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DO
SABÃO
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 2
2 DEFINIÇÕES: SABÃO E SABONETE ............................................................................. 3
3 MATÉRIAS-PRIMAS EMPREGADAS NA FABRICAÇÃO DO SABÃO................................4
3.1 Matérias graxas ............................................................................................................ 4
3.2 Resina ou breu ............................................................................................................. 4
3.3 Potassa e soda ............................................................................................................. 5
3.4 Glicerina ....................................................................................................................... 5
3.5 Água .................................................................................................................................. 5
3.6 Cal ................................................................................................................................. 6
3.7 Sal ................................................................................................................................. 6
3.8 Álcalis ........................................................................................................................... 6
3.9 Branqueadores ópticos ............................................................................................... 6
3.10 Agentes quelantes ou seqüestrantes ....................................................................... 7
3.11 Abrasivos ................................................................................................................... 7
3.12 Corantes ..................................................................................................................... 7
3.13 Fragrâncias ou perfumes .......................................................................................... 7
4 MÁQUINAS E ACESSÓRIOS UTILIZADOS PARA A FABRICAÇÃO DE SABÃO ............7
4.1 Rodos ........................................................................................................................... 7
4.2 Areômetro ou densímetro ........................................................................................... 7
4.3 Termômetro .................................................................................................................. 7
4.4 Baldes ........................................................................................................................... 8
4.5 Caldeiras ...................................................................................................................... 8
4.6 Máquina de cortar ........................................................................................................ 8
4.7 Prensas......................................................................................................................... 8
4.8 Papel indicador universal ou papel tornassol ........................................................... 8
4.9 Balanças ....................................................................................................................... 9
5 FORMULAÇÕES DE SABÃO ..................................................................................................9
5.1 Composição 1 – sabão comum................................................................................... 9
5.2 Composição 2 – sabão de glicerina............................................................................ 10
5.3 Composição 3 – sabão de glicerina sem álcool ........................................................ 11
5.4 Composição 4 – sabão de coco líquido ..................................................................... 11
5.5 Composição 5 – sabão pastoso a partir de óleo saturado de fritura ....................... 12
6 CONTROLE DE QUALIDADE ............................................................................................. 13
6.1 Índice de saponificação...............................................................................................13
6.2 Especificação do produto acabado ............................................................................ 14
7 NORMAS TÉCNICAS ....................................................................................................... 15
8 DESCARTE DE RESÍDUOS DE FÁBRICAS DE SABÃO .....................................................15
9 EXEMPLO DE LAYOUT DE UMA FÁBRICA DE SABÃO EM BARRA............................. 16
10 ABERTURA DA INDÚSTRIA DE SABÃO .............................................................................17
11 LEGISLAÇÃO PERTINENTE ......................................................................................... 18
Conclusões e recomendações.......................................................................................... 19
Referências ........................................................................................................................ 19
Anexo 1 – Informações técnicas sobre o produto ........................................................... 21
Anexo 2 – Associações empresariais............................................................................... 23
Anexo 3 – Fabricantes de máquinas, equipamentos e matéria-prima ........................... 23
Título
Tecnologia do Sabão.
Assunto
Objetivo
Este trabalho é indicado para quem queira conhecer a tecnologia de produção de sabões,
sabonetes e similares.
Palavras-chave
Conteúdo
1 INTRODUÇÃO
O sabão é o primeiro produto químico com finalidade de limpeza conhecido pelo homem.
O sabão era amplamente conhecido por todo o Império Romano, mas não se sabe ao certo
se os romanos aprenderam o uso do produto com povos antigos do Mediterrâneo, ou com o
povo celta. Este último, o povo celta, produzia sabão a partir de gorduras animais e de
cinzas de plantas, e chamavam o produto pelo nome de saipo, da qual deriva a palavra
sabão.
A importância do sabão como produto de limpeza não foi reconhecido a não ser a partir do
séc. II d.C., quando o médico grego Galeno fez menção ao sabão como sendo um
medicamento que servia para a limpeza do corpo. As escrituras atribuídas ao sábio árabe
do séc. VIII Jabir ibn Hayyan (também conhecido pelo nome latino Geber) menciona
repetidamente o sabão como agente de limpeza.
As primeiras fábricas de sabão surgiram na Inglaterra no final do séc. XII, em Bristol. Nos
séc. XIII e XIV, surgiu uma pequena comunidade de fábricas nos arredores de Cheapside,
em Londres. Naquela época, os artesãos produtores de sabão tinham que pagar um
imposto por todo sabão produzido. Somente a partir de 1853 esse imposto foi abolido,
sacrificando ao Estado britânico um valor acima de um milhão de libras esterlinas.
O sabão se tornou tão corriqueiro no séc. XIX que Justus von Liebig, um químico alemão,
declarou que a quantidade de sabão consumida por um país era uma medida exata de sua
riqueza e civilização.
Até antes da década de 1940, a maioria dos sabões era fabricada por uma reação química
conhecida como reação de saponificação, descrita pela seguinte equação química (FIG. 1):
A partir da década de 1940, porém, houve um rápido aumento da demanda por detergentes
sintéticos. Contudo, hoje em dia ainda há uma grande demanda por sabões e sabonetes,
principalmente voltados para a higiene pessoal e limpeza doméstica em geral.
O detergente é uma mistura de várias substâncias escolhidas para efetuar uma ação
pontual durante a limpeza (geralmente, tensoativo(s) mais componentes complementares),
já o sabão é um produto da ação da soda em ácidos graxos de origem animal ou vegetal
(saponificação) e que também tem propriedades. O sabão ou sabonete é solúvel em água
e, por sua propriedade detergente, é usado para lavar. O mais comum de todos é o sabão
de sódio. O sabonete é praticamente neutro, contém glicerina, óleos, perfumes e corantes.
Os sabões duros, que, quase sempre, são fabricados com soda (hidróxido ou carbonato de
sódio); constituem a maior parte dos sabões comuns e podem ser brancos, corados ou
marmorizados.
Os sabões moles, que, pelo contrário, são fabricados com potassa (hidróxido ou carbonato
de potássio). Os sabões deste tipo são viscosos e, em geral, de cor verde, castanha ou
amarelo clara. Podem conter pequenas quantidades (que geralmente não ultrapassam 5%)
de produtos orgânicos tensoativos sintéticos.
Os óleos ou azeites podem ser de procedência vegetal ou animal. Usa-se o sebo vegetal na
fabricação de sabões junto com o sebo animal.
O ácido oléico é um resíduo da fabricação de velas de cera. Este ácido se emprega isolado
ou mesclado com óleo de palma ou de sebo. Tratado com soda, emprega-se na fabricação
de sabões. O ácido oléico, quando puro, é líquido à temperatura ambiente e se solidifica a
4°C em massa dura, cristalina, que funde de novo a 14°C.
Pode-se dividir as matérias graxas em quatro grupos, de acordo com as propriedades dos
sabões delas resultantes:
Gorduras duras que resultam em sabões de espumação rápida: aqui entram o óleo de
coco, o óleo de palmito, o óleo de babaçu e o óleo de tucum. São óleos relativamente
imunes à ação de eletrólitos, tal como o sal, fato que os fazem úteis para a fabricação
de sabões marinhos, para a espumação com água marinha.
Óleos que resultam em sabões de consistência macia: óleo de oliva, óleo de soja e óleo
de amendoim entram nesse grupo, assim como o óleo de linhaça e o óleo de baleia.
Como esses óleos podem rapidamente sofrer reações de oxidação quando expostos ao
ar ou à luz, no armazenamento, seus sabões podem ficar rançosos ou descolorirem.
Resina e breu de pinheiro ou eucalipto (árvores em geral): são usados em sabões para
lavar roupa, sabões e sabonetes para banho menos custosos e outros sabões
especiais.
Com o emprego da resina se corrigem defeitos de certas graxas que são empregadas na
fabricação de sabões e, ao mesmo tempo, transmitem ao sabão qualidade detergente,
como, por exemplo, a de formar grande quantidade de espuma. A resina é como as graxas,
porém saponificável em menor grau, pois se combina com os álcalis para formar o sabão de
resina, de consistência muito branda.
O que no comércio se conhece com o nome de soda é o carbonato de sódio. A soda natural
é constituída pelos restos de certos vegetais marinhos depositados na praia pelas ondas.
Estas plantas são postas a secar e, em seguida, são queimadas. A soda obtida desta forma
é denominada soda bruta.
A potassa do comércio é carbonato de potássio; tem, como a soda, duas origens: uma
natural e outra artificial.
A potassa artificial se consegue por processos semelhantes aos da soda artificial. Pode-se
também obtê-la mediante a lavagem de lã de carneiro, bem como da lavagem dos resíduos
da beterraba.
Quer se trate de soda ou potassa, é necessário que elas sejam transformadas em cáusticas
para que possam ser utilizadas na fabricação de sabões. Consegue-se este resultado
dissolvendo-as em água e cal. Como já foi visto, a soda e a potassa que se encontram no
comércio são o carbonato de sódio e o carbonato de potássio, isto é, uma combinação de
ácido carbônico com a soda ou a potassa, respectivamente. A operação indicada decompõe
este carbonato; a cal forma com o ácido carbônico um carbonato de cálcio, restando, daí,
um óxido de sódio ou de potássio; e este óxido forma, com a água que se empregou, uma
lixívia de sódio ou de potássio (NaOH ou KOH).
O elemento efetivamente usado na produção do sabão é esta lixívia final. Se for produzido
sabão em pequena escala, pode-se adquiri-la diretamente com um fornecedor, não sendo
necessário comprar a soda ou a potassa.
3.4 Glicerina
A glicerina é um álcool que, unido aos ácidos graxos, proporciona os ésteres graxos ou
glicéreos. No estado puro, é um líquido incolor azeitoso, inodoro e de sabor açucarado. Sua
densidade a 15°C é de 1,265, aproximadamente. Em c ontato com o ar, absorve a umidade.
Dissolve energicamente grande número de matérias, como, por exemplo, a cal.
3.5 Água
Nem todas as águas são boas para a fabricação de sabões. É, pois, importante verificar se
a água contém matérias prejudiciais, do que depende não só a boa qualidade do produto
fabricado, mas também, coisa muito importante, o custo mais ou menos elevado da
fabricação.
As águas que contêm ácido sulfúrico, carbono e sal são más, na maioria das vezes. É de
bom hábito testá-las, por meio de uma análise físico-química, antes do uso. Se for pequena
a quantidade dessas matérias, não será totalmente má. As águas potáveis são, em geral,
boas para a fabricação de sabões.
Para os sabões brancos e puros, bem como para os de toucador, é conveniente que se
evitem as águas ferruginosas, pois colorem os sabões, em virtude dos sais que trazem.
Grande importância se deve dar à água em saponaria. Serve para gerar vapor, para
esquentar as caldeiras com serpentinas, para preparar as soluções de álcalis e cloreto de
sódio e é agente da lavagem. A água, durante o empasto, produz a emulsão das graxas e
facilita assim a combinação destas com álcalis, indispensáveis, como componentes na
indústria de sabões.
3.6 Cal
A cal, que serve para a caustificação da lixívia, deve ser de 90 a 100% pura.
A cal usada em saponaria se distingue das demais por sua maior leveza e ausência de
ácido carbônico, o que se comprova por um simples ensaio com ácido clorídrico, sem
provocar efervescência.
Se as lixívias forem feitas a partir dos hidróxidos e não da soda ou da potassa, então a cal
não será necessária.
3.7 Sal
O cloreto de sódio (sal de cozinha comum) serve para separar o sabão da lixívia depois de
verificado o empaste. O cloreto de sódio separa a cal dos ácidos graxos de suas soluções
em água, água lixivial e glicerina.
Tratando uma solução de sabão com outra de sal comum, os dois líquidos não se misturam
a não ser que se consistam em soluções muito diluídas. Se estiverem bastante
concentradas, mantêm-se separadas em duas camadas superpostas.
3.8 Álcalis
Os álcalis, quando combinados com gorduras e ácidos graxos, dão como resultado um sal
conhecido pela denominação de sabão.
A palavra álcali é de origem árabe e significa cinzas. Com efeito, era das cinzas dos
vegetais que se extraíam os álcalis, antigamente, visto que se encontram naquele produto a
soda e a potassa combinadas com o ácido carbônico.
Hoje em dia, boa parte dos produtos para lavagem de roupas e tecidos apresentam
substâncias chamadas de branqueadores ópticos, que se afixam nas fibras do tecido, mas
não são removidos durante o enxágüe.
Essas substâncias convertem luz ultravioleta invisível em luz azul visível, de maneira que as
peças de roupa, ao final da lavagem, refletem muito mais luz do que antes da lavagem, o
que fazem-nas parecer mais brilhante. Além disso, como a tonalidade da luz está na faixa
da cor azul do espectro visível, o branqueador óptico vai mascarar qualquer tonalidade
amarela presente na fibra de tecido, fazendo a peça de roupa parecer mais branca também.
São usados principalmente para prevenir que o desempenho do sabão diminua na presença
de água dura, isto é, aquela que contém íons de cálcio ou magnésio em grande quantidade.
Um dos agentes quelantes mais utilizados é o EDTA, ou seu sal de sódio.
3.11 Abrasivos
3.12 Corantes
4.1 Rodos
Existem rodos de diferentes tipos. Os mais comuns são os que se apresentam em formato
de “S”. Estes aparelhos são quase sempre construídos de ferro, têm cabo de madeira e
servem para agitar a massa do sabão durante a estampagem ou cozedura nas caldeiras
desprovidas de agitador mecânico.
4.3 Termômetro
Na indústria de sabões, o termômetro serve para acusar a temperatura dos óleos e das
diferentes reações. Utilize um termômetro com escala de 0 a 100°C.
4.4 Baldes
São muito úteis para a condução de óleos, lixívias e outros ingredientes. Evite usar baldes
que contenham metais, especialmente zinco, em contato com a lixívia, porque podem reagir
entre si. Os baldes de plástico PVC são uma boa escolha para manusear a lixívia.
4.5 Caldeiras
São quase sempre dotadas de dois sistemas que se denominam: caldeiras de fogo direto e
caldeiras com aquecimento a vapor.
Ao pequeno fabricante, sugere-se usar uma caldeira, tambor ou tacho de fogo direto, mas à
indústria moderna aconselha-se que se dê preferência àquela com aquecimento a vapor,
que dá melhor resultado.
Para o pequeno produtor, um tacho de ferro com capacidade de 200 litros e com uma saída
ao fundo é o mínimo necessário para a preparação do sabão.
Essas máquinas são utilizadas para fazer o corte do sabão no formato desejado.
Para o pequeno produtor, pode ser interessante construir suas próprias máquinas de cortar.
Para isso, é necessário madeira, pregos e arames de bitolas diferentes. Um exemplo de
cortador de blocos está mostrado a seguir (FIG. 3).
4.7 Prensas
As pedras de sabão, antes de serem postas à venda, devem ser prensadas para que
ganhem forma e para que nelas se grave a marca do fabricante.
Serve para medir o pH da massa de sabão. A faixa de pH ideal de sabões para a limpeza
da pele é entre 6,5 e 8,5, isto é, próximo da neutralidade. Para a limpeza de roupas,
recomenda-se um pH próximo de 10,0. Para a limpeza de roupas e tecidos contaminados
por sangue, pus, etc., o pH pode atingir 11,5 ou mesmo 12,0.
4.9 Balanças
São necessárias duas balanças: uma com fundo de escala de 100 kg, para a pesagem de
sebo, óleos, água e lixívia, e outra com fundo de escala menor, mas com precisão maior,
para a pesagem de reagentes.
5 FORMULAÇÕES DE SABÃO
Lixívia de soda cáustica: pese a soda cáustica. Em seguida, meça um volume de água
de 35,3 litros e coloque a soda sobre a água em agitação constante. Deixe descansar
ao menos 24 horas antes de usar, ou até que a temperatura esteja próxima dos 20°C.
Colete uma amostra da lixívia em uma proveta e ponha aí o areômetro de Baumé 20/30
para flutuar; verifique se a leitura é de 22°Baumé . Caso não seja, corrija com a adição
de mais soda cáustica ou mais água até se obter 22° Baumé, sempre mantendo
agitação.
A massa sabonosa, da qual é feito o sabão, fica flutuando sobre a parte que não é
propícia para o sabão. Deve-se descartar esse resíduo de fundo, menos viscoso,
parecido com água, e ficar apenas com a parte flutuante da mistura, mais viscosa.
Deve-se testar se a saponificação está concluída colocando pequenas porções de
massa sabonosa em um pires ou sobre uma mesa (FIG. 4). O seu endurecimento indica
o final da reação, devendo-se, então, apagar o fogo.
Caso haja aparas provenientes de fabricações anteriores, deve-se cortá-las em
pequenos pedaços e adicioná-las à mistura graxa no início da saponificação.
Para tingir o sabão, dissolve-se, previamente, quantidade suficiente do corante
escolhido (anilina, etc.) em pequeno volume de água ou álcool. Após o cozimento do
sabão, adicione o corante sob constante agitação, de forma a deixar homogênea a cor
por todo o produto.
Adicione o perfume, para deixar o sabão com um cheiro mais agradável.
Uma vez concluída a saponificação, conduza a massa sabonosa às formas de alvenaria
ou madeira, por ação da gravidade, através de tubulação conectada ao tacho. Deixe lá
até que a massa se resfrie pelo tempo necessário. O período de enformamento vai
depender da quantidade de sabão produzida.
Após desenformar a massa de sabão endurecida, faça o corte em blocos e, depois, em
barras.
Embale as barras de sabão em filme plástico, para preservar a umidade, e acondicione-
as em caixas de papelão.
A Emater do Rio Grande do Sul apresenta em seu site uma receita de sabão de glicerina,
conforme descrito a seguir (QUADRO 2):
10
Dissolver a soda cáustica na água;
Derreter o sebo;
Misturar o álcool no sebo;
Acrescentar a soda dissolvida;
Mexer por aproximadamente 15 minutos;
Após 2 horas, cortar o sabão.
11
Quadro 4 - Ingredientes para a Composição 4
Descrição Quantidade
Tambor plástico de 100 litros 1 unidade
Proveta de 500 mL 1 unidade
Embalagem plástica de 1 litro 1 unidade
Papel indicador universal 1 unidade
Ácido sulfônico 5,0 kg
Amida 60 2,0 kg
Trietanolamina 0,5 kg
Soda cáustica a 40% Vide forma de preparo
Brancol 0,5 L
Solução de cloreto de sódio ou sulfato de magnésio 200g/L 0,5 L
Essência de coco 150 mL
Água Vide forma de preparo
Fonte: TRINDADE, 1991.
Diluir a soda cáustica em igual proporção de água, mas com extremo cuidado, por
causa da liberação de vapores. Evite inalá-los, porque são muito corrosivos.
Aquecer o óleo de fritura e adicionar a soda diluída e o restante da água e deixar
aquecendo durante mais ou menos 30 minutos para ocorrer a saponificação.
12
Depois, deixa-se amornar e adiciona-se o lauril sulfato de sódio e a essência.
6 CONTROLE DE QUALIDADE
Procedimento:
13
em cada um dos erlenmeyers.
Cálculo:
(B A) f 28
índice de saponificação
m
onde:
Para atender às especificações mostradas (TAB. 2), devem ser feitas análises químicas
periódicas e permanentes no sabão produzido. Essas análises podem ser feitas em
laboratório especializado ou na própria indústria de sabão, bastando apenas seguir as
instruções prescritas nas normas técnicas descritas a seguir.
14
7 NORMAS TÉCNICAS
Especificação do sabão
Análise do sabão
De acordo com a ABNT (NBR 9800/87), “efluente líquido industrial é o despejo líquido
proveniente do estabelecimento industrial, compreendendo emanações de processo
industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto doméstico”.
Caso o empreendedor opte por comprar a massa base já pronta, para a fabricação do seu
sabão, não haverá geração de resíduos.
terreno;
galpão
máquinas e equipamentos principais:
- tacho de aço em feitio cônico;
- sistema de aquecimento: caldeira ou fogo direto;
- tanque para secagem;
equipamentos auxiliares:
- baldes, tambores, pás;
- rodo de ferro ou agitador mecânico;
- equipamentos para corte do sabão;
- mesas para embalagem;
matérias-primas principais:
- material de embalagem (consumo anual);
- insumos (consumo anual);
mão-de-obra.
A seguir, apresenta-se um esquema ilustrativo com a disposição dos elementos básicos que
devem ser observados na implantação da fábrica (FIG 5 e FIG. 6).
16
Figura 5 - Vistas de um modelo de fábrica de sabão
Fonte: CEMIG
O desenho apresenta apenas uma sugestão de como pode ser montada uma fábrica de
sabão. Neste esquema, a utilização de dois pisos proporciona o aproveitamento da
gravidade em vez de bombas para o transporte do material até o local de secagem.
Deverá ainda entrar em contato com a Secretaria Estadual de Saúde, para obter:
Se a indústria for de médio a grande porte, também pode ser necessário obter uma licença
ambiental junto ao órgão fiscalizador competente.
11 LEGISLAÇÃO PERTINENTE
18
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL
– INMETRO. Portaria INMETRO/MDIC n. 126, de 19 de novembro de 1999. Estabelece
critérios para comercialização, indicação do conteúdo líquido e metodologia de verificação
do conteúdo líquido dos produtos sabão e sabonete em barra. Disponível em:
<http://www.inmetro.gov.br/rtac/detalhe.asp?seq_classe=1&seq_ato=606>. Acesso em: 15
maio 2007.
Para regularizar um produto junto à ANVISA será necessário fazer o pedido de Autorização
de Funcionamento da Empresa e seguir o procedimento necessário. Somente depois de
regularizado é que poderá pedir o registro do produto. A documentação necessária para se
conseguir a autorização de funcionamento de Empresa (AFE), junto à ANVISA pode ser
acessada no endereço:
<http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/autoriza/autoriza_industria.htm>.
Conclusões e recomendações
Este documento teve como objetivo compreender vários aspectos relacionados à produção
de sabão, que são de interesse do micro e pequeno empreendedor.
Mais informações sobre o sabão e sua manufatura podem ser obtidas nas referências
listadas abaixo, ou através da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza
e Afins – ABIPLA:
Referências
ALBERICI, Rosana Maria; PONTES, Flávia Fernanda Ferraz de. Reciclagem de óleo
19
comestível usado através da fabricação de sabão. Eng. ambient., Espírito Santo do Pinhal,
v. 1, n.1, p. 73-76, jan./dez., 2004. Disponível em:
<http://www.unipinhal.edu.br/ojs/engenhariaambiental/include/getdoc.php?id=39&article=19
&mode=pdf>. Acesso em: 14 maio 2007.
DOW CHEMICAL COMPANY. Densities of Pure (Salt Free) Caustic Soda Solutions at
Various Temperatures and Concentrations. Disponível em:
<http://www.dow.com/webapps/lit/litorder.asp?filepath=causticsoda/pdfs/noreg/102-
00486.pdf&pdf=true>. Acesso em: 15 maio 2007.
KASAG EXPORT AG. Density and concentration of NaOH solutions. Disponível em:
<http://www.kasag.com/compengl/NaOH.html>. Acesso em: 15 maio 2007.
Anexos
As informações a seguir podem ser úteis para o controle de qualidade do sabão produzido e
são especialmente úteis ao responsável técnico da fábrica de sabão.
21
Quadro 8 - Densidade em kg/L de soluções de hidróxido de sódio sob várias temperaturas
Conc.
Temperatura
Solução
%NaOH 0ºC 10ºC 20ºC 30ºC 40ºC 50ºC 70ºC 80ºC 90ºC 100ºC
(m/m) 32ºF 50ºF 68ºF 86ºF 104ºF 122ºF 158ºF 176ºF 194ºF 212ºF
2 1,024 1,023 1,021 1,018 1,014 1,010 0,999 0,993 0,987 0,980
4 1,048 1,046 1,043 1,039 1,035 1,031 1,020 1,014 1,008 1,001
6 1,071 1,068 1,065 1,061 1,056 1,052 1,041 1,035 1,028 1,022
8 1,094 1,091 1,087 1,083 1,078 1,073 1,062 1,056 1,050 1,043
10 1,117 1,113 1,109 1,104 1,100 1,094 1,083 1,077 1,071 1,064
12 1,140 1,136 1,131 1,126 1,121 1,116 1,104 1,098 1,092 1,086
14 1,162 1,158 1,153 1,148 1,143 1,137 1,126 1,120 1,113 1,107
16 1,185 1,180 1,175 1,170 1,165 1,159 1,147 1,141 1,134 1,128
18 1,207 1,202 1,197 1,192 1,186 1,181 1,169 1,162 1,156 1,149
20 1,230 1,224 1,219 1,214 1,208 1,202 1,190 1,183 1,177 1,170
22 1,252 1,247 1,241 1,235 1,230 1,224 1,211 1,205 1,198 1,191
24 1,274 1,269 1,263 1,257 1,251 1,245 1,232 1,226 1,219 1,212
26 1,296 1,291 1,285 1,279 1,273 1,267 1,254 1,247 1,241 1,234
28 1,318 1,312 1,306 1,300 1,294 1,288 1,275 1,268 1,262 1,255
30 - 1,334 1,328 1,322 1,315 1,309 1,296 1,289 1,282 1,276
32 - 1,355 1,349 1,343 1,336 1,330 1,317 1,310 1,303 1,296
34 - - 1,370 1,363 1,357 1,350 1,337 1,330 1,323 1,316
36 - - 1,390 1,384 1,377 1,370 1,357 1,350 1,343 1,336
38 - - 1,410 1,404 1,397 1,390 1,376 1,370 1,363 1,356
40 - - 1,430 1,423 1,416 1,410 1,396 1,389 1,382 1,375
42 - - 1,449 1,443 1,436 1,429 1,415 1,408 1,401 1,394
44 - - 1,468 1,462 1,455 1,448 1,434 1,427 1,420 1,413
46 - - 1,487 1,481 1,473 1,466 1,452 1,445 1,438 1,432
48 - - 1,506 1,500 1,492 1,485 1,471 1,464 1,457 1,450
50 - - 1,525 1,518 1,511 1,504 1,490 1,483 1,476 1,470
Fonte: International Critical Tables of Numerical Data, Physics, Chemistry and Technology apud Dow
Chemical Company
A escala de Baumé foi desenvolvida pelo cientista francês Antoine Baumé, em 1768, para
medir a densidade de vários líquidos. A grandeza é indicada de várias formas, por exemplo:
graus Baumé, graus Baume, Bº, Beº, Béº, Baumé.
145
densidade específica
145 graus Baumé
Se a temperatura de referência for de 15,5°C (60° F), deve-se alterar o valor 145 mostrado
anteriormente pelo valor 144,32.
22
Anexo 2 - Associações empresariais
MÁQUINAS MAN
Equipamentos para sabão e sabonetes.
Rua Marcos Bortion, 212
CEP: 17512-330 - Marília – SP
Fone: (14) 3408-4400 / Fax: (14) 3408-4401
Site: http://www.man.com.br
23
• Máquinas e equipamentos para sabão em pó
BRASSPRAY
Rua Antão Steher, 94 Jardim Alvorada
Jandira – SP
Fone: (11) 4789-7100
e-mail: brasspray@brasspray.com.br
FANEM LTDA.
Avenida General Ataliba Leonel, 1790
São Paulo – SP
Fone: (11) 6972-5700 / Fax: (11) 6979-1575
Site: http://www.fanem.com.br
e-mail: comercial@fanem.com.br
• Matéria-prima
AROMATY
Avenida Pedro Celestino Leite Penteado, 791 - Jordanésia
CEP: 07760-000 - Cajamar - SP
Fone: (11) 4447-5007 / Fax: (11) 4447-4004
Site: http://www.aromaty.com.br
e-mail: vendas@aromaty.com.br
CHEMYUNION
Rua Fiação da Saúde, 40 - 10º andar - Saúde
CEP: 04144-020 - São Paulo - SP
Fone: (11) 2173-0103 / Fax: (11) 2173-0100
Site: http://www.chemyunion.com.br
e-mail: marcelo@chemyunion.com.br
24
ERTEX
Avenida Caetano de Abreu, 55 - Encosta do Sol
CEP: 13255-830 - Itatiba - SP
Fone: (11) 4894-8900 / Fax: (11) 4894-8903
Site: http://www.ertex.com.br
e-mail: vendas@ertex.com.br
GIVAUDAN BRASIL
Cria e fornece fragrâncias, sabores e ingredientes especiais para cosméticos em geral.
Avenida Engenheiro Billings, 2185
São Paulo - SP
Fone: (11) 3760-8000
Site: http://www.givaudan.com.br
GRUPO SABARÁ
Rua Souza Melo, 73 - Penha
CEP: 03707-000 - São Paulo - SP
Fone: (11) 6643-5000 / Fax: (11) 6643-5000
Site: http://www.beraca.com.br
e-mail: beraca@gruposabara.com.br
HOMY QUÍMICA
Rodovia Anhangüera - km 327,8 - Zona Rural
CEP: 14680-000 - Jardinópolis - SP
Fone: (16) 3690-1000 / Fax: (16) 3690-1050
Site: http://www.homyquimica.com.br
e-mail: homyquimica@homyquimica.com.br
LABORATÓRIOS UNIVERSAL
Rua Batista Sansoni, 251 - Distrito Industrial
CEP: 12043-500 - Taubaté - SP
Fone: (12) 3686-1516 / Fax: (12) 3686-1259
Site: www.laboratoriosuniversal.com.br
e-mail: unisquim@uol.com.br
MAGAMA
Avenida Guiana Francesa, 75 - Mauazinho
CEP: 69075-000 - Manaus - AM
Fone: (92) 3618-5113 / Fax: (92) 3618-5103
Site: http://www.magama.com.br
e-mail: administrativo@magama.com.br
RAI INGREDIENTES
Rua Chile, 538 - Taboão
CEP: 09667-000 - São Bernardo do Campo - SP
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Fone: (11) 4173-9502 / Fax: (11) 4173-9500
Site: http://www.rai.com.br
e-mail: fragrancias@raiingredients.com.br
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