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TRATAMENTO DE

ÁGUAS INDUSTRIAIS

Parte II

Luiz Carlos Sivelli


Setembro/2020
1
KURITA DO JAPÃO
Matriz - Tóquio

Centro de P&D - Japão KURITA DO BRASIL


Matriz – São Paulo
Segmentos e Aplicações de Tratamento de Águas Industriais

✓ Torre de Água de Resfriamento

✓ Condensador Evaporativo

✓ Caldeira

✓ ETA – Estação de Tratamento de Água

✓ Desmineralização de Água / Osmose Reversa

✓ ETE – Estação de Tratamento de Efluentes

✓ Cabine de Pintura
Fluxograma Geral
Estação Tratamento de Águas
Introdução
Tratamentos primários são todos os processos físico-químicos ao qual a água é submetida para modificar sua qualidade
tornando-a com características que atendam as especificações solicitadas para determinada aplicação industrial
Quanto ao uso, a água pode ser subdividida em:
❖ água potável
❖ água industrial
• Os sólidos suspensos são partículas insolúveis na água, com velocidade de sedimentação tão reduzidas que inviabilizam
sua decantação natural
• A maioria destas partículas apresentam sua superfície carregada eletricamente (potencial zeta), proveniente da adsorção de
íons (principalmente hidroxilas) presente na água.
O processo de coagulação está relacionado ao fenômeno de neutralização ou seja, diminuição do potencial zeta.
• A aproximação entre as partículas depende do pH e da quantidade de coagulante.
• Além do coagulante, é possível utilizar-se auxiliares de coagulação (ou floculante), como: argila (adsorvente), etc.
Clarificação – Objetivo do Tratamento
Clarificação - Fluxograma Simplificado
Clarificação
• Um tratamento completo da água, por exemplo, para consumo humano, exige:

Pré Tratamento Remoção de partículas grosseiras, adição de carvão ativado em pó, ou


absorventes, oxidação inicial, aeração, entre outros

Floculação
Alteração de algumas características da água e, principalmente, suas
impurezas

Sedimentação Separação das fases sólida (impurezas) e líquida (água).


Sedimentação (movimento descendente) e flotação (ascensão das partículas)

Filtração Remoção de partículas suspensas, coloides e micro-organismos presentes na


água, escoando através de um meio poroso.

Coadjuvantes Correção de pH, fluoração, desinfecção, remoção de orgânicos residuais,


entre outros produtos químicos.
Clarificação – Clarificador com Colchão de Lama
Clarificação
Clarificação Deficiente Clarificação Efetiva

Colchão Instável
→ Arraste de Sólidos
Clarificação – Coagulação ~ Sedimentação

• Uma partícula se sedimenta quando a força da gravidade excede as forças de inércia e viscosidade.

• A sedimentação corresponde a fase em que os flocos, com seu tamanho relativamente aumentado, tendem a decantar.
Quanto maior a velocidade de decantação, menor será o tempo de residência requerido para a água no clarificador.
Clarificação - Coagulantes
• Principais características dos coagulantes:
• Redução da camada difusa
• Adsorção e neutralização
• Adsorção e formação de pontes
• Aproximação e contato entre as partículas fica facilitado

PRODUTO TIPO FUNÇÕES

Sulfato de alumínio PAC • Cátions polivalentes (Al+3, Fe+2,…) neutralizam as cargas das
Cloreto férrico Coagulantes partículas suspensas.
Sulfato férrico inorgânicos • Os hidróxidos metálicos adsorvem todos os
particulados, gerando a coagulação.

Hidróxido de cálcio Neutralizante • Utilizado como agente de controle de pH

Polímero catiônico de Policatiônico • Neutralização das cargas elétricas e aumento do tamanho


baixo peso molecular do floco. Pouco efetivo para floculação. Usado com
inorgânicos junto.
Clarificação – Coagulantes Características
• Controle do pH → Cada coagulante inorgânico possui uma faixa específica de pH, coincidente com a faixa de pH
para geração de seus hidróxidos.

• Força de Agitação e Tempo de Retenção → Uma agitação forte é necessária para aumentar a frequência de
encontro entre coagulante e partículas em suspensão para neutralização de suas cargas.

No caso de tanque de mistura para coagulação normalmente se dimensiona para:


o Velocidade do agitador: 1,5 a 3,0 m/s;
o Tempo de retenção: 5 a 10 minutos.

• Ordem de Adição dos Produtos → É recomendado que a adição do coagulante inorgânico seja a primeira etapa
e depois o ajuste de pH.
Clarificação – Coagulantes Características
Coagulantes Inorgânicos

PRODUTO FAIXA PONTOS FORTES PONTOS FRACOS APLICAÇÃO


DE pH

• Alta capacidade de • Flocos leves


Al2(SO4)3 5,0 a 7,5 clarificação • Não efetivo em pH maior
• Menos corrosivo que 8,5 Geral para o
tratamento de
• Melhor floculação • Flocos leves água de
PAC 5,0 a 10,0 • Menor consumo de • Não nefetivo em pH maior
alcalinizante ou nenhum que 8,5

• Efetivo em larga faixa de • Alto consumo de


FeCl3 5,0 a 11,0 Efluente de pH
pH alcalinizante
elevado
• Flocos pesados • Corrosivo

• Preço baixo • Menor capacidade de


FeSO4.7H2O 9,0 a 11,0 Efluente
• Flocos pesados clarificação
Clarificação – Coagulantes Características
Coagulantes Inorgânicos

O gráfico mostra a faixa ótima de pH (5,0 a 7,5)


para o coagulante a base de Al2(SO4)3, uma vez
que, nesse “range” não solubilidade do íon
alumínio na água. Sendo assim, todo o composto
atua no processo de coagulação, sem perda de
eficiência, ou seja, reação com OH-.
Clarificação - Teste de Jarro

• Indicado para se estimar as concentrações e os tipos de produtos químicos a se adotar na obtenção de ótima clarificação
de uma água.
• Parâmetros que devem ser reproduzidos: tempo de mistura (reação) e velocidade de agitação.

• Sistemática do teste:
 Dosagem dos produtos: (1) Coagulante → (2) Ajuste de pH → (3) Floculante
 Durante a adição dos produtos: agitação deve ser violenta (150 rpm – durante1 a 2 minutos)
 Após reduzir a velocidade de agitação para 50 rpm durante 3 min
 Suspender a agitação
 Determinar o diâmetro do floco e velocidade de sedimentação
 Após 3 min, analisar a água clarificada ( turbidez, SS)
Clarificação - Teste de Jarro
Etapas para o procedimento de determinação:
➢ pH ótimo de floculação
➢ Dosagem ótima de coagulante
➢ Seleção de auxiliar(es) de floculação ( catiônico, Aniônico, Não Iônico)
➢ Dosagem ótima do(s) auxiliar(es) de floculação selecionados
Filtração
Tratamento de água não é somente aplicação de produto.

Equipamentos são de fundamental importância para obter resultados otimizados


Filtração

Perda de eficiência dos Filtros:

Colmatação
Caminho preferencial
Aumento do Delta P
Filtração
Desmineralização de Água
Desmineralização de Água por Troca Iônica
• Proporcionar uma qualidade de água de alimentação de excelente qualidade para caldeira e pressão maior e
proteção do sistema de vapor ( turbinas)
• Viabilizar ciclo de concentração elevado e reduzir o custo com combustível
• Pureza do vapor (avaliar sua finalidade)
• Produzir água com pureza necessária para diferentes industrias ( farmacêutica, eletrônica/chips, de bebidas...)

Turbina do sistema de vapor


Desmineralização de Água por Troca Iônica
35%- 50%-

L L

Tanque Tanque
de HCl de
para o sistema de Efluente
NaOH

para o sistema de L L
TQ de lavagem Efluente F
F F

P
P F CO
CO

F P
P L

L F
B

TQ de água
TQ de água Filtro de Trocador Descarbonat Trocador Polimento de Polimento de Desmineralizada
Filtrada Carvão Catiônico Aniônico Leito Misto Condensado

HCl
L P
Na

Tratamento de Efluente
Desmineralização de Água por Troca Iônica
• Copolímero de Estireno e Di-Vinil-Benzeno na forma de
esferas com diâmetro entre 0,3 e 1,2 mm. Os grupos • A resina é uma esfera porosa.
funcionais associados à base do copolímero definem sua
característica de troca. • A troca iônica acontece na parte interna da resina

• Nos sítios ativos ficam retidos os íons-alvo e são


Resina catiônica liberados os íons impregnados na resina.

• Ácido Sulfônico ao ser inserido dá à resina característica


FORTEMENTEácida
• O Ácido Carboxílico produz a resina FRACAMENTE ácida

Resina aniônica

• O Quaternário de Amônio produz a resina FORTEMENTE


básica
• As Aminas Terciárias produzem resinas FRACAMENTE
básica
Desmineralização de Água por Troca Iônica

Grupos funcionais das resinas Grupos funcionais das resinas

Catiônicas Fortes Aniônicas Fracas.


▪ Grupo Funcional: Sulfônico (–SO3-) H+/Na+ • Grupo funcional: Amina terciária (Dimetilamina).
• Removem ácidos fortes como HCl e H2SO4.
▪ Removem todos os cátions.
• Não removem H2CO3 e sílica.
▪ Regenerada com NaCl produz água abrandada. • Resistentes à matéria orgânica.
▪ Regenerada com ácido serve como leito catiônico na • Produz economia de regenerantes.
desmineralização.

Catiônicas Fracas Aniônicas Fortes.


▪ Grupo Funcional: Carboxílico (-COO-)H+ • Tipo I: Grupo funcional: Amina quaternária (Trimetilamina).
▪ Removem cátions fortes associados à alcalinidade. • Tipo II: Grupo funcional: Amina quaternária
(Dimetiletanolamina).
▪ Usadas antes das catiônicas fortes para a economia de • Removem todos os ânions, inclusive bicarbonatos e sílica.
regenerantes.
Desmineralização de Água por Troca Iônica
Desmineralização de Água por Troca Iônica
Principais Características a serem Considerados para as Resinas

Tipo de resina: Gel (baixa porosidade) ou


Macrorreticular (porosa)
Capacidade de troca
Variação do volume
Velocidade de reação
Eficiência de regeneração
Resistência à contaminação orgânica
Resistência mecânica Resina Tipo Gel

Estabilidade térmica

Fabricação com compostos que não são polimerizados com DVB com baixa massa
molecular há a formação de canais dentro do leito da resina tornando com alta porosidade
– Macroporosas .
Diversas características ambas com alta capacidade de troca
• Maior resistência a oxidação
• Resistente ao impacto/atrito
• Maior velocidade de reação
• temperatura
Resina Macroporosa
Desmineralização de Água por Troca Iônica
Mecanismo de troca iônica

R-H + Ca2+ Mg2+ K+ Na+ → R-Ca R-Mg R-K R-Na + H+


Ca2+ + R-Mg → R-Ca + Mg2+
Mg2+ + R-K → R-Mg + K+
K+ + R-Na → R-K + Na+
Na+ + R-H → R-Na + H+
Desmineralização de Água por Troca Iônica

Aspectos em relação ao vaso catiônico

• O valor do pH na saída da resina catiônica é baixo devido a presença de ácidos minerais;

• Por conseguinte, a condutividade é alta;

•Águas ricas em bicarbonatos produzem muito CO2. A remoção deste através da descarbonatadora, além de poupar a
capacidade de troca da resina aniônica, evita corrosão na linhas e tubulações;

•A estação desmineralizadora deve prever um vaso de carvão ativado para reter cloro e matéria orgânica, pois estes
compostos causam deterioração das resinas;

•O vaso de resina catiônica sempre vem em primeiro porque estas são mais resistentes, tanto fisicamente como
quimicamente, em relação as resinas aniônicas;

• O sódio é o primeiro a aparecer de foram indesejável na saída do vaso catiônico. As resinas catiônicas tem mais
afinidade por cátions bivalentes, além do que o sódio tende a ficar retido na parte inferior da coluna.
Desmineralização de Água por Troca Iônica
Regeneração de Resina Catiônica
• A regeneração pode ser feita com Ácido Sulfúrico ou Clorídrico;

R-Ca + H2SO4 → R-H2 + CaSO4 ou R-Ca + 2 HCl → R-H2 + CaCl2

• Regeneração com ácido sulfúrico requer cuidado para não ocorrer precipitação de sulfato de cálcio. Assim a
concentração de ácido no início não deve passar 2% e posteriormente aumentar gradativamente até 6 a 8%;

• Regeneração com ácido clorídrico não ocorre o fato acima e a concentração pode ser mantida de 5% a 10% sem
necessidade de variar;

•Antes da operação de regeneração deve-se proceder a lavagem das resinas com a expansão do leito para remoção de
material retido. O fluxo de água deve ser suficiente para o objetivo desta fase, mas não deve ser excessivo para não ocorrer
perda de resina.

• Uma expansão da ordem de 30 a 50% é considerado ideal;

•O volume de água deve ser de 5 a 10 vezes maior que o volume de resina.

• Após a regeneração deve ser feita nova lavagem para remoção de ácido residual.
Desmineralização de Água por Troca Iônica
Fatores que afetam a troca iônica:
• Tipo, concentração e quantidade de regenerante Tipo de regeneração (co ou contra corrente) Natureza e
concentração de sais na água a tratar Velocidade do fluxo pelo leito de resina Temperatura do
regenerante

• Altura do leito resina

Sinais de saturação

Catiônico
• Elevação do pH na saída do catiônico.
• Elevação da condutividade na saída do aniônico.
• Elevação do pH na saída do aniônico.

Aniônico
• Abaixamento do pH na saída do aniônico.
• Abaixamento (sílica) e depois elevação da condutividade no
aniônico.
• Elevação da sílica no aniônico.
Desmineralização de Água por Troca Iônica

Dificuldades de Operação Causas


• Perda de capacidade por regeneração • Excessivo fluxo na operação e/ou regeneração;
• Regeneração inadequada;
• Impurezas no regenerante utilizado;
• Elevada turbidez ou teor de ferro causando deterioração da resina;
• Distribuição inadequada da água no vaso de resina ou do regenerante.
• Queda de pressão excessiva • Fluxo de operação excessivo;
• Elevada turbidez, teor de ferro ou presença de bactérias.
• Mudança de cor da resina • Deterioração da resina ( longo tempo estocada ou em altas
temperaturas);
• Elevada turbidez, teor de ferro ou presença de bactérias.
• Aumento do volume do leito de resinas • Elevada turbidez, teor de ferro ou presença de bactérias.
• Impurezas no regenerante.
• Lavagem excessiva de resina • Impurezas no regenerante;
• Formação de canais de fluxo preferencial de água no leito de resina.
• Perda de resinas do vaso • Fluxo excessivo na operação de contra lavagem.
• Deterioração da resina • Impurezas no regenerante;
• Elevada turbidez, teor de ferro ou presença de bactérias.
Desmineralização de Água por Troca Iônica
Etapas e procedimentos de regeneração
Desmineralização de Água por Troca Iônica
Injeção de Químicos –
Contra lavagem
• Solução de HCl ou H2SO4 a 5%; leito catiônico
• Classificação das resinas;
• Solução de NaOH a 4%; leito aniônico
• Remover sólidos em suspensão;
• Reduzir o volume de água do vaso para evitar
• Expansão do leito em 60 - 80%; a diluição da solução (deixar apenas uma
• Preparo do leito para injeção de químicos; camada de água sobre a resina);

• Tempo mínimo 20 minutos. • Vazão de 2 – 4 BV/h;


• Tempo mínimo de 45 minutos

Enxágue lento
Enxágue rápido
• Completa a regeneração;
• Remoção do regenerante de dentro das
• Remoção de regenerante entre resinas; resinas;
• Mesma vazão e sentido da injeção de
químicos. • Mesma vazão da operação;

• Tempo mínimo de 20 minutos • Tempo mínimo de 20 minutos


Desmineralização de Água por Troca Iônica
Contaminações de Resinas
Desmineralização de Água por Troca Iônica
Torre Descarbonatadora
Desmineralização de Água por Troca Iônica

• A presença de elevada condutividade e alcalinidade é decorrência da elevada presença de NaHCO3 (bicarbonato


de sódio) e Na2CO3 (carbonato de sódio).
• A solução para a adequação desta condição é a remoção destes contaminantes do CO2. Este procedimento
requer a redução do pH da água de forma a trazer o equilíbrio da reação abaixo para a esquerda.

CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ HCO3- + H+ ↔ CO32- + 2H+


(pH = 4,4) (pH = 8,3)

• No sistema de desmineralização, como já visto anteriormente, o pH na saída do leito catiônico é baixo,


favorecendo a liberação do CO2.

• Situada entre o Vaso Catiônico e o Vaso Aniônico


Desmineralização de Água por Troca Iônica
• Mistura homogênea de resinas catiônica e aniônica;
• Remoção de cátions (Ca, Mg, Na, K, Fe) e ânions (Cl, SO4, NO3, CO3,CO2, SiO2) ao mesmo tempo;
• Produção de água pura: condutividade < 0,1 𝜇S/cm, Sílica < 10 ppb e pH ~7,0.
• Atinge menores condutividades que leitos separados.
Osmose Reversa
Osmose Reversa - Conceito
• Osmose → fenômeno natural de difusão no qual • Osmose reversa → passar a água de um meio
um solvente se movimenta de um meio menos mais concentrado para um meio menos
concentrado em soluto para um meio mais concentrado, visando a produção de água pura;
concentrado;
• A movimentação por osmose cessará quando for
• É necessário aplicar no lado salmoura uma
atingida uma altura de coluna d’água capaz de
pressão suficientemente grande para tal fim:
compensar a força motriz existente devido à
diferença de concentração das soluções:

A pressão osmótica é diretamente proporcional à A pressão aplicada deve ser capaz de exceder a
concentração de sais da salmoura. soma da pressão osmótica com as perdas de
A grosso modo:  (bar) = ppm TDS x 0,00072 carga do sistema ...
Osmose Reversa - Conceito
• Alimentação: Corresponde à água de entrada do sistema
• Rejeito: Corrente de saída que possui alta salinidade
• Permeado: Corrente de saída que possui baixa salinidade
• Os módulos de OR são compostos por vasos de pressão e
elementos filtrantes;

• Cada elemento filtrante é composto por diversas camadas


de folhas de membranas.

• Os elementos filtrantes ficam alinhados horizontalmente


dentro dos vasos de pressão, sendo que o escoamento de
água nestes elementos também se dá na direção
horizontal;
• As membranas são separadas entre si por espaçadores, os
quais permitem o escoamento do permeado até um coletor
central;

• Devido à disposição sequencial dos elementos filtrantes


dentro dos vasos de pressão, o rejeito de um elemento
servirá de alimentação para o elemento subsequente;
Osmose Reversa - Conceito
Taxa de recuperação

Corresponde à porcentagem da vazão de alimentação que sai como permeado

• No exemplo acima, temos que a taxa de recuperação do sistema é igual a 75%.

Sistemas de OR normalmente operam com taxas de recuperação entre 70 e 80% ...


Osmose Reversa - Conceito
• Fator de Concentração se refere ao número de vezes no qual a corrente de rejeito está concentrada em relação à
alimentação.

• Para a realização do cálculo do Fator de Concentração, considera-se hipoteticamente que o permeado é isento de
sais, ou seja, todos os compostos existentes na água de alimentação saem na corrente de rejeito.

Levando-se em conta a situação acima, o fator de concentração seria igual a 4 vezes ...
Osmose Reversa - Conceito

Rejeição de Sais

• Refere-se à capacidade do sistema em reter o soluto presente na salmoura, ou seja, corresponde à porcentagem
dos sais que ficam retida pela membrana em relação ao total de sais presentes na água de alimentação;

• O rejeito de um elemento filtrante é utilizado como alimentação do elemento subsequente dentro do vaso de
pressão, portanto, o rejeito final produzido corresponde à corrente de saída do último elemento filtrante

• Como as membranas possuem capacidade limitada de remoção o permeado produzido por tal elemento será de
pior qualidade em relação ao permeado produzido na seção de entrada do módulo de OR;

• Porém, como o permeado produzido por cada elemento filtrante é enviado ao coletor central, a qualidade do
permeado coletado na saída do módulo de OR representa a média das qualidades dos permeados obtidos ao
longo do vaso de pressão;
Osmose Reversa - Conceito
Pressão Efetiva

• O processo de produção de água em um sistema de OR só é possível mediante a aplicação de pressão pelo lado
salmoura;

• O fluxo de permeado está diretamente ligado com a pressão efetiva disponível para a sua produção;

• A pressão efetiva corresponde à pressão total aplicada no sistema, descontando-se a perda de carga existente no
escoamento pelo vaso de pressão e a pressão osmótica relativa à diferença de concentração de sais entre a salmoura e a
água tratada.

Pressão Osmótica (bar) = 0,00072 x ppm TDS da média rejeito/al imentação

Perda de Carga = Pressão de Alimentaçã o - Pressão do Rejeito

Para o exemplo:
Pressão Efetiva = 14 bar – (0,00072 x 1.100 ppm) – (14 bar - 13 bar)/2 – 0 bar Pressão
Efetiva = 12,7 bar
Osmose Reversa – Influência Opracional

Parâmetro Vazão de Permeado Taxa de Rejeição de Sais

Vazão aumenta com a elevação da Aumenta com a elevação da pressão


Pressão Efetiva
pressão efetiva efetiva

Vazão aumenta com a elevação da % de retenção de sais diminui com a


Temperatura
temperatura elevação da temperatura

Vazão de permeado diminui com a Retenção de sais diminui com o


Taxa de Recuperação
elevação da recuperação aumento da taxa de recuperação

Vazão de permeado diminui com a


A taxa é reduzida com a elevação da
Salinidade de Alimentação elevação da salinidade da
salinidade da alimentação
alimentação
Osmose Reversa – Arranjos Operacionais
• Os sistemas de OR possuem uma grande flexibilidade quanto ao seu arranjo operacional;
• De forma geral, os sistemas operam com as seguintes configurações:
• Estágios;
• Passes;
• Recirculação de Rejeito;

Quanto maior for o número de estágios, mais elevada será a taxa de recuperação do
sistema, porém, pior será a qualidade do permeado ...
Osmose Reversa – Arranjos Operacionais
Osmose Reversa – Principais Problemas
• Os sistemas de OR apresentam 2 tipos de problemas principais:

Formação de deposições
✓ Redução da Vazão de Permeado → redução a área disponível para a permeação da água pela membrana

✓ Redução da Qualidade de Permeado → locais onde os depósitos há um aumento pontual da concentração de


contaminantes na superfície das membranas, ocasionando a deterioração da qualidade do permeado produzido,
devido à capacidade limitada de retenção de sais pelos elementos filtrantes

✓ Elevação da Perda de Carga do Sistema

Deterioração das membranas


• Redução da Qualidade de Permeado

• Os depósitos formados em sistemas de OR têm 3 principais causas:

o Pré tratamento inadequado da água de alimentação;


o Descontrole sobre o crescimento de bactérias;
o Concentração excessiva de sais no rejeito.
Osmose Reversa - Formação de Depósitos

Rejeição da Membrana: 99%


Osmose Reversa – Pré Tratamento
Pré Tratamento da Água de Alimentação

• O pré tratamento da água de alimentação deve ser específico para cada situação;
• Minimamente deve satisfazer as condições operacionais requeridas pelas membranas utilizadas;

- Cloro livre = Zero; - pH entre 2,0 e 11,5;

- SDI < 3,0 ou MFF < 1,1; - Al < 0,05 ppm;

- Ausência de materiais oxidantes; - Mn < 0,05 ppm;

- ORP < 250 mV; - Fe3+ < 0,05ppm.

• Por serem compostos de tamanho reduzido, nem sempre a avaliação de turbidez é suficiente para detectar se
água de alimentação possui qualidade adequada quanto à presença de material coloidal;

• Para tanto, utiliza-se os testes de SDI / MFF→ controle adequado SDI < 3,0 e MFF < 1,1;
Osmose Reversa – Teste de Alimentação

• Coletar 1,0 litro de amostra da água de alimentação do


sistema de OR;

• Filtrar 500 ml de tal amostra em filtro 0,45 𝜇m, anotando o


tempo necessário para tal filtração;

• Mensurar o tempo necessário para filtrar os 500 ml restantes


através do mesmo filtro utilizado no passo anterior;

MFF/SDI =
Tempo 1
Tempo2
Osmose Reversa – Tratamento Aplicado
Formação de Depósitos Orgânicos
• Controle de crescimento microbiológico → a aplicação de agentes clorados, os quais deve ser removidos
antes da entrada do sistema de OR para evitar a degradação das membranas;

• A remoção de tais compostos clorados é realizada pela adição metabissulfito de sódio (SMBS) ou pela inclusão de
filtro de carvão no pré tratamento;

• Aplicação de outros biocidas não oxidantes

Formação de Depósitos Inorgânicos


• Todo sal dissolvido na água possui uma solubilidade máxima, sendo que sempre que a concentração de um
determinado sal excede tal solubilidade, há a formação de depósitos;

Produto Função
Biocida Controle bacteriostático
Dispersante Controle de deposição
Sequestrante de Cloro Eliminar cloro
Osmose Reversa

Controles Consequências / Ações


Fosfato • A solubilidade dos sais de fosfato de cálcio reduz com a elevação do pH e da temperatura;
• Incrustações duras. A prevenção da formação de depósitos de sílica pode ser evitada via dosagem adequada
Sílica
de dispersante.
SDI • Ideal < 3,0 → Queda no rendimento das membranas. Melhorar o tratamento na ETA e filtros

Cloro Livre • Deterioração da membrana Menor que 0,1 ppm. → Acertar a dosagem de SMBS → filtro de carvão

DQO • Máximo 10 ppm. Caso esteja maior ajustar cloração na ETA.

Alumínio • Forma depósitos de difícil remoção ao reagir com sílica. Uso excessivo de coagulantes

Alcalinidade • Requer adequação do dimensionamento da dosagem adequada de dispersante

Bário • Baixas concentrações de Ba →reagem com o sulfato com formação de deposições muito rígidas.

Cálcio • Tendência de deposição aumenta com a elevação do pH e da temperatura


Osmose Reversa
Degradação de membranas

• A degradação das membranas de OR é o fenômeno onde os elementos filtrantes passam a permitir a passagem
de água não filtrada (rejeito) para o lado da água tratada (permeado);

• O principal sintoma da presença de furos nas membranas é queda da qualidade do permeado;

• Em paralelo, a vazão de permeado tende a crescer, a não ser que a membrana apresente uma grande formação
de depósitos que acabam por mascarar os furos existentes.

Problemas com degradação das membranas

• Verificar se o residual de cloro livre na entrada da OR está sendo mantido igual a zero

• Evitar a operação com pressão excessiva

• Verificar a presença de metais pesados, como Cu e Co

• Certificar-se que as limpezas químicas não estão excedendo a faixa de pH ideal para as membranas
Cabine de Pintura

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Cabine de Pintura – Conceitos

✓ Tinta é uma composição líquida com componentes sólidos dispersos em um meio.

✓ A realização de pintura por spray de tinta é utilizado com excesso em relação à quantidade de tinta
necessária para a pintura.

✓ O spray gera uma névoa de tinta sobre a superfície a ser pintada, onde uma parcela é efetivamente
retida pela superfície das peças, e o restante disperso no ar. Esta parcela de tinta que fica dispersa
no ar é chamada de overspray.

✓ A presença de partículas sólidas no ar pelo excesso de tinta devem ser continuamente removidas do
ambiente das cabines, pois, em caso contrário, depositarão na superfície das peças tratadas e
levarão a um processo de pintura deficiente.

✓ Tratamento químico deve ser aplicado à água circulante nas cabines de pintura para a possibilitar
que a corrente aquosa absorva totalmente a névoa de tinta, eliminando a aderência da tinta e
iniciando a coagulação dos sólidos existentes, de forma a possibilitar a posterior remoção da borra
de tinta nos flotadores, e após a água é recirculada novamente.

58
Cabine de Pintura – Conceitos

✓ Após a transferência de sólidos do ar para a água, o ar é enviado para o sistema de exaustão.

✓ O carreamento de sólidos para a linha de exaustão provoca problemas ambientais devido à emissão
de particulados para a atmosfera, além da formação de depósitos no rotor do exaustor, alteração do
fluxo de ar interno da cabine de pintura.

✓ Quando há reaproveitamento do ar de exaustão dentro da cabine, o carreamento de sólidos poderá


prejudicar a pintura das peças, ocasionando a rejeição das mesmas.

✓ A maior concentração de sólidos na água, irá gerar maior tendência de formação de espuma e a
capacidade da água em remover os sólidos do ar também ficará comprometida.

59
Cabine de Pintura – Conceitos

• Cabine com Cortina d`Água → normalmente para


pintura de peças pequenas

https://www.youtube.com/watch?v=GOwNWNKarv0

60
Cabine de Pintura – Conceitos

• Cabine com Tiragem Forçada → usada para para


pintura de veículos.

https://youtu.be/NFKsO2EldMY

61
Cabine de Pintura – Principais Problemas
Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento

Má Formação da Borra e Arraste → Queda na


Boa Formação da Borra → Perfeita Qualidade
Qualidade da Água para a Cabine
da Água que Retorna para a Cabine
Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento

✓ Aplicação de um dispersante com excelente efeito de separação de tinta, com reação rápida da névoa
de tinta na água de recirculação.

✓ Diminuição da aderência do excesso de tinta na cabine de pintura, evitando que as “borras” fiquem
aderidas ao sistema (cortina d’água, paredes, bomba de recirculação, etc.).

✓ Permite a recuperação do excesso de tinta no poço de água da cabine de pintura.

✓ Dimensionar tratamento para obter resultado otimizado para os diversos tipo de tinta: tintas com base
em resina acrílica, alto sólidos e resina uretano.

Tinta em base de água


Tinta em base solvente

✓ Prevenir problemas de entupimento com sludge de tinta aderente em cabine de pintura e tubo de
recirculação de água.

✓ Baixa tendência a formar espuma, baixa corrosividade e excelente efeito para flotação de sludge e
clarificação da água

✓ Aplicação de biocida para conter a proliferação de microrganismos e mau cheiro.


Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento

Com Tratamento Sem Tratamento Com Tratamento Sem Tratamento

Dosagem do Produto no Tratamento de manutenção

✓ Da ordem de 3 a 6% * excesso de tinta (Over Spray)


✓ Ajuste do pH através de um alcalinizante para melhorar a flotação do sludge e prevenir problemas de corrosão.
✓ Biocida.
Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento

EFEITO DO PRODUTO EM DIVERSOS TIPOS DE TINTA


☺☺ Excelente
☺ Bom

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Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento
INFLUÊNCIA DO THINNER NA SEPARAÇÃO
Em caso de mudança do tipo de tinta, o thinner é usado para limpeza do tubo de suprimento de tinta e outros
equipamentos.
O excesso de thinner lançado no poço de água da cabine diminui o efeito de separação do produto aplicado.
A condição de sludge varia de acordo com a concentração de thinner não recuperado na água.

INFLUÊNCIA DA DOSAGEM DO DISPERSANTE

Dispersante Dosagem inferior à necessária Dosagem excessiva

✓ Sludge de tinta formando ✓ Pouco sludge


borras ✓ Espuma
FENÔMENO ✓ Aderência do sludge de tinta ✓ DQO alto
✓ Problemas de entupimento no ✓ Alta turbidez
sistema ✓ Perda de água
✓ Paradas do sistema (Purga elevada)
✓ Problemas de slime
✓ Sedimentação do sludge
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Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento
INJEÇÃO DE AR COMPRIMIDO
Formação de microbolhas → auxiliar a ascensão dos flocos formados , melhorando a eficiência de flotação

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Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento
Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento

Condição Operacional Cabine DURR


Volume estático (m3) 120
Tinta PU e Alquídica
Vazão de recirculação (m3/h) 440

“Over Spray “ (%) 50-60


Volume de tinta gasto mês (litros) Aprox. 8.000

Consumo Médio Produto 160 Kg mês


(4 % sobre “Over Spray” )
Aumento na campanha de troca de água A cada 60 dias
Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento
Método Prático de Observar melhor dosagem.
Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento
Ações para adequação do tratamento

PROBLEMA CAUSA PRINCIPAL CONTRA-MEDIDA

✓ Separação insuficiente Dosagem insuficiente Aumento da dosagem de produto


✓ Problemas de entupimento
✓ Frequentes paradas do sistema
para limpeza Aumento da taxa de recuperação
Alta concentração de thinner
de thinner
✓ Cheiro de thinner

✓ Cheiro na água
Iniciar tratamento para controle de
✓ Problemas de corrosão Problema de Slime
microbiológico
✓ Água com alta turbidez
✓ DQO alto
✓ Alta carga de água de tratamento
✓ Perda de água (alta taxa de blow Super dosagem Reduzir a dosagem de produto
down)
✓ Sedimentação de sludge
Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento
SEPARAÇÃO POR TRANSBORDO COM BORRA ASPECTO BORRA FLOTADA NO TANQUE DE
COM ASPECTO SECO SEM “TAC” ASPECTO RECIRCULAÇÃO - SECA COM “RACHADURAS “ ENTRE AS
PEGAJOSO NO TOQUE NA MÃO CAMADAS – MOSTRA ASPECTO MENOS PASTOSO-
AVALIAÇÃO POSITIVA

Fatores que contribuem para este rendimento:

✓ Dosagem correta entre 3-6 % sobre “over spray”


✓ pH da água entre 8,5 -9,0 melhor faixa”
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Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento

ASPECTO DA BORRA ÚMIDA SE CARACTERIZA FORMAÇÃO DE ESPUMA POR ALTA DE


GERALMENTE POR BAIXA DOSAGEM DE PRODUTO DOSAGEM
→ ELEVADA TURBIDEZ E BORRA PASTOSA

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Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento

Água de retorno levemente Água de retorno limpa Retirada da borra mais


Retirada da borra
turva com arraste de sólidos sem arraste de sólidos consistente
Cabine de Pintura – Efeitos do Tratamento

Efeito Positivo na Operação da cortina d´água da Monitoramento microbiológico


cabine com uso adequado do produto→ não
aderência do “sludge” de tinta na cortina d`água da
cabine → Este efeito mantêm a eficiência de
operação da cabine.
Estação Tratamento de Efluentes
Tratamento de Efluentes
• O funcionamento de uma Estação de Tratamento compreende basicamente as seguintes etapas:
ETE – Tratamento de Efluentes
PRÉ TRATAMENTO

• Constituído unicamente por processos físicos. Nesta etapa, é feita a remoção dos materiais em suspensão,
através da utilização de grelhas (gradeamento), → finalidades da proteção dos dispositivos de transporte dos
efluentes (bombas e tubulações);.

PENEIRAMENTO/GRADEAMENTO ROTOR DE BOMBA DANIFICADO


ETE – Tratamento de Efluentes
Decantação
• O tratamento primário é constituído unicamente por processos físico- químicos.

• Nesta etapa procede-se a equalização e neutralização da carga do efluente a partir de um tanque de equalização e adição
de produtos químicos.

• Seguidamente, ocorre a separação de partículas líquidas ou sólidas através de processos de floculação ou flotação com
posterior separação do lodo físico-químico através de decantação ou raspagem no caso do flotador para o lodo flotado.

• Coagulantes inorgânicos e ou/ orgânicos com floculantes (agentes auxiliares de floculação-Polieletrólitos ), fazem a
separação dos sólidos dispersos e partículas coloidias, bem como das cargas orgânicas através da formação de flocos.
ETE – Tratamento de Efluentes
Flotação
• Redução de densidade das impurezas fazendo-as flutuar. As microbolhas produzidas na câmara de flotação se prendem
às partículas sólidas e óleos formando aglomerados carregados para a superfície

• Usado quando há uma vazão elevada de efluente e tempo reduzido para tratar e escoar. ( baixo tempo de retenção)
ETE – Tratamento de Efluentes
• O processo biológico se configura como o principal tratamento secundário de efluentes.
• Depende da ação de microrganismos e reproduz, em uma unidade previamente projetada, os fenômenos
biológicos que ocorrem na natureza.

TRATAMENTO BIOLÓGICO

• Os microrganismos utilizam a matéria orgânica presente no efluente como fonte de carbono e a transforma em
substâncias químicas simples, como sais minerais, gás carbônico e outros.

• Obviamente, nem toda matéria orgânica será transformada, sendo que as substâncias químicas mais resistentes são
denominadas persistentes/recalcitrantes/refratárias.

• Nos processos biológicos de tratamento o fenômeno de degradação bacteriana, tal como observado nos cursos d´água
é a essência do seu funcionamento nos processo de

• No tratamento secundário, os mais usados são:


ETE – Tratamento de Efluentes

Lodos ativados Convencional - Aeróbico e Anaeróbico

tanque de aeração

https://www.youtube.com/watch?v=b_peYTfHX-Y
ETE – Tratamento de Efluentes
Tanques Lodos ativados convencional
• Usado quando disponho de espaço físico / área
• MO estabilizada por bactérias que crescem dispersas no tanque de aeração
• Idade do lodo – 4 a 10 dias Remoção contínua do lodo biológico excedente
• A DQO diminui a medida que as moléculas vão sendo metabolizadas, produzindo lodo.
• A matéria orgânica removida da fase líquida é transformada em biomassa
• SS sedimentáveis e MO suspensa são removidos no decantador primário
• Lodo secundário retorna para o tanque de aeração – aumento de eficiência do processo
• Efluente sai clarificado
ETE – Tratamento de Efluentes
Lagoa de Estabilização
• Usado quando disponho de espaço físico / área
• Objetivo de reter a matéria orgânica e gerar água com qualidade para retornar ao meio ambiente. São lagoas
constituídas de forma simples onde os esgotos entram em uma extremidade e saem na oposta. A matéria orgânica
em forma de suspensão fica no fundo da lagoa , formando um lodo que vai aos poucos sendo estabilizado .
ETE – Tratamento de Efluentes
Filtro / Reator Biológico
• Polimento do Decantador Secundário
• MO estabilizada por bactérias que crescem aderidas a um meio suporte
• Efluente é aplicado na superfície do filtro
• MO é retida pelas bactérias
• Aeração natural
ETE – Tratamento de Efluentes
Lodo Anaeróbico - Lagoa ou Reator
Tratamento Biológico Anaeróbio

Entre os sistemas de tratamento anaeróbio, existem as lagoas anaeróbias, os


tanques sépticos, os filtros anaeróbios e os reatores de alta taxa, capazes de
receber maiores quantidades de carga orgânica por unidade volumétrica,

Dependendo do tipo de efluente a ser tratado, há risco de emissão de odores


nesses sistemas.

O processo anaeróbio converte parte da matéria orgânica em gás carbônico e


metano, por isso também é recomendada a existência de queimadores de
gases, já que esse tipo de gás contribui 21 vezes mais que o gás carbônico
para poluir a camada de ozônio.

Vantagens
•Mecanização reduzida e baixo consumo energético: sem a injeção de ar
no sistema, menor área.
•Trata efluentes com altas concentrações de substâncias orgânicas.

Desvantagens
•Necessidade de temperatura entre 30º e 35º C, para uma boa operação.
•Lenta taxa de crescimento das bactérias produtoras de metano, por isso
longos períodos são necessários para o início do processo.
ETE – Tratamento de Efluentes
Desaguamento do Lodo
ETE – Tratamento de Efluentes
Leito de Secagem → Desidratação e Secagem

• Elevado tempo para secagem


ETE – Tratamento de Efluentes
Filtro à Vácuo Rotativo

https://www.youtube.com/watch?v=u_h2IfmWFb0
ETE – Tratamento de Efluentes
ETE – Tratamento de Efluentes

https://www.youtube.com/watch?v=eBbPIxkYfPI
Referências Bibliográficas:

▪ Kurita Handbook
▪ Artigos e Imagens da internet
▪ Kaneda Water Industries
▪ Purolite

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