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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA,
SANITÁRIA E AMBIENTAL
Anderson da Silva Rêgo
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Camila Braga de Oliveira Higa
Revisor
Marcia Cristina Aparecida Thomaz
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-87806-89-1
CDD 500
____________________________________________________________________________________________
Raquel Torres – CRB 6/278
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
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3
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, SANITÁRIA E AMBIENTAL
SUMÁRIO
Epidemiologia e informação em saúde_______________________________ 05
4
Epidemiologia e informação em
saúde
Autoria: Marceila de Andrade Fuzissaki
Leitura crítica: Marcia Cristina Aparecida Thomaz
Objetivos
• Definir a epidemiologia, assim como sua área de
aplicação.
5
1. Introdução
6
devido a epidemiologia, segundo Goldbaum (1996): a identificação do
papel nocivo do tabaco, bem como a identificação dos fatores de risco
relacionados a ocorrência de doenças cardiovasculares e cânceres; a
função do flúor na prevenção da cárie dental, assim como a eficácia e
efetividade das vacinas.
7
Ainda de acordo com Goldbaum (1996), considerando os sistemas
de saúde, quatro grandes usos da epidemiologia se destacam: nas
situações de saúde, na vigilância epidemiológica, nos estudos em que
se investiga fatores causais e na avaliação de serviços, programas e
tecnologias.
8
natural da doença, ou seja, desde a prevenção até o cuidado paliativo.
Como estabelecer os efeitos da intervenção? Dois métodos podem ser
utilizados: os estudos observacionais e os experimentais (FLETCHER;
FLETCHER; FLETCHER, 2014).
9
Figura 1 – A relação entre as ideias e as evidências
10
Figura 2 – Relação entre o resultado de um teste diagnóstico e a
ocorrência da doença
11
presença de dois sinais maiores (perda de pelo menos 10% de peso em
relação ao peso total, diarreia crônica ou febre prolongada) e um sinal
menor (tosse crônica, herpes-zoster, linfadenopatia generalizada). Esses
critérios podem ser utilizados em locais onde os recursos diagnósticos
são limitados.
12
tenha a doença. A especificidade se refere a proporção de pessoas
sem a doença e que tenham um teste negativo. Assim, um teste
específico dificilmente identificará erroneamente uma pessoa como
sendo portadora da doença quando não a tenha (FLETCHER; FLETCHER;
FLETCHER, 2014).
13
Considerando o ciclo de políticas públicas, os indicadores podem ser
utilizados nas diversas fases e com diferentes objetivos. Na fase de
identificação do problema, tem como objetivo elaborar diagnósticos
iniciais ou realizar levantamento de situações para identificar
problemas futuros. Na fase de constituição da agenda (conjunto de
problemas oriundos de debates e discussões e que representam o
interesse público), os indicadores visam identificar os problemas e suas
respectivas características, como a gravidade, urgência e prioridade.
Na fase de planejamento, os indicadores são definidos visando medir o
desempenho de determinada intervenção com o intuito de monitorar
e avaliar (fases subsequentes do ciclo). Os indicadores definidos na
fase de implementação são, ou deveriam ser, originários da fase de
planejamento e deveriam ser utilizados na fase de monitoramento,
visando observar a evolução da intervenção e, caso necessário, propor
medidas corretivas. Na fase de avaliação, o indicador objetivo compara o
desempenho da política pública proposta para solucionar os problemas
apontados (BRASIL, 2018).
14
Figura 4 – Aspectos dos indicadores que devem ser levados em
consideração durante seu processo de escolha
15
• Simplicidade: os indicadores devem ser de fácil compreensão,
tanto para seus executores como para o público em geral.
16
também é utilizado como sinônimo de indicador (ROUQUAYROL; DA
SILVA, 2018).
17
Figura 6 – Resumo sobre os índices da saúde coletiva
———————————————————————————— x 10n
População
18
planejamento, a organização, a operação e a avaliação dos serviços de
saúde” (ROUQUAYROL; DA SILVA, 2018, p.617).
19
1.6 Conclusão
Referências Bibliográficas
BONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTROM, T. Epidemiologia básica. 2.ed. São
Paulo: Santos, 2010.
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elementos essenciais. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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2):95-98, Rio de Janeiro, 1996. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/
v12s2/1524.pdf. Acesso em: 14 set. 2020.
ROUQUAYROL, M. Z.; DA SILVA, M. G. C. Epidemiologia & Saúde. 8. ed. Rio de
Janeiro: Medbook, 2018.
20
Doenças de notificação
obrigatória e PNI
Autoria: Marceila de Andrade Fuzissaki
Leitura crítica: Marcia Cristina A Thomaz
Objetivos
• Definir vigilância em saúde pública.
21
1. Introdução
22
campanha guiou a construção, em 1969, de um sistema semanal
de notificação de doenças e auxiliou a Fundação Serviços de Saúde
Pública (FSESP), na disseminação de informações por meio do boletim
epidemiológico. Isso permitiu a consolidação das bases técnicas e
operacionais das futuras ações relacionadas às doenças evitáveis pela
imunização (ROUQUAYROL; DA SILVA, 2018).
23
a caracterização dos grupos mais afetados e dos quadros mais
graves da doença.
24
Essas ações devem ser realizadas em todos os níveis de gestão do
Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, em nível federal, estadual e
municipal de maneira complementar. O nível municipal deve executar
as ações, ou seja, o município deve ter autonomia técnico-gerencial para
identificar e resolver os problemas de saúde prioritários em sua área
de abrangência. A nível estadual e federal, devem conduzir as ações e
apoiá-las (ROUQUAYROL; DA SILVA, 2018).
25
O leque das doenças de notificação compulsória foi ampliado, ou seja,
além daquelas consideradas pelo RSI, incluiu-se a malária, hanseníase,
a tuberculose e as meningites no geral, com a instituição do Sistema
nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), por meio da Lei n. 6.259,
de 1975, e o decreto n. 78.231, de 1976. No decorrer dos anos, outras
doenças foram acrescentadas a esta lista (TEIXEIRA et al., 1998).
26
ações de controle e da existência de novos conhecimentos científicos
e tecnológicos. Deve levar em consideração as áreas geográficas
abrangidas, a lista de doenças, o conteúdo de informação, características
para a definição de casos, periodicidade de transmissão de dados,
formas de notificação e fontes de informação disponíveis. As doenças
que compõem o sistema de informação de doenças de notificação
compulsória (SDNC) são aquelas que causam risco à saúde do coletivo
(TEIXEIRA et al., 1998).
27
a. Doença aguda pelo vírus Zika. X
14 b. Doença aguda pelo vírus Zika em gestante. X X
c. Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika. X X X
15 Esquistossomose. X
Evento de Saúde Pública (ESP), que se constitua ameaça à
16 X X X
saúde pública (ver definição no art. 2º desta portaria).
17 Eventos adversos graves ou óbitos pós-vacinação. X X X
18 Febre amarela. X X X
a. Febre de Chikungunya. X
19 b. Febre de Chikungunya em áreas sem transmissão. X X X
c. Óbito com suspeita de febre de Chikungunya. X X X
Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância
20 X X X
em saúde pública.
21 Febre maculosa e outras riquetisioses. X X X
22 Febre tifoide. X X
23 Hanseníase. X
24 Hantavirose. X X X
25 Hepatites virais. X
HIV/AIDS–Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana
26 X
ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e
27 X
criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV.
28 Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). X
29 Influenza humana produzida por novo subtipo viral. X X X
Intoxicação exógena (por substâncias químicas, incluindo
30 X
agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados).
31 Leishmaniose Tegumentar Americana. X
32 Leishmaniose Visceral. X
33 Leptospirose. X
a) Malária na região amazônica. X
34
b) Malária na região extra-amazônica. X X X
35 Óbito: a) infantil; b) materno. X
36 Poliomielite por poliovirus selvagem. X X X
37 Peste. X X X
38 Raiva humana. X X X
39 Síndrome da Rubéola Congênita. X X X
40 Doenças Exantemáticas: a) sarampo; b) rubéola. X X X
41 Sífilis: a. adquirida; b) congênita; c) em gestante. X
42 Síndrome da Paralisia Flácida Aguda. X X X
Síndrome Respiratória Aguda Grave associada à
43 X X X
Coronavírus; SARS-CoV; MERS- CoV.
44 Tétano: a) acidental; b) neonatal. X
45 Toxoplasmose gestacional e congênita. X
46 Tuberculose. X
47 Varicela–caso grave internado ou óbito. X X
a) Violência doméstica e/ou outras violências. X
48
b) Violência sexual e tentativa de suicídio. X
28
Legenda: MS (Ministério da Saúde), SES (Secretaria Estadual de Saúde) ou
SMS (Secretaria Municipal de Saúde). * Informação adicional: notificação
imediata ou semanal seguirá o fluxo de compartilhamento entre as
esferas de gestão do SUS, estabelecido pela SVS/MS; a notificação
imediata no Distrito Federal é equivalente à SMS.
29
em massa, apoiou a produção e o controle de vacina contra a varíola
de qualidade, introdução conceitos como vigilância epidemiológica
e estabeleceu mecanismos de avaliação do programa. Tudo isso
possibilitou a construção de uma base técnica, política e institucional
que, posteriormente, se consolidaria como uma importante ferramenta
do Estado no controle efetivo de algumas doenças prevalentes no país.
Outra experiência fundamental na criação do Programa foi a elaboração
do Plano Nacional de Controle da Poliomielite, em 1971, segundo
Temporão (2003).
30
• Coordenação do PNI, que inclui a definição das vacinas nos
calendários e das campanhas nacionais de vacinação.
31
fluxos pré-determinados nos âmbitos nacional e estadual e
retroalimentação das informações às unidades (BRASIL, 2014).
• Os tipos de vacina.
32
Nos dias atuais, o PNI disponibiliza mais de 300 milhões de doses anuais
distribuídos entre quarenta e quatro imunobiológicos, como vacinas,
soros e imunoglobulinas. O Brasil conta ainda com trinta e quatro
mil salas de vacinação e quarenta e dois Centros de Referência em
Imunobiológicos Especiais (CRIE) ,destinados a portadores de condições
clínicas especiais e também várias estratégias como vacinação de
rotina, campanhas, bloqueios vacinais e ações extramuros. Alterações
na vacinação são baseadas em evidência epidemiológica, eficácia
e segurança da vacina e garantia da sustentabilidade da estratégia
(capacidade de produção em laboratórios nacionais, de armazenamento
e distribuição) (BRASIL, 2014).
1.4 Conclusão
33
Referências Bibliográficas
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Vigilância das Doenças Transmissíveis. Biblioteca Virtual em Saúde. Manual de
normas e procedimentos para vacinação. Brasília, 2014. Disponível em: http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao.pdf. Acesso
em: 14 set. 2020.
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Saúde, dezoito de maio de dois mil e dezessete. Disponível em: https://www.saude.
gov.br/vigilancia-em-saude/sobre-vigilancia-em-saude, Acesso em: 15 set. 2020.
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br/bvs/saudelegis/gm/2020/prt0264_19_02_2020.html. Acesso em: 15 set. 2020.
ROUQUAYROL, M. Z.; DA SILVA, M. G. C. Epidemiologia & Saúde. 8. ed. Rio de
Janeiro: Medbook, 2018.
TEIXEIRA, M. G. et al. Seleção das doenças de notificação compulsória: critérios e
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TEMPORÃO, J. G. O programa Nacional de Imunização (PNI): origens e
desenvolvimento. História, Ciências, Saúde. Manguinhos. v.10, s.2, p. 601-17, 2003.
34
Eixos governamentais,
organizacionais e sistemas de
inspeção da ANVISA
Autoria: Anderson da Silva Rêgo
Leitura crítica: Marcia Cristina A Thomaz
Objetivos
• Estrutura da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
35
1. Vigilância epidemiológica, sanitária e
ambiental
36
Figura 1 – Geração de resíduos e o risco à saúde da população
quando não inspecionado
37
Entre essas avaliações, estão importantes indicadores de risco, como
ambientais, por meio do consumo de água potável e a produção de
esgoto, seja comercial, industrial ou residencial, como também a
poluição do ar, solo e dos recursos hídricos que pertencem ao território
nacional. Ademais, os riscos sociais, ocupacionais, iatrogênicos e
institucionais também fazem parte da gama de riscos à saúde da
população, que necessita ser eventualmente fiscalizada.
38
Ademais, a Anvisa possui o controle sanitário de produtos nos principais
pontos de fronteira com outros países e em aeroportos, portos recintos
alfandegados, de serviços de saúde e de produtos. Ressalta-se que os
produtos que seguem o controle rigoroso da Anvisa são medicamentos,
produtos cosmológicos, alimentares e derivados do tabaco e fluidos
hemáticos. Os equipamentos tecnológicos no auxílio de diagnósticos
clínicos também fazem parte do conjunto de itens fiscalizatórios da
Anvisa.
• DICOL–DIRETORIA COLEGIADA
• Conselho consultivo.
• Ouvidoria (OUVID).
• Procuradoria (PROCR).
• Corregedoria (CORGE).
39
• Assessoria do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
(ASNVS).
• Primeira Diretoria:
• Segunda Diretoria:
• Terceira Diretoria:
40
• Gerência-Geral de Registro e Fiscalização de Produtos
Fumígenos Derivados ou Não do Tabaco (GGTAB).
• Quarta Diretoria:
• Quinta Diretoria:
41
1.3 Sistemas de inspeção municipal, estadual e federal
42
As atribuições da Anvisa possuem abrangência nacional e a
responsabilidade pelas ações que fomentem a redução e/ou eliminação
e prevenção de riscos à saúde da sociedade, com medidas interventoras
sobre as complicações sanitárias que podem ocorrer no meio ambiente,
nas indústrias e suas manufaturas, como também a circulação de
determinados produto, requer atividade integrada entre as esferas
governamentais, sendo de nível federal, estadual e municipal.
43
estadual do Sistema Único de Saúde–SUS ou que representem risco de
disseminação nacional. (BRASIL, 1990, p. 8)
44
acompanhar e avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde;
formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de
procedimentos de controle de qualidade para produtos e substâncias
de consumo humano; colaborar com a União na execução da vigilância
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras. (BRASIL, 1990, p. 9)
De acordo com a Lei n. 8.080/90, em seu artigo 18, cabe aos municípios:
45
população. Os conselhos de saúde possuem potencialidade em garantir
a atenção à saúde por parte das políticas públicas, de acordo com os
princípios norteadores do SUS, como saúde é direito de todos e dever do
estado.
46
às leis impostas na legislação, considerando suas hierarquias (BRASIL,
1999ª, 1999b, 1999 e 2018 2007; LEAL e TEIXEIRA, 2017).
NÃO!
47
Você percebeu que a pactuação entre as esferas governamentais
possuem especificidades e que precisam ser discutidas e dialogadas
com a Constituição?
Referências Bibliográficas
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Contrato de gestão que
entre si celebram o Ministério da Saúde/MS e a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária–Anvisa. Diário Oficial da União, 1999. Disponível em: http://portal.anvisa.
gov.br/documents/281258/308532/contrato_consolidado.pdf/696f9fcd-aaca-4e67-
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BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Plano Diretor de
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ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em: 15 set. 2020.
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n. 9.782, de 26 de janeiro de 1999. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/LEIS/L9782.htm. Acesso em: 15 set. 2020.
BRASIL. Secretaria-Geral da Presidência da República. Imprensa Nacional.Diário
Oficial da União, onze de dezembro de dois mil e dezoito. ed. 237, seção 1, p. 159.
Resolução de Diretoria Colegiada – RDC n. 255, de 10 de dezembro de 2018.
Disponível em: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/
content/id/54522298/do1-2018-12-11-resolucao-de-diretoria-colegiada-rdc-n-255-
de-10-de-dezembro-de-2018-54521871. Acesso em: 15 set. 2020.
48
COSTA, E. A. Vigilância sanitária: defesa e proteção da saúde. In: ROUQUAYROL, M.
Z.; ALMEIDA FILHO, N. (orgs.). Epidemiologia & saúde, 5. ed., p. 327-351. Rio de
Janeiro: Medsi; 1999.
LEAL, C. O. B. S.; TEIXEIRA, C. F. DE S. Solidarity: an innovative perspective in the
management and organization of Sanitary Surveillance actions. Ciência & Saúde
Coletiva, v. 22, n. 10, p. 3161-3172, 2017.
49
Contribuição das ações de
vigilância na promoção da saúde
e prevenção de doenças
Autoria: Anderson da Silva Rêgo
Leitura crítica: Marcia Cristina A Thomaz
Objetivos
50
1. Vigilância epidemiológica, sanitária e
ambiental: contexto histórico
51
Figura 1–Representação da Vigilância Sanitária no controle de
doenças e coleta de resíduos residenciais/domiciliares, comerciais e
industriais
52
não via a vacina como fórmula de proteção, mas como método imposto
que ocorreu no início do século XX, pouco tempo após a abolição da
escravatura. Dessa forma, as ações sanitárias passaram a ser utilizadas
como método estratégico, que permeavam as condições de agravo
à saúde da população e de instrução sobre o papel da sociedade na
redução de agravos à saúde.
53
mobilizaram manifestações no final da década de 1970 (COSTA, 1999;
BRASIL, 1999; FONSECA e STAUFFER, 2007).
54
Figura 3 – Movimento em prol de uma nova Constituição
Fonte: http://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/reportagem/reivindicacoes-sociais-durante-a-
ditadura-apontam-anecessidade-de. Acesso em: 15 set. 2020.
55
As diretrizes que pautam o SUS são a universalidade, equidade e
integralidade, baseadas nas Leis Orgânica da Saúde n. 8.080/90 e n.
8.142/90. Essas diretrizes propunham a melhorar o acesso aos serviços
de saúde da população, com atendimentos descentralizados, possuindo
unidades de saúde nas regiões das centenas de municípios em
constituem o território brasileiro. Convém ressaltar que as estratégias
baseadas nas diretrizes do SUS, possuem maior ênfase da igualdade de
acesso à assistência oferecida, com apoio matricial, com a participação
popular e ainda, sobre os financiamentos de recursos responsáveis
pelas esferas governamentais. (BRASIL, 1990, 1999 e 2016; COSTA, 1999;
FONSECA e STAUFFER, 2007).
Mesmo com as atividades dos ACS, a oferta ainda era insuficiente para
suprir toda a demanda das necessidades de saúde das pessoas, e as
intervenções ainda não eram resolutivas. Com este hiato organizacional,
o MS criou o Programa Saúde da Família, em 1994, com modelo
assistencialista, com foco nas regiões habitacionais e a comunidade.
O programa permite o direcionamento estratégico e organizado dos
clínicos a especialidades.
56
clínicos. Em 1997, o MS compreendeu que o plano do PSF era maior e
renomeou o PSF para Estratégia Saúde da Família.
57
decreto do MS, por meio das Normas Operacionais Básicas do Sistema
Único de Saúde (NOBs/SUS), de 1993 e 1996.
58
Figura 5 – Representação da equipe multiprofissional, que compõe a
base das ações a serem realizadas de acordo com a situação local
59
Na compreensão da intersetorialidade, como ação eficaz na mudança
dos indicadores de saúde e em determinantes sociais, detém como
principal estratégia para prevenção dos agravos da saúde da população.
Essa estratégia é pautada na compreensão e na melhor concordância
entre os níveis governamentais e a SNVS, ancorada na discussão de
casos, que possibilita a visão mais abrangente das intervenções que
podem ser atribuídas à prática dos profissionais de saúde (BRASIL, 1999,
2010 e 2016; FONSECA e STAUFFER, 2007).
60
Na nova Política Nacional de Atenção Básica, apresentada em 2017
e vigente a partir de 2018, aponta Vigilância em Saúde como prática
agregada da Atenção Básica, mesmo considerando as práticas de
promoção e prevenção à saúde que estava associada nas políticas
anteriores. A nova PNAB unificou as ações dos agentes comunitários de
saúde e os agentes de endemias, o que potencializa o esforço contra a
fragmentação das ações em saúde no âmbito da atenção básica (BRASIL,
2017; MELO et al., 2018).
61
Referências Bibliográficas
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Contrato de gestão que
entre si celebram o Ministério da Saúde/MS e a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária–Anvisa. Diário Oficial da União, 1999. Disponível em: http://portal.anvisa.
gov.br/documents/281258/308532/contrato_consolidado.pdf/696f9fcd-aaca-4e67-
89fa-33f245a567c5. Acesso em: 15 set. 2020.
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Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/reportagem/reivindicacoes-
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Acesso em: 15 set. 2020.
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BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
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ccivil_03/LEIS/L9782.htm. Acesso em: 15 set. 2020.
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62
MENDES, T. K. de A.; OLIVEIRA, S. P. de; DELAMARQUE, E. V. et al. Reestruturação
da Gestão das Vigilâncias em Saúde em Alagoas: a precarização da formação e do
trabalho. Trabalho, Educação e Saúde, v. 14, n. 2, p. 421-443,2016.
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Bons estudos!
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