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FLUXOGRAMA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS – NORMA ISA 5.

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Diagrama de blocos
O primeiro e mais simples de todos trata-se do diagrama de blocos (BFD), que pode
ser usado para se ter uma ideia aproximada da estrutura do processo. Essa é a forma mais
simples dos diagramas de fluxo. Cada bloco pode representar um único equipamento ou
uma etapa completa do processo.
Esse método é útil para representar um processo de uma forma simplificada em
relatórios e apresentações, mas seu uso é limitado quando aplicado para processos
complexos.
A imagem abaixo representa o processo de reforma a vapor por meio de um
diagrama BFD. Esse processo é muito empregado em refinarias petroquímicas
para produção de hidrogênio (H2) a partir do metano (CH4).

Observe que a alimentação de metano (esquerda) é misturada com o vapor d’água


pré-aquecido na seção convectiva do forno. A mistura de vapor-metano, então, passa
através dos tubos do reator, situados na seção de radiação do forno, onde ocorrem as
reações de reforma (Equação 1 e 2).
Os produtos do reator a vapor são enviados para um reator de deslocamento, que
tem a função de aumentar a quantidade de hidrogênio na corrente de produto. Os produtos
do reator de deslocamento são então resfriados e direcionados para uma coluna de
absorção de CO2, antes de serem enviados para o processo de adsorção que separa o
hidrogênio (H2) dos demais componentes.
Nesse diagrama temos a representação dos equipamentos, que não possuem um
padrão de simbologia. Os diagramas de bloco são geralmente desenhados usando
programas gráficos, como Bizagi, Microsoft Visio e PowerPoint.
Diagrama de fluxo de processos (PFD)
Um diagrama de fluxo de processos, também conhecido como PFD (Process Flow
Diagram) é um fluxograma mais completo e deve incluir equipamentos como tanques de
carga, reatores, bombas, compressores, entre outros. Nesse diagrama, devemos indicar as
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informações das correntes (ex. temperatura, pressão, vazão, composição), válvulas e até
mesmo dispositivos de instrumentação e controle.
No fluxograma os equipamentos são representados por símbolos simplificados. A
norma ISO 10.628 é o padrão internacional para símbolos de desenho nos diagramas PFD,
porém a maioria das empresas possuem seus próprios símbolos padronizados.
Existem uma série de plataformas digitais para elaborar esses diagramas. As mais
indicadas são a da EDraw e a edição profissional do Microsoft Visio. Elas possuem
uma biblioteca de ícones incluindo os símbolos seguindo as normas. Como
plataforma gratuita, uma dica é a Lucidchart. Nela podemos encontrar os símbolos
selecionando a opção de Engenharia de processos.

Símbolos de alguns instrumentos encontrados nos diagramas de processos (PFD)

O método mais adequado para processos simples com poucos equipamentos


é organizar as informações das linhas de fluxo do processo em tabelas na parte inferior
do documento. Nesse caso, lembre-se de inserir as informações importantes para que
um especialista da área consiga compreender o processo. Algumas informações
importantes são: o número e identificação da corrente; a taxa de fluxo mássico de cada
componente individual e total; pressão; temperatura; data e dados da empresa e do
processo.
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Nesse método cada linha de fluxo é numerada e as informações são detalhadas
na parte inferior. Na imagem podemos analisar a planta industrial para obtenção de ácido
nítrico representada em um diagrama PFD. As informações recomendadas para os
diagramas PFD podem ser vistas na tabela abaixo.

Processo simplificado da produção do ácido nítrico

Informações dos diagramas PFD


Dados essenciais:
Equipamentos do processo, incluindo correntes de alimentação, recipientes de
armazenamento de produtos e equipamentos usados para o transporte de fluidos
e sólidos.
Localização das válvulas de controle do processo.
Composição do fluxo
Tabela indicando a taxa de fluxo de cada componente individual (𝑘𝑔/ℎ), ou a
composição da corrente como uma fração do peso.
Taxa de fluxo total da corrente, em 𝑘𝑔/ℎ.
Temperatura da corrente, em °C.
Pressão operacional nominal (pressão operacional necessária).
Entalpia de fluxo, 𝑘𝐽/ℎ.
Dados opcionais
Composição percentual molar e / ou taxas de fluxo molar.
Dados de propriedades físicas, valores médios para o fluxo, como: 1. densidade,
𝑘𝑔/𝑚 , 2. viscosidade, 𝑚. 𝑁. 𝑠/𝑚 .

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Nome do fluxo, uma breve descrição de uma ou duas palavras da natureza do fluxo,
por exemplo

Diagramas de tubulação e instrumentação (P&ID)


Finamente, um diagrama de tubulação e instrumentação (diagrama P&ID ou PID) é
uma versão mais detalhada do PFD que também inclui informações sobre instrumentos,
válvulas auxiliares, linhas de amostragem, sistemas de controle e detalhes das tubulações.
Esse fluxograma descreve a disposição dos principais equipamentos e sua
interconexão. Trata-se de uma descrição da natureza do processo.
Esse diagrama mostra os detalhes de engenharia e a disposição dos equipamentos,
instrumentos, tubulação, válvulas e acessórios. Os engenheiros químicos, mecânicos e de
controle e automação empregam esse esquema para descrever seus processos e entendê-
lo faz toda diferença para operar com as malhas de controle.
O projeto dos sistemas de tubulação e a especificação da instrumentação do
processo e dos sistemas de controle geralmente são feitos por grupos de engenheiros
especializados. Esses diagramas seguem a norma de simbologia e instrumentação ISA
5.1 e devem incluir os seguintes tópicos:
Informações dos diagramas P&ID
Equipamentos de processo identificados por um número. O equipamento deve ser
desenhado seguindo sua proporção e localização.
Tubulações, identificadas por um número. O tamanho do tubo e o material de construção
devem ser especificados.
Válvulas de controle e de bloqueio, com número de identificação. O tipo e o tamanho devem
ser mostrados. Cada tipo de válvula possui um código específico.
Acessórios auxiliares que fazem parte do sistema de tubulação, como visores em linha,
filtros e purgas, com um número de identificação.
Bombas e turbinas, identificadas por códigos.
Malhas de controle e instrumentos, com um número de identificação.

Para processos simples, as linhas de utilidades podem ser mostradas no diagrama


de P&ID. Para processos complexos, devem ser usados diagramas separados para
mostrar as linhas de serviço. As conexões de serviço para cada unidade devem ser exibidas
nesse diagrama.

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Esquema de controle do reator de tanque agitado com controle em cascata de
temperatura pelo fluxo de líquido refrigerante e controle de fluxo dos reagentes

O diagrama P&ID pode se parecer com o PFD descrito anteriormente. Porém, as


informações do processo não são mostradas nesse caso. Os mesmos números de
identificação dos equipamentos podem ser usados em ambos os diagramas para evitar
confusões. O diagrama P&ID é usado em projetos detalhados com maior investimento.
Como usar os fluxogramas
Agora que você aprendeu um pouco mais sobre os diagramas, já pode começar a
elaborar os seus! Lembre-se: defina qual o seu objetivo e o nível de detalhamento que o
seu projeto exige.
Aqui no Escalab realizamos o mapeamento adequado de processos já existentes por
diagramas. A ideia é entender o processo, propondo melhorias e buscando aumento de
produtividade. Essa atividade também é prática comum nos nossos planos de
escalonamento e na elaboração de protótipos.
Se quiser saber mais, confira as referências usadas para escrever esse conteúdo:
Referências Bibliográficas
ANSI/ISA-5.1., Instrumentation Symbols and Identification, 2009
ISO 10628-1., Diagrams for the chemical and petrochemical industry – Part 1, 2015
ISO 10628-2., DIAGRAMS FOR THE CHEMICAL AND PETROCHEMICAL INDUSTRY.
PART 2, 2012

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Lucia, A., Chemical Engineering Design Principles, Practice, and Economics of Plant and
Process Design By G. Towler and R. Sinnott. AIChE J., 54: 3034-3035, 2008
Fonte: https://escalab.com.br/guia-definitivo-dos-fluxogramas-de-processos/

ISA5.1 Finalidade
O objetivo desta norma é estabelecer um meio uniforme de designar instrumentos e
sistemas de instrumentação usados para medição e controle. Para tal, é apresentado um
sistema de designação que inclui símbolos e um código de identificação.
As diferentes necessidades processuais estabelecidas de várias organizações são
reconhecidas, quando não inconsistentes com os objetivos da norma, fornecendo métodos
alternativos de simbolismo. Várias opções são fornecidas para adicionar informações ou
simplificar o simbolismo, se desejado.

A norma mais utilizada para simbologia e diagramas de instrumentação é a ANSI/ISA


5.1 -1984 (R1992) – Instrumentation Symbols and Identification. ANSI é o acrônimo de
American National Standard Institute, é uma instituição dos Estados Unidos, sem fins
lucrativos, que tem por finalidade facilitar a padronização de trabalhos, já o nome ISA vem
de Instrument Society of America, surgiu em 1945, tem por objetivo padronizar os trabalhos
envolvendo instrumentação e sua publicação 5.1 traz toda a simbologia e identificação
padronizada.
A facilidade em trabalhar com a ISA5.1 é que é reconhecida internacionalmente,
portanto várias empresas usam sua padronização facilitando assim o trabalho dos
profissionais que acabam adquirindo intimidade com a simbologia e identificação com
experiências passadas.

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Essa norma, especificamente, não trata de simbologia de equipamentos de processo
(a ANSI/ISA 5.5-1985 – Graphic Symbols for Process Display é que trata desse assunto).
Essa norma é adequada para uso, sempre que qualquer referência a um instrumento
ou função de um sistema de controle for necessária para identificação e simbolização.
Podemos aplicá-la em projetos de instrumentação, exemplos didáticos, fluxograma
de processo, diagramas de fluxo de engenharia, simbologia de controle, em diagramas de
instalação e diagramas de malhas entre outras aplicações.
Sua finalidade é fornecer informações suficientes para permitir que qualquer pessoa
envolvida, e que possua pelo menos um pouco de conhecimento, possa entender as
maneiras de medir e controlar o processo, não sendo necessariamente um especialista em
instrumentação.
Identificação básica número de TAG
O TAG de identificação é o código alfanumérico que identifica de maneira biunívoca
(relaciona cada elemento de um conjunto com apenas um elemento do outro conjunto) um
instrumento ou função.
Agora pensa em um complexo industrial lotado de equipamentos, e vamos supor que
você trabalha na manutenção, alguém te chama e fala que um instrumento de temperatura
de determinado equipamento está medindo incorretamente, você vai até o local e chegando
lá esse equipamento possui 10 temperaturas, em qual você deve atuar?
Se tiver o TAG tudo fica mais fácil, mais rápido, daí a importância de saber como
identificar um instrumento pelo TAG.
Um número de TAG típico, dado de exemplo na própria norma como figura 1, é o seguinte:
Número de TAG Típico
TIC 103 Número do TAG ou identificação do instrumento
T 103 Identificação da malha
103 Número da malha
TIC Identificação funcional
T Primeira letra (variável)
IC Letras sucessivas (funções)
10-PAH-5A Número de TAG
10 Prefixo opcional
A Sufixo opcional

Hifens são opcionais como separadores


Símbolos de linhas de sinais de instrumentos
A figura abaixo está em português para facilitar o entendimento

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Exemplo.

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Símbolos gerais de instrumentos ou de funções

Os símbolos utilizados para representação de instrumentos, inclusive compartilhados


e suas funções estão na figura abaixo

*O
tamanho do símbolo pode variar de acordo com a necessidade do usuário e do tipo do
documento. Sugerimos acima um tamanho de quadrado e círculo para diagramas grandes.
Recomenda-se coerência.

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**As abreviaturas da escolha do usuário, tal como IP1 (painel do instrumento n°1), IC2
(console do instrumento n°2). CC3 (console do computador n°3) etc... podem ser usados
quando for necessário especificar a localização do instrumento ou da função.
***Normalmente, os dispositivos de funções inacessíveis ou que se encontram na parte
traseira do painel podem ser demonstrados através dos mesmos símbolos, porém, com
linhas horizontais usando-se os pontilhados.
Exemplo:

****Não é obrigatório mostrar um alojamento comum.


*****O desenho (losango) apresenta metade do tamanho do losango grande.
******Veja ANSI/ISA padrão S5.2 para símbolos lógicos específicos
Identificação da malha
A norma abrange a identificação de um instrumento e todos os outros instrumentos
ou funções de controle associados a essa malha.
A tabela do link abaixo é a tabela 1 da ISA5.1 que padroniza a identificação da
variável medida e as funções exercidas (para facilitar foi adaptada e traduzida). Lembrando
que as letras combinadas para designar um instrumento não podem exceder o número de
quatro e todas devem ser escritas em maiúsculo. A função indicador pode ser omitida caso
o instrumento possua indicação e registro, por exemplo um indicador, registrador e
controlador de pressão PIRC pode ficar como PRC.

Classificação dos instrumentos de medição


As principais classificações dos instrumentos de medição são pela função, sinal transmitido
ou suprimento e o tipo de sinal.
 Classificação por função
Os instrumentos de medição podem estar interligados entre si para realizar uma
determinada tarefa no processo. Damos o nome de malha à associação destes
instrumentos, sendo que cada um exerce uma função dentro dessa malha.
Podemos então classificar os instrumentos que compõe uma malha por função conforme
figura abaixo:

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Tabela 1- Definição dos instrumentos

Instrumento Definição
Dispositivo que converte uma variável física (pressão, vazão, temperatura) em uma
quantidade analógica, geralmente mecânica (deslocamento) ou elétrica (tesão ou
resistência elétrica). O sensor em si não é um instrumento, mas é componente de um,
Sensor podendo ser de um indicador, registrador, transmissor etc. Geralmente o sensor está
em contato com o processo para detectar a variável. Outros nomes comuns são:
Elemento sensor, elemento primário, probe (em tradução livre, sonda), a entrada e
saída do sensor são ambos não padronizados.
Instrumento que tem a função de converter os sinais do sensor em outra forma de
energia padronizada, para ser enviada a distância. Os sinais analógicos padronizados
normalmente tem a relação 5:1 (divide-se o maior valor pelo menor, o resultado é essa
Transmissor relação 5:1), 4 a 20 mA, 1 a 5 V, 0,2 a 1 bar, 20 a 100 kPa, 3 a 15 PSI, entre outras,
também temos a transmissão digital utilizando protocolos de comunicação
como: HART, FIELDBUS, PROFIBUS, AS-I entre outras. A entrada de sinal é não
padronizada e a saída é sempre padronizada.
Instrumento que tem como função indicar a variável de processo, podendo ser
Indicador
analógico, digital ou ambos. Só é possível indicar o valor instantâneo da variável.
Instrumento que registra graficamente os valores instantâneos medidos ao longo do
tempo, podendo ser o registro físico ou digital. O nome dado ao elemento que executa
Registrador
o registro é chamado de “pena”, esse nome surgiu no registrador físico e continua nos
registradores digitais.
Instrumento que converte uma energia elétrica em outra como conversores A/D ou D/A
é chamado de conversor. Transdutor, para instrumentação, é o instrumento que
Transdutor
converte um sinal padrão de uma natureza em um sinal padrão de outra natureza, por
exemplo, transforma corrente em pressão (I/P) ou pressão em corrente (P/I) termos.
Instrumento que indica o valor integrado (acumulo dos valores instantâneos) medidos
Integrador em função do tempo. Na operação de integração o sinal analógico é convertido em
pulsos e esses pulsos são contados por um contador, também chamado de acumulador.
Instrumento que opera automaticamente com a finalidade de regular uma variável
controlada. O controlador mais comum é o de realimentação negativa que compara o
Controlador
valor medido (entrada do controlador) com o desejado (set point) e gera um sinal de
correção (saída do controlador) que é uma função matemática da diferença dos valores

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medido e desejado. Os controladores podem ter algoritmos poderosíssimos de controle,
ou mesmo estratégias de controle mais elaboradas que o da realimentação negativa.
Elemento que a função é modificar o valor de uma variável (manipulada) para levar o
Elemento final
processo (variável de controle) a um valor desejado, sendo que seu comando de
de controle
atuação é enviado pela saída do controlador.

Classificação por sinal transmitido ou suprimento


Os equipamentos poder ser agrupados conforme o ripo de sinal transmitido ou seu
suprimento. Abaixo estão descritos os principais tipos, suas vantagens e desvantagens.
 Pneumático
É utilizado um gás comprimido, cuja pressão varia correlacionando com o valor que
deseja representar. A pressão do gás é linearmente manipulada, dentro de uma faixa
específica padronizada, para correlacionar (colocar em relação) ou representar uma
grandeza de seu limite inferior ao seu limite superior. Normalmente o padrão segue a relação
5:1 sendo os sinais: 0,2 a 1 bar, 3 a 15 PSI. 20 a 100 kPa.
Os sinais de transmissão analógico começam normalmente com um valor acima de
zero para se ter segurança em caso de rompimento de comunicação.
Os gases mais usados são: ar comprimido e N2, em casos específicos são utilizados outros
gases.
Vantagens
São instrumentos que podem trabalhar em áreas classificadas (onde tem risco de
explosão por conter produtos inflamáveis no local) com total segurança, já que instrumentos
pneumáticos não geram centelhas;
Normalmente são equipamentos com maior durabilidade.
Desvantagens
Necessita de tubulação de ar comprimido (ou outros gases) para funcionamento;
Necessita de equipamentos para geração e sistema de tratamento de ar até chegar
ao instrumento como compressor, filtro, desumidificador entre outros, para fornecer ar seco
(preservando o instrumento) e sem partículas sólidas;
Vazamentos difíceis de detectar ao longo da tubulação;
Não permite comunicação direta com os computadores;
Precisa de profissionais com domínio de pneumática, conhecimento específico e
treinamento adequado para manutenção e calibração de instrumentos pneumáticos.
 Hidráulico
Similar ao tipo pneumático e com desvantagens equivalente, o tipo hidráulico também
se utiliza da variação de pressão exercida, porém seu suprimento é o óleo hidráulico para a
transmissão de sinais. É especialmente utilizado em aplicações onde o torque elevado é
necessário ou quando o processo envolve pressões elevadas.

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Vantagens
Pode gerar grandes forças e assim acionar equipamentos de grande peso e
dimensões;
Resposta rápida.
Desvantagens
Necessita de tubulações de óleo para transmissão;
Necessita de inspeção periódica do nível de óleo bem como sua troca;
Necessita de equipamentos auxiliares, tais como reservatórios, filtros, bombas, etc..
 Elétrico
Esse tipo de transmissão é feito utilizando sinais de corrente ou tensão.
Hoje é o tipo de sinal mais utilizado, devido tecnologia disponível e ampla fabricação
de instrumentos eletrônicos microprocessados. O valor de corrente ou tensão também tem
correlação com a variável desejada, estando padronizado linearmente nas faixas de limite
inferior e limite superior. Como padrão de sinais a longa distância são utilizados sinais de
corrente contínua variando de 4 a 20 mA e para distâncias pequenas, até 15 metros
aproximadamente, também se utiliza sinais de tensão contínua de 1 a 5 V.
Vantagens
Permite transmissão a longas distâncias sem perdas;
A alimentação pode ser feita pelos próprios fios que conduzem o sinal de transmissão
(instrumentos de baixa potência);
Permite fácil conexão aos computadores;
Fácil instalação;
Facilidade em operações matemáticas.
O sinal (4 a 20 mA) pode ser lido por mais de um instrumento ligado em série,
existindo um limite quanto a soma das resistências internas dos instrumentos, que
não deve ultrapassar um valor que prejudique o sinal, estipulado pelos fabricantes.
Desvantagens
Necessita de técnico especializado para instalação e manutenção;
Necessita de instrumentos especiais para instalações localizadas em áreas
classificadas;
Exige cuidados especiais na escolha do encaminhamento de cabos ou fios de sinais;
Os cabos devem ser protegidos contra ruídos elétricos.
 Digital
Nesse tipo, pacotes de informações sobre a variável medida são enviados para uma
estação receptora, através de sinais digitais modulados e padronizados. Para que a
comunicação entre o elemento transmissor e receptor de informação seja realizado com
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êxito é utilizado o protocolo de comunicação, sendo que existem diversos protocolos
padronizados.
Vantagens
Não necessita de ligação pontual de instrumento;
Pode utilizar par trançado ou fibra óptica para transmissão dos dados;
Imune a ruídos externos;
Permite configuração, diagnóstico de falha e ajuste em qualquer ponto da malha, em
rede;
Menor custo final.
Desvantagens
Existem vários protocolos no mercado, o que dificulta a comunicação entre
equipamentos de marcas diferentes;
Caso ocorra rompimento no cabo de comunicação pode-se perder a informação ou
controle de várias malhas.
 Via rádio
Neste tipo, o sinal ou pacote de sinais medidos são enviados à sua estação receptora
via ondas de rádios em uma faixa de frequência específica.
Vantagens
Não necessita de cabos;
Pode enviar sinais de medição e controle de máquinas em movimento.
Desvantagens
Alto custo inicial;
Precisa de profissionais altamente qualificados e especializados.
 Via modem
A transmissão dos sinais é feita através de utilização de linhas telefônicas pela
modulação do sinal em frequência, fase ou amplitude.
Vantagens
Baixo custo de instalação;
Podem-se transmitir dados a longas distâncias.
Desvantagens
Precisa de profissionais altamente qualificados e especializados.
Baixa velocidade na transmissão de dados;
Sujeito a interferências externas, inclusive violação de informações.

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Exemplos.

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Exercício

1. Determinar as simbologias do diagrama de processo.


a) Identificação de letras
b) Linhas de conexão
c) Válvulas e atuadores

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