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PRINCIPAIS INSTRUMENTOS
E RECURSOS TECNOLÓGICOS
PARA AVALIAÇÃO DO IDOSO E
DA QUALIDADE DE VIDA
© 2018 POR EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S.A.
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Fernanda Muller de Oliveira Rovai
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Daniella Fernandes Haruze Manta
Flávia Mello Magrini
Hâmila Samai Franco dos Santos
Leonardo Ramos de Oliveira Campanini
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-85-522-0791-7
1. Saúde do idoso. 2. Tecnologia. I. Orlandi, Brunela
Della Maggiori. II. Título.
CDD 600
2018
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PRINCIPAIS INSTRUMENTOS E RECURSOS TECNOLÓGICOS
PARA AVALIAÇÃO DO IDOSO E DA QUALIDADE DE VIDA
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina 04
Objetivos
1. O que é AGA
LINK
O texto apresentado tem a proposta de rever os conceitos,
conteúdos e as características do AGA sob a visão de pes-
quisadores de Hong Kong. LUCK, J.K.H; OR, K. H; WOO, J. The
Comprehensive Geriatric Assessment technique to assess el-
derly patients. HKMJ. vol. 6, n. 1, 2000. Disponível em: <http://
www.hkmj.org/system/files/hkm0003p93.pdf>.
Acesso em: 5 mar. 2018.
ASSIMILE
As ações, quando direcionadas ao processo individual e co-
letivo de uma população, auxiliam no melhoramento das
condições e da qualidade de atendimento, refletindo direta-
mente no cuidado prestado à estas pessoas, principalmente
quando se torna uma política pública e que sejam aplicadas
de forma efetiva.
EXEMPLIFICANDO
Um estudo desenvolvido por Deschodt et al. (2015 apud
FREITAS; COSTA; GALERA; 2016) na Bélgica identificou que a
AGA é muito importante se aplicada nas unidades de emer-
gência com pessoas acima de 75 anos por apresentarem me-
lhores resultados em AIVD, mobilidade, cognição e questões
nutricionais se comparadas às pessoas com 75+ anos que
foram hospitalizadas. Indicaram no estudo que a AGA tem
potencial de rastreio para identificar aqueles que podem ser
hospitalizados ou serem readmitidos após uma alta.
10 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
É importante ressaltar que essas medidas afetam diretamente a pessoa
com 60+ anos a ser cuidada e, indiretamente, a família e principalmente
seu cuidador, que em muitos casos é um membro próximo.
12 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Nenhum teste apresentado acima responde a tudo o que precisamos
saber e, portanto, a combinação deles pode avaliar melhor o equilíbrio
e a marcha das pessoas com 60+ anos (ERMIDA, 2014; FREITAS; COSTA;
GALERA, 2016).
14 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
1.2.1.4. Estado de risco nutricional
São questões mais delicadas, pois geralmente não se faz visita ao local em
que a pessoa com 60+ anos mora. Mas para além do ambiente, também
a presença de uma rede de suporte social se faz importante. A pergun-
ta inicial seria: “Se o(a) senhor(a) ficar doente, com quem pode contar?”
Essa rede pode ser informal ou formal, mas precisa existir, pois se a pes-
soa com 60+ anos necessita de algum cuidado mais pontual, por ter um
comprometimento de autonomia ou dependência, isso irá comprometer
no cuidado do quadro de saúde global daquela pessoa (FREITAS; COSTA;
GALERA, 2016).
Uma escala a ser utilizada é o Apgar da família e dos amigos, que ava-
lia o suporte que a pessoa com 60+ anos recebe da família ou amigos.
Também há o Mapa Mínimo de Relações Sociais do Idoso, um instrumento
em gráfico que identifica os relacionamentos significativos para as pesso-
as com 60+ anos (DOMINGUES, ORDONEZ E SILVA, 2016; FREITAS; COSTA;
GALERA; 2016).
A grande maioria das pessoas com 60+ anos faz uso de múltiplos medica-
mentos para controlar diferentes doenças crônicas coexistentes. Esse uso
excessivo de medicamentos, não necessariamente errado, pode provocar
interações medicamentosas, sintomas e efeitos indesejados aos usuários.
Segundo Gnjidica et al. (2012), cinco ou mais medicamentos já são consi-
derados polifarmácia.
Exemplo da situação acima descrita é a pessoa com 60+ anos ter mul-
timorbidades e receber um diagnóstico de câncer, este último passa-
rá a ser a “doença índice” e, portanto, compreender o quadro ante-
rior à descoberta do câncer influenciará nas condutas subsequentes,
16 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
incluindo a expectativa de vida e as intervenções médicas (FREITAS;
COSTA; GALERA, 2016).
1.2.1.8. Outros
Não foi falado do cuidador, tampouco de uma avaliação para ele, seja
informal (um familiar) ou formal, mas é necessário estar atento se ele é
bem capacitado e treinado para assistir o cuidado de forma a promover
a qualidade de vida de ambos. O cuidador também precisa ser cuidado e
avaliar sua carga de estresse é uma forma existente.
2. Considerações Finais
18 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 01
1. Qual a necessidade de se fazer uma avaliação geriátrica
ampla? Indique a que melhor representa:
a) Individualidade e heterogeneidade da velhice; acompa-
nhamento em longo prazo e melhora da qualidade de
vida.
b) Manejamento de riscos para o prolongamento da vida.
c) Prever a expectativa de vida das pessoas com 60+ anos.
d) Aplicar instrumentos e escalas.
e) Nenhuma das anteriores.
2. A AGA apresenta alguns indicativos de seus benefícios em
nível individual e populacional. São benefícios individual e
populacional respectivamente:
a) Promoção de políticas públicas e melhoria da qualida-
de de vida.
b) Promoção de programas para o aumento da expectati-
va de vida e identifica quais profissionais serão neces-
sários para o caso.
c) Uma boa anamnese e riscos para pessoas com 60+
anos.
d) Auxilia na identificação de iatrogenia e de riscos ao gru-
po etário com 60+ anos.
e) Acompanhamento em curto prazo e cuidado com a
família.
Referências Bibliográficas
COSTA, E. F. A.; MONEGO, E. T. Avaliação Geriátrica. Ampla Revista da UFG, v.5, n.
2, 2003 on line. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2409521/
mod_resource/content/1/Avalia%C3%A7%C3%A3o%20Geri%C3%A1trica%20Ampla.
pdf>. Acesso em 24 out. 2018.
ERMIDA, J. G. Avaliação geriátrica global. In: VERÍSSIMO, M. T. Geriatria fundamen-
tal: saber e praticar. Lisboa: Lidel, 2014.
DOMINGUES, M. A. R. C; ORDONEZ, T. N.; SILVA, T. B. L. da. Instrumentos de avaliação
de rede de suporte social. In: FREITAS, E. V. de; PY, L. Tratado de geriatria e geron-
tologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
FREITAS, E. V. de; COSTA, E. F. de A.; GALERA, S. C. Avaliação geriátrica ampla. In:
FREITAS, E. V. de; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
PEDRAO, R. A. A. O idoso e os órgãos dos sentidos. In: FREITAS, E. V. de; PY, L. Tratado
de geriatria e gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
Gabarito – Tema 01
Questão 1 – Resposta: A
Para se promover um acomanhamento de saúde em médio e longo
prazo, é necessário identificar quais são as fragilidades individuais
de cada pessoa com 60+ anos, e isso é auxiliado pela AGA.
20 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Questão 2 – Resposta: D
Questão 3 – Resposta: C
O POMA é uma escala para ver mobilidade e equilíbrio, que são domí-
nios físicos; MEEM é uma escala para identificar principais aspectos
da função cognitiva; GDS é a escala que avalia sintomas depressivos;
Apgar identifica a sua rede de suporte social.
Objetivos
FUNCIONALIDADE
Atividades de vida diária
(Básicas, Instrumentais e Avançadas)
Humor/
Cognição Mobilidade Comunicação
Comportamento
24 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
PARA SABER MAIS
O declínio de nossas funcionalidades leva muitas pesso-
as com 60+ anos às denominadas síndromes geriátricas ou
Gigantes da Geriatria. As mais comuns são: incapacidade cog-
nitiva, incontinência esfecteriana, incapacidade comunicati-
va, imobilidade, instabilidade postural e Iatrogenia (MORAES;
MARINO; SANTOS, 2010).
LINK
O artigo aqui posto irá trazer a questão da funcionalidade
pelo Índex de Katz para maior compreensão da temática.
DUARTE, Y. A. O.; ANDRADE, C. L. de; LEBRÃO, M. L. O Índex de
Katz na avaliação da funcionalidade dos idosos. Disponível em:
<http://hygeia.fsp.usp.br/sabe/Artigos/Indice_de_Katz_na_
avaliacao_da_funcionalidade.pdf>. Acesso em: 9 mar. 2018.
ASSIMILE
A incontinência separadamente não pode ser considerada,
por ser apenas uma função e não uma atividade. Portanto,
a funcionalidade é um conjunto de funções a serem analisa-
das para indicar comprometimento na independência e na
autonomia.
26 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
funcionalidade das pessoas com 60+ anos. Os instrumentos mais indi-
cados são: Índice de Katz e Escala de Lawton-Brody. As perguntas que se
apresentam em ambas as escalas estão relacionadas a: banho, alimen-
tação, locomoção fora da casa. A Escala de Lawton-Brody possui mais in-
formações, compreendendo oito questões, o Índice de Katz compreende
seis questões.
A mobilidade também é dividida em subsistemas que precisam ser ava-
liados de forma habitual para manter um controle sobre o quadro clínico
(Quadro 2).
EXEMPLIFICANDO
A IU é a perda involuntária de urina. Pode ser considerada
transitória ou estabelecida, e para a primeira opção, fatores
como delirium, infecção urinária, uretrite, restrição de mo-
bilidade, aumento da ingestão de líquidos, medicamentos e
distúrbios psíquicos estão associados. Por isso, é sempre im-
portante analisar o quadro global da pessoa com 60+ anos
que está sendo atendida.
Quando há grau de dependência, não significa que a pessoa não tem au-
tonomia sobre as suas vontades. O contrário, no entanto, não é correto
afirmar. É de compreensão que os impactos do comprometimento da fun-
cionalidade de pessoas com 60+ anos são significativos para a qualidade
de vida, mesmo sabendo que isso não é necessariamente uma verdade.
28 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
A pessoa com 60+ anos de cujo cuidado você irá participar possui um
histórico de vida que precisa ser levado em consideração. Não tire
conclusões precipitadas, os instrumentos estão à disposição para au-
xiliá-lo na construção de uma conduta clínica para essa pessoa com
60+ anos.
2. Considerações finais
• Funcionalidade é relacionada à habilidade do indivíduo decidir e
executar tarefas relacionadas às suas atividades básicas diárias.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 02
1. Consideramos funcionalidade para pessoas com 60+ anos:
a) Promover o bem-estar e a qualidade de vida por meio
da autonomia cognitiva e dependência.
b) Realizar tarefas de autonomia e independência.
c) Capacidade de realizar tarefas cotidianas subdivididas
em autonomia e independência.
d) Propor tarefas cognitivas e de mobilidade.
e) Tarefas cognitivas e mobilidade relacionadas à inde-
pendência e autonomia.
2. O que é mobilidade?
a) Sentar, deitar e levantar.
b) Opinar sobre a roupa que gostaria de usar.
c) Deslocamento com o auxílio de dispositivos, como
bengala.
d) Proporcionar melhor qualidade de vida sem usar cadei-
ra de rodas.
e) Capacidade de deambulação, equilíbrio e força sem o
auxílio de dispositivos.
30 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
3. São instrumentos que avaliam a funcionalidade e mobili-
dade, respectivamente.
a) Anamnese, MAN, MEEM, IVFC-20.
b) IVCF-20, Katz, Timed up and go, inquérito sobre perda
de urina.
c) Timed up and go, inquérito sobre perda de urina, IVFC-
20, Katz.
d) MAN, MEEM, Timed up and go, inquérito sobre perda de
urina.
e) IVCF-20, Katz, MAN, MEEM.
Referências Bibliográficas
Questão 2 – Resposta: E
Questão 3 – Resposta: B
32 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
TEMA 03
AVALIAÇÃO COGNITIVA DO IDOSO:
INSTRUMENTOS DE APLICABILIDADE
Objetivos
1. Funções cognitivas
34 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
a) a informação é recebida e codificada pelos nossos sentidos;
b) a informação, então, é armazenada;
c) e quando for necessário, há a recuperação/evocação da mesma.
A linguagem é a forma pela qual há comunicação, por isso há aspectos que
precisam ser levados em consideração para avaliação, como a fonologia,
sintaxe e a semântica, para tanto, a compreensão, a nomeação, a repetição,
leitura e escrita podem ser investigados (CAIXETA; TEIXEIRA, 2014).
A função executiva está relacionada em como planejamos, organizamos,
guiamos, revisamos e monitoramos nossos objetivos por meio de nos-
so comportamento para atingirmos uma meta. É uma das funções mais
complexas, e tem por finalidade a adaptação a novas situações (CAIXETA;
TEIXEIRA, 2014; CECCHINE et al., 2016).
A praxia é a capacidade de assimilar a parte motora com a mental, resul-
tando em gestos que são atrelados ao processo de aprendizagem, como,
por exemplo, o assoprar para apagar uma vela. Quando há dificuldades
nesse campo, há a praxia (CAIXETA; TEIXEIRA, 2014).
Cognição socioemocional se relaciona com a nossa capacidade de reco-
nhecer as emoções, de motivação, de sensibilização e por isso tem ganha-
do uma atenção mais especial nos últimos anos (SOUZA; TEIXEIRA, 2014).
A habilidade visuoespacial está relacionada à orientação de espaço, onde
sabemos traçar caminhos mentais e nos localizar, principalmente em lo-
cais que frequentamos com mais assiduidade, por exemplo, casa e traba-
lho. Quando temos uma agnosia, temos a orientação espacial comprome-
tida, perdendo-nos com facilidade em locais conhecidos e não consegui-
mos traçar as rotas mentais (CAIXETA; TEIXEIRA, 2014).
A pessoa com 60+ anos irá detalhar na anamnese todas as suas quei-
xas, baseadas em cada função cognitiva relatada acima, para então ser
determinado com quais instrumentos investigaremos mais a fundo a
queixa e, com isso, ou encaminhar ao médico, ou solicitar mais exames,
por exemplo, de imagem, que serão complementares para um (provável)
diagnóstico.
36 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
LINK
Texto de Nitrini et al. de 1994, em que apresentam testes
neuropsicológicos para o rastreio das demências leves e mo-
deradas consideradas à época pelo DSM III. NITRINI, R. et al.
Testes neuropsicológicos de aplicação simples para o diag-
nóstico de demência. Arq. Neuropsiquiatr. v. 52, n. 4, p.457-
465., 1994. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/anp/
v52n4/01.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2018.
EXEMPLIFICANDO
Os desenhos apresentados por Nitrini et al. (2004) em sua
prancha de figuras são: sapato, chave, pente, avião, casa,
tartaruga, balde, livro, colher e árvore. Porém cada profis-
sional pode montar a sua prancha, mudando as figuras se
necessário.
38 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
fale a maior quantidade de palavras com a letra ou a categoria escolhida.
O profissional que aplicará o instrumento anotará a cada 15 segundos
quais foram as palavras.
Nitrini et al. (1994) propõem que seja usada a Bateria Breve de Rastreio
Cognitvo, que é a aplicação de três testes: memória visual, fluência ver-
bal e desenho do relógio, os três testes auxiliam para além do MEEM
(APRAHAMIAN; BIELLA; VANDERLINDE, 2016).
40 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
apresenta dificuldade em novas aquisições de aprendizado. Não é re-
gra começar pela memória, pode apresentar queixas como o acometi-
mento visuoespacial primário, síndromes degenerativas frontotemporal
(CAIXETA et al., 2014).
2. Considerações finais
• Há várias funções cognitivas e a percepção de qual delas apresenta
algum declínio é crucial para identificar quais instrumentos pode-
mos usar.
42 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 03
1. Quais são as funções cognitivas apresentadas no texto?
a) Memória, praxia, cognição socioemocional, habilidade
visuoespacial.
b) Autonomia e independência.
c) Linguagem, função executiva, praxia, cognição socioe-
mocional, habilidade visuoespacial.
d) Memória, linguagem, função executiva, praxia.
e) Memória, linguagem, função executiva, praxia, cogni-
ção socioemocional, habilidade visuoespacial.
2. Quais os dois instrumentos que podemos utilizar para o
rastreio global?
a) MoCA e fluência verbal.
b) MEEM e MoCA.
c) Fluência verbal e teste do relógio.
d) Teste do relógio e MEEM.
e) Katz, MEEM e GDS.
Referências Bibliográficas
44 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Gabarito – Tema 03
Questão 2 – Resposta: B
Questão 3 – Resposta: C
Objetivos
48 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
O suporte social ajuda as pessoas com 60+ anos a enfrentar o estresse
advindo do processo de envelhecimento e com isso contribui diretamen-
te para o bem-estar das mesmas. As pessoas que formam a rede devem
promover e encorajar a autonomia e independência da pessoa com 60+
anos o máximo possível (LEMOS; MEDEIROS, 2016).
LINK
Revisão sistemática dos instrumentos sobre a rede de
suporte social para pessoas idosas. DOMINGUES, M. A. R.
C. et al. Revisão sistemática de instrumentos de avaliação
de rede de suporte social para idosos. Temática Kairós
Vulnerabilidade/Envelhecimento e Velhice. v. 15, n. 6, 2012.
Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/
article/viewFile/17310/12856>. Acesso em: 28 mar. 2018.
Há dois tipos de sistema de suporte social à pessoa com 60+ anos: formais
e informais. Os formais, podemos contar como exemplos os Centros-dia,
Hospital-dia, que garantem a permanência da pessoa com 60+ anos du-
rante o dia, para aqueles que precisam de uma atenção multiprofissional
direcionada; atendimentos domiciliares, principalmente para quem vive
só e é dependente parcial ou totalmente dependente e, por fim, as ILPI,
surgindo em muitos países para abrigar pessoas com 60+ anos pobres e
sem família (LEMOS; MEDEIROS, 2016).
Há leis que regulamentam os locais para o suporte de pessoas com 60+
anos, o mais conhecido é a Lei 10.741/2003, denominada Estatuto do Idoso.
Os sistemas informais são o convívio em casa com familiares, com vizi-
nhança e na comunidade no qual está inserido, onde há uma constru-
ção de relações primárias para enfrentamento das dificuldades diárias.
Para esses sistemas, deve-se levar em conta a seguinte estrutura (LEMOS;
MEDEIROS, 2016):
• distância geográfica das pessoas que auxiliam a pessoa com 60+
anos, sendo de fácil ou difícil contato;
50 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
2. Instrumentos que avaliam a rede de suporte social
ASSIMILE
Os instrumentos irão auxiliar na compreensão do universo
no qual a pessoa com 60+ anos está inserida, e com isso eles
servem como complemento da anamnese.
MOS avalia cinco dimensões de apoio social: apoio material, apoio afeti-
vo, apoio emocional, apoio interação social positiva e apoio de informa-
ção (Quadro 3). São 20 perguntas e as respostas são representadas por
“Nunca”, “Raramente”, “Às vezes”, “Quase sempre”, “Sempre” (DOMINGUES;
ORDONEZ; SILVA, 2016).
EXEMPLIFICANDO
Como sabemos quais são as pessoas que formam nossa rede
de suporte social? Podemos elencar, por exemplo, quem se-
riam as pessoas com as quais nós podemos contar para ca-
sos de emergência, para auxiliar em pagamentos de conta e
compras da casa, para fazer companhia quando se sente so-
zinho ou para tirar dúvidas e angústias? Essas serão as pes-
soas que estarão relacionadas nas respostas de grande parte
dos instrumentos.
52 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
O genograma é a representação gráfica da estrutura familiar e sua dinâ-
mica, permite incluir dados sociodemográficos, história clínica e as rela-
ções interpessoais, sendo necessárias pelo menos três gerações da famí-
lia (Quadro 4).
54 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
isso preenche-se com perguntas sobre a estrutura, como nome, idade, sexo,
tempo de relação e funcionalidade, que significa se você possui alguém
com quem possa confidenciar questões importantes e também se pode
contar com alguém que possa cuidar de você em situações de doença, por
exemplo (PAVARANI et al., 2012; DOMINGUES; ORDONEZ; SILVA, 2016).
Família
Amigos
Comunidade
Sistema
Social/Saúde
3. Considerações Finais
Glossário
56 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 04
1. São exemplos de redes de suporte formal e informal,
respectivamente:
a) Vizinhança e ILPI.
b) Hospital psiquiátrico e Centro-dia.
c) Filhas e netas.
d) ILPI e Hospital-dia.
e) Centro-dia e vizinhança.
2. Qual será o maior desafio das redes de suporte social para
um futuro próximo, por exemplo, 50 anos?
a) Manter a qualidade de vida.
b) Não haverá desafios.
c) Falta e/ou diminuição das redes de suporte social infor-
mal, pela formação nuclear familiar estar diminuindo
cada vez mais.
d) O aumento da rede de suporte social, não sendo possí-
vel definir papéis para atuação.
e) Não haverá pessoas com 60+ anos no mundo.
3. Qual a principal diferença do genograma para o ecomapa?
a) Genograma são perguntas e o ecomapa é por diagrama.
b) Relações familiares por gerações; relações familiares
dos que habitam a mesma residência.
c) Genograma não é importante e o ecomapa traça a fun-
cionalidade da família.
d) Ambos possuem a mesma função.
e) A diferença está apenas no uso dos símbolos.
Gabarito – Tema 04
Questão 2 – Resposta: C
58 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Questão 3 – Resposta: B
Objetivos
62 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
PARA SABER MAIS
Por envolver autopercepção, é necessário que se compreen-
da o ambiente em que a pessoa está inserida e suas limita-
ções, bem como o que a mesma (re)conhece como sendo
qualidade de vida antes de propor alterações em sua roti-
na ou vida, porque sua percepção é diferente da pessoa que
está atendendo.
DIMENSÃO DESCRIÇÃO
DOMÍNIOS FACETAS
1. dor e desconforto
Físico 2. energia e fadiga
3. sono e repouso
4. sentimentos positivos
5. pensar, aprender, memória e concentração
Psicológico 6. autoestima
7. imagem corporal e aparência
8. sentimentos negativos
64 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
9. mobilidade
10. atividades da vida cotidiana
Nível de independência
11. dependência de medicação ou de tratamentos
12. capacidade de trabalho
13. relações pessoais
Relações sociais 14. suporte (apoio) social
15. atividade sexual
16. segurança física e proteção
17. ambiente no lar
18. recursos financeiros
19. cuidados de saúde e sociais: disponibilidade
e qualidade
Meio ambiente
20. oportunidades de adquirir novas informações
e habilidades
21. participação em e oportunidades de recreação/lazer
22. ambiente físico: (poluição/ruído/trânsito/clima)
23. transporte
Espiritualidade/
religiosidade/ 24. espiritualidade/religiosidade/crenças pessoais
crenças
Fonte: adaptado de Fleck, 2000
EXEMPLIFICANDO
As respostas são dadas em uma escala de cinco pontos, por
exemplo, uma das perguntas do WHOQOL-bref é: “Em que
medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer
o que você precisa?” Sendo as respostas possíveis: “Nada”;
“Muito pouco”; “Mais ou menos”; “Bastante”; “Extremamente”.
DOMÍNIOS FACETAS
1. dor e desconforto
2. energia e fadiga
3. sono e repouso
Físico
10. atividades da vida cotidiana
11. dependência de medicação ou de tratamentos
12. capacidade de trabalho
4. sentimentos positivos
5. pensar, aprender, memória e concentração
6. autoestima
Psicológico
7. imagem corporal e aparência
8. sentimentos negativos
24. espiritualidade/religiosidade/crenças pessoais
13. relações pessoais
Relações sociais 14. suporte (apoio) social
15. atividade sexual
16. segurança física e proteção
17. ambiente no lar
18. recursos financeiros
19. cuidados de saúde e sociais: disponibilidade e qualidade
Meio ambiente 20. oportunidades de adquirir novas informações
e habilidades
21. participação em e oportunidades de recreação/lazer
22. ambiente físico: (poluição/ruído/trânsito/clima)
23. transporte
Fonte: adaptado de Fleck, 2000
LINK
Texto que apresenta quais pesquisas existem na enfermagem
a respeito da qualidade de vida, baseado no instrumento
WHOQOL. ANGELIM, R. C. M. et al. Avaliação da qualidade de
vida por meio do WHOQOL: análise bibliométrica por meio da
produção de enfermagem. Revista Baiana de Enfermagem.
Salvador, v. 29, n. 4, p. 400-410, 2015. Disponível em:
<https://portalseer.ufba.br/index.php/enfermagem/article/
viewFile/11857/pdf_21>. Acesso em: 2 abr. 2018.
66 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
A partir dos dois questionários acima colocados, foi criado o WHOQOL-old,
sendo composto por 24 itens distribuídos em seis facetas: Funcionamento
do Sensório (FS), Autonomia (AUT), Atividades Passadas, Presentes e
Futuras (PPF), Participação Social (PSO), Morte e Morrer (MEM) e Intimidade
(INT) (Quadro 4).
Quadro 4 – WHOQOL-old: facetas e conceitos
FACETAS CONCEITO/CONTEÚDO
Funcionamento sensorial, impacto da perda de habili-
Habilidades sensoriais (FS)
dades sensoriais
Independência na velhice, capacidade ou liberdade de
Autonomia (AUT)
viver de forma autônoma e tomar decisões
Atividades passadas, pre- Satisfação sobre conquistas na vida e coisas que se an-
sentes e futuras (PPF) seiam
Participação nas atividades cotidianas, especialmente
Participação social (PSO)
na comunidade
Preocupações, inquietações e temores relacionados à
Morte e morrer (MEM)
faceta
Intimidade (INT) Capacidade de ter relacionamentos pessoais e íntimos
Fonte: adaptado de Manual WHOQOL-old, s/d
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 05
1. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é considerado
qualidade de vida:
a) A percepção do outro sobre seus valores e sua relação
com seus objetivos, expectativas e preocupações.
68 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
b) A percepção individual, mas com a opinião do outro so-
bre seus valores e sua relação com seus objetivos, ex-
pectativas e preocupações.
c) A percepção individual sobre seus valores e sua relação
com seus objetivos, expectativas e preocupações.
d) Não ter doenças e também não ter valores e relação
com seus objetivos, expectativas e preocupações.
e) Ter autonomia e independência, levando em conside-
ração os seus valores e sua relação com seus objetivos,
expectativas e preocupações.
2. Quais são as dimensões de QV na velhice abordada por
Lawton?
a) Condições sociais; competência comportamental; qua-
lidade de vida; bemestar social.
b) Condições ambientais; competência ambiental; quali-
dade de vida; bem-estar comportamental.
c) Condições sociais; competência ambiental; qualidade
de vida; bem-estar comportamental.
d) Condições ambientais; competência comportamental;
qualidade de vida percebida; bem-estar subjetivo.
e) Condições comportamentais; competência ambiental;
qualidade de vida; bem-estar percebido.
3. Quais são os domínios do WHOQOL-bref?
a) Físico; psicológico; relações sociais; meio ambiente.
b) Espiritualidade; psicológico; relações sociais; meio
ambiente.
c) Físico; nível de independência; relações sociais; meio
ambiente.
d) Físico; psicológico; relações sociais; espiritualidade.
e) Espiritualidade; psicológico; relações sociais; nível de
independência.
Gabarito – Tema 05
Questão 2 – Resposta: D
70 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Questão 3 – Resposta: A
Objetivos
Sendo assim, optaram por duas definições, sendo uma delas mais am-
pla, relacionada à uma condição geral do indivíduo, e uma outra como
uma síndrome clínica direcionada à fragilidade física. A definição, portan-
to, ficou sendo definida como “um estado clínico em que há um aumento
74 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
da VULNERABILIDADE do indivíduo à maior dependência e/ou mortalidade
quando exposto a um estressor. Pode ocorrer como resultado da presença de
multimorbidades diversas”.
Além de uma condição física, também foi discutida como uma condição
psicológica ou uma associação de ambas. Há, então, a presença de duas
abordagens para definição de fragilidade física: o modelo de acumulação
de déficits que gera o índice de fragilidade e o fenótipo de fragilidade, que
é a presença de um ou mais de cinco componentes, devido a um siste-
ma de diferentes variáveis de desregulação, sendo seus componentes a
perda de peso, fadiga, fraqueza, lentidão e redução da atividade física. As
duas definições são consideradas hoje para determinar a pré-fragilidade,
que é a condição entre frágil e não frágil, tendo a força física como fator
determinante.
76 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
ASSIMILE
A incapacidade funcional em sua maioria não permite rever-
são e indica o limite final da fragilidade de uma pessoa, de-
mandando maiores cuidados, principalmente dos familiares,
e um serviço de atenção em saúde mais específico, também
é onde há maior institucionalização da pessoa com 60+ anos,
levando a quadros precoces de incontinência urinária, úlce-
ras de pressão e, consequentemente, a morte.
O grupo de Fried et al. (2001 apud DUARTE; LEBRÃO, 2016) tem uma abor-
dagem mais utilizada para determinarmos no Brasil as pessoas idosas
que estão no índice de fragilidade
FISIOPATOLÓGICO ÚNICO
Resultante de modificações dos mecanismos biológicos que levam
a alterações de diferentes sistemas que são inter-relacionados e,
eventualmente, ao rompimento do equilíbrio homeostático. Com
isso, compensam quando há agentes estressores pela sua reserva
de resiliência. No conjunto final, há impacto na capacidade de res-
posta do organismo para manter esse equilíbrio homeostático.
Há também a presença de alterações de fenótipo em cinco mani-
festações clínicas, sendo o desenvolvimento de uma ou duas ma-
nifestações considerados pré-frágil e três ou mais já presentes em
pessoas idosas fragilizadas:
• perda de peso não intencional;
• fadiga;
• diminuição da força muscular por fraqueza;
• baixo nível de atividade física;
• diminuição da velocidade da marcha e do equilíbrio.
Fonte: adaptado de Duarte e Lebrão, 2016
78 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Figura 2 – Modelo conceitual proposto por Fried et al. (2001)
Síndrome clínica
de fragilidade
Fenótipo
Sintomas
Alterações Peso Desfechos
sobrepostas Fraqueza adversos da
Fadiga fragilidade
Anorexia
Diminuição da ingestão
Doenças calórica Quedas
(fisiopatológica) Inatividade
Lesões
Doenças agudas
Sinais Hospitalização
Sarcopenia Incapacidade
Osteopenia Dependência
Alterações no equilíbrio e na
marcha Institucionalização
Declínio na função
Desnutrição Morte
e na reserva
↓Velocidade de caminhada
fisiológica
Risco
↓Resiliência (habilidade em
responder aos estressores)
LINK
O texto aborda a relação entre o envelhecimento, a presen-
ça de doenças e a fragilidade no Brasil. LOURENÇO, R. A. A
síndrome de fragilidade no idoso: marcadores clínicos e bio-
lógicos. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Ano
7, jan./jun. 2008. Disponível em: <http://www.e-publicaco-
es.uerj.br/index.php/revistahupe/article/view/9277/7183>.
Acesso em: 13 abr. 2018.
1
Link para a versão longa: <http://www.webipaq.com.br/index_quest.php>.
Link para a versão curta: <https://www.google.com.br/search?q=Ipaq_versao_curta_questionario.pdf&oq=Ipaq_versao_
curta_questionario.pdf&aqs=chrome..69i57j69i60.4008j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8> (terá que abrir pelo buscador do
Google, pois o arquivo faz download direto)
80 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
O Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional–20 possui dois instru-
mentos para ser aplicado, um primeiro para a versão profissional de
saúde e um para a versão do idoso/família. Cada um possui 20 questões
que fazem o rastreio da sua condição de vulnerabilidade, apontando
para a presença de fragilidade ou pré-fragilidade. O primeiro instrumen-
to pode somar até 40 pontos, e o segundo, até 62 pontos. Quanto maior
a pontuação, maior o risco e, portanto, a condição de fragilidade da pes-
soa em questão.
LINK
http://www.ivcf-20.com.br/arquivos/iarquivos/Questionario_
idoso_familia.pdf - Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional
para o idoso e a família
http://www.ivcf-20.com.br/arquivos/iarquivos/Questionario_
profissional_saude.pdf – Índice de Vulnerabilidade Clínico-
Funcional para os profissionais da saúde
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 06
1. O termo que representa a vulnerabilidade na saúde cole-
tiva é:
a) Violência.
b) Dependência.
c) Risco.
d) Solidariedade.
e) Suscetibilidade.
82 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
2. Segundo Moraes et al., a fragilidade é dividida em três par-
tes, que são:
a) Média dependência, alta dependência e morte.
b) Baixa complexidade, atividades de vida diária e fase fi-
nal de vida.
c) Baixa complexidade, média dependência e fase final de
vida.
d) Alta complexidade, alta dependência e morte.
e) Baixa complexidade, alta complexidade e fase final de
vida.
3. São sintomas de fragilidade descritos por Fried et al. (2001):
a) Perda de peso não intencional, fadiga, baixo nível de
atividade física.
b) Perda de peso não intencional, declínio cognitivo e bai-
xo nível de atividade física.
c) Ganho de peso, declínio cognitivo, fase final da vida.
d) Perda de peso não intencional, fadiga, fase final da vida.
e) Ganho de peso, fadiga, baixo nível e atividade física.
Referências Bibliográficas
Gabarito – Tema 06
Questão 2 – Resposta: E
Questão 3 – Resposta: A
84 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
TEMA 07
TIPOS DE INSTRUMENTOS
DE AVALIAÇÃO UTILIZADOS
EM INSTITUIÇÕES DE LONGA
PERMANÊNCIA
Objetivos
86 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Há diferentes denominações para as ILPIs, como clínicas geriátricas, casas
de repouso, residências abrigadas ou protegidas e residenciais para a ter-
ceira idade (PERRACINI, 2016).
A regulamentação das ILPIs no Brasil é feita pela Anvisa por meio da RDC
nº 283/20051, que aprovam e avaliam a implementação das instituições,
públicas ou particulares, em todo território nacional. Tal regulamentação
prediz como deve ser o espaço, qual quadro mínimo de funcionários para
o número de pessoas residentes, bem como a formação do profissional
responsável pela instituição.
1
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_283_2005_COMP.pdf/a38f2055-c23a-4eca-94ed-
76fa43acb1df
Talvez essas propostas sejam nosso futuro, dos nossos filhos e netos,
uma vez que a taxa de fecundidade tem sido cada vez menor, não só no
mundo, como aqui no Brasil também, e isso leva a termos menos pessoas
para cuidar das futuras gerações.
Nesse sentido, quais são os instrumentos que temos hoje para avaliação
do cuidado das ILPI com as pessoas idosas e as tecnologias presentes no
cotidiano?
88 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
operacionais; d) recursos humanos; e) processamento da roupa; f) ali-
mentação; g) saúde; h) monitoramento e avaliação do funcionamento; i)
Infraestrutura física. A Anvisa é a responsável por regulamentar e fiscali-
zar as instituições, sejam essas públicas ou privadas.
2
Tipo de escala psicométrica, utilizada em muitas escalas para pesquisa de opinião.
3
https://www.cms.gov/Medicare/Quality-Initiatives-Patient-Assessment-Instruments/NursingHomeQualityInits/
downloads/MDS20MDSAllForms.pdf
LINK
Avaliação das ILPIs de Olinda (PE) por meio do Instrumento
da Anvisa. ANGELA, B. H. B.; SILVA, D. I. B.; LIMA, M. A. S.
Avaliação das Instituições de Longa Permanência para idosos
do Município de Olinda-PE. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v.
14, n. 4, p. 663-673, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.
br/pdf/rbgg/v14n4/a06v14n4>. Acesso em: 2. mai. 2018.
1.2. Tecnologias
90 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
de cada idoso por meio de um sistema computadorizado, isso facilita na
composição de relatórios e estratégias para desenvolvimento de ativida-
des que venham a contribuir para uma melhora da qualidade de vida dos
residentes dos locais.
EXEMPLIFICANDO
É comum com o processo de envelhecimento termos a vi-
são diminuída, com isso os aparelhos celulares trazem recur-
sos como aumentar a fonte (fazendo com que a letra fique
maior). A questão da acessibilidade também é algo comu-
mente apresentado nos aparelhos smartphone.
92 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
1.2.2. Aplicativos de dispositivos móveis para uso das pessoas idosas
Na era das TICs, há muitos aplicativos para celulares que irão auxiliar a
pessoa com 60+ anos no desenvolvimento de habilidades, sejam essas
cognitivas com treinos, sejam para atividades como aprender a utilizar o
celular, ou marcar consultas médicas, ou até mesmo acompanhamento
de uso de medicamentos.
ASSIMILE
As tecnologias têm auxiliado o nosso cotidiano de forma di-
reta e indireta, com nossa autonomia e independência pre-
servados, podemos decidir quais serão as tecnologias que
nos ajudarão em nosso cotidiano.
2. Considerações Finais
• As ILPIs são moradias coletivas para pessoas com 60+ anos com
comprometimento da autonomia ou independência ou não, sendo
um equipamento social.
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 07
1. Qual órgão brasileiro regulamenta as ILPIs?
a) SUS.
b) ABNT.
c) Ministério da Saúde.
d) Anvisa.
e) SUAS.
94 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
2. Qual das alternativas abaixo não é uma tecnologia assistiva?
a) Comunicação aumentativa e alternativa.
b) Auxílios de mobilidade.
c) Sistema de controle de ambiente.
d) Sistema de controle de postura.
e) Auxílios para vida diária e vida prática.
3. O instrumento da Anvisa que avalia as ILPI possui nove ca-
tegorias, qual não é uma delas?
a) Roupa de cama.
b) Dados de identificação.
c) Alimentação.
d) Infraestrutura física.
e) Saúde.
Referências Bibliográficas
Gabarito – Tema 07
Questão 2 – Resposta: D
De acordo com o quadro, podemos ver que o item que não corres-
ponde a uma tecnologia assistiva é sistema de controle de postura.
TIPO EXEMPLOS
Auxílios para vida diária e vida prá- Talheres modificados, roupas dese-
tica nhadas para facilitar o vestir e despir,
abotoadores, velcro, barras de apoio e
transferência.
Comunicação aumentativa e alter- Pranchas de comunicação
nativa
4
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RDC_283_2005_COMP.pdf/a38f2055-c23a-4eca-94ed-
76fa43acb1df
96 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Recursos de acessibilidade ao com- Teclados modificados, softwares de
putador reconhecimento de voz, mouses espe-
ciais
Sistema de controle de ambiente Controle remoto para ligar e desligar
aparelhos, abertura e fechamento de
janelas
Projetos arquitetônicos para acessi- Adaptação da estrutura por meio de
bilidade rampas, elevadores, adequação de mo-
biliário e banheiro
Órteses e próteses
Adequação postural Adaptação para utilizadores de cadei-
ras de rodas
Auxílios de mobilidade Bengalas, muletas, andadores, carri-
nhos, cadeiras de rodas
Auxílios para ampliação da função Lentes, lupas manuais e eletrônicas
visual e recursos que traduzem
conteúdos visuais em áudio ou in-
formação tátil.
Auxílios para melhorar a função Aparelhos de surdez, sistema de legen-
auditiva e recursos utilizados para das, sistema de alerta táctil-visual
traduzir os conteúdos de áudio em
imagens, texto e língua de sinais
Mobilidade em veículos Adaptação do automóvel
Esporte e lazer Recursos para a prática de esporte e lazer
Questão 3 – Resposta: A
Objetivos
1. Avaliação Ambiental
EXEMPLIFICANDO
O impacto no equilíbrio e na marcha pelo envelhecimento
leva a maior risco de quedas em ambientes que não são ade-
quados à nova realidade da pessoa idosa, independente do
ambiente ser individual ou social.
100 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
Quadro 1 – Alterações sensoriais e consequências para o ambiente
ALTERAÇÕES COM O
CONSEQUÊNCIAS NO AMBIENTE
ENVELHECIMENTO
Diminuição da acui- Detalhes podem passar desapercebidos,
dade visual como degraus, objetos no chão, fios de tele-
Diminuição do cam- fone e outros
po visual periférico Dificuldades com letras pequenas
Lentidão na adapta- Em refeitórios, especial dificuldade em servir-
ção claro-escuro se. É comum esbarrar em quinas, pessoas e
Diminuição na aco- pés de móveis
modação Dificuldade com o entroncamento de corre-
Diminuição na no- dores
ção de profundidade Risco de queda durante a noite
Diminuição na dis- Dificuldade com excesso de luminosidade
Visão criminação de cores pela janela ou porta
Diminuição da capa- Dificuldade em andar em ambientes com
cidade de se adap- sombras
tar ao ofuscamento Instabilidade corporal ao entrar e sair de am-
bientes mais claros
Dificuldade em seguir pistas mal sinalizadas
Dificuldades com pisos desenhados, degraus
e escadas, assim como em ambientes com
excesso de padronagem
Desorientação em ambientes com cores mo-
nocromáticas (como ter a mesma cor do piso,
azulejo e bacia/pia do banheiro)
• acessibilidade e uso;
• facilidade de circulação, com conforto;
• conservação de energia;
• comunicação com aspectos sensoriais e relacionados à interação
social;
102 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
• segurança, para que se evitem acidentes e quedas;
• privacidade.
LINK
Explicação de um conceito usualmente aplicado que é o aging
in place, sendo a escolha da pessoa idosa de onde ela quer
envelhecer. WILES, J. L et al. The meaning of “aging in place”
to older people. The Gerontologist. v. 52, n. 3, p. 357-366,
2012. Disponível em: <https://www.aarp.org/content/dam/
aarp/livable-communities/old-learn/research/the-meaning-
-of-aging-in-place-to-older-people-2011-aarp.pdf>.
Acesso em: 25 abr. 2018.
1.1. ILPI
1.2. Residência
104 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
A ambiência na residência precisa ser adaptada às necessidades das pes-
soas idosas, o caso mais corriqueiro é a retirada de tapetes dos domicí-
lios, pois eles provocam muitas quedas nos residentes. É comum que a
pessoa idosa seja contra a retirada, mas é necessário conversar e explicar
o motivo pelo qual a retirada é necessária, principalmente para pessoas
que tem a acuidade reduzida ou o equilíbrio comprometido.
ASSIMILE
Uma casa muito escura, cheia de móveis e tapetes, é um lo-
cal com baixa ambiência e isso faz com que aumentem os
riscos dessa pessoa idosa de quedas no domicilio. É preciso
ter atenção para que o ambiente seja confortável para as al-
terações normais do processo de envelhecimento.
Os robôs como assistentes pessoais também têm sido utilizados para aju-
da no domicilio, desenvolvendo tarefas domésticas e fazendo companhia
para as pessoas idosas.
SITUAÇÃO-PROBLEMA
106 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
As pessoas idosas gostam de contar suas experiências de vida, mas
para contar determinados detalhes que possam vir a ser fundamen-
tais para o plano de atenção a ser desenvolvido, é necessário que
ganhemos a confiança do idoso, e para que isso aconteça, a escuta
atenta é sempre um bom caminho a seguir, assim como determina-
dos comportamentos e gestos. Você, profissional que trabalha com o
envelhecimento e a pessoa idosa, consegue perceber antes mesmo
que a pessoa possa lhe contar, e assim investigar melhor determina-
do aspecto.
108 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
2. Considerações finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 08
1. Segundo o conceito de ambiente, qual das alternativas a
seguir não é um atributo?
a) Afetivo.
b) Social.
c) Psicológico.
d) Físico.
e) Espiritual.
Referências Bibliográficas
110 Principais instrumentos e recursos tecnológicos para avaliação do idoso e da qualidade de vida
NETO, J. B. F.; MOREIRA, A. C. M. Cuidados em domicílio: conceitos e práticas. In:
FREITAS, E. V. de; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
PERRACINI, M. Planejamento e adaptação do ambiente para pessoas idosas. In:
FREITAS, E. V. de; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
Gabarito – Tema 08
Questão 1 – Resposta: C
Questão 2 – Resposta: A
Questão 3 – Resposta: E