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Vanessa Carlos
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Camila Braga de Oliveira Higa
Revisor
Luiza Elena Casaburi
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Hâmila Samai Franco dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-86461-22-0
1. Saúde mental. 2. Infância I. Picirilli, Cláudia Capelini. II. Carlos, Vanessa. Título.
CDD 616.89
____________________________________________________________________________________________
Jorge Eduardo de Almeida CRB: 8/8753
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
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3
SAÚDE MENTAL NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NA
ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
SUMÁRIO
Cuidado em saúde mental: acolhimento às crianças e adolescentes _____
_______________________________________________________________________05
4
Cuidado em saúde mental:
acolhimento às crianças e
adolescentes
Autoria: Cláudia Capelini Picirilli
Leitura crítica: Luiza Elena Casaburi
Objetivos
• Compreender quais aspectos são fundamentais
para o acolhimento e assistência de qualidade a
indivíduos acometidos por transtornos mentais na
infância e adolescência.
5
1. Cuidado em saúde mental: acolhimento às
crianças e adolescentes.
6
dos meninos, desabroche o período da puberdade (DE PAULA; PUÑALES,
2016).
7
acrescentam, ainda, que esta ação não impacte somente o indivíduo que
a vivencia, mas também nas gerações seguintes.
8
adultos responsáveis por cuidar de crianças tão pequenas e, ao orientar
para este cuidado, é possível que estejamos atuando no sentido da
prevenção de futuros adoecimentos psíquicos. Infelizmente, mensurar
esta prevenção é muito difícil, por isso, ainda há tantas resistências de
órgãos públicos e privados em investimentos dessa ordem.
9
longo do desenvolvimento infanto-juvenil, é fundamental haver uma
base sólida para abrigar as experiências externas, as heranças genéticas,
os afetos e os pensamentos, correto? Desse modo, é no primeiro ano
de vida que, para muitos autores, se constrói a base que amparará as
experiências que darão o tom da personalidade individual.
10
• O termo mãe não se refere exatamente à mãe biológica, mas a
qualquer pessoa que exerça a função materna na vida do bebê.
11
Portanto, é muito importante que a figura materna se adapte às
necessidades do bebê e, para isso, é fundamental que o ambiente
também acolha essa pessoa. Para ser suficientemente bom é preciso
haver pessoas que ofereçam suporte e ajuda a quem está maternando,
por isso, todos os adultos são direta ou indiretamente responsáveis pelo
cuidado das crianças.
A chegada à primeira infância, por volta de dois anos, traz também (ao
menos espera-se) o surgimento da linguagem. Algumas crianças podem
demorar um pouco mais para começar a se expressar por meio da
linguagem falada, especialmente se o ambiente no qual está inserida
não a incentiva a nomear os objetos que deseja, ou que se antecipa
quando a criança aponta um copo de água, por exemplo. É fundamental
que a criança seja incentivada a dizer o que deseja, expressando suas
vontades e ampliando seu repertório linguístico.
12
O surgimento da linguagem é tão importante porque a criança
consegue, além de relatar o que fez no passado, construir narrativas
sobre seus interesses futuros, segundo Piaget (2002).
13
1.1.3 A infância: dos sete aos doze anos
14
padrões de normalidade e, principalmente, de moralidade. Essa mesma
orientação é válida para a fase seguinte a ser estudada.
1.1.4 A adolescência
15
desamparados, tem produzido sofrimentos contemporâneos que ainda
demandam muitos estudos. Abordar o tema da saúde mental infanto-
juvenil é também estar conectado a este novo cenário de relações que
se desfazem em um só clique.
16
1.2 Manejo no atendimento à criança e adolescente em
sofrimento
17
os elementos que compõem o mundo interno dos jovens, ao menos na
maioria das vezes.
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18
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scielo.org/id/krj5p/pdf/valle-9788598605999.pdf. Acesso em: 18 maio 2020.
19
Organização das políticas públicas
para crianças e adolescentes:
assistência, educação, legislação e
desafios
Autoria: Cláudia Capelini Picirilli
Leitura crítica: Luiza Elena Casaburi
Objetivos
• Reconhecer as diretrizes e princípios das políticas
públicas no campo da infância e juventude.
20
1. Organização das políticas públicas para
crianças e adolescentes: assistência, educação,
legislação e desafios
21
Então, de quais avanços e desafios propriamente trataremos aqui?
1. Constituição Federal
22
transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade
e à infância e assistência aos que vivem em situação de risco e
vulnerabilidade social (BRASIL, 1988, art. 6).
23
situações em que o ECA poderá ser aplicado às pessoas com até vinte e
um anos.
24
brasileira que nunca pode contar com acesso à saúde de forma
universal. Antes de sua criação, por meio da promulgação da Lei
Orgânica n. 8080 de 1990, somente os trabalhadores formais, ou seja,
com registro em carteira de trabalho, poderiam acessar os serviços
públicos de saúde, por meio do Instituto Nacional de Assistência Médica
da Previdência Social (INAMPS).
25
Identificar doenças
BRASIL. Ministério da Saúde.
em crianças
Programa Nacional de Triagem
Programa recém-nascidas,
Neonatal. Disponível em:
Nacional de buscando reduzir a
http://saude.gov.br/acoes-e-
Triagem Pré- morbimortalidade e
programas/programa-nacional-
Natal (PNTN). produzir qualidade de
da-triagem-neonatal. Acesso em:
vida às pessoas com
20 maio 2020.
doenças identificadas.
Atuar na formação
BRASIL. Ministério da Saúde.
integral do estudante,
Programa Saúde na Escola.
Programa buscando construir
Disponível em : http://saude.
Saúde na ações de promoção
gov.br/acoes-e-programas/
Escola (PSE). de saúde e prevenção
programa-saude-na-escola .
de doenças na rede
Acesso em: 20 maio 2020.
pública de ensino.
Garantir atendimento
BRASIL. Ministério da Saúde.
humanizado para
Rede Cegonha. Disponível em:
mulheres durante a
Rede Cegonha. http://saude.gov.br/acoes-
gestação até os dois
e-programas/rede-cegonha.
primeiros anos de
Acesso em: 20 maio 2020.
vida do bebê.
Modelos de serviço
que substituem BRASIL. Ministério da Saúde.
Rede de o atendimento Rede de Atenção Psicossocial
Atenção manicomial Disponível em: http://saude.gov.
Psicossocial aos sujeitos em br/acoes-e-programas/rede-
(RAPS). sofrimento psíquico, de-atencao-psicossocial-raps.
incluindo crianças e Acesso em:20 maio 2020.
adolescentes,
26
Promover a saúde da
mulher e da criança
a partir do Banco BRASIL. Ministério da Saúde.
Rede de
de Leite Humano, Rede de Bancos de Leite
Bancos de
considerando que o Humano. Disponível em:
Leite Humano.
leite materno é um http://saude.gov.br/acoes-e-
alimento integral e programas. Acesso em: 20 maio
fundamental para 2020.
o desenvolvimento
infantil.
27
Como visto, são muitas ações desenhadas para garantir o direito
infanto-juvenil de cuidado, promoção e proteção à saúde física e
mental. Contudo, mais uma vez, a questão não está na construção de
textos legais e quanto a este ponto, avançamos incomensuravelmente
nas últimas décadas. A questão atual é como executar programas tão
amplos com interesses políticos tão diminutos?
28
Benefício de Um salário mínimo à pessoa Renda familiar não
Prestação com deficiência ou idoso, que pode ultrapassar
Continuada não possuem meios de prover ¼ do salário
(BPC). suas necessidades (nem suas mínimo por
famílias). pessoa.
Benefício Básico: que é Famílias com
concedido às famílias em renda mensal
situação de extrema pobreza de até R$ 89
(com renda mensal de até R$ por pessoa
89,00 por pessoa). O auxílio é de (extremamente
R$ 89,00 mensais. pobres); famílias
com renda entre
Benefício Variável: concedido R$ 89,01 e R$
às famílias em situação de 178,00 por pessoa
pobreza ou extrema pobreza (família pobre).
Bolsa Família.
que tenham em sua composição
gestantes, nutrizes (mães Para inserção
que amamentam), crianças e é preciso ter
adolescentes de zero a 15 anos. na composição
familiar criança,
Benefício Variável Jovem: adolescente ou
concedido às famílias em gestante.
situação de extrema pobreza,
que possuem adolescentes
entre 16 e 17 anos.
Fonte: elaborado pela autora.
29
a. Proteção Social Básica
30
famílias e indivíduos com direitos violados, mas que ainda mantém
vínculos familiares e comunitários. São eles:
• Plantão social.
• Abordagem de rua.
• Cuidado domiciliar.
31
5. Política pública de educação
Esse plano, por ser decenal, deverá atingir seu objetivo até 2024.
Dentre suas metas estão: a universalização do ensino fundamental
para todas as crianças entre seis e 14 anos; universalizar acesso à
educação básica e ao atendimento especializado a todas as crianças
e adolescentes, entre quatro e 17 anos, com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, dando
32
preferência à rede regular de ensino; alfabetizar todas as crianças até o
terceiro ano do ensino fundamental; entre outras (BRASIL, 2014).
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Emenda Constitucional n. 90 de 15 de setembro de 2015. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc90.htm. Acesso em:
20 maio 2020.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
Lei n. 13.257 de 08 de março de 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
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Lei n. 13.798 de 3 de janeiro de 2019. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13798.htm#art1. Acesso em: 20 maio 2020.
34
Prevenção e promoção da
saúde mental em crianças e
adolescentes
Autoria: Cláudia Capelini Picirilli
Leitura crítica: Luiza Elena Casaburi
Objetivos
• Compreender o conceito de prevenção em saúde
mental.
35
1. Prevenção e promoção da saúde mental em
crianças e adolescentes.
36
venda de medicamentos psicotrópicos, e a população infanto-juvenil é
alvo certeiro. Contudo, negar a existência de sofrimento psíquico não é o
caminho para o cuidado.
Bauman (2007) tece uma leitura muito ampliada sobre o impacto dessas
relações líquidas no cotidiano humano, incluindo os aspectos das
individualidades e da coletividade. Esse mundo líquido está intimamente
37
relacionado à globalização e, obviamente, à produção capitalista de bens
e consumo.
38
Figura 1 – Líquido escorrendo pelas mãos
39
alguns sinais e sintomas que pudessem indicar uma futura abertura de
quadro psicopatológico. A proposta foi rejeitada e não incluída como
critério, especialmente “pela falta de dados sobre a confiabilidade
diagnóstica da categoria” (YUNG et al. 2012 apud GONÇALVES; DANTAS;
BANZATO, 2015, p. 146) e também porque alguns estudiosos, de acordo
com Gonçalves (2016), demonstraram preocupação em relação ao
estigma e à prescrição inadequada de antipsicóticos.
40
Não podemos negar o impacto do genoma no surgimento das doenças
(físicas ou psíquicas), mas também não podemos negar que o ambiente
em que vivemos poderá produzir intenso sofrimento, independente
de nossa herança genética (ou, contrariamente, poderá prevenir seu
aparecimento), como nos apontam Freitas-Silva e Ortega (2016).
Esse dado nos leva a refletir sobre a relação entre adoecimento psíquico
e a forma como vivemos. Viapiana, Gomes e Albuquerque (2018)
buscaram compreender essa relação dando ênfase às organizações
de trabalho e concluíram que os desgastes derivados do capitalismo
contemporâneo contribuem para o surgimento dos transtornos mentais.
41
longo de nosso desenvolvimento, somos atravessados por inúmeras
influências: questões de ordem biológica, social, psicológica e genética.
Entretanto, alguns fatores são considerados de risco para o surgimento
das psicopatologias infanto-juvenis.
42
cognitivos quando comparados às crianças cujos genitores não fazem
uso abusivo de álcool ou outras drogas. Isso porque, para os primeiros,
constatou-se que a habilidade para se expressar torna-se prejudicada,
dificultando seu processo de aprendizado e potencializando seu
sofrimento. A questão do uso de drogas está vinculada ao aumento
da violência intrafamiliar, mas também à diminuição do estímulo
positivo à criança ou adolescente. Portanto, crianças imersas nesses
cenários apresentariam probabilidade maior de desenvolver quadros de
sofrimento intenso.
43
incluindo a família extensa (avós, tios etc) ou comunitário, que envolve
tanto vizinhos e figuras de cuidado extrafamiliar, como instituições
(escola, instituição religiosa, serviços de saúde, serviços de convivência
familiar e comunitária, atividades esportivas, entre outros). Quanto
maior for a rede protetiva da criança e do adolescente, menores serão
os impactos dos fatores de riscos existentes.
44
cadastrados no país. Utilizando os descritores CAPSij, CAPSi, CAPS
infanto juvenil, Centro de Atenção Psicossocial Infantil e Centro
de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil, identificamos apenas 203
estabelecimentos de administração pública cadastrados em todo país
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). Contudo, quando utilizamos somente
o descritor CAPS, aparecem 3062 estabelecimentos sinalizando a
problemática apontada por Couto e Delgado (2015).
45
Na prática cotidiana dos serviços de saúde, deve-se priorizar a tecnologia
leve como instrumento para atingir a integralidade e a humanização
do cuidado. Essa prática pode ser fundamentada no acolhimento, no
diálogo, no vínculo, na corresponsabilidade e na escuta ativa entre
profissional e usuário dos serviços de saúde. Isto porque a integralidade
está presente no encontro, na conversa, na atitude do profissional que
busca prudentemente reconhecer, para além das demandas explícitas, as
necessidades dos cidadãos no concernente à sua saúde. A integralidade
está presente também na preocupação desse profissional com o uso
das técnicas de prevenção, tentando não expandir o consumo de bens e
serviços de saúde, nem dirigir a regulação dos corpos (GOMES; PINHEIRO,
2009 apud JORGE et al., 2011, p. 3052).
46
que ali serão depositados seus sentimentos, seus afetos e medos
(explicar a ela a diferença entre eles).
47
sorteie um tema. Em seguida, sugere-se que desenhem ou trabalhem
com colagem, de forma individual ou em grupo, o que vier à cabeça, a
partir do que foi sorteado. Ao final, o profissional poderá perguntar: o
que motivou a fazer tal desenho ou colagem?. O que você sente quando
olha para ele? Como é para você entrar em contato com este tema?Essas
são apenas algumas sugestões de perguntas que podem disparar o
diálogo.
48
No âmbito escolar, é fundamental que professores, coordenadores,
diretores e demais trabalhadores, estejam preparados para ouvir as
demandas internas dos estudantes, possibilitando entrar em contato
com seus afetos, sem negá-los, mas trazendo-os à consciência de forma
construtiva.
49
No âmbito familiar, sugere-se estimular a escuta, buscando
compreender o momento de vida de crianças e adolescentes ao
mesmo tempo em que apresenta-se dados de realidade e limites,
que são importantes para que compreendam o funcionamento dos
sistemas sociais, contudo, estimulando a expressão de seus afetos, o
compartilhamento das dúvidas, procurando construir a abertura de
diálogos saudáveis.
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53
Principais transtornos na infância
e adolescência.
Autoria: Cláudia Capelini Picirilli
Leitura crítica: Luiza Elena Casaburi
Objetivos
• Conhecer as principais psicopatologias na infância e
adolescência, visando a aplicação na prática clínica.
54
1. Compreendendo o que envolve a elaboração
do diagnóstico psicopatológico
55
apontando que este último pode provocar alterações significativas no
genoma humano, segundo Toledo (2013).
Segundo o DSM-5:
56
Para identificar os aspectos culturais, sociais, as histórias de vida e
familiares, além dos sinais e sintomas, o profissional da saúde mental
poderá utilizar alguns instrumentos, como os descritos a seguir:
57
com o meio em que vivem, apontando as ausência de suporte
comunitário e os recursos disponíveis (BRASIL, 2006).
58
2. Os principais transtornos mentais infanto-
juvenis
59
Os transtornos da comunicação incluem: transtorno da linguagem,
da fala, da comunicação social (pragmática) e da fluência com início na
infância (gagueira). Ainda de acordo com o DSM-5 (APA, 2014), os três
primeiros estão relacionados à prejuízos no desenvolvimento e no uso
da linguagem, da fala e da comunicação respectivamente.
60
Os transtornos motores do desenvolvimento incluem, segundo o
DSM-5:
61
É necessário que os prejuízos estejam presentes em mais de um
ambiente frequentado pela criança e que sejam significativos. Segundo
Boarati; Pantano e Scivoletto (2016) quando não diagnosticado
corretamente o quadro pode evoluir para outras complicações
psiquiátricas, como questões relacionadas ao comportamento disruptivo
(transtorno de conduta, por exemplo) e à relação abusiva com álcool e
outras drogas.
62
bipolar), transtornos de ansiedade, transtornos alimentares, entre
outros. Os transtornos relacionados a quadros psicóticos, geralmente,
incidem na adolescência e início da vida adulta, como é o caso da
esquizofrenia.
63
As causas para o suicídio na adolescência são inúmeras: traços de
impulsividade e agressividade, identificação com pessoas próximas
ou artistas admirados que cometeram suicídio, relações familiares
conflituosas, violência doméstica, abuso físico e sexual, questões
relacionadas à manifestação da sexualidade, problemas interpessoais
(dificuldades para fazer amizades, por exemplo), bullying, característica
perfeccionista e autocrítica exacerbada, além dos fatores associados aos
transtornos mentais, segundo Botega (2015).
64
• Mutismo seletivo: impossibilidade de se expressar verbalmente
em situação sociais.
65
É preciso estar atento porque, de acordo com o DSM-5, em quadros
depressivos graves, pode-se observar a presença de sintomas psicóticos,
devendo ser descartada esta hipótese antes de se atribuir o diagnóstico
de esquizofrenia (APA, 2014). A mesma orientação está incluída na
análise do transtorno esquizoafetivo e do transtorno bipolar, que
comumente se manifestam na vida adulta, mas, eventualmente, podem
surgir na adolescência, de acordo com os autores.
66
sinais e sintomas estão presentes em vários contextos, sendo necessária
a presença de ao menos cinco destes: 1) esforço expressivo para se
evitar o abandono; 2) relacionamentos interpessoais instáveis e intensos,
alternando entre idealização das pessoas e desvalorização destas; 3)
instabilidade persistente em relação a autoimagem ou a compreensão
de si mesmo; 4) comportamento impulsivo em pelos menos duas
áreas (gastos, sexo, abuso de substâncias, direção irresponsável,
compulsão alimentar); 5) comportamentos suicidias e/ou automutilantes
recorrentes; 6) instabilidade afetiva; 7) sentimento crônico de vazio; 8)
raiva intensa e inapropriada, ou dificuldade em controlá-la; 9) ideação
paranoide transitória associada ao estresse ou sintomas dissociativos
intensos (APA, 2014, p. 663).
3. Considerações Finais
67
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