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Abril de 2014
Resumo
Neste relatório tratamos de forma experimental as caracterı́sticas relati-
vas aos dois tipos de resistores (ôhmico e não-ôhmico) encontrados co-
mumente na literatura. A partir dos dados obtidos, plotamos as curvas
relativas a cada um e discutimos as principais implicações da lei de Ôhm
aplicada a cada caso.
Sumário
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.1 Resistência e Resistividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 A Lei de Ohm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1 Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Medida da Resistência Elétrica de um Resistor Linear . . . . . 4
2.3 Medida da Resistência Elétrica de um Resistor Não-Linear (Lâm-
pada de Filamento) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 Tratamento de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.1 Resistor Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.2 Resistor Não-Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4 Discussão dos Resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
*
Email: lauro.sc@hotmail.com
†
Email: rodrigorsnascimento@gmail.com
Introdução 2
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
A Demonstrações Matemáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
A.1 Erro Associado à Resistência 𝑅 . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
A.2 Erro Associado à Constante 𝑛 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
A.3 Erro Associado a Constante 𝑘 . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1 Introdução
Ao desmontarmos e analisarmos alguns aparelhos eletrônicos comuns,
encontraremos com maior frequência um tipo de componente que devido à sua
grande variedade e alta aplicabilidade é altamente empregado na eletrônica.
O componente de que falamos é o Resistor, que talvez seja o mais importante
dentre todos os componentes eletrônicos de um circuito. Um exemplo bem
citado de resistor é a lâmpada incandescente, que possui caracterı́sticas dife-
rente de outros tipos de resistores. Em resumo, a aplicabilidade de resistores é
da ordem de sua variedade, portanto, podemos empregá-los de várias manei-
ras distintas, isto é, tanto para a simples iluminação de um ambiente, como
o caso da lâmpada, quanto para o aquecimento da água de um chuveiro elé-
trico, ou, de forma mais técnica, podemos usá-los para controlar a intensidade
de corrente que passa num determinado ponto de um circuito. Na sequência,
detalharemos melhor o princı́pio de funcionamento de um resitor, bem como
suas principais caracterı́sticas.
Ressalta-se que estas relações somente são válidas para materiais isotrópicos,
ou seja, que possuam as mesmas propriedades em todas as direções de seu
interior. O conceito análogo à resistividade é a condutividade elétrica 𝜎 dada
por
1
𝜎= (1.4)
𝜌
sendo inversamente proporcional à resistividade, sua unidade em S.I. é dada
por (Ω · 𝑚)−1 e indica a facilidade com a qual um material é capaz de conduzir
uma corrente elétrica.
𝑉 𝜌𝐼 𝜌𝐿
= ou, 𝑉 = 𝐼 (1.5)
𝐿 𝐴 𝐴
Procedimento Experimental 4
𝑉 = 𝑅𝐼 (1.7)
2 Procedimento Experimental
2.1 Materiais
∙ Fonte de tensão;
∙ Dois multı́metros;
∙ Lâmpada incandescente;
∙ Mesa de testes;
∙ Chave conectora;
∙ Fios elétricos.
3 Tratamento de Dados
3.1 Resistor Linear
Usando os dados da Tabela 2.1, foi construido a Figura 3.1 como segue,
e
𝑝2 ((11, 70 ± 0, 01)𝑉 ; (24, 90 ± 0, 01) × 10−3 𝐴),
obtemos
(11, 70 − 2, 33)𝑉
𝑅= (3.2)
(24, 90 − 5, 00) × 10−3 𝐴
isto é, 𝑅 = 471Ω para o valor da resistência determinado experimentalmente.
O erro associado a esta medida é dado pela expressão
1
∆𝑅 = [(∆𝑉2 + ∆𝑉1 ) + 𝑅(∆𝐼2 + ∆𝐼1 )] (3.3)
(𝐼2 − 𝐼1 )
𝐼(𝑉 ) = 𝑘𝑉 𝑛 (3.6)
𝑦(𝑥) = 𝑏 + 𝑎𝑥 (3.8)
Tratamento de Dados 10
e
𝑝2 ((3, 79 ± 0, 01)𝑉 ; (50, 1 ± 0, 1) × 10−3 𝐴)
ou seja,2
𝑝⋆1 (0, 047; 1, 4) (3.12)
e
𝑝⋆2 (0, 579; 1, 7) (3.13)
obtemos
1, 7 − 1, 4
𝑛= (3.14)
0, 579 − 0, 047
com o auxı́lio de uma planilha de Excel, encontramos facilmente o valor do pa-
râmetro 𝑛 dado por 𝑛 = 0, 56. O erro associado ao parâmetro 𝑛, é determinado
pela expressão
[︂(︂ )︂ (︂ )︂]︂
log 𝑒 ∆𝐼2 ∆𝐼1 ∆𝑉2 ∆𝑉1
∆𝑛 = (︁ )︁ + +𝑛 + (3.15)
log 𝑉𝑉21 𝐼2 𝐼1 𝑉2 𝑉1
0, 1 × 10−3 𝐴 0, 1 × 10−3 𝐴
[︂(︂ )︂
log 𝑒
∆𝑛 = + +
50, 1 × 10−3 𝐴 25, 1 × 10−3 𝐴
(︁ )︁
3,79𝑉
log 1,11𝑉
(︂ )︂]︂
0, 01𝑉 0, 01𝑉
+ 0, 56 + (3.16)
3, 79𝑉 1, 11𝑉
2
A notação 𝑝⋆𝑖 indica somente que os valores dos pontos obtidos via software já estão
logaritimizados, e por conveniência, optou-se por omitir as unidades e erros experimentais
para fazer as operações seguintes com maior conforto, não havendo pois, necessidade de
carregá-las.
Discussão dos Resultados 11
considerando um terceiro ponto 𝑝3 (𝑉3 ; 𝐼3 ). Pelo gráfico usamos 𝑝⋆3 (0, 23; 1, 5)
que corresponde ao ponto do gráfico não-linear,
31, 6𝑚𝐴
𝑘=
(1, 70𝑉 )0,56
Referências
A Demonstrações Matemáticas
A.1 Erro Associado à Resistência 𝑅
Partindo de
𝑉2 − 𝑉1
𝑅= (A.1)
𝐼2 − 𝐼1
temos que
𝜕𝑅 1 𝜕𝑅 1
=− , = (A.2)
𝜕𝑉1 𝐼2 − 𝐼1 𝜕𝑉2 𝐼2 − 𝐼1
𝜕𝑅 𝑉2 − 𝑉1 𝜕𝑅 𝑉2 − 𝑉1
= , =− (A.3)
𝜕𝐼1 (𝐼2 − 𝐼1 )2 𝜕𝐼2 (𝐼2 − 𝐼1 )2
usando a equação do erro associado vem
⃒ ⃒ ⃒ ⃒ ⃒ ⃒ ⃒ ⃒
⃒ 𝜕𝑅 ⃒ ⃒ 𝜕𝑅 ⃒ ⃒ 𝜕𝑅 ⃒ ⃒ 𝜕𝑅 ⃒
∆𝑅 = ⃒ ⃒ ⃒ ∆𝑉1 + ⃒
⃒ ⃒ ∆𝑉2 + ⃒
⃒ ⃒ ∆𝐼1 + ⃒
⃒ ⃒ ∆𝐼2 (A.4)
𝜕𝑉1 ⃒ 𝜕𝑉2 ⃒ 𝜕𝐼1 ⃒ 𝜕𝐼2 ⃒
isto é
[︂ ]︂ [︂ ]︂
1 1
∆𝑅 = ∆𝑉1 + ∆𝑉2 +
(𝐼2 − 𝐼1 ) (𝐼2 − 𝐼1 )
[︂ ]︂ [︂ ]︂
𝑉2 − 𝑉1 𝑉2 − 𝑉1
+ ∆𝐼1 + ∆𝐼2 (A.5)
(𝐼2 − 𝐼1 )2 (𝐼2 − 𝐼1 )2
simplificando encontramos
1
∆𝑅 = [(∆𝑉1 + ∆𝑉2 ) + 𝑅(∆𝐼1 + ∆𝐼2 )] (A.6)
(𝐼2 − 𝐼1 )
temos que
(︁ )︁ (︁ )︁
𝐼2 𝐼2
𝜕𝑛 log 𝐼1
(︂
1
)︂
𝜕𝑛 log 𝐼1
(︂
1
)︂
= − [︁ (︁ )︁]︁2 log 𝑒 , = [︁ (︁ )︁]︁2 log 𝑒 (A.8)
𝜕𝑉1 𝑉2 𝑉1 𝜕𝑉2 𝑉2 𝑉2
log 𝑉1 log 𝑉1
1 1
𝜕𝑛 log 𝑒 𝜕𝑛 log 𝑒
= 𝐼1 (︁ )︁ , = − 𝐼2 (︁ )︁ (A.9)
𝜕𝐼1 log 𝑉𝑉21 𝜕𝐼2 log 𝑉2 𝑉1
usando
⃒ ⃒ ⃒ ⃒ ⃒ ⃒ ⃒ ⃒
⃒ 𝜕𝑛 ⃒ ⃒ 𝜕𝑛 ⃒ ⃒ 𝜕𝑛 ⃒ ⃒ 𝜕𝑛 ⃒
∆𝑛 = ⃒
⃒ ⃒ ∆𝑉1 + ⃒
⃒ ⃒ ∆𝑉2 + ⃒
⃒ ⃒ ∆𝐼1 + ⃒
⃒ ⃒ ∆𝐼2 (A.10)
𝜕𝑉1 ⃒ 𝜕𝑉2 ⃒ 𝜕𝐼1 ⃒ 𝜕𝐼2 ⃒
Demonstrações Matemáticas 16
obtem-se
⎧ (︁ )︁ ⎫ ⎧ (︁ )︁ ⎫
⎨ log 𝐼
⎪ 𝐼2 (︂ )︂ ⎪ ⎨ log 𝐼
⎪ 𝐼 2 (︂ )︂⎪
1 1 ⎬
1 1 ⎬
∆𝑛 = [︁ (︁ )︁]︁2 log 𝑒 ∆𝑉1 + [︁ (︁ )︁]︁2 log 𝑒 ∆𝑉2 +
⎩ log 𝑉2
⎪ 𝑉1 ⎪
⎭ ⎩ log 𝑉2
⎪ 𝑉2 ⎪
⎭
𝑉1 𝑉1
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
1 1
log 𝑒 log 𝑒
+ ⎣ 𝐼1 (︁ )︁ ⎦ ∆𝐼1 + ⎣ 𝐼2 (︁ )︁ ⎦ ∆𝐼2 (A.11)
log 𝑉𝑉21 log 𝑉𝑉21
⎡ ⎤ ⎧⎡ (︁ )︁ ⎤ ⎡ (︁ )︁ ⎤
𝐼2 𝐼2
log 𝑒 ⎦ ⎣ ⎨ log 𝐼1 ∆𝑉1 ⎣ log 𝐼1 ∆𝑉2
∆𝑛 = ⎣ (︁ )︁ (︁ )︁ ⎦ + (︁ )︁ ⎦ +
log 𝑉𝑉21 ⎩ log 𝑉2 𝑉1 log 𝑉2 𝑉2
𝑉1 𝑉1
(︂ )︂ (︂ )︂ }︂
1 1
+ ∆𝐼1 + ∆𝐼2 (A.12)
𝐼1 𝐼2
⎧ ⎡ (︁ )︁ ⎤ ⎫
𝐼2
log 𝑒 ⎨(︂ ∆𝐼 ∆𝐼2
)︂ log 𝐼1
(︂
∆𝑉1 ∆𝑉2
)︂⎬
1
∆𝑛 = (︁ )︁ + +⎣ (︁ )︁ ⎦ + (A.13)
log 𝑉𝑉21 ⎩ 𝐼1 𝐼2 log 𝑉2 𝑉1 𝑉2 ⎭
𝑉1
logo
[︂(︂ )︂ (︂ )︂]︂
log 𝑒 ∆𝐼1 ∆𝐼2 ∆𝑉1 ∆𝑉2
∆𝑛 = (︁ )︁ + +𝑛 + (A.14)
log 𝑉𝑉21 𝐼1 𝐼2 𝑉1 𝑉2