Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DE
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
Diego Antonio Custódio
TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DE
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio,
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de
sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização,
por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Mariana Gerardi Mello
Revisor
Hudson Goto
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
CDD 571.9
____________________________________________________________________________________________
Raquel Torres – CRB 6/2786
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
3
TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
SUMÁRIO
Técnicas e metodologias de diagnósticos____________________________ 05
4
Técnicas e metodologias
de diagnósticos
Autoria: Diego Antônio Custódio
Leitura crítica: Hudson Goto
Objetivos
• Conhecer as técnicas qualitativas e quantitativas
para a análise das manifestações patológicas nas
edificações.
5
1. Introdução
2. Metodologia de diagnóstico
6
A primeira parte do processo de um diagnóstico inclui a análise dos
documentos referentes à edificação que se deseja estudar. De acordo
com Ferreira (2010), pode-se distinguir o recolhimento de informações
na caracterização de três partes da edificação:
7
Também é necessário fazer o levantamento de dados climáticos da
região para verificar em que condições atmosféricas o edifício se
encontra, os quais podem ser obtidos em órgãos oficiais, como o INMET
(Instituto Nacional de Meteorologia).
8
Figura 1 – Metodologia de diagnóstico proposta pelo IBAPE/SP
9
risco, atividade muito importante, especialmente quando se trata de
diagnósticos em estruturas. Isso porque, nessas situações, dependendo
do sintoma, a manifestação patológica pode representar risco de vida
aos usuários da edificação. Então, é muito importante que o profissional
defina o grau de risco de uma anomalia. Por exemplo: uma fissura pode
ser apenas resultado de uma retração da argamassa ou um problema
estrutural mais grave, que, se não for corrigido a tempo, pode levar
ao colapso da estrutura. Dessa forma, o conhecimento técnico dos
mecanismos da manifestação patológica é fundamental para que o
profissional defina o grau de risco.
3. Técnicas de diagnóstico
10
estão relacionadas às verificações (em geral visuais) da edificação e
permitem que o profissional identifique os sintomas aparentes. Já as
quantitativas estão associadas a testes específicos que podem ser
feitos no local, por meio de equipamentos e medições, ou ainda em
laboratório, possibilitando ao profissional obter resultados de índices
e parâmetros que permitem identificar, em alguns casos, além dos
sintomas, a sua origem.
11
valores de resistência característica do concreto. O parâmetro numérico
(FCK) foi utilizado pelo profissional para diagnosticar o problema e
decidir qual solução deveria ser adotada.
12
A seguir, discutiremos algumas particularidades de cada uma dessas
técnicas. Vale lembrar que a inspeção visual é sempre considerada como
preliminar e pode, ou não, ser suficiente para a determinação correta
do diagnóstico. Não sendo suficiente, procede-se às técnicas in loco e,
posteriormente, se necessário, aos ensaios em laboratório.
Terreno de fundação.
Acessos.
Local de implantação
Infraestrutura.
Estacionamento e garagem.
Paredes.
Envoltória Coberturas.
Guarda-corpos.
Pisos e forros.
Interiores
Paredes internas.
Fonte: adaptado de Ferreira (2010, p. 47).
13
Cabe ressaltar que, mesmo que a inspeção visual seja parte de uma
prévia do diagnóstico, durante sua execução o profissional deve se
atentar às situações que podem ter outros problemas associados. Cóias
(2006) apresenta as principais situações às quais o profissional deve dar
atenção durante a inspeção visual e os problemas associados a elas. O
resumo é mostrado no Quadro 2.
Entorno da edificação
Edifício
14
São, frequentemente, causa de
Modificações posteriores à construção enfraquecimento ou deterioração
da estrutura.
Alvenaria
Composição da alvenaria,
características dos materiais Determinam a qualidade da alvenaria
constituintes
Revestimentos
Madeira
A ausência ou insuficiência de
Tratamento
tratamento.
15
Quadro 3 – Situações a serem tratadas com atenção
durante a inspeção visual
Aço
Concreto armado
• Grau de destruição.
16
• Elementos aos quais se aplicam.
Mecânicas
Tensão de aderência
Pull-off Desplacamento.
(MPa)
Sensoriais
Caracterização
Observação qualitativa
Medidor óptico de fissuras do estado de
de defeitos
superfície.
Eletroquímicas
Corrosão de
Resistência de polarização Taxa de corrosão
armadura.
Resistividade do
Resistividade
concreto
17
Químicas
Carbonatação do
Indicadores de fenolftaleína Coloração
concreto.
Elétricas e Hidrodinâmicas
Teor de umidade
Umidímetro Infiltrações.
superficial
Infiltrações,
Tubo de Karster Absorção de água umidades e
manchas.
• Ensaios de tração.
• Absorção.
• Petrografia.
• Análise química.
18
• Avaliação de porosidade por meio de comparação de densidades.
• Microscopia.
• Análises térmicas.
• Permeabilidade do concreto.
Referências Bibliográficas
CHAN, D. W. M.; CHOI, T. N. Y. Difficulties in executing the Mandatory Building
Inspection Scheme (MBIS) for existing private buildings in Hong Kong. Habitat
International, Hong Kong, v. 48, n. 1, p. 97-105, ago. 2015.
CÓIAS, V. Inspeções e Ensaios na Reabilitação de Edifícios. Lisboa: IST Press,
2006.
19
FERREIRA, J. A. A. Técnicas de diagnóstico de patologias em edifícios. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Civil) – Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto,
Porto, 2010.
GONÇALVES, C. Anomalias não estruturais em edifícios correntes.
Desenvolvimento de um sistema de apoio à inspeção, registo e classificação.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade de Coimbra, Coimbra,
2004.
IBAPE/SP. Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia. Norma de
Inspeção Predial. 2011. Disponível em: http://ibape-nacional.com.br/biblioteca/wp-
content/uploads/2012/09/norma_de_inspecao_predial.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.
NICOLINI, L. B. Proposta de uma ficha de inspeção predial para a catalogação de
problemas em vedações verticais internas e externas. Monografia (Graduação
em Engenharia Civil) – Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis,
2016.
20
Técnicas de diagnóstico para
peças de concreto armado
Autoria: Diego Antônio Custódio
Leitura crítica: Hudson Goto
Objetivos
• Analisar as técnicas usadas para identificar as
manifestações patológicas de concreto armado das
edificações.
21
1. Introdução
22
2. Técnicas usadas para identificar
manifestações patológicas nas estruturas
de concreto armado
23
do conjunto, de forma a abranger todos os aspectos relevantes que
envolvem a problemática, como o local de implantação da obra, a
estrutura e os possíveis agentes exteriores e interiores da edificação.
Coiás (2006) aponta algumas sugestões que podem ser usadas como
pontos de partida para a análise visual da estrutura e que devem
ser procuradas de forma minuciosa, pois as anomalias encontradas
normalmente estão associadas à origem desses problemas, conforme
Quadro 1 a seguir.
24
2.2 Ensaios não destrutivos
25
Figura 1 – Ensaio de arrancamento
26
resistência do concreto é diretamente proporcional à distância refletida
pela massa no interior do aparelho após o choque (PEREIRA, MEDEIROS,
2012).
27
O equipamento usado é constituído por uma unidade central, que gera
impulsos elétricos; um par de transdutor com emissor e receptor; um
amplificador; e um dispositivo eletrônico para a medição do tempo de
geração do pico (amplitude máxima) do pulso gerado no transdutor
emissor e sua chegada até o transdutor receptor (PEREIRA; MEDEIROS,
2012), conforme verifica-se na Figura 3.
28
2.3 Ensaios destrutivos
29
Figura 4 – Extração de testemunho utilizando sonda rotativa
diamantada em bloco de concreto
30
menores do que aquelas encontradas nos corpos de provas moldados
em laboratório. Isso acontece porque a moldagem dos corpos de prova
costuma ser realizada por mão de obra especializada, enquanto o
concreto que é aplicado em obra é submetido a condições adversas não
ideais, como transporte, lançamento, adensamento e cura (FIGUEIREDO,
2005).
31
Figura 5 – Etapas da realização do ensaio de profundidade de
carbonatação do concreto
Referências Bibliográficas
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7680: extração, preparo,
ensaio e análise de testemunhos de estruturas de concreto – Procedimentos. Rio de
Janeiro: ABNT, 2015.
BUNGEY, J. H. The Testing of Concrete in Structures. 2. ed. Glasgow: Surrey
University Press, 1989.
CASTRO, A. L. et al. Métodos de ensaios não destrutivos para estruturas de concreto.
Revista de Tecnologia da Construção – Téchne, São Paulo, v. 17, p. 56-60, 2009.
CHIES, J. A. Ensaios não destrutivos em concreto: detecção de falhas no interior
de estruturas de concreto com o uso de ultrassom. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Civil) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
32
COIÁS, V. Inspeções e Ensaios na Reabilitação de Edifícios. Lisboa: IST Press,
2006.
DIN. Deutsches Institut fur Normung. DIN EN 14630: Products and systems for the
protection and repair of concrete, structures – Test methods – determination of
carbonation depth in hardened concrete by the phenolphthalein method, (English
version). Berlim: DIN, 2007.
FARIAS, G. C.; SILVA, D. S. Análise da evolução da profundidade de carbonatação
em estruturas de concreto ao longo do tempo. Monografia (Graduação em
Engenharia Civil) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2019.
FIGUEIREDO, E. P. Inspeção de Estruturas de Concreto com problemas de
Resistência, fissuras e deformações. São Paulo: IBRACON, 2005.
FILHO, J. O. V. Avaliação da resistência à compressão do concreto através de
testemunhos extraídos: contribuição à estimativa do coeficiente de correção
devido aos efeitos do bronqueamento. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) –
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
GONÇALVES, C. Anomalias não estruturais em edifícios correntes.
Desenvolvimento de um sistema de apoio à inspeção, registo e classificação.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade de Coimbra, Coimbra,
2004.
HELENE, P. Contribuição ao estudo da corrosão em estruturas de concreto
armado. Tese (Livre docência em Engenharia Civil) – Universidade de São Paulo, São
Paulo, 1993.
LONG, A. E.; MURRAY, A. The Pull-off Partially Destructive Test for Concrete.
Symposium Paper, [s.l.], v. 82, 1984.
PEREIRA, E.; MEDEIROS, M. H. F. Ensaio de “Pull Off” para avaliar a resistência
à compressão do concreto: uma alternativa aos ensaios normalizados no Brasil.
Revista Ibracon de Estruturas e Materiais, [s.l.], v. 5, p. 757-780, 2012.
SANTOS, S. P. A reabilitação estrutural do patrimônio construído. Lisboa: LNEC,
2003.
TUTIKIAN, B; PACHECO, M. Boletim Técnico – Inspección, Diagnóstico y
Prognóstico em la Construcción Civil. 2013. Disponível em: http://alconpat.org.
br/wp-content/uploads/2012/09/B1_Inspe%C3%A7%C3%A3o-Diagn%C3%B3stico-
e-Progn%C3%B3stico-na-Constru%C3%A7%C3%A3o-Civil1.pdf. Acesso em: 25 set.
2020.
VEIGA, M. et al. Conservação e renovação de revestimentos de paredes de
edifícios antigos. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 2004.
33
Técnicas de diagnóstico para
peças de aço e madeira
Autoria: Diego Antônio Custódio
Leitura crítica: Hudson Goto
Objetivos
• Conhecer as técnicas qualitativas e quantitativas
para a análise das manifestações patológicas nas
edificações.
34
1. Introdução
Além do aço, outro tipo de sistema estrutural que tem ganhado força,
e já é um velho conhecido na construção civil, é a madeira. Ela é
extremamente versátil e pode ser utilizada para uma série de tipologias
estruturais. Porém, assim como qualquer outro elemento da construção,
ela também está sujeita a manifestações patológicas que precisam ser
avaliadas e corrigidas com cuidado, para que se garanta segurança aos
usuários da edificação. Dessa forma, iremos apresentar as principais
técnicas de diagnóstico para manifestações patológicas em peças de aço
e de madeira, por serem importantes sistemas estruturais.
35
elementos da estrutura de aço em busca de anormalidades. Nessa
etapa, será feita uma classificação primária dos defeitos, considerando:
a causa, a causa e o efeito, ou apenas o efeito. O critério deverá ser
escolhido de acordo com a experiência do profissional. Segundo Costa
(2019), as principais anomalias que podem ser identificadas são:
36
Figura 1 – Crescimento de vegetação: possível contaminação do aço
37
A Figura 3 mostra um aparelho de apoio de uma estrutura metálica
deslocado da sua posição original.
38
A Figura 5 mostra um elemento de aço com deterioração avançada
causada pela oxidação do material.
39
3. Ensaios em peças de aço
Líquido penetrante x x x
Ultrassom x x x
Partícula magnética x x x
Correntes parasitas x x x
Pacometria - - -
Esclerometria - - -
Radiógrafos x x x
40
Emissão acústica x x x
Frequência de ressonância x x x
Termografia infravermelho x x x
Permeabilidade - - -
Estanqueidade x x x
Revestimento protetor x x x
Uniformidade do
revestimento por Holiday x x x
Detector
Réplica Metalográfica x x x
41
Quadro 2 – Principais características dos ensaios não
destrutivos mais usados
Aplicável em
Descontinuidades
materiais Detecção exclusiva
superficiais em
magnéticos ou de descontinuidades
materiais não
não magnéticos. abertas à superfície.
porosos, metálicos
Fácil visualização e Necessidade de
e não metálicos.
caracterização da limpeza rigorosa
Líquido Materiais que
descontinuidade. antes da execução
penetrante podem ser
Aplicável em peças do ensaio. Com
ensaiados: aços
de geometrias as técnicas
carbonos em geral,
complexas. convencionais,
aços inoxidáveis,
Custo não é aplicável em
alumínio, bronze,
relativamente materiais porosos.
titânio e vidros.
reduzido.
Simplicidade de
aplicação, fácil
Pode ser aplicado
execução, rápido e
apenas em materiais
de baixo custo de
ferromagnéticos.
operação.
Forma e orientação
Utilizado na Alta sensibilidade
das descontinuidades
detecção de na detecção de
em relação ao campo
descontinuidades descontinuidades
Partículas magnético interferem
superficiais e superficiais.
magnéticas fortemente no
subsuperficiais em Detecção de
resultado do ensaio,
peças de materiais descontinuidades
sendo necessária,
ferromagnéticos. pouco
em muitos casos, a
subsuperficiais
realização de mais de
da peça. Pode
um ensaio na mesma
ser realizado em
peça.
peças de geometria
complexa.
42
ENSAIO CARACTERÍSTICAS VANTAGENS DESVANTAGENS
43
ENSAIO CARACTERÍSTICAS VANTAGENS DESVANTAGENS
44
real necessidade de realizá-los. Seu principal objetivo é avaliar alguma
propriedade mecânica do material. Entre os principais existentes,
podemos citar: tração, compressão, dureza, fratura, flexão, torção,
fadiga e fluência. A escolha do ensaio por parte do profissional deverá
levar em conta qual propriedade mecânica se deseja determinar
para cada situação, sendo necessário que ele conheça a fundo as
propriedades mecânicas dos materiais. A seguir são apresentados os
três ensaios principais, de acordo com Zolin (2011):
45
Figura 7 – Equipamento para o ensaio de tração
46
degradantes na madeira. Outros agentes abióticos são: ação de
raios ultravioleta e intemperismo.
47
O principal objetivo de todos os ensaios de ultrassom é determinar
se existem pontos de podridão no interior da peça. Sua existência
basicamente fará com que a velocidade do som propagado no interior
da peça seja menor do que se ela estivesse em perfeito estado. De
acordo com Machado e Feio (2014, p. 9), a perda de 10% a 20% na
velocidade de propagação do som na madeira representa cerca de
10% de podridão no interior da peça. A Figura 8 apresenta o ensaio de
ultrassom em peça de madeira.
48
acondicionados em câmaras climatizadas para atingirem a umidade de
equilíbrio, que depende do tipo de madeira utilizado.
Referências Bibliográficas
BRITO, L. D. Patologia em estruturas de madeira: metodologia de inspeção e
técnicas de reabilitação. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Universidade
Federal de São Carlos, São Carlos, 2014.
COSTA, F. G. Inspeção e avaliação nas estruturas metálicas – pontes e
viadutos. 2019. Disponível em: https://www.gomesteceng.com.br/wp-content/
uploads/2020/03/Inspe%C3%A7%C3%A3o-e-Avalia%C3%A7%C3%A3o-nas-
Estruturas-Met%C3%A1licas-Pontes-e-Viadutos.pdf. Acesso em: 18 jan. 2021.
DJIK, R. V. Associação de métodos não destrutivos para inspeção de estruturas
de madeira. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) – Faculdade de
Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2014.
MACHADO, J. S.; FEIO, A. O. Avaliação de elementos estruturais de madeira:
desenvolvimentos recentes. 2014. Disponível em: http://repositorio.lnec.pt:8080/
jspui/bitstream/123456789/1006841/1/item1007827.pdf. Acesso em: 12 out. 2020.
SACCHI, C. C. Avaliação de desempenho estrutural e manifestações patológicas
em estruturas metálicas. Dissertação (Mestrado em Estruturas e Construção Civil)
– Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2016.
SACCHI, C. C.; SOUZA, A. S. C. Manifestações patológicas e controle de qualidade na
montagem e fabricação de estruturas metálicas. Revista Eletrônica de Engenharia
Civil, [s.l.], v. 13, p. 20-34, 2017.
SANTOS, L. I. Ensaios não destrutivos aplicados à estruturas de madeira no museu
da língua portuguesa. Revista de Iniciação Científica, Criciúma, v. 15, n. 1, 2017
ZOLIN, I. Curso técnico em automação industrial: Ensaios Mecânicos e
Análises de Falhas. 2011. Disponível em: https://www.ufsm.br/app/uploads/
sites/413/2018/11/15_ensaios_mecanicos_analises_falhas.pdf. Acesso em: 18 jan.
2021.
49
Técnicas de diagnóstico de
infiltrações e fundações
Autoria: Diego Antônio Custódio
Leitura crítica: Hudson Goto
Objetivos
• Identificar as principais causas dos problemas
associados às patologias das edificações devido à
infiltração e às fundações.
50
1. Introdução
51
Figura 1 – Etapas da solução de um processo patológico
52
São muitas as patologias encontradas nas construções, estando entre
as mais comuns: fissuras e trincas, deformações na estrutura, manchas,
corrosão das estruturas etc. Neste Tema, vamos aprender um pouco
mais sobre as patologias de edificações relacionadas a problemas
de infiltração e fundações e elaborar um diagnóstico a partir do
conhecimento de suas origens, como se manifestam, danos que podem
causar e formas de correção e prevenção.
2.1 Causas
53
• A partir da umidade do solo, que é absorvida pela edificação desde
as fundações até as paredes.
No Grupo 1, temos:
54
presença de água, oxigênio e diferença de potencial da armadura,
inicia-se o processo de corrosão.
• Variações térmicas.
• Recalques diferenciais.
• Retração hidráulica.
• Falhas de concretagem.
2.2 Diagnóstico
55
• Umidade ascensional: a umidade presente no solo é absorvida
pelos elementos da construção, podendo subir até as paredes.
56
controle da execução da impermeabilização é imprescindível para a
eficácia, sendo responsabilidade da equipe executora e do encarregado
pela obra.
57
ser classificadas em superficiais (blocos, sapatas, radiers) ou profundas
(estacas, tubulões, com pelo menos 3 m de profundidade).
58
Quadro 1 – Erros relacionados ao aparecimento
de recalque diferencial
• Falta
de homogeneidade do solo.
Problemas no solo • Consolidação distinta do aterro.
• Fundação entre corte e aterro.
59
das fundações de uma obra, tensões de grande intensidade serão
introduzidas na estrutura da mesma, podendo gerar o aparecimento de
trincas” (PAULA E SILVA; JONOV, 2019, p. 105).
60
investigação do solo e o próprio projeto das fundações, como erros
de cálculo ou a consideração de uso inadequada.
61
Quadro 2 – Principais causas de patologias em fundações.
Topografia da área:
• Levantamento planialtimétrico.
Dados geológicos:
• Investigação do subsolo.
• Sistema estrutural.
62
• Escavação da obra abaixo das fundações vizinhas.
63
condições do solo, ficando a decisão a cargo do engenheiro responsável
pelo diagnóstico. Os ensaios quanto à estrutura podem ser destrutivos
(resistência à compressão axial ou à tração em testemunhos retirados
da estrutura, módulo de deformação, entre outros) ou não destrutivos
(esclerometria; carbonatação; controle de fissuras com selos de gesso
ou vidros; ultrassonografia; medições de deformações e recalques; entre
outros). Quanto aos solos, são comuns os seguintes ensaios: sondagem
de reconhecimento à percussão; sondagens rotativas (rochas); ensaios
de caracterização da capacidade de suporte; determinação do nível de
agressividade da água do subsolo (VITÓRIO, 2003).
3.4 Prevenção
64
• Observar o carregamento desbalanceado na estrutura e/ou a
influência do bulbo de pressão da obra maior.
Referências Bibliográficas
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6122: Projeto e execução de
fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019.
AQUARYS H2O. Diagnóstico de Infiltração e Fugas. 2017. Disponível em: https://
www.aquaryspro.com/manutencao-de-edificios/. Acesso em: out. 2020.
CBIC. Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Desempenho de edificações
habitacionais: Guia orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013.
2. ed. Brasília: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013.
65
DO CARMO, P. O. Patologia das construções. Santa Maria: CREA, 2003.
HUSSEIN, J. S. M. Levantamento de patologias causadas por infiltrações devido
à falha ou ausência de impermeabilização em construções residenciais na
Cidade de Campo Mourão – PR. Monografia (Graduação em Engenharia Civil) –
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campo Mourão, 2013.
JONOV, C. M. P.; NASCIMENTO, N. O.; PAULA E SILVA, A. Avaliação de Danos às
Edificações Causados Por Inundações e Obtenção dos Custos de Recuperação.
Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 13, n. 3, p. 75-94, jul./set. 2013.
LERSCH, I. M. Contribuição para a identificação dos principais fatores de
degradação em edificações do patrimônio cultural de Porto Alegre. Dissertação
(Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, 2003.
MARCELLI, M. Sinistros na construção civil: causas e soluções para danos e
prejuízos em obras. São Paulo: Pini, 2007.
OH, T. et al. Comparison of NDT Methods For Assessment of a Concrete Bridge
Deck. Journal of Engineering Mechanics, [s.l.], v. 193, n. 3, p. 305-314, 2013.
OLIVEIRA, G. F. P. Potencialidades da Termografia Para o Diagnóstico de
Patologias Associadas à Humidade. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) –
Universidade do Porto, Porto, 2013.
PAULA E SILVA; A., JONOV, C. M. P. Patologia das Construções. 2019. Disponível
em: http://www.demc.ufmg.br/adriano/Patologia%20das%20Construcoes.pdf.
Acesso em: 30 out. 2020.
RIGHI, G. V. Estudo dos Sistemas de Impermeabilização: Patologias, Prevenções
e Correções – Análise de Casos. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) –
Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Maria, 2009.
ROCHA, J. H. A. et al. Detecção de infiltração em áreas internas de edificações com
termografia infravermelha: estudo de caso. Ambiente Construído, Porto Alegre, v.
18, n. 4, p. 329-340, 2018.
STORTE, M. Manifestações Patológicas na Impermeabilização de Estruturas de
Concreto em Saneamento. 2011. Disponível em: http://www.forumdaconstrucao.
com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703. Acesso em: 30 out. 2020.
VITÓRIO, A. Fundamentos da Patologia das Estruturas nas Perícias de
Engenharia. Recife: IBAPE, 2003.
ZUCHETTI, P. A. B. Patologias da Construção Civil: Investigação Patológica em
Edifício Corporativo de Administração Pública no Vale do Taquari/RS. Monografia
(Graduação em Engenharia Civil) – Centro Universitário Univates, Lageado, 2015.
66
BONS ESTUDOS!
67