1

COMPRESSORES
1 -Conceituação e uso

Compressores são máquinas que transformam trabalho mecânico em energia comunicada à

um gás, preponderantemente sob forma de energia de pressão. Devido à esta energia de
pressão, isto é , a pressurização, o gás pode :

-Deslocar-se a longas distancias em tubulações

-Ser armazenado em reservatórios para ser usado quando necessário, ou seja, acumular
energia
-Realizar trabalho mecânico, atuando sobre dispositivos,equipamentos e máquinas
motrizes

O maior número de máquinas de compressão de gases na industria é usado para o ar, mas
os compressores também são aplicados a outros gases e misturas, sendo de imensa
importância nas instalações químicas , petroquímicas , mecânicas , construção civil e
outras.
Segue alguns exemplos por aplicação :

a)Equipamentos à pressão fechada ou de ação fechada

-trabalhos submarinos
-inflar câmaras de ar de veículos
-embreagens e freios
-transporte pneumático
-fabricação de vidros e plásticos
-comandos pneumáticos à distância
-acionadores de êmbolos e pistões (atuadores)

b)Equipamentos de jato de ar ou de ação livre

-disjuntores elétricos pneumáticos
-veículos sobre colchão de ar
-jateamento (areia, granalha e outros)
-pintura a pistola
-bicos de limpeza

c)Equipamentos e máquinas de percussão

-marteletes a ar comprimido
-talhadeiras e punções pneumáticos
-perfuratrizes de rocha
-bate estacas

d)Motores a ar comprimido
-de pistões
-de palhetas

Autor: Eudenis Dinat

 2

-de engrenagens

e)Máquinas ferramentas fixas e portáteis (furadeiras, serras e aparafusadeiras)

g)Automatização de operações industriais

-comando de válvulas , instrumentação e medição

2- Classificação

2.1-Compressores de deslocamento positivo (Também chamados de volumétricos)

Nestes, o aumento de pressão de uma certa massa de gás é conseguida pela redução de
volume que esta ocupava.
A esta classe pertencem os seguintes compressores, divididos em dois grupos segundo o
movimento fundamental das partes que efetuam a redução do volume:

a)Alternativos
Compressores de pistão (embolo)
Quando a pressão na câmara atinge valor compatível com a pressão do processo, abre-se
uma válvula ou uma passagem, e o gás é descarregado para o processo.

b)Rotativos
Nestes, são desnecessárias as válvulas. Os compressores nesta classificação são os de
lóbulos, palhetas, parafusos e anel líquido.

Autor: Eudenis Dinat

 3

2.2-Compressores dinâmicos (Também chamados de fluxo contínuo )

Nestes, o fluxo de gás recebe inicialmente um trabalho mecânico, adquirindo energia

cinética , e em seguida esta energia cinética é transformada em energia de pressão pela
passagem do gás em canais cuja área transversal aumenta progressivamente no sentido do
fluxo ( fazendo com que o gás vá perdendo velocidade e aumentando a pressão ).
De acordo com a trajetória pelo qual o fluxo de gás adquire energia cinética, esses
compressores são agrupados em dois grupos com sensíveis diferenças de projeto e
performance:

a) Centrífugos – trajetória radial

Autor: Eudenis Dinat

 4

b) Axiais – Trajetória axial

2.2.1 Características

Autor: Eudenis Dinat

 5

obs- Os compressores axiais só se tornam economicamente interessantes em relação aos

centrífugos para capacidades acima de 100.000CFM, pois a partir daí seu menor custo
operacional ( devido ao fato desses compressores ser 10% maior que a dos centrífugos )
compense o maior custo inicial.

3 -Comparação entre turbos-compressores e os alternativos

a-) Vantagens do turbo
- Menor custo de instalação - devido aos menores esforços, as fundações e tamanho
- Menor custo de manutenção
- Maior eficiência para relações de compressão(relação entre as pressões absolutas
entre sucção e descarga) menor que 2 por estágio
- Adaptáveis a acionadores de alta rotações

b-) Vantagens do alternativo

- Maior eficiência para relações de compressão maior que 2 por estágio
- Capazes de operar com diferenças de pressões bastante altas
- As propriedades do fluido pouco influem na sua performance
- Operam eficientemente para baixas vazões ( em relação à nominal )
- Em geral mais baratos

3.1-) Limites gerais dos diversos tipos de

compressores

Autor: Eudenis Dinat

 6

4- Especificação de Compressores

Normalmente a requisição ou especificação de um compressor é composta dos seguintes

elementos:
a)Requisição de material
b)Folha de dados dos equipamentos
c)Especificação ou normas de engenharia
d)Notas gerais para fornecimento de equipamentos mecânicos

a) Requisição de material
É a folha de capa ou rosto da especificação e compõe-se basicamente de relação de itens a
serem fornecidos, lista de normas, documentos anexos e termos de responsabilidade

b) Folha de dados dos equipamentos

Nas folhas de dados dos equipamentos são colocados os dados de processamento , de
utilidades e detalhes técnicos de cada equipamento.
Além das informações fornecidas pelo comprador , a folha e dados deve conter espaços
e/ou linhas para informações a serem fornecidas pelo proponente, esclarecendo detalhes
técnicos do equipamento selecionado.
Deverão existir tantas folhas de dados quantos forem os equipamentos incluídos na relação
de fornecimento.
Normalmente na compra de compressores teremos:
-folha de dados do compressor
-folha de dados do acionador
-folha de dados do redutor ou ampliador ( se houver )
-folha de dados dos resfriadores
-folha de dados das bombas e acionadores auxiliares

c)Especificações ou normas de engenharia

Todas as grande companhias de petróleo, petroquímicas e química, além das tradicionais
companhias de projeto , possuem suas normas para especificações de vários equipamentos ,
incluindo os compressores, acionadores, redutores/ampliadores e equipamentos auxiliares.
Nessas normas são fixados detalhes de projeto, construção mecânica, testes que deverão ser
observados pelo proponente na construção do equipamento.
Essas normas evidentemente, variam de uma companhia para outra e de tipo de indústria
para outra, mas existem no entanto, alguns standards, como por exemplo os do API (
Americam Petroleum Institute ), que são indicados diretamente para a indústria do petróleo
e petroquímicas, mas que podem ser utilizados com algumas adaptações para algumas
indústria químicas, onde a confiabilidade e segurança operacional sejam fatores de maior
importância, que o custo inicial do equipamento.
O standard do API que especificam os requisitos básicos de projeto de máquinas para
serviço em refinarias de petróleo são:

API-617 -Centrifugal Compressors for Refinery Service

API-618 -Reciproating Compressors for Refinery Service
API-611 -Steam Turbine for General Refinery Service
API-612 -Steam Turbine for Special Purpose Refinery Service

Autor: Eudenis Dinat

 7

API-613 -High-speed, Special Purpose Gear Units for Refinery Services

API-610 -Centrifugal Pumps for General Refinery Service
API-RP-540-Eletrical Installations in Petroleum Refineries
API-614 -Lubrification, Shaft-Sealing, and Control Oil Systems for Special Purpose

É importante acrescentar que apesar da grande utilidade e aceitação dos standard do API
em todo mundo ocidental, alguns fabricantes e usuários europeus possuem normas de
fabricação que diferem e apresentam exceções em relação ao API, principalmente na
questão dos padrões de tubulação e caldeiraria, sem que no entanto sejam considerados
inaceitáveis.

d)Notas Gerais para fornecimento de equipamentos mecânicos

É a norma que estabelece os requisitos gerais para fornecimento de equipamentos
mecânicos e deve conter entre outras as seguintes informações:
-Local e prazo para envio das propostas
-Idiomas aceitáveis
-Condições de garantia e assistência técnica
-Documentos e número de cópias a serem enviados com a proposta
-Desenhos e manuais requeridos após autorização de fornecimento, estabelecendo prazo
para envio e número de cópias
-Identificação do equipamento
-Lista de exceções às especificações

Estas notas gerais são consideradas parte integrante das especificações do equipamento
coberto pela Requisição de Material
1. Unidades
Será utilizado o sistema métrico para desenhos e informações
2. Propostas
O fabricante ou representante deverá apresentar a proposta de acordo com o quadro abaixo

Autor: Eudenis Dinat

 8

3. Exceções às especificações
3.1 O fornecedor deverá informar com clareza, na proposta todas as especificações dos
equipamentos constantes na Requisição de Material
3.2 Quando o fornecedor não apresentar em sua proposta a lista de exceções , o
comprador considerará que os equipamentos ofertados atendem integralmente as
especificações

4. Desenhos
4.1 Cada desenho deverá ser identificado pelos seguintes elementos, adjacentes ao
título:
-Nome do cliente
-Nome da Unidade Industrial

Autor: Eudenis Dinat

 9

-Número do item
-Número do Pedido de Cotação do Material (PCM)
-Número da Requisição de Material (RM)
4.2 A aprovação dos desenhos pelo comprador não isenta o fornecedor de qualquer
responsabilidade pelo fornecimento correto do equipamento conforme especificado
4.3 Todas as cópias não reproduzíveis deverão ser dobradas de acordo com o formato
A4 da ABNT
4.4 Os reproduzíveis deverão ser enrolados e protegidos por cilindros de papelão antes
de serem enviados ao comprador
4.5 Todos os desenhos e documentos deverão ter uma cópia eletrônica

5. Modificação de projeto
Toda modificação de projeto ou de fornecimento de acessórios que o fornecedor tiver que
executar após a autorização do fornecimento deverá ser enviada previamente ao comprador
para aprovação.

6. Identificação
Cada parte de um equipamento deverá possuir uma etiqueta metálica de identificação , em
material resistente ao tempo e a corrosão ( Aço inoxidável ou Monel ), firmemente fixada
em local de fácil visibilidade.

5 – INSPEÇÃO
As normas de aceitação deverão ser mutuamente acordadas entre fornecedor e cliente,
porém o API recomenda:
a- Radiografia – baseado sobre os procedimentos da ASTM Standard Pratices E94
b- Ultrasom – baseado sobre os procedimentos da ASTM A609 (fundidos ), ASTM
A388 (forjados) e ASTM A 578 (laminados)
c- Partícula Magnética – baseado sobre os procedimentos da ASTM Standard Pratice
E 709
d- Líquido penetrante – baseado nos procedimentos da ASTM E 165
e- Teste Hidrostático – Todas as partes que operam pressurizadas deverão ser
hidrostaticamente testadas com uma pressão mínima de 1,5 vezes a máxima pressão
de projeto, porém nunca menor que 140 kPa ( 20 psi ) manométrico, no tempo
nunca inferior à 30minutos.
f- Sobrevelocidade – ( para rotativos ) Cada rotor deverá ser testado numa rotação
nunca inferior à 115% da máxima rotação contínua por no mínimo 1 minuto.
Deverá ser checadas todas as dimensões antes e depois do over-speed test e
nenhuma variação dimensional será tolerada.
g- Teste de performance – Deverá ser conforme ASME PTC 10
Abaixo temos um exemplo do checklist para orientação do inspetor, extraído do API

Autor: Eudenis Dinat

 10

Autor: Eudenis Dinat

 11

6- MANUTENÇÃO

Apresentamos a seguir , sugestões para manutenção de compressores alternativos e

rotativos, devendo-se ressaltar, que estas recomendações são orientativas, portanto é
sempre recomendável consultar o manual do fabricante da máquina e seguir suas
instruções.

Autor: Eudenis Dinat

 12

6.1- Alternativos

6.1.1 – Cuidados diários

a- Verificar nível de óleo
b- Drenar condensado do vaso de descarga e acumulador
c- Verificar e identificar qualquer ruído ou vibração anormal

6.1.2 - Cuidados semanais

a- Limpar filtros de ar
b- Limpar partes externas do compressor e acionador
c- Testar manualmente a válvula de segurança

6.1.3 – Cuidados mensais

a- Verificar se não há vazamentos no sistema de compressão
b- Inspecionar o óleo e troca-lo se verificada alguma contaminação.
c- Verificar tensão de correias e seu desgaste (se houver )
d-
6.1.4 – Cuidados trimestrais
a- Trocar o óleo
b- Inspecionar as válvulas

6.2 – Compressores Centrífugos

Não existe modelo único de manutenção para compressores centrífugos, pois essa
manutenção depende da instalação e do tipo de indústria. Os itens abaixo são apenas
orientativos e deverão ser adaptados para cada caso particular.

6.2.1 – Procedimentos diários

a- Drenar os reservatórios de óleo de selagem e lubrificação ( somente para verificação

de água livre)
b- Verificar queda de pressão de filtros de óleo
c- Verificar níveis de óleo
d- Verificar a operação de todos os resfriadores de gás e seus separadores , além do
sistema de eliminação de óleo de selagem contaminado
e- Verificar as indicações de todos os instrumentos de processo e de proteção,
verificando se não houve alguma alteração brusca de leitura
f- Verificar os níveis de ruído ao redor do compressor, acionador e redutor
g- Verificar visualmente se há vazamentos de óleo, gás ou água.
h- Verificar queda de pressões nos filtros de admissão, ïntercoolers”, aftercoolers”, e
separadores intermediários.
i- Observar o fluxo de óleo, através dos visores, nas linhas de retorno de óleo
lubrificante e de selagem
6.2.2 – Procedimentos semanais
a- Verificar operação de todos os sistema de alarme e paradas de emergência , através
de testes
6.2.3 – Procedimentos mensais

Autor: Eudenis Dinat

 13

a- Realizar pesquisa de vibrações em todas as caixas de mancais, incluindo leituras de

vibrações do eixo. As medidas devem incluir a vibração total , ( amplitudes e
freqüências ), devendo ser analizadas se houver qualquer aumento significativo.
b- Testar performance de todos ïntercoolers”, äftercoolers”e reservatórios de óleo para
avaliar sua eficiência. A taxa de determinação dessa eficiência, determinará o plano
de limpeza.
c- Lubrificar todos os mecanismos das válvulas de controle e posicionadores.
d- Obter amostras de óleo dos reservatórios de lubrificação e selagem, para análise .

6.2.4 – Manutenção em paradas

Proceder conforme exemplo do escopo abaixo

EXEMPLO DE ESCOPO TÉCNICO PARA SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO

NAS GRANDES MÁQUINAS

1 ETAPAS QUE ANTECEDEM A MANUTENÇÃO:

1.1 Elaboração de procedimentos técnicos para a execução dos serviços de revisão do

compressores e turbinas.

1.2 Identificar e separar materiais no estoque, efetuando levantamento dimensional e separando em

local próprio para utilização de máquina à máquina, preparar e revisar dispositivos .

1.3 Identificar equipe especializada para os trabalhos a serem realizados nas turbo-máquinas.

1.4 Apresentar lista de ferramentas e instrumentos de medição que serão fornecidos pela contratada
inclusive cabos de aço cintas de nylon olhais para içamento de peças e carcaças e preparar
dispositivos usados durante a intervenção.

1.5 Elaborar cronograma detalhado para duração de XX dias de intervenção.

1.6 Inspeção e controle dimensional de todos os componentes de estoque que serão utilizados.

1.7 Efetuar o controle dimensional, checagem do balanceamento dinâmico e run out do rotor.

1.8 Instalar container para ferramentaria e escritório em local pré definido pela empresa contratante.

1.9 Avaliação de vibração antes da parada e após partida com emissão de relatório.

2 ETAPAS APÓS CONCLUSÃO DA MANUTENÇÃO:

2.1 Elaborar relatório conclusivo da intervenção.

2.2 Preparar materiais não utilizados e devolver ao estoque com identificação e preservação.

2.3 Entregar máquinas , totalmente limpas e sem nenhum tipo de residuo de manutenção no local.

2.4 Avaliação de vibração e acompanhamento de partida.

3 OBSERVAÇÕES GERAIS:

Autor: Eudenis Dinat

 14

3.1 Material de consumo fornecido pela contratada.

3.2 Material de aplicação fornecido pela contratante.

REVISÃO DOS TURBOS COMPRESSORES

ESCOPO TÉCNICO

1-OBJETO

Revisão geral de compressores centrífugos

2- EQUIPAMENTOS : COMPRESSORES TAG’S XX E YY .

Modelos XYZ E WYK

Fabricante DDDD

2.1- ESCOPO DO SERVIÇO

Abaixo , relação dos serviços básicos que deverão ser executados durante a Parada 01

2.1.1 Remoção dos instrumentos e tubulações

2.1.2 Desacoplar
2.1.3 Desmontar mancal axial
2.1.4 Desmontar mancais radiais
2.1.5 Desmontar selos mecânicos
2.1.6 Abrir tampa superior
2.1.7 Retirar eixo verificar Run-out, fazer LP nas pontas dos eixos e balancear
2.1.8 Desmontar internos superior e inferior
2.1.9 Limpeza e inspeção de acoplamento
2.1.10 Limpeza e inspeção dos mancais
2.1.11 Limpeza e inspeção dos selos
2.1.12 Limpeza e inspeção do rotor
2.1.13 Limpeza e inspeção dos internos
2.1.14 Montar internos superior e inferior
2.1.15 Montar rotor e ajustar posição
2.1.16 Fechar tampa
2.1.17 Montar e ajustar selos
2.1.18 Montar mancais
2.1.19 Verificar alinhamento e acoplar.
2.1.20 Montar linhas e instrumentos
2.1.21 Acompanhamento do “flushing”
2.1.22 Revisar purgadores.

Autor: Eudenis Dinat

 15

2.1.23 Acompanhar partida

EQUIPAMENTO : TURBINA TAG WW

Modelo KYW

Fabricante TTP

3.2- ESCOPO DO SERVIÇO

Abaixo , relação dos serviços básicos que deverão ser executados durante a Parada

3.2.1 Remoção dos instrumentos e tubulações

3.2.2 Desacoplar e verificar alinhamento
3.2.3 Desmontar mancal axial e revisar
3.2.4 Desmontar mancais radiais e revisar
3.2.5 Abrir e remover tampa superior
3.2.6 Retirar rotor, jatear , efetuar ensaio de líquido penetrante , verificar Run-out e
balancear
3.2.7 Desmontar , jatear , realizar ensaio de líquido penetrante e revisar internos
3.2.8 Desmontar e revisar válvula de fecho rápido
3.2.9 Desmontar e revisar sistema de regulação, servo motor e válvulas parcializadoras de
admissão e extração
3.2.10 Revisar trip mecanico
3.2.11 Acompanhamento de flushing
3.2.12 Desmontar e revisar válvula de shut-off.

Obs. 10% do valor dos serviços serão pagos após entrega dos relatórios ( book mais
via eletrônica)

Anexos
Abaixo, alguns exemplos de relatórios de manutenção,

Autor: Eudenis Dinat

 16

Autor: Eudenis Dinat

 17

Autor: Eudenis Dinat

 18

Autor: Eudenis Dinat