Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rio de Janeiro
2020
Marselle Marmo do Nascimento Silva
Rio de Janeiro
2020
Marselle Marmo do Nascimento Silva
Aprovada por
_____________________________________________________
Presidente: Profª. DSc. Maria Alice Zarur Coelho (EQ/UFRJ)
_____________________________________________________
Orientadora: Profª. DSc. Karen Signori Pereira (EQ/UFRJ)
_____________________________________________________
Orientador: Prof. DSc. Daniel Perrone Moreira (IQ/UFRJ)
_____________________________________________________
Prof. DSc. Alexandre Guedes Torres (IQ/UFRJ)
_____________________________________________________
Prof. DSc. Lauro Luís Martins Medeiros de Melo (IQ/UFRJ)
_____________________________________________________
Prof. DSc. Marcelo Cristianini (FEA/ UNICAMP)
_____________________________________________________
Prof. DSc. Flávio Luis Schmidt (FEA/UNICAMP)
Rio de Janeiro
2020
AGRADECIMENTOS
Quando essa jornada começou, 4 anos atrás, eu não poderia ter ideia de
que sairia com muito mais do que uma tese. Foram anos de grandes, imensas
transformações. Hoje vejo que fui impulsionada a amadurecer e me tornar uma
pessoa muito diferente do que eu era. Aprendi, tropeçando em minhas
inseguranças, a ter que tomar decisões. Buscando direções, fui motivada a
orientar. De aluna, virei um pouquinho professora. Sem saber que eu era capaz,
comecei a atuar de verdade, modificar as coisas.
São tantas e tantas pessoas que viram tudo isso acontecer, tantas
pessoas que contribuíram, que não sei como vou expressar todo esse
sentimento.
No apoio diário, nos momentos de total descrença de que tudo isso seria
possível, está minha fortaleza, minha bússola, minha paz. Rafael, esse ano
completamos 10 anos de um casamento de parceria inegociável. Te dedico essa
tese, meu químico conselheiro.
Aos meus pais, Marcia e Iran, eu sempre agradeço pelo suporte
inabalável. Mesmo com tantas dúvidas sobre se seria possível, tanto psicológica
como financeiramente, continuar essa jornada, eu sempre tive um porto seguro
para aliviar esse peso. A menininha que eu fui ontem, entrega hoje essa tese
nas mãos de vocês como prova de que o esforço valeu a pena.
Felipe, meu irmãozinho, você sabe que essa tese também é sua. No dia
a dia do laboratório você sempre enxergou coisas boas onde eu só via caos.
Foram tantos puxões de orelhas para que eu aprendesse com meus erros!
Obrigada por sempre dizer o que eu precisava ouvir, doendo o quanto doesse.
Andressa e Tiago, essa amizade Sul-Sudeste-Nordeste me rendeu os
melhores momentos: os mais leves e ao mesmo tempo mais profundos. Até hoje
choro lágrimas nostálgicas e de agradecimento pelos momentos que tivemos.
Aquele nosso ditado nunca foi tão verdadeiro e eu cheguei até aqui.
Ariane, obrigada pelo tanto que você me ensinou como pessoa e como
pesquisadora. Você foi uma parceira e tanto em muitos momentos dentro e fora
do laboratório.
Mariana, sua alegria e seu carinho fizeram diferença para mim em
inúmeros momentos. Você secou minhas lágrimas muitas vezes e sempre disse
que ia passar. E passou mesmo, obrigada.
Júlio e Larissa, quantas risadas maravilhosas na mesa de almoço! Vocês
são pessoas inesquecíveis e únicas (mas se parecem mesmo com aqueles
popstars). Obrigada por me encherem de alegria mesmo nos dias nublados.
Bia, eu não imaginava que fosse achar alguém tão parecida comigo
assim. Olhando para você, eu entendi várias coisas sobre mim. Acho que o
mesmo aconteceu na volta. Obrigada pelos abraços e pelas conversas. Haja chá
de mulungu pra essa dupla!
A todos que são e foram do BIOSE, representados aqui por esses mais
próximos, eu agradeço eternamente pelo clima de ajuda mútua e compreensão.
Participar desse grupo foi um grande privilégio.
Thaís, você é uma das melhores parceiras de trabalho que já tive. Temos
sintonia e uma complementa a outra. Sorte a minha que vamos continuar juntas,
agora em outra jornada.
João, você é daquelas pessoas que silenciosamente colabora com os
outros. Todas as vezes que você me ajudou, na maioria das vezes pensando
que eu não vi, eu reparei. Sou grata a você.
A todos do MicrAlim, aqui representados pelos mais próximos, meu muito
obrigada.
Aos meus alunos Rafael, Daniele, Isabela, Danielle, Clarissa, Isabel,
Flávia, Aloysio e Aline por terem confiado em mim para ajuda-los. Eu desejo ter
contribuído de alguma forma para o crescimento de vocês.
Professora Maria Alice, por todos os momentos que entrei na sua sala
desesperada e sai com minha mente e meu coração calmos, eu agradeço. Sua
experiência de vida como mulher e como cientista me fizeram colocar muitas
coisas em perspectiva e ter um pouco mais de paciência, inclusive comigo
mesma.
Professora Karen, você foi o grande motor das minhas transformações.
Hoje eu vejo tudo que me trouxe tantas agonias e inseguranças no passado e
só consigo sentir gratidão. Obrigada por acreditar em mim quando nem eu
mesma sabia acreditar.
Professor Daniel, você para mim é uma grande inspiração por sua vontade
de saber e de ensinar, sua organização e sua capacidade de gerenciar tantas
coisas ao mesmo tempo com tanta elegância. Obrigada por ser um exemplo para
a profissional que eu desejo ser um dia.
A todos os meus professores, representados aqui pelos meus três
orientadores de tese, eu deixo meu muito obrigada por cada gota de
conhecimento que matou minha sede ao longo dos meus anos de formação.
Aos meus amigos, Natália, Felipe, Daniela, Gabriel, Sara, Carina,
Guilherme, Mariana, Bruna e Hívio por terem sido minha fuga, por terem mantido
minha sanidade com tanto carinho e tantas risadas. Não é trivial terminar uma
tese, mas com vocês por perto ficou muito mais fácil.
A energia suprema do Universo, por te me permitido viver essa
experiência de autoconhecimento e ter contribuído de alguma forma para a
sociedade.
“A menos que modifiquemos a nossa maneira de
pensar, não seremos capazes de resolver os problemas
causados pela forma como nos acostumamos a ver o
mundo” Albert Einstein
RESUMO
The soft drinks market is a niche to be explored, with potential growth due to
factors such as population growth and demand for product diversification. In this
work, microbiological analyses were performed on non-alcoholic beverages of a
Brazilian brand and a Bolivian brand. In the case of the Brazilian industry,
samples of raw materials and environmental samples were obtained. As results,
Gram positive, Gram negative, yeast and filamentous fungi were isolated. These
findings point to the lack of process control and standardization of raw materials
used.
Over time and with indiscriminate use, several strains of microorganisms have
been selected and have become resistant to these additives. This work evaluated
the inhibitory activity of six organic acids (benzoic, sorbic, citric, ascorbic, malic
and gallic) against microorganisms isolated from deteriorated commercial
products. As a search for alternative compounds to organic acids, the
antimicrobial capacity of six synthetic peptides (FEFR, FEFRFK, FEFRFK,
FEFRFKK and FEFKFFKGGRGDS) was also evaluated against microorganisms
of importance in the food industry as pathogens or spoilage.
Keywords: benzene, spoilage, acidophilic bacteria, preservatives, antimicrobial
peptides
PUBLICAÇÕES RELACIONADAS A ESTA TESE
Resumos em congresso
Resumos em congresso
Capítulo de livro
Revisão Bibliográfica
Figura 1. Categorias de bebidas atualmente adotadas (Fonte: ROETHENBAUGH,
2005). ......................................................................................................................... 22
Quadro 1. Classificação geral das bebidas não alcoólicas de acordo com o Codex
Alimentarius (Fontes: FAO/WHO, 2005 e FAO/WHO, 2016). ...................................... 24
Quadro 2. Segmentação do mercado brasileiro de bebidas não alcoólicas em 2017
(Fonte: ABIR, 2018). ................................................................................................... 26
Quadro 3. Receita, consumo per capita e volume por pessoa de bebidas não alcoólicas
em 2018 e perspectivas (2019-2021) (Fontes: STATISTA, 2018, baseado em FMI,
Banco Mundial, ONU e Eurostat). ............................................................................... 27
Figura 2. Estrutura do ácido ascórbico (RUSSEL, 1994). ........................................... 42
Figura 3. Estrutura do ácido benzóico (RUSSEL, 1994). ............................................ 42
Figura 4. Formação de radical hidroxila a partir de ácido ascórbico (H2Asc) em presença
do íon Cu+2 (Adaptado de HALLIWELL e GUTTERIDGE, 1985). .............................. 43
Figura 5. Equilíbrio do ácido benzóico e seu sal conjugado (Adaptado de RUSSEL,
1994). ......................................................................................................................... 43
Figura 6. Mecanismo de formação do benzeno a partir da reação com radical hidroxila
(Adaptado de WIKIMEDIA COMMONS, 2016)............................................................ 44
Figura 7:Estrutura do fenol (RUSSEL, 1994). ............................................................. 45
Capítulo 1
Quadro 1. Origem, amostras analisadas e formas de apresentação das bebidas
estudadas. .................................................................................................................. 53
Figura 1. Esquema simplificado de identificação dos isolados através da espectrometria
Matrix Associated Laser Desorption-Ionization - Time of Flight (MALDI-TOF)...............55
Figura 2. Percentual de prevalência de tipos de micro-organismos distintos nas bebidas
não alcoólicas estudadas de aspecto normal.................................................................56
Figura 3. Percentual de prevalência de tipos de micro-organismos distintos nas bebidas
não alcoólicas estudadas estufadas e/ou com crescimento microbiano visível. .......... 57
Figura 4. Microscopia, com aumento total de 1000x, dos fungos filamentosos isolados
da indústria boliviana identificados através de características fenotípicas. ................. 60
Figura 4 cont. Microscopia, com aumento total de 1000x, dos fungos filamentosos
isolados da indústria boliviana identificados através de características fenotípicas.......62
Figura 5. Microscopia, com aumento total de 1000x, dos fungos filamentosos isolados
da indústria boliviana identificados através de características fenotípicas.....................63
Capítulo 2
Capítulo 3
Figura 1. Esquema para análise de Concentração Mínima Inibitória de compostos de
potencial antimicrobiano)...............................................................................................76
Tabela 1. Concentração mínima inibitória (CMI) relativa a seis ácidos orgânicos
distintos.........................................................................................................................78
Tabela 2. Concentração mínima inibitória (CMI) relativa a seis peptídeos distintos...... 80
SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................... 20
Objetivos..................................................................................................................... 21
Revisão da Literatura .................................................................................................. 22
1. Bebidas não alcoólicas ........................................................................................ 22
2. Mercado mundial de consumo de bebidas não alcoólicas .................................... 27
3. Microbiologia de bebidas não alcoólicas .............................................................. 29
3.1. Bactérias lácticas e acéticas ................................................................................ 30
3.2. Leveduras e fungos filamentosos ......................................................................... 31
4. Aditivos alimentares utilizados em bebidas e suas funções ................................. 32
4.1. Conservantes ....................................................................................................... 32
4.1.1. Antioxidantes ................................................................................................ 33
4.1.2. Agentes antimicrobianos............................................................................... 34
4.1.3. Agentes anti-escurecimento ......................................................................... 35
4.2. Agentes de coloração .......................................................................................... 36
4.3. Agentes flavorizantes .......................................................................................... 38
4.4. Agentes texturizantes.......................................................................................... 39
4.5. Aditivos nutricionais ............................................................................................ 40
4.6. Legislação............................................................................................................ 41
5. Mecanismo de formação de benzeno a partir de aditivos ácidos ......................... 42
6. Desenvolvimento de novos aditivos ........................................................................ 45
6.1. Óleos essenciais .................................................................................................. 47
6.2. Peptídeos antimicrobianos ................................................................................... 49
6.3. Saponinas ............................................................................................................ 50
6.4. Flavonóides ......................................................................................................... 51
Capítulo 1 – Prevalência de micro-organismos em bebidas não alcoólicas comerciais..53
1. Introdução ............................................................................................................ 53
2. Materiais e métodos ............................................................................................. 54
2.1. Amostras.............................................................................................................. 54
2.2. Metodologias ....................................................................................................... 55
3. Resultados e Discussão....................................................................................... 57
4. Conclusões .......................................................................................................... 66
Capítulo 2 - Avaliação da dissociação de aditivos conservantes e da formação de
compostos de potencial carcinogênico e mutagênico em bebidas não alcoólicas ....... 67
1. Introdução ............................................................................................................ 67
2. Materiais e Métodos ............................................................................................. 68
2.1. Elaboração da solução sintética de bebidas não alcoólicas ................................. 68
2.2. Determinação da degradação dos ácidos orgânicos ............................................ 69
2.3. Determinação da formação de benzeno .............................................................. 69
2.4. Avaliação da formação de subprodutos de benzeno ............................................ 70
3. Resultados e Discussão....................................................................................... 70
4. Conclusões .......................................................................................................... 74
Capítulo 3 - Concentração mínima inibitória de compostos com potencial antimicrobiano
frente a micro-organismos contaminantes na indústria de bebidas ............................. 75
1. Introdução ............................................................................................................ 75
2. Materiais e Métodos ............................................................................................. 76
2.1. Ácidos orgânicos.................................................................................................. 77
2.2. Peptídeos antimicrobianos ................................................................................... 77
3. Resultados e Discussão....................................................................................... 78
4. Conclusões .......................................................................................................... 82
Conclusão geral .......................................................................................................... 82
Sugestões para trabalhos futuros ............................................................................... 84
Agradecimentos .......................................................................................................... 84
Referências ................................................................................................................ 85
ANEXO I Concentração máxima de aditivos permitida em bebidas não alcoólicas à base
de água, de acordo com o Codex Alimentarius (Adaptado de FAO/WHO, 2016) ...... 102
20
Introdução
Objetivos
Geral
Específicos
Revisão da Literatura
Bebidas
Não
alcoólicas Alcoólicas
Sucos e
néctares
Quadro 1. Classificação geral das bebidas não alcoólicas não lácteas de acordo com o Codex Alimentarius (Fontes: FAO/WHO, 2005 e FAO/WHO, 2016).
2. Néctar vegetal: produto obtido por adição de água com ou sem adição de açúcar, mel, xaropes e/ou
edulcorantes ao suco de vegetais ou ao suco de vegetais concentrado, ou a uma mistura desses produtos.
3. Concentrados para néctar de fruta: preparados pela remoção física da água do néctar de fruta. Vendido em
forma líquida, xarope e congelado para a preparação de néctar pronto para beber, por adição de água.
4. Concentrados para néctar de vegetais: preparados pela remoção física da água do néctar de vegetais.
Vendido em líquido, xarope e formas congeladas para a preparação de néctares prontos para beber por adição de
água.
Bebidas à base de 1. Bebidas aromatizadas carbonatadas à base de água: inclui bebidas aromatizadas à base de água com
água adição de CO2, com edulcorantes nutritivos, não nutritivos e/ou intensos e outros aditivos alimentares permitidos. Inclui
as chamadas bebidas "energéticas" que são carbonatadas e contêm altos níveis de nutrientes e outros ingredientes
(por exemplo, cafeína, taurina, carnitina).
2. Bebidas aromatizadas não carbonatadas à base de água: inclui bebidas aromatizadas à base de água sem
adição de CO2, bebidas à base de sucos de frutas e vegetais (por exemplo, amêndoas, bebidas à base de coco),
bebidas de café e chá prontas para beber com ou sem leite ou sólidos de leite, bebidas à base de ervas e bebidas
"desportivas" contendo eletrólitos. Podem ser límpidas ou conter partículas (por exemplo, pedaços de fruta), e podem
ser não adoçadas ou adoçadas com açúcar ou um adoçante não-nutritivo de alta intensidade. Inclui as chamadas
bebidas "energéticas", que não são carbonatadas e contêm altos níveis de nutrientes e outros ingredientes (por
exemplo, cafeína, taurina, carnitina).
3. Concentrados (líquidos ou sólidos) para bebidas aromatizadas à base de água: inclui concentrados em
pó, xarope, líquidos e congelados para a preparação de bebidas carbonatadas ou não carbonatadas à base de água
26
sem álcool por adição de água ou água carbonatada. Exemplos incluem xaropes de fontes (por exemplo, xarope de
cola), xaropes de frutas para refrigerantes, concentrado congelado ou em pó para limonada e misturas de chá gelado.
27
Crescimento
Receita (Milhões Consumo per Volume por
Região esperado até
de US$) capita (US$) pessoa (L)
2021 (%)
Bactérias acéticas (AAB, sigla do inglês Acetic Acid Bacteria) são bactérias
Gram negativas ou Gram variáveis, estritamente aeróbias, com formas variando
entre elipsoides e bastonetes. São mesófilas, crescendo bem entre 25-30 ºC, e
31
4.1. Conservantes
4.1.1. Antioxidantes
O ácido sórbico (INS 200), por exemplo, é eficaz contra leveduras, fungos
filamentosos e bactérias menos resistentes. Trata-se de um ácido carboxílico
insaturado com pKa= 4,76, que tem a vantagem de não ter aroma ou sabor
quando utilizado nas concentrações adequadas. Este aditivo é empregado em
inúmeros alimentos, incluindo bebidas alcoólicas e não alcoólicas, frutas e
legumes em conserva, geleias, produtos cárneos e molhos. Normalmente, por
conta da maior solubilidade em água, em vez do ácido sórbico, os seus sais
sorbato de sódio (INS 201), sorbato de potássio (INS 202) e sorbato de cálcio
(INS 203) são utilizados pela indústria (SILVA e LIDON, 2016; AMIT et al., 2017).
De um modo geral, os sais destes ácidos orgânicos são mais estáveis, mais
solúveis em água e têm a ação antimicrobiana mais eficaz em níveis de pH < 4,5,
em que a forma não dissociada está em maior concentração porque o pH está
abaixo do pKa desses compostos. Sorbatos e benzoatos são frequentemente
35
sabor, são menos utilizados do que o ácido cítrico (IOANNOU e GHOUL, 2013;
IYENGAR e MCEVILY, 1992).
4.6. Legislação
sua vez tem origem da reação entre o ácido ascórbico e íons metálicos, como
por exemplo Cu+2 e Fe+3 (Figura 4), em matrizes alimentares ácidas.
Figura 4. Formação de radical hidroxila a partir de ácido ascórbico (H2Asc) em presença do íon Cu+2
(Adaptado de HALLIWELL e GUTTERIDGE, 1985).
Figura 5. Equilíbrio do ácido benzóico e seu sal conjugado (Adaptado de RUSSEL, 1994).
[𝐴− ]
𝑝𝐻 = 𝑝𝐾𝑎 + 𝑙𝑜𝑔10 ([𝐴𝐻]) (1)
Figura 6. Mecanismo de formação do benzeno a partir da reação com radical hidroxila (Adaptado de
WIKIMEDIA COMMONS, 2016).
Desde os tempos antigos, o homem tem usado plantas tanto como alimento
quanto como fontes de vários compostos bioativos valiosos. Atualmente,
extratos de ervas medicinais e aromáticas são usados como aditivos alimentares
e de cosméticos (como óleos essenciais, ácido rosmarínico, vanilina), corantes
naturais (como betaínas, antocianinas), biopesticidas (como nicotina, rotenona,
rinidina) e medicamentos fitoterápicos (terpenos), ácidos, ácidos fenólicos,
alcalóides (vinblastina, vincristina, cafeína, nicotina, efedrina) (VRANCHEVA et
al., 2018). Mesmo com a grande variedade de compostos já conhecidos e
utilizados com propriedades conservantes nos alimentos, a ciência e a
tecnologia dos alimentos ainda procuram substâncias inócuas para os
consumidores e que possam ser utilizadas com o propósito de preservar ou
melhorar algumas das propriedades dos alimentos. Nesta seção, procurou-se
abordar os aditivos alimentares que têm sido utilizados mais recentemente na
indústria alimentícia.
6.3. Saponinas
6.4. Flavonóides
1. Introdução
2. Materiais e métodos
2.1. Amostras
2.2. Metodologias
Coloração
Microscópio óptico
MALDI-TOF
Figura 1. Esquema simplificado de identificação dos isolados através da espectrometria Matrix Associated
Laser Desorption-Ionization - Time of Flight (MALDI-TOF).
57
3. Resultados e Discussão
7,7%
23,1%
23,1%
Fungo filamentoso
Bactéria Gram +
Bactéria Gram -
Bactéria Gram +/-
46,1%
Figura 2. Percentual de prevalência de tipos de micro-organismos distintos nas bebidas não alcoólicas
estudadas de aspecto normal.
12,5%
25,0%
12,5%
Fungo filamentoso
Levedura
Bactéria Gram +
Bactéria Gram -
31,25% Bactéria Gram +/-
18,75%
Figura 3. Percentual de prevalência de tipos de micro-organismos distintos nas bebidas não alcoólicas
estudadas estufadas e/ou com crescimento microbiano visível.
A B
C D
E F
Figura 4. Microscopia, com aumento total de 1000x, dos isolados identificados por
espectrometria de massas MALDI-TOF.
A) Staphylococcus sp. isolado de bebida sabor maracujá em embalagem estufada.
B) Penicillium sp. isolado de bebida sabor uva e maçã em embalagem estufada.
C) Roseomonas mucosa isolada de bebida sabor limão zero.
D) Bacillus sp. isolado de polpa de açaí.
E) Brevibacillus sp. isolado de bebida sabor pêssego e maçã.
F) Pseudomonas fluorescens isolada de bebida sabor pêssego e maçã.
G H
I J
Figura 4 cont. Microscopia, com aumento total de 1000x, dos isolados identificados por
espectrometria de massas MALDI-TOF.
G) Aspergillus sp. isolado de polpa de açaí.
.
H) Mycobacterium mucogenicum isolado de amostras ambientais.
I) Pseudomonas putida isolada de amostras ambientais.
J) Zygosaccharomyces bisporus isolada de bebidas sabor uva e maçã / açaí com guaraná em
embalagens estufadas.
A B
C D
Figura 5. Microscopia, com aumento total de 1000x, dos fungos filamentosos isolados da indústria
boliviana identificados através de características fenotípicas.
A) Aspergillus flavus isolado de suco de laranja.
B) Penicillium citrinum isolado de suco de laranja.
C) Paecilomyces niveus isolado de isotônico de morango.
D) Paecilomyces variotii isolado de isotônico de uva.
4. Conclusões
1. Introdução
2. Materiais e Métodos
Branco
Ensaio cinético à 4 ºC
Ensaio cinético à 25 ºC
Ensaio cinético à 40 ºC
Ensaio A Ensaio B
banho de gelo (0ºC) por 15 minutos enquanto a fibra era exposta a fase vapor
do vial, rica em benzeno (Figura 2). A formação foi determinada avaliando-se as
diferenças na concentração ao longo das 20 semanas.
3. Resultados e Discussão
4,0
Ácidos orgânicos (10-3 mol/L) A 12,0
8,0
2,0
6,0
4,0
1,0
2,0
0,0 0,0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (dias)
4,0
Ácidos orgânicos (10-3 mol/L)
B 12,0
8,0
2,0
6,0
4,0
1,0
2,0
0,0 0,0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (dias)
4,0
C
Ácidos orgânicos (10-3 mol/L)
12,0
3,5
Benzeno (10-6 mol/L)
3,0 10,0
2,5 8,0
2,0
6,0
1,5
4,0
1,0
2,0
0,5
0,0 0,0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (dias)
Figura 3. Concentração dos ácidos ascórbico e benzóico e formação de benzeno na presença de Cu+2 e
Fe+3 à 4 ºC (A), 25 ºC (B) e 40 ºC (C). ( - ácido ascórbico, - ácido benzóico, - benzeno, barras
verticais - desvio padrão)
72
Figura 4. Cromatograma com os tempos de retenção do fenol (1) e do ácido benzóico (2),
identificados por GC/MS, para o tempo de estocagem 20 semanas à 40ºC de solução sintética.
4. Conclusões
1. Introdução
2. Materiais e Métodos
3. Resultados e Discussão
Tabela 1. Concentração mínima inibitória (CMI) relativa a seis ácidos orgânicos distintos.
CMI (g L-1)
Micro-organismos Ácido benzóico Ácido sórbico Ácido cítrico Ácido málico Ácido gálico Ácido ascórbico
Bactéria Gram +
Brevibacillus agri > 2,72 1,14 2,27 2,27 4,55 4,55
Bactéria Gram -
Komagataeibacter sp. > 2,72 0,57 1,14 1,14 4,55 4,55
Levedura
Z. bisporus >1,50 >1,25 >5,00 >5,00 >5,00 >5,00
Fungos filamentosos
Penicillium glabrum >1,50 >1,25 >5,00 >5,00 >5,00 >5,00
Aspergillus sydowii >1,50 >1,25 >5,00 >5,00 >5,00 >5,00
80
4. Conclusões
Conclusão geral
Agradecimentos
Referências
ABRIOUEL, H.; LUCAS, R.; OMAR, N. B.; VALDIVIA, E.; GÁLVEZ, A. Potential
applications of the cyclic peptide enterocin AS-48 in the preservation of vegetable
foods and beverages. Probiotics and Antimicrobial Proteins, 2, 77–89, 2010.
ALI, B., AL-WABEL, N. A., SHAMS, S., AHAMAD, A., KHAN, S. A., ANWAR, F.
Essential oils used in aromatherapy: A systemic review. Asian Pacific Journal of
Tropical Biomedicine, 5, 601–611, 2015.
AMIT, S. K., UDDIN, M. M., RAHMAN, R., ISLAM, S. R., KHAN, M. S. A review
on mechanisms and commercial aspects of food preservation and
processing. Agriculture & Food Security, 6(1), 51, 2017.
BATTEY, A.S., DUFFY, S., SCHAFFNER, D.W. Modelling yeast spoilage in cold-
filled ready-to-drink beverages with Saccharomyces cerevisiae,
Zygosaccharomyces bailii, and Candida lipolytica. Applied and Environmental
Microbiology, 68, 1901–1906, 2002.
86
BOHRZ, D. D. A. S., WEBBER, B., VANCIN, F. R., DAROIT, L., PILOTTO, F.,
SANTOS, L. R. D., & RODRIGUES, L. B. Quantificação de Staphylococcus
aureus e bactérias mesófilas aeróbias para avaliar higienização de
equipamentos de ordenha. Acta Scientiae Veterinariae, Pub-1696, 2019.
CHAUDHRY, V., BAINDARA, P., PAL, V. K., CHAWLA, N., PATIL, P. B., &
KORPOLE, S. Methylobacterium indicum sp. nov., a facultative methylotrophic
bacterium isolated from rice seed. Systematic and applied
microbiology, 39(1), 25-32, 2016.
CHHIKARA, N.; DEVI, H. R.; JAGLAN, S.; SHARMA, P.; GUPTA, P.; PANGHAL,
A. Bioactive compounds, food applications and health benefits of Parkiaspeciosa
(stinky beans): a review. Agriculture & Food Security, 7, 1-9, 2018.
88
CHOI, J. H.; KIM, J. Y.; JEONG, E. T.; CHOI, T. H.; YOON, T. M. Preservative
effect of Camellia sinensis (L.) Kuntze seed extract in soy sauce and its
mutagenicity. Food Research International, 105, 982-988, 2018.
CODE OF FEDERAL REGULATIONS (CFR). Title 21. Food and Drugs, Part 170,
Office of Federal Regulations, National Archives Records Services, General
Service Administration, Washington, D.C, 2018.
CODEX FOOD CHEMICALS, 4th ed. Food and Nutrition FCC IV/ Monograph
Specification for caramel colour. National Academy Press, Washington, DC,
1996. Disponível em: http://www.cqyulong.com.cn/fcc4.htm. Acesso em: 27 mar.
2019.
DEL OLMO, A., CALZADA, J., & NUÑEZ, M. The blue discoloration of fresh
cheeses: A worldwide defect associated to specific contamination by
Pseudomonas fluorescens. Food Control, 86, 359-366, 2018.
ENTIS, P., FUNG, D.Y.C., GRIFFITHS, M., MCINTYRE, L., RUSSELL, S.,
SHARPE, A., & TORTORELLO, M.L. Rapid methods for detection, identification,
and enumeration. In Downes, F. P., & Ito, K. (eds.) Compendium of methods
for the microbiological examination of foods (4th ed., pp. 89–126).
Washington, DC: Am. Public Health Assoc, 2015.
FABIETTI, F.; DELISE, M.; BOCCA, A. P. Investigation into the benzene and
toluene content of soft drink. Food Control, v. 12, n. 8, p. 505–509, 2001.
FAIZAL, A.; GEELEN, D. Saponins and their role in biological processes in plants.
Phytochemistry Reviews, 12, 877-893, 2013.
FALLICO, B., ARENA, E., CHIAPPARA, E., BALLISTRERI, G. Colour and label
evaluation of commercial pasteurised red juices and related drinks. Food
Additives and Contaminants: Part B, 3, 201–211., 2010.
FAUSTINO, M., VEIGA, M., SOUSA, P., COSTA, E., SILVA, S., PINTADO, M.
Agro-Food Byproducts as a New Source of Natural Food Additives. Molecules,
24, 1056, 2019.
90
FURNERI, P.M., PAOLINO, D., SAIJA, A., MARINO, A., BISIGNANO, G. In vitro
antimycoplasmal activity of Melaleuca alternifolia essential oil. Journal of
Antimicrobial Chemotherapy, 58, 706–707, 2006.
GERMAN, J. B. Antioxidants. In: Food additives. 2nd edition, New York: Marcel
Dekker, Inc., 523-542, 2001.
HALASZ, A. Lactic acid bacteria. In: Food Quality and Standards, Volume 3,
pp. 70–82. Lásztity, R., Ed., EOLSS Publishers Company Limited, Oxford, UK,
2009.
HAMDANI, A. M.; WANI, I. A. Guar and Locust bean gum: Composition, total
phenolic content, antioxidant and antinutritional characterization. Bioactive
Carbohydrates and Dietary Fibre, 2018 (in press).
JIANG, L., JEONG, J. C., LEE, J. S., PARK, J. M., YANG, J. W., LEE, M. H., ...
& LEE, J. Potential of Pantoea dispersa as an effective biocontrol agent for black
rot in sweet potato. Scientific reports, 9(1), 1-13, 2019.
92
KAKITANI, A., INOUE, T., MATSUMOTO, K., WATANABE, J., NAGATOMI, Y.,
& MOCHIZUKI, N. Simultaneous determination of water-soluble vitamins in
beverages and dietary supplements by LC-MS/MS. Food Additives and
Contaminants - Part A Chemistry, Analysis, Control, Exposure and Risk
Assessment, 31, 1939–1948, 2014.
KIM, Y. K., MOON, J. S., SONG, K. E., & LEE, W. K. Two cases of bacteremia
due to Roseomonas mucosa. Annals of laboratory medicine, 36(4), 367-370,
2016.
KNISPEL, R., KOCH, R., SIESE, M., & ZETZSCH, C. Adduct formation of OH
radicals with benzene, toluene, and phenol and consecutive reactions of the
adducts with NOx and O2. Berichte der Bunsengesellschaft für physikalische
Chemie, 94(11), 1375-1379, 1990.
LE LOIR, Y., BARON, F., & GAUTIER, M. Staphylococcus aureus and food
poisoning. Genetics and Molecular Research, 2(1), 63-76, 2003.
LI, J., LIU, H., WANG, C., YANG, J., & HAN, G. Stable isotope labelling-assisted
GC/MS/MS method for determination of methyl eugenol in food samples. Journal
of the Science of Food and Agriculture, 98, 3485–3491, 2018.
LIN, G., CHEN, H., ZHOU, H., ZHOU, X., & XU, H. Preparation of tea tree
oil/poly(styrene-butyl methacrylate) microspheres with sustained release and
anti-bacterial properties. Materials, 11, 1-12, 2018.
LOUREIRO, V., & QUEROL, A. The prevalence and control of spoilage yeasts in
foods and beverages. Trends in Food Science & Technology. V. 10, n. 11,
356-365, 1999.
MAINAR, M. S., XHAFERI, R., SAMAPUNDO, S., DEVLIEGHERE, F., & LEROY,
F. Opportunities and limitations for the production of safe fermented meats
without nitrate and nitrite using an antibacterial Staphylococcus sciuri starter
culture. Food Control, 69, 267-274, 2016.
94
MAN, S., GAO, W., ZHANG, Y., HUANG, L., & LIU, C. Chemical study and
medical application of saponins as anti-cancer agents. Fitoterapia, 81, 703-714,
2010.
McCANN, D.; BARRETT, A.; COOPER, A.; CRUMPLER, D.; DALEN, L.;
GRIMSHAW, K.; KITCHIN, E.; LOK, K.; PORTEOUS, L.; PRINCE, E.; SONUGA-
BARKE, E.; WARNER, J. O.; STEVENSON, J. Food additives and hyperactive
behaviour in 3-year-old and 8/9-year-old children in the community: a
randomised, double-blinded, placebo-controlled trial. Lancet, 370, 1560–1567,
2007.
and sesame cake. Journal of the Science of Food and Agriculture, 90, 218–
226, 2010.
MOORE, J. E., XU, J., HEANEY, N., & MILLAR, B. C. Spoilage of fruit-flavoured
bottled water by Gluconacetobacter sacchari. Food microbiology. V. 19, n. 4,
399-401, 2002.
NIELSEN, S. D.; BEVERLY, R. L.; QU, Y.; DALLAS, D. C. Milk bioactive peptide
database: A comprehensive database of milk protein-derived bioactive peptides
and novel visualization. Food Chemistry, 232, 673–682, 2017.
OBASI B. C.; WHONG C. M. Z.; AMEH J. B.; ELLA E. E., 2019. Microbiological
Quality Assessment of Commercially and Laboratory Prepared Orange Juice.
Journal of Biotechnology Research, Academic Research Publishing Group,
vol. 5(2), pages 19-27, 02-2019.
PEERAJAN, S.; CHAIYASUT, C.; SIRILUN2, S.; CHAIYASUT, K.; KESIKA, P.;
SIVAMARUTHI, B. Enrichment of nutritional value of Phyllanthus emblica fruit
juice using the probiotic bacterium, Lactobacillus paracasei HII01 mediated
fermentation. Food Science and Technology, 36, 116-123, 2016.
PITT, J. I.; HOCKING, A. D. Fungi and Food Spoilage. 3ª ed. New York:
Springer Science and Bussiness Media, 2009.
POWERS, J.P.; HANCOCK, R.E. The relationship between peptide structure and
antibacterial activity. Peptides, 24, 1681–1691, 2003.
PRESSMAN, P., CLEMENS, R., HAYES, W., & REDDY, C. Food additive safety:
A review of toxicologic and regulatory issues. Toxicology Research and
application, 1, 2397847317723572, 2017.
Santos, A. G., Ribeiro, B. D., Alviano, D. S., & Coelho, M. A. Z. Toxicity of ionic
liquids toward microorganisms interesting to the food industry. Rsc
Advances, 4(70), 37157-37163, 2014.
SEOW, Y.X., YEO, C.R., CHUNG, H.L., YUK, H.-G. Plant essential oils as active
antimicrobial agents. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 54, 625–
644, 2014.
SHARMA, A., & SHARMA, S. C. Salinity induced apoptosis in food spoilage yeast
Zygosaccharomyces bisporus. African Journal of Clinical and Experimental
Microbiology, 21(2), 149-155, 2020.
SILVA, M.M.N., SILVA, R.S., CRUZ, T.A., PINHO, M.B, PEREIRA, K.S.,
COELHO, M.A.Z. Spoilage Growth and Benzene Evaluation of Non-carbonated
Soft Drinks. Chemical Engineering Transactions. V. 75, 97-102, 2019A.
SONG, P.; WU, L.; GUAN, W. Dietary nitrates, nitrites, and nitrosamines intake
and the risk of gastric cancer: a meta-analysis. Nutrients, 7, 9872-9895, 2015.
STEIN, M., TRAN, V., NICHOL, K. A., LAGACÉ‐WIENS, P., PIERONI, P., ADAM,
H. J., ... & PIARROUX, R. Evaluation of three MALDI‐TOF mass spectrometry
libraries for the identification of filamentous fungi in three clinical microbiology
laboratories in Manitoba, Canada. Mycoses, 61(10), 743-753, 2018.
STEINBACH, A.; GUTHRIE, B.; SMITH, S.; LINDGREN, T.; DEBON, S. Normal
force-controlled tribological measurement of soft drinks and lubrication additives.
Journal of Food Measurement and Characterization, 8, 142-148, 2014.
SULLIVAN, C.; SAYRE. S. S.; LEON, J. B.; MACHEKANO, R.; LOVE, T. E.;
PORTER, D.; MARBURY, M.; SEHGAL, A. R. Effect of food additives on
hyperphosphatemia among patients with end-stage renal disease: a randomized
controlled trial. American Medical Association, 301, 629-635, 2009.
TOURNAS, V. H.; HEERES, J.; BURGESS, L. Moulds and yeasts in fruit salads
and fruit juices. Food Microbiology, v. 23, 684- 688, 2006.
SAMSON, R.A. Cellular constitution, water and nutritional needs, and secondary
metabolites. In: Environmental mycology in public health: fungi and
mycotoxins risk assessment and management. Academic Press, 2015
VRANCHEVA, R.; IVANOV, I.; ANEVA, I.; STOYANOVA, M.; PAVLOV, A. Food
additives and bioactive substances from in vitro systems of edible plants from the
Balkan peninsula. Engineering in Life Sciences, 18, 799-806, 2018.
WU, Y.; LI, Q.; ZHANG, X.; LI, Y.; LI, B.; LIU, S. Cellulose-based peptide
polysaccharides as cationic antimicrobial package films. International Journal
of Biological Macromolecules, 2019, in press.
XU, X-B; LIU, D-B; YU, S-J.; YU, P.; ZHAO, ZG. Separation and determination of
4-methylimidazole, 2-methylimidazole and 5-hydroxy- methylfurfural in
beverages by amino trap column coupled with pulsed amperometric detection.
Food Chemistry, 169, 224–229, 2015.
YAMASHITA, H.; MATSUHARA, H.; MIOTANI, S.; SAKO, Y.; MATSUI, T.;
TANAKA, H.; INAGAKI, N. Artificial sweeteners and mixture of food additives
cause to break oral tolerance and induce food allergy in murine oral tolerance
model for food allergy. Clinical & Experimental Allergy, 47, 1204–1213, 2017.
ZHANG, D., CHENG, X., SUN, D., DING, S., CAI, P., YUAN, L., ... & HU, Q. N.
AdditiveChem: A comprehensive bioinformatics knowledge-base for food additive
chemicals. Food chemistry, 308, 125519, 2020.
102
Acessulfame de potássio (INS 950) 350 mg.kg-1 (NF, NV, CNF, CNV);
600 mg.kg-1 (BFNA, BFCA, BFIA)
Ácido ascórbico, L- (INS 300) BPF (SF, SV, CSF, CSV, NF, NV, CNF,
CNV, BFIA)
Aspartame (INS 951) 600 mg.kg-1 (NF, NV, CNF, CNV, BFNA,
BFCA, BFIA)
Cera de abelha (INS 901) BPF (BFIA); 200 mg.kg-1 (BFNA, BFCA)
Cera de candelila (INS 902) 200 mg.kg-1 (BFNA, BFCA); BPF (BFIA)
Dióxido de carbono (INS 290) BPF (SF, CSF, NF, CNF, BFIA)
Ácido cítrico (INS 330) BPF (SV, CSV, NV, CNV, BFIA);
3000 mg.kg-1 (SF, CSF); 5000 mg.kg-1
(NF, CNF)
104
Etileno diamina tetra acetatos (INS 385- 200 mg.kg-1 (BFNA, BFCA);
86)
35 mg.kg-1 (BFIA)
Hidroxibenzoatos, para- (INS 214, 218) 450 (BFIA); 500 mg.kg-1 (BFNA, BFCA)
Éster etílico de arginato láurico (INS 243) 50 mg.kg-1 (BFNA, BFCA, CBFA)
Ácido málico, DL- (INS 296) BPF (SF, SV, CSF, CSV, NF, NV, CNF,
CNV, BFIA)
Pectinas (INS 440) BPF (SF, CSF, NF, NV, CNF, CNV,
BFIA)
Fosfatos (INS 338-43; 450-52; 542) 300 mg.kg-1 (BFIA); 1000 mg.kg-1 (SF,
CSF, NF, CNF, BFNA, BFCA)
Ascorbato de sódio (INS 301) BPF (SF, CSF, NF, CNF, BFIA)
Sucralose (INS 955) 300 mg.kg-1 (NF, NV, CNF, CNV, BFNA,
BFCA, BFIA)
Sulfitos (INS 220-25, 539) 50 mg.kg-1 (SF, SV, CSF, CSV, NF, NV,
CNF, CNV); 70 mg.kg-1 (BFNA, BFCA)
Tartaratos (INS 334-5, 337) 4000 mg.kg-1 (SF, CSF, NF, CFN)
109
Descrição das abreviações: Boas Práticas de Fabricação (BPF), Sucos de Fruta (SF), Sucos de
Vegetais (SV), Concentrados para Sucos de Fruta (CSF), Concentrados para Sucos de Vegetais
(CSV), Néctares de Frutas (NF), Néctares de Vegetais (NV), Concentrados para Néctares
Vegetais (CNV), Concentrados para Néctares de Frutas (CNF), Bebidas Flavorizadas Não-
carbonatadas à base de Água (BFNA), Bebidas Flavorizadas Carbonatadas à base de Água
(BFCA), Concentrados para Bebidas Flavorizadas à base de Água (CBFA), Bebidas
Fermentadas ou Infusionadas à base de Água (BFIA).