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BIBLIOTECA DO CONDADO DE NEWTON

7116 FLOYD STREET, N.E.


COVINGTON, GA 30014

O SEGREDO DA LUZ
Por

WALTER RUSSELL

Terceira Edição

UNIVERSITY OF SCIENCE AND PHILOSOPHY


ANTERIORMENTE, WALTER RUSSELL FOUNDATION
SWANNANOA, WAYNESBORO, VIRGÍNIA 22980

BIBLIOTECA DO CONDADO DE NEWTON


1174 MONTICELLO STREET
COVINGTON, GA 30209
Copyright 1947 por Walter Russell
Copyright 1971, 1994 pela University of Science and Philosophy

ISBN 1-87-960510-4
Impresso nos Estados Unidos da América
Ao único Deus, o Deus universal,
este livro é humildemente dedicado
PREFÁCIO
À EDIÇÃO DE 1971

O volume original de O SEGREDO DA LUZ foi publicado em 1947. Esta


publicação atual inclui algumas modificações e amplificações que o Doutor Russell fez
em relação a este volume específico antes do seu redobramento em 1963.

Desde que O SEGREDO DA LUZ foi lançado por Walter Russell, nosso Home
Study Course anual de Lei Universal, Ciências da Natureza e Filosofia Viva - e todos os
outros livros aqui listados - foram escritos e lançados, pois o mundo está agora totalmente
pronto e muito necessitado dos novos e básicos conhecimentos contidos em todos estes
escritos.

LAO RUSSELL
A RESPEITO D’A ILÍADA DIVINA

A ILÍADA DIVINA é a base deste livro. A ILÍADA DIVINA é uma mensagem


inspirada do Criador para dar ao homem a compreensão necessária de sua relação com
seu universo, com o homem, e com Deus, para o próximo ciclo.
O homem progride em ciclos de aproximadamente dois mil e quinhentos anos. No
início de cada ciclo de sua crescente consciência da Luz dentro de si mesmo, Deus envia
mensagens através de mensageiros preparados para promover sua compreensão da Luz.
A compreensão dessas mensagens cósmicas exalta gradualmente a humanidade em seres
superiores e, assim, cada ciclo é mais um passo para o homem em direção à plena
consciência da Luz, e de sua Unicidade com Deus.
A ILÍADA DIVINA não pode ser totalmente publicada por muitos anos. O máximo
que puder ser publicado agora aparecerá nestas páginas. Outras partes serão divulgadas
à medida que o mundo estiver pronto para recebê-las.

WALTER RUSSELL
PREFÁCIO
À EDIÇÃO DE 1994

Esta edição de 1994 da clássica obra-prima de Walter Russell foi editada para
corrigir erros ortográficos e gramaticais, e adicionar várias notas do editor. A preservação
da essência dos pensamentos e ensinamentos do Dr. Russell foi o mais importante para
nós.
A investigação científica das ideias de Walter Russell dá uma compreensão mais
profunda da natureza do Universo, e servirá como inspiração e luz para os próximos
séculos. A aplicação tecnológica de seus princípios contém a promessa de um futuro com
energia não poluente que é tão desesperadamente necessária no momento.
É com grande esperança e expectativa para a maior compreensão e uso da
humanidade d’O Segredo da Luz que oferecemos esta edição atualizada.
A ONDA
NA ONDA ESTÁ O
SEGREDO DA CRIAÇÃO
PREFÁCIO DO AUTOR

Jesus disse: “DEUS É LUZ”, e nenhum homem daquela época soube o que Ele quis
dizer. Chegou o dia em que todos os homens devem saber o que Jesus quis dizer quando
disse que “DEUS É LUZ”.
Dentro do segredo da Luz está um vasto conhecimento ainda não revelado ao
homem. A Luz é tudo o que existe; é tudo o que temos que lidar, mas ainda não sabemos
o que é. O objetivo desta mensagem é dizer o que ela é.
A civilização atual avançou muito no conhecimento sobre COMO lidar com a
matéria, mas nós não sabemos O QUE é a matéria nem o PORQUÊ dela. Nem sabemos
o que são energia, eletricidade, magnetismo, gravitação e radiação. Tampouco sabemos
o propósito dos gases inertes e O QUE são. Tampouco sabemos a estrutura dos átomos
elementares nem o princípio giroscópico que determina essa estrutura. Tampouco
estamos cientes do fato de que este é um universo bidirecional contínuo de balanceamento
em todos os efeitos do movimento e não um universo descontínuo unidirecional. Nem
sequer ouvimos falar ou suspeitamos ainda do mais importante de todos os princípios da
física, O PRINCÍPIO DA ANULAÇÃO e os espelhos e lentes do espaço que são a causa
da ilusão em todas as coisas que se movem.
Nem sequer consideramos todo o universo elétrico material como sendo a ilusão
que ele é; não havendo nenhuma realidade para ele.
Tampouco temos a menor ideia da causa da curvatura do espaço, nem da anulação
dessa curvatura em planos de curvatura zero nos limites dos campos de ondas. Ninguém
agora sabe como é que os cristais adquirem suas diversas formas. Vai surpreender o
mundo saber que essas formas de cristais são determinadas no espaço pelas formas dos
campos de ondas que delimitam as várias estruturas elementais.
Nem temos a mínima concepção do que constitui o princípio da vida, nem o
princípio do crescimento, nem o princípio de desdobramento-redobramento simultâneos
que repete todos os padrões na Natureza sequencialmente e os registra e anula à medida
que são repetidos. Também não estamos cientes desse princípio de registro por meio do
qual o Criador realiza a soma total de cada ciclo sequencial em Seu universo que se
desdobra e redobra até o fim de suas manifestações sobre um planeta e seu início em um
novo planeta.
Nem temos consciência dinâmica das almas e das sementes das coisas. Estas raízes
de repetição universal são agora apenas abstrações metafísicas para a religião e
adivinhações físicas para a ciência.
Dentro do segredo da Luz está a resposta a todas estas perguntas até agora não
respondidas, e muitas mais, que ainda não foram resolvidas com o passar das eras. Esta
revelação da natureza da Luz será a herança do homem nesta próxima Nova Era de maior
compreensão. Seu desdobramento provará a existência de Deus por métodos e padrões
aceitáveis tanto para a ciência como para a religião. Ela estabelecerá um fundamento
espiritual sob o atual fundamento material da ciência.
Os dois maiores elementos da civilização, religião e ciência, encontrarão assim a
unidade no casamento dos dois. Da mesma forma, as relações humanas se tornarão mais
“equilibradas” devido a um maior conhecimento da lei universal que está por trás de todos
os processos que a luz utiliza para entrelaçar as formas padronizadas deste universo de
ondas elétricas.
Não há nenhum departamento da vida que não seja afetado de forma vital por este
novo conhecimento da natureza da Luz, da universidade ao laboratório, do governo à
indústria, e de nação a nação.
Portanto, eu o dou a vocês com toda a sua clareza, pois eu mesmo tomei consciência
disso nos bastidores deste cinema cósmico de ilusão de luz que é o nosso universo.

WALTER RUSSELL
OUTROS LIVROS DE WALTER RUSSELL
A Mensagem d’A Ilíada Divina - Vol. I
A Mensagem d’A Ilíada Divina - Vol. II
Um Novo Conceito do Universo
The Self Multiplication Principle
The Secret of Working Knowingly With God
The Electric Nature of the Universe
The Sculptor Searches for Mark Twain's Immortality
The Fifth Kingdom Man
The Dawn of a New Day in Human Relations
The Immortality of Man
The Book of Early Whisperings
Your Day and Night

WALTER RUSSELL EM COAUTORIA COM LAO RUSSELL


Home Study Course in Universal Law, Natural Science
and Living Philosophy
Scientific Answer to Human Relations
Atomic Suicide?
The World Crisis - Its Explanation and Solution
A Vision Fulfilled!
The One-World Purpose - A Plan to Dissolve War
by a Power More Mighty Than War

LIVROS DE LAO RUSSELL


God Will Work With You But Not For You
Love-A Scientific & Living Philosophy of Love and Sex
Why You Cannot Die! - Reincarnation Explained

Para catálogo de livros e ensinamentos adicionais de Walter e Lao Russell,


por favor, escreva ou telefone para:

The University of Science and Philosophy Swannanoa, Caixa Postal


520, Waynesboro Virginia 22980
(703) 942-5161
(800) 882-LOVE (5683) Encomendas de livros
PARTE I

ONISCIÊNCIA

O UNIVERSO DO CONHECIMENTO

I. A ETERNA PERGUNTA ................................................................................................ 1


II. CRIADOR E CRIAÇÃO ................................................................................................. 6
III. SENSAÇÃO E CONSCIÊNCIA ................................................................................... 11
IV. CONSCIÊNCIA CÓSMICA .......................................................................................... 14
V. EXPRESSÃO CRIATIVA ............................................................................................. 16
VI. CONHECIMENTO ........................................................................................................ 18
VII. CONHECIMENTO VERSUS PENSAMENTO ............................................................ 20
VIII. PENSAMENTO VERSUS SENSAÇÃO....................................................................... 22
IX. A SENSAÇÃO UNE TODAS AS COISAS .................................................................. 26
X. FUNÇÃO DO CÉREBRO ............................................................................................. 29
XI. CONSCIÊNCIA ELÉTRICA......................................................................................... 32
XII. INSTINTO ..................................................................................................................... 35
XIII. INCONSCIÊNCIA, SONO E DOR ............................................................................... 38
XIV. MOVIMENTO SIMULANDO O REPOUSO ............................................................... 41
XV. A ILUSÃO DE MUDANÇA ......................................................................................... 43
XVI. OS SENTIDOS ENGANAM ......................................................................................... 45
XVII. O NOVO CICLO DO HOMEM .................................................................................... 48
PARTE II

ONIPOTÊNCIA

O UNIVERSO DO PODER

I. AS DUAS SUPREMAS ILUSÕES DO HOMEM ........................................................ 51


II. GÊNESIS ....................................................................................................................... 54
III. A LEI DO BALANCEAMENTO .................................................................................. 58
IV. A FONTE DO PODER .................................................................................................. 61
V. ESTE UNIVERSO ELÉTRICO SEXUALIZADO........................................................ 64
VI. OPOSTOS CONDICIONADOS POR SEXO................................................................ 67
VII. O PRINCÍPIO REPRODUTIVO SEXUAL .................................................................. 71
VIII. ELETRICIDADE DEFINIDA ....................................................................................... 75
IX. OS DOIS DESEJOS ELÉTRICOS ................................................................................ 77
X. O PRINCÍPIO DO DESDOBRAMENTO-REDOBRAMENTO .................................. 79
XI. A ILUSÃO DA ATRAÇÃO E REPULSÃO DA MATÉRIA ....................................... 81
XII. LUZ ................................................................................................................................ 85
XIII. CICLOS ......................................................................................................................... 91
XIV. PESO .............................................................................................................................. 94
XV. A FONTE DE ENERGIA SOLAR ................................................................................ 97
XVI. O PRINCÍPIO DA VIDA............................................................................................. 101
PARTE III

ONIPRESENÇA

O UNIVERSO DO SER

POSTULADOS e DIAGRAMAS
“Eu sou a Luz; só eu SOU.

“O que eu sou tu és. Tu és a Luz. Tu és Um Comigo.

“O homem pode me conhecer ao desejar conhecer a Mim.

“Conhecer a Mim é ser Eu. Somente através da Minha Luz o homem


pode Me conhecer.

“O homem é Luz quando sabe que ele é Luz.

“O homem é Eu quando sabe que Ele é Eu.

“Todos os homens virão a Mim no devido tempo, mas deles é a agonia


de esperar.”

- d’A ILÍADA DIVINA


O SEGREDO DA LUZ

Parte I

ONISCIÊNCIA

O Universo do Conhecimento
Capítulo I

A ETERNA PERGUNTA

“Quem sou eu?”


“O que sou eu?”
“Por que eu sou?”
“Até onde estou vinculado?”
“Qual é minha relação com o universo, com o homem, e com Deus?”
“O que é a Verdade? Como posso conhecer a Verdade?”
“De onde vem o meu poder? Qual é a Fonte do meu poder?”
“Como posso encontrar o Balanceamento? Nas minhas relações com meus
semelhantes; como conhecer esse balanceamento em nosso intercâmbio que enriquecerá
tanto a eles quanto a mim?”
“Inúmeros são os ensinamentos religiosos, e muitos são os mandamentos para o
bem, mas o bem ainda está velado de meus olhos como uma névoa grossa que esconde
Tua Luz, que eu busco em vão.”
“Eu tropeço em sua escuridão. Desbalanceado, eu caio.”
“Ó Tu, Invisível, rasga de meus olhos o véu ofuscante que esconde o caminho para
Tua Luz, para que eu possa encontrar meu caminho até Ti”.
Esse é o grito das eras.

Esta é a pergunta sem resposta que surge do coração desta geração que desperta.
A civilização avança em ciclos. A nova compreensão transforma periodicamente a
humanidade em seres superiores. Um novo ciclo de três mil anos de duração está agora
em sua fase de nascimento.
A onisciência, onipotência e onipresença de Deus estão centradas na consciência de
cada homem; mas poucos são os que conhecem a Unicidade de sua Própria Alma com a
Alma Universal. O homem necessita de muitos milênios para começar a ter consciência
disso. Cada ciclo do homem o aproxima de sua consciência de sua Unicidade com a Luz
de sua Própria Fonte.
O homem vive em um mundo complexo e desconcertante de EFEITO do qual ele
não conhece a CAUSA. Por causa de sua multiplicidade e complexidade aparentemente
infinita, ele não consegue visualizar o simples princípio subjacente do Balanceamento em
todas as coisas. Ele, portanto, complexifica a Verdade até que seus muitos ângulos, lados
e facetas tenham perdido o balanceamento uns com os outros e com ele.
A verdade é simples. O Balanceamento é simples. A troca rítmica balanceada entre
todos os pares de expressões opostas em fenômenos naturais, e nas relações humanas, é
a arte consumada do universo da Luz de Deus. É também a Lei. Nesta Lei Universal
fundamental reside a continuidade balanceada de toda expressão criativa no universo de
ondas elétricas de Deus de duas luzes condicionadas em movimento aparente que
registram a Ideia Única Integral da Criação de Deus em inúmeras partes aparentemente
separadas dessa Ideia Integral.

A VOZ INTERNA

A grande pergunta não respondida do homem tem uma resposta simples. A Voz
Silenciosa dentro de cada homem está sussurrando-a incessantemente para sua
consciência em despertar. Todo desejo escrito sobre o coração do homem é levado à

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Fonte, e sua resposta virá, mas poucos são os que perguntam de forma abrangente e menos
ainda os que ouvem.
Muitas são as eras de preparação para o mérito de ouvi-la, pois a consciência do
homem está isolada de sua Fonte pelas sensações de seu corpo eletricamente
condicionado que ele pensa erroneamente ser sua Mente e seu Eu.
O que ele chama de sua mente humana objetiva é a sede das sensações elétricas de
seu corpo. O que ele confunde com o pensamento é apenas uma consciência elétrica das
coisas sentidas e registradas dentro das células de seu cérebro para uso repetitivo através
do que é chamado de “memórias”. As memórias não têm mais relação com o
conhecimento da Mente Universal que está no homem do que os discos de vitrolas com
a fonte de suas gravações.
O que ele pensa como seu corpo vivo é apenas uma máquina motivada
eletricamente que simula a vida através do movimento estendido a ela a partir de sua
Alma Própria centralizada que sozinha vive e deseja que o corpo se mova.
O que ele chama de sua mente subjetiva é sua consciência, seu armazém espiritual
de todo conhecimento, todo poder e toda presença. Essa consciência é seu Eu, seu Eu
ETERNO através do qual sua onisciência, onipresença e onipotência são expressas à
medida que ele lentamente se torna consciente de sua presença dentro dele.
Os fios nervosos eletricamente oscilantes que operam seu mecanismo corporal
agem quase inteiramente através de reflexos automáticos e controle instintivo, e em muito
pouco grau através de decisões mentais. Cada célula e órgão de seu corpo tem uma
consciência elétrica de seu propósito e cada uma cumpre esse propósito sem qualquer
ação mental por parte da Inteligência que ocupa aquele corpo. Os batimentos cardíacos,
por exemplo, são puramente automáticos. Os glóbulos brancos do sangue correm para
reparar um ferimento no corpo tão automaticamente quanto um sino toca quando um
botão é apertado.
Neste corpo e em seu cérebro de registro elétrico, o homem acha que pensa e vive,
ama e morre. Ele pensa que está consciente enquanto está acordado e inconsciente ao
dormir; não percebendo que em toda a Natureza não existe essa condição de inconsciência
quando a sensação cessa durante o sono.
O homem não diz que seu dente está inconsciente quando é adormecido por curto-
circuito da corrente elétrica no fio nervoso que dá a consciência elétrica percebida a seu
dente. Ele sabe que seu dente não pode estar consciente, mas não sabe que seu corpo não
pode estar consciente.
Nem sabe ainda que a consciência nunca dorme, nunca muda, pois a consciência
no homem é sua imortalidade. É a Luz que ele busca sem saber, mas assume que a
sensação de seu cérebro é seu pensamento.
O homem ainda é novo. Ele mal saiu da escuridão de sua selva. Durante os milhões
ou mais de anos de seu desdobramento, ele confiou na sensação de suas ações e na
evidência de seus sentidos para seu conhecimento. Ele tem estado consciente do espírito
que há nele apenas há alguns milhares de anos. Neste início de sua nova consciência, ele
está confuso, não sabendo o que é a Mente nele, o que é consciência nele e o que é
sensação.
Ele ainda não aprendeu que os corpos são apenas mecanismos autocriados que
manifestam seu Eu centralizador, e que o Eu manifesta Deus como Um com ele. Da
mesma forma, ele ainda não aprendeu que os corpos não vivem nem morrem, mas se
repetem continuamente e para sempre, como toda ideia de Mente também se repete.
A roda, por exemplo, é um mecanismo composto por um cubo, raios e um aro. Uma
pequena parte da roda toca o solo, sente-o, depois o deixa, até desaparecer do alcance das
sensações que conectam o aro, os raios e o solo.

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Mas então ela reaparece.
Quando isso acontece com o homem dizemos: “Ele nasceu, viveu e morreu”.
Quando acontece com a maçã, a chama” ou com a árvore, dizemos: “A maçã foi comida,
a chama se apagou e a árvore se decompôs”. Dizemos isso porque apenas uma pequena
parte do ciclo de qualquer ideia está dentro do alcance de nossos sentidos. A maior parte
do ciclo está além de nosso alcance de percepção, assim como a maior parte da roda está
além da percepção sensorial do solo.
Ainda não sabemos que a parte invisível dos ciclos de todas as ideias é tão contínua
quanto a roda é contínua. O ciclo da maçã é a luz que chega do sol e da terra até aquela
metade positiva do ciclo da maçã que seguramos em nossa mão. A metade negativa do
ciclo é a luz que retorna ao sol e à terra para se repetir como outra manifestação da ideia
eterna da maçã. O mesmo vale para a chama, a árvore ou qualquer outra parte da Ideia
Única Integral da Criação.
A chama “apaga-se” para nossos sentidos. Mas ela ainda É. Da mesma forma, a
árvore, a floresta, a montanha, o planeta e as nebulosas dos céus distantes aparecem,
desaparecem e certamente reaparecem.
Da mesma forma, o homem parece desaparecer e reaparecer repetidamente em
inúmeros ciclos para expressar a vida eterna do espírito em repetições eternas daquela
parte do ciclo do homem que o corpo do homem pode sentir.
O homem nunca morre. Ele é tão contínuo quanto a eternidade é contínua. Jesus
disse, com razão, que o homem não verá a morte, pois não há morte para ver ou para
conhecer.
Da mesma forma, o corpo do homem não vive, e nunca tendo vivido não pode
morrer. Só o espírito vive. O corpo apenas manifesta o espírito. Aquilo que pensamos
como vida no espírito do homem se manifesta através da vontade do corpo de agir. As
ações assim realizadas pelo corpo sob o comando de sua Alma central não têm poder de
motivação ou inteligência em si mesmas; elas são apenas máquinas motivadas por uma
inteligência onisciente e onipotente estendida a elas.
Estas coisas ainda não sabemos, pois o homem está em sua infância. Ele está apenas
começando a conhecer a Luz.

SEDE TRANSFORMADOS PARA SEMPRE

O homem está sempre buscando a Luz para guiá-lo no longo caminho tortuoso que
o leva da selva de seu corpo até o topo da montanha de sua alma em despertar.
O homem está sempre encontrando essa Luz, e está sendo sempre transformado à
medida que a encontra.
E à medida que a encontra, ele gradualmente encontra seu Eu que É a Luz.
E à medida que ele se transforma cada vez mais pela Luz-Divina do Eu em despertar
dentro dele, ele deixa a selva abaixo dele na escuridão.
Há aqueles que procuram a Luz que estão desanimados porque aparentemente não
conseguem encontrá-la, totalmente inconscientes de que a têm encontrado desde sempre.
Desconhecedores esperam encontrá-la de uma só vez em algum flash ofuscante de todo
o poder, todo conhecimento e toda presença.
Ela não vem dessa forma até que se esteja próximo ao topo de sua montanha. O
homem não pode suportar grande parte da Luz ao mesmo tempo enquanto seu corpo ainda
é novo e está muito próximo de sua selva. Todos os que estão bem fora da selva já
encontraram Luz suficiente para iluminar seu caminho para fora de suas profundezas
escuras.

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Aquele que está longe da selva e ainda procura a Luz nos Céus está sempre
encontrando-a, e está sempre sendo transformado à medida que a encontra.
Não é possível, nem por um momento, tirar os olhos da busca do seu Céu, pois um
leve vislumbre abaixo na escuridão o leva de volta aos medos da escuridão, que o tentam
a mergulhar de volta neles.
Olhai, portanto, para cima, para os Céus da inspiração, onde a glória espera os
destemidos e oniscientes buscadores da Beleza na pureza da Luz universal.
Para ele, cujos olhos estão nos Céus, a Luz virá para sempre, e ele será para sempre
transformado à medida que a encontrar.
O caminho escuro de sua selva até o topo de sua montanha de glória torna-se cada
vez mais iluminado durante a subida do corpo ao espírito.
É um caminho difícil de ser escalado, mas glorioso. Todos devem fazer a escalada.
A ASCENÇÃO DO HOMEM DA ESCURIDÃO À LUZ é a peça sempre repetitiva
do homem nos planetas de sóis.
Quando toda a humanidade tiver encontrado a Luz, a peça estará terminada. Da
mesma forma, este planeta estará terminado como uma morada para o homem. Ele será
então lançado em sua órbita sempre em expansão enquanto Vênus está gradualmente
sendo preparado para se tornar o palco para a próxima repetição da ASCENÇÃO DO
HOMEM neste sistema solar.
Nós atores da peça devemos, portanto, contentar-nos com as linhas da peça
reveladas a cada um de nós na Luz. Devemos, da mesma forma, estar sempre alegres com
nossa contínua transformação, pois cada um de nós aprende nosso papel, linha por linha,
da melhor forma para cumpri-lo de maneira digna.
Todos os papéis da peça são experiências que se tornam a ação da peça. Todas as
experiências do homem são parte de seu desdobramento. Cada experiência é parte de sua
jornada das trevas para a Luz. Todas as experiências são passos nessa jornada até o topo
de sua montanha de glória. Todas as experiências, portanto, são boas experiências.
Não há nada além de BOM. Não existe o mal.
Não há nada além da VIDA. Não existe a morte.

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“Eu sou o Todo, o TUDO”.

“Glorifica-me, Aquele que sou, pois sou TUDO, e nenhum outro é.

“Eu, o Sem Sexo, sou a Unidade.

“O que eu sou Tu és, porque Tu és Eu; Tu és o Todo.

“Glorificai-Vos, porque, ao fazê-lo, Me glorificais.

“Eu, o Todo, sou Mente conhecedora. Eu existo para pensar. Todo pensamento é
Luz do Meu conhecimento, mas Meu pensamento não sou Eu.

“Eu sou o Criador, criando com Meu pensamento.

“Da Minha Luz do conhecimento vêm Minhas duas luzes de pensamento nascidas
como pares de opostos sexuados para repetição como pares de opostos sexuados.

“Pensar é criar. Eu crio com Luz. Não há nada que não seja Luz.

“Eu penso ideia. A Luz registra Minha ideia nas duas luzes sexuadas do Meu
pensamento, e a forma nasce à imagem do Meu pensamento.

“A forma não tem existência, nem tem Minha imaginação. Estas não existem, pois
não são Eu. Só eu existo; eu, o TUDO.

“Eu crio meu corpo imaginado com a inspiração de Meu universo pulsante de Mim.

“Meu universo é Minha imagem; mas Minha imagem não sou Eu.

“Todas as coisas são Minha imagem, mas elas não são Eu, ainda que Eu esteja
nelas e elas em Mim”.

- d’A ILÍADA DIVINA

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Capítulo II

CRIADOR E CRIAÇÃO

Deus, o Criador, é tudo o que HÁ; tudo o que EXISTE.


O universo criador de matéria em movimento de Deus parece existir. Para nossos
sentidos, ele desaparece sequencialmente, para reaparecer. Não tem realidade. Ele simula
a realidade através da ilusão de luzes projetadas em movimento bidirecional.
Deus, o Criador, é o Ser Único, a Pessoa Única, a Mente Única, o Pensador Único,
o Eu Único, a Vida Única, a Alma Única, o Poder Único, a Realidade Única.
A Criação de Deus é a forma da imagem de Deus, construída à Sua imagem. É o
corpo de Deus, o registro de Seu pensamento, criado por Ele para expressar a Unicidade
da Vida, Amor, Mente, Alma e Poder que está somente Nele.

A LUZ ÚNICA

Deus é Luz. Deus é a Mente Universal. A Mente é Luz. A Mente conhece.


A Mente pensa o que conhece. A Mente pensa em duas luzes opostas projetadas
simultaneamente a partir de sua Fonte de Luz branca centralizadora e repetida
sequencialmente em ciclos.
O pensamento e a imaginação de Deus são qualidades do conhecimento de Deus.
A Mente conhecedora de Deus é atemporal e imóvel. Assim também são o pensamento e
a imaginação de Deus, atemporais e imóveis. Assim também o pensamento e a
imaginação do homem são tão atemporais e imóveis quanto o seu conhecimento.
A imobilidade nunca pode ser movimento, ou tornar-se movimento, mas pode
parecer ser. O movimento apenas parece, mas a imobilidade sempre é. O equilíbrio
universal nunca pode ser diferente de seu próprio balanceamento, mas pode parecer ser.
A ilusão que é o movimento brota da imobilidade e volta à imobilidade. Este é um
universo de repouso. Não há nada além de repouso no universo.
A mente conhece sua Ideia Única de Criação como Um Todo.
A mente pensa em sua ideia Única Integral em partes aparentes. Daí a ilusão de
movimento que chamamos de Criação, e a ilusão de substância que chamamos de matéria.
A matéria, o movimento, o tempo, a mudança, a dimensão e a substância não
existem. Só a Luz da Mente conhecedora existe.
Há apenas Uma Mente e Um Pensador.
A Luz Única da Mente conhecedora é o Eu de Deus. É o Eu Universal que centraliza
todos os corpos autocriadores onipresentes dos Eu de Deus. Este universo autocriador é
a imagem do corpo de Deus, e registro do pensamento de Deus.
Nós podemos CONHECER Deus. Não podemos CONHECER Seu corpo, mas
podemos VÊ-lo. Da mesma forma, podemos CONHECER o homem. Não podemos
CONHECER o corpo do homem, mas podemos VÊ-lo. O que Deus é o homem é. Deus
e o homem são UM.

NOSSA APARENTE DUALIDADE

Aparentemente vivemos em dois universos; o universo cósmico estacionário da


Mente do CONHECIMENTO e o universo de onda de pensamento-da-Mente em
movimento do SENTIMENTO.
Não podemos sentir o universo cósmico do conhecimento de Deus nem podemos
conhecer o universo de ondas de pensamento do pensamento de Deus.

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O universo cósmico da Mente da Luz Única de todo o conhecimento é tudo o que
é.
O universo de ondas de pensamento vibrante do sentimento simplesmente parece.

A LUZ CÓSMICA DE DEUS

A Luz única imóvel de Deus é a Luz cósmica que vela por todas as coisas criadoras
em incontáveis pontos localizáveis pelo homem, mas invisíveis para o homem.
Os sentidos do homem o enganaram a acreditar em uma força chamada magnetismo
que atrai agulhas de bússolas e levanta toneladas de aço. Estes fenômenos de movimento
são devidos à eletricidade e não ao magnetismo. A Luz cósmica está absolutamente
imóvel. Ela não atrai nem repele.
Agora precisamos compreender a natureza e a finalidade dos “polos magnéticos”
de sóis, planetas e todas as outras extensões móveis da Luz Única. Da mesma forma,
precisamos conhecer a natureza e a finalidade dos dois trabalhadores elétricos que
entrelaçam esta miragem de luz de movimento aparente e a dissolvem sequencialmente
para a reconstrução. Isto dará uma base de conhecimento ao homem que lhe permitirá ver
por trás das ilusões que enganam seus sentidos.
Chegou a hora na história da jornada do homem de sua selva material ao topo de
sua montanha espiritual, quando é imperativo que ele viva cada vez mais no universo da
Luz cósmica do conhecimento, e menos no universo da onda elétrica do sentimento.
O homem deve saber que seu poder está na imobilidade de seu Eu central e não no
movimento por meio do qual ele manifesta essa imobilidade. Ele deve saber que seu Eu
é o Deus nele. Também deve conhecer gradualmente a consciência emergente da Luz
cósmica de Deus nele, pois com ela vem a consciência de seu propósito em manifestar a
Luz e o poder de manifestá-la.
O homem deve agora conhecer o universo de Deus pelo que ele é, em vez do que
seus sentidos o fizeram acreditar ser.
Além disso, ele deve saber que este universo eternamente criador que lhe parece
tão real não é senão um cinema cósmico, concebido pelo Mestre Dramaturgo. É apenas
uma luz colorida eletricamente projetada e uma peça de movimento de ondas sonoras de
CAUSA E EFEITO na tela preta do espaço e do tempo imaginado.
A CAUSA é real. O EFEITO é apenas uma simulação da realidade.
O Eu do homem é a causa. Seu corpo criador de si mesmo é o efeito.
O universo da Luz magnética de Deus é estático.
O universo de ondas elétricas perpetuamente criadas por Deus de duas luzes em
movimento é dinâmico. Ele se move para sempre. As duas luzes em movimento são
projetadas uma através da outra a partir da uma Estática para criar a ilusão da ideia que
elas manifestam. A ilusão que manifesta a ideia de Criação através do movimento
aparente não é a ideia que ela aparentemente manifesta.
A Criação é o produto do conhecimento da Mente, expresso na forma de
Pensamento da Mente.
O produto da Mente não é a ideia que ela simula. Nenhuma ideia da Mente jamais
é criada. Ela é apenas simulada pela forma e pelo movimento. A ideia é eterna e pertence
ao universo imóvel do conhecimento de Deus.
A forma da ideia na matéria é transiente, mas é eternamente repetida como forma
transiente da ideia.

O PRINCÍPIO POSITIVO

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A base do universo espiritual é a imobilidade; a imobilidade balanceada da Luz
Única magnética de Deus.
A imobilidade balanceada é o Princípio Positivo de estabilidade e unidade. Nela
não há negações.

O PRINCÍPIO NEGATIVO

A base do universo físico é o movimento; o movimento sempre em mudança que


surge de pares de condições desbalanceadas que devem se mover para sempre para buscar
a imobilidade balanceada da unidade da qual surgiram como múltiplos pares de unidades.
O movimento desbalanceado é o Princípio Negativo de instabilidade,
multiplicidade e separação que é este universo físico de ondas elétricas oitavas de luzes
opostas.
No Princípio Negativo, não há positivo. Ele é composto inteiramente de pares de
negações que estão sempre se anulando, anulando a ação e a reação uma da outra, negando
assim uma à outra, nunca permitindo que nenhuma das duas exceda seu zero fixo de
imobilidade universal.

QUALIDADE GERA QUANTIDADES

O universo da Luz imóvel magnética do conhecimento de Deus é uma qualidade


invisível, imutável, incondicionada e incomensurável da qual quantidades visíveis,
mutáveis, condicionadas e mensuráveis brotam para simular essas qualidades através do
movimento de onda bidirecional.
Não há uma palavra em nenhuma língua para expressar essa qualidade, então
devemos usar muitas palavras, todas com o mesmo significado, mas com conotações
diferentes.
Essas palavras são mente, consciência, amor, vida, verdade, desejo, conhecimento,
poder, balanceamento e lei.
A qualidade divina da Luz Única é aparentemente transformada em quantidades ao
ser dividida em pares de pressões de luz opostas deste universo elétrico. Estes pares
divididos são então multiplicados em inúmeras unidades de ondas de oitava de pressão
de luz e colocados em movimento oposto para criar a ilusão de sequência, mudança,
dimensão, condição e tempo em um universo onde nenhum destes efeitos de movimento
existe.
O mar calmo, por exemplo, é uma qualidade imutável e incomensurável de
unicidade, de mesmice e imobilidade. Em sua superfície calma não há mudança, nada a
contar ou a medir.
No momento em que quantidades de ondas brotam dessa qualidade de calma, essas
quantidades podem ser medidas. Da mesma forma, elas estão sempre mudando.
Tampouco há dois pontos nelas que são condicionados de forma semelhante.
Este universo elétrico criador é composto de ondas de luz em movimento que
brotam de um mar calmo da Luz Única imóvel.
É um universo de pares em movimento de quantidades que simulam a qualidade de
imobilidade da qual essas quantidades brotam. As quantidades de pares divididas e
condicionadas de luzes opostas que assim simulam a Única não são as que ela simulam.
O Criador é Uma Mente indivisível. A criação é uma Ideia Única Integral da Mente
dividida em inúmeras ideias simuladas da mente, através do movimento. A simulação da
Ideia assim expressa não é a ideia que ela expressa.

8
Partes da Ideia Única Integral são apenas aparentes. Não há duas coisas separadas
ou separáveis no universo. Há apenas uma Simulação Única Integral da Ideia Única
Integral.

“Tudo o que é, é tudo o mais que é. Todas as coisas estão indissoluvelmente


unidas.”
- d’A ILÍADA DIVINA

Tudo o que acontece em qualquer lugar acontece em todo lugar. A penugem das
asclepias flutuando preguiçosamente no céu de verão afeta o equilíbrio de todo o universo
de sóis e galáxias. Cada parte do universo se move em uníssono interdependente como as
rodas de um relógio se movem em uníssono. As rodas de um relógio são engrenadas
mecanicamente. O Universo de ondas rítmicas é engrenado eletricamente.
O universo inteiro é um só e deve ser mantido em balanceamento como um só. As
mudanças de condição em qualquer parte são refletidas simultaneamente em todas as
outras partes, e se repetem sequencialmente.

9
“Dizei estas coisas com palavras do conhecimento do homem, pois, em verdade Eu
digo; estou dentro de todas as coisas, fora de todas as coisas, e envolvido em todas as
coisas, pois estou em toda parte.

“Todas as coisas são onipresentes, pois todas as coisas se estendem da Minha


Mente, e eu sou onipresente.

“Todas as coisas onipresentes são oniscientes, pois estou dentro delas e sou
onisciente. Quando a consciência do homem o disser de Minha presença dentro e fora
dele, ele então saberá todas as coisas, pois Eu sei todas as coisas, e Eu sou ele.

“Todos os pensamentos manifestam todo o poder quando a consciência dentro


deles reconhece sua onipotência. Até lá, as coisas não são mais do que coisas, não me
manifestando, sendo apenas lâminas em branco sobre as quais se escrevem Meus
poderosos pensamentos para os olhos cegos.

“Pois sou onipotente. Eu dou todo o poder a quem me pede, mas não pode pedir a
Mim quem não me conhece. Vê que o homem bem sabe disso e manifesta-te esse princípio
de poder em tuas próprias obras.

“Pois Eu digo a todas as formas surgidas de Minha imaginação, que nelas reside
o poder de manifestar a Luz balanceada que as centraliza, fazendo aparecer a Luz Única
como duas luzes desbalanceadas que se intercambiam sequencialmente, mas igualmente.

“E novamente digo que todas as coisas que o homem sente são apenas ondas de
luz dupla que registram Meu pensamento elétrico nas formas criadas de Minha
imaginação.

“E também digo que as formas criadas de Minha imaginação não têm Ser, pois só
Eu tenho Ser.”

- d’A ILÍADA DIVINA

10
Capítulo III

SENSAÇÃO E CONSCIÊNCIA

Deus é consciência. Consciência é estática. Consciência é o CONHECIMENTO da


mente. O conhecimento é estático.
Consciência é a percepção espiritual do Ser, da onisciência, da onipotência e da
onipresença.
O pensamento é elétrico.
O pensamento de Deus é expresso por extensões de onda em movimento
bidirecional da consciência, como uma alavanca balançando sobre um fulcro fixo, ou
como ondas que se estendem do mar calmo. A expressão do pensamento é dinâmica. O
pensamento pertence ao universo de movimento vibratório eletricamente sentido e
condicionado. O pensamento é o princípio do não movimento na luz que cria a ilusão de
movimento.
O Eu do homem pertence ao universo estático, invisível, consciente,
incondicionado do CONHECIMENTO. Nós expressamos o conhecimento no universo
dinâmico, visível, eletricamente condicionado da sensação.
Sensação é a consciência elétrica do movimento que simula as QUALIDADES
espirituais da Ideia Única, criando QUANTIDADES à imagem de formas separadas que
parecem ter substância.
A consciência é real. A Sensação simula a realidade através do movimento das luzes
que se intercambiam, mas a miragem de uma cidade não é a cidade que ela reflete.
A confusão e a incompreensão sobre se estamos pensando conscientemente a partir
do conhecimento ou sentindo eletricamente a partir dos registros de memória
armazenados em nosso cérebro nos levaram à necessidade de distinguir entre os dois pelo
uso comum de termos como “a mente humana” e “mente mortal”. Sabemos muito bem,
ao usá-los, que existe apenas a Mente Única do Único Deus Vivo do Amor.
A Mente universal centra cada partícula e massa neste universo: animal, vegetal ou
mineral, elétron, átomo ou sol.
O homem é a única unidade na Criação que tem percepção consciente do Espírito
dentro dele e percepção elétrica da luz duplamente condicionada agindo sobre seus
sentidos. Todas as outras unidades da Criação têm apenas percepção elétrica.
Somente o homem pode ser libertado do corpo para pensar com Deus, para falar
com Deus e ser inspirado por Sua Luz centralizadora. Todas as outras unidades da Criação
são limitadas em suas ações aos reflexos automáticos das memórias sensoriais construídas
através de eras de sensações e registros de tais sensações como instinto.
Da mesma forma, a mesma confusão nos leva à adoção de termos como “mente
subconsciente”, e “mente superconsciente”.
Há apenas uma Mente Única funcionando universalmente dentro de todas as coisas
criadoras, e essa Mente Única não é estratificada nem dividida em mais ou menos. Não
há condições diferentes da Mente Única, nem há tipos diferentes de mentes.

IMAGINAÇÃO

Deus é o imaginador de Sua Ideia Única.


Tudo imaginado é o imaginário de Deus.
Todas as formas criadoras neste universo de pensamento da imaginação de Deus
são construídas à imagem de Sua imaginação, criando “à Sua imagem”.

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Todas as formas neste universo criador de formas imaginadas são apenas registros
elétricos da imaginação de Deus. Eles não têm existência. Registros de Ideias não são a
ideia que eles registram.
Eles não têm substância. São apenas luzes negras e brancas de campos de ondas
centrados no sol de espaços montados em sistemas vibratórios para simular substância
em um universo objetivo que não é, mas parece ser.
A imaginação de Deus nunca começou e nunca vai acabar.
Não foi “criada” em algum tempo remoto por algum vasto evento cósmico, como
comumente se acredita. Nem está condenada a uma “morte térmica” pela expansão para
o nada.
Este é um universo criador, não um universo criado.
Deus não começou a imaginar em algum momento fixo, pois o tempo não existe.
Este universo de ondas de luz que registra o conhecimento de Deus por Seu pensamento
e imaginação é tão eterno quanto o pensamento de Deus é eterno.

INSPIRAÇÃO

Inspiração é a linguagem da Luz que o homem usa para falar com Deus.
Inspiração é aquela percepção profunda da consciência do Ser que diferencia o
gênio ou místico do ser de inteligência média.
A inspiração no homem é acompanhada de um intenso êxtase mental que é
característico de todos os que se tornam intensamente conscientes de sua proximidade a
Deus.
Gênios inspirados esquecem seus corpos enquanto estão profundamente
conscientes de sua existência como Mente completa. Seus corpos, assim esquecidos,
agem quase automaticamente em obediência ao instinto e aos reflexos da memória
celular.
Os gênios inspirados traduzem o conhecimento de Deus em palavras do homem
para a alma do homem. Eles elevam toda a humanidade ao reinspirar todos os que escutam
suas palavras e ritmos extasiantes.
Aquele que sintoniza seu coração com as mensagens dos gênios purifica a si
mesmo. Nenhuma impureza pode haver em seu coração, pois, na verdade, ele está em
comunhão com o Santificado.

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“Apenas o homem, de todas as minhas coisas criadoras, começou a ouvir Meus
sussurros. Desde seu início Minha pequena voz estática sussurrou dentro dele que eu sou
ele e ele é Eu; mas mesmo agora o homem bárbaro em seu pequeno novo mundo ouve, e
faz ídolos que ele guarda perante Mim, pois ele ainda é novo. Ele ainda está no fermento
do seu preparo precoce.

“Pois eu digo que todas as coisas que fluem da Minha Vida têm Minha Vida fluindo
através delas, mesmo a menor delas; mas, eu digo que mesmo que Minha Luz de Vida
imortal flua através daqueles símbolos mortais de Meu pensamento, Ela não os toca em
Sua passagem.

“Quando eles conhecerem a Minha Luz neles, então eles serão Eu e Eu, eles.”

- d’A ILÍADA DIVINA

13
Capítulo IV

CONSCIÊNCIA CÓSMICA

Além do gênio está o místico.


O místico é aquele que alcançou a consciência cósmica por uma completa separação
da consciência e sensação. Ele é então quase totalmente inconsciente de seu corpo e está
totalmente consciente da Luz de Deus focada nele. A onisciência chega até ele naquele
clarão de luz cegante e intemporal, característico de uma completa separação. Esta
experiência foi descrita na iluminação de São Paulo. Cada clarão intemporal de intensa
inspiração que chega a qualquer homem é uma iluminação parcial, pois a inspiração é a
maneira pela qual novos conhecimentos chegam ao homem a partir do cosmos.
De todos os místicos, Jesus foi o exemplo notável de todos os tempos. Ele foi o
Único em toda a história a ter conhecido a completa unidade cósmico-consciente com
Deus.
A Bíblia se refere à experiência cósmico-consciente como “a iluminação” ou “estar
na Luz” ou “no Espírito”.
Em toda a história são conhecidos menos de quarenta casos de consciência cósmica
parcial, e provavelmente não mais do que três deles em qualquer lugar chegaram perto do
estado completo de iluminação experimentado pelo Nazareno.
A consciência cósmica é o objetivo final de toda a humanidade. Todos a conhecerão
antes que a longa jornada do homem esteja terminada, mas há muitos nesta nova era que
estão prontos para ela em parte, se não totalmente.
Muitos a desejam plenamente, mas o melhor é que ela venha aos poucos pois a
separação completa é muito perigosa. O êxtase desta experiência suprema é tão grande
que não se deseja voltar. O poder de separação da alma do corpo é um feito fácil, mas
voltar para o corpo é muito difícil.
O caminho para alcançar gradualmente a consciência cósmica é intensificar a
percepção por muita solidão e companheirismo com Deus, ao mesmo tempo em que O
manifesta em cada momento e em cada tarefa da vida.
O companheirismo a todo tempo com Deus traz consigo uma tão grande realização
da Unicidade com Ele que a transformação para aquela plena realização da unidade está
apta a ocorrer a qualquer momento.
A dissuasão à consciência cósmica é a sensação de que Deus está longe em vez de
dentro, e que só podemos chegar a esse Deus distante através de fontes fora de nós
mesmos.

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“Aquele que interpreta o Meu ritmo em si deve percorrer seu caminho em êxtase,
sem desvios, para que só Me veja e não ouça nada além de Mim.

“Dizei ao homem estas palavras:

“Eu sou a fonte da inspiração. Àquele que procura inspiração através de Mim, eu
digo: Aprendei a percorrer meu caminho fortemente na Luz, pois na escuridão não podeis
encontrar vosso caminho até Mim. O caminho para Mim é a Luz, e por ela você pode ver
bem seu caminho para Mim.

“Eu sou tua alma. Àquele cuja alma tocar Minha Alma, e sentir o batimento de seu
poderoso ritmo, digo eu: Na medida em que te conheceres como Luz, conhecer-me-ás
como Luz.

“Eu sou a Beleza. Na Beleza, o homem deve nascer de novo. Através da Beleza
deve o homem conhecedor tornar-se o homem extasiado.

“Àquele que acrescentaria êxtase ao seu conhecimento, eu digo: Buscai-Me na


Verdade; pois somente no ritmo da Verdade encontrareis o êxtase.

“Em verdade eu digo: as criações do Homem Extasiado são Minhas criações, pois
são coisas balanceadas, e eu sou balanceamento.

“Àquele que cria desbalanceamento, eu digo: A inverdade não existe em Minha


casa. Só eu tenho balanceamento; e os olhos daqueles que veem através de Mim são
imunes a tudo menos ao balanceamento.

“Pois eu sou o Equilíbrio. E eu sou Energia, e eu sou o Repouso. Eu sou a Luz do


Amor e da Verdade. Sobre essa base coloquei a pedra angular do Meu universo.”

- d’A ILÍADA DIVINA

15
Capítulo V

EXPRESSÃO CRIATIVA

Só o homem inspirado pode criar coisas duradouras. Para criar, é preciso primeiro
conceber.
Para conceber, devemos parar de pensar e CONHECER. Todos os sentidos devem
cessar. Não há poder no pensamento. Pensar apenas expressa o poder que está no
conhecimento. Devemos projetar nosso Eu na Luz imóvel do conhecimento para
comungar com Deus. Devemos nos tornar um com Deus para conceber a ideia, a fim de
produzir a forma dessa ideia. Um conceito deve preceder sua manifestação em forma.
A cultura de toda a raça é dada pelos poucos inspirados que conhecem Deus neles.
Só eles conhecem a imortalidade.
A arte de uma civilização vive há muito tempo mais do que a civilização. As
pirâmides do Egito ainda falam da criação de uma raça que há muito se afastou da face
da terra. A beleza escultural e arquitetônica da Grécia ainda nos fala de um tipo de gênio
criativo que nunca foi superado. Os grandes nas artes são poucos. “Só a arte perdura.
Todo o resto passa”.
A grande arte só pode ser criada trabalhando momento a momento com Deus como
co-criador. Quando o homem e Deus trabalham juntos, eles comungam um com o outro
como uma Única Pessoa. A linguagem de sua comunhão é a linguagem da Luz que o
homem chama de “inspiração”.
Quando o homem trabalha sozinho, suas obras são como os ventos que sopram.
Quando o homem trabalha com Deus como co-criador, suas obras duram para sempre.
Todo grande gênio manifesta esta lei: que ele é Um com a Mente-Deus, que Deus
nele é a fonte de todo pensamento e que ele é inspirado por aquela onisciência e
onipotência dentro dele que fazem sua obra durar.

16
“Todo o conhecimento existe. Todo o conhecimento chega ao homem em seu
tempo. Mensageiros cósmicos periodicamente dão ao homem tal conhecimento de Meu
cosmos de uma forma que o homem é capaz de compreender, mas aquilo que ele pode
suportar é como uma gota do poderoso oceano, pois o homem está apenas começando a
compreender.

“Quando o homem conhece a Luz então ele não conhecerá limitações, mas o
homem deve conhecer a Luz por si mesmo e não pode haver quem possa transformá-la
em palavras, pois a Luz conhece a Luz e não precisa haver palavras”.

- d’A ILÍADA DIVINA

17
Capítulo VI

CONHECIMENTO

O conhecimento é cósmico. Pertence à Luz imóvel do princípio positivo. Ele nunca


pode se tornar uma propriedade das duas negações que constituem este universo miragem
de matéria em movimento.
“Conhecer todas as coisas” significa ter todo o conhecimento da Ideia Única
Integral do cosmos como CAUSA. Não significa conhecimento das coisas criadas que
são o efeito da causa. Toda a Ideia Cósmica é simples. Ela pode ser conhecida por
qualquer pessoa de inteligência média. Suas complexidades se dão pelo efeito da causa.
O homem não pode conhecer o efeito transitório. Ele só pode CONHECER a causa.
Ele só pode compreender o efeito. O homem não pode conhecer um céu ao pôr-do-sol,
por exemplo, mas ele pode compreendê-lo se conhecer sua causa. O conhecimento é,
portanto, limitado à causa.
Todo conhecimento existe. Toda a humanidade pode tê-lo para fazer perguntas. Ele
está dentro do homem, aguardando sua percepção de sua presença total.
O conhecimento não pode ser adquirido pelo cérebro a partir do exterior; ele deve
ser “recolhido” de dentro da consciência do Eu. Gradualmente, a percepção surgida é
apenas uma lembrança gradual da onisciência que sempre esteve dentro do homem.
O homem não pode adquirir conhecimento de livros ou escolas. Ele só pode adquirir
informação dessa forma, mas a informação não é conhecimento até que seja reconhecida
pela consciência espiritual do homem, assim como o alimento não é nutrição para o corpo
até que se torne parte da corrente sanguínea. A informação obtida pelo movimento dos
sentidos deve ser devolvida à imobilidade da Fonte antes de se tornar conhecimento.
Pela mesma razão, o homem não pode adquirir conhecimento a partir dos chamados
“fatos da matéria”, pois não há fatos da matéria em movimento num universo de matéria
transitória. Toda matéria em movimento é apenas uma série de ilusões que levam o
homem a tirar conclusões errôneas.
É impossível para o homem tirar conclusões corretas de sua observação da matéria
em movimento até que ele tenha adquirido a capacidade de traduzir o efeito dinâmico de
volta à causa. Isto ele só pode fazer através da descentralização para a Luz Única de sua
consciência da Fonte de todo conhecimento. Até que ele saiba o PORQUÊ do efeito e
seus enganos, ele não tem nenhum conhecimento no qual ele possa confiar. Ele não tem
nada além de informações não confiáveis.
As informações relativas ao corpo, por exemplo, não dão conhecimento sobre a
causa do corpo, ou sobre a relação do corpo com o universo. Informações sobre o
nascimento e a morte do corpo, no pressuposto de que o corpo é o Eu, nunca podem levar
ao conhecimento de que o corpo não é o Eu, ou de que o Eu é imortal.
Nem as informações relativas ao corpo material isoladamente, sua química e suas
funções, podem curar o corpo. Os corpos manifestam vida, mas a vida é cósmica. A vida
não está no corpo. A vida é espírito, e o espírito é imóvel. A vida não é química ou germe
da matéria. Para curar o corpo para que ele possa manifestar a vida do Eu espiritual do
corpo, é preciso dar ao corpo desbalanceado o balanceamento do espírito. Só o
conhecimento da Luz pode fazer isso. Todas as informações do mundo não curarão um
corpo sem a ajuda da Luz nele que cura e nele que está sendo curado.

18
“Eu sou LUZ, mas a Luz que sou Eu não é a luz percebida do universo percebido
de Minha criação.

“Eu, o Criador, penso. Eu penso em duas luzes estendidas a partir de uma Luz
Única de Mim, mas essas duas luzes não são Eu, nem Meus pensamentos são Eu.

“Em verdade eu digo, eu dou de Mim e eu tiro; pois eu sou o Imaginador que
constrói formas de imagem e as destrói para construir de novo.

“Eu sou a Mente pensante, sempre pensando na imagem mutável do Meu eu


imutável.

“Minha imagem muda sempre com a mudança das duas luzes do Meu pensamento,
embora Eu, Meu Eu, não mude.

“Todas as coisas mudam, e sua mudança imóvel são a Minha imagem, mas elas
não são Eu”.

- d’A ILÍADA DIVINA

19
Capítulo VII

CONHECIMENTO VERSUS PENSAMENTO

O conhecimento do homem é seu poder. Seu pensamento é a expressão desse poder.


A expressão do poder não é poder; portanto, pensar não é poder.
À medida que o homem se torna gradualmente consciente de sua onisciência, seu
pensamento se intensifica em tensão na proporção do aumento da consciência de sua
onisciência.
Pensar é uma extensão de onda elétrica a partir do fulcro centralizador do
conhecimento que aparentemente divide o conhecimento em ideias e coloca essas ideias
em movimento para criar formas de ideias como produto do conhecimento.
O conhecimento do homem é como um poço profundo de água parada. Seu
pensamento é como uma bomba bidirecional que divide a QUALIDADE dessa
imobilidade em QUANTIDADES de partes e as coloca em movimento.
É isso que é o universo objetivo, quantidades de muitas formas aparentemente
separadas de ideia, todas elas são apenas partes da Ideia Única Integral.
Cada parte aparentemente separada é uma extensão dinâmica da Unidade Estática
Única, mas a separação só parece, pois tudo está indissoluvelmente unido na luz como
uma parte.
O conhecimento é a base dos conceitos do homem.
O pensamento transfere conceitos para o produto. A qualidade do produto do
homem depende do grau de percepção de seu conhecimento e não da qualidade,
quantidade ou intensidade de seu pensamento.
A água não pode ser retirada de um poço vazio, nem água limpa pode ser retirada
de um poço sujo. Da mesma forma, um bom produto não pode vir de um pensamento
intensivo, a menos que o conhecimento o apoie.
Nenhuma ideia da Mente pode jamais se tornar matéria. A ideia do produto jamais
pode se tornar produto. Além disso, nenhuma expressão de nada na Natureza é a ideia
que ela expressa.
O produto da ideia não é a ideia que ela simula. A ideia é cósmica e não pode ser
produzida na matéria. A ideia deve ser concebida na Mente antes de poder ser simulada
como produto. As concepções pertencem unicamente ao Deus-Luz magnético e nunca se
tornam matéria.
Uma alavanca, por exemplo, movendo-se sobre seu fulcro, expressa a ideia de poder
pelo movimento, mas a ideia de poder está na fonte fulcral imóvel de poder. Ela não está
na alavanca em movimento. A alavanca seria impotente e imóvel se não tivesse a
imobilidade do fulcro a partir do qual estender a simulação de poder.
Um relógio expressa a ideia de tempo, mas o relógio não é tempo. Da mesma forma,
ele expressa a ideia de princípios mecânicos, mas o relógio não é a ideia que é expressa
por esses princípios mecânicos.
O poema impresso não é a ideia expressa no poema. Esse poema impresso não tem
significado para ninguém cuja inteligência é insuficiente para refletir a ideia desde a
mente do compositor até a sua própria. Nenhuma ideia da mente jamais se torna matéria.
Da mesma forma, nem a composição musical na página impressa, nem a arte da
música que emite como sons de instrumentos musicais, é a ideia inspirada do músico. A
inspiração nunca pode ser produzida. Ela pode apenas ser refletida de uma mente
inspirada para outra que a reconhece. A ideia e a inspiração podem ser ecoadas de espírito
a espírito, mas nunca podem se tornar produto da matéria em movimento.

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“A visão do homem baseada nos sentidos o prende à ilusão de Meu duplo
pensamento, pois eu apenas construo a ilusão com Meu duplo pensamento para sua visão
baseada em sentidos.

“A visão baseada em sentidos prende o homem a formas e coisas, enquanto o


conhecimento da Mente abre portas de glória para os fios opostos da Luz com os quais
eu teço toda ideia de Mente em formas de muitas coisas que se movem.

“A visão baseada na Mente descentraliza-se para os mais distantes alcances de


Meu universo de Mim, e vê todas as formas como Um.

“Com seus olhos, o homem vê a Luz como matéria energizada, mas não sente que
a energia da matéria é a Luz do Meu pensamento dividido. Com os olhos espirituais do
homem, ele conhece a Minha Luz, a Fonte, e sabe que está ligado a Mim como Um, e eu
a ele.

“Eis em Mim teu Deus do Amor, o Único, inseparável.”

- d’A ILÍADA DIVINA

21
Capítulo VIII

PENSAMENTO VERSUS SENSAÇÃO

O homem ainda é um primata, com poucas exceções. Ele ainda não aprendeu a
pensar poderosamente a partir do conhecimento. Ele está apenas começando a pensar
como uma extensão do conhecimento.
Sentimos eletricamente e confundimos a sensação elétrica dos efeitos observados
com o pensamento. Sentir não é pensar. A sensação é apenas uma percepção elétrica do
movimento das ondas por outras ondas.
Confundimos os registros elétricos das informações que nossos cérebros
registraram como sensação, pelo pensamento e pelo conhecimento.
A informação assim adquirida pelos sentidos não é, no entanto, conhecimento. Um
homem pode ter vasta informação e habilidade, mas tem muito pouco conhecimento.
Os maiores cientistas de hoje, por exemplo, são bem informados. Eles sabem como
fazer coisas maravilhosas, mas será que eles sabem o PORQUÊ do que fazem?
As informações dos efeitos observados, e a habilidade de reunir esses efeitos para
fins úteis, multiplicaram-se enormemente desde que o homem observou os fenômenos
naturais pela primeira vez. Seu senso de observação lhe disse como fazer um barco;
depois uma vela para o barco. Ele então descobriu a roda e o fogo. A percepção elétrica
dos efeitos do movimento, mais a memória, mais o poder de raciocinar objetivamente,
lhe deu a capacidade de fazer isso. Muito pouco disso se deveu ou ao pensamento ou ao
conhecimento.
Assim, confundimos sentir com pensar e conhecer quando, de fato, temos estado
funcionando apenas através do sentir da percepção elétrica adquirida a partir da
informação.
A “informação” assim veiculada é elétrica, não mental. A mensagem telegráfica
que passa por qualquer fio não é o pensamento transmitido por essa mensagem. Mesmo
o telegrama datilografado não é o pensamento transmitido por ele. Seus símbolos
informam o pensador do pensamento transmitido por ele, mas não é o pensamento.
Assim é que nosso vasto universo mecanicista e motivado eletricamente é inter-
sensibilizado com o propósito de informar a cada gânglio nervoso em cada célula de cada
parte orgânica e inorgânica dele a condição de todas as outras partes dele.

NOSSOS SUPOSTOS CINCO SENTIDOS

Ao falar de uma percepção elétrica que chamamos de sensação, pensamos em


nossos sentidos como sendo cinco. Estes são os sentidos da visão, audição, paladar, olfato
e tato.
Todos estes cinco sentidos são apenas uma única sensação. Nós não temos cinco
sentidos. Ver é uma sensação de sentir ondas de luz através de nossos olhos. Ouvir é uma
sensação de sentir ondas de luz através de nossos ouvidos. Provar e cheirar são sensações
de sentir ondas de luz reagindo sobre a boca e as narinas.
Toda variação na sensação é devida a uma diferença de condicionamento elétrico
em matéria de ondas pulsantes. Se a matéria de onda pulsante é apenas um registro de
onda elétrica do pensamento, a sensação também é apenas um registro de onda elétrica
do pensamento. Nenhum dos dois tem realidade. Nenhum deles é o pensamento que eles
registram.

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Segue-se também que se matéria, movimento e substância são registros elétricos do
pensamento, então a sensação não tem realidade - pois a sensação é apenas uma
consciência elétrica do movimento das ondas por outras ondas.
Da mesma forma, se a matéria, o movimento e a substância são registros de ondas
elétricas do pensamento, então a eletricidade que registra o pensamento, e o próprio
pensamento, são inexistentes.
Há apenas uma coisa neste universo – LUZ – a Luz imóvel de todo o Conhecimento.
A Luz Única que é Deus. Só Deus vive. Seu pensamento e imaginação é Conhecimento;
o universo Conhecedor é tudo o que é; a Mente Conhecedora é imóvel. Não há nenhuma
atividade no universo, seja de espírito ou de matéria.

CONHECIMENTO EMPÍRICO

A civilização atual do homem é erguida sobre a base do conhecimento empírico


obtido através de seus sentidos. O que é o conhecimento empírico? A definição no
dicionário é: “conclusões baseadas apenas na experiência e na observação”.
Em outras palavras, o chamado “conhecimento” em que o homem se baseia vem da
evidência de seus sentidos, ou mais simplesmente, nas ondas de movimento inexistentes
de uma substância inexistente.
Este fato é a resposta para o porquê da humanidade não ter, até o momento,
praticamente nenhum conhecimento. Durante seus dias de ameba e selva, ela viveu uma
existência puramente sensorial. Suas células corporais eram inteiramente controladas por
fios de fluxo instintivo de luz estendidos a ela diretamente do Criador.

O HOMEM AINDA É NOVO

Desses milhões de anos, ele teve apenas alguns milhares de anos desde que a aurora
da consciência despertou nele a mais leve suspeita de sua herança espiritual.
O avanço do homem desde que os primeiros mensageiros de Deus apareceram na
Terra para acender nele uma faísca despertadora, tem sido baseado em informações
obtidas por seus sentidos e armazenadas em seu cérebro elétrico como registros de
memória de observações sensoriais. Estas observações foram usadas por ele para chegar
a conclusões sensoriais através de um cérebro eletricamente sensibilizado.
Todas essas conclusões que se baseiam na evidência dos sentidos têm dentro delas
os elementos de engano que caracterizam todos os efeitos do movimento neste universo
tridimensional de ilusão.
O homem está ciente de algumas dessas ilusões, tais como as de perspectiva. Ele
está ciente de que os trilhos das ferrovias não se encontram no horizonte, mas ele não está
ciente de que todos os efeitos do movimento não são o que parecem ser. Assim, ele é
induzido a tirar conclusões errôneas que não têm qualquer relação com a Natureza. Não
se pode ter conhecimento dos efeitos, pois todo o conhecimento está na causa. Nossas
novas leis e princípios fundamentais devem ser baseados no conhecimento da causa.

LEIS BASEADAS NA ILUSÃO

Newton, por exemplo, confessava não saber o que era a gravitação, mas escreveu
leis a respeito dela com base em sua observação sobre o que a gravitação fazia a uma
maçã. Além disso, ele concluiu que a lua cairia sobre a terra se não fosse por seu
movimento. Ele até provou isso matematicamente, não tendo ciência do fato de que essas

23
mesmas fórmulas matemáticas se aplicariam a cada satélite, planeta e estrela no céu, bem
como a cada elétron em cada átomo, nenhum dos quais está caindo em suas primárias.¹
Os observadores de fenômenos naturais ainda estão calculando a idade do universo
e o peso da Terra. O Universo não tem idade. Ele não teve início. Da mesma forma, a
Terra não tem peso em relação a qualquer outra coisa no Universo. Cada esfera no céu
está em perfeito equilíbrio com todas as outras esferas.

MENSAGEIROS DA LUZ

O pouco conhecimento que o homem adquiriu durante estes últimos milhares de


anos foi-lhe dado pelos pouquíssimos gênios, profetas, místicos e outros mensageiros da
Luz que vieram para reinspirar a humanidade com seu conhecimento inspirado.
Destes raros poucos, surgiram os primórdios de nossa cultura. Sem eles, não haveria
compreensão da beleza no mundo. Sem a beleza, o homem ainda seria bárbaro. Somente
através da beleza ele se tornará gradualmente consciente de sua unidade com a Luz.
Quando o homem conhecer a Luz, ele conhecerá todas as coisas. Hoje essa Luz é
tão fraca em toda a humanidade, que ninguém ainda sondou o segredo da Luz, ou da
gravitação, da radiação, da eletricidade, do crescimento, da vida, da reencarnação ou da
onda.
Agora chegou o dia em que ele conhecerá estas coisas. Esta é a herança do homem
para esta Nova Era.

24
“Eis em Mim a Luz Única da qual aparentes duas luzes aparecem como pares de
opostos que se intercambiam ritmicamente. Elas são Meus mensageiros de luz. Elas são
Meus trabalhadores que constroem Minhas formas imaginadas e as devolvem a Mim sem
forma.

“Elas são o pulsar do Meu corpo, as Criadoras de ciclos eternos de Minha


imaginação em formas de coisas.

“As duas são metades iguais de uma. Elas nunca podem se tornar uma só. Elas se
intercambiam para sempre para simular uma unidade balanceada que elas nunca
encontram, pois nunca podem ser nada além de dois.

“A partir de Mim uma luz se estende para dar forma às Minhas imaginações, e lhes
dá pulsação para simular a Vida eterna nelas que ESTÁ em Mim. A outra luz dissolve
essa forma e a devolve a Mim sem pressa para a ressurreição em Meu repouso para
então repetir Minhas imaginações.

“Diz tu, portanto, que a vida é eterna no homem através das eternidades das
ressurreições dele em Mim. E diz também que sua ressurreição é sua, pois ele é UM
Comigo.

“Assim nasceu, dissolveu-se e renasceu Meu universo imaginado de luz dupla;


concentrado, descentrado e reconcentrado; integrado, desintegrado e reintegrado para
sempre e para sempre em Meu universo imaginado de tempo e espaço imaginado.

“E, eis que cada um dos Meus pares de expressões opostas de Mim renascem
através de Mim como o outro. Mais uma vez eu digo, não há nada além de renascimento
em Mim. Não há morte.

“Vai tu e diz ao homem que tanto a vida quanto a morte são apenas espelhos uma
da outra, que se tornam uma à outra em seu intertravessar para sempre para seu fulcro
imóvel em Meu conhecimento, do qual ambas surgiram para parecerem ser para
registrar as formas imaginadas de Meu pensamento.”

-d’A ILÍADA DIVINA

25
Capítulo IX

A SENSAÇÃO UNE TODAS AS COISAS

A inter-sensibilização elétrica das duas extensões de luz pulsante da Luz Única


imóvel tem o propósito de registrar padrões de pensamento na matéria.
A mente só conhece uma Ideia como um todo. O pensamento é uma Ideia
desmontada e padronizada como ideia separada. O pensamento é uma ideia padronizada
expressa eletricamente e registrada eletricamente na matéria por suas duas luzes pulsantes
e intercambiáveis.
Este universo de matéria em movimento é apenas o registro elétrico do pensamento.
O processo de registro é desmontar a Ideia Única Universal indivisa e expressá-la como
muitas partes aparentemente divididas. Isto dá forma e multiplicidade em muitas partes e
coisas aparentes de um universo de apenas uma coisa.
A eletricidade é a serva da Mente-Deus. A eletricidade expressa o desejo na Mente-
Deus de expressão criativa ao aparentemente dividir a luz Única imóvel em ondas
transitórias de espectro dividido em cores positivas e negativas de luz.
Todo este universo de aparente substancialidade consiste unicamente em ondas de
luz transitórias em aparente movimento. O próprio movimento é uma ilusão.

APARENTE SEPARATIVIDADE

Todas as criações de pensamentos padronizados de Deus ou do homem são os


entrelaçamentos das cores do espectro dos dois opostos elétricos das ondas de luz com os
desenhos padronizados desses pensamentos.
A criação pode ser comparada à tecelagem de tapeçaria que CONHECE a ideia
única como um todo, depois PENSA em partes, depois REGISTRA essas partes
entrelaçando suas cores de espectro nas muitas formas que, juntas, manifestam a ideia
inteira.
Para exemplificar nosso significado, considere qualquer pessoa como parte de toda
a ideia da Criação - ferro, por exemplo. O ferro é uma parte separada do todo.
Pensamos no ferro como um metal duro, frio, com certas propriedades que nos
possibilitam a sua utilização em muitos produtos. Quando o ferro está em seu estado
congelado, não pensamos nele como luz, mas podemos fotografá-lo dessa forma se o
aquecermos até a incandescência.
Não apenas é luz, mas todas as propriedades que o tornam disponível para nós como
ferro saíram de lá. É como se o tecelão divino tivesse desatado todos os fios da ideia do
ferro e os tivesse separado em suas cores de espectro, fio por fio.
O físico pode lhe dizer que elemento seriam esses fios de luz se fossem congelados.
Ao olhar para eles, ele diria: “Isso é ferro”. Mas não seria a forma do ferro como o
conhecemos - seria a ideia sem forma do ferro como o sol o conhece.

NÃO HÁ SEPARATIVIDADE

No sol incandescente tudo é uma ideia que a Terra conhece. A ideia da maçã da
terra está no sol, assim como a madeira da árvore e a violeta no prado. Da mesma forma,
a terra fria está lá, com seus rios e montanhas.
Toda ideia é uma ideia à luz do sol. A luz do sol nunca é dividida em suas muitas
ideias aparentemente separadas até que se estenda eletricamente do sol e essas extensões
ecoem eletricamente de volta a ele.
26
O sol é um cadinho que funde todas as ideias em uma só, depois as coloca no espaço
para resfriá-las e separá-las em muitas unidades dessa ideia.
Da mesma forma, a Ideia da Mente nunca se torna as muitas ideias da Criação até
que a eletricidade divida essa ideia Única em muitas partes separadas.
A Luz Única não pode ser dividida, mas extensões da Luz Única podem parecer
que a dividem. As manchas de luz solar no chão da catedral são muitas, mas são todas
extensões da Luz Única de sua fonte no sol. Da mesma forma, toda a humanidade é uma
extensão da Ideia Única do homem pois o homem é apenas Um na Luz de sua Fonte.
Da mesma forma, todas as extensões móveis da Luz Única imóvel, como
manifestada na luz branca dos sóis, a luz negra de seu espaço ao redor, são apenas
extensões de uma Fonte.

TODA IDEIA É IMÓVEL

O cinema exemplifica este significado. Sobre a tela estão muitas ideias


padronizadas em movimento ruidoso e violento.
Sabemos, entretanto, que todo o movimento de ideias separadas, e todos os sons
que emanam dessas formas padronizadas e em movimento, cessariam instantaneamente
se a fonte de luz imóvel da qual essas imagens e sons são projetados fosse desligada.
Sabemos que a causa de toda essa divisão transitória em efeito positivo e negativo
está na Luz Única imóvel a partir da qual ela é projetada. Sabemos que os sons que
ouvimos emanam dessa imobilidade, mas parecemos estar totalmente inconscientes do
fato de que todo o nosso universo pulsante é apenas uma extensão da Luz Única imóvel
da Mente Universal, projetada através de luz positiva e negativa sobre a tela universal do
espaço.
É difícil conceber a Terra e todos os seus fenômenos de movimento, som, pessoas,
animais e vida vegetal, como uma projeção cinematográfica a partir do nosso sol. No
entanto, todas as ideias separadas da Terra estão naquela luz incandescente do sol. Todas
são apenas uma coisa, Luz.
Desligue o sol e todas as suas ideias padronizadas na Terra cessariam
instantaneamente. A ideia imóvel que se estende em movimento não está no movimento,
mas na imobilidade da qual se estende.

27
“Pois eu digo que o homem que sente apenas o barro da terra nele está ligado à
terra como uma imagem barrenta da sua terra.

“Imagens barrentas de Minha imaginação que não Me conhecem nelas, são apenas
habitantes da escuridão da terra. Para o homem que sente, as portas do Meu Reino são
barradas pelas trevas até que a Minha Luz nele seja conhecida por ele como Eu.

“Até então, ele é apenas argila em movimento, não Me manifestando nele,


enquanto não sente nada a não ser sua própria argila em movimento; não conhecendo a
glória de Minha Luz nele.

“Portanto, eu te digo, exalta-te a ti mesmo além de teu sentir. Conhecei-Me como


fulcro de vosso pensamento. Seja Eu nas profundezas de teu conhecimento.”

- d’A ILÍADA DIVINA

28
Capítulo X

FUNÇÃO DO CÉREBRO

A percepção elétrica dos efeitos observados da matéria em movimento é registrada


no cérebro.
Acredita-se normalmente que o cérebro pensa e conhece.
O cérebro não pensa, nem conhece. Ele é apenas um depósito de sensações
registradas. O cérebro “se lembra” desses registros para o uso do homem à medida que
ele precisa, e para o cumprimento das exigências de seu corpo.
O cérebro é um complexo estado de movimento expresso por ondas de luz pulsando
em ciclos.
Os estados de movimento não podem CONHECER nada, nem podem PENSAR
nada.
O cérebro é parte de uma máquina, de uma máquina humana.
Máquinas podem expressar pensamentos que são projetados eletricamente através
delas, mas máquinas são incapazes de pensar os pensamentos assim projetados.
Da mesma forma, as máquinas podem expressar o conhecimento, mas não podem
ter conhecimento.
Da mesma forma, as máquinas podem fazer coisas maravilhosas quando
padronizadas e controladas pelo conhecimento, mas não podem CONHECER o que elas
fazem.
Apenas a Mente consciente centrada da Alma-desejo do homem pensa projetando
o desejo de expressão criativa através da máquina do cérebro.
O desejo na Mente é expresso eletricamente. A eletricidade é a força motivadora
que projeta a Luz Única da Mente em duas maneiras de criar ciclos de ondas de luz com
o propósito de expressar ciclos de pensamento.
O desejo não está no cérebro. Ele está no eu consciente centralizador. O desejo é a
causa de todo movimento.

O CÉREBRO REGISTRA SENSAÇÕES

O cérebro é apenas o mecanismo de registro elétrico do pensamento consciente da


Mente. É também o armazém do homem para registros elétricos de memórias e
pensamentos desde seu início.
É o servo da Inteligência Universal. Ele opera todos os mecanismos do corpo. Atua
como central de todas as suas ações instintivas voluntárias e involuntárias.
O cérebro é a sede da sensação. Seu objetivo, neste sentido, é manter o corpo
eletricamente informado sobre sua própria condição, por meio de mensagens elétricas.
Tais mensagens não são mentais. Elas são puramente elétricas. Elas produzem
sensação. O cérebro sente e registra cada mensagem. Ele envia mensagens de resposta
para outras partes do corpo.
O corpo é um mecanismo vasto e complexo. O cérebro é um gravador, distribuidor,
transmissor e receptor elétrico para todas as partes operacionais daquela máquina
multicelular, mas suas ações não têm relação com a inteligência.
O cérebro registra sensações de experiências e observações que os sentidos
transmitem a ele. Tais sensações são confundidas com pensamento e conhecimento. As
sensações decorrentes do movimento elétrico são puramente automáticas.
O erro em assumir que o cérebro pensa e conhece é devido ao fato de que o homem
acredita que está pensando quando está apenas sentindo. O homem também acredita que

29
ele está adquirindo conhecimento através da observação sensorial do EFEITO sensorial,
quando ele está apenas registrando sensações elétricas que o informam sobre a natureza
das coisas observadas por seus sentidos.
O corpo é uma máquina padronizada, projetada para fazer muitas coisas. A
motivação elétrica através de fios nervosos determina cada movimento.
Quando tais sensações agem em uníssono com sua percepção consciente da Luz
que o centra como PESSOA, ele está então pensando, bem como sentindo.
A consciência centralizadora do homem, a PESSOA, transforma a informação
recebida pelos sentidos em conhecimento na medida em que ele é capaz de reconhecer
CAUSA em espírito, antes do EFEITO que seus sentidos registram.
Até que essa transformação ocorra, o homem está sem conhecimento, não importa
até que ponto seus sentidos possam tê-lo informado, pois informação não é conhecimento.
Um homem pode ser uma verdadeira enciclopédia de informações. Ele pode ter
obtido muitos diplomas universitários por estar bem informado e ainda assim não ter
conhecimento suficiente para criar algo.
Por exemplo, não podemos sentir a ideia de uma harpa enquanto ela está imóvel,
mas podemos conhecer a ideia da harpa. Podemos conhecer suas várias possibilidades de
expressão, mesmo que suas cordas não estejam vibrando. Da mesma forma, podemos
imaginar incontáveis complexidades de ritmos que ficam inexpressivos dentro dessas
cordas imóveis.
Por outro lado, não podemos conhecer as vibrações que provêm dessas cordas
quando as colocamos em movimento. Podemos apenas sentir essas vibrações através de
nossa própria percepção elétrica sentida.

30
“A Fonte de todas as coisas está dentro de todas as coisas, centralizando-as como
Repouso, do qual brota seu movimento. Está também fora de todas as coisas, controlando
seu balanceamento com todas as outras coisas.

“O universo do homem ainda é composto de muitas coisas, muitas coisas


separadas, e separáveis.

“Sim, não há uma única coisa em Meu universo imaginado que esteja separada de
Mim, nem de si mesma.

“Sim, eu guio minhas coisas que brotam da própria semente através de fios
sensoriais de extensões de luz de Meu pensamento até que elas mesmas possam se guiar.
Nem a menor destas não está ligada a Mim na Luz.

“Imagens de Minhas imaginações que crescem da Terra, e aquelas que se movem


livremente, todas estas coisas crescem e se movem através da luz estendida do Meu
pensamento dinâmico até que elas mesmas possam pensar Comigo”.

- d’A ILÍADA DIVINA

31
Capítulo XI

CONSCIÊNCIA ELÉTRICA

Este universo material de muitas partes aparentemente separadas é elétrico.


O universo inteiro de inúmeras partes é interligado por uma eletricidade de “nervos”
que informa cada parte do universo sobre a condição sempre mutável de cada outra parte.
Não há “sensação” entre as partes balanceadas ou condições balanceadas da
matéria. Por “sensação” queremos dizer a sensação da corrente elétrica que transmite a
mensagem. A corrente elétrica é impossível em uma condição de equilíbrio, portanto não
podemos sentir nenhuma sensação quando nossos corpos, ou partes deles, estão em uma
condição balanceada.
A percepção elétrica é necessária para um universo eletricamente mecanizado. Uma
máquina controlada eletricamente na fábrica tem exatamente a mesma percepção elétrica
que um homem tem. Seu sistema nervoso com fios transmite mensagens elétricas a suas
partes com o duplo propósito de motivá-las, bem como de ajustar todas as partes umas às
outras em continuidade.
As máquinas elétricas fazem o que a percepção elétrica exige delas através da
sensação. Assim como o homem, a árvore, o sistema solar e cada nebulosa do céu.
As células do corpo do homem estão eletricamente conscientes de seus propósitos
mecanicistas e respondem a mensagens elétricas enviadas a elas. Elas têm memória
celular elétrica de seus propósitos individuais e grupais. Elas agem automaticamente
quando os reflexos detectados são motivados eletricamente.
Funções corporais, como batimento cardíaco, digestão, transformação química das
glândulas, a respiração e o caminhar, são automaticamente operadas pelos reflexos da
memória celular. A memória celular e o instinto causam a migração das aves, as aranhas
a tecer teias e certos crescimentos vegetais a se fecharem em volta de moscas e peixes.
Ações instintivas e ações de reflexos de memória celular não são mentais. Elas são
puramente mecânicas e automáticas.

A PERCEPÇÃO ELÉTRICA É UNIVERSAL

Este princípio da percepção elétrica, por meio da sensação, não se limita apenas à
vida animal. Ele é igualmente característico dos reinos mineral e vegetal. Ele se estende
à menor partícula eletrônica e à galáxia mais poderosa.
Não apenas cada partícula em cada massa é eletricamente consciente de seu
propósito, mas cada partícula em todo o universo reage em resposta a mensagens elétricas
enviadas a ela por qualquer outra partícula do universo. Este universo físico é controlado
unicamente pela sensação elétrica, que é medida e balanceada pela Luz magnética imóvel,
centrando todas as coisas.

“Pois eis que, diz o Universal, estou dentro de todas as coisas centrando-as; e estou
fora de todas as coisas controlando-as”.
-d’A ILÍADA DIVINA

Todo o universo elétrico do movimento é, portanto, perfeitamente condicionado


pelos dois trabalhadores elétricos que constroem o universo e o destroem
sequencialmente para a reconstrução, todas as coisas em movimento nele sentem todas as
outras coisas em movimento nele.

32
Da mesma forma, todas as coisas diferentemente condicionadas no universo
reajustam seu condicionamento a cada mudança de condição de todas as outras coisas no
universo.
Há um processo de separação constante na Natureza que para sempre expressa o
desejo universal de mudança e multiplicidade, e há também um processo de nivelamento
constante que para sempre expressa o desejo universal de unicidade.

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“Eu, com o homem, estou criando o homem à Minha imagem universal.

“O que eu sou, o homem é.

“Eu penso em ideia; e a forma da Minha ideia aparece no padrão do Meu


pensamento.

“Eu penso no homem; e o homem aparece no padrão do Meu pensamento.

“O homem pensa no homem; e o homem aparece na imagem do pensamento do


homem.

“O pensamento do homem é o Meu pensamento.

“Todas as coisas que pensam estão pensando o Meu pensamento.

“Todas as coisas criadoras são formadas à imagem das Minhas imaginações para
manifestar Minhas imaginações.

“O universo é Minha imagem, criatura de Minhas imaginações.”

-d’A ILÍADA DIVINA

34
Capítulo XII

INSTINTO

A matéria orgânica gera puramente a partir do desejo da mente de manifestar ideia


na matéria. Esse desejo cósmico de criar forma produz a forma desejada. O desejo é a
força motivadora de toda a Criação.
O homem começa a expressar a ideia do homem como uma única célula. A ideia
inteira do homem está nessa única célula. Ela então se desdobra em ordem de tempo e
espaço, de acordo com a lei cósmica. Da mesma forma, toda a ideia de toda a Criação
está naquela única célula. Toda ideia é onipresente. Não há partes do Todo.
Cada passo no desdobramento do homem-ideia segue o desejo contínuo de
desdobramento. A memória celular de propósito é dada a cada célula à medida que ela se
desdobra. O padrão da ideia segue em sequência assim como o desejo na Mente Divina e
desejo na ideia emergente trabalham juntos para expressar a ideia em forma.
Toda ação de desdobramento do homem é uma parte do desdobramento do homem-
ideia tal como ele existe como um todo na Mente de Deus. Qualquer desejo do homem é,
portanto, uma extensão bidirecional da Luz dessa ideia de Deus para o homem. O que
Deus deseja expressar no homem, Ele o expressará, pois Ele é o Criador do homem.
Tudo o que o homem deseja, o Deus nele criará. O homem deve, entretanto, cocriar
com Deus, de acordo com a lei universal de Deus. Se o homem violar essa lei, a lei o
violará em igual medida.

A VIDA É UMA SEQUÊNCIA DE EXPERIÊNCIAS

Todas as expressões de desejo no desdobramento de qualquer ideia são parte da


ideia. Elas são experiências nas decisões. Todas as experiências são partes do
desdobramento de qualquer ideia.
Sejam quais forem essas decisões, no entanto, elas são registradas no homem
individual como sua própria interpretação do homem-ideia. Da mesma forma, elas são
registradas em toda a raça humana como a soma total de todos os desejos e experiências
do homem-ideia como um todo.
Como a ideia de qualquer coisa é uma só, assim também as partes dessa ideia são
uma só.

INTERCOMUNICAÇÃO INSTINTIVA

Se não fosse por instinto, a vida animal não poderia sobreviver ou se desenvolver.
O instinto faz com que ações mecânicas ocorram em todos os órgãos para atender
às necessidades da existência. O instinto protege a vida animal dos inimigos. Ele diz o
alimento adequado para comer, como construir ninhos, como cuidar de seus filhotes,
como voltar para casa quando se afasta muito, como faz o pombo-correio, e incontáveis
outras coisas maravilhosas que os animais fazem.
Um salmão, que nasce em um determinado rio, deixa instintivamente esse rio e se
dirige para o mar até a maturidade. No momento apropriado para seu acasalamento e
desova, ele então retorna, ao longo de milhares de quilômetros sem trilha, ao próprio rio
em que nasceu.
É o instinto que diz às aves para voarem para o sul antes do inverno. O instinto diz
a elas a direção sul. O instinto diz a elas que está mais quente nessa direção. O instinto

35
também governa a migração das focas, a construção de represas por parte do castor e a
tecelagem da teia da aranha.
O instinto pode ser definido como um registro de memória celular de todas as ações
de um corpo, e de todas as sensações causadas por essas ações.

O INÍCIO DO INSTINTO

Sem o instinto em toda a vida animal e vegetal, sua evolução não seria possível.
Todas as criações do Criador são o resultado de registros de ondas elétricas do
pensamento do Criador. Elas são partes de toda a ideia desmontadas e colocadas juntas
pouco a pouco. Elas são o resultado da Lei Universal, de Causa e Efeito.
Nenhuma das criações do Criador tem nelas, em seu início, o poder de pensar. São
necessários milhões de anos para que organismos complexos reconheçam o espírito
dentro deles o suficiente para pensar. Durante estas longas eras, eles são guiados quase
que inteiramente por seus reflexos instintivos. Apenas o homem começou a pensar,
raciocinar, imaginar, criar e inventar, e somente durante os últimos milhares de anos.

INSTINTO É O CONTROLE DE DEUS

O instinto é, portanto, o controle de Deus sobre as ações de Suas criações. As ações


involuntárias do corpo, como a batida do coração ou a ação dos glóbulos brancos, não
conhecem seu propósito no processo de cura do corpo, mas Deus centraliza e controla
cada átomo de Sua Criação e cada um deve cumprir seu propósito.

CONSTRUÇÃO DO INSTINTO POR DEUS E PELO HOMEM

Um bom exemplo da maneira como Deus e o homem trabalham juntos para a


expressão criativa é uma mulher que tricota. O tricô faz parte do homem-ideia que requer
uma habilidade. A mulher que deseja tricotar deve desejar adquirir essa habilidade. O
desejo deve preceder toda expressão de tal desejo.
Lentamente, ela dá um ponto de cada vez. Todo o seu poder de concentração é
necessário para dar esses primeiros pontos. Cada ponto dado, entretanto, tem dentro de si
o desejo de dar o próximo ponto.
Muito lentamente, ela entrelaça os fios no padrão necessário. As células de seus
dedos adquirem gradualmente memórias celulares de seu propósito. Estas células se
coordenam com outras células do corpo no desenvolvimento de toda a habilidade.
Gradualmente ela aprende a tricotar instintivamente. Sua mente é liberada da
concentração e ela pode pensar em outras coisas e conversar livremente. Só as células de
seu corpo trabalharão a partir da memória do propósito que lhes foi dado.
As habilidades instintivas são assim transmitidas aos corpos do homem pelos
esforços cocriativos de Deus e do homem. O pianista ensina seus dedos a trabalhar
instintivamente a fim de libertar sua mente para pensar em música. Deus está trabalhando
com ele. Sem esta cooperação momento a momento com Deus, ele não poderia fazer
nada.
Deus, Criador de todas as coisas, conhece todas as coisas e tem todo o poder.
O homem e Deus são Um. O homem pode conhecer todas as coisas e ter todo o
poder na medida em que deseja conhecer todas as coisas e ter todo o poder. A percepção
da Luz no homem lhe dará todo o conhecimento e poder. O homem não pode estar
separado de Deus em nenhum momento. Nem pode nenhuma parte da Criação estar
separada de Deus a qualquer momento.

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“Todas as coisas vêm e vão do Meu pensamento dividido.

“Todas as coisas vão do Meu coração para o Meu universo imaginado; e quando
elas desaparecem de lá eu também as levo de volta para o Meu coração.

“Saiba que todas as coisas que criam são coisas ressuscitadas, manifestando
novamente a Minha vida através de Meu pensamento dividido.

“O homem divide seu pensamento ao Me manifestar.

“O corpo do homem dorme, para que possa despertar em Mim, para Me


manifestar.

“O corpo do homem morre, para que possa ser ressuscitado em Mim, para Me
manifestar.

“O corpo do homem desaparece, para que ele possa reaparecer para Me


manifestar.

“O homem que dorme ou morre ou desaparece é apenas a imagem do homem, pois


o Eu do homem não dorme, nem morre, nem desaparece; pois o Eu do homem sou Eu.

“Mais uma vez digo que Eu sou Um, e o homem é Um em Mim quando ele sabe que
Eu sou ele”.

-d’A ILÍADA DIVINA

37
Capítulo XIII

INCONSCIÊNCIA, SONO E DOR

Há muita confusão em relação à condição supostamente possível conhecida como


“estar inconsciente”. Quando dormimos, ou estamos anestesiados, dizemos que estamos
“inconscientes”.
Não podemos estar inconscientes. Sempre estivemos conscientes sem a mínima
percepção disso.
Nossa confusão a este respeito reside em confundir sensação e pensamento com
consciência.
Quando deixamos de pensar, adormecidos ou acordados, não deixamos de
CONHECER, nem deixamos de estar conscientes de nosso Ser. Nós apenas deixamos de
colocar nosso conhecimento em movimento para expressar a ideia através das pulsações
do pensamento.
A Mente Consciente não dorme. Dormir é apenas a metade negativa do ciclo de
onda da percepção elétrica da sensação. A vigília é a metade positiva.
Toda a natureza dorme quando a luz do sol diminui a capacidade de todas as coisas
de manifestar vida. O sono é a metade da morte do ciclo de vida-morte.
Pode-se dizer: “Não tenho ideia disto ou daquilo”, mas não se pode dizer: “Estou
inconsciente” quando se está sempre consciente.
A percepção consciente é o CONHECIMENTO. Não perceber significa ainda não
conhecer. O conhecimento está dentro do homem, o qual ele pode conhecer quando deseja
conhecer.
O sono e a vigília são partes positivas-negativas de um ciclo de ondas, assim como
o nascimento e a morte são extremidades opostas de um ciclo de vida.
Dormir é apenas um anestésico. O sono pode ser induzido quimicamente, seja para
todo o corpo ou qualquer parte dele, dessensibilizando suas células. Quando o corpo ou
partes dele são “postas para dormir”, elas não se tornam “inconscientes”; sua voltagem
foi meramente reduzida.
O dentista não se refere a um anestésico local como tendo produzido inconsciência;
ele se refere a ele como uma condição dessensibilizadora, mas quando o cirurgião
dessensibiliza o corpo, então supõe-se que ele esteja “inconsciente”. Presumimos que o
cérebro parou de pensar. O cérebro não pensa, portanto não pode deixar de fazer aquilo
que nunca faz. Assumimos que os corpos deixam de ser conscientes, mas a consciência
nunca está nos corpos.
Um anestésico local para a dor. A dor é uma corrente elétrica muito intensa. A
voltagem é muito grande para que os fios nervosos suportem a tensão. Eles queimam, e a
sobrecarga da queima provoca a dor.
Quando os nervos do corpo SENTEM uma corrente elétrica passando por eles, o
corpo está consciente de que algo está acontecendo para desbalanceá-lo. Quando o corpo
está balanceado, ele não tem nenhuma sensação. Quando o corpo está desbalanceado, a
sensação o informa quando e onde, caso contrário ele não poderia funcionar.
A vigília e o sono são apenas a carga e descarga das incontáveis baterias elétricas
do corpo. Se essas baterias fossem mantidas constantemente carregadas, não haveria
condições tão alternadas como sono e vigília.
Este planeta está nos transportando em nossa jornada ascendente até nosso ápice. O
sol é o gerador que carrega suas baterias. O sol é esse gerador, mas a Terra está
continuamente se voltando e se afastando de seu gerador.

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Como a luz do sol desaparece de uma extremidade da borda do planeta à noite, tudo
vai dormir. Ao contrário, todas as coisas despertam ao amanhecer. As baterias de todas
as coisas na Terra estão sendo carregadas para sempre diariamente e descarregadas
durante a noite.

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“Eu centralizo o eixo móvel do Meu universo, mas não me movo, embora seu poder
de mover brote de Mim.

“Eu centralizo os sistemas em crescimento, e mudo as células dos sistemas em


crescimento, mas não mudo, mesmo que seus padrões de mudança brotem de mim.

“Eu centralizo coisas vivas que manifestam Minha vida, mas elas não vivem.
Apenas Eu vivo.

“Coisas em crescimento estão movendo coisas no sentido do homem, embora não


se movam no conhecimento do homem.

“Coisas em movimento estão mudando as coisas no sentido do homem, ainda que


não mudem no conhecimento do homem.

“Embora as coisas do sentido do homem se movam rapidamente, elas simulam o


repouso, enquanto se movem, do qual elas brotam em movimento aparente”.

-d’A ILÍADA DIVINA

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Capítulo XIV

MOVIMENTO SIMULANDO O REPOUSO

Este universo elétrico de movimento se move para sempre para encontrar repouso,
mas nunca o encontra. A matéria em movimento violento simula repouso e
balanceamento através do movimento violento. Quanto mais violento o movimento,
maior é a ilusão de repouso e balanceamento. O movimento pode cessar, mas nunca pode
se tornar repouso.

ESTE UNIVERSO DE FAZ-DE-CONTA

Todo o universo de onda dinâmica da matéria elétrica não é o que parece ser. Tudo
o que parece estar em repouso depende de um movimento violento para levar a crer que
está em repouso.
Uma roda de fios poderia parecer um disco de aço se girada suficientemente rápido.
Quanto mais rápido ela é girada, mais em repouso parece estar.
Este planeta, aparentemente em repouso, está em violento movimento em torno de
seu ponto central de repouso, do qual se estende eletricamente. Nuvens aparentemente
sem movimento, flutuando acima da terra, estão girando com ela à tremenda velocidade
de mil e seiscentos quilômetros por hora no equador, ou quatro vezes mais rápido que um
avião.
Todos os planetas estão girando rapidamente em torno de seu sol central que parece
estar parado no espaço, mas na verdade está se movendo com uma velocidade incrível.
Da mesma forma, todas as estrelas da noite, simulando repouso, estão se movendo
a velocidades fantásticas para ajustar seus desbalanceamentos mútuos neste universo
duplo de pressão dividida.
O lápis na mão, a mesa sobre a qual se está escrevendo, a sala cheia de coisas sem
movimento, parecendo estar em repouso, estão apenas simulando repouso através do
movimento violento de suas muitas partes. Vibrações tremendas podem estar naquele
peso de papel de vidro.
Nenhuma coisa poderia manifestar o resto que ela simula se não fossem as incríveis
velocidades daqueles átomos que tão incessantemente giram para tornar possível aquele
aparente repouso.

MESMO COISAS IMÓVEIS NÃO ESTÃO IMÓVEIS

Toda matéria aparentemente imóvel está manifestando o repouso de faz-de-conta


através de um movimento de faz-de-conta.
O próprio movimento é uma ilusão. O movimento que se sente no cérebro não tem
mais realidade do que o movimento que se sente em um filme.
O aparente movimento do cinema ocorre por sequências de mudança de formas
padronizadas projetadas na tela que dão a impressão de movimento por causa da rápida
mudança de padrão nos negativos. Essa mesma ilusão se aplica ao universo material.

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“Sem mudança Minha peça de criação não poderia ocorrer, nem seus atores
poderiam atuar. Eis, portanto, o universo em transformação do Meu imaginário, o
universo aparente do Meu pensamento.

“E novamente digo que não há mudança em Mim, o Imutável, portanto, também


não há mudança em Meu universo de pensamento de pares de coisas opostas que se
intercambiam para sempre para simular Meu universo de mudança.

“Mesmo a aparente mudança do Meu universo de pensamento não é mudança,


exceto pelos sentidos das coisas percebidas que estão ligadas a pares de partes de todos.

“Cada par percorre seu caminho através das pressões intercambiáveis de sua
jornada elétrica. Cada par aparece, depois desaparece, para reaparecer.

“Embora os sentidos das coisas percebidas mudem em todas as coisas, elas não
mudam para o conhecimento consciente.

“Por que ser escravo do sentido? Ergue-te acima do teu sentir. Sê Eu em teu
conhecimento.”

-d’A ILÍADA DIVINA

42
Capítulo XV

A ILUSÃO DE MUDANÇA

A mudança é uma ilusão dos sentidos devido ao movimento.


Não há nenhuma mudança no universo consciente do conhecimento. Há apenas
uma ilusão de mudança criada pelas duas luzes do pensamento que se intercambiam para
dividir a Ideia Única Integral em muitas ideias separadas e registrá-las na matéria em
movimento.
Os sentidos são o público para estas pulsações de pensamento. Os sentidos são uma
parte desta ilusão. Os sentidos são elétricos. Eles pertencem ao universo do pensamento
do movimento e não respondem à imobilidade. Como o próprio movimento é inexistente,
os sentidos também são inexistentes.
Os sentidos são apenas os registros imaginados do movimento, da matéria e da
mudança imaginados. Como tal, eles se limitam a espreitar a imensidão que se estende
além de seus sentidos. Os sentidos não têm conhecimento do que eles sentem. Eles
simplesmente registram o movimento.
Os sentidos respondem ao movimento em apenas uma direção. Eles sentem o fluxo
do tempo para frente, mas não o seu fluxo para trás. Se eles pudessem registrar ambas as
direções, eles tomariam consciência da imobilidade deste universo zero de movimento
aparente.
O Universal o planejou desta forma, caso contrário não poderia haver manifestação
sequencial do pensamento que constitui o universo criador.
Quando nosso conhecimento superar o nosso sentido, não seremos mais enganados
pelas ilusões de nossos sentidos.
Um homem vendo um filme tecnicolor pela primeira vez e sem conhecimento de
tais efeitos elétricos pensaria que estava olhando através de uma janela para
acontecimentos reais, sem saber que era apenas uma ilusão “criada” ao projetar luz
positiva através de padrões negativos. Isso é tudo que a criação é; duas luzes projetadas
uma através da outra para simular movimento, forma e mudança.
Nossos sentidos são como passageiros em um trem em movimento rápido. Eles
sentem partes da paisagem enquanto vão para frente, enquanto, para seus sentidos, a
paisagem vai para trás. Os sentidos interpretam estes efeitos como matéria em movimento
rápido, que está sempre mudando rapidamente. Um homem, vendo o mesmo trem a partir
de uma montanha, sentiria esse mesmo movimento rápido e mudança rápida como
imutável e imóvel.
À medida que o homem se desdobra do homem que sente para o homem espiritual,
ele gradualmente se torna consciente do movimento bidirecional de todo efeito; sendo
essas duas direções o efeito visível que responde a seus sentidos e o efeito invisível que
ele conhece, mas não sente.
Gradualmente chega o tempo em seu desdobramento quando sua plena percepção
da Causa anula toda a confiança na sensação.
Ele então se eleva acima de sua intuição. Ele então conhece o universo do
movimento pelo que ele é e não pelo que parece ser.

43
“Não vejas mais apenas com os olhos exteriores, pois tens olhos de conhecimento
para anular as ilusões de teus sentidos.

“Durante longos éons, o homem caminhou em sua terra com olhos para os sentidos
externos, acreditando nessa terra com sentir do seu corpo. Através de seus novos éons,
ele deve caminhar pela terra da visão interna e conhecer-Me nela como se estivesse
vendo-a na Minha Luz e na Luz dele.

“Pois penso na terra, e a terra aparece, desaparece e reaparece em ritmos


balanceados de Meu pensamento. Portanto, eu digo, a terra do homem e o homem não
são senão Minha imaginação, para ir e vir com Minha imaginação. Não sou Eu, nem é
ele; nem é o que parece ser para ele.

“O homem não colocará a terra antes de Mim por mais tempo, ganhando nada da
terra e nada de Mim.

“Pois eu sou um Deus paciente. Aguardo pacientemente o despertar do homem.

“O homem desperto é aquele que conhece a Minha Luz nele. O homem pode
escolher seus próprios éons para seu despertar, mas deve Me conhecer. Até esse dia, a
agonia do homem do conhecimento será somente do homem. Seu conhecimento deve ser
seu próprio desejo.

“O homem conhecedor é o homem cósmico extasiado. Aquele que começa a Me


conhecer nele - sim, mesmo aquele que suspeita de Mim nele, apressa seu desdobramento
para o homem cósmico onisciente.”

-d’A ILÍADA DIVINA

44
Capítulo XVI

OS SENTIDOS ENGANAM

Imagine uma roda perfeitamente imóvel e uma mosca andando ao redor de seu aro,
movendo-se sempre para frente sobre o chão em constante mudança, e a roda
aparentemente se movendo para trás, durante uma continuidade de tempo na qual a mosca
sente uma constante mudança na roda imutável.
Toda vez que a mosca voltasse ao mesmo ponto, ela calcularia o tempo passado
consumido na viagem e o tempo de avanço necessário para o próximo circuito.
A roda estando imóvel, o movimento, a mudança e o tempo são criados pela própria
mosca, pois ela desmonta toda a ideia da roda ao percorrê-la e examiná-la pouco a pouco.
A mosca sentiu o movimento ao mudar sua posição na roda. Ela sentiu a mudança
ao encontrar uma aparente diferença de condição a cada movimento para frente. Sentiu o
tempo criando as sequências necessárias para desmontar a única ideia da roda e dividi-la
em muitas ideias separadas.
Esta simples analogia é um bom símbolo da Criação. Este planeta, como a mosca
na roda, move-se para sempre em sua órbita sem movimento. A órbita é tão rígida e
imóvel quanto a roda sobre a qual a mosca está se movendo.
À medida que o planeta se move sobre a roda de sua órbita, ele sente o movimento
e a mudança constantes. Sente mudanças de dias em noites, de primavera se tornando
verão, de outono se tornando inverno. Todas estas mudanças aparentes estão no
movimento do planeta e não na roda de sua órbita. Cada mudança é inteiramente devida
ao movimento do planeta e não à órbita imutável. O próprio planeta registra mudanças
em sua roda imutável. Portanto, a mudança está apenas no movimento. Os sentidos são
movimento, portanto os sentidos sentem apenas o que eles mesmos são.

INADEQUAÇÃO DOS SENTIDOS

O homem superestima seus sentidos. Ele coloca muita dependência neles sem
justificativa, pois eles não estão registrando todos os fenômenos de seu entorno. Ele
também confia demais neles sem justificativa, pois eles estão constantemente o
enganando.
Enquanto seus sentidos registram a imobilidade e o repouso da Natureza em uma
tarde tranquila, eles não conseguem registrar o movimento violento de tudo em seu
ambiente inteiro, desde a fina grama até as nuvens nos céus acima dele.
Essas nuvens aparentemente sem movimento estão se movendo à velocidade de mil
e seiscentos quilômetros por hora no equador, sem a menor evidência de que esse
movimento rápido esteja sendo registrado em seus sentidos. A Terra também está se
movendo muitos quilômetros por segundo em duas direções; uma de rotação sobre seu
eixo e a outra de revolução em torno de sua órbita. Seus sentidos registram a imobilidade.
Eles estão eletricamente alheios desse movimento.
Este engano é como deveria ser, assim como o mesmo engano em um cinema é
como deveria ser. O universo de Deus é apenas um registro elétrico de Seu conhecimento,
manifestado por Seu pensamento. Para assim registrar a ideia de Seu conhecimento nas
duas luzes de Seu pensamento, é necessário um universo tridimensional. Se os sentidos
pudessem detectar e registrar todo movimento, ao invés de apenas uma parte dele, a ilusão
desapareceria. Os sentidos veriam por trás da ilusão e descobririam que todo o movimento
se anula. A divisão do todo em partes causa a ilusão. Se o filme fosse removido do
projetor, a ilusão de movimento e mudança seria anulada.

45
É isso que é a Criação, a Luz Única do conhecimento dividida nas partes
padronizadas do pensamento. O sentido é apenas uma tensão elétrica criada pela aparente
divisão de um em muitos, que “esticam” para satisfazer seu desejo de unicidade.
Quando uma unidade de condição é consumada, a sensação entre essas partes cessa
porque a tensão cessa. Os sentidos, sendo apenas uma tensão de desejo de unidade entre
as partes divididas, não têm existência.
Os sentidos são fios de fluxo elétrico de luz conectando cada partícula do universo
com cada outra partícula. Eles são os nervos intercomunicantes do único corpo universal.
Quando cessa a tensão do desejo de equilíbrio, repouso ou unidade, cessa a
sensação.
Neste universo elétrico, a sensação é a tensão de resistência à separação que existe
entre todas as massas separadas. Toda matéria é uma só. As partículas separadas desejam
encontrar essa unicidade.
É parte do plano de Deus que os sentidos se limitem inteiramente ao registro de
uma fração muito pequena do efeito. Os sentidos nunca podem sentir o Todo, mas a Mente
consciente pode CONHECER o Todo.

46
“Estas palavras eu digo agora para o homem que compreende seu novo ciclo.

“Amai-vos uns aos outros, todos os homens; pois sois um em Mim.

“O que fazeis a um em Mim, fazeis a todos; pois todos são um em Mim.

“Amai o vosso irmão como a vós mesmos. Servi ao vosso irmão antes de vós
mesmos. Levanta teu irmão para o alto, levanta-o para os altos cumes, pois teu irmão é
teu eu.

“Por uma verdade, digo, o amor a si mesmo, ou a nações, volta o próximo contra
o próximo, e nação contra nação. O amor-próprio gera ódio e semeia sua semente em
todos os ventos para soprar onde quiser. Portanto, digo eu, ame ao próximo pelo
próximo, e nação pela nação, una todos os homens como um só.

“Serve primeiro teu irmão. Magoai primeiro a vós mesmos, e não ao próximo. Não
se ganha nada com ele desbalanceado por sua causa. Protege os fracos com tuas forças,
pois se usares tuas forças contra ele, sua fraqueza prevalecerá contra ti, e tuas forças
não te servirão de nada”.

“Aquele que dá amor prospera poderosamente; mas aquele que não recebe nada,
não ganha nada.

“Por que perder tudo para ganhar o mundo, não ganhando nada?

“Aquele que não depositou um tesouro no céu para igualar o tesouro ganho da
terra, procurou a escuridão.

“Para ele, a Luz está longe.”

-d’A ILÍADA DIVINA

47
Capítulo XVII

O NOVO CICLO DO HOMEM

Esta próxima era marcará um avanço épico na evolução do homem em direção a


seu objetivo de onisciência e onipotência.
O homem se torna um ser superior com maior poder à medida que adquire
conhecimento. Somente no conhecimento reside o poder. Somente através do
conhecimento o homem pode se tornar cocriador com Deus.
O conhecimento só pode ser obtido pelo homem através da percepção do Espírito
dentro dele. A falta dessa percepção é a tragédia da civilização atual.
Durante o último século do maior progresso científico da história do homem,
grandes nações do mundo mataram, roubaram e escravizaram outros homens para
construir seus próprios impérios.
Ainda hoje o homem mata aos milhões, justificando sua matança como necessária
para sua autopreservação. Agora ele está apenas colhendo o que plantou. Aquele que vive
pela espada, morrerá pela espada.
Nenhum homem pode ferir outro homem sem se condenar a um dano maior.
O medo domina o mundo de hoje. Enquanto o medo está no mundo, o amor também
não pode estar. O amor nunca pode dominar o mundo até que o homem deixe de viver
uma existência sentida principalmente e conheça a Luz do espírito dentro dele.
Esta nova era traz o homem um passo mais próximo ao universo do conhecimento
maior através de uma maior compreensão da relação do homem com o homem, e com
Deus.
Cada ciclo passado do crescimento do homem em direção a níveis mais elevados
tem sido iluminado pelos poucos mensageiros inspirados da Luz que conheceram Deus
em si mesmos.
Novos mensageiros inspirados que conhecem a Deus em si mesmos também darão
a Luz a este novo ciclo. E esses poucos mensageiros da Luz devem multiplicar-se em
legiões, pois a necessidade de um despertar espiritual é grande.
Toda a razão de ser do homem é passar gradualmente através de seus milhões de
anos de sensações físicas para seu objetivo final de conhecimento espiritual. O homem
atingiu agora um ponto de transição em seu desdobramento onde ele deve ter esse
conhecimento. Ele pode adquirir esse conhecimento somente através de uma maior
percepção da Luz do Eu universal que o centra como Um com Deus.

48
O SEGREDO DA LUZ

Parte II

ONIPOTÊNCIA

O Universo do Poder

49
“Sem o pensamento, Minha Ideia Única não poderia se tornar muitas ideias únicas
para o meu palco.

“Sem movimento Minha peça cósmica não poderia ser representada, nem seus
atores poderiam atuar.

“Sem mudança, minha Ideia Única indivisível não poderia se desdobrar.

“Sem tempo, Meu drama de Meu universo criador não poderia ter sequências.

“Sem movimento, tempo, mudança e sequências, o desdobramento das


imaginações da Minha Mente não poderia ter espaço um para seus palcos, nem uma tela
para suas projeções de luz.

“Portanto, veja-as como eu as imagino; mas saiba que elas são apenas padrões
desdobrados do Meu conhecimento através do Meu pensamento.

“Saiba, portanto, que o tempo não é nada, nem há coisas em movimento que
mudam; nem há vida, nem morte, nem frio, nem calor, nem bom, nem mau em Meu
universo de Mim”.

- d’A ILÍADA DIVINA

50
Capítulo I

AS DUAS SUPREMAS ILUSÕES DO HOMEM

O segredo da Luz só é compreensível para o homem se ele resolver primeiro suas


duas supremas ilusões. A maior delas é a ilusão do próprio universo. O homem nunca
conheceu seu universo pelo que ele realmente é, mas apenas pelo que seus sentidos o
fizeram acreditar que ele é. Seus sentidos o enganaram poderosamente.
A outra é a ilusão do próprio homem. Com exceção do nazareno, o homem nunca
conheceu o homem até agora. Tampouco conheceu sua relação com o universo, nem com
seu Deus ainda mais insondável.
O pouco que o homem conhece de si mesmo e de seu universo é o que os olhos e
ouvidos de seu corpo lhe disseram que viram e ouviram sobre si mesmo e sobre seu
universo.
Mas o homem tem olhos e ouvidos do espírito que veem e ouvem o que os olhos e
ouvidos focados no sentido do homem nunca podem ver ou ouvir, pois o homem ainda é
muito novo em seu desdobramento. Ele ainda está apenas no seu início.
O homem sente o movimento, a mudança, a sequência, a multiplicidade, o tempo,
a atividade, a vida, a morte, o bem e o mal. Destas coisas, ele tem certeza. Seus sentidos
o tornaram mais certo de sua realidade substancial. Diante do fato de que ele viveu com
seu universo familiar durante toda sua vida, não é fácil para ele aceitar a afirmação de que
ele não tem existência alguma, que é tudo ilusão, tudo isso, não restando nada sobre o
qual sequer basear essa ilusão.
Ele pode aceitar a ilusão de que os trilhos da ferrovia se encontram no horizonte,
mas os trilhos da ferrovia são reais, mesmo que seu aparente encontro não seja. Eles, pelo
menos, ainda permanecem como base para sua própria ilusão.
Uma miragem de uma cidade é compreensível para o homem também como uma
ilusão. Ele sabe que ela não existe, mas também sabe da realidade da cidade que se repete
assim, como um fantasma, nos espelhos e lentes das ondas de luz dos céus acima da
cidade. Dizer-lhe que a cidade, assim como sua própria miragem, não tem existência é
impor um fardo muito pesado sobre sua credulidade e paciência.
Mas é isso que o segredo da Luz revela, e é isso que devemos dizer, de forma
simples e convincente, tanto a leigos, religiosos e cientistas, e nos padrões e métodos de
linguagem que cada um exige para sua convicção.
Portanto, venha, e conheça Deus, Seu universo e o homem com outros olhos que
não os que se baseiam nos sentidos. Os olhos do espírito são olhos conhecedores. O
universo do saber de Deus é tudo o que é. O universo do movimento aparente não existe.

51
“Por que ser escravo do sentido. Sê Eu em teu conhecimento.”

-d’A ILÍADA DIVINA

52
“Os céus e as terras do Meu universo curvo são pai-mãe do Meu universo, cada
um do outro e cada um para o outro. Nenhum deles pode ser a não ser que o outro também
seja.

“Nem um pode deixar o outro, dizendo: ‘Senta-te aqui enquanto eu viajo para os
confins do mundo’.

“Nem pode haver nada sobre a terra sem o céu paternal, nem nos céus sem a
maternidade da terra; nem homem, nem pássaro, nem réptil, nem peixe, nem animal da
selva selvagem; nem árvore, nem flor, nem inseto cantante; nem tempestade, nem tornado
selvagem, nem brisa suave de um mar calmo; nem nuvem, nem névoa, nem gota de
orvalho para pétalas de flores; nem uma destas coisas pode nascer só da terra sem a
paternidade da terra, nem o céu só pode gerá-las sem a maternidade da terra.

“Mais uma vez eu digo: Eu, a Luz, sou Um. Mas meu pensamento é dois, pois o
pensamento é dois em cada coisa criadora, duas metades de Um que nunca pode ser Um.
Sempre devem ser dois para ir de Mim e de volta a Mim por ter se reencontrado com o
outro depois de ter encontrado repouso em Mim.”

-d’A ILÍADA DIVINA

53
Capítulo II

GÊNESIS

I
No princípio, Deus, o Pai.
O Pai é Luz, a Luz imóvel do Espírito que nenhum homem pode ver.
A morada do Pai é o Reino dos Céus; e é sem forma e vazia.
Na Luz está a semente da Criação; e a Luz é o Pai da semente. Na Luz está o Ser, e
na semente está o desejo de Ser. E o desejo na semente é a alma na semente.
O Pai Celestial conhece Sua Ideia. Ele a conhece como Única, Indivisível.
Na Luz do Pai, a Luz é a semente da onisciência. Nele está o duplo desejo de
desdobrar e redobrar Sua semente de onisciência em formas à imagem de Sua imaginação,
dividindo a totalidade em partes, a imobilidade em movimento, o imutável em mudança,
o incondicionado em condicionado, o vazio em forma, o infinito em medida, a eternidade
em tempo e a imortalidade em mortalidade.

II
O espírito de Deus se moveu para satisfazer Seus dois desejos e disse: “Que haja
Luz; e que a escuridão brilhe da Luz e a Luz da escuridão”. E assim foi.
A Luz Única do Pai em Seu Reino dos Céus dividiu o vazio. E eis que duas luzes
pai-mãe de sóis sem noite brilhavam da escuridão do vazio e o dia aparecia na unicidade
indivisível do dia eterno.
E o Pai centrou Seus sóis como semente de Seu desejo de que as formas
aparecessem da Luz sem forma para satisfazer Seu desejo de divisão do Um em muitos,
formados à imagem de Sua imaginação.
E poderosas respirações polares de desejo dentro dos sóis sem noite geraram a terra
para o curso dos céus distantes dos sóis para dividir o dia e dar a noite ao dia. E, ah! a
noite nasceu nas terras do dia sem noite e o dia nasceu da noite.
E Deus percebeu que era bom que cada um dos dois, gerado de Um, nascesse do
outro, para desaparecer em Um, para reaparecer como o outro.
Assim a Luz Única do conhecimento de Deus se estendeu à duas de Seu
pensamento, pulsou como os três de todas as coisas criadoras, o Um centrando os dois,
os dois estendidos do Um; o Espírito; a polaridade Pai-Mãe de Luz; a Trindade centrando
o eixo das Criações, o fulcro de seu batimento cardíaco, o todo UM.

III
A forma de extensão do conhecimento de Deus ao Seu pensamento foi da seguinte
forma:
O Pai do Reino estendeu Seus braços de Luz imóvel até Seu céu e disse para uma:
“Senta-te aqui e olha para dentro. Sê tu semente do Meu conhecimento para repetir o Meu
pensamento. Refresca as formas de Meu imaginário dentro de tua imobilidade e devolve-
as a Mim para a ressurreição nas formas à imagem de Meu imaginário.
“Sejas Pai do Meu pensamento; e que teu nome seja Norte, pois Norte, na Luz,
significa inspiração dos céus em direção à unidade na semente. Guia tu as formas
envolventes de Minha imaginação, desde a Tua semente até a Minha semente centrada”.
E para a outra Luz o Espírito centralizador disse: “Senta-te aqui e olha para fora”.
Sê tu o ventre do Meu conhecimento para a criação do Meu pensamento. Desdobrai
Minha semente a partir da imobilidade da semente e dai aos céus formas terrestres delas
para Me manifestar.

54
“Sejas Mãe do Meu pensamento; e que teu nome seja Sul, pois Sul, na Luz, significa
expiração da semente para os céus. Entrelaça teus fios de luz das terras e sóis com fios de
luz dos céus em padrões de Meu pensamento estendido do Meu conhecimento para
manifestar Meu conhecimento”.

IV
Ao Norte e ao Sul o Pai disse: “Eis em Ti e em Mim o firmamento do meu desejo
de espelhar a Luz do Meu conhecimento nas formas pai-mãe do Meu imaginário”.
E as terras apareceram abaixo e os céus acima do firmamento, cada um sendo um,
cada um espelhado do outro para se tornar o outro.
E ah! todas as imaginações na semente da terra se desdobraram nos céus para que
o céu se redobrasse em sementes na terra para o renascimento da terra; e eis que as
imaginações de Deus pulsaram com a vida de Suas imaginações dentro de Seu reino
onipresente.
Desta forma Deus dividiu as águas das águas: as que estavam debaixo do
firmamento, as que estavam acima do firmamento, e cada uma era de cada uma, e cada
uma das outras.
E Deus viu que era bom. Todas as coisas estavam assim divididas, como duas
metades de uma que nunca poderia ser uma, mas que deveria nascer uma da outra para
sempre para manifestar o Conhecimento do Um como os dois desejos opostos de Seu
pensamento.
V
E a onisciência estava na Luz. E Deus semeou sóis de sementes de Luz onisciente
até longe de Seu firmamento, para que se transformassem em imagens padronizadas de
Sua imaginação.
“A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas
espécies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E
Deus viu que era bom”. (GÊNESIS 1:12)
“E Deus disse: Que as águas tragam abundantemente a criatura que se move e tem
vida, e as aves que podem voar sobre a terra no firmamento aberto do céu”.
“Assim Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que
povoam as águas, de acordo com as suas espécies; e todas as aves, de acordo com as suas
espécies. E Deus viu que era bom”.
“E Deus os abençoou, dizendo, Sede fecundos e multiplicai-vos, e enchei as águas
dos mares; e deixai as aves multiplicarem-se na terra”. (GÊNESIS 1:20, 22)
“E Deus disse: Que a terra produza o ser vivo de acordo com sua espécie, o gado,
o réptil, e os animais terrestres de acordo com sua espécie: e assim foi.
“Deus fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos
domésticos de acordo com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo
com as suas espécies. E Deus viu que era bom”. (GÊNESIS 1:24 e 25)

VI
E Deus havia sussurrado ao homem por longas idades enquanto o homem era novo,
mas o homem não ouvia os sussurros de Deus.
E Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.
Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de
toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão’”. (GENESIS
1:26)

55
E eis que o homem conheceu Deus nele e emergiu da escuridão de sua selva para a
aurora da Luz nele e virou seus olhos para cima em direção ao Monte de sua ascensão,
do sentimento ao conhecimento. E o homem desejou sua ascensão para a Luz.
E Deus viu que era bom e habitou dentro do homem para dar-lhe a Luz da
onisciência, como o homem em despertar desejava a Luz da onisciência.

56
“A grande arte é simples. Meu universo é uma grande arte, pois é simples.

“A grande arte é balanceada. Meu universo é arte consumada, pois é simplicidade


balanceada.

“Meu universo é um universo no qual muitas coisas têm medidas majestosas; e,


mais uma vez, muitas têm medidas muito pequenas para serem percebidas.

“No entanto, não tenho uma lei para coisas majestosas, e outra lei para coisas que
estão além dos sentidos.

“Só tenho uma lei para todos os Meus pares opostos de coisas criadoras; e essa lei
só precisa de uma palavra para soletrá-la, então Me escute quando digo que a única
palavra de Minha única lei é

BALANCEAMENTO

“E se o homem precisa de duas palavras para ajudá-lo em seu conhecimento do


funcionamento dessa lei, essas duas palavras são

INTERCÂMBIO BALANCEADO

“Se o homem ainda precisa de mais palavras para ajudar a conhecer Minha única
lei, dê-lhe outra, e deixe que essas três palavras sejam

INTERCÂMBIO RÍTMICO BALANCEADO”.

-d’A ILÍADA DIVINA

57
Capítulo III

A LEI DO BALANCEAMENTO

A lei fundamental da Criação é o INTERCÂMBIO RÍTMICO BALANCEADO em


todas as transações na Natureza. É o único princípio do qual depende a continuidade do
universo. Da mesma forma, é o único princípio do qual depende a continuidade das
transações do homem, sua saúde e felicidade. É a manifestação dos dois desejos opostos
de Deus em todos os processos da criação.
O BALANCEAMENTO é o princípio da unidade, da unicidade. Nele está a
estabilidade que reside na CAUSA. O balanceamento é a base do universo.
O INTERCÂMBIO BALANCEADO simula a unicidade através do intercâmbio
entre pares de opostos. É o princípio igual entre todos os pares móveis de opostos
desequilibrados que constituem este duplo universo elétrico. Nele está a instabilidade do
EFEITO. A instabilidade busca permanentemente a estabilidade. Ela nunca pode
encontrá-la, mas pode simulá-la, balanceando sua instabilidade através de igualdade de
intercâmbio.
O INTERCÂMBIO RÍTMICO BALANCEADO é o princípio da continuidade do
EFEITO, o Intercâmbio balanceado entre opostos repete a simulação da estabilidade, e o
intercâmbio rítmico balanceado continua essa repetição.

A OBEDIÊNCIA À ÚNICA LEI É ABSOLUTA

O intercâmbio rítmico balanceado é a lei inviolável que deve ser obedecida. A


natureza a viola persistentemente e paga instantaneamente o preço de suas violações em
suas tempestades, tornados, avalanches e tragédias em campos, florestas e selvas.
O homem a viola persistentemente e paga instantaneamente o preço de sua violação
em suas falhas comerciais, inimizades, infelicidade e doenças.
Todas as tempestades da Terra não podem afetar o balanceamento da Terra, pois o
balanceamento no universo não pode ser perturbado. A Terra continua em sua órbita fixa,
balanceada com tanta precisão que sua posição pode ser determinada a qualquer momento
à frações de segundo.
Se a Terra desobedecesse a esta lei pela menor variação, seus oceanos varreriam
seus continentes para longe de todas as coisas vivas e em crescimento.

O HOMEM DEVE PAGAR PELA DESOBEDIÊNCIA

A desobediência do homem à lei não pode afetar o balanceamento do homem em


toda sua jornada, pois cada ação desbalanceada de sua parte deve eventualmente ser
balanceada. O homem está a caminho de seu objetivo cósmico de Unicidade com seu
Criador e não pode de forma alguma desviar-se daquela órbita fixa que eventualmente o
levará ao seu destino de glória no céu. Desobedecendo à lei, ele está apenas se ferindo
durante sua jornada, mas ele deve fazer a jornada e deve balancear cada ação
desbalanceada durante o caminho.
É como se um homem em um grande transatlântico desobedecesse às leis do navio.
Apesar de sua desobediência, o navio está levando-o ao seu destino e ele deve ir com ele.
Da mesma forma, ele se machucou diminuindo a felicidade de sua viagem.
Todo o princípio da Criação está em dar igualmente. A Unicidade da Luz é dividida
em dois iguais e opostos, e todo intercâmbio entre os dois deve ser igual em sua doação.

58
A divisão da Luz de Deus em duas aparentes é manifestada na Natureza por ondas
elétricas de duas luzes opostas que brotam do mar imóvel da Luz magnética de Deus,
assim como as ondas de água brotam do oceano imóvel.
A característica marcante das ondas é que elas se intercambiam para sempre. As
depressões se tornam cristas e as cristas se tornam depressões. A pressão da gravidade
acima e abaixo de seu eixo é igual. Enquanto a igualdade de intercâmbio continuar
ritmicamente, as ondas repetem seu intercâmbio. Quando a areia inclinada na praia
impede esta igualdade de intercâmbio rítmico balanceado, as ondas acumulam
desbalanceamento até se chocarem com a costa.
Toda transação nas relações humanas ou continua ou cessa de acordo com a
obediência ou desobediência a esta lei única. Um homem que vende e dá menos valor
pelo que lhe é dado, lança as bases para sua própria quebra. Ele tem cada vez mais
dificuldade para vender e perde muitos compradores ganhando sua inimizade. Aquele que
dá igualmente pelo que lhe é dado, multiplica seus compradores e prospera ganhando sua
amizade.
A pulsação, o pêndulo oscilante, a inspiração e expiração dos seres vivos
exemplificam a única lei de Deus de intercâmbio rítmico balanceado. Qualquer desvio
dessa lei na batida do coração de um homem poria em perigo sua continuidade, mas
quando há um intercâmbio rítmico balanceado entre os dois opostos de compressão e
expansão, a vida do homem continua a funcionar no máximo.
O homem tem o direito livre de escolher suas próprias ações, mas deve balancear
essas ações com reações iguais e opostas até aprender que a única lei de Deus deve ser
obedecida. Esta lei é inviolável.
Todo o propósito da vida é aprender a manifestar Deus na Verdade e na Lei. A lição
é difícil, mas o próprio homem a torna difícil por desconhecer a lei. À medida que o
homem conhece gradualmente seu propósito e a lei ao conhecer Deus nele, a vida se torna
cada vez mais bela, e o homem mais poderoso em sua manifestação de poder.
O poder do homem está em dar. Ele deve aprender a dar como a Natureza dá. Cada
metade de um ciclo dá eternamente à outra metade para dar de novo. A Natureza se
desdobra para sempre em muitas com o propósito de se redobrar em uma só. Cada
indivíduo deve manifestar esta lei universal.
O desejo de alguns dos chamados pais “superprotetores” de administrar a vida de
seus filhos por eles, muitas vezes afirmando que sacrificaram suas próprias vidas por eles,
estão tirando de seus filhos - não dando. Eles estão tirando a iniciativa que as crianças
precisam para completar seus próprios ciclos: eles devem viver suas próprias vidas por si
mesmos.
O homem deve conhecer o princípio da Criação: dar entre cada metade oposta
intercambiante de cada ciclo com o propósito de dar de novo. Esta é a lei universal e cada
indivíduo deve manifestar esta lei.
O homem guerreará para sempre com o homem até que aprenda a dar tudo com a
plena expectativa de receber de forma igual, e nunca tomando aquilo que não é dado como
uma recompensa merecida por sua doação.

59
“Todas as coisas são Uma, mas feitas para se parecerem como duas extensões de
Uma centralizada.

“Saiba que as duas extensões do Meu pensamento registrado são divididas por
Aquele que centraliza os dois, Aquele que balanceia os dois, Aquele que controla os dois.

“Eu, o Único, não estou dividido em dois, como pares de opostos de Mim. Eu divido
as duas extensões de Meu pensamento, mas não sou Meu pensamento, nem eu sou dois.

“Quando o homem pensa apenas no homem, negando a Mim, então é a imagem do


homem, não a Minha e a do homem, pois o padrão de Minhas imagens balanceadas e
rítmicas dentro do homem não pode ser visto nele; nem a glória de Minha Luz pode ser
vista nele ou conhecida por ele.

“Quando o homem pensa em Mim, ao conhecer a Mim, então ele é padronizado


pela Minha imagem e Eu sou ele.

“Quando o homem pensa em Mim nele, então o balanceamento do homem é


absoluto.

“Quando o homem pensa assim, então ele tem todo o poder que eu, teu Pai-Mãe-
Pensador da Criação, tenho”.

-d’A ILÍADA DIVINA

60
Capítulo IV

A FONTE DO PODER

Deus, o Criador, é PODER. Não há outro poder: Toda a energia está dentro da
imobilidade da Luz Única Magnética de Deus.
Deus é Mente, a Inteligência do Universo. Na Mente de Deus está a Ideia Única,
que Deus conhece como Ideia Única Integral.
Na Mente de Deus está o desejo de dar expressão criativa a essa Ideia Única,
pensando-a em partes. O desejo na Luz da Mente é a qualidade do poder da Mente. O
desejo é a alma da Mente; a vontade da Mente.
Deus expressa o desejo da Mente de manifestar Sua Ideia criando este universo de
ondas elétricas.
Este universo elétrico é o único produto da Mente de Deus.
Todo produto de Deus ou do homem é o resultado do desejo da Mente de criar
produto.
O poder de criar produto está na Mente. Ele não está no produto. O produto não tem
o poder em si mesmo de produzir a si mesmo.
Esta suposição de que o produto tem poder em si mesmo para produzir a si mesmo
é outra das ilusões do homem que enganaram os sentidos do homem durante estes
primeiros dias de seu desdobramento. É como se o arquiteto tivesse dado à sua catedral o
poder de criar a si mesma.
A catedral é uma expressão do desejo do arquiteto de dar forma à ideia de seu
conhecimento. O poder de criar a ideia está no conhecimento. A ideia da catedral já existe.
Os olhos do espírito podem ver sua imagem espiritual tão claramente quanto os olhos do
corpo podem senti-la na pedra como produto de seu conhecimento.
A expressão do poder de criar a ideia como produto reside na ação elétrica de pensar
a ideia em repouso na Luz da Mente como duas luzes de ondas de movimento que
simulam essa ideia.
Como servo da Mente, a eletricidade dá forma em movimento à ideia, realizando o
trabalho necessário para produzi-la. O poder de produzir, portanto, não está na
eletricidade nem no movimento. Ele reside apenas no desejo da Mente. Sem esse desejo,
a Criação não ocorreria. Sem esse desejo da Mente no homem, seu poder de criar não
ocorreria.
A mente é Luz em repouso. O desejo da mente é expresso através de ondas de luz
em movimento. A expressão do poder em ondas não é poder. Todo o poder do oceano
está em sua imobilidade, seja expresso ou não. Da mesma forma, todo o poder da Luz
está na imobilidade de seu conhecimento, seja ele expresso por ondas de luz ou não.
Todas as expressões de energia brotam do repouso, procuram um ponto de repouso
e retornam a uma condição de repouso. A força de uma alavanca em movimento não está
na alavanca nem em seu movimento. Ela está na imobilidade de seu fulcro do qual ela
toma emprestada sua capacidade de manifestar o poder de seu fulcro.
Deus é o fulcro do homem, e do universo. Nem o homem nem qualquer coisa em
movimento no universo, tem poder dentro de si mesmo para fazer qualquer coisa. Todo
poder expresso pelo homem deve ser estendido diretamente do Pai no céu para as luzes
pai-mãe da terra e dos céus que O manifestam.
O princípio mecânico por meio do qual o poder é expresso pelo Criador está nas
ondas de luz de movimento bidirecional que registram Seu pensamento bidirecional. As
ondas são ciclos bidirecionais que são divididos igualmente para expressar os dois desejos

61
da Mente de criar imagens a partir das imaginações da Mente e de destruir essas formas
sequencialmente para se reformar.
Ondas de movimento brotam da imobilidade do equilíbrio universal. Elas são o
batimento universal do coração que manifesta a vida eterna e o poder na imobilidade de
Deus por repetições eternas de vida e poder simulados, expressos em ondas de
movimento.
As ondas de movimento expressam o poder do desejo de desbalanceamento e
movimento que está na Luz em repouso, e também expressam o desejo oposto de
balanceamento e repouso que está em movimento.
O desejo na Luz Única da Mente é positivo. Sua expressão nas duas luzes do
movimento oposto é negativa. Toda expressão de poder na Natureza é negada por sua
expressão oposta.
Os sentidos são limitados à percepção de apenas uma dessas negações de cada vez,
e depois apenas em pequenas frações de ciclos inteiros. Se os sentidos pudessem registrar
o todo de cada ciclo de ambas as maneiras, eles registrariam a imobilidade, não o
movimento, pois cada ação seria anulada por sua reação de fluxo oposto.

62
“Pois eu ordenei que o pai-mãe do Meu palco imaginado, seus atores e seus
movimentos se tornem uma extensão-retração igual da Minha Luz.

“Dois iguais devem ser dois iguais, pois o desejo de cada um deles de desbalancear
cada um perturbaria Meu palco espacial e toda a descendência pai-mãe de Meu palco.

“Portanto, eu estabeleci uma medida em Meu alto céu para balancear cada um
com cada um, para que cada um possa ter o seu todo, mas nem mais um pouco; nem
perder nada, nem ganhar um pouco mais.

“Por isso eu, o ÚNICO, cuido de todos os Meus pares de coisas pai-mãe criadoras
com Meus dois olhos medidores para balancear o pai do Meu universo com a mãe dele.

“E como Meu universo elétrico sexuado é dois, assim também seus olhos medidores
devem ser dois, centrados por outro Um do qual os dois se estendem e parecem se mover
como aquela expressão miraculosa do Meu pensamento parece se mover”.

-d’A ILÍADA DIVINA

63
Capítulo V

ESTE UNIVERSO ELÉTRICO SEXUALIZADO

A Luz magnética imóvel do Pai de toda a Criação é Única. A Luz Única é o


princípio positivo. É a CAUSA.
As luzes elétricas pai-mãe em movimento de toda a Criação são duas. As duas são
opostas uma da outra. As duas se negam uma à outra. São os nervos intercomunicantes
do corpo universal, como os do corpo do homem através dos quais ele sente as coisas.
Elas não têm existência, a não ser uma percepção uma da outra. Elas são apenas extensões
miraculosas da imaginação da Mente que sente aquilo que elas apenas manifestam.
Cada oposto elétrico condiciona o outro com desbalanceamento sexual. Cada
condição sexuada dá desbalanceamento à outra para separar uma da outra para aumentar
o poder de uma de se opor à outra. Cada uma então se dá à outra para anular a condição
desbalanceada da outra. A fim de efetuar o balanceamento em cada uma, cada uma deve
tornar-se a outra. A carregada deve ser descarregada e a descarregada deve ser carregada.
A anulação do desbalanceamento só pode vir dessa forma. Da mesma forma, a repetição
só pode vir dessa forma.
O universo elétrico é o princípio negativo. Ele é o EFEITO. As duas luzes em
movimento do universo elétrico são duas metades iguais que se expressam em direções
opostas. Seu único objetivo é se opor.
Os opostos que se opõem violentamente e se anulam mutuamente nunca podem se
tornar um só, nem podem se atrair um ao outro.

SEXO DEFINIDO

O sexo é a divisão de uma condição balanceada em duas condições igualmente


desbalanceadas que se negam periodicamente com o objetivo de repetir as duas
condições desbalanceadas.
O sexo é o princípio criativo. É a dupla força de desejo na mente para expressar sua
única ideia. Sem uma divisão da Luz Única não condicionada em duas luzes
aparentemente condicionadas, a Criação não poderia ocorrer.
O sexo não é uma coisa, é uma condição de uma coisa.
Uma condição eletricamente balanceada de qualquer coisa é sem sexo, seja
homem, mulher, bateria elétrica, ou a atmosfera.
Uma condição sexuada é uma condição desbalanceada. Uma bateria elétrica que
está totalmente carregada é duplamente desbalanceada pelas pressões elétricas opostas de
compressão e expansão. Estas duas condições opostas desbalanceadas desejam
violentamente retornar à unicidade de balanceamento a partir da qual foram divididas em
duas. Um curto-circuito entre os dois polos da bateria lhe dará esse balanceamento.
Dizemos então que ela está morta, pois não realizará mais o trabalho expressando seu
desejo de balanceamento.
Uma atmosfera desbalanceada buscará violentamente uma condição balanceada,
dependendo da intensidade da condição desbalanceada. Quando a calma segue a
tempestade, significa que o desejo por balanceamento saiu dela, pois quando o
balanceamento for alcançado pelo repouso, o movimento não é mais possível.
A condição sexuada de desbalanceamento no homem é exatamente a mesma em
todos os fenômenos na Natureza. Uma condição sexual desbalanceada no homem exige
balanceamento da mesma forma, e sua violência depende de sua medida elétrica de

64
desbalanceamento. Quando esse desejo é satisfeito e o balanceamento é restaurado, o
homem é tão desprovido de sexo quanto a bateria morta e pela mesma razão.
O homem é recarregado em uma condição sexuada por seu batimento cardíaco, pela
comida que ele come e por sua respiração. Estes são os geradores que recarregam as
“baterias de armazenamento mortas” de todo o universo em “baterias vivas” sexualmente
condicionadas.
Uma condição sexuada e uma condição elétrica são idênticas. A eletricidade
condiciona toda a matéria sem sexo em sua condição sexuada, dividindo uma condição
sem pressão em duas pressões opostas que desejam ser liberadas de sua oposição. Todo
o trabalho do universo é realizado como resultado desse desejo na matéria desbalanceada
para buscar repouso em uma condição balanceada.
Este é um universo elétrico sexuado em cada efeito de movimento, seja no coração
de um sol gigante ou na pétala de uma violeta.
Toda ação de movimento no universo é resultado do desejo sexual de movimento a
partir de um estado de repouso, ou de repouso a partir de um estado de movimento.
Esses dois desejos sexuais de ação e reação elétrica são o resultado dos dois desejos
do Pai de manifestar Sua Luz Única através das extensas luzes pai-mãe que entrelaçam
Sua ideia de Criação nas múltiplas formas dessa ideia e as anulam periodicamente com o
propósito de repeti-las.
O desejo de movimento bidirecional em ação e reação iguais se reflete no duplo
desejo elétrico de dar para dar novamente, e de desdobrar para redobrar.

65
“Cada coisa em Meu universo é emparelhada como expressões opostas daquela
coisa. Nenhuma expressão é aquela que ela expressa; portanto, tanto a vida quanto a
morte das coisas que parecem viver e morrer, não são nem vida nem morte.

“Pois todas as coisas em Meu universo se intercambiam com seus opostos e com
todas as outras coisas.

“Cada oposto se torna o outro sequencialmente, pois, digo, em Mim está o


Balanceamento. Eu balanceio todos os opostos dos pares de coisas com os opostos iguais
dos pares de coisas”.

-d’A ILÍADA DIVINA

66
Capítulo VI

OPOSTOS CONDICIONADOS POR SEXO

A totalidade deste universo balanceado é então dividida em pares desbalanceados


de parceiros sexuais pai-mãe condicionados por sexo, com o propósito de aparentemente
dividir a Unicidade universal em um universo de muitos outros.
Não importa os nomes que usamos para designar um par de parceiros sexuais de
outro, se é gravidade e radiação, masculino e feminino, positivo e negativo, carga e
descarga, centrípeto e centrífugo, generativo e radiativo, integrador e desintegrador, mais
e menos, calor e frio, vida e morte, comprador e vendedor, produtor e consumidor,
importação e exportação, esvaziamento e preenchimento, interior e exterior, norte e sul,
céu e terra, crescimento e decadência - todos eles são condicionados de forma semelhante
pelos dois condicionadores elétricos opostos.
Em outras palavras, todos eles estão sendo comprimidos ou expandidos se
utilizarmos termos de pressão; ou carregados e descarregados se utilizarmos termos
elétricos. Ambos são o mesmo. Da mesma forma, todos que estão sendo comprimidos ou
carregados por eletricidade positiva estão sendo simultaneamente expandidos e
descarregados por eletricidade negativa, em menor grau. Da mesma forma, tudo que está
sendo expandido pela eletricidade negativa está sendo simultaneamente comprimido e
carregado pela eletricidade positiva, em menor grau. Este é um universo de dois sentidos
em todos os efeitos do movimento, e ambos os efeitos opostos são expressos em ambos
os pares simultaneamente e também sequencialmente.

ESTE UNIVERSO BIDIRECIONAL

A eletricidade está sempre enrolando a luz em esferas quentes, rodeadas por campos
de ondas cúbicas frias de espaço e, da mesma forma, desenrolando-as sequencialmente
para enrolá-las de novo. Enquanto as enrola em massas de luz comprimida, elas são
simultaneamente desenroladas em menor grau. Por outro lado, enquanto se desenrolam,
elas são rebobinadas simultaneamente em menor grau.
Cada oposto de um par se carrega no excesso de sua descarga durante a metade de
seu ciclo. Ele então se descarrega no excesso de sua carga. A vida e a morte são bons
exemplos. A vida carrega um corpo em excesso de sua descarga durante metade de seu
ciclo e a morte o descarrega em excesso para a outra metade.
Da mesma forma, o sol carrega a terra durante a metade de seu ciclo de vinte e
quatro horas em excesso de sua carga no lado noturno do planeta. O lado noturno se torna
sequencialmente o lado diurno. A descarga da noite então reverte-se para uma
preponderância de carga.
O princípio pai-mãe é fundamental em cada expressão e ambos são
simultaneamente manifestados em cada expressão, sendo cada um preponderante
sequencialmente durante a metade de cada ciclo.
O princípio pai multiplica a luz em densidade e alto potencial. O princípio mãe a
divide em vapores e gases de menor potencial. Assim, a luz é multiplicada e dividida em
sóis e planetas rodeados de “espaço”.
A “matéria” da Terra é a mesma que a matéria dos céus com apenas uma diferença;
VOLUME. E aí reside o segredo do batimento universal. O espaço é uma divisão da
solidez em tenuidade. É também uma multiplicação do volume em detrimento do
potencial. O intercâmbio entre estes dois opostos desbalanceados é a base de todo o
movimento neste universo rítmico.

67
Pares sexuais são duas metades iguais de um. Eles nunca podem ser um só. Eles
nunca podem se unir, pois são os opostos do movimento. Os opostos de movimento
podem deixar de ser e por deixar de ser podem gerar o outro oposto, mas nunca podem
ser diferentes do oposto.

OPOSTOS GERAM UNS AOS OUTROS

A compressão nunca pode se expandir, mas a expansão nasce da compressão. Por


outro lado, a expansão nunca pode se comprimir, mas a compressão nasce da expansão.
Eles podem intercambiar com seus opostos a cada pulsação, e o fazem. Cada oposto
nasce do outro. Cada pulsação traz cada oposto mais próximo da anulação de cada um e
completa troca no outro, Ele se torna o outro sequencialmente na metade de seu ciclo,
mas ainda é um oposto. Os opostos se opõem. Eles nunca desempenham nenhuma outra
função a não ser a de se opor.
Só a oposição produz a ideia de separação em um universo de uma coisa
inseparável.
O oposto de água é o vapor de água. A água é uma condição comprimida. É da luz-
pai. O vapor de água é a condição expandida da água. É da luz-mãe. São duas metades de
uma que nunca podem ser uma só.
A luz-mãe se desdobra a partir da luz-pai. A luz-pai redobra o vapor de água em
água. Cada uma nasceu da outra. Cada uma É a outra, mas elas nunca podem se unir para
se tornarem uma só.
Toda ideia da Mente é assim dividida em pares sexuais de parceiros opostos. A
matéria é dividida em sólidos e gases. Os gases são os sólidos ligados externamente em
direção ao céu. Os sólidos são os mesmos gases ligados internamente em direção à
gravidade.
O calor e o frio são opostos. Os raios de luz ligados internamente geram calor a
partir do frio ao comprimir o frio. Os raios de luz ligados externamente degeneram o calor
em frio ao expandir o calor. Diz-se que o frio é menos calor. Pode-se também dizer que
o leste é menos oeste. Leste e oeste são dois opostos, assim como o frio e o calor são
opostos.

CONDIÇÕES SEXUAIS OPOSTAS GERAM UMA À OUTRA

A matéria e o espaço também são parceiros sexuais. Cada um se tornou o que é ao


se opor ao outro para alcançar a aparência de separação. Então, cada um se intercambia
entre si, inspirando e expirando um ao outro até que o espaço se desintegre e se torne o
que o outro era. O espaço desintegra sóis e terras pelo caminho dos equadores e os gera
pelo caminho dos polos. O calor gerado pelo frio pelo caminho dos polos é irradiado pelo
caminho dos equadores. Os sóis, portanto, giram de dentro para fora. O frio perfura os
buracos negros através de seus polos e os grandes sóis tornam-se anéis, como os de Lira
e outras nebulosas anelares que são abundantes nos céus.
Toda a matéria é gerada pela degeneração do seu oposto. Da mesma forma, toda a
matéria gerada é degenerada sequencialmente pela geração de seu oposto.
A compressão da matéria é balanceada por uma evacuação igual no espaço. Toda
condição desbalanceada na Natureza deve ser balanceada por uma oposta igual. Todos os
empréstimos do banco da Natureza são debitados com uma quantia igual ao crédito
concedido, assim como o dinheiro emprestado do banco do homem é debitado e creditado.

O DESEJO DE REPOUSO SEGUE O DESEJO DE MOVIMENTO

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Os dois são sempre dois e nunca podem tornar-se um só, embora o desejo de
unicidade esteja com cada um durante todo o seu ciclo. É este desejo de unicidade que os
faz intercambiar. Quando os créditos e débitos são balanceados pelo intercâmbio um com
o outro, eles deixam de ser. Eles não se tornam um só.
Quando os opostos elétricos assim se anulam pelo intercâmbio de suas condições
de mais e menos, eles não se neutralizam mutuamente, como comumente se acredita –
eles deixam de ser.

O MOVIMENTO NÃO PODE SER NEUTRALIZADO

Não há nenhuma exceção a este processo da Natureza. Toda ideia é registrada


eletricamente em pares iguais de expressões opostas. Cada um dos pares cancela o outro
em periodicidades cíclicas. Cada um então se torna o que o outro era.
A geração de qualquer ideia excede a radiação durante a primeira metade de seu
ciclo. A radiação então excede a geração durante a segunda metade do ciclo. Ambas essas
simulações da ideia, expressas por movimento, desaparecem. A ideia ainda existe, no
entanto. A ideia está em repouso em sua semente, da qual ela pode aparecer novamente
em forma de ideia.
Os dois pontos de repouso que são as bases de cada ciclo são: o ponto de início no
eixo de onda e o ponto de intercâmbio entre opostos positivos e negativos na amplitude
da onda.
Nesses dois pontos de repouso, o movimento cessou completamente. Ele não foi
neutralizado em condição de repouso.

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“A Minha Luz Única deseja ser duas. Duas divisões sentidas do Um em guerra
brotam de Minha Unicidade não sentida para um espaço imaginado. Duas luzes
anuladoras de Minha Luz Única Branca brotam de seu Repouso em unidade para
encontrar seus próprios repousos, mas encontrar não dois, mas um, pois dois repousos
não podem existir em Meu universo de Um.

“Pois eu digo que cada luz busca o repouso em cada uma onde a onda do Meu
pensamento pulsado encontra a onda, e nesse ponto de repouso mútuo uma anula a outra
no Um do qual outras duas brotam em seus infinitos espelhados.

“Ouve-me quando digo que todas as coisas que fluem de Mim são pares
condicionados por sexo, até mesmo à poeira cósmica do espaço que forma novos mundos,
sim, e até mesmo o coração das chamas dos sóis mais quentes.

“Nada existe em Meu universo dividido que não seja condicionado por sexo,
intercambiado por sexo e balanceado por sexo. Assim, estes pares em movimento
procuram o balanceamento na anulação eternamente para repetir os padrões de
pensamento do Meu pensamento na anulação do balanceamento sexual do seu
‘condicionamento.’”

-d’A ILÍADA DIVINA

70
Capítulo VII

O PRINCÍPIO REPRODUTIVO SEXUAL

Todas as coisas que criam são emparelhadas como parceiras desbalanceadas de


sexo igual e oposto.
A reprodução de dois parceiros desbalanceados não pode ser repetida até que o
balanceamento tenha sido restaurado primeiro. A superfície calma do oceano pode ser
quebrada em ondas, mas essas ondas não podem ser repetidas até que a superfície calma
do oceano tenha sido restaurada ao equilíbrio de sua posição de repouso, mesmo que essa
posição de repouso não seja mantida.
A reprodução começa no ponto de repouso onde termina o ciclo de ondas anterior.
A reprodução do desbalanceamento deve encontrar um fulcro a partir do qual a alavanca
de onda pode saltar para expressão de onda para a repetição do padrão. Isto é o que é
Criação, apenas a repetição de padrões com padrões adicionados para sempre.
Este é um universo de ondas dentro de ondas e ondas fora de ondas; ondas pulsantes
de luz dupla, estendendo-se para sempre para fora até os extremos do espaço espelhado e
refletindo novamente para centros microscópicos de repouso dos quais podem novamente
brotar do repouso para buscar o repouso através do movimento duplo, mas nunca
encontrá-lo.
Trata-se de um universo elétrico dividido em sexo, oposto e bidirecional que cria e
anula através de pares desbalanceados, mas repete (reproduz) através de pares anulados.

OS SEXOS NÃO SE UNEM

A reprodução de pares sexuados dinâmicos não vem através da união de pares


sexuados dinâmicos, mas da anulação da condição sexual, e com ela, o poder da
reprodução da expressão sexual dinâmica.
A reprodução não é a unidade de duas metades opostas de uma coisa padronizada;
é a anulação do poder da expressão dinâmica que todos os opostos desbalanceados
expressam.
A reprodução é a cessação dessas duas condições desbalanceadas que restaura um
balanceamento a partir do qual formas negativas de padrão semelhante revertem suas
expressões e se tornam formas positivas.

OS OPOSTOS SEXUAIS SE REPRODUZEM ATRAVÉS DA ANULAÇÃO


SEXUAL

Desta forma, todas as formas padronizadas repetem seus padrões sequencialmente.


Todos os pares de opostos desbalanceados vêm de Deus, o Único, e retornam
balanceados como um só, a Deus.
Todos os pares desbalanceados de coisas condicionadas separadamente devem
primeiro encontrar a anulação do desbalanceamento e a anulação da oposição. Eles devem
então se tornar seus próprios opostos para adquirir novamente um desbalanceamento
necessário para outra anulação e consequente repetição. Todos os dois devem ser
anulados no Um para que se tornem novamente dois. A reprodução de opostos
desbalanceados, por opostos desbalanceados, é impossível. A oposição deve primeiro ser
anulada. A dinâmica deve emergir do repouso e deve ser anulada em repouso para que
possa se tornar novamente dinâmica.

71
O DESEJO POR BALANCEAMENTO

Todas as coisas buscam o balanceamento. Duas metades opostas e desbalanceadas


estão sempre buscando balancear sua oposição. Duas crianças em uma gangorra são
equilibradas quando estão em nível com seu fulcro. Quando estão em dois níveis
diferentes, elas estão então desbalanceadas com seu fulcro. Elas são então dinâmicas. O
fulcro não as centraliza mais, embora elas estejam balanceadas em si mesmas. Em tal
posição, elas são obrigadas a se mover. A repetição de seu movimento é impossível
enquanto estiverem em balanceamento com seu fulcro, mas é imperativo quando o fulcro
não as centraliza mais.
Uma condição sem sexo é imperativa antes que uma condição sexuada possa ser
repetida. Assim como todo movimento começa do repouso e volta ao repouso, também
uma condição elétrica sexuada surge de uma condição sem sexo.
Os dois sexos, portanto, não podem ser unidos para causar reprodução. Eles devem
ser primeiramente anulados.
A condição desbalanceada e a mudança não podem se unir para reproduzir a
condição desbalanceada e a mudança. A condição desbalanceada e a mudança devem ser
anuladas a fim de repetir o desbalanceamento e a mudança.

OS OPOSTOS SEXUAIS NÃO NEUTRALIZAM - ELES ANULAM

Os sexos como os dois opostos de movimento não podem “neutralizar-se” um ao


outro pela chamada “união”.
A dinâmica não pode ser “neutralizada”.
Da mesma forma, não pode se tornar estática. Mas pode ser anulada. A condição
estática não toma então seu lugar, pois a condição estática é eterna. Ela estava lá antes do
surgimento da condição dinâmica.
A condição dinâmica do som, por exemplo, surge da condição estática do silêncio,
mas o som não se torna silêncio. O som é anulado; o silêncio é eterno.
As condições dinâmicas do sódio e do cloro não se unem para se tornarem a
condição estática do cloreto de sódio, nem são neutralizadas. Elas devem ser anuladas
antes que possam ser repetidas.

SEXO DETERMINADO PELA AÇÃO DAS PRESSÕES

Os opostos não são coisas; são condições de coisas. Assim como calor e frio, ou
leste e oeste, ou dentro e fora, ou compressão e expansão não podem se unir para se tornar
um , assim também os sexos opostos não podem se unir, pois são apenas pressões para
dentro e para fora.
A oposição sexual é uma diferença na condição de pressão das coisas. A condição
masculina é de compressão, a feminina é de expansão. Os sexos são assim diferentemente
condicionados pelas duas direções das pressões elétricas, de acordo com os dois desejos
opostos do Criador. A diferença de condicionamento faz com que substâncias
basicamente semelhantes pareçam ser coisas diferentes e substâncias diferentes.
Todas as coisas são divididas por sexo. Quando, portanto, quaisquer duas metades
sexuais opostas e desbalanceadas de uma coisa condicionada balanceiam seu
condicionamento oposto através do movimento, elas parecem se tornar outras coisas ou
substâncias.

72
Esta aparência é um engano dos sentidos, pois elas não se tornam outra coisa. Elas
se tornam anuladas e outra coisa, da qual ambas são estendidas, aparece em seu lugar. Na
química, chamamos estes pares de compostos estáveis, como os sais.
A água, por outro exemplo, é uma anulação de oxigênio e hidrogênio, pois não há
oxigênio ou hidrogênio na água. Nem o oxigênio e o hidrogênio se transformam em água.
A água é o resultado da anulação de duas condições desbalanceadas e opostas causadas
pela equalização de pressões opostas em equadores estáticos.
Considere a condição estática do oceano calmo. Uma tempestade transforma essa
superfície em uma condição dinâmica.
Ondas que brotam da superfície estática do oceano em direção a cristas e depressões
não se unem para reproduzir outra onda; elas se retiram para a superfície do oceano. Elas
desaparecem completamente e depois reaparecem dela em sentido inverso para repetir a
próxima onda.
A anulação absoluta de uma condição deve ocorrer antes que a repetição possa ser
seguida.
O movimento anulado é registrado na imobilidade da qual foi desdobrado para que
possa ser repetido a partir daquele registro.
Registros de movimento são sementes para a repetição do movimento. Na semente
está o desejo de manifestar formas de ideia imaginada. Todas as formas são formas de
ondas, todas as formas de ondas se desdobram a partir de registros de sementes dessas
formas de ondas.

73
“Eu sou uma Mente de pensamento dual, pensando em ação e reação.

“Eu sou uma Mente de pensamento dinâmico, pulsando com Meu pensamento
dinâmico.

“Com uma pulsação de Meu pensamento dual, construo Minha múltipla imagem
única e ligo todas como Um em Mim. Depois as cancelo com a outra pulsação anuladora.
Cada uma então não é nada, mas ambas são sementes para outras duas.

“Assim eu produzo, anulo e reproduzo; gero, irradio e regenero em ciclos sem fim.

“Pois eis que meu universo imaginado se espelha até o infinito; ele se repete até o
fim sem fim; no entanto, há apenas múltiplos de três em todo o Meu universo. E
novamente te digo que dois desses três não são nada além de Minha imaginação, pois
Minha Trindade é apenas Um.
“Os dois estão em Mim, e são de Mim, mas não são Eu, nem Eu sou eles”.

-d’A ILÍADA DIVINA

74
Capítulo VIII

ELETRICIDADE DEFINIDA

A eletricidade é a tensão criada pelos dois desejos opostos do pensamento da Mente


universal: o desejo de ação balanceada e o desejo de repouso.
Este universo elétrico é uma complexidade de tensões causadas pela interação
destes dois desejos elétricos opostos e em constante intercâmbio.
Toda a matéria é elétrica. Toda a matéria é condicionada em maiores ou menores
tensões de acordo com a intensidade do desejo que é a causa de todas as tensões elétricas
às quais ela é submetida.
Quanto mais distante do repouso, maior é a tensão. O que chamamos de alto
potencial elétrico é apenas uma grande tensão para manter uma condição que está longe
da condição de repouso.
A bola de retorno i com a qual uma criança brinca é um bom exemplo de tensão
elétrica. Quando a bola é jogada da mão, o elástico se aperta gradualmente para aumentar
a tensão de resistência à tensão gerada no elástico. A tensão continua a se intensificar até
que a bola entre em repouso. Quando a bola retorna, a tensão diminui gradualmente até
que a bola volte ao repouso na mão da criança. Quando isso acontece, o esforço e a tensão
são anulados. A tensão não SE TORNOU repouso; ela deixou de existir.
Todo este universo elétrico é um complexo labirinto de tensões semelhantes. Cada
partícula de matéria no universo é separada de sua condição de unicidade, assim como a
bola de retorno é separada da mão, e cada uma é conectada à outra por um fio elétrico de
luz que mede a tensão dessa separação.
É como se todo o universo de partículas separadas estivesse jogando bola de retorno
umas com as outras. Quando uma condição de unidade foi atingida na matéria, a tensão
elétrica deixa de existir. O cloreto de sódio irá ilustrar este significado. Quando sódio e
cloro desejam separar-se de sua condição de unicidade no cloreto de sódio, uma tensão
elétrica é criada entre essa trindade separada. Quando o desejo de separação do sódio e
do cloro acaba, as tensões elétricas que as ligam à condição de repouso da qual surgiram
são anuladas. Da mesma forma, o sódio e o cloro são totalmente anulados.
A razão disto é que toda a matéria é uma série de tensões elétricas. Quando as
tensões cessam, as condições estabelecidas por elas cessam. É como se duas crianças em
uma gangorra fossem para seu fulcro.
As tensões sexuais intensificam quanto mais distantes elas são afastadas do
repouso. Quando as tensões sexuais desbalanceadas anulam seu desbalanceamento
através do intercâmbio entre os desejos elétricos opostos que causaram essas tensões, a
força elétrica deixa de existir. Da mesma forma, o desejo sexual deixa de existir.
As tensões elétricas existem apenas entre matéria elétrica desbalanceada em
movimento que está separada de outra matéria elétrica em movimento. Onde quer que
haja uma condição de repouso, a eletricidade deixa de existir. A eletricidade é, portanto,
uma força dupla que aparentemente desbalanceia uma condição de repouso, dividindo-a
em duas condições opostas e as coloca em aparente movimento. A troca entre os dois
opostos de movimento anula a condição de desbalanceamento no final de cada ciclo de
expressão elétrica.
Como o repouso não pode ser desbalanceado, salvo por ilusão, a eletricidade que
causa essa ilusão não tem existência.

i
NT: Do original return ball. Brinquedo geralmente utilizado por crianças que consiste em uma bola que
se liga por meio de um cordão de nylon até o punho.

75
“Eis em Mim o Um, inseparável.

“Há duas coisas que não existem em Meu universo. Há apenas Eu.

“Tudo o que é, é de todas as outras coisas que são. Nada é de si mesmo. Todas as
coisas são indissoluvelmente unidas.

“Este é um universo de aparência; um universo imaginado de pensamento; um


universo de ação de desejo. O que a Mente deseja aparecerá na imagem daquele desejo.

“Buscai, portanto, o que quereis em Mim e o encontrareis. Desejai o que quereis e


vereis que está diante de Vós. Ao longo das eras ele tem sido teu sem que tu o saibas,
embora tu o tenhas pedido.

“Não vos senteis e pedis, sem agir, pois vosso desejo não virá até vós sem o auxílio
de vossos braços fortes.

“Eis que estou dentro de todas as coisas centrando-as; e estou fora de todas as
coisas controlando-as, mas não sou as coisas que centralizo nelas e controlo no espaço
que as cerca.

“Eu sou o centro de Meu universo de Mim. Onde quer que eu esteja é o centro de
todas as coisas, e eu estou em todos os lugares.”

-d’A ILÍADA DIVINA

76
Capítulo IX

OS DOIS DESEJOS ELÉTRICOS

A eletricidade é a serva da mente. Ela faz todo o trabalho de criar este universo de
ondas de luz em sequências de desdobramento-redobramento que a Mente deseja. A
Mente universal tem dois desejos - o desejo de expressão criativa através da ação do
pensamento concentrador e o desejo de repouso da ação através do pensamento
descentrador.
Um desejo é de separação da Unicidade em uma multiplicidade desbalanceada e o
outro é de anulação da multiplicidade em Unicidade balanceada. Um desejo é de ação e
o outro é de repouso.
Esses dois desejos da Mente constituem o princípio de dar para dar de novo por
meio do qual todas as coisas na Natureza crescem ou se desdobram, aparecendo da
anulação do repouso no reino dos céus do qual todas as coisas criadoras aparecem,
desaparecem e reaparecem em ciclos sequenciais.
A expressão elétrica dos dois desejos é refletida no batimento do universo. Uma
pulsação comprime, a outra expande. A pulsação compressiva dá forma à ideia ao buscar
o repouso em amplitudes de onda através da ação centrípeta. A pulsação destrutiva se
anula em busca de repouso em eixos de onda através da reação centrífuga.
Estes dois desejos opostos são característicos de todos os efeitos do movimento.
Toda vida animal, vegetal e mineral busca a ação e o repouso alternadamente.
Todos os efeitos do movimento manifestam esse princípio. Uma bola jogada no ar
procura repouso de sua ação e retorna de sua condição desbalanceada para buscar repouso
através da reação.
Após um dia de trabalho, o homem repousa para que possa repetir seu dia de ação.
Por causa desses dois desejos opostos da Mente-pensante universal, todas as coisas
criadoras aparecem na terra a partir o vazio de seus céus, desaparecem a partir da terra
para o vazio de seus céus e reaparecem a partir desse vazio para repetir seus desejos.
Isto explica o mistério da “matéria que aparece do espaço para ser engolida
alternadamente pelo espaço”.

77
“Mais uma vez digo, eu sou a Alma do Meu universo de coisas criadoras.

“Dentro de Meu Ser está o desejo de manifestar Meu Ser. Desejo em Mim é Alma
em Mim.

“Aquilo que é Alma em Mim deseja manifestar-se em forma através da Luz. A Luz
se estende da Alma em Mim e retorna à Alma em Mim, sendo a extensão e o retorno duas
luzes aparentes de Mim.

“Mais uma vez eu digo, eu sou a semente do meu universo de desdobramento-


redobramento. Dentro de Minha Luz, toda semente sem forma de ideia planejada está
envolta em Meu Ser em repouso em Mim.

“Mais uma vez eu digo, tudo se estende de Mim e volta para Mim. De Mim todas
as coisas nascem da semente do pensamento em Mim, e nascem de novo, com cada
pulsação de Meu pensamento.

“Não há nada além do nascimento em Minha imaginação. Não há morte em Mim,


pois fins e começos são um só em Mim. Nada além da vida reaparece de Mim, e nada
além da vida encontra a vida de volta para o renascimento em Mim.

“Por isso eu digo: Vós deveis nascer de novo e de novo até aquela infinidade de
alcances espelhados que é a Minha imaginação. Assim é a Minha Ideia Única continuada
infinitamente em formas à imagem de Meu pensamento. Assim renasce Minha Ideia
Única como muitas outras nos espelhos multiplicadores de Minha Luz, para sempre sem
fim.

“Mais uma vez eu digo, os múltiplos espelhados de Minhas imagens de pensamento


são apenas reflexos de Minhas imagens. Eles não são Eu.”

-d’A ILÍADA DIVINA

78
Capítulo X

O PRINCÍPIO DO DESDOBRAMENTO-REDOBRAMENTO

As duas expressões opostas de desejo elétrico da Mente desdobram toda a ideia da


Mente a partir de seu padrão na semente em formas imaginadas para simular a ideia de
Mente e redobrá-la em seu padrão registrado na semente, para novamente se desdobrar.
Cada uma desbalanceia a outra para que cada uma possa buscar o balanceamento
na outra para desaparecer e reaparecer como a outra.
A eletricidade positiva é a luz-pai, que gravita em direção a um ponto de repouso
que centraliza todas as coisas criadoras.
A eletricidade negativa é a luz-mãe, que irradia em direção aos planos da Luz Única
em repouso, que liga todos os campos de movimento das ondas.
A eletricidade positiva enrola a luz do movimento em sólidos densos ao redor de
pontos de Luz imóvel magnéticos. Ela comprime o movimento em esferas incandescentes
cercadas pela vacuidade da eletricidade negativa.
A eletricidade negativa desenrola a luz do movimento da densa solidez para a tênue
vacuidade, expandindo-a para campos de ondas cúbicas do espaço.
A eletricidade positiva puxa para dentro em espiral a partir de dentro contra a
resistência oposta da eletricidade negativa que empurra para fora em espiral a partir de
dentro.2
Este universo radial bidirecional de movimento aparente é o produto destes dois
condicionadores elétricos opostos da matéria que passam um pelo outro em direções
opostas. Cada um se intercambia com o outro em pulsações sequenciais à medida que
passam um pelo outro de pontos de gravidade para os limites do campo de ondas e de
volta em ciclos intermináveis. Cada um se torna o outro em pontos de repouso de meio
caminho de seus ciclos.
Exemplos em grande escala deste processo podem ser vistos em qualquer uma das
nebulosas espirais, notadamente a Nebulosa 74 Piscium. Dois braços espirais ardentes de
luz-mãe radiante estendem-se do equador de seu sol central para criarem seus inúmeros
outros sóis e terras, desdobrando-os a partir de sua semente centralizadora. (Figs. 35 e 37)
Dois braços negros de luz-pai gravitacional puxam em espiral para dentro dos céus
em direção aos polos do sol gigante centralizador para gerar o sol em unicidade
incandescente de todas as formas.2 A luz-pai da gravidade redobra todas as formas
desdobradas da semente da Criação em luz sem forma de sóis e lhes dá corpos em
crescimento.
A gravitação é o princípio masculino da Criação. A gravidade se redobra em direção
à semente.
A radiação é o princípio feminino da Criação. A radiação se desdobra a partir da
semente.
A luz geradora da gravitação e a luz degeneradora da radiação são projetadas uma
através da outra de repouso em repouso em sequências pulsantes para manifestar a ideia
através da geração de formas de ideia pai-mãe através de seu intercâmbio de anulação.
Este princípio de intercâmbio rítmico e balanceado entre as luzes pai-mãe de gravitação
e radiação é fundamental em todas as coisas criadoras.
É o princípio de dar de duas vias iguais que manifesta a qualidade do Amor na Luz
do Um.

79
“Traduz a Luz do Meu pensamento em palavras humanas para sua orientação.

“Eu sou o Balanceamento. Em mim todas as minhas imaginações são balanceadas


em seu aparente desbalanceamento.

“Acrescento; mas o que acrescento a uma pulsação de Meu pensamento, subtraio


da outra.

“Eu divido; mas o que eu divido eu multiplico.

“Meus pares de opostos são iguais; mas novamente digo que são opostos, e os
opostos se opõem em meu universo de Mim.

“Os opostos anulam os opostos, enquanto que os semelhantes mantêm suas órbitas
amigáveis lado a lado. Todos os sóis do céu dão luz um a outro, enquanto a escuridão
anula a luz e a luz, da mesma forma, anula a escuridão.

“Minhas duas luzes se movem de maneiras opostas para evitar o caminho da outra,
mas descobrem que estes caminhos são trilhas que levam para dentro e para fora dos
vórtices centrados por apenas um polo de repouso onde os dois polos não são nada,
nunca tendo sequer se encontrado como dois.

“Pares de opostos são atraídos para dentro dos vórtices um do outro, onde eles se
anulam apaixonadamente. Cada um é então nada, um zero simulando aquele Zero de sua
Fonte da qual eles brotaram - mas eles também são semente para outros dois que
parecem emergir da Unicidade de sua Fonte”.

-d’A ILÍADA DIVINA

80
Capítulo XI

A ILUSÃO DA ATRAÇÃO E REPULSÃO DA MATÉRIA

Uma das grandes ilusões dos sentidos é que matéria atrai e repele matéria. Acredita-
se também que partículas elétricas opostas se atraem umas às outras e cargas semelhantes
repelem.
Há muitas evidências dos sentidos para justificar tal conclusão, mas é da mesma
natureza ilusória das evidências que enganam os sentidos dizendo que os trilhos das
ferrovias parecem se encontrar no horizonte.
Vemos as marés subir em direção à lua de um lado da terra e afastar-se dela do
outro. Concluímos que a lua atrai a terra e assim puxa o oceano em direção a ela, mas isso
não explica o fato de que as marés também se elevam do lado oposto da terra para longe
da lua. O que está realmente acontecendo é que toda matéria condicionada está
constantemente procurando balancear sua condição com toda outra matéria.
A lua e a terra centram seus respectivos campos de ondas rodeados pelo espaço.
Todos os campos de ondas estão ligados por planos de curvatura zero e uma condição de
pressão zero, que isolam cada campo no universo de todos os outros campos. As próprias
formas dos campos de ondas da Terra e da Lua estão mudando para sempre para ajustar
seu balanceamento à medida que a Lua gira ao redor da Terra. Como resultado, os
equadores mútuos dos dois campos devem se alongar, em forma de disco, em um plano
que intersecta o centro de gravidade de cada corpo. Naturalmente, as marés sobem em
direção à lua e afastam-se dela. Se a terra fosse toda líquida em vez de sólida, ela, da
mesma forma, se alongaria sensivelmente em seus equadores, em forma de disco, e se
tornaria plana em seus polos para satisfazer o intercâmbio de balanceamento entre os
campos da lua e do sol, como Júpiter e os outros planetas estão fazendo de forma tão
perceptível. Ela também teria anéis assim como Saturno e como está ocorrendo com todas
as estrelas do céu, e pela mesma razão.

POLARIDADE

Vemos o polo positivo da agulha de uma bússola apontando para o polo negativo
de um ímã e o polo negativo do ímã apontando para o polo positivo. Esta evidência é uma
das bases de nossa conclusão. Isso é o que nossos olhos veem. O que realmente está
acontecendo é que eles estão anulando mutuamente sua condição de desbalanceamento
para buscar o balanceamento através um do outro.
Os polos opostos se afastam o máximo possível uns dos outros, até que sua oposição
seja anulada pelo balanceamento em seu fulcro e eles deixem de existir.
Quando o polo positivo de um ímã é colocado em contato com o polo negativo de
outro ímã, esse efeito que pensamos como atração é um efeito de anulação. É uma
cessação da oposição ou do poder de manifestar qualquer coisa. A polaridade cessa
totalmente naquele ponto e cada oposto se estende para cada extremo oposto, cada um
afastando-se do outro e através do outro, em espiral, na medida do possível.
Se polos opostos se atraíssem, eles estariam juntos no meio de um ímã em vez de
em suas extremidades.

A MATÉRIA É IMPOTENTE PARA ATRAIR

81
A matéria não atrai nem repele outras matérias. Condições desbalanceadas na
matéria buscam as balanceadas. Toda matéria é movimento em busca constante de
repouso.
Isto ela só pode encontrar balanceando sua condição com a matéria igualmente
condicionada, anulando as tensões de sua condição sexuada. Essa é a única causa do
movimento e a razão de sua continuação ou descontinuação.

TODA MATÉRIA EM MOVIMENTO BUSCA DE REPOUSO

Este é um universo de uma COISA ÚNICA. Toda matéria que é eletricamente


separada daquela unicidade procura essa coisa. Este é um princípio fundamental e um
desejo subjacente de toda a Criação. É tão verdadeiro para os humanos e suas emoções
quanto para a matéria.
Repetimos novamente que a eletricidade é uma divisão da Luz Única em duas
extensões daquela Luz projetada uma através da outra, cada uma se tornando a outra
alternadamente. A Luz Única é uma condição sem pressão e sem sexo. As duas luzes que
se estendem de uma são pressões opostas e condições sexuadas opostas.
Assim, existem apenas duas condições de matéria - ou se expandindo da
imobilidade ou se contraindo em direção à imobilidade. Cada condição surge da outra;
no instante em que ela se torna seu próprio oposto, ela se afasta tanto quanto é necessário
para encontrar o balanceamento em uma condição semelhante. Ela procura sua condição
semelhante para encontrar o repouso em uma condição balanceada e não porque a matéria
que procura é atraída pela matéria que procura. Um tronco flutuando rio abaixo está
buscando uma condição balanceada e não está sendo atraído pela barragem ou por outros
troncos.
Estes opostos representam o princípio de compressão-extensão pai-mãe que integra
a luz em sólidos e a desintegra em vapores e gases.

TODAS AS MASSAS EM MOVIMENTO SÃO DESBALANCEADAS

Dizer que estes opostos atraem uns aos outros equivale a dizer que o norte atrai o
sul, que o interior atrai o exterior, que a umidade atrai a secura, ou que a escuridão atrai
a incandescência.
A água, por exemplo, é uma condição comprimida.
Quando a água se vaporiza, ela se expande para sua própria condição oposta. Ela
então procura repouso em nuvens de condições semelhantes. Quando assim encontra
repouso em condição de balanceamento, seu movimento cessa e sua oposição também
cessa.

PROVAS ILUSÓRIAS

Outro efeito do movimento que induziu os sentidos a acreditar que os opostos se


atraem é que se diz que o ar quente sobe em direção ao frio e o ar frio desce em direção
ao calor. Isso não é o que está acontecendo, pois semelhantes buscam semelhantes. O ar
frio está se expandindo e subindo em direção ao frio, e o ar quente está se contraindo e
descendo em direção ao calor.
Bolhas de oxigênio negativo se acumulam no polo positivo de uma bateria elétrica
em carga e as bolhas de hidrogênio positivo se acumulam no polo negativo. O que está
realmente acontecendo é que o polo positivo está retirando a condição positiva da água,
deixando o oxigênio negativo como resíduo. O polo negativo está, igualmente, retirando

82
a condição negativa da água, deixando o hidrogênio positivo como resíduo. Novamente
semelhante busca semelhante.
A demonstração marcante do princípio de condições semelhantes buscando
condições semelhantes está nos elementos da matéria. Se os opostos se atraíssem de
acordo com os conceitos atuais, seria impossível reunir um quilo de elementos iguais.
Todos os elementos buscam a sua espécie. Em qualquer decomposição química de
misturas compostas, cada elemento procura e encontra elementos condicionados de forma
semelhante.
O princípio giroscópico da natureza faz isto automaticamente. Cada elemento tem
sua própria relação giroscópica com o eixo e a amplitude de sua onda. Cada elemento
busca essa relação de pressão e se move até se encontrar na órbita de seu próprio plano
giroscópico de pressão.

83
“Eis em Mim a Luz de todo o conhecimento. Na Luz está toda a ideia do
conhecimento.

“Na Minha Luz dividida, o pensamento do Meu conhecimento é registrado em


formas móveis de Minha imaginação que refletem cada uma dividida em sua oposição
para manifestar Meu conhecimento. Cada uma espelha a Luz da outra para manifestar
Meu conhecimento através de seus espelhamentos.

“Sabei que as coisas em movimento não se movem. O movimento delas é apenas


aparente.

“Sabei também que só as coisas que se movem sentem as coisas que se movem e
não as conhecem, pois as coisas que se movem não têm mais nada nelas, a não ser seu
movimento aparente.

“A luz que se move dos espelhamentos de Meu pensamento é Meu universo de


construção de imagens em luzes de Minha imaginação. Estes não têm Ser, pois não são
Eu. Só eu tenho Ser”.

-d’A ILÍADA DIVINA

84
Capítulo XII

LUZ

A Luz não pode ser vista; ela só pode ser conhecida. A Luz é imóvel. O sentido da
visão não pode responder à imobilidade. O que os olhos “sentem” e acreditam ser Luz é
apenas um movimento de onda que simula a ideia de Luz. Como todas as outras coisas
neste universo de ondas elétricas, a ideia de Luz não pode ser produzida. As ondas
elétricas simulam apenas a ideia. Elas não se tornam ideia.
Quando o homem vê a luz do sol, ele acredita que está realmente vendo luz quando
os nervos de seus olhos estão apenas “sentindo” as vibrações intensas, rápidas e de ondas
curtas do tipo de movimento ondulatório que ele sente como incandescência. A corrente
elétrica intensamente vibrante espelhada nos sentidos dos olhos os queima. Eles não
suportam essa alta taxa de vibração. Os olhos seriam destruídos por tal vibração, mas a
luz não seria a causa de tal destruição. O movimento rápido, simulando a luz, seria a
causa. Seria como enviar uma corrente elétrica de alta voltagem sobre um fio tão fino que
a corrente o queimaria.
O homem também não pode ver a escuridão. Os nervos de seus olhos que sentem o
movimento diminuem a uma taxa de vibração que ele não pode mais “sentir”.
O homem está tão acostumado à ideia de que ele realmente vê a luz em várias
intensidades iluminando várias substâncias em maior ou menor grau, que é difícil para
ele perceber que seus próprios sentidos não passam de espelhos para refletir várias
intensidades de movimento ondulatório. Mas isso é tudo que ocorre.
Cada coisa condicionada eletricamente na Natureza reflete as vibrações de cada
outra coisa, para satisfazer seu desejo de sincronizar suas vibrações com cada outra coisa.
Toda matéria é o movimento da luz. Todo movimento é expresso em ondas. Todas as
ondas de luz são espelhos que refletem a condição uma da outra até a estrela mais distante.
Este é um universo de ondas condicionadas eletricamente. Todas as condições de
onda estão sempre buscando a unicidade. Por esta razão, todas as sensações respondem a
todas as outras sensações.

A LUZ É ONDA OU CORPÚSCULO?

Surgiu muita controvérsia sobre se a luz é corpuscular, como Newton afirmava ser,
ou se é uma onda. Há muitas evidências a favor de ambas as teorias. São ambas. A luz é
expressa pelo movimento. Todo movimento é movimento de onda. Todas as ondas são
expressas por campos de pressões iguais e opostas de movimento bidirecional. Todo o
volume dentro dos campos de ondas é preenchido pelas duas expressões opostas de
movimento - a expressão positiva que comprime a luz em sólidos, e a expressão negativa
que a expande para o espaço ao redor dos sólidos.
Todo o espaço dentro dos campos de ondas é curvado. A curvatura termina em
planos de curvatura zero que delimitam todos os campos de ondas. Estes planos
fronteiriços de Luz magnética onipresente atuam como espelhos para refletir toda a
curvatura em todos os outros campos de onda no universo, e como fulcros a partir dos
quais o movimento em um campo de onda é universalmente repetido.

TODA MATÉRIA É MOVIMENTO DE ONDA

Juntos, constituem o que chamamos de matéria e espaço. Tem sido difícil conceber
a luz como sendo puramente corpuscular, pois presume-se que a luz preencha todo o

85
espaço. O espaço não é vazio. Ele está cheio de movimento de onda. Os corpúsculos da
matéria são uma metade dos ciclos de onda da luz. O espaço é a outra metade.
Não precisa haver mistério quanto a se a luz é corpuscular ou onda, pois as ondas
de movimento que simulam a luz e a escuridão do espaço são tudo o que há.
A luz e o movimento da matéria sólida, e da matéria gasosa do espaço, diferem
apenas em volume e condição. A água da terra é comprimida em pequeno volume
enquanto a água dos céus é expandida milhares de vezes em volume. Cada condição é a
metade oposta do ciclo da água.
O vapor de água é a água virada de dentro para fora. Novamente ele se torna água
ao virar de fora para dentro, sequencias de expansão-contração resultam deste processo.

TODA MATÉRIA É LUZ SIMULADA

A água dos céus ainda é água, e ainda é onda de luz. Não houve nenhuma mudança
entre as águas da terra e as do céu, exceto uma mudança de sua condição de
preponderância positiva para negativa. Esta mudança se deve unicamente a uma mudança
de direção em relação ao seu centro de gravidade.
Toda matéria densa e fria, como ferro, pedra, madeira e todas as coisas em
crescimento ou em decomposição, são luz. Não as vemos como luz, mas todas são ondas
de movimento, e todas as ondas de movimento são luz.
A Luz é tudo o que existe no universo espiritual do conhecimento, e a simulação
dessa Luz em extensões opostas é tudo o que existe no universo de ondas elétricas de
sensações. A simulação da Luz na matéria não é Luz. Não há Luz na matéria.
Talvez a confusão que atende a esta ideia fosse atenuada se classificássemos tudo
que diz respeito ao universo espiritual, como vida, inteligência, verdade, poder,
conhecimento e balanceamento como sendo a LUZ ÚNICA do CONHECIMENTO, e
tudo que diz respeito à matéria e ao movimento como sendo as DUAS LUZES
SIMULADAS do pensamento.
O pensamento expressa o conhecimento na matéria, mas a matéria não pensa, nem
conhece.
O pensamento também expressa vida, verdade, ideia, poder e balanceamento ao
registrar as ideias dessas qualidades nas duas luzes da matéria em movimento, mas a
matéria não vive, nem é verdade, balanceamento ou ideia, mesmo que simule essas
qualidades espirituais.
A confusão do homem em relação a esta diferenciação reside em assumir por muito
tempo a realidade da matéria. Sua suposição de que seu corpo é seu Eu, que seu
conhecimento está em seu cérebro, e que ele vive e morre porque seu corpo se integra e
se desintegra, tem sido uma parte tão fundamental de seu pensamento que é difícil para
ele reverter seu pensamento para o fato de que a matéria é apenas movimento e não tem
nenhuma realidade além da simulação da realidade.
A luz que pensamos ver não é senão movimento. Nós não vemos luz. Nós sentimos
as vibrações das ondas criadas pelo movimento que simula a luz, mas o movimento das
ondas elétricas que simulam a luz não é o que ela simula.

CONFUSÃO SOBRE CORPÚSCULOS DE LUZ

Há muita confusão em relação aos muitos tipos de partículas de matéria como


elétrons, prótons, fótons, nêutrons e outros. Estas muitas partículas são supostamente
diferentes devido à crença de que algumas estão carregadas negativamente, algumas estão

86
carregadas positivamente e outras estão tão igualmente carregadas que uma supostamente
neutraliza a outra.
Não existe tal condição na natureza como carga negativa, nem há partículas
carregadas negativamente. Carga e descarga são condições opostas, como enchimento e
esvaziamento, ou compressão e expansão são condições opostas.
Os corpos compressores estão se carregando em condições potenciais mais
elevadas. Ao contrário, corpos em expansão estão se descarregando em condições de
menor potencial. Descrever um elétron como um corpo carregado negativamente é
equivalente a dizer que é um corpo em expansão-contração.
Os corpos em contração e em expansão movem-se em direções opostas. Os corpos
em contração movem-se radialmente para dentro em direção aos centros de massa, e os
corpos em expansão movem-se radialmente para fora em direção ao espaço que circunda
as massas. Neste universo bidirecional, a luz que se dirige para dentro em direção à
gravidade carrega a massa e descarrega o espaço. Quando direcionada para o espaço, ela
carrega o espaço e descarrega a massa. Toda a direção da força na Natureza é espiral.
A condição de carga é positiva. Ela multiplica a velocidade de movimento em
densidade de substância. O princípio da multiplicação do movimento por causa da
diminuição do volume é a causa da aceleração da gravidade. A condição de descarga é
negativa. Ela divide a velocidade de movimento em tenuidade de substância. O princípio
da divisão do movimento por causa da expansão do volume, é a causa da desaceleração
da radiação.
Pode-se compreender melhor este princípio, sabendo que o que chamamos de
substância é puramente movimento. O movimento simula a substância por sua variação
de pressões, sua velocidade e sua relação giroscópica com seu eixo de onda.
As partículas são condicionadas de forma variada quanto à pressão, mas não há
diferentes tipos de partículas. Todas são ondas de luz enroladas em partículas que são
duplamente carregadas. Sua posição em qualquer ponto de sua onda faz com que elas
tenham a condição elétrica apropriada para aquele ponto.
As partículas de luz estão sempre se movendo em suas ondas de oitava. Todas estão
indo em direção ao seu cátodo ou ao seu ânodo, o que significa em direção à vacuidade
ou à gravidade. Todas elas estão se movendo para dentro ou para fora, em espiral.

TODAS AS PARTÍCULAS DE LUZ SÃO SEMELHANTES

Todas as partículas de luz estão expressando o princípio da luz-mãe ou o princípio


da luz-pai. Por exemplo, se uma partícula está na amplitude da onda, ela seria uma esfera
verdadeira, e como uma esfera verdadeira não seria nem positiva nem negativa. Poderia
então ser adequadamente chamada de nêutron. Uma partícula que se dirige em espiral
para dentro em direção ao ápice de um vórtice no processo de se tornar uma esfera pode
ser adequadamente chamada de próton, por expressar o princípio da luz-pai.
Novamente, se estiver se movendo em espiral para fora, poderia ser adequadamente
chamada de elétron, porque então estaria descarregando em excesso de sua carga ou se
expandindo em excesso de sua contração.
Os raios de luz, por exemplo, que deixam o sol, estão descarregando o sol. Eles
também estão descarregando a si mesmos porque estão se expandindo a um maior
volume. Eles também estão diminuindo seu próprio potencial ao multiplicar seu volume.
Eles revertem sua polaridade quando convergem radialmente sobre a terra. Estão então
carregando a terra e a si mesmos ao se contraírem em volume menor e estão
simultaneamente multiplicando seu próprio potencial ao se contraírem.

87
ALTERAÇÃO SEMICÍCLICA

Em uma corrente elétrica há um intercâmbio constante entre ânodo e cátodo ou


polos positivos e negativos. Uma partícula de luz se expande ao deixar o ânodo na direção
radial para fora e se contrai ao se aproximar radialmente do ânodo3. Esta partícula de luz
foi sempre a mesma partícula de luz em todas as partes de seu percurso. Sua variação de
carga e descarga, sua direção de movimento e a condição de pressão de onda em que se
encontra a qualquer momento são as únicas razões para sua mudança de uma condição
para outra. As partículas de luz são todas as mesmas partículas de luz, sendo todas
diferentes apenas na condição de pressão.
Isto também é verdade para os elementos da matéria. Sejam eles ferro, carbono,
silício, bismuto ou rádio, todos são compostos do mesmo tipo de partículas de luz.
Todos parecem ter qualidades e atributos diferentes, mas essas qualidades e
atributos também lhes são dados puramente pelas posições que ocupam em suas ondas.

TODAS AS COISAS SIMULAM LUZ

Uma partícula de luz que pertence a um sistema atômico de sódio tem nela toda a
gama dos elementos, além de todas as outras coisas criadoras do universo. Ela age para
levar o propósito da ideia de sódio simplesmente porque está na condição de pressão do
sódio, e é parte do padrão de desdobramento da semente de gás inerte da oitava da qual
se desdobrou.
Se essa mesma partícula se desdobrasse da semente do carvalho, ela seria parte da
fibra de madeira de seu tronco, ou folha, ou da clorofila que coloriu suas folhas, mas seria
o mesmo tipo de partícula que cumpre o propósito da celulose e que cumpre o propósito
do sódio.
Toda matéria neste universo é apenas um movimento condicionado que simula a
luz, e todas as diferenças de condição são diferenças de pressão.

A LUZ NÃO VIAJA

A velocidade com que a luz supostamente viaja é de 299.792 quilômetros por


segundo. A distância entre as estrelas é tão grande que a velocidade da luz é calculada
como anos-luz, pois a distância calculada por unidades menores de tempo produziria
números tão grandes que não fariam sentido.
A luz parece apenas viajar. É apenas mais uma das incontáveis ilusões causadas
pelo movimento das ondas. As ondas do oceano parecem atravessar o oceano, mas só
parecem fazê-lo, pois as ondas são pistões nos motores universais, e os pistões operam
para cima e para baixo. Os pistões de onda da luz, ou do oceano, operam radialmente e
em espiral para dentro e para fora, em direção a e se afastando da gravidade.
Ondas de luz não viajam. Elas se reproduzem umas às outras de campo de ondas
para campo de ondas do espaço. Os planos de curvatura zero que ligam todos os campos
de ondas atuam como espelhos para refletir a luz de um campo em outro. Isto cria a
aparência de que a luz viaja, o que é pura ilusão.
A luz do sol que sentimos em nosso corpo não é a luz real do sol. O que realmente
está acontecendo é que o sol está reproduzindo sua própria condição na terra, estendendo
as reproduções através do espaço frio em campos de ondas cada vez maiores até que essas
reproduções comecem a convergir novamente em direção ao nosso centro de gravidade
em campos de ondas cada vez menores. O calor que sentimos e a luz que vemos dependem

88
inteiramente da capacidade dos campos de ondas de reproduzir a luz e o calor, e essa
capacidade está condicionada à quantidade de umidade na atmosfera.
Se não houvesse umidade na atmosfera, nossos corpos carbonizariam a partir do
calor assim reproduzido. Não se pode pensar consistentemente nesse calor como raios
diretos do sol, pois essa mesma luz solar era intensamente fria durante sua jornada
reproduzida através dos imensamente expandidos campos de ondas do espaço entre o sol
e a terra.
A luz e o calor que parecem vir da estrela ou do sol nunca deixaram a estrela ou o
sol.
Aquilo que o homem vê como luz e sente como calor são as contrapartes
reproduzidas da luz e do calor que são sua causa.
A taxa de vibração em um campo de ondas depende de seu volume. Vibração em
um campo de ondas significa o pulso de troca entre seu núcleo comprimido e o espaço ao
redor desse núcleo. Uma vibração lenta em um grande campo de ondas esfriaria um corpo,
ou mesmo o congelaria, enquanto que uma rápida pulsação de intercâmbio em campos de
ondas extremamente pequenos poderia afetar um corpo.
Uma lente que multiplica a luz e o calor em direção a um ponto focal que incendeia
o papel apenas comprime campos de ondas maiores em campos de ondas menores. A taxa
de vibração aumenta pela mesma razão que os planetas mais próximos do sol se movem
muito mais rápido em suas pequenas órbitas do que aqueles que estão distantes do sol. A
lei de Kepler que cobre as velocidades dos planetas se aplicará às taxas de vibração nos
campos de ondas tão apropriadamente como com os movimentos no sistema solar.

89
“O universo imaginado de Meu duplo pensamento é um intercâmbio bidirecional
entre pontas de alavanca desbalanceadas de luz que se estendem de Mim, seu fulcro de
poder em repouso, e voltam para Mim.

“Eis em Mim o fulcro de Meu universo em transformação que manifesta mudanças,


embora eu não mude, nem me mova.

“Pois Eu sou o Repouso. Só em Mim está o Balanceamento.

“Aquele que encontra o poder deve saber que ele se estende de Mim, que Eu sou
ele.

“Aquele que encontra o repouso deve voltar para Mim, ser Eu, ser o fulcro de seu
próprio poder”.

-d’A ILÍADA DIVINA

90
Capítulo XIII

CICLOS

Toda a energia é expressa em ciclos de ondas.


Um ciclo é uma jornada elétrica bidirecional de um ponto de repouso de compressão
onde a gravidade cessa e a radiação começa, para um ponto de repouso de expansão nos
limites do campo de ondas onde a radiação cessa e a gravidade começa. É o batimento
universal do coração deste universo pulsante de movimento bidirecional.
O ciclo de vida e morte do homem é uma onda em uma corrente elétrica. O
crescimento e a decadência, ou a inspiração-expiração, são duas metades de ciclos.
A matéria é expressa em ciclos bidirecionais porque a matéria não é senão um
registro do conhecimento de Deus, expresso pelos dois desejos opostos de Seu
pensamento de auto-anulação bidirecional.
Toda a Natureza é uma expressão dos dois desejos do Criador, o desejo de
separação da unicidade do repouso Nele em uma multiplicidade de formas à imagem de
Sua imaginação, e de uma anulação dessa multiplicidade por um retorno ao repouso em
Sua unicidade.
Um ciclo é como enrolar e desenrolar uma mola de relógio, exceto que a matéria é
enrolada em esferas visíveis e desenrolada em cubos invisíveis. O desenrolar de uma mola
do relógio é um processo inverso ao de seu enrolamento. A natureza é contínua. Ela nunca
inverte, como o pistão em um motor, ou duas crianças em uma gangorra.
A natureza vira suas ondas de dentro para fora e de fora para dentro em um fluxo
espiral contínuo de direção. A matéria sólida se intercala gradualmente com o espaço em
seus ciclos respiratórios até que a gravitação tenha atingido seu máximo. A radiação então
excede o poder da gravitação e a matéria começa a se expandir em vez de se contrair.
A radiação é a luz ligada para fora a partir da semente. A gravitação é a luz ligada
para dentro em direção à semente. A luz ligada para fora manifesta o desdobramento da
luz padronizada a partir da semente. É a mãe da Criação. A luz ligada para dentro
manifesta o desdobramento da luz padronizada em sua semente. É o pai da criação.
A mãe da Criação dá corpos padronizados à ideia, desdobrando a ideia para os céus.
Essa é a primeira metade de cada ciclo. O pai redobra toda a ideia desdobrada de volta
para sua semente, caso contrário a forma desdobrada não poderia se tornar visível como
matéria. Esta é a segunda metade de cada ciclo. Todas as coisas em crescimento
manifestam este processo de desdobramento e redobramento em cada pulsação de
intercâmbio entre as luzes pai-mãe da Criação.
A expiração-inspiração de todas as coisas é o constante processo cíclico de
intercâmbio por meio do qual um oposto se torna gradualmente o outro até que cada um
se torne o outro na totalidade, completando o intercâmbio.
Cada expiração-inspiração é um ciclo. Cada meio ciclo é cancelado por sua outra
metade até que ambos sejam cancelados. Nenhum dos dois se manifesta então. Ambos
desaparecem em seu equilíbrio para reaparecer como o outro.
Vida e morte se intercambiam gradualmente para cancelar um ao outro com o
propósito de repetir o ciclo de vida e morte.
A morte nasce no mesmo berço da vida, mas a vida é forte enquanto a morte é fraca.
Desde o primeiro suspiro do recém-nascido, a morte anula a vida por cada expiração e a
vida anula a morte por cada inspiração. Na maturidade, a morte se torna balanceada com
a vida e a morte então se torna mais forte até que ambas desaparecem para reaparecer
com a vida como o mais forte e a morte como o oposto mais fraco.

91
ESTE UNIVERSO EM EXPANSÃO

Diz-se que o universo está se expandindo até a morte por calor, que todo o calor
está gradualmente saindo do universo, deixando-o totalmente frio e vazio.
Acredita-se que a radiação é um “fluxo descendente de energia” que não é
compensado por um “fluxo ascendente” igual. A radiação é conhecida como energia
radiante.
A radiação não é mais do que a expiração deste corpo universal que respira em sua
totalidade exatamente como o homem e todas as outras coisas na Natureza respiram. A
radiação é a luz-mãe que se desdobra.
A inspiração da Natureza é a gravitação. A gravitação é a luz-pai que redobra o que
se desdobra.
Para cada gota de água que a “energia radiante” descarrega da terra, a “energia da
gravitação” a carrega com a queda das águas. Um desses opostos é o fluxo descendente
da energia expressa e o outro é seu fluxo ascendente igual.
Toda coisa criadora neste universo tem um pai e uma mãe, não apenas a vida animal
e vegetal, mas todos os corpúsculos de matéria do universo. Da mesma forma, toda coisa
criadora é tanto pai quanto mãe. A mãe gera o pai e o pai gera a mãe. O próton gera o
elétron e o elétron gera o próton. Um era o outro e cada um se torna sequencialmente o
outro através do sopro pulsante do intercâmbio de ondas.

EVIDÊNCIAS ENGANOSAS

Uma das ilusões que enganaram o homem ao acreditar que o corpo universal de
Deus estava morrendo foi a descoberta de que todas as nebulosas estão se afastando umas
das outras com velocidades incríveis. Este fato levaria à total dissolução do universo no
tempo. O chamado “desvio para o vermelho” no espectro provou ser um fato.
O fato é verdade. Elas se afastam uma da outra, mas a conclusão tirada desse fato
observado não é justificada pelos processos da lei natural. A razão da expansão universal
que está ocorrendo agora é que o universo como um todo inspira e expira, assim como
todas as coisas na natureza.
Ciclos de respiração em grande escala de todo o corpo universal consomem eras
para a conclusão de um ciclo enquanto o homem consome apenas alguns segundos para
completar seu ciclo. O homem de eras futuras testemunhará o efeito das nebulosas
correndo umas para as outras na mesma velocidade para o mesmo número de eras.
Em toda a Natureza não há efeito de movimento que não seja contrabalanceado por
um efeito contrário. O universo é todo sexuado. Um sexo não pode existir sem o outro. A
“energia radiante” é impossível sem energia generativa para gerá-la.
O desejo do Criador de separatividade deve ser balanceado com Seu desejo de
unicidade. O curso de expansão do pistão universal deve ter um curso de compressão de
balanceamento para que o corpo universal possa manifestar a vida de seu Criador.
O universo inteiro se expande lentamente em direção à morte pela metade de seu
ciclo respiratório, e depois se contrai em direção à vida na outra metade.
Cada massa separada no universo está em sua própria parte de seu ciclo, seja
inspirando em direção ao ponto alto de sua maturidade ou expirando em direção à sua
ressurreição. Cada uma, seja gerando ou degenerando, está sendo gerada para uma vida
prolongada pela inspiração do todo, do qual cada uma é uma parte indissolúvel.

92
“Em Meu universo imaginado todas as coisas são duas, centradas por Mim, pois
todas as coisas se estendem do pêndulo duplo e móvel de Meu pensamento, e Meu
pensamento são dois. Eu, a Luz Única, centralizo as duas luzes que registram Meu
pensamento, mas eu não sou essas duas luzes, nem eu sou Meu pensamento.

“Eis em Mim a Trindade, o Um estendido para os dois, o Criador Único


centralizando os dois estendidos.

“Em Meu universo imaginado todo efeito é também dois: todas as medidas
térmicas e os pesos das coisas; o dois da matéria, e do tempo, e da direção; o dois da
cor, e dos elementos; o dois da onda de Meu pensamento, e suas expressões. A Minha
própria Luz Única se estende nas duas luzes da Minha imaginação.

“Nada existe em todo Meu universo que não seja parte e contraparte de pares de
coisas, pares iguais e opostos de coisas que criam e repetem, cada um buscando
desbalancear cada um, e cada um buscando sempre o balanceamento em cada um.

“Pois eis que Eu sou Luz, mas o universo do Meu imaginário é luz dupla; luz
dividida e multiplicada pela raiz comum direta e inversamente aplicada a todas as coisas
que para sempre se movem de dois modos entre as duas luzes estendidas de seu centro
Único para expressar Meu conhecimento pelo Meu pensamento.”

-d’A ILÍADA DIVINA

93
Capítulo XIV

PESO

O peso é uma medida de desbalanceamento. Indica a intensidade do desejo de


qualquer massa que esteja desbalanceada de encontrar o balanceamento.
Cada massa no universo tem sua posição potencial apropriada. Toda massa
encontrará essa posição se não for impedida de fazê-lo pelas ligações de outras massas.
O peso deveria ser medido duplamente como a temperatura. Deve ter um acima e
um abaixo de zero para medir a intensidade do desejo em massas para se elevar da terra,
assim como para cair em direção a ela.

O PESO É A MATÉRIA FORA DO LUGAR

Toda matéria é um registro de seu potencial no local de seu nascimento em sua


onda. Massas de matéria, como boias flutuando no oceano para marcar os cursos para
navios, estão flutuando no espaço para registrar o potencial elétrico da posição de seu
nascimento.
Sempre que a matéria está no lugar de seu nascimento, ela pertence lá. Está,
portanto, balanceada. Ela flutua em seu campo balanceado. Nessa posição ela não tem
peso em relação a qualquer outra coisa no universo. Sempre que é retirada de centro de
seu campo, ou se torna uma parte excêntrica de outro campo, ela está desbalanceada com
as duas forças agindo sobre ela. Então ela tem peso, e a medida desse peso é a medida de
seu desbalanceamento com seu ambiente.
O peso da matéria e a medida do potencial elétrico são a mesma coisa.

PESO É DESBALANCEAMENTO

Um corpo que flutua não tem peso mensurável. Ele está em balanceamento com seu
ambiente. Da mesma forma, uma bateria descarregada não tem potencial elétrico
mensurável. A agulha do amperímetro aponta para zero. Suas duas condições
desbalanceadas de carga e descarga foram anuladas uma pela outra.
A medida chamada “peso” e a medida chamada “potencial elétrico” são a expressão
da força que os dois opostos elétricos de carga e descarga exercem um contra o outro em
qualquer ponto do universo.
O potencial de todas as órbitas de matéria no espaço em que a matéria flutua é igual
ao potencial da massa que flutua nele.
O plano da região equatorial de nossa Terra coincide com um plano equipotencial
de pressão que é igualmente balanceado em relação àquela parte da Terra que flutua acima
daquele plano, e aquela parte que flutua abaixo dele. Neste plano, a Terra não tem
qualquer peso em relação a nada no universo inteiro, pois está em uma posição balanceada
em relação ao universo inteiro e continua se movendo para uma nova posição apenas
devido ao movimento de todas as outras massas no universo.

NOSSA TERRA BALANCEADA NÃO TEM PESO

A terra só poderia ter peso se fosse removida para outras pressões mais distantes do
plano da roda em forma de lente da nosso sol é o ponto central. Se ela pudesse ser
empurrada em direção ao sol por alguma mão gigante, ela buscaria o balanceamento em
sua própria órbita quando liberada, exatamente como um homem se levantaria quando

94
mergulhado abaixo de seu próprio nível de balanceamento na água. Cada massa em
movimento livre no universo flutua em seu próprio campo de ondas igualmente dividido,
exatamente como um homem flutua na água.
A lua não está caindo sobre a terra, como geralmente se supõe, pois ela está
balanceada com seu ambiente e não pode cair. Sua massa contraída é igual à massa
expandida que ela desloca em seu campo de ondas.
Pela mesma razão, uma nuvem flutua no céu. Se alguém pudesse colocar balanças
sob ela, descobriria que ela não teria peso, a menos que fosse levantada acima ou
empurrada abaixo de seu nível equipotencial. Se ela condensasse em vapor mais pesado,
cairia para procurar um novo equador estático onde flutuaria novamente. Se condensasse
para chover, cairia no mar para encontrar o balanceamento em uma condição semelhante.
O peso não é uma propriedade fixa da matéria. Ele é tão variável quanto a matéria
é variável.
Um homem pesa menos quando sobe uma montanha, pesa mais quando desce em
uma mina e não pesa nada quando flutua na água.
A menos que, e até que, a matéria se estenda de um plano de igual pressão, não
pode haver peso, nem pode haver potencial elétrico.

O PESO CURVA A GRAVIDADE

O equilíbrio do nível do mar é um bom exemplo. Se esse equador estático não tem
extensões de ondas dinâmicas, não pode haver pressões elétricas para se expressar em
peso, nem pode haver peso de ondas quando as ondas não são estendidas a partir dele.
Ondas acima do nível do mar têm um peso positivo quando caem em direção à gravidade.
Ondas abaixo do nível do mar têm peso negativo quando sobem em direção ao espaço
para encontrar o balanceamento ao nível do mar.
O peso é, portanto, apenas uma dimensão de desbalanceamento. Só o
desbalanceamento pode ser pesado, pois não pode haver peso para balancear.

PESO DEFINIDO

As seguintes definições de peso estão em conformidade com a Lei Natural.


O peso é a soma das diferenças entre as duas pressões que atuam sobre cada
massa.
O peso é a medida das diferenças de potencial elétrico entre qualquer massa e o
volume que ela ocupa.
Peso é a medida do desbalanceamento entre qualquer massa e seu ambiente
deslocado.
O peso é a medida da força que um corpo exerce na busca de seu verdadeiro
potencial.
O peso é a soma da diferença entre a força de atração da gravitação para dentro
e a força de radiação para fora.2
O peso é a medida da intensidade do desejo dentro de toda matéria de expressar
movimento ou buscar o repouso a partir do movimento.

95
“Pois novamente eu digo, cada uma das duas luzes que dão forma ao Meu
conhecimento, através do Meu pensamento, se dá completamente à outra para se tornar
a outra, sequencialmente.

“A luz dá às trevas para se tornar novamente luz, assim como a vida dá à morte
para se tornar novamente vida. Do mesmo modo, as trevas do céu dão as trevas aos sóis
para se tornarem novamente trevas, assim como os sóis dão a luz aos céus para se
tornarem novamente sóis.

“Assim, todas as coisas da terra dão aos céus para que se tornem de novo coisas
da terra pelo que é dado dos céus. Então, todas as Minhas coisas criadoras simulam a
unicidade do Meu conhecimento ao intercambiar tudo por Unicidade em Mim. Esse
intercâmbio registra Meu conhecimento em pulsações de Meu pensamento, mas Meu
pensamento não é Eu. Meu conhecimento é somente Eu”.

-d’A ILÍADA DIVINA

96
Capítulo XV

A FONTE DE ENERGIA SOLAR

Um dos maiores mistérios da ciência é a fonte da energia renovável do sol.


No ritmo atual da radiação solar, o sol já deveria ter se esgotado há muito tempo.
O que mantém seu fogo aceso? O que é que gera calor no sol para evitar que ele se
resfrie?
Uma teoria é que sua contração o gera, pois a contração supostamente aquece.
Mas essa não é a resposta, pois a contração não aquece nem gera. A contração só é
possível como resultado da geração, não como sua causa.
A geração deve preceder a contração. Ela não vem depois.
O calor vem como resultado da contração. O calor irradia. A radiação é o oposto de
geração, e os opostos agem de maneira oposta.
A radiação se expande e a expansão resultante esfria; enquanto a geração se contrai
e a contração resultante aquece.
Aqui novamente está o princípio pai-mãe manifestando sua lei de intercâmbio igual,
oposto e sequencial.
O frio do espaço expandido gera o calor do sol ao comprimir grande volume em
volume menor.
A alta pressão da incandescência nasce da baixa pressão da escuridão vazia, de
acordo com a lei do intercâmbio rítmico balanceado entre todos os pares de opostos pai-
mãe.

O CICLO DE TEMPERATURA

O ciclo da temperatura resultante do intercâmbio balanceado entre o frio do espaço


e o calor dos sóis é o seguinte: o frio gera; a geração contrai; a contração aquece; o calor
irradia; a radiação se expande, e a expansão esfria.
Assim, nosso sol quente está sendo gerado do espaço frio através de seus polos e é
irradiado novamente para o espaço através de seu equador de acordo com o processo
alternado pai-mãe de viradas de dentro para fora e de fora para dentro, e continuará a
gerar calor crescente no sol até se tornar uma verdadeira esfera. Esta perfeição esférica
ainda não foi alcançada, pois o sol ainda não atingiu a amplitude de sua onda onde toda a
matéria formadora se torna verdadeiras esferas.

UM OPOSTO GERA O OUTRO

Quando a posição de amplitude for atingida, sua radiação começará então a exceder
sua geração. Ela estará na mesma condição que um homem que acaba de passar seu ponto
alto de maturidade quando a morte e a vida trocam suas preponderâncias.
A partir daí, o espaço frio abrirá um buraco negro através do sol de polo a polo e se
expandirá para um anel gigantesco centrado por um sol menor recondensado a partir do
remanescente de seu eu em expansão. Muitas dessas nebulosas anelares são visíveis nos
céus, notadamente na Nebulosa do Anel de Lira (M. 57). (Fig. 61).

AS ESTRELAS CONTAM A HISTÓRIA TODA

97
Excelentes exemplos da degeneração de um sol em anel ou anéis pelo processo de
virar de dentro para fora da eletricidade negativa são a Nebulosa de Coruja, (M. 97) em
Ursa Major e a Nebulosa do Haltere em Vulpeculae. (Fig. 62).
Pode-se também testemunhar este processo de virar de dentro para fora em sua
cozinha. Jatos de gás queimando são vistos como uma chama azul e verde ao redor de
buracos negros que centram cada jato. Estes gases são negativamente preponderantes, o
que significa que eles são empurrados para fora de seu centro no excesso de puxar para
dentro dele.2

98
NÃO EXISTE MORTE

“Aquele que busca a vida sem a Luz encontrará a morte; mas aquele que busca a
Luz encontrará a vida eterna, mesmo quando caminha em direção à morte.
“Aquele que não conhece a Luz morrerá para encontrá-la, mas aquele que conhece
a Luz jamais morrerá.
“Na inspiração do homem há vida, e a morte segue sua expiração, mas o homem
deve expirar para viver novamente e profundamente para que possa morrer.
“Saiba então que só eu vivo. Eu não morro, mas de Mim provém tanto a vida quanto
a morte.
“A vida não é senão o fluxo interior do Meu pensamento pulsante dividido, e a
morte é seu fluxo exterior.
“Saiba também que as divisões de Meu pensamento são apenas metades iguais de
Um; pois novamente digo que sou Um; e que todas as coisas que vêm de Mim são Um,
divididas para aparecerem como dois.
“Todas as coisas vêm e vão de Meu pensamento dividido.
“Todas as coisas que vêm são coisas vivas, e as que vão são coisas mortas.
“Saiba que todas as coisas criadoras são ressuscitadas das mortas, e as coisas
mortas vivem novamente através de Meu pensamento dividido.
“Mais uma vez digo que todas as coisas estão ligadas como Uma através da Luz.
“Estou para sempre criando Meu corpo vivo e destruindo-o em morte aparente
para que ele possa viver em Mim para morrer e viver novamente.
“O fim da vida na morte é o novo começo da vida. Tanto a vida quanto a morte são
um só em Mim.
“Todas as coisas estão vivendo e morrendo para sempre; e enquanto vivem,
morrem; e também enquanto estão na morte, vivem.
“Tal é Meu decreto, Minha lei universal, da qual não há escape para o homem, ou
estrela, ou grão de areia; pois todas as coisas fluem de Mim para que apareçam ao
homem, e retornam a Mim, para que desapareçam de seus sentidos no ciclo de Meu
pensamento.
“Eu sou o Deus repetitivo. Todas as coisas que fluem para Mim e de Mim fluem
novamente através de Mim para sempre em um ciclo que não termina, nem começou.
“De Minha mão direita a vida flui num sentido e retorna a Mim plenamente gasta
como morte, enquanto a morte plena flui no outro sentido e retorna a Mim renovada
como vida”. Ao redor de Meu ciclo tanto a vida quanto a morte percorrem seus caminhos
opostos, cada um buscando cada um até que os dois se encontrem balanceados na
maturidade, onde cada um dá a metade a cada um. Mas quando passam aquele ponto
médio em seus caminhos separados para Mim, cada um então pensa em cada um, e então
ambos sabem, ao retornarem para Mim, que cada um é ambos, e ambos são Um em Mim.
“A morte é a semente da vida.
“A morte se recupera da morte como a vida.
“Da morte brota a vida do solo; e da vida flui a morte mesmo quando o perfume
deixa a rosa.
“A morte dá de si mesma à vida para que a vida possa viver; e da mesma forma a
vida dá à morte para que a morte possa morrer.
“A vida é a morte regenerando, e a morte é a vida degenerando.
“A luz deixa teu sol como morte e vem a ti como vida; e quando tua morte te deixa,
também ela se torna nova vida para quem, ou no que, seu impacto se acelera com tua
morte.

99
“Há duas formas de respirar, a inspiração-carga da vida e a expiração-descarga
da morte. Todos os pares opostos de Meu pensamento dividido passam de formas opostas
ao longo desses dois caminhos em sua travessia do Meu ciclo.
“Todas as coisas que dividi em pares de opostos têm dentro delas vida e morte;
mas uma delas é maior do que a outra até que se encontrem como iguais a meio caminho
do Meu ciclo de vida-morte. Quando se encontram e passam, então trocam estas
qualidades, a maior crescendo menos e a menor crescendo mais.
“Mesmo que a vida esteja cheia quando a vida nasce, a morte emana da própria
vida como morte, e toma o caminho oposto para a morte.
“Da mesma forma, a vida emana da morte para enfraquecê-la quando a morte é
forte, até que a vida conquiste a morte para fazer a morte viver como vida.
“Em verdade eu digo, a vida não pode viver sem morrer à medida que vive. A morte
também não pode conquistar a vida e reunir nada a ela, a não ser a morte.
“A vida é Minha respiração multiplicadora de ação compressiva; e a morte é
Minha respiração dividida, oposta, que se expande à medida que a vida reage.
“Ouve-me quando eu digo novamente que a vida e a morte são opostos que passam
um pelo outro em Meu ciclo seguindo caminhos opostos. A vida atrai a vida para a vida
por sua compressão e a morte repele tanto a morte como a vida por sua expansão.
“Eu sou o ponto de intercâmbio entre a vida e a morte. Balanceio a vida com a
morte; e nunca em suas mudanças a morte ou a vida podem desbalancear a morte ou a
vida.
“Escreva que a morte e a vida são uma só, pois o pêndulo oscilante é um só, embora
ele oscile de duas maneiras em seu balanço incessante.
“Aquele que viaja para o Leste em Meu universo curvo chega ao Oeste tão
seguramente quanto aquele que viaja para o Oeste.
“Da mesma forma, a vida percorre a estrada do leste para chegar à morte,
enquanto a morte toma a estrada do oeste onde a vida espera para acelerar a morte como
vida.
“Assim também a morte percorre a estrada da vida para se intercambiar com a
vida, enquanto a vida também percorre a estrada da morte para se encontrar através da
morte.
“Ouça-me dizer que não há morte em todo o Meu universo imaginado”. Nele não
há nada além da Vida, pois nada além da Vida e do Amor está em Mim e em Meu
conhecimento.
“Nada está em Meu pensamento, que não é Meu conhecimento; e nada além da
Vida e do Amor está em Meu pensamento.
“Tirai a morte do homem dele neste novo dia do homem. Dá-lhe a Vida eterna em
Mim conhecendo-Me nele”.

-d’A ILÍADA DIVINA

100
Capítulo XVI

O PRINCÍPIO DA VIDA

Há séculos o homem vem buscando o princípio dA vida nos germes da matéria. Ele
poderia muito bem lançar suas redes ao mar em busca de oxigênio.
Não há vida na matéria, nem morte, pois a matéria é apenas movimento, o
movimento começa e termina, para recomeçar, mas a vida é imortal. Ela não tem começo.
Ela não tem fim. Ela não pode morrer.
O homem há muito acredita que seu corpo é seu Eu, a Pessoa, o Ser. O corpo do
homem é apenas movimento. Ele não pode ter nenhum Ser. Deus habita no homem. A
Pessoa, o Ser no homem, é imortal. A vida nele é Deus nele. O corpo do homem manifesta
Deus nele, manifestando a vida em sequências de vida-ressurreição, como todas as coisas
que criam-destroem-recriam na Natureza também fazem.
O corpo do homem deve renascer para sempre até o fim infinito para manifestar
Deus nele. Não há nada além do nascimento neste universo cíclico e pulsante. Não há
morte.
A ideia do homem é uma parte da Ideia Única Integral da Criação. Toda a Criação
é apenas uma expressão dessa Ideia Única, parte por parte, sendo cada parte uma parte do
Todo. Deus dá uma eterna repetição de corpos a todas as partes de Sua Ideia para
manifestar essa ideia em ciclos de ondas da luz dividida de Seu pensamento. Uma metade
de cada ciclo desdobra a ideia na forma daquela ideia e lhe dá ação para produzir aquela
forma. A outra metade do ciclo redobra a ideia para dar-lhe repouso na Luz de sua Fonte
com o propósito de repetir a manifestação em uma repetição daquele corpo.
Um retorno ao repouso na Luz não é morte; é um retorno à Vida com o propósito
de renascer para manifestar novamente a Vida em um corpo renovado.
Não dizemos que o homem está morto quando descansa no sono para renovar
parcialmente seu corpo. Sabemos que ele despertará com novas partes de seu corpo para
substituir aquelas que serviram a seu propósito e desapareceram.
Quando o corpo inteiro do homem se desgasta e precisa ser substituído, ele também
descansa em um sono mais longo. O corpo do homem é apenas ondas padronizadas de
luz em movimento. As ondas desaparecem na calma do oceano, mas elas reaparecem.
O oceano é uma parte da ideia da Criação. As ondas expressam a ideia do poder do
oceano, mas o poder e a ideia estão na calma do oceano, sejam elas expressas pelas ondas
ou não.
A turbulência do oceano brota de sua calma, assim como o movimento da alavanca
brota de seu fulcro imóvel. Todo movimento é uma extensão bidirecional da imobilidade.
Não pensamos que o oceano está morto enquanto está em repouso em sua calma,
pois sabemos que ele manifestará novamente seu poder por ondas de movimento quando
o desejo é forte o suficiente nele para manifestá-lo por movimento.
Ondas de luz que dão forma transitória ao corpo de um homem são apenas seu
corpo. Elas não são o homem, nem o homem-ideia. O corpo do homem é uma extensão
de outras ondas de luz pai-mãe no sol, e a ideia do homem existe na Luz imóvel que
centraliza o sol.
O homem nunca pode morrer pois ele é Luz onipresente e ele existe em todos os
lugares. Da mesma forma, o corpo do homem não pode morrer porque o corpo do homem
manifesta o homem imortal, e o homem imortal sempre tem um corpo no qual se
manifestar.

101
Esse corpo que se estende da terra desaparece para os céus e para a terra, mas aquele
que desaparece para o homem terreno que sente não deixou de existir, pois seu padrão foi
registrado para se repetir. Ele ainda É e reaparecerá.
Os sentidos do homem não estão sintonizados com o resto do ciclo da jornada
corporal do homem, do desaparecimento ao reaparecimento, mas o conhecimento do
homem se estende por todo o ciclo e o homem pode conhecer a repetição eterna de seu
corpo quando conhece Deus nele.
Quando a água desaparece além dos sentidos como vapor de água e gases, sabemos
que eles reaparecerão como água quando tiverem completado sua jornada cíclica. Como
o homem conhece a Luz que há nele, ele certamente saberá que voltará por eras para
completar o propósito de manifestar seu Criador como uma parte da Ideia Integral. Esse
propósito não pode ser completado em um ciclo de vida, nem em dez vezes dez milhões
de ciclos de vida. O homem só começou a expressar o homem-ideia neste planeta. Ele
ainda tem um longo caminho a percorrer, e o corpo que ele precisa para se manifestar
voltará para ele tão seguramente quanto a luz do dia reaparece da escuridão da noite na
qual ela desapareceu.

O QUE ACONTECE APÓS A “MORTE

O mistério ainda não respondido de “para onde vamos quando morremos” precisa
de uma resposta abrangente. Abstrações e teorias não são satisfatórias. Os processos da
natureza são simples e são todos iguais. O que acontece a uma coisa que desaparece,
acontece a todas as coisas. Não há exceções a este processo da Natureza.
Todas as coisas neste sistema solar vêm do sol e regressam a ele.
O “germe da vida” que o homem procura está no sol. A ideia do homem está no sol;
do mesmo modo, toda a ideia de todas as coisas está no sol à espera de nascer em forma.
A luz pulsante da polaridade leva toda a ideia à sua forma, quando as condições são
favoráveis para que cada ideia seja criada por uma extensão do sol.
Tudo na Natureza é uma extensão em movimento a partir de um ponto imóvel da
Luz Única. O centro do Sol no nosso sistema solar é o ponto de Luz imóvel a partir do
qual tudo em todo o sistema solar irradia em espiral, e para o qual ele gravita em espiral
para renascer num outro ciclo.
O Sol é a semente deste sistema solar do qual todas as manifestações de ideia em
todo este sistema se estendem, e para o qual elas regressam.
O movimento tem o único objetivo de manifestar a ideia. Toda a ideia brota de um
estado de repouso na sua semente. À medida que se desdobra a partir da sua semente, ela
se redobra nela. Segue-se, portanto, que o movimento é uma aparente extensão-retração
bidirecional a partir de/para um ponto e não tem existência, a não ser para os sentidos,
que sentem apenas a extensão, e não a retração simultânea da anulação.
Todos os sóis de todos os céus estão centrados pelos pontos de Luz onipresentes de
onde toda a ideia se estende e regressa. Os sóis são sementes de ideia. Dessas sementes
emerge toda a forma. A essas sementes, todas as formas regressam.
A terra foi estendida do sol para esse mesmo fim. A vida orgânica é parte da Ideia
Única Integral de Deus. A vida orgânica não pode ser expressa em forma no sol, embora
a ideia da mesma esteja lá. Tudo o que aparece na terra como forma de ideia está no sol
como conceito dessa ideia na semente. A semente é a luz-pai que estende a sua ideia de
homem e outras coisas criadoras para um espaço distante onde os seus filhos, os planetas,
arrefeceram o suficiente para manifestar o homem-ideia na forma orgânica.

102
Os sóis são cadinhos que geram seus filhos, as terras, e os colocam para esfriar para
que a ideia de Deus, que está nos sóis sem forma, possa manifestar-se nas extensões do
sol.

OS SÓIS SÃO AS SEMENTES DA CRIAÇÃO

O Criador espalha as Suas sementes de luz por todo o espaço para ser pai e mãe de
todas as formas de imagens geradas a partir da Sua imaginação.
No centro imóvel dos sóis está toda a ideia de nascimento em imagens da
imaginação de Deus, mas na unicidade da luz dos sóis elas estão sem forma e vazias.
Todas as sementes são sem forma e vazias, embora o padrão de toda a ideia esteja nelas.
A unicidade dos sóis incandescentes deve ser dividida e estendida a terras
arrefecidas antes que as ideias dos reinos mineral, vegetal e animal possam desdobrar-se
sequencialmente para preparar o caminho para o desdobramento do homem a partir da
sua semente ao sol.
Toda a expressão da ideia da terra está igualmente no sol e deve ser estendida à
terra para se manifestar. As montanhas e os oceanos estão no sol, mas também todo o
resto, o choro de um recém-nascido, o rugido de uma avalanche ou os ruídos da rua de
uma cidade. Tudo isto é luz, e tais expressões da Luz só são possíveis através da divisão
e extensão da Luz Únicas em duas que manifestam o Um.
Há milhões de anos, este planeta tornou-se suficientemente distante do sol para que
a ideia da água fosse expressa como pares de opostos e a vida orgânica apareceu na terra
em formas modestas. Estas formas foram-se complexando gradualmente até que o
homem-ideia começou a ser expresso, não por um germe, mas pela polarização da própria
luz, como manifestado na batida do coração da luz pai-mãe do universo.
A ideia de todas as coisas é onipresente na Luz Única imóvel. A expressão de toda
ideia se estende às duas luzes de sóis brancos e ao espaço negro ao redor dos sóis que
manifestam os dois desejos do Criador.
O desejo de expressão é manifestado pelas sequências de ação-reação elétrica de
intercâmbio entre as duas luzes opostas de sóis brancos e negros e o espaço. É esse
intercâmbio que polariza a semente imóvel da ideia em uma forma desdobrada dessa
ideia.
Polarizar significa dividir a imobilidade em extensões pulsantes opostas. É como
estender uma alavanca a partir de um fulcro fixo e colocá-la em movimento para expressar
a ideia que está no fulcro imóvel.
Desta forma, o ventre da mãe terra fica impregnado com a semente do homem-ideia
estendida a partir do sol, e a primeira célula do homem se desdobra da mãe terra para os
céus em direção à luz redobrada do pai.
Esta primeira pulsação da luz-mãe que está gerando a ideia de Deus em uma forma
padronizada é a metade negativa da luz negra de seu ciclo de pulsação. A luz-mãe
desdobrada que se estende até os céus é a luz negra da expansão. A luz negra é o padrão
negativo da ideia positiva de luz, expressa pela incandescência. Em outras palavras, a luz
negra é a luz branca expandida, ou desdobrada. Ao contrário, a luz incandescente branca
é a luz negra contraída, ou redobrada.
Este é o método da Natureza de dar corpos formados para uma ideia sem forma. A
luz-pai positiva redobra a luz-mãe negativa desdobrada em pulsações cíclicas de ondas
que o homem chama de “crescimento”, mas o crescimento não é mais que um retrato em
movimento de padrões sequenciais de ideia desdobrada projetados sobre a tela
tridimensional imaginada do tempo e do espaço.

103
Este é o método do Criador de registrar eletricamente Sua Ideia Única Integral em
muitas formas de corpo de matéria multipadronizadas sentidas eletricamente.

VIDA E MORTE DE CORPOS

Para entender o significado da vida e da morte, devemos conhecer mais sobre os


processos da Natureza, especialmente os que dizem respeito ao nosso corpo e ao espírito
que motiva o corpo e registra para sempre nossa individualidade em constante mudança.
Devemos conhecer a base de nossa individualidade e a razão de sua constante mudança.
A fim de entender “o que acontece após a morte”, devemos conhecer melhor os processos
da Natureza que nos dão corpos e os levam para que sejam gerados novos corpos a fim
de cumprir a lei de repetição da Natureza.
O corpo sentido eletricamente do homem não é o homem imortal que seu corpo
manifesta. Seu corpo não é o indivíduo ao qual ele atribui sua vida e seu Ser. Seu corpo
é composto de alguns elementos químicos emprestados da Terra e do Sol para formar um
instrumento para seu uso.
Quando seu corpo desaparece, o indivíduo que habitou aquele corpo não está morto.
Cada corpo emerge de um estado sem forma para um com forma em repetidos ciclos de
aparição, desaparecimento e reaparição.
Todas as coisas criadoras são sem forma como ideia em sua Fonte. Depois se
desdobram em ideia formada através do desejo de se desdobrar. Este processo de
emergência de um estado sem forma e um retorno a esse estado tem acontecido dentro do
corpo do homem desde seu início.
Todos os corpos de todas as coisas criadoras estão sempre virando de dentro para
fora e de fora para dentro durante os seus ciclos. Durante uma pequena parte do ciclo, os
corpos estão dentro do alcance do sentido humano, mas durante a maior parte do ciclo,
eles estão além desse alcance. Em nenhum momento durante todo o ciclo existem coisas
criadoras sem corpos, ou registros padronizados de corpos, a partir dos quais novos corpos
irão novamente se tornar fiéis a seus registros padronizados.
Cada ciclo de inspiração-expiração está desdobrando a forma de um novo corpo a
partir de um registro de padrão já existente. O processo de redobramento constante que o
homem chama de morte é registrado enquanto se redobra para repetição em seu próximo
ciclo de vida.
A natureza registra cada ação e desejo do corpo, assim como cada desejo e
pensamento consciente da alma naqueles elementos cósmicos que são chamados de
“gases inertes” - hélio, neônio, criptônio, argônio e outros. Estes elementos cósmicos, que
não se unem aos elementos físicos, são a base do sistema de registro de Deus por meio
do qual cada pensamento e ação de cada coisa criadora é armazenado neles como
sementes-extensões dos centros solares e terrestres para repetição até que seus propósitos
sejam cumpridos.
Tudo na Natureza tem um propósito e nada na Natureza cumpre seu propósito em
um único ciclo de vida.
A natureza multiplica as dimensões de tempo de suas ondas de luz para que registros
padronizados de formas que se expandiram além do alcance do sentido do homem possam
vir dentro desse alcance, depois divide essas dimensões de tempo até que desapareçam
novamente na outra metade de seu ciclo além do alcance do sentido do homem.

A INDIVIDUALIDADE DO HOMEM

104
A maior dificuldade do homem em compreender “o que acontece depois que ele
desaparece na morte” é devido à falta de compreensão de sua imortalidade que nunca
desaparece. Seu corpo visível seria inútil se não estivesse centrado por seu Eu invisível,
imortal, Alma ou Pessoa.
O homem está consciente de si mesmo como indivíduo, mas seu conceito do que
constitui sua individualidade é vago. Sua individualidade é o que ele interpreta
inconscientemente como sendo seu Eu imortal. Seu Eu, ou Alma, nunca muda, nunca
aparece ou desaparece, mas sua individualidade muda constantemente para se adequar
para sempre ao conceito de mudança do que ele interpreta como sendo seu Eu imortal. À
medida que todo homem vai gradualmente conhecendo a Luz de seu Eu, sua
individualidade muda pela constante elevação em direção àquela crescente percepção de
sua onisciência centrada.
À medida que a maior percepção da Luz do Eu Universal chega ao homem, ele
gradualmente perde sua individualidade e se torna mais o Eu Universal. Quando a
humanidade se torna plenamente consciente de Deus nela, a peça do homem neste planeta
está terminada, seu propósito cumprido, e o homem individual deixa de ser.
O homem perde sua expressão de vida na matéria - para encontrar a vida eterna
na Luz.

NÃO HÁ MORTE.

105
“Saiba que as luzes divididas que registram Meu conhecimento são luzes de sóis,
e escuridão nascida de sóis. Todas as formas imaginadas de Minha onisciência nascem
da escuridão para a luz, e espelhadas de volta para a escuridão para nascer para sempre
na luz.

“Dentro dos centros imóveis de Meus sóis está Minha onisciência. A Luz imóvel do
Meu conhecimento das luzes de Meu pensamento se intercambia para manifestar Meu
conhecimento em formas móveis de Minha imaginação.

“Por isso espalho a semente de Minha onisciência por todo o Meu Reino como luz
de muitos sóis e filhos desses muitos sóis, para ser pai-mãe de Meu onisciente em formas
móveis de Minha imaginação.

“E eis que cada sol de Meu pensamento é pai de um universo inteiro de Minha
imaginação, dando luz à sua escuridão que se desdobra, para sempre acelerar a
escuridão pela luz.

“Dessa forma, toda a Ideia de Mim acelerada dentro dos céus da terra e dos sóis
se desdobra de ventres escuros da terra para a luz dos sóis, para se redobrar dentro dos
túmulos e ventres da terra para o renascimento até os céus da terra e dos sóis.

“Desta forma é o Meu desejo de dar completamente a partir de uma parcela igual
do Meu dar pela multiplicação do dar de novo.

“Vede que o homem sabe bem que Eu, o Pai-Mãe de Meu universo, centralizo todo
o seu dar e seu dar de novo e os meço com olhos vigilantes para balanceá-los em Mim.

“Diz-lhe que seu movimento é Meu movimento, pois sem Mim ele não pode de modo
algum se mover, mesmo para Me manifestar em sua mudança.”

-d’A ILÍADA DIVINA

106
O RELÓGIO CÓSMICO

107
O SEGREDO DA LUZ

Parte III

O Mistério da

Gravitação e Radiação

ONIPRESENÇA

O Universo do Ser

108
“Em Meu universo existe apenas uma forma da qual todas as formas aparecem.
Essa única forma é o cubo-esfera pulsante, duas metades do batimento cardíaco do Meu
duplo pensamento.

“Todas as formas pulsam, portanto, todas as formas são duas, uma forma para o
pulso inspiratório, que gera, e outra para o pulso expiratório, que irradia. O cubo é a
esfera expandida pela expiração até o repouso negro no espaço frio, e a esfera é o cubo
comprimido até a incandescência de sóis brancos quentes pela inspiração.

“Todas as esferas emergem dos cubos pulsantes e respiratórios do espaço e


retornam a eles para encontrar fulcros de repouso para emergir novamente.

“Eis que eu centro uma forma que procura o repouso em Mim a partir da ação do
Meu pensamento, e envolvo essa forma com sua outra metade onde ela pode novamente
encontrar o repouso em Mim como outro fulcro para a expressão do Meu pensamento.

“Estas duas metades sexuadas se estendem de Mim e voltam para Mim, mas não
são Eu, nem são duas metades de uma, pois nunca podem ser duas metades de uma”.
Elas são sempre duas, e nunca uma. Nem podem se unir, nem se encontrar, pois seus
caminhos são caminhos opostos que nunca se encontram, pois cada uma delas anula a
outra em seu aparente encontro.

“Eis que estou dentro de todas as coisas, centrando-as; e estou fora de todas as
coisas, controlando-as”. Mas eu não sou as coisas que centralizo e controlo”.

-d’A ILÍADA DIVINA

109
“Vede que o homem sabe que cada luz dividida de seu condicionamento, que se
estende de Mim a ele, é sempre balanceada, pois Eu sou o Balanceamento. E esta é a
Verdade e a Lei, pois Eu sou a Verdade e a Lei.

“Diz-lhe: cada coisa é tudo e cada coisa está em toda parte.

“Pois eu digo que todas as coisas são a mesma coisa, pois todas as coisas são
universais. Cada coisa chega através de cada outra coisa até a estrela mais distante.
Para este fim, coloquei Meus espelhos e Minhas lentes de luz dupla para alcançar um
infinito em Meu universo imaginado, no qual nenhuma medida é.

“E também digo que o infinito do homem termina aos olhos do homem onde ele
começou. Todas as coisas em Meu universo espelhado terminam onde elas começaram.
A Eternidade assim termina no AGORA, e o Agora em Eternidade.

“Vede que o homem conhece bem as ilusões que enganam seu sentido. Apontai-lhe
Meus espelhos e minhas lentes que curvam Meu universo aparente em esferas imaginadas
de Meu pensamento como semente para multiplicar Um em muitos outros.

“Diz-lhe: todas as coisas ocupam o mesmo espaço, e cada coisa ocupa todo o
espaço. Todas as coisas se estendem de todas as coisas e são extensões de todas as
coisas”. Da mesma forma, eu digo: todas as coisas centram todas as coisas e estão
envolvidas em todas as coisas.

“Dizei estas coisas com palavras do conhecimento do homem. E dizei que eu, a
Luz, centralizo a ele e a todas as outras coisas, pois estou em toda parte”.

-d’A ILÍADA DIVINA

110
“Mais uma vez digo que todas as coisas se estendem a todas as coisas, a partir de
todas as coisas, e através de todas as coisas. Pois, a ti novamente digo, todas as coisas
são Luz, e a Luz não separa; nem tem limites; nem está aqui e não ali.

“O homem pode tecer o padrão de seu Eu em Minha Luz, e de sua imagem em


Minha Luz dividida, assim como o sol tem seu arco de muitas tonalidades de Minha Luz
dividida, mas o homem não pode estar separado de Mim, como o espectro não pode estar
separado da Minha Luz.

“E como o arco-íris é uma luz dentro da luz, inseparável, assim é o Eu do Homem


dentro de Mim, inseparável; e assim é sua imagem a Minha imagem.

“Em verdade eu digo, cada onda engloba todas as outras ondas até o Um; e as
muitas estão dentro do Um, até a menor das Minhas ondas.

“E digo ainda que cada coisa se repete dentro de cada outra coisa, até o Um.

“E, além disso, eu digo que cada elemento que o homem pensa como sendo apenas
de si mesmo está dentro de todos os outros elementos, mesmo para os átomos da menor
unidade.

“Quando o homem te pergunta assim: ‘Dizes tu que neste ferro há ouro e todas as
outras coisas?’ podes responder: ‘Dentro da esfera, e englobando-a, está o cubo, e toda
outra forma que existe; e dentro do cubo, e englobando-o, está a esfera, e toda outra
forma que existe.’”

-d’A ILÍADA DIVINA

111
ESTE UNIVERSO MAGNÉTICO-ELÉTRICO

EM POSTULADOS E DIAGRAMAS

Deus é Luz. Deus é Amor.


O universo criador de Deus é baseado no Amor. Ele está criando com a Luz.
O princípio do amor é o desejo de dar. Deus dá amor estendendo Sua Luz. O amor
de Deus é um espelho da Luz que reflete Sua doação de amor por meio da redoação do
amor.
A lei do amor é um intercâmbio rítmico balanceado entre todos os dar e dar
novamente.
O símbolo do amor é a onda de luz dupla que dá e dá novamente de forma igual e
rítmica. Este é um universo de dupla onda elétrica de troca de luz. (Fig. 1)

Fig. 1 – Símbolo do amor estendido do repouso ao movimento.

O Amor de Deus está em toda parte; Sua Luz está em toda parte. Não há nada que
não seja bom no universo onisciente de Deus. O mal é um produto do pensamento do
homem.
Deus estende Seu amor, Seu poder e Seu conhecimento, radialmente, de pontos zero
de imobilidade onipresente para outros pontos zero na medida de Seu desejo de dar forma
a Suas imaginações. A intensidade do desejo estendido de pontos centrados de repouso
para pontos estendidos de repouso determina a dimensão do desejo. (Fig. 2)

Fig. 2- Símbolo do poder estendido do repouso ao repouso.

ESTE UNIVERSO RADIAL

Todo o princípio mecânico da Natureza, por meio do qual são produzidas suas
ilusões de luz de movimento, é o efeito consequente de tais extensões radiais. Por causa
disso, a aparente multiplicação e divisão do equilíbrio universal em pressões elétricas
opostas de gravitação e radiação, que formam a base deste universo de mudanças, são
possíveis. (Fig. 3)

112
Fig. 3 - O Universo radial.

A imaginação de Deus se estende do repouso ao repouso em Seu universo radial


tridimensional de comprimento, largura e espessura - para se tornar o palco do espaço
para Seu universo radial imaginado de matéria, tempo, mudança e movimento. (Fig. 4)

Fig. 4 – Espelhos de projeção de ação de Deus.

Pontos de repouso, estendidos a outros pontos de repouso, formam três planos de


reflexão de Luz magnética imóvel que estão em ângulos retos uns com os outros. (Fig. 4)
A partir do centro destes três planos espelhados de curvatura zero, as doações de Deus
são radialmente projetadas para seis planos espelhados opostos para se reprojetar como
novas doações, para desdobrar e redobrar as formas da imaginação de Deus no universo
elétrico curvo de Seu desejo. (Fig. 5)

Fig. 5 – Planos espelhos de reação

NASCIMENTO DOS CAMPOS DE ONDAS

O desejo de Deus de dar Seu amor se manifesta em uma ação projetada como uma
explosão a partir de um ponto central de repouso que age como um fulcro. O desejo de
dar novamente é simultaneamente “rastreado” de volta de cada ponto de seu progresso
para redobrar a ação de desdobramento. Toda ação na Natureza está desaparecendo para
sempre em um espelho de sua própria imagem de igual potencial. (Figs. 5 e 6)

113
Fig. 6 – As ações explosivas.

Toda ação projetada na Natureza que é simultaneamente “rastreada” de volta como


uma reação reprojetada é repetida sequencialmente como um eco semelhante de seus
planos de limite de campo de ondas de curvatura zero. (Fig. 7)

Fig. 7 – Reações simultâneas

Todas as ações na Natureza são explosões - ações lentas de coisas em crescimento,


ou ações rápidas de dinamites ou bombas atômicas liberadas. Por outro lado, todas as
reações são implosões. As ações desdobram a falta de forma em forma definida. Reações
desdobram a forma na falta de forma. As ações são a base da radiação. As reações são a
base da gravitação. (Fig. 8)

Fig. 8 – Reações sequenciais.

Toda ação em qualquer lugar é repetida em todos os lugares do universo. Como


consequência, centros harmônicos da mesma medida de desejo estendem suas ações para
fora de seus centros em direção a outros centros harmônicos. As explosões harmônicas
de igual medida preenchem assim todo o espaço no universo onipresente de Deus. (Fig.
9)

Fig. 9 – Toda ação é onipresente.

114
As explosões que se encontram não podem ser esferas, pois todo o espaço deve ser
preenchido. Bolas de tênis esmagadas juntas se transformam em cubos ao serem
gradualmente achatadas onde se encontram em seis pontos em superfícies curvas. Da
mesma forma, as explosões externas se achatam em seis planos dos cubos. (Fig. 10)

Fig. 10 – Explosões repetidas se encontram.

As explosões-implosões são resistidas ao máximo na direção dos seis pontos onde


as esferas se encontram. Consequentemente, elas são desviadas para os oito pontos de
menor resistência que se tornam diagonais de cubos ao invés de raios de esferas. (Fig. 11)

Fig. 11 – Explosões repetidas comprimem.

Assim, são geradas oito direções de força expressas bidirecionalmente que se


tornam a base da onda da oitava. (Fig. 12)

Fig. 12 – As oito direções bidirecionais da força.

As explosões-implosões projetadas uma através da outra desenvolvem duas


pressões opostas. A direção para fora divide seu potencial, expandindo radialmente. A
direção interna o multiplica ao comprimir radialmente. Assim, são produzidas as duas
condições opostas de equilíbrio positivo e negativo que motivam este universo elétrico
de movimento bidirecional, dão a ele sua pulsação e produzem todos os efeitos de ilusão
causados pelo intercâmbio das duas condições da matéria.

O CUBO-ESFERA

Pares de condições opostas de intercâmbio nascem um do outro e se tornam um ao


outro como consequência desse intercâmbio, pois todos os opostos na Natureza também
nascem assim. O cubo e a esfera são os dois opostos de forma dos quais nascem todas as
formas de todas as coisas. Eles são as únicas formas já criadas, sendo pai-mãe de todas
as formas. (Figs. 13,14)

115
Fig. 13 – O cubo.

Fig. 14 - A esfera.

Tanto a esfera quanto o cubo manifestam o princípio cósmico do balanceamento.


Sua posição em ondas de luz está na posição balanceada na onda onde compressão e
expansão pararam de se opor, que está na amplitude da onda (conhecida como crista). O
carbono e o cloreto de sódio são bons exemplos de verdadeira cristalização do cubo. Da
mesma forma, suas unidades atômicas são esferas verdadeiras. O iodeto de sódio ou
brometo de sódio não se cristalizam em um cubo verdadeiro por causa de suas posições
desbalanceadas perto do plano, mas não sobre ele, de amplitude de onda.
O cubo e a esfera são um só, sendo duas fases opostas de uma mesma coisa. O cubo
é a esfera estendida à frieza negra enquanto que a esfera é o cubo contraído à
incandescência branca. Cada esfera verdadeira em cada onda de luz é um sol
incandescente, independentemente de sua dimensão. Esferas prolatas, como nosso sol,
estão se tornando incandescentes para dentro em direção a seus centros, enquanto esferas
oblatas, como nossos planetas, estão se tornando frias em direção a seus centros.
O cubo nasce da esfera para satisfazer o desejo do Criador de produzir forma ao
projetar luz da incandescência em direção à escuridão fria dos céus. Por outro lado, a
esfera nasce do cubo para satisfazer o outro desejo de unicidade ao reprojetar o frio escuro
dos céus para a luz na semente.
A criação de todas as formas de matéria é um eterno intercâmbio entre a luz-pai das
esferas incandescentes e a luz-mãe dos cubos frios. Todas as formas são criadas na direção
da frieza do espaço e são anuladas na direção da incandescência.
Todo corpo criador é colocado no espaço a partir de seu cadinho no sol para resfriar
na forma apropriada à sua extensão a partir do sol. Essa é a metade da jornada cíclica de
cada corpo desde o sol e de volta a ele. A outra metade do ciclo é o retorno ao sol para
anular o corpo de sua forma com o propósito de adquirir um novo corpo. Cada ciclo de
movimento é uma viagem do calor para o frio e de volta para ele.
Todos os corpos são formados pelo congelamento e anulados pelo derretimento. Os
pontos de congelamento e de derretimento de todos os corpos dependem de suas
respectivas densidades e condicionamento elétrico.
A esfera é o barro da terra, a luz dos sóis e a falta de forma da semente. É o ventre
“a partir do qual o barro da terra se estende até os céus cúbicos para se expandir em forma,
e é o túmulo dentro do qual toda a forma é anulada para se dar novamente aos céus como
uma nova forma.
Toda forma na Natureza está se tornando um cubo ou uma esfera, ou é uma seção
de qualquer um deles. Os corpos complexos são múltiplos de esferas de matéria
circundadas por múltiplos cubos de espaço em múltiplos campos de ondas. Todas as

116
formas de cristal são seções de cubos. Suas formas são determinadas por suas posições
em seu campo de ondas. (Fig. 15)

Fig. 15 – Todos os cristais são seções cúbicas.

Os cubos do espaço são campos de ondas que unem todos os movimentos de


intercâmbio entre as duas condições dentro dele. O movimento não pode passar por esses
planos, mas pode ser refletido simetricamente para trás ou estendido simetricamente em
direção ao centro do campo de ondas adjacente.
Dentro de cada campo de cubos está o universo curvo da ilusão de luz bidirecional;
e além disso, até os confins do espaço, é uma repetição da ilusão de campos de ondas para
campos de ondas à taxa de aproximadamente 300.000 quilômetros por segundo. Essa é a
velocidade na qual cada ação-reação em qualquer lugar se repete em todos os lugares.
Esta ilusão de movimento dá origem à crença de que a luz “viaja”.

117
Os planos limite do campo de ondas de curvatura zero isolam todos os efeitos do
movimento, que ocorrem dentro dele, de todos os outros campos de ondas. Centrando o
campo ondulatório está a esfera incandescente que o acompanha. O potencial de todo o
campo é dividido igualmente entre sua esfera centrada de matéria multiplicada e o espaço
circundante de matéria dividida.
Cada par de cada campo de ondas no universo é balanceado com seu par oposto,
mesmo ao peso de um elétron. A razão pela qual a esfera centrada é de alto potencial e
seu espaço circundante é de baixo potencial é devido a uma diferença de volume. A esfera
centralizadora pode ter alguns milhares de quilômetros de diâmetro e seu espaço
circundante muitos milhões de quilômetros de diâmetro; no entanto, elas são iguais,
potencial por potencial, mas desiguais em volume por volume.
Nenhum desses pares poderia manter sua separação de condição, a menos que se
alternasse constantemente para dar tudo de si ao outro alternadamente em ciclos
repetitivos. As esferas devem dar aos cubos do espaço, expirando para se descarregar e
carregar o espaço. O espaço deve então dar-se novamente às esferas, expirando a si
mesmo para se descarregar e recarregar as esferas.
Cada ciclo curto de troca é acumulado em um ciclo de vida-morte mais longo, no
qual os sólidos desaparecem completamente no espaço e o espaço intercambia seu
potencial para se tornar sólido. Este princípio constitui as voltas para dentro e para fora
da Natureza por meio das quais todas as formas aparecem, desaparecem e reaparecem
sequencialmente.
A inspiração das esferas converte baixo potencial em alto. O processo generativo
da Natureza é a gravitação. A expiração das esferas irradia alto potencial em baixo. O
processo degenerativo da Natureza é a radiação.
A multiplicação e divisão da energia expressa em alto e baixo potencial de
gravitação e radiação é possibilitada pelo plano da Natureza que faz com que todas as
ações da Natureza se estendam radialmente a partir de pontos onipresentes; pontos de Luz
magnética.
A gravitação puxa em espiral de dentro para dentro para enrolar as ondas de luz em
sólidos para centralizar o espaço.2 A radiação impulsiona em espiral para fora, para
desenrolar os sólidos densos no espaço, para envolver os sólidos. Cada uma é uma reação
igual da outra. Cada uma se torna a outra sequencialmente.
A gravitação é o princípio elétrico positivo que exerce suas pressões centralmente
em direção aos pontos incandescentes máximos de compressão em cada campo de ondas.
É o princípio pai da Natureza, o princípio integrador do “fluxo ascendente de energia”
que equilibra para sempre seu “fluxo descendente”.

118
Fig. 16
O Mistério da Gravitação e Radiaçao²

A radiação é o princípio elétrico negativo que exerce suas pressões de forma


centrífuga em direção a seus planos limite do campo de ondas de luz magnética. É o
princípio mãe da Natureza, o princípio desintegrador do “fluxo descendente de energia”
que balanceia para sempre seu “fluxo ascendente”.
O Criador estende o poder de movimento a apenas metade de um ciclo para cada
uma das duas manifestações opostas de Seu desejo. A gravidade dá uma forma material
aos corpos para manifestar a ideia de corpos. A radioatividade dá aos céus a ausência de
formas espirituais para que os céus possam dar-se novamente à Terra como corpos
formados.
A gravidade começa seu meio ciclo como reação implosiva de uma ação explosiva,
cumprindo assim a lei de que todas as expressões opostas nascem uma da outra e se
intercambiam para se tornar a outra. Ela termina seu meio ciclo em um ponto de repouso
no ponto imóvel de luz magnética que centraliza cada corpo material seja de dimensão
microcósmica ou macrocósmica. A gravidade, então, cessa quando seu movimento cessa.
Não há “centro de gravidade” na Natureza. A Luz centralizadora de cada massa é a
Luz magnética imóvel. Da mesma forma, o eixo imóvel de cada vórtice é a Luz magnética
imóvel.
A radioatividade então começa seu meio ciclo a partir daquele ponto de repouso e
termina nos planos limite do campo de ondas de Luz magnética onde a gravidade
começou. A radioatividade então cessa quando seu movimento cessa.
Tanto a gravidade quanto a radioatividade emprestam seu poder para encontrar o
balanceamento em repouso no final de sua jornada a partir dos pontos de repouso de seu
início. Cada uma delas retribui seus empréstimos separadamente à outra em cada ponto
de suas respectivas jornadas. Assim, cada uma se anula perpetuamente ao dar-se à outra.
No final de cada jornada, cada oposto se anula, dando de si tudo ao outro. Renasce então
como o outro. Em todos os lugares da Natureza, cada ação é sua própria reação.

“A morte dá à vida para que a vida possa viver; e a vida dá à morte para que a
morte possa morrer”.
-d’A ILÍADA DIVINA

119
Toda ação na Natureza demonstra este princípio. Uma bola jogada no ar deve partir
de um ponto de repouso, motivada pela energia emprestada do “centro de gravidade”
desta terra que é seu fulcro. O ponto de repouso na mão do lançador é uma extensão do
centro imóvel da Terra.
À medida que a bola sobe, ela desacelera ao pagar ao espaço a energia que pegou
emprestada, carregando assim o espaço com os empréstimos da terra e descarregando
igualmente a terra. Quando o empréstimo é totalmente pago, a bola volta ao repouso. A
partir daí, ela deve novamente tomar emprestada a energia do espaço que tomou
emprestada da Terra para pagar seu retorno à Terra. Ao acelerar sua viagem à terra, ela
passa cada ponto na mesma velocidade que registrou no meio ciclo ascendente,
descarregando assim o espaço e carregando igualmente a terra para balancear todos os
empréstimos e pagamentos.
Todas as ações na Natureza são extensões-retrações do zero ao zero, e de volta ao
zero. Todas são balanceadas simultânea e sequencialmente. Este é um universo zero
positivo e zero negativo que nunca excede o zero da Luz Única da qual brotou
aparentemente como multiplicidade.

AS DUAS CONDIÇÕES ELÉTRICAS OPOSTAS

Este universo zero de equilíbrio exige duas condições opostas a fim de simular
aquilo que nossos sentidos interpretam para movimento e mudança. Essas duas condições
necessárias são o equilíbrio positivo e negativo; eletricidade positiva e negativa. (Fig. 17)

Fig. 17 – X mais zero é igual a zero menos X.

Zero positivo significa um crédito de pressão emprestado do equilíbrio universal


para comprimir um grande volume em um pequeno volume. Zero negativo significa uma
expansão igual para balancear a compressão emprestada.
Mil dólares emprestados de um banco é um acréscimo de crédito que é balanceado
por um débito igual de mil dólares. O zero central representa o banco. Os zeros estendidos
representam o crédito e o débito. Ambos são iguais, mas opostos. Um crédito de mil
dólares é igual a zero. Quando o crédito é pago em parte ou na totalidade, o débito é
proporcionalmente anulado simultaneamente com o crédito.
Estas duas condições opostas de crédito e débito correspondem às duas condições
opostas de compressão e expansão na Natureza das quais o movimento depende. Quando
uma pressão de equilíbrio é dividida em condições opostas a partir do zero das quais
ambas são estendidas, o movimento entre as duas torna-se imperativo. Elas devem trocar
entre si para anular suas condições desbalanceadas. Este é o princípio da corrente
elétrica.
A Fig. 18 representa uma sala de igual pressão. Dois tanques nela estão conectados
com um tubo e uma válvula. Ao bombear todo o ar de um tanque para o outro, as duas
condições positiva-negativa foram estabelecidas, o que torna o movimento imperativo. A
natureza sempre gera um oposto a partir do outro desta maneira.

Fig. 18 – Base de Movimento.

120
Ao abrir a válvula, uma explosão ocorrerá no tanque positivo. Uma implosão de
igual potencial ocorrerá no tanque evacuado. O tanque positivo descarregará parte de sua
condição comprimida para carregar o negativo. A bateria elétrica é a mesma, em
princípio. (Fig. 19)

Fig. 19 – Potenciais iguais opostos.

Na Natureza, a radiação descarregada que explode do sol simultaneamente implode


como gravitação.

CAUSA DA PULSAÇÃO UNIVERSAL

A matéria e o espaço constituem as duas condições necessárias para o intercâmbio


do movimento diagramado nas Figs. 18 e 19 com uma diferença característica. Essa
diferença é que as duas condições representadas pelos tanques do ar comprimido e
expandido e as duas células da bateria elétrica são iguais em volume, enquanto os corpos
de matéria e seu espaço circundante são desiguais em volume.
A condição expandida do espaço é milhões de vezes maior em volume do que a
condição comprimida de seu corpo centralizador.
Isto explica o aparente mistério da gravitação e da radiação que faz com que objetos
sólidos caiam em direção à terra e que os gases subam em direção ao espaço.
Na bateria elétrica, o intercâmbio entre as duas condições de pressão pode anular
ambas em um flash explosivo por um curto-circuito, se o fio que conecta as duas células
for suficientemente pesado. Se um pequeno fio conectar ambas as células, o intercâmbio
leva tempo para completar a anulação. Cada condição dá à outra em parcelas, pois o fio
não é grande o suficiente para anular ambas as condições instantaneamente. A
consequente doação e redoação pelas duas pressões opostas constituem as oscilações da
corrente elétrica. O intercâmbio elétrico por parcelas é medido e registrado por ondas, e
o elemento temporal desses registros de intercâmbios são frequências de ondas. Elas
constituem a pulsação da corrente elétrica. Quando um fio elétrico pulsa com frequências
de onda de uma corrente elétrica, dizemos que se trata de um fio vivo. Quando ele para
de pulsar porque a corrente está desconectada, dizemos que o fio está morto, pois ele não
pulsa mais.
Todos os pulsos da Natureza em frequências medidas com o batimento cardíaco da
corrente elétrica universal, como evidenciado pela inspiração universal, em direção aos
corpos, e expiração universal, em direção ao espaço. Quando a respiração é desligada no
corpo do homem pela interrupção do intercâmbio entre as duas condições opostas de
pressão da matéria, dizemos que o homem está morto. Resolvendo o mistério da “troca
em parcelas” entre os corpos e o espaço, pode-se compreender melhor o fato de que nem
pulsações, nem respirações, nem frequências de ondas de troca têm qualquer relação com
a vida, pois elas se relacionam apenas com o princípio por meio do qual a vida ou energia
se manifesta pelo movimento.
O primeiro passo para resolver este mistério reside no princípio pelo qual a matéria
e o espaço se tornam desiguais em volume.
A Fig, 20 representa a bateria elétrica com a linha AB dividindo as duas condições
de pressão como o equilíbrio de ambas. Esta linha representa um equador estático - um

121
plano de repouso a partir do qual ambas as condições opostas são estendidas em ângulos
retos como um equador dinâmico – linha CD.

Fig. 20 – Intercâmbio balanceado entre condições iguais.

A Fig. 21 representa equadores estáticos e dinâmicos (ou magnéticos e elétricos) a


noventa graus um do outro. Como as duas condições opostas que se estendem destes
planos de repouso são iguais, as linhas de força que conectam ambos são simétricas a
ambos os diâmetros, como se fossem refletidas por espelhos colocados em ângulos retos
um ao outro. Tal simetria pertence apenas ao cubo e à esfera.

Fig. 21 – Simetria do cubo


AB: Equador estático, CD: Equador dinâmico.

A Fig. 22 representa a bateria elétrica com a célula negativa muito maior do que a
célula positiva. Os equadores estáticos e dinâmicos ainda estarão em ângulos retos um ao
outro, mas 'o equador estático não estará no meio. Ele estará muito mais próximo do polo
positivo e será curvo porque linhas de força que registram a medida de intercâmbio entre
as duas pressões opostas podem ser simétricas apenas ao equador dinâmico, e não ao
equador estático.

Fig. 22 – Intercâmbio entre opostos desiguais.

Tal simetria pertence ao universo radial das seções cônicas. Todos os equadores
dinâmicos são radiais, e todas as linhas de força de simetria cônica estão sempre mudando
para registrar o potencial em constante mudança dos equadores dinâmicos.
A Fig. 23 ilustra este princípio que forma esferas e cria a ilusão que faz com que
objetos pesados pareçam ser atraídos radialmente em direção à terra e a matéria tênue
empurrada radialmente para longe dela. A linha AB mostra a curvatura do equador
estático que faz com que o equador dinâmico se expanda em sua extremidade negativa e
se contraia em sua extremidade positiva para os raios de um cone. O impulso externo das
pressões radiativas curvaria a base do cone assim produzido para corresponder à curvatura
de seu equador estático, AB.

122
Fig. 23 – A curvatura aumenta.

A Fig. 24 representa um ímã de barra que foi dividido nas duas condições de pressão
opostas deste universo elétrico ao enrolar um fio carregado ao redor da barra de aço,
formando assim dois vórtices elétricos positivos e negativos opostos com intensidades
medidas nos polos.

Fig. 24 – Intercâmbio igual.

Dois pregos de igual peso são suspensos nesses polos. No entanto, não é o
magnetismo que atrai estes pregos. São os vórtices elétricos que os atraem, pois os
vórtices ainda são efetivos sobre aquela barra de aço, mesmo que o fio eletricamente
carregado tenha sido removido.
É o movimento de turbilhão do vórtice elétrico que realiza o trabalho de levantar
esses pregos e não a imobilidade dos polos de Luz magnética.
Se o ímã de barra for aumentado em uma extremidade, ele se torna um cone. A
divisão em duas condições opostas ainda será igual, como na Fig. 25, mas o volume será
tão grande em uma em comparação com a outra que o prego que a extremidade positiva
ainda atrairá não poderá ser levantado pela extremidade negativa a menos que o prego
seja moído a um pó fino. A extremidade negativa levantará então o mesmo peso no total,
mas apenas dividindo o prego por todo o volume.

Fig. 25 A e B – Intercâmbio entre volumes desiguais.

123
Antes que este princípio seja aplicado à matéria e ao espaço, é necessário corrigir a
impressão geral de que a terra é um ímã. Referindo-se ao ímã de barra retratado na Fig.
24, pode-se ver que somente seus polos expressam a gravidade. A terra, ao contrário,
expressa a gravidade em seu centro. (Fig. 26)

Fig. 26.

A terra é formada entre as fendas magnéticas de sua onda à medida que todos os
corpos são formados (Fig. 27). Se dois ímãs de barra forem colocados de modo que as
extremidades negativa e positiva estejam próximas uma da outra, aquele ponto imóvel
que chamamos de centro de gravidade irá se evidenciar entre as duas extremidades. Se
forem colocadas limalhas de ferro nesta fenda, condições de gravidade semelhantes às da
terra serão encontradas ali. A gravidade terminará e a radiação começará naquele centro.
Os pregos cairão a partir de qualquer direção, como fazem os objetos pesados na terra, e
as agulhas das bússolas seguirão as direções dos vórtices das linhas de força que se
estendem em direção a seus polos.

Fig. 27 – A matéria é formada em ondas entre polos opostos.

A analogia entre as células de bateria desiguais e os ímãs de barra é agora


suficientemente completa para compará-las com a matéria e o espaço. Na Fig. 28, dois
ímãs de barra foram expandidos em cones. O peso que a extremidade positiva vai atrair
como sólido tem que ser finamente dividido para que o volume expandido da extremidade
negativa possa atraí-lo.

Fig. 28 – A curvatura aumenta à medida que os potenciais dividem e multiplicam.

A diferença essencial entre as duas condições de pressão opostas da bateria elétrica


e as duas de matéria e espaço é que na bateria os potenciais opostos são iguais porque os
volumes são iguais.
Na bateria universal da matéria e espaço as duas condições opostas são
conspicuamente desiguais. O alto e baixo potencial resultante contrastam tão
violentamente um com o outro que a matéria sólida “caindo” em direção ao alto potencial
da condição comprimida deve ser dividida em vapores e gases antes que a mesma
substância “caia” em direção ao baixo potencial da condição expandida. Uma barra sólida
de ferro cairá radialmente em direção à terra porque ambos são sólidos comprimidos de

124
alto potencial. Se suficientemente dividida ao ser vaporizada, essa mesma barra de ferro
cairá radialmente em direção ao céu.
Gravidade e radioatividade são condições de pressão opostas da mesma coisa.
Ambas essas condições de pressão estão em todas as coisas criadoras. Toda coisa criadora
pode se expandir para diminuir seu potencial, ou pode se contrair para elevá-lo. Condições
semelhantes buscam condições semelhantes para encontrar o balanceamento. Coisas
criadoras mudando suas condições comprimidas para condições expandidas devem se
mover para encontrar o balanceamento em condições semelhantes. Essa é a única causa
do movimento bidirecional.
Todo potencial tem uma posição de balanceamento potencial em algum lugar do
universo. O desejo de encontrar essa posição está em cada coisa criadora e qualquer
restrição exercida para impedi-la de se mover para encontrar seu potencial de
balanceamento pode ser medida como peso.
A causa do universo radial que constitui a matéria e o espaço está na desigualdade
de suas duas condições de pressão opostas, tanto em termos de volume quanto de
potencial.
A causa da pulsação universal e da respiração que motiva a manifestação da vida
em cada coisa criadora está também nesta desigualdade. Todas as coisas criadoras pulsam
e respiram como a “vida” orgânica pulsa e respira, mas isso não é vida; é apenas
movimento.

AS DUAS DIREÇÕES ELÉTRICAS OPOSTAS

O universo é dual - o universo magnético imóvel da realidade e o universo elétrico


dinâmico, radial e bidirecional da ilusão que se estende do universo estático a um ângulo
de noventa graus.
No universo elétrico dinâmico há duas direções - para dentro e para fora radialmente
a partir de um ponto imóvel de Luz magnética para planos imóveis de Luz magnética.
Todos os movimentos dentro dos campos de ondas magnéticas são controlados pelo
Criador. (Figs. 29, 30)

Fig. 29 – Norte.

Fig. 30 – Sul.

“Pois eis que estou dentro de todas as coisas, centrando-as, e estou fora de todas
as coisas, controlando-as”.
-d’A ILÍADA DIVINA

125
A direção interna radial é Norte - a direção compressiva da gravidade que multiplica
o potencial ao comprimir radialmente as ondas de luz em volumes menores de frequências
maiores. A direção radial externa é Sul - a direção expansiva da radiação que divide o
potencial pela expansão das ondas de luz em volumes maiores de frequências menores.
(Fig. 31)

Fig. 31 – O princípio da divisão e multiplicação.

As duas direções do universo estático são Leste e Oeste. Elas são estáticas porque
são esféricas. Elas seguem planos curvos de pressões equipotenciais imutáveis, tais como
o contorno da terra ou do sol ou das órbitas dos planetas ou das nuvens flutuantes. Leste
e Oeste não se opõem um ao outro. Cada um chega a seu próprio ponto de partida sem
mudança de potencial. (Fig. 32)

Fig. 32.

Norte e Sul, ao contrário, se opõem diametralmente um ao outro. Eles estão em


constante mudança. Eles buscam direções opostas, cada um passando pelo outro em
faixas opostas em espiral; cada um se intercambiando com o outro à medida que passa;
cada um anulando o outro através desse intercâmbio, e cada um se tornando o outro por
causa disso. (Fig. 33)

Fig. 33.

Os planos esféricos Leste-Oeste formam os eixos de ondas de luz a partir dos quais
o universo dinâmico estende sua onda giroscópica, radialmente, em amplitudes de
noventa graus e também seus outros tons de oitava giroscópica nos diversos graus de
pressão em que os elementos da matéria são formados.

126
Os planos esféricos Leste-Oeste também são os fulcros das alavancas de onda que
curvam a gravidade, uma vez que bombeiam alto potencial em baixo para expandir os
sólidos nos gases do espaço, e baixo potencial em alto para comprimir as ondas de luz
nos sólidos da terra. (Fig. 34)

Fig. 34.

Sóis incandescentes de luz branca e quente nascem da escuridão negra fria e o


espaço escuro frio nasce de sóis quentes brancos.

ESTE UNIVERSO ELÉTRICO CURVO

Todos os sóis são gerados em incandescência por dois rios negros de luz evacuada
que fluem centripetamente para dentro, em direção a seus centros imóveis intactos, pelo
caminho de seus polos. Por outro lado, a escuridão do espaço é irradiada por dois rios
incandescentes de luz branca, que fluem centrifugamente a partir dos equadores dos sóis.
(Fig. 35)

Fig. 35 – A luz vem das trevas e as trevas vêm da luz.

Assim, os quatro braços de todas as nebulosas espirais se formam como dois pares
de opostos que intercambiam entre si para se tornarem os outros dois; os dois braços
negros pertencem à gravidade e os dois brancos à vacuidade. (Figs. 36, 37, 38)

127
Figs. 36 e 37.

Fig. 38 – Os quatro rios da luz.

Este universo elétrico é cuvo - o movimento é espiral. Onde o movimento cessa, a


curvatura cessa. As clivagens entre os planos limite do campo de ondas de cristais os
separam em suas formas cristalinas individuais. O movimento não pode passar por esses
planos, pois lá não há nada além de imobilidade. O movimento é repetido em todos os
campos de ondas por extensão refletida a partir dos planos limite do campo de ondas.
A curvatura é imperativa sob tais condições, pois as pressões opostas resistem umas
às outras e cada uma deve se curvar para encontrar passagem para sua própria expressão
de força. O movimento e a curvatura começam e terminam simultaneamente quando a
oposição começa e termina. (Zero na Fig. 39)

128
Fig. 39
0 - Planos espelhos de luz imóvel.
A – Tela do espaço para luzes de movimento projetadas

Cada campo de ondas é como uma máquina de projeção separada na qual seu
próprio universo de movimento curvo é duplamente projetado sobre sua tela zero de
espaço automedida. (A na Fig. 39). A esfera incandescente de luz que a centra imagina
as formas de desejo na medida do desejo de manifestação. (Veja também a Fig. 38).
Este universo curvo consiste de lentes e espelhos de luz que refletem, dobram,
curvam, concentram e descentram a luz em suas incontáveis formas. Qualquer ação em
qualquer lugar é repetida em toda parte por e através de inúmeros planos espelhados de
campos de ondas e lentes do espaço. (Figs. 40,41)

Fig. 40 – Os seis planos limites de campos de onda.

Fig. 41 – O universo de movimento projetado.

Esferas concentradas, como a terra e o sol, são cercadas por camadas de luz de igual
pressão. Nuvens flutuam ao redor da terra nelas. A razão pela qual elas flutuam em curvas
paralelas à terra é devido a esses planos esféricos equipotenciais de pressões que se
curvam como as curvas da terra.
As pressões curvas da luz atuam como lentes para multiplicar e dividir a luz radialmente.
Os raios de luz que passam por planos curvos se concentram em direção a um ponto
quando projetados através de lentes de luz do espaço na direção convexa e descentram
quando passam na direção côncava. (Figs. 42, 43)

Fig. 42 – Raios de luz são paralelos ao passarem por planos de curvatura zero.

129
Fig. 43 – Raios de luz são radiais ao serem projetados através de planos esféricos.

A gravidade e a radioatividade são explicadas por este fato. Todo objeto que cai em
direção à terra cai radialmente em direção ao seu centro devido a este fato. Não existem
dois homens que se mantenham em pé balanceados com a gravidade que fiquem paralelos
um ao outro. Linhas desenhadas através dos pés e da cabeça de quaisquer dois homens
em pé em ambos os hemisférios formariam um cone com sua base nos céus e seu ápice
no centro da Terra. A chuva caindo verticalmente de uma nuvem cai de maneira cônica.
A área da base do cone na nuvem é maior do que sua medida cônica na terra (Figs. 44,
45). O potencial elétrico da chuva aumenta conforme ela cai, devido à multiplicação das
pressões pelas lentes de luz que circundam a terra. Pela mesma razão que um homem pesa
menos à medida que ele sobe uma montanha e recupera o peso ao descer. As lentes de luz
subtraem de seu potencial multiplicando seu volume enquanto ele sobe e o multiplica
enquanto ele desce, subtraindo de seu volume.

Fig. 44 – Não há duas linhas verticais que sejam paralelas neste universo radial.
AA – equador estático.

Fig. 45 – A chuva, ao cair verticalmente, forma cones.

A curvatura dos eixos das ondas de luz, por contração ou expansão entre planos de
curvatura zero é a causa de todas as pressões; todos os padrões; todos os atributos da
matéria, tais como densidade, tenuidade, ponto de fusão, fragilidade, condutividade e
inúmeros outros efeitos que são anulados quando a curvatura cessa em planos de repouso
nos limites do campo de ondas, ou em pontos de repouso em torno dos quais o movimento
gira em espiral.

[…]

são geradas onde as espirais centrípeta e centrífuga se encontram. A matéria registra o


potencial da posição de seu nascimento. Por essa razão, flutua em órbitas equipotenciais
adequadas à sua posição em seu campo de ondas, juntamente com todas as unidades de
seu sistema. Na corrente elétrica, nascem sistemas eletrônicos onde os laços familiares de
força ocorrem ao redor de um fio carregado (Fig. 50). As Figs. 51, 52 e 53 são diagramas
de sistemas elétricos se formando em AA.

130
Fig. 50 – AA - Nascimento de sistemas eletrônicos.

Fig. 51 – Pares Espirais. Unidades de corrente elétrica.

Fig. 52 – Sistemas atômicos se formando.

Fig. 53
AA - Sistemas atômicos se formando.
BB – Eixo da onda.

A espiral é uma esfera incompleta, assim como as formas de cristal são cubos
incompletos. Espirais e cristais têm individualidade que perdem pela anulação na
unicidade das esferas e cubos.
A individualidade é dada a corpos com a finalidade de manifestar a separatividade
e a multiplicidade. Individualidade, separatividade e multiplicidade são então anuladas
na unicidade.

131
A individualidade em cada coisa criadora é um registro momentâneo de seu
desdobramento e de seu redobramento. É o fruto do desejo cósmico de expressão criativa.
Ela começa quando o ciclo começa, termina com seu fim e se repete em cada ciclo até
que o ciclo inteiro de qualquer ideia expressa seja anulado completamente.
Espirais bidirecionais condicionadas ao sexo são os indivíduos consumados de
toda a Criação. Elas condicionam todos os corpos com a condição de seus corpos. Elas
desdobram toda a ideia da imobilidade da Mente em forma móvel de Mente-imaginação
e a redobram na imobilidade da Mente-conhecimento. Elas são os trabalhadores elétricos
que satisfazem o desejo da Mente entrelaçando fios de luz em formas padronizadas e
registrando essas formas padronizadas na Luz imóvel que centraliza cada par em espiral,
como o eixo de um cone centraliza o cone.
O eixo centralizador de ambas as espirais é o eixo sobre o qual gira o universo
dinâmico.
Todo o movimento gira sobre eixos imóveis centralizadores, e todos os eixos são
extensões de dois sentidos de pontos que levam a, e através de, centros de esferas.
A linha de onda familiar que registra todos os efeitos do movimento controla esses
efeitos. Pode-se registrar essa linha de onda, mas não se ter consciência de que ela é o
poder estendido pelo Criador na medida do desejo por poder.
A linha de onda é um registro da quantidade de energia emprestada de seu equador
estático para expressar qualquer processo mecânico, como a vibração de uma corda de
harpa, as pulsações de um motor, o cardiograma do batimento cardíaco, ou o padrão de
um terremoto, como registrado por um sismógrafo. (Figs. 54, 55, 56, 57, 58)

Fig. 54.

Fig. 55
AB – O eixo da terra e da lua.

Fig. 56.

Fig. 57.
A – A medida da energia emprestada. B – sua repetição.

132
Fig. 58.
A – é um crédito. B - é um débito igual.

O eixo de uma onda é uma linha traçada através de cada ponto sobre a superfície de
um oceano perturbado por ondas em uma seção vertical, onde água e céu se encontram.
Em torno do eixo imóvel da onda, todos os movimentos das espirais de onda se
entrelaçam com os padrões e formas de desejo.
Todas as formas espirais devem ter uma individualidade intensa a fim de expressar
tais surpreendentes variedades de formas e padrões. (Fig. 59)

Fig. 59 – Vários padrões de eixos de onda registrando a energia emprestada.

As viradas de dentro para fora e de fora para dentro de todas as formas criadoras se
deve ao princípio do desdobramento-redobramento da Natureza. Este processo é
controlado por pares em espiral que são motivados por eixos imóveis de Luz magnética
centralizadores. Os pares opostos de espirais se expandem gradualmente de forma
centrífuga para planos que se encontram em equadores estáticos para completar a metade
de um ciclo de desdobramento. Eles então se contraem como o oposto do que seriam para
completar a outra metade. Durante toda a jornada, eles continuam sem inversão de
direção.
Uma espiral no sentido horário é sempre uma espiral no sentido horário durante
toda sua jornada centrípeta até seu ápice e sua jornada centrífuga até sua base. Os pares
opostos que giram sobre o mesmo eixo são anti-horários, pois ambos são projetados um
através do outro. (Fig. 60)

Fig. 60 – As direções do movimento espiral nunca se invertem.

O princípio característico do desdobramento-redobramento, de dentro para fora e


de fora para dentro da Natureza causa a integração da matéria nos polos e a desintegração
nos equadores. A matéria se integra pela contração de um par de espirais ao redor dos
eixos que a enrola em esferas por meio de seus polos, e a desintegra pela expansão do
outro par que a desenrola por meio de equadores.

133
O par de espirais que enrolam ondas de luz em esferas continua a enrolar até que se
formem furos através de esferas e anéis, auxiliado pela força centrífuga exercida pela
expansão das espirais opostas.
Os anéis são a “morte” da metade dos ciclos das esferas. Os anéis condensam-se
novamente em torno de pontos no espaço e se enrolam como esferas. A majestosa
nebulosa do anel em Lira (Fig. 61) é um excelente exemplo do processo de desintegração
da Natureza. O anel exemplifica a metade “morte” do ciclo e o sol recém formado em seu
centro, a metade “vida”. Um novo corpo nasceu do antigo enquanto se expandia para os
céus.

Fig. 61 - Nebulosa do anel em Lira.

Os céus abundam com novos corpos surgindo dos antigos que desapareceram em
outra forma. A Nebulosa de Coruja demonstra este princípio com dois anéis e duas
estrelas renascendo deles. (Fig. 62)

Fig. 62 – Nebulosa de Coruja.

Os anéis de Saturno se tornarão luas, assim como seus outros anéis se tornaram suas
várias outras luas. Nossa própria lua nasceu de um anel da terra à medida que expande
seu volume absorvendo seus oceanos, e acelera sua rotação como todos os planetas
externos fizeram. (Fig. 63)
Júpiter está nesse momento desenvolvendo cinturões que serão jogados fora como
anéis, para se tornarem luas. Estas luas se tornarão cometas e eventualmente mergulharão
no sol, como todas as coisas neste sistema solar.
A Fig. 64 ilustra o processo de desenrolamento por meio do qual as luas se libertam
das amarras de seu eixo mãe para novamente buscar a revolução em torno do eixo de seu
início no sol.

134
Fig. 64.

A desintegração de sóis e planetas pela radiação é acompanhada por um


achatamento em seus polos. As esferas se formam por prolação e se apagam por oblação.
A causa deste fenômeno é a velocidade cada vez maior de rotação ao redor dos eixos. Os
planetas internos giram muito lentamente sobre seus próprios eixos porque estão muito
próximos ao eixo mãe no sol, mas giram muito rapidamente em suas órbitas ao redor do
sol. (Fig. 65)

O MÉTODO DA NATUREZA DE ARMAZENAR ENERGIA EM MASSA

Fig. 65 – A medida que os polos acharam, o equador alonga.

Mercúrio, nossa própria lua, e Fobos, a lua interior de Marte, estão tão perto do eixo
mãe que são obrigados a girar rapidamente, com a mesma face sempre em direção a sua
primária. Os planetas externos se afastaram tanto da influência de seu eixo-mãe no sol

135
que seus anos se alongaram materialmente, seus dias se encurtaram visivelmente e suas
faces estão em constante mudança em relação ao sol.
Ciclones, trombas d’água e tornados se desenvolvem em nossa terra quando espirais
se apertam em torno de seus eixos, pois quanto mais eles assim se contraem, maior é a
velocidade. Quando as espirais são tão largas em suas bases que seus ângulos em relação
à superfície da terra são insignificantes, há calma e paz; mas quando se contraem à finuras
de lápis que aceleram furiosamente em torno de eixos centralizadores de imobilidade
magnética a noventa graus em relação à superfície da terra, eles então causam danos
inestimáveis. (Fig. 66)

Fig. 66.

136
A OITAVA UNIVERSAL

A pulsação do universo, partindo do zero de repouso, faz um movimento espiral de


seu mínimo para seu máximo e de volta ao zero, em quatro pares de ações e reações
opostas. Estes quatro pares de entrelaçamentos elétricos opostos constituem a onda espiral
universal de oitava por meio da qual o universo dinâmico de efeito se eleva a partir do
universo estático de causa. (Fig. 67)

Fig. 67.

A fórmula da onda de oitava que governa todo o movimento, e sua posição de


nascimento na onda universal é mostrada na Fig. 68:

Fig. 68 – Jornada bidirecional do zero – passando pelo zero – até o zero.

Zero a quatro significa a direção centrípeta até o ápice da espiral, o que leva a um
maior potencial, densidade, gravidade e o calor branco da incandescência. Quatro a zero

137
significa a direção centrífuga até a base da espiral, o que leva a menor pressão, menor
potencial, vacuidade, radiatividade e o frio negro do espaço. Cada um deles é metade de
um ciclo.
A razão pela qual uma oitava não pode ser contada de um a oito, em vez de um a
quatro, é porque cada uma das pressões - que têm as relações de um a quatro positivas na
oitava - é uma pressão de crédito, que tem sua pressão de débito oposta igual em um a
quatro negativos. Os elementos da matéria, nascidos nos pares espirais de opostos como
tons, têm a mesma relação que os tons da música têm com a onda de oitava.
Todos os movimentos de onda são expressos em oito tons - quatro pares de opostos.
O par do meio é aparentemente um só. A oitava é normalmente expressa em sete por este
motivo. Uma oitava é uma série de tons harmônicos ordenados. Os tons são multiplicados
e divididos em pressões de luz, espaçados ritmicamente com precisão matemática sobre
cada oitava de onda de movimento. A lei que se aplica a um efeito de movimento se aplica
a todos, seja onda sonora, corrente elétrica, espectro de cores ou oitavas de “elementos de
matéria”.
Nenhum estado de movimento tem permanência ou mesmo duração. Tudo está para
sempre em estado de transição, mudando sua posição em sua onda, multiplicando ou
dividindo suas frequências de vibração para mudar seu condicionamento.
A base de todas as oitavas é a tônica do repouso da qual a oitava brota para expressar
a ideia que está dentro da imobilidade magnética daquela tônica. O fulcro da onda de
oitavas musicais é sua tônica a partir da qual todas as mudanças tonais na oitava são
matematicamente calculadas em frequências e volume de onda. Essa tônica está sempre
na consciência de uma pessoa, quer a nota esteja sendo tocada ou não. É o balanceamento
de suas oitavas. Todos os tons estão sempre desbalanceados em relação a ela e desejam
para sempre o balanceamento. Nenhum estado de movimento pode escapar da tônica de
onde ele surgiu, nem pode ser separado dela eletricamente na matéria - ou
conscientemente na Mente.
Não importa que instrumento produza tons de oitava, suas frequências e outras
dimensões devem estar na ordem exigida pelos pares espirais de abertura e fechamento
que controlam esses tons ao condicioná-los. Da mesma forma, independentemente do
instrumento, seja ele a laringe do homem, a corda do violino, o campo de ondas do
carbono ou o espectro de cores, seu único poder motivador para produzir mudança de
dimensão com o propósito de produzir mudança de tom é a pressão elétrica dirigida pelo
desejo e emprestada da tônica da imobilidade da oitava. Além disso, todo o poder assim
emprestado para uma expressão em qualquer tom de oitava deve estar balanceado com o
oposto daquele tom dentro do qual esses empréstimos foram debitados.
Este fato notável da lei natural deve ser levado em conta ao considerar esses
princípios como aplicados à mecânica da onda universal que produz os tons de onda da
oitava dos elementos da matéria com tal precisão que qualquer efeito produzido por
qualquer um deles em combinação, ou separadamente, produzirá sempre esse mesmo
efeito.

138
A periodicidade é uma característica de todos os fenômenos da natureza

As nove oitavas dos elementos da matéria manifestam o princípio da polarização


para produzir ação dinâmica ao estender dois equadores a partir de um ponto fulcral de
apoio. Esses dois equadores surgem a partir da ação giroscópica, multiplicada
centripetamente, em quatro esforços concentradores para um plano de amplitude que é 90
graus a partir do plano zero dos gases inertes. Eles então descem em quatro estágios
descentradores e despolarizantes para desaparecer em seus gases inertes e reaparecer
deles em infinitos ciclos por toda a eternidade. Todos os corpos aparecem e desaparecem
– para reaparecer – para sempre.
Fig. 69.

Uma das duas tabelas de Mendeleiev completadas dos elementos que Walter Russell deu
para o mundo da ciência em 1926.

139
A Tabela Periódica dos Elementos de Russell

Fig. 70.
Os outros dois quadros dados ao mundo por Walter Russell em 1926.4

OS ELEMENTOS DA MATÉRIA

Uma característica invariável da Natureza é expressar os ciclos de vida-morte de


qualquer ideia, em nove ciclos menores de entrelaçamento envoltos em um. Quando
pensamos no homem como uma ideia, pensamos nele como adulto até a meia idade. Até
lá, pensamos no homem como infância, criança e juventude. Após seus ciclos de geração
vêm os degenerativos, nos quais ele gradualmente paga todos os seus empréstimos a partir

140
de seu zero de repouso e retorna a esse zero para novamente emprestar poder para re-
expressar a ideia do homem. (Fig. 71)

Fig. 71. – O ciclo universal da nona oitava.

Este processo da Natureza, que expressa seus ciclos de ideia em nove ciclos
menores, está conspicuamente presente nos ciclos de vida-morte dos elementos da
matéria. Somente o carbono expressa a ideia de matéria. Todas as nove oitavas dos
elementos são fases de desdobramento e de redobramento do carbono. As primeiras
quatro oitavas e meia levam à maturidade do carbono através da contração generativa da
gravidade. É o mais difícil de todos os outros estágios de sua transição, tendo o ponto de
fusão mais alto. As últimas quatro oitavas e meia levam da maturidade até a velhice ao
desaparecimento no final do ciclo de nove oitavas pela expansão radiativa da vacuidade.
(Fig. 70)
A atividade generativa começa no nascimento do carbono na primeira oitava com
a velocidade explosiva interna generativa da luz, que é de aproximadamente 300.000
quilômetros por segundo. Termina com a mesma velocidade radioativa e explosiva
externa. Esta velocidade é o limite no qual o movimento pode se reproduzir em campos
de ondas curvas antes de chegar a zero, onde o movimento e a curvatura cessam.
O carbono cumpre o plano do Criador em seu desejo de criar apenas uma forma: o
cubo-esfera. Somente o carbono se cristaliza em cubo verdadeiro, com todas as
qualidades do cubo verdadeiro e da esfera totalmente exemplificadas. Todos os outros
elementos que se cristalizam como cubos são extensões de oitavas de carbono. Todas
essas extensões ocupam a posição quatro-zero-quatro da amplitude da onda.

Fig. 72 – Relações de pressão de oitava.


141
No carbono estão todos os elementos de seus estágios anteriores, assim como no
homem estão todas as ações e reações de seus estágios anteriores. O hidrogênio é um
protótipo de carbono com uma oitava de comprimento de onda. Ele se forma na amplitude
de onda em quatro-zero-quatro, assim como o carbono se forma em quatro-zero-quatro
uma oitava à frente. No hidrogênio, é uma oitava inteira de tons elementais. Vários destes
foram recentemente descobertos e erroneamente denominados isótopos. Os isótopos são
tons divididos, como aqueles que um violinista poderia produzir entre tons completos.
Uma coisa surpreendente acontece neste ponto do desdobramento do registro de
vida do carbono. O ponto de fusão do hidrogênio está 259 graus abaixo de zero
centígrado, e em uma oitava o processo de enrolamento da natureza age como um chicote
no meio do caminho, onde a radioatividade e a generatividade se encontram como iguais.
Este efeito aperta o enrolamento do carbono em uma substância tão densa que o ponto de
fusão salta para 3600 graus acima de zero naquela oitava.
A natureza imediatamente contrabalanceia essa ação aceleradora ao liberar o
nitrogênio, o próximo elemento depois do carbono, em um gás que derrete a 210 graus
abaixo de zero. Ele não se recupera da condição gasosa durante o resto de sua oitava.
A semente cósmica da oitava do carbono é o hélio.
O silício é uma oitava mais velho que o carbono. O ponto de fusão do silício cai
para menos da metade de seu estágio mais jovem: 1420 graus.
A semente cósmica da oitava do silício é o neônio.
Quando o carbono se torna ainda outra oitava mais velho na posição quatro-zero-
quatro do cobalto na sexta oitava, ele divide seu tom completo em dez tons de isótopo
dividido; cinco de cada lado. (Fig. 70)
Nesta fase, o carbono perdeu muito de sua vitalidade e muda seu caráter ao dividi-
lo em isótopos de cobalto. Seu ponto de fusão caiu para 1480 graus, o que é ligeiramente
superior ao estágio de silício do carbono. Por compartilhar essa posição com dez outros,
perdeu muito de sua verdadeira qualidade de balanceamento em cubo-esfera, que a
posição quatro-zero-quatro manifesta.
A evidência disso é a qualidade metálica do cobalto que seria impossível na
verdadeira posição do cubo-esfera de quatro-zero-quatro na onda de oitava.
A posição quatro-zero-quatro é de balanceamento entre os pares de opostos
metálicos, como ferro e níquel, manganês e cobre, cromo e zinco ou sódio e cloro. Quando
algum destes pares perde sua qualidade metálica, como ferro e oxigênio na ferrugem, ou
sódio e cloro no cloreto de sódio, eles encontram repouso e balanceamento na qualidade
pedregosa dos sais; eles cristalizam no sistema cúbico se forem pares opostos iguais ou
quase iguais. O cloreto de sódio é um bom exemplo. Pode-se ver seus cubos
aproximadamente verdadeiros no cloreto de sódio (sal de mesa comum) ou nos cristais
de cubos distorcidos de iodeto de sódio.
A posição quatro-zero-quatro nas oitavas dos elementos é a posição de repouso
onde qualquer ação deve terminar sua metade do ciclo e iniciar sua outra metade. Ela
chega a um ponto de repouso antes de retornar a um ponto de repouso, como ocorre com
todas as ações e reações na natureza.
Em uma oitava de envelhecimento ainda maior, o carbono torna-se ródio e
novamente sobe para sua posição de amplitude a quatro-zero-quatro por cinco esforços e
desce por mais cinco. O ródio é mais vital que o cobalto, pois seu ponto de fusão é 1950
graus. (Fig. 70)
A semente cósmica da oitava do ródio é o criptônio.
Uma grande vitalidade é frequentemente evidenciada nas criações da Natureza
depois de terem amadurecido completamente. O princípio da morte radioativa é tão vital
na desintegração do corpo quanto o princípio generativo na sua integração. Essa

142
vitalidade é reforçada pela oposição da resistência generativa contra ela. Metais tão fortes
e vitais como a prata, o níquel, o cobre, o tântalo, o tungstênio, o ósmio, a platina e o ouro
pertencem aos meios ciclos de envelhecimento do carbono.

Fig. 73 – Ciclo dos elementos do repouso ao repouso.

O tântalo é um metal radioativo que se torna tão denso por causa da oposição entre
os dois condicionadores elétricos que seu ponto de fusão atinge 3400 graus centígrados,
ou dentro de duzentos graus de carbono. O ósmio segue com um ponto de fusão de 2700
graus e a platina a 1755 graus. Nesta oitava, a queda violenta do ponto de fusão do
carbono para o ponto de fusão do nitrogênio a 210 graus negativos é balanceada por esta
reação generativa correspondente.
Na oitava seguinte do envelhecimento do carbono, o princípio da morte radioativa
se torna mais evidente no lutécio. Após atingir sua posição de três na metade positiva de
sua oitava, ele chega a sua posição de balanceamento quatro-zero-quatro somente após
fazer treze esforços, como evidenciado por treze isótopos, incluindo desconhecidos.5
Estes são balanceados por treze no meio ciclo negativo. Entre estes treze está o tungstênio
vital, um metal negativo de grande valor comercial. Ao bombardear este metal com uma
corrente suficientemente alta para causar sua desintegração, ele irá descarregar sua
semente de gases cósmicos inertes, assim como um carvalho irá descarregar sua semente
cósmica em frutos.
A semente cósmica da oitava do lutécio é xenônio.
A semente cósmica da última oitava de desaparecimento do carbono surge do gás
nitônio inerte.6 As oitavas se desdobram de sua semente registrada no passado e devem
ter uma semente na qual seu registro atual possa se redobrar. Esse princípio é absoluto na
Natureza.
O rádio e o actínio evidenciam fortemente o processo de ir para a semente de todos
os ciclos completos de crescimento das coisas. Pode-se ver este processo ocorrendo no
rádio sem recorrer ao processo de eletrocussão referido como aplicado ao tungstênio.
Um pequeno instrumento telescópico, o espintariscópio, contém uma agulha sobre
a qual foi colocada uma porção microscópica de rádio em frente a uma tela fluorescente.
Olhando através de suas lentes no escuro, pode-se ver o derramamento da semente
cósmica do carbono que morre lentamente em seu estágio de rádio, à medida que os raios
dessas sementes cósmicas bombardeiam a tela. O efeito é belo, como olhar para o céu em
uma noite estrelada com todas as estrelas aparecendo e desaparecendo à medida que os
vagalumes cintilam no prado em uma noite escura.
O carbono nunca entra na percepção do tômio, mas seus esforços para alcançar o
tômio são evidenciados no grupo de isótopos de urânio, dos quais há quinze antes do
tômio ser alcançado. Deste grupo foram encontrados e utilizados vários, especialmente
aqueles a partir dos quais a bomba atômica foi produzida. (Fig. 70)
A radioatividade chegou tão perto de seu máximo neste ponto que a velocidade do
galpão de sementes cósmicas destes isótopos foi medida a 290.000 quilômetros por

143
segundo, que é aproximadamente a velocidade da luz chegando ao seu ponto final no
tômio, onde a oitava começa novamente no alphanon.

OS GASES INERTES

As oitavas dos elementos da matéria “crescem” a partir da semente, assim como


todas as coisas crescem a partir da semente. Desde o momento em que os elementos se
desdobram de sua semente, eles estão em constante estado de transição, desde o início de
seu ciclo até o final. Os elementos não são coisas criadoras fixas. Eles são condições de
pressão de ondas de luz. Essas condições de pressão de luz estão constantemente
mudando da infância para a velhice nos elementos da matéria, da mesma forma que estão
no reino animal. Os gases inertes são elementos cósmicos que não se combinam com
nenhum outro elemento. Eles constituem o sistema de registro deste universo criador.
Eles rodeiam o zero do qual o movimento brota e para o qual ele retorna. Eles representam
o mínimo movimento na onda, assim como as amplitudes representam o máximo
movimento. Eles são as sementes das oitavas de matéria, e cada oitava tem uma semente
diferente, assim como árvores diferentes têm sementes diferentes.
Os elementos são ondas, e as ondas desaparecem e reaparecem. O sistema de
registro de Deus não permite que nenhuma coisa criadora desapareça sem registrar as
ações e reações de seus estágios de aparição. Todos os estados de movimento são
registrados nos gases inertes. Nos gases inertes estão as almas de suas manifestações
corporais no universo do movimento. Neles está o desejo de expressão e a forma
padronizada desse desejo.
Os gases cósmicos inertes preenchem todo o espaço entre as estrelas do céu. Eles
isolam os estados de movimento uns dos outros através de seu zero balanceador. Eles
trazem todo o movimento à existência através da vontade do Criador, fiel ao padrão do
desejo. Eles são a fonte do balanceamento dos raios cósmicos que se intercambiam entre
o zero e a matéria. Eles vitalizam a matéria com a onipotência do desejo criativo que se
encontra dentro do zero desses raios cósmicos.
Existem nove gases cósmicos; o primeiro e o último sendo um. O alphanon inicia
o ciclo e o termina. Não há início e não há fim.
A lista de gases cósmicos segue: alphanon, betanon, gammanon, *hélio, *neônio,
*argônio, *criptônio, *xenônio, e *nitônio.6

* Indica os que são conhecidos.

ANÁLISE DO ESPECTRO

As oitavas conhecidas que estão dentro do intervalo de percepção são cinco oitavas
e meia. Estas começam com a terceira, ou “oitava” do hidrogênio, e terminam com o
grupo do urânio que são isótopos do actínio e tômio na última oitava.7
As oitavas invisíveis de matéria finamente dividida de espaço são três e meia em
termos de número. Estas oitavas estão além do nosso alcance de percepção, mas não estão
além do nosso conhecimento.8
A luz é a linguagem universal. Através da análise do espectro das ondas de luz, o
homem foi capaz de analisar e reconhecer cada elemento quando em seu estágio
incandescente.
Por meio do espectroscópio, ele foi capaz de dividir os raios de luz através de seus
prismas nas partes componentes que compõem a história de vida de cada etapa de seu
ciclo bidirecional.

144
Cada elemento conta a história de todas as suas “encarnações” anteriores em outras
oitavas, desde seu início. Qualquer linha em uma oitava é repetida na oitava seguinte, mas
deslocada em posição por causa das mudanças de pressão de cada oitava sucessiva.
O espectro do hidrogênio é preponderantemente vermelho. Uma linha vermelha
brilhante indica sua oitava atual. Outras linhas vermelhas contam sua história passada em
oitavas inferiores.
A história simples do hidrogênio, em comparação com o espectro complexo do
ferro, é como a história de uma juventude obscura em comparação com a de Napoleão.
Na análise do espectro do ferro, as linhas que pertencem ao ferro e aquelas que
contam sua história recente e remota podem ser vistas num relance. Estas linhas também
indicam a capacidade relativa do átomo de ferro de carregar ou descarregar.
O comprimento de onda de 7181,8 é imediatamente reconhecível como pertencente
ao ferro em sua oitava atual; 6916,8 é a história recente e 6944,8 é a história extremamente
remota. Aqui segue uma lista parcial de linhas cujos comprimentos de onda pertencem ao
ferro ou a seus associados imediatos de tom médio, e também outras listas que indicam
sua história recente e mais remota.9

PERTENCENTES AO FERRO HISTÓRIA RECENTE HISTÓRIA REMOTA


7181,8 6916,8 6944,8
6495,1 6827,8 6678,1
6380,9 6335,4 6270,4
5905,8 6230,9 6232,8
5862,5 6157,9 6137,8
5859,8 6102,3 6027,2
5816,5 6003,2 6024,2
5658,9 5930,2 5983,1
5555,0 5701,7 5934,8
5041,9 5686,6 5662,7

O espectro visível e invisível está dividido em milhares de linhas. Cada linha é


diferente em sua tonalidade de cor e em seu plano. Cada linha prova que este universo de
movimento variável é um universo de pressões variáveis.

Fig. 74 – Relação dos tons dos elementos com os tons dos espectros.

ESTRUTURA ATÔMICA

Os elementos da matéria não são substâncias diferentes ou coisas diferentes. São


diferentes condições de pressão de ondas de luz. As unidades de luz dos elementos são
todas iguais, mas são condicionadas de forma diferente pelas pressões elétricas exercidas
sobre elas durante a jornada espiral para dentro ou para fora do zero ao zero.
O mistério sem resposta de como os elementos se tornam tons de oitava
matematicamente precisos, assim como os tons musicais ou tons de cor do espectro são
145
matematicamente precisos em ordem de vibração, reside no princípio giroscópico do
campo de ondas.
Juntos, os oito elementos de uma oitava formam duas metades de um ciclo inteiro
de tons que sobem de zero para a posição quatro-zero-quatro de amplitude e depois
descem novamente para zero para começar de novo.
Esta jornada espiral se contrai em pressões maiores à medida que se aproxima das
posições de amplitude do campo de ondas em ápices espirais, e se expande para as mais
baixas na jornada de retorno às bases espirais.
Essa jornada espiral bidirecional de cada meio ciclo se estende entre seis espelhos
de Luz imóvel que compõem o campo de ondas, e se enrola ao redor de um eixo imóvel
que centraliza a espiral. Três desses espelhos são os espelhos de ação e três são os
espelhos de reação. (Fig. 75)

Fig. 75 – Os locais dos elementos nos campos de onda são determinados por espelhos
de campos de onda.

Os três de ação são os planos internos de interseção do cubo e os três de reação são
os planos externos de limite do campo de ondas.
Todos esses planos do campo de ondas são de curvatura zero, mas o universo espiral
que está se formando dentro desses planos é curvo. Planos curvos de luz atuam como
lentes bidirecionais que dobram a luz para pontos focais e a estendem radialmente a partir
desses pontos focais.
Como as espirais bidirecionais de formação de matéria se estendem do centro do
campo de ondas em direções opostas em direção às interseções do campo de ondas, os
seis planos espelhados de luz imóvel focalizam três pontos de luz imóvel sobre o eixo
imóvel de cada meio ciclo. Centros são formados nestes pontos focais que se tornam o
um, dois, três elementos positivos e negativos da matéria girando giroscopicamente sobre
as rodas de luz que atuam como equadores para aqueles tons nascentes.
A multiplicação e a divisão das pressões determinam a densidade e o volume de
cada elemento seguinte. O espectro de cores registra essas pressões como o histórico
completo de cada elemento de oitava a oitava de todo o ciclo de nove oitavas dos
elementos.
A multiplicação das pressões da espiral também afeta a curvatura de suas lentes de
luz a tal ponto que as posições de foco mudam suas relações matemáticas em
conformidade com a aceleração da gravidade e a desaceleração da radiação.
146
As posições dos centros focais das rodas giroscópicas sobre o eixo da onda são
assim afetadas como diagramadas na Fig. 76 e Fig. 72. Cada elemento é o quadrado da
distância de, e para, seu sucessor, de acordo com sua direção. A direção da gravidade é o
quadrado inverso, e a direção oposta é o quadrado direto.

Fig. 76 – O princípio giroscópico da oitava.

O volume de cada elemento seguinte é também afetado direta e inversamente como


o cubo.
Assim, seis das oito rodas giroscópicas de toda a oitava são contabilizadas pela
projeção geométrica de luzes bidirecionais opostas, a partir de dois conjuntos de três
campos limitantes de espelhos. O quarto tom duplo é formado no ponto de repouso, onde
oito campos de ondas cúbicas se encontram. Este é o ponto de repouso conhecido como
o centro de gravidade nas terras ou sóis - onde o movimento e a curvatura cessam.
A esfera completa torna-se assim uma seção de oito campos de ondas adjacentes e
gira em torno daquele ponto de repouso sobre o eixo da onda onde os dois meios ciclos
da onda se encontram.
Por esta razão, a posição quatro-zero-quatro é de balanceamento em que o amarelo
do laranja é a cor dominante de uma de suas duas rodas giroscópicas e o amarelo do verde
é a outra, centrada pelo branco.
Nos dois pontos sobre o eixo imóvel da esfera giratória onde o eixo penetra em sua
superfície estão os polos magnéticos de Luz imóvel que controlam o balanceamento do
giro de cada esfera. Um deles é o polo magnético norte que controla o enrolamento da
esfera em densidade pela força elétrica centrípeta, e o outro é o polo magnético sul que
controla seu desenrolamento centrífugo no espaço.10
Em uma esfera como nosso sol quase maduro, esses polos magnéticos estão
praticamente sobre o polo de rotação do sol, mas sobre planetas oblatos, como nossa terra,
os polos magnéticos são removidos desse polo de rotação de acordo com a medida da
oblação da terra.
Os elementos da matéria são sistemas estelares em miniatura. Todos os princípios
e leis que se aplicam a um se aplicam ao outro. Este sistema solar é uma roda giroscópica
na posição que o ferro ocupa na série elementar. Quando se desenvolve um pouco mais
em espiral, corresponderá a um átomo de carbono.11 O sol será então uma verdadeira
esfera e seus novos planetas também serão verdadeiras esferas.
O princípio do giroscópio responde por essa lei da natureza que faz com que
elementos semelhantes procurem uns aos outros. Todos os compostos em decomposição
são ordenados, elemento por elemento, giroscopicamente.

147
Os esforços do homem para transmutar um elemento em outro devem ser regidos
por este princípio, e não pela teoria de que outra substância será obtida ao “derrubar um
elétron”. Não faz diferença quantos planetas existem em um sistema solar ou atômico, no
que diz respeito a sua “substância” como elemento. Um ou mais elementos adicionados
ou subtraídos não mudariam o elemento em outra substância mais do que uma ou mais
crianças afetariam a nacionalidade de seus pais.
A transmutação será simplificada observando-se que o plano de rotação, em relação
à amplitude, e a velocidade de rotação da roda giroscópica sobre seu eixo imóvel,
mudarão sozinhos de volume, multiplicando-se ou dividindo-se a densidade.
Grandes possibilidades em novos metais residem na aplicação adequada deste
princípio.

A FORMA DO UNIVERSO

Este universo sem idade não tem forma. Tem uma extensão aparentemente infinita,
mas essa extensão é refletida. Este universo elétrico de luz estendida bidirecional é apenas
uma série de espelhos que refletem um no outro através de lentes curvas. Sua aparente
extensão pode ser comparada a uma luz dentro de uma sala espelhada.
Uma luz dentro de uma sala espelhada se estenderia infinitamente, mas a luz assim
espelhada seria a mesma luz. A extensão refletida não teria nenhuma realidade.
A ideia de continuidade ou descontinuidade é baseada no efeito espelhado de uma
Causa inicial. A continuidade infere o tempo. O tempo é apenas um dos efeitos que
constituem este universo. O tempo flui em dois sentidos, mas os sentidos detectam apenas
o fluxo para frente. Eles não podem detectar o fluxo para trás que cancela o fluxo para a
frente. O tempo é tão irreal quanto o universo das ondas é irreal.
O que é verdade em princípio para uma onda, é verdade para todas as ondas. Cada
onda é uma extensão refletida em dois sentidos de um zero de balanceamento que
chamamos de vibração. As vibrações aparecem, desaparecem e reaparecem de sua fonte
de repouso para manifestar a ideia que existe por si só no repouso. Assim como a vibração
de uma onda desaparece em seu zero universal de imobilidade, também todas as vibrações
desaparecem em seu zero universal de imobilidade. Este universo zero de ondas vibrantes
não pode ter outra forma que não seja uma aparente.

O PRINCÍPIO DA ANULAÇÃO

Este é um universo zero de aparente movimento mecânico de força exercido em um


universo tridimensional aparente. Toda ação de qualquer natureza começa com zero,
conta até nove, para terminar e recomeçar com zero. A partir de nove não pode ir, mas
até nove deve ir. Nove é universal.
Nove é universal porque é o número do campo de ondas - o oito do cubo centrado
pelo zero da gravidade na esfera.
Nosso sistema decimal é baseado no campo de ondas do cubo-esfera. É o seguinte:
0 - 1 - 2 - 3 - 4 - 0 - 4 - 3 - 2 - 1 - 0
igual a 10 - 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10

A escala musical e o espectro da Natureza correspondem aos tons do campo de


ondas. Eles são os seguintes:
0 1 2 3 4 0 4 3 2 1 0
igual a dó ré mi fá sol repouso sol fá mi ré dó
(Tônica) (Sobretom) (Tônica)
espectro preto vermelho vermelho laranja amarelo branco amarelo verde azul azul preto
tons violeta violeta

148
A Fig. 75 demonstra este fato. Os três planos centralizadores são centrados por zero.
Todas as interseções destes planos somam até oito. Oito, centrados por sua fonte zero, é
igual a nove. Da mesma forma, o cubo em si soma oito, contando as interseções de suas
seis faces. Há também oito direções de ação e oito de reação; cada oito sendo quatro pares,
que são nove pela adição do zero centralizador.
Nove é três vezes três de comprimento, largura e altura estendidas a partir do zero.
O comprimento, a largura e a altura de qualquer expressão são dois zeros estendidos a
partir do zero. (Fig. 2)
Comprimento e largura são estáticos, pois ambos estão em níveis equipotenciais. A
altura é dinâmica, pois é radial.
O nove universal da matéria e espaço são três espelhos de repouso, centrados pelo
repouso, dos quais os três se estendem em ângulos retos um ao outro, cada um se
espelhando no outro. (Fig.75)
O nove universal da oitava é quatro pares de pressões opostas que se estendem
diagonalmente a partir do zero que centraliza o cubo a oito zeros que ficam nos cantos do
cubo. (Fig. 75)
A medida de extensão de zero a zero é o desejo de extensão. O desejo de extensão
de zero a zero é a energia em zero. A energia estendida de zero a zero é manifestada por
pressões de desejo igualmente multiplicadas e divididas - igualmente somadas e
subtraídas - igualmente creditadas e debitadas – e condicionadas igualmente e de maneira
oposta. A soma de todos estes efeitos balanceados é zero. (Fig. 75)
Pressões zero igualmente multiplicadas e divididas são manifestadas pela ação e
reação do movimento. O movimento é uma projeção das pressões energéticas opostas do
desejo interno de um zero centralizador aos espelhos estendidos do repouso, que medem
o desejo e o espelham de volta ao repouso no zero centralizador como desejo expresso. A
soma do movimento duplamente refletido assim expresso é zero.
O zero assim estendido pela ação para cumprir o desejo de expressão, e
simultaneamente espelhado de volta para manifestar o cumprimento do desejo expresso,
é tudo o que há neste universo de repouso. Zero multiplicado ou dividido - adicionado ou
subtraído - estendido ou retraído - resulta em zero. Este é um universo zero em todos os
efeitos do movimento - um universo aparente no tempo e na sequência - e um universo
miragem de uma forma imaginada.
É um universo de duas negações que simultaneamente se cancelam e repetem
sequencialmente o cancelamento de suas negações para criar a ilusão de que o zero pode
ser multiplicado - ou dividido - ou adicionado - ou subtraído - para criar uma realidade
que nunca é nem pode se tornar. (Fig. 75)
Isso é o que é a Criação. É a imaginação do conhecimento. Conhecimento é Luz.
Luz é imóvel. Imaginar é pensar.
Pensar é a ação e reação imaginada do movimento espelhado a partir do zero de
repouso para o zero de repouso.
Este é um universo imóvel da Luz do conhecimento. Nele não há atividade.
Mas e quanto aos nossos sentidos? Nossos sentidos nos dizem o contrário. Nossos
sentidos são inadequados. Eles nos enganam poderosamente. E isso é bom, pois se não
fosse isso, a peça da Criação não poderia ser atuada. Os sentidos registram, mas pouco
do todo. Se os sentidos só pudessem ver o todo, não haveria peça. Os sentidos registram
apenas o movimento pois os sentidos são apenas movimento. O movimento é uma ilusão
que só parece. Ele não tem ser.
Os sentidos não conhecem, mas o homem acredita que seus sentidos conhecem - e
nessa crença reside a confusão do homem.

149
Os sentidos, sendo apenas movimento, sentem coisas em movimento e luz em
movimento que se espelha como coisas em movimento. Eles sentem o movimento para
frente de um avião acumulando compressão à sua frente - mas não registram a contraparte
invisível espelhada daquele plano - igual a ele em potencial e velocidade - movendo-se
para trás em um vácuo atrás do avião que simultaneamente anula a compressão à sua
frente.
Esta inadequação dos sentidos para registrar o fluxo para trás de coisas que se
movem para frente - causa as ilusões de sequência e de tempo.
Na Fig. 77 este princípio, diagramado por setas que se estendem por dois caminhos
a partir de cada elemento de toda a série conhecida, indica que a integração é balanceada
simultaneamente pela desintegração. Nenhum intervalo de tempo decorre entre o débito
de qualquer crédito estendido a opostos na Natureza.

Fig. 77 – Ações opostas anulam umas às outras simultaneamente.

A Fig. 78 diagrama toda a matéria como pares de condições opostas. Cada linha
está conectada com seu par oposto. Cada um dos pares é uma negação do outro. Cada par
é condicionado da mesma forma que os dois tanques de ar na Fig. 18 e a bateria de
armazenamento na Fig. 19, são condicionados. Cada um destes pares de elementos é uma
extensão espelhada igual e oposta de um fulcro zero centralizador.

Fig. 78 – Este universo de matéria é composto por pares de negações que nunca
ultrapassam o zero.

O fulcro de todo efeito é a Luz Única de Deus.

150
SÓ DEUS ESTÁ - NO HOMEM - E EM TODAS AS COISAS

“Toda ação é anulada conforme ocorre, é repetida conforme é anulada, e


registrada conforme é repetida”.

-d’A ILÍADA DIVINA

151
NOTAS
1. Walter Russell mostra aqui que a observação sensorial pode resultar em visão
incompleta e leis científicas incompletas. Ele ressalta que Newton baseou sua lei
de gravitação em sua observação do que a gravidade fazia a uma maçã, ao mesmo
tempo em que admite não saber o que era a gravidade. Newton não sentiu todo o
ciclo da maçã no tempo “caindo” até os céus à medida que ela se desintegra e
inverte seu potencial.
Walter Russell afirma que as fórmulas matemáticas de Newton, escritas para
provar que a lua cairia na Terra se seu movimento fosse interrompido, se aplicam
a “cada satélite, planeta e estrela nos céus, bem como a cada elétron em cada
átomo, nenhum dos quais está caindo em suas primárias”. Walter Russell implica
que as leis da gravitação de Newton estavam incompletas. É evidente a partir da
cosmogonia de Russell que a lua nunca pode parar seu movimento, nem nenhum
dos outros corpos que se movem em torno de suas primárias pode parar de se
mover. Eles não caem porque estão sempre buscando e encontrando, perdendo e
reencontrando suas posições potenciais em seus movimentos. Se eles parassem
seu movimento, eles e todo o Universo desapareceriam. Se eles parassem seu
movimento orbital e se movessem para dentro ou para fora, para ou a partir de
suas primárias, haveria um movimento de contrabalanceamento de suas primárias
para balancear esta mudança de padrão até o ponto mais distante do Universo.
Em Um Novo Conceito do Universo, Walter Russell retoma esse assunto. Ele diz
que Newton concluiu que “a Lua tem peso em relação à Terra, semelhante a como
uma bola de canhão tem peso em relação à Terra. Isso assume que a lua teve que
ter um “impulso inicial” para mantê-la girando ao redor da Terra para evitar que
ela caísse. Russell concluiu que a crença de Newton de que o peso é uma
propriedade fixa da matéria em vez de uma propriedade em constante mudança
de polaridade era resultado de uma observação sensorial. Veja referência a esta
nota na página 23, na terceira edição de O Segredo da Luz.

2. Walter Russell, em todos os seus escritos posteriores, falou da gravidade como


sendo um empurrão para dentro a partir de fora. Por exemplo, em Atomic Suicide?
este conceito é expresso de várias maneiras, como na página 134: “Tenha em
mente o fato de que você está comprimindo de fora para dentro”, e na página 135:
“Não há força de nenhuma natureza que a mantenha unida por um puxão interno.
A natureza não atrai nem repele. Ela se comprime dentro de um vácuo.” Ele
também expressa esta ideia nas páginas 89, 104-105, 138-139, e 145. Em Home
Study Course esta ideia é expressa na página 719: “A palavra ‘magnetismo’
também é injustificável. A palavra GRAVIDADE deveria ser usada em seu lugar,
pois a gravidade tanto se multiplica como se divide ao empurrar para dentro a
partir de fora para comprimir e para fora a partir de dentro para expandir.” Este
ponto de vista é explorado em detalhes consideráveis nas páginas 719, 724-727 e
733-735 do Home Study Course.
Na página 20 de Um Novo Conceito do Universo Russell diz: “Uma dessas duas
condições de movimento elétrico empurra para dentro em direção a um centro
para criar um vórtice centrípeto para simular a gravidade. No outro lado do
equador divisor, a outra condição empurra para fora a partir de um centro para
criar um vórtice centrífugo para simular a vacuidade.” Na página 37 a ideia é
expressa como: “Uma explosão para fora comprime no sentido da direção da ação
e simultaneamente evacua na direção oposta. A metade seguinte do ciclo é
inversa. A condição evacuada torna-se comprimida e a condição comprimida

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torna-se evacuada”. Esta ideia é expressa diretamente e implícita em muitas outras
páginas em Um Novo Conceito do Universo. Veja referências a esta nota nas
páginas 149, 185, 189, 226 e 227 nesta edição de O Segredo da Luz.
3. Todos os movimentos - sejam elétricos, ondas de luz ou qualquer tipo de
movimento - ocorrem entre um cátodo e um ânodo. O movimento do cátodo para
ânodo ocorre de forma centrípeta e interna, direcionado para o sentido de mais
densidade e maior massa no ânodo. Todo movimento nesta direção é compressivo
e de contração. O movimento do ânodo para o cátodo ocorre de forma centrífuga
e voltada para fora, em direção a uma maior tenuidade no cátodo. Todo o
movimento de ânodo para cátodo é extensivo e de expansão. A referência a esta
nota aparece na página 167.
4. Nota dos editores sobre o gráfico periódico de nove oitavas (a partir de 1994).
Havia elementos previstos por Walter Russell como desconhecidos em seus
gráficos de 1926 que foram descobertos antes desta data e que ele desconhecia.
Estes elementos, suas datas de descoberta e posições de oitavas são: Háfnio (1923)
na oitava oitava, no terceiro ponto de travamento, décima terceira posição
isotópica no lado espectral azul; e Rênio (1925) na oitava oitava, terceiro ponto
de travamento, décima posição isotópica no lado espectral azul.
O Protactínio foi descoberto em 1917 e Walter Russell o nomeou como Urânio
XII em seus gráficos de 1926. Este elemento ocorre na nona oitava, terceiro ponto
de travamento, segunda posição isotópica no lado espectral vermelho.
Havia elementos previstos por Walter Russell em seus gráficos de 1926 que foram
descobertos após 1926 e antes da publicação de O Segredo da Luz em 1947 - cuja
descoberta naquela época ele ainda desconhecia. Estes elementos, suas datas de
descoberta e posições de oitavas são: Tecnécio (1937), sétima oitava, terceiro
ponto de travamento, quarta posição isotópica no lado espectral vermelho; Frâncio
(1939), nona oitava, primeiro ponto de travamento, no lado espectral vermelho; e
Astato (1940), onda da oitava oitava, primeiro ponto de travamento no lado
espectral azul.
Note que cada oitava vai da tônica de gases inertes até a próxima tônica de gases
inertes com o elemento de amplitude no centro de cada oitava. Por exemplo,
gammanon é a tônica para a oitava de hidrogênio com o hidrogênio como
elemento de amplitude, de modo que a oitava vai do gammanon através do
carbogênio e do helionon até o hélio como a próxima tônica para as oitavas de
carbono. As oitavas são designadas pelos parênteses verticais aos lados dos nomes
dos elementos e os elementos de amplitude são designados por seus nomes e as
linhas horizontais que percorrem estas posições de amplitude. A referência a esta
nota aparece na página 262.
5. Há treze isótopos, se você considerar e contar o elemento desconhecido entre
neodímio e samário na metade positiva ou masculina, vermelha do ciclo; e há
treze isótopos na metade negativa ou feminina azul do ciclo contando os dois
isótopos desconhecidos entre o lutécio e o tântalo e entre o tungstênio e o ósmio
e se você também contar mais dois isótopos, que Walter Russell diz em uma nota,
que devem existir entre o chumbo e o bismuto. Veja referência a esta nota na
página 269.
6. Nitônio, descoberto em 1908, é agora conhecido como Radônio. Veja as páginas
269 e 272.
7. As oitavas visíveis podem ser consideradas em número de cinco e meia se forem
ignorados os três elementos conhecidos da terceira oitava; e os elementos
desconhecidos e invisíveis da última metade da nona oitava. A última metade da

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nona oitava é considerada como parte das primeiras oitavas de espaço invisíveis.
Ela precede a primeira oitava completa que começa com a tônica alfanumérica do
gás inerte alphanon. Ver página 272.
8. As oitavas de espaço invisíveis além da nossa percepção atual podem ser
consideradas três e meia em número: se considerarmos 1) a última metade da nona
oitava como parte das primeiras oitavas de espaço invisíveis, e 2) todos os
elementos da terceira oitava como sendo desconhecidos, embora apenas quatro
elementos ainda não tenham sido descobertos. A última metade da nona oitava
inclui os elementos tômio, alberton, blacton e boston. Os quatro elementos ainda
desconhecidos da terceira oitava são carbogênio, luminon, halanon e helionon. Os
três elementos conhecidos desta oitava são hidrogênio, etlogênio (deutério) e
bebegênio (trítio). Ver página 273.
9. A fonte de referência de Walter Russell para as linhas espectrais do ferro veio de
An introduction to The Study Of Spectral Analysis no Catálogo de Espectros,
páginas 185-206. Autoria de W. Marshall Walts D.Sc., B.Sc. F.I.C. , publicado
em 1904 por Longmans Green and Company, Londres, e impresso pela William
Glowes And Sons, Londres. Os textos científicos atuais têm diferentes padrões e
diferentes leituras espectrais para o ferro. Veja referência a esta nota na página
274 deste livro.
10. Em todos os outros lugares de sua obra, Walter Russell fala dos polos magnéticos
norte e sul como sendo ambos polos de carga que carregam a esfera em densidade
pela força centrípeta. Mais tarde ele também removeu o termo magnetismo em
relação ao que normalmente chamamos de campo magnético, dizendo que este
também era um movimento elétrico. Na página 32 de Um Novo Conceito do
Universo Russell diz: “A radiação é um efeito elétrico. Não magnético”. E
novamente na mesma página ele diz: “Não há linhas magnéticas de força na
Natureza”. O termo magnetismo foi reservado para a “imobilidade” do “universo
zero do conhecimento da mente”.
Na página 30 de Um Novo Conceito do Universo Russell diz: “Estes dois pontos
de imobilidade onde o movimento elétrico inverte de uma condição de pressão
oposta à outra são o que a ciência chama de polos magnéticos. A função dos polos
magnéticos é balancear e controlar todos os movimentos eletricamente divididos
no universo. ...Toda a matéria eletricamente dividida, ...é controlada por um ponto
central imóvel de luz magnética”. Nesta visão, todos os efeitos que a ciência
normalmente chama de elétricos e magnéticos, ele escolheu chamar de elétricos.
Isto correspondeu a sua mudança na descrição da gravidade. Ele também nomeou
a eletricidade e a gravidade como Uma. Ele chamou a gravidade de movimento
elétrico dirigido tanto para dentro quanto para fora, dizendo que era um impulso
para dentro a partir de fora e um impulso para fora a partir de dentro. Veja a nota
número um.
Desta forma, ele unifica o que normalmente é chamado de gravidade, radiação,
eletricidade e magnetismo como a mesma entidade ou processo. Em uma fase, é
ligado para dentro, comprimindo, aquecendo, carregando e contraindo; na outra,
é ligado para fora, estendendo-se, resfriando, descarregando e expandindo. Na
página 715 do Home Study Course, os Russell dizem: “A criação deve doravante
ser vista como UM UNIVERSO ÓPTICO DE LUZ CONTROLADA PELA
GRAVIDADE...”.
Na página 32 de Um Novo Conceito do Universo ele diz, “ A curvatura da
gravitação é centrípeta. É controlada pelos polos magnéticos norte-sul”. E, na
mesma página continua, “O sistema de curvatura radial é centrífugo. É controlado

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por dois polos magnéticos ainda desconhecidos que serão amplamente descritos
mais tarde como polos leste-oeste”.
Portanto, poderíamos reescrever as frases a que esta nota se refere na página 279
de O Segredo da Luz da seguinte maneira: Nos dois pontos sobre o eixo da esfera
giratória onde o eixo penetra em sua superfície estão os polos magnéticos norte-
sul de Luz imóvel, que juntamente com os polos circunferenciais equipotenciais
leste-oeste de Luz imóvel magnética, controlam o balanceamento do giro da
esfera. Os polos magnéticos norte-sul controlam o enrolamento da esfera em
densidade por meio da força de gravidade elétrica generativa centripetamente
direcionada, e os polos leste-oeste controlam seu desenrolamento por meio da
força de gravidade elétrica radiativa centrifugamente direcionada.”
Desta forma, a declaração está de acordo com sua visão posterior de como ele
denominou magnetismo, radiação e geração: O magnetismo reside na imobilidade
do centro do ponto zero do eixo do polo (a Luz da Mente magnética imóvel); a
radiação exibe o impulso elétrico da gravidade para fora; e a geração exibe o
impulso elétrico da gravidade para dentro. A referência a esta nota aparece na
página 279.
11. Depois de espiralar ainda mais, o ferro corresponderá a um átomo de cobalto na
posição de amplitude do carbono. Ver página 280.

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