada para a obtenção desse título, meu muito
obrigada!
“Os que se encantam com a prática sem a
ciência são como os timoneiros que
entram no navio sem timão nem bússola,
nunca tendo certeza do seu destino”
(Leonardo da Vinci)
CONTROLE DE QUALIDADE E BIOMONITORAMENTO DE
EXTRATOS SECOS COMERCIAIS DE SUCO DE CITRUS
SINENSIS (L.) OSBECK
Março de 2022
Número de Páginas: 78
A ingestão de citrinos tem sido amplamente utilizada para prevenção do desenvolvimento de diversas
patologias em humanos. Dentre as laranjas doces, Citrus sinensis (L.) Osbeck, a variedade Moro, uma
laranja sanguínea, proveniente da Itália, é amplamente estudada e empregada devido ao seu potencial de
ação anticarcinogênico, cardioprotetor, antioxidante, anti-inflamatório e anti-obesidade. O extrato seco do
suco da C. sinensis originária da Itália foi patenteado e é comercializado no Brasil na forma de extrato seco
encapsulado, em farmácias de manipulação, cujo efeito no combate à obesidade é relacionado à presença
do flavonoide cianidina-3-O-glicosídeo (C3G), fornecido no Brasil pela empresa Galena (Morosil®).
Devido à crescente demanda por este extrato surgiram outros fabricantes levantando a preocupação com a
autenticidade dos extratos, já que o setor magistral não executa ensaios de controle de qualidade que
assegurem a autenticidade, quando os fornecedores são qualificados, conforme a regulamentação da
ANVISA. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi a caracterização dos extratos de C. sinensis de
três amostras comercializadas no Brasil, dos fornecedores Galena (extrato referência), Gemini (origem do
Brasil) e Florien (origem da China), analisando o perfil cromatográfico por Cromatografia em Camada
Delgada (CCD) e por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), teor do marcador, C3G, por
CLAE, além da atividade antioxidante e anti-inflamatória in vitro. Na CCD, foi empregado placa de sílica
gel GF254 e como fase móvel clorofórmio:metanol 7:3 (v/v). Na CLAE empregou-se coluna Luna
Phenomenex® C18 (250 x 46 mm, 5 µm), detecção em 263, 285 e 520 nm, com fase móvel composta por
gradiente empregando acetonitrila:metanol:água acidificada com ácido. fórmico 1% pH 2,5. Os extratos
foram biomonitorados pela atividade antioxidante com o método DPPH+, bem como foi analisada a
inibição da liberação de óxido nítrico (NO) em macrófagos RAW 264,7 estimulados com LPS, em
diferentes concentrações (0,1– 100,0 µg/mL). Como resultado, o perfil por CCD e por CLAE evidenciou o
marcador C3G somente na amostra de referência (Morosil), por CLAE foi encontrado um teor de 1,6%
(DPR=0,97%). A atividade antioxidante das amostras referência e Gêmini se mostraram semelhantes com
EC50 de 159,3 e 156,7 mg/L, respectivamente, enquanto a amostra da Florien apresentou maior EC50, de
438,6 mg/L. Quanto à supressão da liberação de NO, somente a amostra de referência apresentou este efeito.
Portanto, as duas amostras comercializadas não se mostraram similares à amostra de referência, com teor
inferior de marcador, ou ausência do mesmo, menor atividade antioxidante e ausência de atividade anti-
inflamatória, sugerindo não se tratar de amostras autênticas de extrato seco de suco de C. sinensis, da
variedade Moro.
Palavras-chave: laranja moro, autenticidade, antocianinas, produtos magistrais
Quality control and Biomonitoring of commercial dry extracts
obtained from Citrus sinensis juice
Number of Pages: 78
Citrus ingestion has been widely used to prevent the development of several pathologies in humans. Among
the sweet oranges, Citrus sinensis (L.) Osbeck, the Moro variety, a blood orange, from Italy, has been
widely studied and used due to its anticarcinogenic, cardioprotective, antioxidant, anti-inflammatory and
anti-obesity potential. The dry extract of the juice of C. sinensis originating in Italy was patented and is
marketed in Brazil by compounding pharmacies, in the form of encapsulated dry extract. Their effect in the
fight against obesity is related to the presence of the flavonoid cyanidin-3-O-glycoside (C3G), supplied in
Brazil by the company Galena (Morosil®). Due to the growing demand for this extract, other manufacturers
have raised concerns about the authenticity of the extracts, since the compounding pharmacy industry does
not perform quality control tests that ensure authenticity, when suppliers are qualified, according to
ANVISA regulations. Thus, the objective of the present work was to characterize the extracts of C. sinensis
from three samples marketed in Brazil, from the suppliers Galena (reference extract), Gemini (from Brazil)
and Florien (from China), analyzing the profile TLC (Thin Layer Chromatography) and HPLC (High
Performance Liquid Chromatography) chromatography, marker content, C3G, by HPLC, in addition to
antioxidant and anti-inflammatory activity in vitro. In the TLC, a silica gel GF254 plate was used and the
mobile phase was chloroform:methanol 7:3 (v/v). In the HPLC, a Luna Phenomenex® C18 column (250 x
46 mm, 5 µm) was used, with detection at 263, 285 and 520 nm, with mobile phase composed of gradient
using acetonitrile:methanol:acidified water, 1% formic and pH 2.5. The extracts were biomonitored for
antioxidant activity using the DPPH+ method, as well as for inhibition of nitric oxide (NO) release in RAW
264.7 macrophages stimulated with LPS at different concentrations (0.1– 100.0 µg/mL ). As a result, the
profile by CCD and HPLC showed the C3G marker only in the reference sample (Morosil), by HPLC,
content of 1.6% was found (DPR=0.97%). The antioxidant activity of the reference and Gemini samples
was similar, with EC50 of 159.3 and 156.7 mg/L, respectively, while the Florien sample showed the highest
EC50 of 438.6 mg/L. As for the suppression of NO release, only the reference sample showed this effect.
Therefore, the two commercialized samples were not similar to the reference sample, with lower marker
content, or the absence of it, lower antioxidant activity, and the absence of anti-inflammatory activity,
suggesting that they are not authentic samples of dried extract of grapefruit juice. C. sinensis, of the Moro
variety.
1 INTRODUÇÃO 12
2 OBJETIVOS 15
2.1 Objetivo Geral 15
2.2 Objetivos Específicos 15
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 16
3.1 Uso de produtos naturais para o tratamento da obesidade e prevenção de problemas de saúde 16
3.2 Citrus sinensis 21
3.3 Flavonóides 26
3.4 Autenticidade do suco de Citrus sinensis 31
4 MATERIAL E MÉTODOS 33
4.1 Drogas, reagentes e equipamentos 33
4.2 Amostras de extrato seco 33
4.3 Cromatografia em camada Delgada (CCD) 33
4.4 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) 34
4.5 Ensaio antioxidante 34
4.6 Cultivo celular 37
4.6.1 Linhagem celular 37
4.6.2 Atividade anti-inflamatória in vitro 37
5.6.3 Viabilidade celular MTT 37
4.6.4 Determinação do NO 38
4.6.5 Análises dos dados e apresentação dos resultados 38
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 40
5.1 Cromatografia em camada delgada 42
5.2. Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) 44
5.3. Atividade antioxidante 51
5.4. Atividade anti-inflamatória in vitro 54
6 CONCLUSÃO 59
REFERÊNCIAS 60
12
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
relação muito estreita com a dieta, e neste contexto, os flavonoides cítricos têm emergido
como promissores agentes terapêuticos para o tratamento de várias doenças crônicas não
transmissíveis, dislipidemias, aterosclerose e obesidade (ASSINI et al., 2013).
Segundo a Abeso (2010), uma diminuição maior ou igual a 1% do peso corporal
ao mês e de pelo menos 5% em um período de três a seis meses é considerada como uma
terapêutica satisfatória para a perda de peso corporal. Em 2016, mais de 1,9 bilhão de
adultos, com 18 anos ou mais, estavam acima do peso, sendo que, mais de 650 milhões
eram obesos (OMS, 2020; PITANGA et al., 2020) e foi projetado que mais de 300
milhões de pessoas em todo o mundo terão diabetes mellitus tipo 2 (DM2) como
consequência da obesidade até 2025 (NCD-RisC, 2016).
A obesidade pode ser atribuída a fatores endógenos e exógenos (DÂMASO et al.,
2003) e está relacionada ao aumento do risco de uma ampla gama de enfermidades tais
como dislipidemias, DM2, hipertensão, doenças cardiovasculares e vários tipos de câncer,
além de apresentar outras comorbidades com redução da qualidade de vida e expectativa
de vida (MONTEIRO; CONDE, 1999; KAC; VELÁSQUEZ-MELÉNDE, 2003; ANJOS,
2006; CARDILE; GRAZIANO; VENDITTI, 2015).
No mercado, há uma ampla variedade de plantas e medicamentos naturais que
são utilizados para o controle do peso e combate à obesidade. Como exemplo de
emagrecedores naturais tem-se a Caralluma fimbriata, conhecida popularmente como
Caraluma, um cacto, muito comum na Índia, utilizado como inibidor de fome e sede
(ASTELL et al., 2013). No entanto, Jayawardena et al. (2021) demonstraram que não
houve alteração significativa nos parâmetros de apetite ou em parâmetros metabólicos,
não recomendando a planta como suplemento para perda de peso ou inibidor de apetite
Outra planta muito utilizada é a Garcinia cambogia, segundo Vasques et al.
(2014) a planta pode ser uma alternativa para perder e controlar o peso. Porém, a
ANVISA proibiu sua importação, distribuição, divulgação, comercialização e uso do
produto denominado Garcínia cambogia da marca FrutaPlantalife, importado pela
empresa Life Import através da Resolução n° 1550 por seus efeitos adversos que incluem
pneumonia, hemorragia, infecção de garganta e o alto risco de hepatoxicidade
(RADAELLI; PEDROSO; MEDEIROS, 2016).
Outra espécie que se destaca é a cúrcuma, cujo princípio ativo é a curcumina,
um polifenólico lipofílico com anel aromático e um ou mais grupos hidroxila,que
apresenta efeitos benéficos no metabolismo, propriedades potencialmente anti-obesidade
19
alimentar segundo esta legislação é “produto para ingestão oral, apresentado em formas
farmacêuticas, destinado a suplementar a alimentação de indivíduos saudáveis com
nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos, isolados ou combinados”.
Importante destacar que os rótulos ou outra representação gráfica não podem alegar que
o produto possua finalidade medicamentosa ou terapêutica (BRASIL, 2018).
Os consumidores podem consultar informações sobre os suplementos alimentares
a respeito da segurança, nutrientes, substâncias bioativas e condições de utilização do
produto através de ferramentas disponibilizadas pela ANVISA (ANVISA, 2022).
Por outro lado, os medicamentos fitoterápicos são medicamentos obtidos
empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais, caracterizados pelo
conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e
constância de sua qualidade. São regulados no Brasil pela ANVISA como os demais
medicamentos e devem demonstrar estritos critérios de eficácia, segurança e qualidade
para ser liberado à população, segundo a RDC 26 (BRASIL, 2014), sendo produzidos por
empresas com certificado de Boas Práticas de Fabricação (BPF).
Estas normativas da ANVISA para drogas vegetais e fitoterápicos é uma das
regulações mais rígidas e avançadas do mundo, exigindo previamente uma avaliação
detalhada da composição, qualidade e segurança, bem como de suas associações (quando
um medicamento tem mais de um composto/planta medicinal).
Recentemente, Ariyanto et al. (2021) publicaram uma revisão de literatura sobre
a eficácia de alguns extratos naturais no combate à obesidade concluindo que as plantas
abordadas possuem um potencial para o controle de peso, porém, alertando que mais
pesquisas são necessárias para que se conheça o mecanismo de ação dessas plantas no
emagrecimento e de suas interações com o organismo e sua segurança para o consumo.
Inclui-se nesse contexto as laranjas sanguíneas da variedade Moro (Citrus
sinensis (L.) Osbeck), por apresentarem potencial nutricional e comercial devido às
propriedades biológicas que possui tanto no suco, bagaço e na casca, além de seus
benefícios a saúde comprovada no tratamento de doenças como: constipação, cólicas,
cólicas, diarréia, bronquite, tuberculose, tosse, resfriado, obesidade, distúrbio menstrual,
angina, hipertensão, ansiedade, depressão e estresse (MILIND; CHATURVEDE, 2012).
A laranja sanguínea da variedade Moro é reconhecida pelas altas concentrações
de antocianinas, ácido ascórbico e ácidos hidroxicinâmicos entre outros compostos
presentes em sua composição, e esses compostos, quando em sinergismo, podem atuar no
controle de várias doenças e na gestão da massa corporal (FABRONI et al., 2016).
21
em 1646 e descrita como uma laranja diferente em sabor e de cor púrpura (FERRARI,
1646 apud TALON et al., 2020).
As laranjas podem ser divididas em dois grandes grupos devido sua coloração:
as douradas e as sanguíneas. As laranjas sanguíneas são caracterizadas pela coloração
vermelho intenso da polpa e do suco, devido à presença de antocianinas, compostos estes
que normalmente não estão presentes em laranjas douradas ou outras frutas cítricas
(CARDILLE et al., 2015).
A espécie C. sinensis inclui o grupo das laranjas douradas (como a variedade
Navelina, Figura 1) e das sanguíneas, entre estas últimas, há as variedades Moro, Tarocco
e Sanguinello (MAGALHÃES et al., 2019). Moro é a variedade mais colorida, com polpa
de cor vermelha profunda, com veios que vão da cor alaranjada ao rubi, ou carmesim
vívido e quase preto (GROSSO et al., 2013), como mostra a figura 1.
Figura 2. Frutos de laranja ‘Sanguinelli’ importados da Itália, com diferentes níveis de antocianina na polpa
3.3 Flavonóides
sendo muito utilizados por seus benefícios na prevenção de uma ampla gama de doenças
degenerativas (NISHIUMI et al., 2011).
A estrutura básica dos flavonoides é formada por um núcleo fundamental com 15
átomos de carbono (C15) arranjados em 3 anéis (C6 - C3 – C6) como representado na
figura 3.
4 MATERIAL E MÉTODOS
revelador cloreto férrico. A substância de referência foi a C3G a 100 µg/mL, solubilizado
em metanol e os extratos M,G,F dissolvidos em metanol a uma concentração de 2 mg/mL.
o balão foi então homogeneizado e transferido para um frasco de vidro âmbar para
armazenamento, a absorbância foi medida e ficou em torno dos 0,900nm.
Para a curva de DPPH utilizou-se uma solução mãe (1 mM) em balão volumétrico
de 10 ml variando as concentrações de 0,01 mM a 1 mM, conforme detalhado no Quadro
1. A leitura da absorbância foi feita em 515 nm, tendo como branco o metanol.
1 0 10 0
4 1 9 0,1
5 2 8 0,2
6 5 5 0,5
7 8 2 0,8
8 10 0 1
y=ax+b (Equação 1)
A partir das absorbâncias obtidas das diferentes diluições dos extratos, foi plotada a
absorbância no eixo y e diluição (mg/L) no eixo x e determinada a equação da reta para
cada amostra de extrato (Equação 3), resultando em retas decrescentes com a diminuição
37
y=-ax+b (Equação 3)
Também foi calculado a EC50 expressa em g de fruta por g de DPPH, por meio da
equação 4:
Da mesma forma que foi calculada a EC50 em mg/L empregando a equação da reta
da atividade antioxidante (AA%), calculada por meio da equação 5, para cada extrato, em
seguida empregando a equação 3, usando a AA% no eixo y e concentração no eixo x.
4.6.4 Determinação do NO
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Informações continas nos rótulos dos difentes extratos comerciais do extrato seco de citrus
sinensis
Morosil Gêmini Florien
• Parte da planta • Variedade X
Desta forma, estas três amostras foram submetidas às análises de CCD, CLAE,
atividade antioxidante e atividade anti-inflamatória in vitro, a fim de avaliar a
autenticidade das mesmas e conferir com o que é dito em suas bulas e certificados
A CCD é um método prático, rápido e sensível para uma caracterização prévia dos
compostos de interesse, proporcionando análise qualitativa e semi-quantitativa, sendo
adequado para análise de extratos que apresentam múltiplos componentes
(MUKHERJEE, 2002; FAMEI et al., 2006). Esta técnica é fundamental para a
identificação de drogas e derivados vegetais e fitoterápicos, pois permite o
estabelecimento do perfil cromatográfico e a verificação da presença das substâncias
utilizadas em comparação ao marcador (OLIVEIRA, 2010).
A metodologia escolhida sofreu modificações no sistema eluente em comparação
com a metodologia previamente desenvolvida por Lamego el. al (2019, 2020) que
empregaram a fase móvel Butanol:Ac. Acético:água (4:1:1 v/v) e Clorofórmio: Metanol:
Ac. Acético (4,5:5:0,5 v/v) sem dessecação da placa de sílica, sendo observado menor
resolução entre as bandas por estes autores.
Para esta técnica, foram realizados vários testes variando as fases móveis para a
melhor separação dos compostos presentes nas amostras. Foram testados diferentes
valores de pH alcalinizando e acidificando as fases móveis, bem como as placas de sílica
foram previamente dessecadas em estufa a 105 °C, por 30 min, para eliminação da água,
testando diferentes solventes orgânicos e proporções entre eles. A melhor fase móvel
consistiu de clorofórmio:metanol 7:3 (v/v) e 2 gotas de ácido acético para remover a água
do solvente.
Após a eluição as placas foram dessecadas brevemente sob chapa aquecida e
observadas à olho nu (Figura 7A) e sob luz UV (figura 7B) e sob revelação com uma
solução de clorreto férrico a 3% (figura 7C).
43
Figura 7. Perfil cromatográfico por CCD das amostras de extrato seco da C. sinensis à vista desarmada
(A), sob luz UV (254 nm) (B) e revelado com solução de cloreto férrico 3% (C).
A B C
Fase Móvel: clorofórmio:metanol 7:3 (v/v) e 2 gotas de ácido acético; P: padrão C3G, M: amostra Morosil,
G: amostra Gêmini e F: amostra Florien.
Na revelação a olho nu, a C3G (P) no visível (Figura 7A) apresentou arraste da banda,
com cor violácea, porém com uma mancha principal com fator de retenção na
cromatoplaca (Rf) de 0,64. A amostra Morosil (M) também apresentou perfil semelhante,
sugerindo a presença deste marcador. A amostra Gemini apresentou uma mancha com
coloração distinta da amostra referência, com Rf superior à C3G e não apresentou mancha
com Rf similar ao C3G sugerindo a ausência ou baixa concentração desta antocianina na
amostra. A amostra Florien apresentou um perfil cromatográfico muito distinto das duas
primeiras.
A amostra Gemini mostrou bandas com Rf superior ao da C3G e inferiores em
comparação com o Morosil, evidenciando maior diversidade de compostos apolares. A
amostra Florien apresentou manchas fracas com Rf superior ao do marcador.
Além de mostrar uma coloração distinta dos dois primeiros extratos, a amostra
Florien também apresenta um perfil cromatográfico distindo, sugerindo tratar-se de um
composto diferente da amostra referência.
No estudo realizado por Lamego et al. (2019) foi evidenciado um Rf de 0,8 para a
amostra de referência Morosil, devido ao emprego de uma fase móvel mais polar, em
comparação com a utilizada no presente trabalho, bem como menor resolução entre as
bandas dos extratos. Cabe salientar que no trabalho de Lamego et al. (2019) não foi
empregado uma substância referência comercial de C3G, mas sim a substância isolada do
morango, dificultando a interpretação, não sendo claramente evidenciada sua presença na
amostra Morosil.
44
Neste trabalho pode-se observar outras bandas visíveis na CCD, sendo que, no
Morosil e no padrão de C3G, uma banda com RF claramente identificado e muito
fracamente ou ausente na amostra Gêmini e, aparentemente ausente na amostra Florien.
As demais s bandas encontradas nas amostras Gêmini e Morosil, possivelmente
sejam outros compostos presentes na C. sinensis, tais como licopenos, ácido ascórbico,
flavonóides, ácidos graxos, cumarinas e carotenóides (ASCHOFF et al., 2015;
TAKEMOTO et al., 2008), como relatado no certificado de análise dos dois fabricantes
com teor de cerca de 2,0-3,0%. Não foi evidenciada a presença destes compostos na
amostra Florien.
Esta análise, embora simples, se mostrou bastante esclarecedora quanto à
composição química das amostras, em comparação com o marcador e com a amostra
referência, podendo ser adotada como uma análise inicial de triagem para verificar a
autenticidade das amostras de suco de C. sinensis.
Lamego et al. (2019) desenvolveram um método por CLAE para analisar as três
amostras de suco de C. sinensis, porém, não empregaram a substância de referência C3G,
mas somente o flavonoide Tangerentina o qual está presente na casca do fruto e aparece
como contaminante no suco, pela sua obtenção por expressão (GATTUSO et al., 2007),
Portanto, esta metodologia foi aprimorada, visando a separação do marcador C3G dos
demais picos e a sua identificação nas três amostras, a fim de contribuir para determinar
a sua autenticidade. Foram testados cerca de 40 gradientes de fases móveis, usando
colunas C8 e a C18, sendo descritos no quadro 2, os que resultaram em melhor separação
dos picos.
45
Quadro 2. Sistemas cromatográficas por CLAE para análise do extrato seco do suco de C. sinensis da
marca Morosil
pH 3,5* (A:C)
* Nestes métodos foi testado pH 2,5 e 7,8.
Figura 8. Perfil cromatográfico por ClAE da C3G a 30 µg/mL (A) e das amostras de extrato seco de suco de C. sinensis a 2 mg/mL: Morosil (B), Gêmini(C) e Florien (D), em
520nm e o perfil de absorção do pico com TR do padrão.
mAU mAU
195
250
175
150
40 125
100
75
50
30
517
280
25
626
666
0
200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 nm
20
10
1
0
B 700
mAU
206
600
500
mAU 400
200
280
517
100
75
768
776
0
200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 nm
50
25
mAU
600
196
550
500
450
400
mAU 350
15.0 250
200
150
228
283
100
12.5 50
327
0
-50
10.0 200.0 225.0 250.0 275.0 300.0 325.0 350.0 375.0 nm
7.5
5.0
2.5
0.0
2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 min
D 400
mAU
195
350
300
mAU 250
15.0 150
100
12.5
50
326
666
524
641
0
10.0
200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 nm
7.5
5.0
2.5
0.0
-2.5
Figura 9. Perfil cromatográfico por CLAE do gradiente 18 modificado do padrão de C3G e das amostras de extrato seco de suco de C. sinensis nos diferentes representantes
analisados em 263 nm
A B
mAU mAU
30 263nm,4nm (1.00) 300 263nm,4nm (1.00)
25 250
20 200
15 150
10
100
5
50
0
0
-5
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 min
0.0 2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 min
C D
mAU
263nm4nm (1.00)
mAU
100 263nm4nm (1.00)
1750
1500
75
1250
50 1000
750
25
500
250
0
12
2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 min 0
2.5 5.0 7.5 10.0 12.5 15.0 17.5 min
C3G a 30 µg/mL (A), Extrato seco de suco de C. sinensis a 2 mg/mL: Morosil (B), Gêmini(C) e Florien (D)
50
Figura 10. Curva analítica de C3G no método 18 adaptado, pH 2,5, coluna C18
3500000
2000000
área
1500000
1000000
500000
0
0 20 40 60 80 100 120
Concentração (µg/mL)
o DPR das áreas da concentração 10 µg/mL foi de 0,59%, inferior a 2%, conforme preconizado
na Farmacopeia Brasileia (BRASIL, 2019).
Empregando esta curva analítica, foi calculada a concentração de C3G nas amostras
Morosil, Gêmini, encontrando respectivamente 16 e 0,35 mg/g, respectivamente. Não foi
detectado o marcador na amostra Florien, em concordância com os resultados obtidos na CCD
(Figura. 7).
O teor apresentado nos laudos das amostras Morosil e Gemini são de 0,8 e 0,92% de C3G,
respectivamente. Nestre trabalho encontrou-se o teor de 1,6% e 0,06%, para as amostras
Morosil e Gêmini usando a equação da reta (Figura 10) para o cálculo da concentração em
µg/mL e calculando-se o teor em % (m/m). A amostra referência apresentou um valor superior
ao do certificado, já a amostra Gemini apresentou um teor bastante inferior ao reportado, tal
diferença pode ter sido acarretado pela origem dos frutos de C. sinensis, visto que a amostra
referência é oriunda da Itália enquanto a amostra Gêmini foi originada do Brasil cujas condições
climáticas não propiciam a produção de antocianinas nos frutos (LATADO et al., 2008).
Também foi analisada a precisão do método analítico, analisando a amostra referência
Morosil, por meio de pesagens independentes, em sextuplicata, e injeções em triplicata de cada
uma dessas amostras. De acordo com a AOAC (2016), para a precisão estar adequada, o DPR
da análise pode ser de até 2,7%, sendo que neste estudo foi encontrado um DPR de 0,97%.
Tabela 2. Atividade antioxidante pelo método de DPPH de amostras comerciais de suco de C. sinensis
r² = 0,9519
r² = 0,9586
r² = 0,9806
Utilizando a atividade antioxidante através do método de capturo dos radicais DPPH, dos
extratos, como apresentados na tabela acima (tabela 2) os resultados foram expressos em EC50
(concentração de extrato em μg/mL capaz de reagir com 50% do radical presente na solução de
DPPH). Sendo assim, o EC50 é inversamente proporcional à capacidade antioxidante de um
composto, pois ele expressa a quantidade de antioxidante necessária para diminuir a
concentração do radical em 50%, sendo assim, quanto menor o EC50, maior a atividade
antioxidante do composto analisado (VILLANO et al., 2007). Considera-se uma alta atividade
antioxidante, um valor de EC50 ≤ 50 μg/mL (ou mg/L), moderada se 50 μg/mL < EC50 ≤ 100
μg/mL e sem capacidade antioxidante relevante se a amostra apresentar EC50 > 200 μg/mL
(BRITO et al., 2014). Portanto, as amostras Morosil e Gemini apresentam uma capacidade
antioxidante moderada e a amostra Florien, irrelevante.
Kelebek, Canbas e Selli (2008) empregando o método DPPH para o suco da laranja Moro
reportaram um resultado de EC50 de 0,18 mg/mL que corresponde a 180 mg/L, um valor
54
A fim de certificar o impacto das distintas composições química dos três extratos
comerciais do suco da C. sinensis sobre a liberação de óxido nítrico, primeiramente foi avaliada
a viabilidade celular sobre macrófagos empregando a metodologia do MTT. Os dados obtidos
(Figura 12) demonstram que os extratos não apresentam citotoxicidade em todas as
concentrações testadas (0,1 - 10 µg/mL), apresentando viabilidade média superior a 90%. Já o
grupo controle tratado com DMSO, observou-se uma viabilidade reduzida, conforme
demonstrado na Figura 12.
55
Figura 12. Efeito dos extratos de C. sinensis na viabilidade celular de macrófagos pela metodologia do MTT
A B
150 150
V ia b ilid a d e C e lu la r (% )
V ia b ilid a d e C e lu la r (% )
100 100
50 #### 50 ####
0 0
B asal D M S O 0 ,1 1 10 B asal D M S O 0 ,1 1 10
m o r o s il ( g / m L ) G e m in i ( g / m L )
C
150
V ia b ilid a d e C e lu la r (% )
100
50 ####
0
B asal D M S O 0 ,1 1 10
F lo r ie n ( g / m L )
Macrófagos RAW 264.7 (ATCC) foram incubados na presença ou na ausência dos extratos por um período de 21
horas. Após esse período as células foram incubadas por 3 horas com MTT. OS tratamentos com os extratos da
Morosil (A), Gemini (B) e Florien (C) não apresentaram toxicidade nas concentrações testadas. Os valores
expressam a média ± e.p.m. de ensaios realizados com 50.000 células/poço. # Diferença entre basal vs DMSO
(One-way ANOVA seguido pelo teste post hoc de Tukey).
Macrófagos que foram expostos aos extratos secos comerciais do suco de C. sinensis,
mostraram diferentes comportamentos na secreção de NO de uma maneira dependente da dose
(0,1 - 10 µg/mL, p <0,001 vs. LPS), conforme observado na figura 12. A amostra referência
Morosil foi a única que reduziu significativamente a secreção de NO, sendo eficaz em todas as
concentrações (figura 13A). A amostra da Florien teve uma leve redução apresentando
significância somente na concentração de 10 µg/mL (figura 13B) enquanto a da Gemini não
apresentou atividade em nenhuma das concentrações testadas (figura 12C). A redução de NO
do extrato referência é indicativo do seu efeito inibitório tanto na expressão da enzima iNOS
quanto em sua atividade, em concordância com os estudos de Pepe et al. (2017), que avaliaram
o extrato de C. sinensis de laranjas oriundas da Itália, mesmo País de origem das amostras de
Morosil.
56
Tal atividade pode ser relacionada com a classe dos flavonoides (KIM et al., 2004), os
quais estão presentes no suco de C. sinensis, como a hesperidina, narirutina e a didimina, que
são flavanonas-O-glicosídeos (GATTUSO et al, 2007).
A C3G também é um composto relacionado com a atividade anti-inflamatória (MOLONIA
et al., 2020), portanto, o maior teor deste marcador na amostra referência, a qual apresentou
maior atividade no presente estudo, sugere que o efeito esteja relacionado com a maior presença
desta antocianina.
A ausência de atividade anti-inflamatória in vitro observada nos extratos das marcas
Gemini e Florien parece ser uma consequência da diferente composição química destes
extratos, em comparação com o Morosil, como demonstrado no perfil cromatográfico por
CLAE e CCD (Figuras 7-9),
Figura 13. Efeito dos diferentes extratos comerciais de suco de C. sinensis em macrófagos estimulados por LPS
Efeito do extrato Cs (0,1–100 μg/mL) na liberação de NO, avaliada como NO 2 − (µM), por macrófagos
estimulados com LPS sendo A: amostra Morosil, B amostra Florien C: amostra Gêmini
Western blotting, que conduz a ativação do NF-kB, verificando assim que o tratamento com a
naringenina suprimiu a degradação de IkB-α,
Sakata et al. (2003) avaliaram a inibição da produção do NO e da expressão da iNOS
pelo flavonóide hesperidina em células de macrófagos RAW 264,7, estimuladas por LPS, com
redução na produção de NO em células tratadas com a hesperidina.
Conforme já observado para a atividade antioxidante a amostra da Florien, com maior
diferença no perfil cromatográfico, apresentou menor efeito, sendo necessário uma quantidade
muito superior para exercer a atividade.
59
6 CONCLUSÃO
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