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PSICOLOGIA

Psicologia Hospitalar

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
PSICOLOGIA
Psicologia Hospitalar
Ariete Bittencourt Pinto

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Psicologia Hospitalar.. ...................................................................................................................................................4
Unidade I – Psicologia Hospitalar..........................................................................................................................4
1. Compreendendo a Psicologia Hospitalar.......................................................................................................4
Unidade II – Multi, Inter e Transdisciplinaridade.........................................................................................13
2. Multidisciplinaridade..............................................................................................................................................13
Unidade III – Morte, Terminalidade e Luto.......................................................................................................19
3. Psicologia Hospitalar e Terminalidade: Possibilidades de Intervenção. ..................................19
Mapa Mental..................................................................................................................................................................... 28
Resumo................................................................................................................................................................................30
Exercícios............................................................................................................................................................................36
Gabarito...............................................................................................................................................................................45
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................46
Referências........................................................................................................................................................................ 59

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Psicologia Hospitalar
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Apresentação
Olá!
É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. na aula de hoje estudaremos
a UNIDADE I – que aborda o surgimento da psicologia hospitalar; dimensão ético-política da
área de psicologia hospitalar. A UNIDADE II – enfatiza a multi; inter e trandisciplinaridade. A
UNIDADE III – que tratará da morte, terminalidade e luto. A aula foi elaborada visando explanar
aspectos que permitem compreender de forma detalhada o conteúdo. em caso de dúvidas,
estarei à disposição.
Ótimo estudo!
Prof. Ariete

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PSICOLOGIA HOSPITALAR
Unidade I – Psicologia Hospitalar

1. Compreendendo a Psicologia Hospitalar


1.1. Psicologia Hospitalar

Os primeiros registros de inserção do psicólogo no contexto hospitalar tiveram início em


1818 quando, no Hospital McLean, em Massachussets, formou-se a primeira equipe multipro-
fissional que incluía o psicólogo. Foi fundado, em 1904, neste mesmo hospital, um laboratório
de Psicologia onde foram desenvolvidas as primeiras pesquisas sobre a Psicologia Hospitalar
(ISMAEL, 2005). Na década de 1930, no Brasil, influenciados pela ideia de que os fatores psi-
cológicos poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros serviços
de Higiene Mental com participação ativa de psicólogos, como propostas alternativas à inter-
nação psiquiátrica. O psicólogo inaugurou assim, junto à Psiquiatria, seu exercício profissional
nas instituições de saúde mental (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004). O primeiro registro
de atividade em hospital geral refere-se a uma pesquisa realizada em 1950 pelo médico Raul
Briquet e pela psicóloga Bety Gastenstay com o objetivo de introduzir o alojamento conjunto
na maternidade do Hospital da Clínicas. Tal pesquisa possibilitava poucas e pontuais interven-
ções (CRP/SP, 2004).

Em 1954 se iniciou de fato a inserção da(o) psicóloga(o) na instituição hospitalar.


Mathilde Neder, pioneira nessa área, trabalhou no Instituto de Ortopedia e
Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, na clínica
do grupo cirúrgico de coluna chefiada pelo Dr. Eurico de Toledo Freitas. Seu trabalho
consistia em preparar psicologicamente as crianças para intervenções cirúrgicas do
aparelho locomotor e em acompanha-las no processo de reabilitação.

Em 1957, Neder se transferiu para a Divisão de Reabilitação do

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Atuou no Hospital das Clínicas. Em 1959, ela participou do 1º Seminário de Reabilitação da


Faculdade de Medicina da USP no qual expôs temas visionários a respeito da atuação da(o)
psicóloga(o) em hospitais, suas importantes contribuições para o exercício da profissão, ques-
tões que ainda são discutidas atualmente (NEDER, 1991).
Outro nome de muita relevância na história de introdução das (os) psicólogas(os) no con-
texto hospitalar brasileiro é Thereza Pontual de Lemos Mettell (GORAYEB, 2010; AZEVÊDO &
CREPALDI, 2016).

Na década de 60 ela atuou no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo (HCFMPUSP), onde também lecionava e não poupava esforços para
organizar uma equipe interdisciplinar para a realização do trabalho clínico junto às crianças, o qual
se consolidou e resultou grande sucesso em tratamentos médicos de diversas especialidades, até
1974, quando foi convidada a trabalhar na Universidade de Brasília (UnB). Na UnB, Mettel trabalhou
com médicos, enfermeiros e paramédicos para o cuidado e assistência humanizada à criança hos-
pitalizada (ainda hoje, objeto de interesse da Organização Mundial de Saúde), tendo um papel im-
portante na introdução de uma política de tratamento hospitalar que incluía o acompanhamento e a
participação ativa das mães e outros agentes cuidadores, no cuidado à saúde de crianças. Realizou
uma pesquisa no Hospital de Sobradinho, na época Hospital Escola da UnB, e no Hospital Distrital de
Brasília (hoje, Hospital de Base do Distrito Federal), cujos resultados apontaram para uma significa-
tiva melhora das condições de saúde das crianças e redução do tempo de internação, quando suas
mães permaneciam ao lado de seus filhos. Tais resultados contribuíram para o incentivo à adoção
de políticas de humanização em hospitais da rede pública de saúde do Distrito Federal e demais
Unidades da Federação. (DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA HOSPITALAR E DO DESENVOLVIMENTO
UnB, 2007, p. 127)

As atividades desenvolvidas por Mettel são anteriores ao Estatuto da Criança e do Ado-


lescente (ECA), que foi publicado em 1990, e que a inserção da(o) psicóloga(o) em hospitais
também foi anterior à criação do SUS (1988). Em 1974, com a saída de Mettel, o Prof. Dr. Ri-
cardo Gorayeb foi convidado para assumir seu cargo no então Departamento Neuropsiquiatria
e Psicologia Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Pau-
lo (HC/FMRP/USP), onde deveria também dar continuidade ao processo de atenção aos pa-
cientes no Hospital das Clínicas. Na época não haviam psicólogas (os) contratadas (os) com
função assistencial cabia aos docentes exercerem ambas as funções (GORAYEB, 2010). Hoje
em dia o HC da FMRP/USP é uma referência nacional no âmbito da pesquisa e intervenção
em psicologia hospitalar, pois possui diversos profissionais de psicologia contratados, vários
programas de aprimoramento, além de alunos de graduação em pós-graduação stricto sensu.
Na mesma data (1974), após anos de atividade em diferentes unidades do Instituto do Co-
ração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a psicóloga Bellkiss Wilma
Romano Lamosa foi convidada para organizar e implantar o Serviço de Psicologia Hospitalar
neste mesmo hospital. (ANGERAMI-CAMON; CHIATTONE; NICOLETTI, 1992). Como reflexo da

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inserção da(o) psicóloga(o) no hospital, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PU-
CSP) ofereceu, em 1976, o primeiro curso de Psicologia Hospitalar do Brasil, sob a responsabi-
lidade de Belkiss W. R. Lamosa.
Segundo Rocha Junior (2004), a psicóloga Regina D’Aquino criou, em 1979, em Brasília, um
trabalho junto a pacientes terminais, desenvolvendo um modelo de atuação psicoterápica fren-
te à morte e suas implicações. Sua atuação também abarcava os familiares e os profissionais.
Vale destacar que Wilma C. Torres iniciou, como coordenadora, o Programa de Estudos e
Pesquisas em Tanatologia da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. Angerami-Camon,
Chiatoni e Nicoletti (1992) destacam a criação do primeiro curso de Especialização em Psi-
cologia Hospitalar, em 1981, ofertado pelo Instituto Sede Sapientae, sob a responsabilidade
de Angerami-Camon. Acrescentam que, em 1982, Marli R. Meleti normatizou, após anos de
atividades, o Setor de Psicologia do Serviço de Oncologia Ginecológica da Real e Benemérita
Sociedade Portuguesa de Beneficência.
Heloisa B. C. Chiattone implantou o Setor de Psicologia do Serviço de Pediatria do Hospital
Brigadeiro em São Paulo e foi pioneira na inserção das mães como acompanhantes de seus
filhos durante sua internação, com o Projeto Mãe-Participante.
Em 1980, a psicóloga Denise Franco Duque foi contratada na Unidade de Pediatria do Hos-
pital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC), Florianópolis, SC, e
em 1983, as psicólogas Maria Aparecida Crepaldi e Maria Cristina Vignoli, docentes da UFSC,
organizaram o primeiro estágio curricular em psicologia aplicada à pediatria, no referido hos-
pital, juntamente com a então psicóloga Telma Pereira Lenzi (AZEVÊDO e CREPALDI, 2018). O
Serviço de Psicologia do HU/UFSC consolidou-se e hoje conta com 13 psicólogas contratadas
para atuarem nas diferentes clínicas, além de alunos de graduação e de pós-graduação stricto
sensu e residentes em psicologia.
Em 1983 ocorreu I Encontro Nacional de Psicólogos da Área Hospitalar, promovido pelo
Serviço de Psicologia do Hospital das Clínicas da USP. Este evento, de âmbito nacional, foi
organizado por Lamosa e foi o primeiro a reunir psicólogas (os) de todo o país que atuavam
em diversas especialidades clínicas dentro do ambiente hospitalar. Na conferência de abertura
desse encontro, ela ressaltou a importância de se ver o paciente como um todo e do trabalho
em equipe multidisciplinar, o que proporciona uma visão holística do paciente e consequente-
mente um tratamento adequado (ANGERAMI-CAMON; CHIATTONE; NICOLETTI, 1992).
Em março de 1987, Mathilde Neder, que permanecia atuando como psicóloga no Hospital
das Clínicas da USP, criou a Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas
da USP (NEDER, 1991).
Neste mesmo ano, com o aparecimento do primeiro caso de Aids no Hospital Universitário
da Universidade Estadual de Londrina (HU/UEL), a psicóloga Niracema Kuriki, que atuava em
Ambulatório da instituição há pouco mais de um ano, foi convidada a ampliar seu escopo de
atuação e atender os pacientes internados na Unidade de Moléstias Infectocontagiosas do

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mesmo hospital. Após sistematizar seu trabalho nesta unidade, ela fundou o Serviço de Psico-
logia em 1991, conseguindo mais dois psicólogas (os). A aceitação deste serviço por parte das
equipes de saúde e da direção do hospital foi muito boa e em pouco tempo o Serviço cresceu
vertiginosamente, com abertura de novas vagas de concurso para psicóloga(o) hospitalar.
Em abril de 1988 Lamosa defendeu sua tese de doutorado “O Psicólogo Clínico em Hospi-
tais no Brasil: uma Contribuição para o Desenvolvimento da Profissão”, sendo a primeira tese
a abordar a realidade da Psicologia hospitalar no Brasil. A autora destaca o panorama da Psi-
cologia hospitalar no Brasil pelas suas obras, como Psicologia Aplicada à Cardiologia, Manual
de Organização do Serviço de Psicologia Incor, Atuação da(o) psicóloga(o) na área hospitalar,
A prática da Psicologia em Hospitais e pelo seu empenho em mostrar a importância, definição
e a atuação da(o) psicóloga(o) no ambiente hospitalar. (ANGERAMI-CAMON; CHIATTONE; NI-
COLETTI, 1992).
Na Santa Casa de São Paulo, o Serviço de Psicologia se iniciou em 1992, inicialmente com
as funções de psicodiagnóstico, orientação e psicoterapia em enfermarias e ambulatórios mé-
dicos e evoluiu para atribuições ligadas à assistência, ensino e pesquisa (BRUSCATO; BENE-
DETTI; LOPES, 2004). Este serviço tem tido grande importância no cenário nacional, tendo
obtido, em 2003, o reconhecimento da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP)
para o Curso de Especialização em Psicologia Hospitalar ofertado por eles, além do credencia-
mento do Conselho Federal de Psicologia (CFP), como Núcleo Formador de especialistas em
2010 (SANTA CASA – SP).
Enquanto a atuação da Psicologia em hospital geral ia crescendo, começaram a surgir
mais publicações a respeito do tema. Nessa época Angerami-Camon organizou e lançou o pri-
meiro de uma série de livros sobre Psicologia Hospitalar com a participação de autores como:
Nicoletti, Chiattone, Sebastiani, Fongaro, Santos, Trucharte, Knijnik, Coppe, Andrade, Alberto,
Miranda, Gandra e Bartiolotti Marisa Decat de Moura organizava, em meados dos anos 90, uma
série de congressos e encontros informais em que psicólogas (os) hospitalares debatiam e
refletiam, por meio de uma rica programação científica, a teoria e a prática da Psicologia hos-
pitalar. Tais encontros aconteciam no Centro de Estudos do Hospital Mater Dei (MG). Conse-
quentemente, Decat Moura organizou e publicou, em 1996, o primeiro livro da série Psicanálise
e Hospital, totalizando 5 livros. Contou com a participação de diversos autores como: Mohal-
lem, Dias de Souza, Soares, Rodrigues, Vilela, Araújo, Cardoso de Carvalho, Granha, Barros,
Derzi, Drawin, Silva, Borges, Moura, Pimenta, Rodrigues, Kruel, Pereira, Oliveira, Avelino, Batista,
Carvalho, entre tantos outros.
Outra consequência desses encontros foi a fundação da Sociedade Brasileira de Psicolo-
gia Hospitalar (SBPH), em 1997, em uma assembleia com 45 psicólogas (os) que atuavam em
hospitais por todo o Brasil, sob a responsabilidade das psicólogas Romano e Decat de Moura.
A SBPH teve dez presidentes desde sua fundação: Belkiss W. Romano, Marisa Decat de Moura,
Patrícia Pereira Ruschel, Sílvia Maria Cury Ismael, Tânia Rudnicki, Mônica Giacomini, Claire Te-

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rezinha Lazzaretti, Elaine Maria do Carmo Zanolla Dias de Souza, Valéria de Araújo Elias e Pau-
la Costa Mosca Macedo. A presidente atual é Glória Heloíse Perez. Todas presidentes têm ou
tiveram uma importante trajetória em hospitais, assim como os demais membros da diretoria.
A SBPH tem o compromisso de agregar os profissionais da área e fortalecer o desenvolvi-
mento da classe profissional. Para tanto desenvolve congressos bienais, sendo que o primeiro
foi realizado, em 1998 no Guarujá e o próximo será em setembro de 2019 em Salvador. Este
evento tem um grande compromisso com a produção científica que se manifesta por meio de
premiação dos melhores trabalhos científicos inscritos na categoria Prêmio SBPH, que ocorre
durante a realização dos congressos, mas que não pertencem aos trabalhos inscritos no even-
to, a divulgação destes ocorre por meio da Revista da SBPH1 que, com grande visibilidade,
os 30 volumes publicados até o momento possibilitam o intercâmbio entre pesquisadores,
professores e profissionais da Psicologia e áreas afins no Brasil e no exterior; e por meio de
livros organizados e publicados pela SBPH, num total de três livros até o momento. Todos os
organizadores destes livros têm um importante percurso na área hospitalar. São eles: Sanches,
Quiroga, Schmidt, Macedo, Perez, Ismael, Elias, Maria Moretto, Barbosa. Cada um deles conta
com diversos colaboradores.
Com um vertiginoso crescimento, a Psicologia hospitalar, em 2000, passou a ser reconhe-
cida e regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia como uma especialidade, por meio
da resolução 014/2000 (CFP, 2000).
A participação da SBPH junto ao CFP foi fundamental e decisiva nesse processo. Em 2009,
foi realizada a primeira prova de Especialista em Psicologia Hospitalar. Realizada pelo CFP
ocorreu no VII Congresso Brasileiro da SBPH no Rio de Janeiro (SBPH – Web Site).
Outra grande conquista desta categoria refere-se à implantação das Residências em Psi-
cologia, ocorreu na década de 1970. O Prof. Dr. Ricardo Gorayeb, em conjunto com a Profa.
Dra Edna Maria Marturano e com o apoio do presidente da Comissão de Residência Médica do
Hospital, o neurologista Prof. Dr. José Geraldo Speciali, elaboraram e iniciaram no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, a primeira Residência em Psicolo-
gia do Brasil (GORAYEB, 2010). A partir do modelo das residências médicas, consistia um pro-
grama de treinamento em serviço, onde a(o) psicóloga(o) recém-formada(o) permanecia em
tempo integral no hospital, realizando atendimentos nos ambulatórios e nas enfermarias. Tal
programa serviu de modelo para outros Programas de residência, como os do INCOR em São
Paulo e o do Hospital de Base da UNESP em São José do Rio Preto, SP. Além de servir também
para o CFP, ao criar normas para a regulamentação dos programas de Residência em Psicolo-
gia no país - Resolução CFP 015/2007 (CFP, 2007). Atualmente, a Revista da SBPH é veiculada
em formato digital e pode ser acessada no portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia.

Mas o que é psicologia hospitalar?

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É o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento.
O adoecimento se dá quando o sujeito humano, carregado de subjetividade, esbarra em um “real”,
de natureza patológica, denominado “doença”, presente em seu próprio corpo, produzindo uma in-
finidade de aspectos psicológicos que podem se evidenciar no paciente, na família e na equipe de
profissionais (SIMONETTI, 2004, p. 15).

Ao apontar os aspectos psicológicos da doença como objeto da Psicologia hospitalar, Si-


monetti (2004) faz uma transposição da questão de possíveis causas psicológicas da doença
para a subjetividade presente em toda e qualquer doença. Dessa forma, entende a doença em
sua dimensão biopsicossocial, de forma interdependente e inter-relacionada, com toda com-
plexidade que lhe é inerente. A partir desse ponto de vista, toda doença é psicossomática.
Essa visão holística “oferece caminhos para uma pratica na promoção de saúde mais vol-
tada para o paciente – portanto, menos voltada para o sintoma ou para a doença” (RODRIGUES
E FRANÇA, 2010, p. 115), para “tratar doentes não doenças” (EKSTERMAN, 2010. p. 40). Cuidar
da subjetividade humana presente na doença pressupõe estar atento aos comportamentos,
pensamentos, sentimentos, desejos, sonhos, lembranças, crenças, discurso, entre tantos ou-
tros aspectos que formam a dinâmica psíquica de uma pessoa, independentemente se são
causa, consequência ou forma de manutenção da doença. Trata-se de dar voz à subjetividade
restituindo-lhe o lugar de sujeito, isto é, de alguém que pode se implicar na vivência atual (MO-
RETO, 2001), seja ela a pessoa que está doente, seus familiares ou os profissionais de saúde
responsáveis por seu cuidado. Importante também considerar as inter-relações existentes en-
tre paciente, família, equipe e instituição de saúde, como aponta Rocha (2004), salientando que
o cuidado não pode ser descontextualizado, portanto, há que se considerar os fatores ineren-
tes de cada instituição hospitalar na qual estes personagens estão circunscritos.
Podemos acrescentar ao contexto, o conhecimento e consideração das políticas públicas
de saúde e os princípios do SUS, que afetam sobremaneira todos os envolvidos. Com esse con-
junto em mente, a atenção da(o) psicóloga(o) à subjetividade possibilita, ao sujeito, a elabo-
ração simbólica do adoecimento. Mas “o psicólogo hospitalar participa dessa travessia como
ouvinte privilegiado, não como guia. (...) sua filosofia é reposicionar o sujeito em relação à sua
doença.” (SIMONETTI, 2004, p. 20). Seu fazer é de uma ordem completamente diferente da
Medicina, por isso simplesmente não pode ajudá-la, já que ao cuidar da subjetividade (esta não
tem cura), deixa a doença e o objetivo de curá-la completamente a cargo do médico, enquanto
cuida do corpo simbólico. É no campo da linguagem que se dão e se encontram os sentidos e
os significados da doença e da experiência atual. Se o objetivo é cuidar do paciente de forma
integral, a(o) psicóloga(o) hospitalar é parte importante de uma equipe multiprofissional que
atue na lógica interdisciplinar, conforme consta na lista abaixo entre outras funções e atribui-
ções da(o)psicóloga(o) hospitalar, definidas pelo CFP em conjunto com a SBPH. Sendo assim,
a(o) psicóloga(o) hospitalar:

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- Atua em instituições de saúde nos níveis secundário e terciário;
- Atua em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e pesquisa visando aperfeiçoamen-
to ou especialização dos profissionais;
- Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisadores quan-
do estes estão em pesquisa de campo;
- Avalia e acompanha intercorrências psíquicas quando o paciente está em tratamento;
- Favorece a promoção e recuperação da saúde física e mental, promove intervenção para melhorar
a relação médico/paciente/família;
- Atende pacientes clínicos/cirúrgicos em diferentes especialidades;
- Realiza atendimento psicoterapêutico, grupos, psicoprofilaxia, avaliação diagnóstica, interconsul-
tas;
- Trabalha em ambulatório, enfermarias, PS, UTI, UCO e atua de forma interdisciplinar. (SBPH – Web
Site)

Interessante é observar, como afirmam Castro e Bornholdt (2004), que a área de Psicologia
Hospitalar, como é conhecida no Brasil, é inexistente em outros países, que consideram ape-
nas a Psicologia da Saúde como um todo. Entretanto, as autoras alertam para o fato de que
estes dois conceitos não são equivalentes, considerando o significado distinto entre os termos
saúde e hospital e também o caráter preventivo ou curativo das doenças presente em cada um
dos campos. Em outras palavras, saúde é um conceito amplo e complexo relativo às funções
orgânicas, físicas e mentais (OMS, 2003), que contempla além do tratamento, a prevenção de
doenças e a manutenção da saúde, enquanto o hospital é o contexto em que se tratam as pes-
soas que adoecem, portanto, contempla ações curativas.
Sendo assim, as autoras consideram que a Psicologia Hospitalar é uma parte da Psicologia
da Saúde. Ricardo Gorayeb comunga desta ideia, ao afirmar que Psicologia Hospitalar é uma
área importante dentro da Psicologia da Saúde, com necessidade de uma intervenção precisa
e adequada em um ambiente acostumado a raciocinar com base em evidências (GORAYEB,
2001; GORAYEB; GUERRELHAS, 2003). A Psicologia da Saúde tem, gradativamente, conquis-
tado espaço nas discussões e na atuação das (os) psicólogas (os) brasileiras (os). Matarazzo
(1980) conceitua a Psicologia da Saúde como:

Um conjunto de contribuições educacionais, científicas e profissionais da disciplina da Psicologia


para a promoçaõ e manutençaõ da saúde, a prevenção e tratamento de doenças, a identificação da
etiologia e diagnóstico dos correlatos de saúde, doença e funções relacionadas, e a aná lise e apri-
moramento do sistema e regulamentação da saúde (p. 815).

Esta definição contempla os três pontos de atenção à saúde preconizados pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010, apud GORAYEB, 2007), criado pela Cons-
tituição Federal Brasileira em 1988. São eles: atenção primária, que ocorre nos postos de saú-
de e prevê ações curativas, mas principalmente as preventivas; atenção secundária, que ocorre

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nos ambulatórios e já prevê um nível de especialidade médica; e atenção terciária ou de alta


complexidade que é prestada em hospitais e, portanto, onde se insere a Psicologia Hospitalar.
Para Straub (2005), a Psicologia da Saúde é a ciência que busca responder questões rela-
tivas à forma como o bem-estar das pessoas pode ser afetado pelo que se pensa, sente e faz.
Como tal, possui focos e objetivos próprios que foram definidos pela American Psycological
Association (APA) e seu então presidente Joseph Matarazzo, e publicados no primeiro volume
de seu periódico oficial, Health Psychology: estudar cientificamente a etiologia das doenças,
principalmente nos aspectos psicológicos, comportamentais e sociais da doença; promover
a saúde; prevenir e tratar doenças, a partir do ponto de vista psíquico e/ou comportamental;
promover políticas de saúde pública e aprimoramento do sistema de saúde pública, permane-
cendo-se ativos e inseridos no âmbito das diretrizes e políticas públicas de saúde.
Apesar das discussões em torno da Psicologia da Saúde serem bastante atuais, Campos
publicou, em 1992, o livro “Psicologia e Saúde: repensando práticas”, que traduz uma reflexão
sobre a inserção da Psicologia no âmbito sanitário brasileiro. O capítulo escrito por Mary Jane
Spink (1992), que versou sobre a estruturação do campo da Psicologia da Saúde, foi um dos
mais importantes. Embora o livro não tenha contemplado nenhum capítulo sobre o trabalho
da(o) psicóloga(o) no contexto hospitalar, pode ser considerado o marco inaugural de uma
Psicologia Crítica da Saúde no contexto brasileiro (CARVALHO; SOUZA; ROSA; GOMES, 2011).
Com a crescente discussão acerca da Psicologia da Saúde, surgiram críticas em relação
à existência da Psicologia hospitalar, afirmando que esta deveria fazer parte da Psicologia da
Saúde no sentido mais amplo (YAMAMOTO; CUNHA, 1998). Outros dizem que a denominação
Psicologia hospitalar é inadequada porque refere-se a um local de atuação não aos fazeres
da psicologia. Acrescentam que tamanha fragmentação do campo profissional da Psicologia
poderia dificultar a construção de uma identidade profissional da Psicologia da saúde. (YAMA-
MOTO, TRINDADE E OLIVEIRA, 2002). As (os) psicólogas (os) hospitalares afirmam que “a de-
nominação Psicologia Hospitalar não mais se refere a um local de atuação, mas a um campo
de conhecimento, que vem sendo definido e dimensionado, inserindo, cada vez mais, o psicó-
logo na atividade de profissional de saúde” (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004, p. 27). Tal
conhecimento é tão específico que mesmo os defensores da Psicologia da Saúde reconhecem
que se poderia até falar em um nível de atenção quaternária, para se referir a centros ultrasso-
fisticados e especializados em tratamentos de problemas específicos ou em ambientes como,
por exemplo, uma Unidade de Terapia Intensiva (GORAYEB, 2007). Assim considera-se que
possa haver espaço para todos os saberes, que se interrelacionam e dialogam entre si para
atender aos usuários do Setor Saúde de forma resolutiva, ética e humanizada.
Dessa forma, o Conselho Federal de Psicologia (CFP 03/2016) acrescentou, em 2016, a
especialização “Psicologia em Saúde” ao rol das especialidades anteriormente reconhecidas
e regulamentadas, conferindo o título de especialistas às (aos) psicólogas (os) que atuem
nesta área e que cumpram os requisitos mínimos exigidos. Independentemente de qual local o

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psicólogo vinculado à saúde esteja inserido, seja uma Unidade Básica de Saúde, um Hospital,
uma UPA ou Ambulatório, uma comunidade ou outro local de atuação dos psicólogos, é im-
prescindível que estes conheçam e considerem as variáveis que incidem sobre o contexto em
que trabalham. Também, é importante conhecer temas tais como: epidemiologia e fatores psi-
cossociais de risco para doenças físicas (GORAYEB, 2007), mecanismos de proteção à saúde
e prevenção de agravos, além dos fatores individuais presentes na história e na subjetividade
de cada pessoa em atendimento. A habilidade de trabalhar em equipe é fundamental, já que
outras áreas profissionais da área da saúde sempre estarão presentes e, principalmente, pelo
fato de que o paciente necessita de uma atenção integral.
Além dos temas acima citados, e fundamental que a formação de psicólogos contemple
temas como Saúde Pública e Coletiva, Promoção e Educação em Saúde, Polí ticas Públicas
em Saúde e o Sistema único de Saúde/SUS, brasileiro, dentre outros temas que o habilitarão
para uma prática que se baseie em fundamentação científica e técnica adequadas. Cabe às
Universidades a tarefa de se engajar nestas questões e transmiti-las aos futuros psicólogos,
preparando-os para uma atuação que contemple o homem como um ser integral (MAIA, SILVA,
MARTINS, SEBASTIANI, 2005).
Nesse sentido, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio do Centro de Referências
Técnicas em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP), tem um importante papel técnico, éti-
co e político, à medida que se preocupa com a qualificação profissional e com a inserção da
Psicologia no campo das Políticas Públicas e das transformações sociais, que se traduz no
objetivo de produzir aqui uma Referência Técnica para psicólogas (os) hospitalares vincula-
dos ao SUS.

1.2. Dimensão Ético-Política da Área de Psicologia Hospitalar

O Código de Ética dos Psicólogos, em seus princípios fundamentais, estabelece que a(o)
psicóloga(o) “trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das
coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discrimina-
ção, exploração, violência, crueldade e opressão”. E, ainda, que atuará com responsabilidade
social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural e
baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e
da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos
Direitos Humanos (CFP, 2005).
Portanto, para o cumprimento de tais princípios, é imprescindível que as(os) psicólogas(os)
que trabalham em hospitais conheçam, além do Código de Ética dos Psicólogos, as políticas
públicas de saúde, tais como o SUS, sua história, diretrizes, princípios e a forma como a rede
de assistência à saúde (RAS/SUS) encontra-se organizada hoje em dia para prestar assistência
aos cidadãos brasileiros. A história das políticas públicas de saúde no Brasil mostra que as po-
líticas anteriores à década de 1960 foram o modelo sanitário-campanhista, o qual preconizava

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a prevenção das doenças, atendendo às grandes endemias de hanseníase, tuberculose e ver-


minose, portanto, ao encargo do Ministério da Saúde, enquanto que a atenção às doenças era
feita pelos IAP’s (Institutos de Aposentadoria Privada) para os trabalhadores organizados, que
contribuíam para a Previdência. A população pobre era assistida pelos hospitais de caridade,
como as Santas Casas de Misericórdia, geralmente aos cuidados da Igreja.
A medicina privada, por sua vez, centrava-se em médicos generalistas e de família (DAROS,
2006). Entre 1964 e 1973, em plena ditadura militar, ocorreu um fortalecimento do comple-
xo médico-industrial brasileiro, baseado no modelo americano inspirado no Relatório Flexner.
Este modelo é calcado na ideia de que o hospital é um campo privilegiado de formação médi-
ca, pois é ali que se encontram as pessoas que estão doentes.
A doença é considerada um processo natural, biológico, enquanto as dimensões do social,
do coletivo, do público e da comunidade não contam para o ensino médico e não são conside-
rados como implicados no processo de saúde-doença (PAGLIOSA; DA ROS, 2008).
A década de 1970, no Brasil, foi aquela em que houve um crescimento dos grandes hospi-
tais públicos e, sobretudo, no setor privado. É nesse contexto que surgiu a atividade da Psico-
logia no setor saúde, que foi aos poucos recebendo a denominação de Psicologia Hospitalar.

Unidade II – Multi, Inter e Transdisciplinaridade


2. Multidisciplinaridade
2.1. Conceito de Multidiciplinaridade

A multidisciplinaridade é o conjunto de conhecimentos a serem trabalhados simultane-


amente, sem fazer aparecer às relações que possam existir entre eles, destinando-se a um
sistema de um só nível e de objetivos únicos, sem nenhuma cooperação.
A multidisciplinaridade ocorre quando a solução de um problema se torna necessário para
a obtenção das informações de duas ou mais ciências. Para Morin (2000) a grande dificuldade
nesta linha de trabalho se encontra na difícil localização da “via de interarticulação” entre as
diferentes ciências.
A multidisciplinaridade difere-se da pluridisciplinaridade porque esta, apesar de também
considerar um sistema de conhecimentos de um só nível, possui conhecimentos justapostos
situados geralmente ao mesmo nível hierárquico e agrupados de modo a fazer aparecer as re-
lações existentes entre eles (MENEZES, 2010). Cada área de conhecimento organiza, portanto,
suas atividades sem explorar a relação entre os saberes das outras áreas de conhecimento,
de maneira que não há nenhum tipo de cooperação entre elas, conforme representado na fi-
gura abaixo.

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Figura 1: Multidisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)

Desta forma é possível observar que o conceito de multidisciplinaridade se caracteriza em


atingir o resultado final e o de pluridisciplinaridade promove o cruzamento entre os conheci-
mentos estudados para uma compreensão conjunta.

2.2. Conceito de Interdisciplinaridade

O movimento da interdisciplinaridade surgiu na Europa em meados da década de 60, anun-


ciando a necessidade de construção de um novo paradigma de ciência e de conhecimento e,
por consequência, de educação, escola e vida.
No Brasil, os estudos iniciaram-se nas décadas de 60 e 70 com a finalidade de estruturação
conceitual básica (FARIAS E SONAGLIO, 2013).
Nas décadas de 80 e 90 por um movimento que caminhou na busca de epistemologias que
explicitassem o teórico a partir do prático e na atualidade por uma forte influência na legisla-
ção e nas propostas curriculares, o que ganhou força nas escolas, principalmente no discurso
e na prática de professores dos diversos níveis de ensino assim como de gestores e demais
sujeitos que integravam a comunidade escolar (GARRUTTI; SANTOS, 2004).
No Brasil, a primeira produção significativa sobre o tema foi a de Japiassu (1976). Sua obra
está dividida em duas partes: diferenciações conceituais e metodologia interdisciplinar.
O aspecto mais importante de sua metodologia interdisciplinar refere-se à elucidação das
etapas de todo o projeto e o registro de todo o processo a fim de garantir a possibilidade de
revisão dos aspectos vividos.
Nesse sentido, o autor entende interdisciplinaridade muito mais como um processo do que
como um produto, sendo fundamental o acompanhamento criterioso de todos os momentos
do projeto. Somente esse acompanhamento possibilitará chegar ao esboço do movimento.
A releitura sistemática desses registros permite avaliar com propriedade o desenvolvimen-
to do processo e avançar nos futuros prognósticos. Nesta perspectiva, Fazenda (1994, p. 28)
considera que: A atitude interdisciplinar não seria apenas o resultado de uma simples síntese,
mas de sínteses imaginativas e audazes. A interdisciplinaridade não é uma categoria de co-
nhecimento, mas de ação. A interdisciplinaridade nos conduz a um exercício de conhecimento:
o perguntar e o duvidar.

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Interdisciplinaridade é a arte do tecido que nunca deixa ocorrer o divórcio entre


seus elementos, entretanto, de um tecido bem traçado e flexível.

Podemos observar na figura 2 a interdisciplinaridade

Figura 2: Interdisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)

É possível identificar que existam subdivisões para o entendimento da


interdisciplinaridade, sejam elas: a Interdisciplinaridade Heterogênea, a Pseudo-
interdisciplinaridade, a Interdisciplinaridade Auxiliar, a Interdisciplinaridade
Compósita e a Interdisciplinaridade Unificadora que serão explicados a seguir.

Como se pode perceber, existe um nível hierárquico superior de onde procede a coordena-
ção das ações disciplinares. Na interdisciplinaridade é possível se perceber a cooperação e
o diálogo entre os diferentes conhecimentos, coordenados por um conhecimento específico,
um problema comum a todas as áreas de conhecimento ou diferentes formas que represente
um elemento de integração das áreas, que norteia e orienta as ações interdisciplinares (CAR-
LOS, 1995).

É possível identificar que existam subdivisões para o entendimento da


interdisciplinaridade, sejam elas: a Interdisciplinaridade Heterogênea, a
Pseudo-interdisciplinaridade, a Interdisciplinaridade Auxiliar, a
Interdisciplinaridade Compósita e a Interdisciplinaridade Unificadora que
serão explicados a seguir.

Fonte: SILVA (2000).

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Fonte: https://tonferreira.wordpress.com/2012/09/23/os-caminhos-da-interdisciplinaridade/

2.2.1. Interdisciplinaridade Heterogênea

Segundo Carlos (1995), a interdisciplinaridade heterogênea é baseada na “soma” de in-


formações procedentes de diversas disciplinas, as quais combinam programas dosados de
forma diferente e que visam garantir uma formação ampla e geral.
Neste contexto, a Interdisciplinaridade não se trata, então, de juntar os conteúdos das áre-
as de saber contributivas como um amontoado eclético de dados. Trata-se da união de conte-
údos/saberes.

Interdisciplinaridade heterogênea vem a ser uma espécie de enciclopedismo,


baseada na “soma” de informações procedentes de diversas áreas de
conhecimento.

1.3.2 Pseudo-interdisciplinaridade
2.2.2 Interdisciplinaridade Pseudo- Interdisciplinaridade
Japiassu (1976), por sua vez, considera que o emprego de instrumentos comuns não é
suficiente para conduzir a um empreendimento interdisciplinar, o que caracteriza este tipo de
colaboração como falso interdisciplinar.

2.2.2. Interdisciplinaridade Auxiliar

A interdisciplinaridade auxiliar, segundo Carlos (1995), consiste no fato de uma área de


conhecimento tomar de outra, empréstimo de seus métodos ou seus procedimentos.

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Ela pode surgir de duas formas diferentes: na primeira delas, este tipo de
interdisciplinaridade não ultrapassa o domínio da ocasionalidade e das situações
provisórias; na segunda, essa relação é mais durável, na medida em que uma disciplina
se vê constantemente forçada a empregar os métodos de outra. Esse é o caso, por
exemplo, da pedagogia que constantemente precisa recorrer à psicologia.

A Interdisciplinaridade existe no sentido de socialização de

2.2.3. Interdisciplinaridade Compósita

A interdisciplinaridade compósita trata-se de reunir várias especialidades para encontrar


soluções técnicas tendo em vista resolver determinados problemas, apesar das contingências
históricas em constante mutação (CARLOS, 1995). Entretanto nem os domínios materiais nem
tampouco os domínios de estudo dessas disciplinas, com seus níveis de integração teórica,
entram numa real interação. Interdisciplinaridade compósita é, portanto, levada a efeito quan-
do se trata de resolver os grandes e complexos problemas colocados pela sociedade atual:
guerra, fome, delinquência, poluição dentre outros.

2.2.4. Interdisciplinaridade Unificadora

Parafraseando Fazenda (1998), o professor passa a ser revisto e analisado em relação às


questões da interdisciplinaridade, sendo capaz de planejar e imaginar, porém é impossível pre-
ver o que será produzido e em que quantidade ou intensidade, onde o processo interdisciplinar
desempenha papel decisivo no sentido de dar corpo ao sonho de fundar uma obra de educa-
ção à luz da sabedoria e da coragem da humanidade. O Professor é, portanto, o mediador do
saber e do interlocutor que possui capacidade de fazer interagir conceitos das mais variadas
áreas de discussão.
Segundo Carlos (1995) apresenta a interdisciplinaridade unificadora como aquela que pro-
move tanto a integração teórica como dos métodos correspondentes das diferentes discipli-
nas em interação. O exemplo trazido pelo autor supracitado refere-se à biofísica, que reuniu
certos elementos e certas perspectivas da Biologia e da Física. Para Japiassu (1976) afirma
que essa é a forma legítima de interdisciplinaridade.
No entanto, o autor reconhece que esse nível de integração só é atingível por meio da
pesquisa científica. Sugere, então, para o ensino a adaptação de certos aspectos dos novos
campos científicos interdisciplinares, como a Biofísica, e a exploração dos seus fundamentos
e das relações entre tais conhecimentos disciplinares de maneira a gerar a compreensão de
uma série de fenômenos biofísicos, ou seja, fenômenos que não seriam adequadamente com-
preendidos somente a partir da Física ou da Biologia.

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A interdisciplinaridade constitui-se, portanto como uma ferramenta do saber que interliga


conhecimentos sem ocasionar sentimento de superação, mas na busca pela tentativa de união
de saberes e a transdisciplinaridade transpassa esse conceito.

2.3. Conceito de Transdisciplinaridade

Segundo Carlos (1995) é a transdisciplinaridade é uma proposta relativamente recente no


campo epistemológico e representa um nível de integração disciplinar além da interdisciplina-
ridade (figura 3).

Figura 3: Transdisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)

A figura 3 representa a transdisciplinaridade como um tipo de interação onde ocorre uma


espécie de integração de vários sistemas interdisciplinares em um contexto mais amplo e ge-
ral, gerando uma interpretação mais holística dos fatos e fenômenos. Domingues (2005) afir-
ma que os objetos transdisciplinares consistem em sistemas dinâmicos constituídos por um
conjunto de entidades que agem e interagem coletivamente para uma determinada finalidade.
- Distinção entre relações disciplinares apresentada por Silva (2000) a partir do modelo
criado por Jantsch (1972).

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Fonte: SILVA (2000).

Unidade III – Morte, Terminalidade e Luto


3. Psicologia Hospitalar e Terminalidade: Possibilidades de
Intervenção
3.1. Terminalidade e Cuidados Paliativos

Os processos de adoecimento despertam os mais diversos sentimentos nos sujeitos. Tan-


to o sujeito que se vê frente à doença quanto aqueles que o circundam são atingidos por an-
gústias, medos e sentimentos das mais variadas naturezas.
A morte, quase sempre tratada como tabu em diversas sociedades, envolve uma série de
concepções, dúvidas e dificuldades. Realizar o atendimento aos pacientes gravemente doen-
tes quase sempre significa desempenhar um papel difícil, porém extremamente importante e
necessário por parte dos profissionais de saúde.
O contato próximo com a morte provoca a reflexão sobre a fragilidade da vida, tanto na
equipe envolvida nos cuidados, quanto no paciente e seus familiares.
De acordo com Drane (2014), em situações de terminalidade iminente, muitas vezes o pró-
prio bem-estar do paciente é comprometido em prol de tratamentos que têm por finalidade

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eliminar as dores e desconfortos físicos. Desta forma, as vidas são prolongadas por aparelhos
médicos e tecnológicos que despertam a reflexão sobre o sentido de humanização dos trata-
mentos frente à morte iminente.
Percebe-se ao lançar o olhar sobre os centros médicos e unidades de terapia intensiva,
uma tendência da equipe de saúde em observar o sujeito doente apenas em sua doença, não
trazendo à tona, na maioria das vezes, os processos subjetivos, que deveriam ser contempla-
dos por meio de um olhar para a integralidade do sujeito em questão.
Desta forma, a falta de humanização nos processos de cuidado a pacientes terminais des-
perta grande interesse sobre os sentimentos experienciados por aqueles que estão na linha de
frente deste tipo de cuidado (DRANE, 2014).
Para Mendes, Lustosa e Andrade (2009), os sentimentos que, por alguma razão, não po-
dem ser expressados pelos profissionais da equipe em relação ao paciente também impedem
que esta mesma equipe se sinta apta a acolher os sentimentos deste paciente.
Neste sentido, pode-se perceber que a atenção deve ser voltada tanto para a integralidade
do sujeito paciente, quanto para as angústias do sujeito profissional de saúde. Em geral, a dis-
cussão sobre a morte e o morrer gera desconforto, ao passo que desperta insegurança frente
ao desconhecido.

Um paciente pode enxergar a morte como um castigo, outro pode entender o


processo como uma forma de descanso e de fim do sofrimento. Tal complexidade
desperta nestes profissionais a necessidade de trabalhar ativamente, sobretudo
em equipe multidisciplinar, as necessidades específicas de pacientes, familiares e
mesmo da própria equipe (SANTOS, 2011).

Os significados sociais também tomam papéis importantes em relação aos sentimentos e


o modo como o paciente e seus pares lidam com a questão da morte. Assim, os profissionais
de saúde precisam lidar com os mais diversos sentimentos frente a seus pacientes.
De acordo com Montagna (2016), terminalidade é um termo cunhado pela medicina para
se referir a uma condição de saúde que evoluirá em breve para a morte.
Assim sendo, o corpo médico necessita adotar medidas que, muitas vezes, abandonam
procedimentos diagnósticos e terapêuticos, porém não abandonam os pacientes, fazendo
com que estes recebam cuidados específicos para o alívio do desconforto provocado por sua
condição de saúde. Este curso da vida em direção à morte, sem nenhuma perspectiva de res-
tabelecimento da saúde, é o que se denomina comumente como estado ou condição terminal.
Nas situações em que o momento da morte se aproxima, é necessário lançar mão dos cui-
dados paliativos como método e conduta terapêutica. Santos (2011) faz uma conexão etimo-
lógica para a compreensão do termo. De acordo com o autor, a palavra paliar advém do latim
pallium, que se refere à indumentária utilizada pelo Papa.
Desta forma, o autor faz uma ligação com o sagrado e a espiritualidade, levando-se em
consideração que o manto ora referido era oferecido aos viajantes, com o objetivo de protegê-
-los ao longo da jornada. No sentido atual, o manto seriam os cuidados oferecidos aos pacien-
tes, observando seus limites físicos e objetivando o alívio de suas dores.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO, s.d.), os cuidados paliativos têm
por objetivo aliviar a dor e demais sintomas que causam sofrimento; entender a vida e conside-
rar a morte como processo natural; não ter a intenção de apressar nem postergar o momento
da morte; integrar todos os aspectos socioculturais e espirituais, bem como os aspectos psi-
cossociais ao cuidado com o paciente; oferecer tecnologias de apoio que possibilitem que o
paciente viva tanto quanto for possível; oferecer apoio à família do paciente, no sentido de que
possa lidar melhor com a doença de seu ente querido ou com o luto após sua morte; lançar
mão de equipe para cuidar das necessidades dos pacientes e familiares, como, por exemplo,
aconselhamento para o luto, quando indicado, entre outros.

3.2. A Unidade de Terapia Intensiva e as Famílias

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A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é, frequentemente, o local onde acontecem os proces-


sos de doenças terminais. As UTI’s são equipamentos de cuidados intensivos presentes nos
hospitais e/ou centros de saúde e que são destinados ao atendimento de pacientes graves ou
com risco de morte.
Um dos critérios para a internação dos pacientes nas UTI’s é a necessidade de acompanha-
mento e monitorização permanente e contínua, formada por meio de assistência médica e de
enfermagem, bem como de meios tecnológicos.
Em linhas gerais, o teor e a gravidade das enfermidades dos pacientes neste local deman-
dam procedimentos complexos, como, por exemplo, punções, traqueostomias, nutrição ente-
ral e parenteral, entre outros (MONTEIRO, MAGALHÃES E MACHADO, 2017).
Ainda de acordo com as autoras citadas no parágrafo acima, a complexidade dos proce-
dimentos realizados nas Unidades de Terapia Intensiva pode ser responsável por sensações
de estresse e ansiedade, tanto para os pacientes, que enfrentam aspectos como a solidão, a
impessoalidade e o isolamento, quanto para a família, pela incerteza da evolução do quadro,
restrição nos horários de visitas, falta de informações adequadas, entre outros aspectos.
O medo da morte é, também, um sentimento frequente, tanto para os pacientes quanto
para os familiares.
De acordo com Santana, Rigueira e Dutra (2010), acontecimentos ligados diretamente às
UTI’s são, por vezes, responsáveis por desestruturações no sistema familiar dos pacientes.
Eventos como mortes inesperadas, agravamento de doenças preexistentes ou incerteza face
ao tempo do paciente até a morte são, via de regra, processos complexos e difíceis, por traze-
rem consigo ainda mais dor e sofrimento.
Para Walsh e McGoldrick (apud Monteiro, Magalhães e Machado, 2017), a família frente à
terminalidade de um ente querido é exposta a momentos difíceis, que tornam uma tarefa árdua
atingir o equilíbrio diante da perda ou da ameaça da morte, pois estas possuem um impacto
significativo e perturbador.
Ainda de acordo com os autores, a intensidade das reações está intimamente ligada aos
níveis de afeto e de coesão emocional da família e da importância do membro perdido.

 Obs.: Os processos de luto, de acordo com Fonseca (2004), podem ter início antes mesmo
da morte. O luto pode ocorrer a partir da notícia da própria doença. As incertezas e
o rompimento de vínculos, aliados à confusão e ao estresse experienciados, podem
adiantar as sensações de ansiedade e desconforto causadas pelo sentimento de luto.
Por luto, pode-se entender o processo de perda definitiva de um objeto simbólico sig-
nificativo, aqui representado pela morte de um ente querido.

A estadia de um familiar na UTI pode desencadear o que se chama de luto antecipatório,


que significa um esforço cognitivo e psicológico no sentido de adaptar-se à morte iminente de
um ente querido, o que pode acarretar antecipadamente ainda mais sofrimento e dor.

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Aspectos Psicológicos do Luto

O luto pode ser representado frente a perda de algo ou alguém significativo. Portanto, não
está relacionado sempre à perda por morte.

EXEMPLO
Aposentadoria, envelhecer, mudar de cidade, perder um amigo, às vezes terminar a faculdade,
terminar um ciclo. Toda mudança também está ligada a um processo de luto.

Para entendermos o LUTO, apresentaremos algumas teorias que abordam o assunto:

A Teoria Psicanalítica:
que embasou o A Teoria
conhecimento sobre o Comportamental
assunto, a famosa obra Cognitiva: estresse
de Freud “ Luto e pós-traumático.
Melancolia”.

A Teoria do Apego foi criada pelo


John Bowlby, que estuda os
efeitos da privação materna e a
partir daí estabelece as fases do
luto diante da perda.

Para Bowlby o luto do adulto ou adolescente, é o mesmo processo que sofre a criança na
ausência materna. Para o Autor, estar próximo a outro ser humano é vital para a sobrevivência
biológica e psíquica. Esta é a base da Teoria do Apego. Bowlby define a personalidade como
sendo formada pela busca da proximidade com o outro, pela vinculação; então nós vivemos e
sobrevivemos por esta vinculação, pelo contato com o outro
As fases do luto seriam então, as mesmas da separação mãe-bebê (como experiência pri-
mária da necessidade vital do contato e consequente risco pela separação).

As Quatro Fases Do Luto

1ª FASE: Desorientação, Torpor, Negação e Isolamento.

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Momento de grande confusão. O enlutado fica perdido diante da dor que desestrutura, não
“sabe” o que sentir ou responder. Está muito presente neste processo a negação. Negação e
Isolamento funcionam como uma estratégia psíquica e social de proteção.
2ª FASE: Anseio e Busca da figura perdida.
Bowby diz que existe uma explicação biológica para essa fase: a procura, o choro são me-
canismos adaptativos de tentativa de recuperação da vinculação da figura perdida.
3ª FASE: Dor Profunda e Desespero.

Este é o momento em que o vazio deixado por ele no grupo social e na família fica mais
delineado, mais definido. Fase de intensa dor, marcada muitas vezes por desmotivação apatia
e depressão, que são sentimentos que podem levar tanto ao isolamento quanto a distúrbios
psicossomáticos.
4ª FASE: Reorganização e Re-elaboração.
Pode ocorrer em média, dois anos após a morte (podendo variar bastante). Fase final do
processo de elaboração, na qual o enlutado está pronto para “reinvestir em outro objeto”, con-
forme a psicanálise. A vida vai sendo re-organizada (assim como o espaço interno) e já cabem
novos projetos.

3.3. O Paciente Diante da Morte

Cada sujeito é dotado de formas únicas de reação aos diversos fenômenos inerentes à
vida. As concepções culturais, sociais, psicológicas e religiosas compõem um grupo responsá-
vel pelas convicções e pelo repertório reacional de cada paciente frente à iminência da morte.

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No entanto, de acordo com Kübler-Ross (apud Mendes, Lustosa e Andrade, 2009), há certo
ciclo reacional comum a muitos pacientes. A negação é um mecanismo de defesa utilizado
por quase todos os pacientes em situação terminal, sobretudo nos estágios iniciais do proces-
so de adoecimento.
A negação pode ser um canal de auxílio ao paciente na preparação para a aceitação da
própria morte. Ao deixarem de pensar na iminência do fim, acabam por conseguir alguma mo-
tivação para lutar pela vida. No entanto, tal atitude pode acabar por se tornar um agravante no
que se refere à busca de auxílio profissional para o devido tratamento da doença.
Neste sentido, os pacientes, ao negarem a gravidade da situação, recusam o atendimento
médico porque um possível diagnóstico catastrófico pode afetar profundamente as estruturas
psíquicas e emocionais deste sujeito. Deste modo, ao fugir do confronto com um diagnóstico,
o sujeito pode estar fugindo também dos cuidados médicos, tão necessários à sua sobrevida
(MENDES, LUSTOSA E ANDRADE, 2009).

 Obs.: Além do sentimento de negação, Kübler-Ross (apud Mendes, Lustosa e Andrade, 2009),
pontua os sentimentos de raiva, ressentimento e revolta.

De acordo com a autora, tais sentimentos são projetados pelos pacientes em todas as
direções, tornando-se um obstáculo frequente na relação com a família e equipe médica. Sen-
timentos de tentativa de adiamento, como por exemplo, “acordos” com o sagrado ou mesmo
ideias introjetadas de que, se o paciente fizer algo de determinada maneira talvez se cure, são
características do sentimento de barganha, também muito presente em casos de pacientes
terminais. Tal mecanismo de defesa acaba por “adiar” psiquicamente o inevitável, aliviando a
ansiedade do paciente.

3.4. Possibilidades de Intervenção

A psicologia hospitalar tem três eixos fundamentais de atuação frente aos desafios dos
processos de terminalidade. Observa-se, de acordo com Hohendorff & Melo (2009), a neces-
sidade de um olhar próprio para o paciente, família e equipe responsável. O cuidado com os
profissionais da equipe, busca o alívio do sofrimento e angústias destes, tornando possível
que possam oferecer ao paciente um atendimento mais humanizado, o que é essencial nos
momentos finais da vida de qualquer sujeito.
A facilitação na comunicação entre equipe e família também pode diminuir a angústia dos
profissionais, ao passo que as expectativas lançadas sobre eles podem ser diminuídas por
meio de uma comunicação eficaz.

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 Obs.: Além da escuta e do olhar especializado para a equipe, o suporte à família dos pacien-
tes em estado terminal é outro eixo fundamental da atuação do psicólogo no contexto
hospitalar.

A atuação junto às famílias deve ser fomentada pelo apoio emocional, escuta e alívio das
angústias, atenção, suporte em relação aos fatores desconhecidos do tratamento e fortale-
cimento dos vínculos familiares de maneira geral. Atuando desta maneira, o psicólogo pode
contribuir para o fortalecimento emocional, facilitação no enfrentamento dos medos e ansie-
dades, auxílio no enfrentamento da dor, sofrimento e medo da morte do ente querido, entre
outras contribuições.
A facilitação da comunicação entre família e paciente, quando possível, também é uma
ferramenta poderosa de intervenção, uma vez que possibilita o alívio de possíveis sentimentos
de culpa ou ressentimento advindos de períodos anteriores à doença ou mesmo do período de
internação hospitalar (MENDES, LUSTOSA E ANDRADE, 2009).

 Obs.: Em relação ao sujeito em situação de terminalidade, observa-se como possibilidade


de intervenção, de acordo com Poletto et al. (2013), o fortalecimento da autonomia, no
sentido de que este, quando possível, possa participar ativamente das discussões e
decisões acerca de seu tratamento.
 Deve-se oferecer, também, escuta humanizada, que tem por objetivo aliviar angústias
e medos. Neste sentido, o profissional de psicologia é dotado de instrumentos da pró-
pria ciência psicológica que o possibilitam lidar com as diversas situações presentes
nos processos de adoecimento e morte iminente, intervindo ativamente na minimiza-
ção do sofrimento e no oferecimento de suporte emocional neste período.

De acordo com Mendes, Lustosa & Andrade (2009), a autonomia fortalecida propicia ao
paciente estar ciente de seus deveres e responsabilidades, não se colocando apenas como
sujeito passivo diante do processo de adoecimento e morte. Desta forma, o paciente se sente
amparado e seguro e é capaz de criar estratégias para compreender as implicações fisiológi-
cas e emocionais de sua doença. Mais uma vez, a facilitação da comunicação aparece como
fator fundamental na relação do profissional de psicologia com os sujeitos envolvidos no pro-
cesso de terminalidade.
Desta vez, o apoio à comunicação entre paciente, família e equipe médica o faz sentir
acompanhado e facilita a este a compreensão de seus próprios sentimentos e dos sentimen-
tos daqueles que estão à sua volta.

 Obs.: O psicólogo hospitalar está em contato com a finitude humana especialmente nas
Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s), local onde os mais diversos sentimentos vêm à

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tona, frente à iminência de mortes, doenças graves, isolamento, entre outros fatores.
Neste sentido, o profissional de psicologia em relação à terminalidade se dá de diver-
sas formas, sobretudo pautada em três eixos principais: paciente, família e equipe.

Junto à equipe é possível facilitar a comunicação, oferecer escuta e possibilitar o alívio


de sentimentos e sensações de angústia, possibilitando que esta esteja apta a oferecer ao
doente um tratamento mais humanizado. Junto à família também é fundamental o fortaleci-
mento da comunicação, tanto com o paciente quanto com a equipe médica, além da escuta
e do acolhimento dos sentimentos diversos provocados pela situação em que se encontram.
Observou-se, por fim, que a intervenção junto aos pacientes terminais deve ser direcionada ao
fortalecimento da autonomia, da participação e da comunicação, sempre que possível e res-
peitando os determinantes físicos e psicossociais.

Tais intervenções proporcionam um sentimento de segurança e cuidado, além de


aliviar as angústias e incertezas frente ao desconhecido.

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MAPA MENTAL

PSICOLOGIA HOSPITALAR
COMPREENDENDO A PSICOLOGIA
HOSPITALAR

PSICOLOGIA HOSPITALAR

DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA DA ÁREA DE


PSICOLOGIA HOSPITALAR

Unidade II – Multi, Inter e Transdisciplinaridade

MULTIDISCIPLINARIDADE
•CONCEITO DE
MULTIDICIPLINARIDADE
• CONCEITO DE
INTERDISCIPLINARIDADE
• Interdiciplinariedade Heterogênia
• Interdiciplinariedade Pseudo-
INTERDICIPLINARIEDADE interdisciplinaridade
• Interdisciplinaridade Auxiliar
• Interdisciplinaridade Compósita
• Interdisciplinaridade Unificadora

•CONCEITO
TRANSDISCIPLINARIDADE
TRANSDISCIPLINARIDADE

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MORTE, TERMINALIDADE E LUTO

PSICOLOGIA HOSPITALAR E
TERMINALIDADE: POSSIBILIDADES
DE INTERVENÇÃO

TERMINALIDADE E CUIDADOS
PALIATIVOS

A UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA


E AS FAMÍLIAS

O PACIENTE DIANTE DA MORTE

POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO

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RESUMO
Os primeiros registros de inserção do psicólogo no contexto hospitalar tiveram início em
1818 quando, no Hospital McLean, em Massachussets, formou-se a primeira equipe multipro-
fissional que incluía o psicólogo. Foi fundado, em 1904, neste mesmo hospital, um laboratório
de Psicologia onde foram desenvolvidas as primeiras pesquisas sobre a Psicologia Hospitalar
(ISMAEL, 2005). Na década de 1930, no Brasil, influenciados pela ideia de que os fatores psi-
cológicos poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros serviços
de Higiene Mental com participação ativa de psicólogos, como propostas alternativas à inter-
nação psiquiátrica. O psicólogo inaugurou assim, junto à Psiquiatria, seu exercício profissional
nas instituições de saúde mental (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004).
• 1950 – pesquisa realizada pelo médico Raul Briquet e pela psicóloga Bety Gastenstay
com o objetivo de introduzir o alojamento conjunto na maternidade do Hospital da Clí-
nicas.
• 1954 – Psicóloga Mathilde Neder, pioneira na Psicologia hospitalar trabalhou no Institu-
to de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
USP. Seu trabalho consistia em preparar psicologicamente as crianças para intervenções
cirúrgicas do aparelho locomotor e em acompanhá-las no processo de reabilitação.
• Na década de 60 – a psicóloga Thereza Pontual de Lemos Mettell atuou no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-
FMPUSP), onde também lecionava e não poupava esforços para organizar uma equipe
interdisciplinar para a realização do trabalho clínico junto às crianças.
• 1974 – após anos de atividade em diferentes unidades do Instituto do Coração do Hos-
pital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a psicóloga Bellkiss Wilma Romano
Lamosa foi convidada para organizar e implantar o Serviço de Psicologia Hospitalar nes-
te mesmo hospital. Em 1976, o primeiro curso de Psicologia Hospitalar do Brasil, ficou
sob a responsabilidade de Bellkiss W. R. Lamosa.
• 1979 – a psicóloga Regina D’Aquino criou, em 1979, em Brasília, um trabalho junto a pa-
cientes terminais, desenvolvendo um modelo de atuação psicoterápica frente à morte e
suas implicações. Sua atuação também abarcava os familiares e os profissionais.
• Wilma C. Torres iniciou, como coordenadora, o Programa de Estudos e Pesquisas em
Tanatologia da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
• 1981 – Angerami-Camon, Chiatoni e Nicoletti (1992), destacam a criação do primeiro
curso de Especialização em Psicologia Hospitalar, em, ofertado pelo Instituto Sede Sa-
pientae, sob a responsabilidade de Angerami-Camon. Acrescentam que, em 1982, Marli
R. Meleti normatizou, após anos de atividades, o Setor de Psicologia do Serviço de On-
cologia Ginecológica da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência.

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• Heloisa B. C. Chiattone implantou o Setor de Psicologia do Serviço de Pediatria do Hos-


pital Brigadeiro em São Paulo e foi pioneira na inserção das mães como acompanhantes
de seus filhos durante sua internação, com o Projeto Mãe-Participante.
• 1980, a psicóloga Denise Franco Duque foi contratada na Unidade de Pediatria do Hospi-
tal Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC), Florianópolis, SC.
• 1983, as psicólogas Maria Aparecida Crepaldi e Maria Cristina Vignoli, docentes da
UFSC, organizaram o primeiro estágio curricular em psicologia aplicada à pediatria, no
referido hospital, juntamente com a então psicóloga Telma Pereira Lenzi. O Serviço de
Psicologia do HU/UFSC consolidou-se e hoje conta com 13 psicólogas contratadas para
atuarem nas diferentes clínicas, além de alunos de graduação e de pós-graduação stric-
to sensu e residentes em psicologia.
• 1987 – com o aparecimento do primeiro caso de Aids no Hospital Universitário da Uni-
versidade Estadual de Londrina (HU/UEL), a psicóloga Niracema Kuriki, que atuava em
Ambulatório da instituição há pouco mais de um ano, foi convidada a ampliar seu esco-
po de atuação e atender os pacientes internados na Unidade de Moléstias Infectocon-
tagiosas do mesmo hospital. Após sistematizar seu trabalho nesta unidade, ela fundou
o Serviço de Psicologia em 1991. A aceitação deste serviço por parte das equipes de
saúde e da direção do hospital foi muito boa e em pouco tempo o Serviço cresceu ver-
tiginosamente, com abertura de novas vagas de concurso para psicóloga(o) hospitalar.
• 1992 – Na Santa Casa de São Paulo, iniciou o Serviço de Psicologia com as funções de
psicodiagnóstico, orientação e psicoterapia em enfermarias e ambulatórios médicos e
evoluiu para atribuições ligadas à assistência, ensino e pesquisa (BRUSCATO; BENEDET-
TI; LOPES, 2004). Este serviço tem tido grande importância no cenário nacional, tendo
obtido, em 2003, o reconhecimento da Associação Brasileira de Ensino de Psicologia
(ABEP) para o Curso de Especialização em Psicologia Hospitalar ofertado por eles, além
do credenciamento do Conselho Federal de Psicologia (CFP), como Núcleo Formador de
especialistas em 2010 (SANTA CASA – SP).
• 1997 – ocorreu a fundação da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar (SBPH).
• 2000 – Com um vertiginoso crescimento, a Psicologia hospitalar, passou a ser reconhe-
cida e regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia como uma especialidade, por
meio da Resolução 014/2000 (CFP, 2000).
• 1970 – implantação das Residências em Psicologia. O Prof. Dr. Ricardo Gorayeb, em
conjunto com a Profa. Dra Edna Maria Marturano e com o apoio do presidente da Co-
missão de Residência Médica do Hospital, o neurologista Prof. Dr. José Geraldo Speciali,
elaboraram e iniciaram no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto – USP, a primeira Residência em Psicologia do Brasil (GORAYEB, 2010).

Mas o que é psicologia hospitalar?

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É o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento.
O adoecimento se dá quando o sujeito humano, carregado de subjetividade, esbarra em um “real”,
de natureza patológica, denominado “doença”, presente em seu próprio corpo, produzindo uma in-
finidade de aspectos psicológicos que podem se evidenciar no paciente, na família e na equipe de
profissionais (SIMONETTI, 2004, p. 15).

Desse modo, as atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar, definidas pelo CFP em conjunto
com a SBPH. Sendo assim, a(o) psicóloga(o) hospitalar:

- Atua em instituições de saúde nos níveis secundário e terciário;


- Atua em instituições de ensino superior e/ou centros de estudo e pesquisa visando aperfeiçoamen-
to ou especialização dos profissionais;
- Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisadores quan-
do estes estão em pesquisa de campo;
- Avalia e acompanha intercorrências psíquicas quando o paciente está em tratamento;
- Favorece a promoção e recuperação da saúde física e mental, promove intervenção para melhorar
a relação médico/paciente/família;
- Atende pacientes clínicos/cirúrgicos em diferentes especialidades;
- Realiza atendimento psicoterapêutico, grupos, psicoprofilaxia, avaliação diagnóstica, interconsul-
tas;
- Trabalha em ambulatório, enfermarias, PS, UTI, UCO e atua de forma interdisciplinar. (SBPH – Web
Site)

Entende-se de maneira geral que o psicólogo hospitalar precisa trabalhar junto a equipe
interagindo com outros profissionais e áreas de conhecimento. Portanto, cabe entendermos
os conceitos de Multi, Inter e Transdisciplinaridade.
A multidisciplinaridade difere-se da pluridisciplinaridade porque esta, apesar de também
considerar um sistema de conhecimento de um só nível, possui conhecimentos justapostas
situadas geralmente ao mesmo nível hierárquico e agrupados de modo a fazer aparecer as
relações existentes entre elas (MENEZES, 2010).
Na interdisciplinaridade é possível se perceber a cooperação e o diálogo entre as diferen-
tes áreas de conhecimento em prol de um problema comum (CARLOS, 1995).
A transdisciplinaridade é uma proposta relativamente recente no campo epistemológico
e representa um nível de integração de conhecimentos além da interdisciplinaridade, gerando
uma interpretação mais holística dos fatos e fenômenos.

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Fonte: SILVA (2000).

Ainda no contexto hospitalar há de se discutir e pensar sobre a terminalidade e luto.


Os processos de adoecimento despertam os mais diversos sentimentos nos sujeitos. Tan-
to o sujeito que se vê frente à doença quanto aqueles que o circundam são atingidos por an-
gústias, medos e sentimentos das mais variadas naturezas.
De acordo com Drane (2014), em situações de terminalidade iminente, muitas vezes o pró-
prio bem-estar do paciente é comprometido em prol de tratamentos que têm por finalidade
eliminar as dores e desconfortos físicos.
Os significados sociais também tomam papéis importantes em relação aos sentimentos e
o modo como o paciente e seus pares lidam com a questão da morte.

Um paciente pode enxergar a morte como um castigo, outro pode entender o


processo como uma forma de descanso e de fim do sofrimento. Tal complexidade
desperta nestes profissionais a necessidade de trabalhar ativamente, sobretudo
em equipe multidisciplinar, as necessidades específicas de pacientes, familiares e
mesmo da própria equipe (SANTOS, 2011).

De acordo com Montagna (2016), terminalidade é um termo cunhado pela medicina para
se referir a uma condição de saúde que evoluirá em breve para a morte.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO, s.d.), os cuidados paliativos têm
por objetivo aliviar a dor e demais sintomas que causam sofrimento; entender a vida e conside-

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rar a morte como processo natural; não ter a intenção de apressar nem postergar o momento
da morte; integrar todos os aspectos socioculturais e espirituais, bem como os aspectos psi-
cossociais ao cuidado com o paciente; oferecer tecnologias de apoio que possibilitem que o
paciente viva tanto quanto for possível; oferecer apoio à família do paciente, no sentido de que
possa lidar melhor com a doença de seu ente querido ou com o luto após sua morte; lançar
mão de equipe para cuidar das necessidades dos pacientes e familiares, como, por exemplo,
aconselhamento para o luto, quando indicado, entre outros.

 Obs.: Os processos de luto, de acordo com Fonseca (2004), podem ter início antes mesmo
da morte. O luto pode ocorrer a partir da notícia da própria doença. As incertezas e
o rompimento de vínculos, aliados à confusão e ao estresse experienciados, podem
adiantar as sensações de ansiedade e desconforto causadas pelo sentimento de luto.
Por luto, pode-se entender o processo de perda definitiva de um objeto simbólico sig-
nificativo, aqui representado pela morte de um ente querido.

Aspectos Psicológicos do Luto

O luto pode ser representado frente a perda de algo ou alguém significativo. Portanto, não
está relacionado sempre à perda por morte.

EXEMPLO
Aposentadoria, envelhecer, mudar de cidade, perder um amigo, às vezes terminar a faculdade,
terminar um ciclo. Toda mudança também está ligada a um processo de luto.

Para entendermos o LUTO, apresentaremos algumas teorias que abordam o assunto:

A Teoria Psicanalítica:
que embasou o A Teoria
conhecimento sobre o Comportamental
assunto, a famosa obra Cognitiva: estresse
de Freud “ Luto e pós-traumático.
Melancolia”.

A Teoria do Apego foi criada pelo


John Bowlby, que estuda os
efeitos da privação materna e a
partir daí estabelece as fases do
luto diante da perda.

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Para Bowlby o luto do adulto ou adolescente, é o mesmo processo que sofre a criança na
ausência materna. Para o Autor, estar próximo a outro ser humano é vital para a sobrevivência
biológica e psíquica. Esta é a base da Teoria do Apego. Bowlby define a personalidade como
sendo formada pela busca da proximidade com o outro, pela vinculação; então nós vivemos e
sobrevivemos por esta vinculação, pelo contato com o outro
As fases do luto seriam então, as mesmas da separação mãe-bebê (como experiência pri-
mária da necessidade vital do contato e consequente risco pela separação).

As Quatro Fases do Luto

1ª FASE: Desorientação, Torpor, Negação e Isolamento.


Momento de grande confusão. O enlutado fica perdido diante da dor que desestrutura, não
“sabe” o que sentir ou responder. Está muito presente neste processo a negação. Negação e
Isolamento funcionam como uma estratégia psíquica e social de proteção.
2ª FASE: Anseio e Busca da figura perdida.
Bowby diz que existe uma explicação biológica para essa fase: a procura, o choro são me-
canismos adaptativos de tentativa de recuperação da vinculação da figura perdida.
3ª FASE: Dor Profunda e Desespero.
Este é o momento em que o vazio deixado por ele no grupo social e na família fica mais
delineado, mais definido. Fase de intensa dor,marcada muitas vezes por desmotivação apatia
e depressão, que são sentimentos que podem levar tanto ao isolamento quanto a distúrbios
psicossomáticos.
4ª FASE: Reorganização e Re-elaboração.
Pode ocorrer em média, dois anos após a morte (podendo variar bastante). Fase final do
processo de elaboração, na qual o enlutado está pronto para “reinvestir em outro objeto”, con-
forme a psicanálise. A vida vai sendo re-organizada (assim como o espaço interno) e já cabem
novos projetos.

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EXERCÍCIOS
001. (IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA/2022) No que se refere
aos aspectos conceituais, segundo Azevedo e Crepaldi (2016), o acompanhamento psicoló-
gico hospitalar visa facilitar a adaptação e enfrentamento das situações vivenciadas pelo pa-
ciente hospitalizado, assim como prioriza a tríade:
a) Paciente, família e equipe de saúde.
b) Paciente, família e comunidade.
c) Família, equipe de saúde e comunidade.
d) Família, equipe de saúde e serviços de saúde extra-hospitalares.
e) Paciente, família e serviços de saúde extra-hospitalares.

002. (INÉDITA/2022) Na década de 1930, no Brasil, influenciados pela ideia de que os fatores
psicológicos poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros ser-
viços de Higiene Mental com participação ativa de psicólogos, como propostas alternativas à
internação psiquiátrica. O psicólogo inaugurou assim, junto à Psiquiatria, seu exercício profis-
sional nas instituições de saúde mental.

003. (INÉDITA/2022) Em 1954 se iniciou de fato a inserção da(o) psicóloga(o) na instituição


hospitalar. _____________, pioneira nessa área, trabalhou no Instituto de Ortopedia e Traumato-
logia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, na clínica do grupo cirúrgico
de coluna chefiada pelo Dr. Eurico de Toledo Freitas.
a) Thereza Pontual de Lemos Mettell
b) Mathilde Neder
c) Nise da Silveira
d) Bellkiss Wilma Romano Lamosa

004. (INÉDITA/2022) O primeiro registro de atividade em hospital geral refere-se a uma pes-
quisa realizada em 1950 pelo médico Raul Briquet e pela psicóloga Bety Gastenstay.

005. (INÉDITA/2022) De acordo com a literatura, os primeiros registros de inserção do psicó-


logo no contexto hospitalar tiveram início:
a) 1809
b) 1812
c) 1816
d) 1818

006. (INÉDITA/2022) Outro nome de muita relevância na história de introdução das (os) psi-
cólogas(os) no contexto hospitalar brasileiro é Thereza Pontual de Lemos Mettell (GORAYEB,
2010; AZEVÊDO & CREPALDI, 2016).

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I – Na década de 60 ela atuou no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão


Preto da Universidade de São Paulo (HCFMPUSP), onde também lecionava.
II – Organizou uma equipe interdisciplinar para a realização do trabalho clínico junto às crian-
ças, o qual se consolidou e resultou grande sucesso em tratamentos médicos de diversas
especialidades.
III – Em 1974, foi convidada a trabalhar na Universidade de Brasília (UnB), onde atuou com
médicos, enfermeiros e paramédicos para o cuidado e assistência humanizada à criança hos-
pitalizada (ainda hoje, objeto de interesse da Organização Mundial de Saúde).
Marque a alternativa correta:
a) I, II, III
b) I, II
c) I, III
d) II, III

007. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM CLÍNICA DA PESSOA E DA FAMÍLIA/ÁREA:


PSICOLOGIA/2020) Sobre os primórdios da Psicologia Hospitalar no Brasil, preencha as lacu-
nas e assinale a alternativa correta.
A Psicologia Hospitalar no Brasil tem origem com o trabalho desenvolvido por _________________
no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), mais especificamente na Clínica
de _________________.
a) Silvia Lane / Pediatria
b) Rosimeire Silva / Psiquiatria
c) Mathilde Neder / Ortopedia e Traumatologia
d) Cristina Rauter / Geriatria
e) Marisa Decat de Moura / Ginecologia

008. (INÉDITA/2022) Em 1974, após anos de atividade em diferentes unidades do Instituto do


Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a psicóloga Bellkiss Wilma
Romano Lamosa foi convidada para organizar e implantar o Serviço de Psicologia Hospitalar
neste mesmo hospital.

009. (INÉDITA/2022) Diante da atuação do psicólogo no contexto hospitalar, considere V para


as alternativas Verdadeiras e F para as Falsas.
I – A psicóloga Regina D’Aquino criou, em 1979, em Brasília, um trabalho junto a pacientes
terminais, desenvolvendo um modelo de atuação psicoterápica frente à morte e suas implica-
ções. Sua atuação também abarcava os familiares e os profissionais.
II – Wilma C. Torres iniciou, como coordenadora, o Programa de Estudos e Pesquisas em Tana-
tologia da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.

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III – Em 1982, Marli R. Meleti normatizou, após anos de atividades, o Setor de Psicologia do Ser-
viço de Oncologia Ginecológica da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência.
IV – Heloisa B. C. Chiattone implantou o Setor de Psicologia do Serviço de Pediatria do Hospi-
tal Brigadeiro em São Paulo e foi pioneira na inserção das mães como acompanhantes de seus
filhos durante sua internação, com o Projeto Mãe-Participante.
a) I, II, III
b) I, II, IV
c) II, III, IV
d) I, II, III, IV

010. (INÉDITA/2022) Em 1983 ocorreu I Encontro Nacional de Psicólogos da Área Hospitalar,


promovido pelo Serviço de Psicologia do Hospital das Clínicas da USP. Este evento, de âmbito
nacional, foi organizado por Lamosa e foi o primeiro a reunir psicólogas (os) de todo o país que
atuavam em diversas especialidades clínicas dentro do ambiente hospitalar. Na conferência
de abertura desse encontro, ela ressaltou a importância de se ver o paciente como um todo
e do trabalho em equipe multidisciplinar, o que proporciona uma visão holística do paciente e
consequentemente um tratamento adequado.

011. (INÉDITA/2022) Com o aparecimento do primeiro caso de Aids no Hospital Universitário


da Universidade Estadual de Londrina (HU/UEL), a psicóloga Niracema Kuriki, que atuava em
Ambulatório da instituição há pouco mais de um ano, foi convidada a ampliar seu escopo de
atuação e atender os pacientes internados na Unidade de Moléstias Infectocontagiosas do
mesmo hospital. Após sistematizar seu trabalho nesta unidade, ela fundou o Serviço de Psico-
logia em 1991, conseguindo mais dois psicólogas (os). A aceitação deste serviço por parte das
equipes de saúde e da direção do hospital foi muito boa e em pouco tempo o Serviço cresceu
vertiginosamente, com abertura de novas vagas de concurso para psicóloga(o) hospitalar.

012. (INÉDITA/2022) “Na Santa Casa de São Paulo, o Serviço de Psicologia se iniciou em
__________, inicialmente com as funções de psicodiagnóstico, orientação e psicoterapia em
enfermarias e ambulatórios médicos e evoluiu para atribuições ligadas à assistência, ensino e
pesquisa (BRUSCATO; BENEDETTI; LOPES, 2004)”.
Complete corretamente a sentença:
a) 1992
b) 1996
c) 1999
d) 2002

013. (INÉDITA/2022) “A Santa Casa de São Paulo, iniciou o Serviço de com as funções de psi-
codiagnóstico, orientação e psicoterapia em enfermarias e ambulatórios médicos e evoluiu

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para atribuições ligadas à assistência, ensino e pesquisa. Este serviço tem tido grande impor-
tância no cenário nacional, tendo obtido, em 2003, o reconhecimento da ___________________
_______________ para o Curso de Especialização em Psicologia Hospitalar ofertado por eles”.
Complete corretamente a sentença:
a) Secretaria de Educação
b) Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP)
c) Santa Casa
d) Conselho Federal de Psicologia (CFP)

014. (INÉDITA/2022) Com um vertiginoso crescimento, a Psicologia hospitalar, em 2000, pas-


sou a ser reconhecida e regulamentada pelo:
a) Conselho Federal de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução 014/2000
(CFP, 2000).
b) Conselho Regional de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução 014/2000
(CRP, 2000).
c) Conselho Estadual de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução 014/2000
(CEP, 2000).
d) Conselho Internacional de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução
014/2000 (CIP, 2000).

015. (SP/RESIDÊNCIA EM PSICOLOGIA/ÁREA NEONATOLOGIA/2021) Considerando a vi-


são integral de saúde, pode-se afirmar que a Psicologia Hospitalar se dedica não apenas ao
paciente internado, e se estende à família e à equipe. Nesse sentido, podemos afirmar que o
foco da Psicologia Hospitalar:
a) é o componente social em torno do adoecimento e tem como principal objetivo minimizar o
distanciamento social provocado pela hospitalização.
b) é o componente psicológico em torno do adoecimento e tem como principal objetivo mini-
mizar o sofrimento provocado pela hospitalização.
c) é o componente físico em torno do adoecimento e tem como principal objetivo minimizar o
sofrimento físico provocado pela hospitalização.
d)é o componente psicológico em torno do adoecimento e tem como principal objetivo minimi-
zar o sofrimento provocado pelo período pós-hospitalização.
e) são os componentes psicológico, social e físico em torno do adoecimento e têm como prin-
cipal objetivo minimizar o sofrimento provocado pela hospitalização.

016. (INÉDITA/2022) No que se refere ao conceito psicologia hospitalar, julgue a afirma-


tiva abaixo:
É o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimen-
to. O adoecimento se dá quando o sujeito humano, carregado de subjetividade, esbarra em um

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“real”, de natureza patológica, denominado “doença”, presente em seu próprio corpo, produzin-
do uma infinidade de aspectos psicológicos que podem se evidenciar no paciente, na família e
na equipe de profissionais (SIMONETTI, 2004, p. 15).

017. (INÉDITA/2022) Cuidar da subjetividade humana presente na doença pressupõe:


a) estar atento aos comportamentos, pensamentos, sentimentos, desejos, sonhos, lembran-
ças, crenças, discurso, entre tantos outros aspectos que formam a dinâmica psíquica de uma
pessoa, independentemente se são causa, consequência ou forma de manutenção da doença.
b) Trata-se de desconsiderar a subjetividade mas, restituir-lhe o lugar de sujeito, isto é, de al-
guém que pode se implicar na vivência atual, seja ela a pessoa que está doente, seus familiares
ou os profissionais de saúde responsáveis por seu cuidado.
c) Desconsiderar as inter-relações existentes entre paciente, família, equipe e instituição de
saúde, salientando que o cuidado não pode ser descontextualizado.
d) Há de considerar a doença mas, não os fatores psicológicos inerentes de cada instituição
hospitalar na qual estes personagens estão circunscritos.

018. (INÉDITA/2022) “Ao apontar os aspectos psicológicos da doença como objeto da Psico-
logia hospitalar, Simonetti (2004) faz uma transposição da questão de possíveis causas psi-
cológicas da doença para a subjetividade presente em toda e qualquer doença. Dessa forma,
entende a doença em sua dimensão biopsicossocial, de forma interdependente e inter-relacio-
nada, com toda complexidade que lhe é inerente”.

019. (INÉDITA/2022) Sobre o psicólogo hospitalar: (...) sua filosofia é reposicionar o sujeito
em relação à sua doença.”

020. (INÉDITA/2022) São atribuições do psicóloga(o) hospitalar, definidas pelo Conselho Fe-
deral de Psicologia (CFP):
a) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física,
social e mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
b) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Não acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física e
mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
c) Não atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesqui-
sadores quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psí-
quicas quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde
física e mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.

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d) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-


res quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física e
mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.

021. (PSICOLOGIA HOSPITALAR.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA/HUB/ RESI-


DÊNCIA/PSICOLOGIA/2020) Considerando a necessidade do cuidado integral no processo
dos cuidados paliativos, julgue o item a seguir.
Há uma profunda relação entre aspectos psíquicos e a busca da espiritualidade, de modo que
os cuidados psicológicos e os cuidados espirituais estabelecem entre si uma relação de com-
plementariedade.

022. (INÉDITA/2022) Sobre a Multidisciplinaridade, julgue as alternativas que seguem:


I – A multidisciplinaridade é o conjunto de disciplinas a serem trabalhadas simultaneamente,
sem fazer aparecer às relações que possam existir entre elas, destinando-se a um sistema de
um só nível e de objetivos únicos, sem nenhuma cooperação.
II – A multidisciplinaridade ocorre quando a solução de um problema se tornam necessário
para a obtenção das informações de duas ou mais ciências.
III – Para Morin (2000) a grande dificuldade nesta linha de trabalho se encontra na difícil loca-
lização da “via de interarticulação” entre as diferentes ciências.
IV – A multidisciplinaridade difere-se da pluridisciplinaridade porque esta, apesar de também
considerar um sistema de disciplinas de um só nível, possui disciplinas justapostas situadas
geralmente ao mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo a fazer aparecer as relações
existentes entre elas (MENEZES, 2010). Cada disciplina organiza, portanto, suas atividades
sem explorar a relação entre os conhecimentos das outras áreas de conhecimento, de maneira
que não há nenhum tipo de cooperação entre elas, conforme representado na figura abaixo.
a) Nenhuma das alternativas estão corretas
b) Todas as alternativas estão corretas
c) Somente as alternativas I, II, III estão corretas
d) Somente as alternativas II, III, IV estão corretas

023. (INÉDITA/2022) Sobre o conceito de interdisciplinaridade, avalie a figura abaixo e julgue


a afirmativa:

Figura 2: Interdisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)

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“Na interdisciplinaridade é possível se perceber a cooperação e o diálogo entre as diferentes


disciplinas, coordenadas por uma disciplina específica, um problema comum a todas as dis-
ciplinas ou diferentes formas que represente um elemento de integração das disciplinas, que
norteia e orienta as ações interdisciplinares (CARLOS, 1995)”.

024. (INÉDITA/2022) De acordo com o conteúdo estudado nesta aula, a interdisciplinaridade


pode ser dividida em cinco tipos. Assim, correlacione corretamente a primeira e segunda coluna:
Primeira Coluna Segunda Coluna
Interdisciplinaridade ( ) consiste no fato de uma disciplina tomar de outra, empréstimo de
Unificadora seus métodos ou seus procedimentos.
( ) busca-se encontrar certos instrumentos conceituais e de análise,
Interdisciplinaridade
considerados epistemologicamente “neutros”, para que todas as
Heterogênia
disciplinas possam utilizá-los
( ) é baseada na “soma” de informações procedentes de diversas
Interdisciplinaridade
disciplinas, as quais combinam programas dosados de forma diferente
Auxiliar
e que visam garantir uma formação ampla e geral.
Interdisciplinaridade ( ) é aquela que promove tanto a integração teórica como dos métodos
Compósita correspondentes das diferentes disciplinas em interação.
( ) trata-se de reunir várias especialidades para encontrar soluções
Pseudo-
técnicas tendo em vista resolver determinados problemas, apesar das
Interdisciplinaridade
contingências históricas em constante mutação
a) I, II, III, IV, V
b) II, III, IV, V, I
c) III, IV, V, I, II
d) III, II, V, I, IV

025. (INÉDITA/2022) “ É a interação onde ocorre uma espécie de integração de vários siste-
mas interdisciplinares em um contexto mais amplo e geral, gerando uma interpretação mais
holística dos fatos e fenômenos”.
Estamos nos referindo aqui a:
a) Interdisciplinaridade
b) Transdisciplinaridade
c) Multisdisciplinaridade
d) Nenhuma delas

026. (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL/FACULDADE DE


PSICOLOGIA/2009) A psicologia, ao participar do desafio contemporâneo do diálogo inter,
multi e transdisciplinar, tem sua definição precária de identidade dissolvida, revelando seu po-
tencial de olhar para a complexidade de seu objeto. Tal situação tem o potencial de propiciar

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a construção de novas formas e práticas de se pensar o saber psicológico. Todavia, convida


à realização de atividades cada vez mais em sintonia com outros saberes. Assim, uma dupla
tarefa impõe-se: dialogar, ultrapassando fronteiras antes demarcadas, e sustentar um discurso
construtor de uma identidade específica do saber psicológico. Considerando-se o texto, assi-
nale a afirmação CORRETA.
a) A identidade emergente da psicologia contemporânea supera as suas dicotomias epistemo-
lógicas, ao dialogar com outros saberes, referendando-se neles, pois esses saberes possuem
uma maior segurança metodológica.
b) A psicologia como ciência foi marcada pela tensão dos projetos de sua constituição, estabe-
lecendo uma epistemologia única que se expressa em múltiplos métodos, que podem dialogar
com outros saberes.
c) A psicologia, ao participar do diálogo inter, multi e transdisciplinar, têm reconstruído as fron-
teiras de sua identidade, pois, no contato com saberes diversos, revela sua característica: a
complexidade epistemológica e metodológica.
d) O diálogo inter, multi e transdisciplinar dificulta a definição formal da psicologia como ciên-
cia, pois dissolve a identidade já bem constituída do saber psicológico, propondo uma identifi-
cação com outras formas do saber sobre o homem.
e) O psicólogo tem sido convidado a realizar diálogos que o desafiam a construir uma lingua-
gem inter, multi e transdisciplinar, centrada no discurso epistemológico das ciências exatas,
como a física quântica, e das ciências biológicas, como a genética.

027. (INÉDITA/2022) Percebe-se ao lançar o olhar sobre os centros médicos e unidades de


terapia intensiva, uma tendência da equipe de saúde em observar o sujeito doente apenas em
sua doença, não trazendo à tona, na maioria das vezes, os processos subjetivos, que deveriam
ser contemplados por meio de um olhar para a __________________ do sujeito em questão.
Complete corretamente a sentença:
a) Integralidade
b) Subjetividade
c) Doença
d) Família

028. (INÉDITA/2022) Para Mendes, Lustosa e Andrade (2009), os _________________ que, por
alguma razão, não podem ser expressados pelos profissionais da equipe em relação ao pa-
ciente também impedem que esta mesma equipe se sinta apta a acolher os sentimentos des-
te paciente.
Complete corretamente a sentença:
a) Instrumentos
b) Sentimentos
c) Profissionais
d) Anseios

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029. (INÉDITA/2022) A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é, frequentemente, o local onde


acontecem os processos de doenças terminais. As UTI’s são equipamentos de cuidados inten-
sivos presentes nos hospitais e/ou centros de saúde e que são destinados ao atendimento de
pacientes graves ou com risco de morte.

030. (INÉDITA/2022) Os processos de __________, de acordo com Fonseca (2004), podem ter
início antes mesmo da _________. O luto pode ocorrer a partir da notícia da própria doença.
As incertezas e o rompimento de vínculos, aliados à confusão e ao estresse experienciados,
podem adiantar as sensações de ansiedade e desconforto causadas pelo sentimento de luto.
a) luto/ morte
b) luto/vida
c) adoecimento/ morte
d) finitude/ morte

031. (INÉDITA/2022) Foi estudado na aula que há três (3) teorias que abordam o luto.
Quais não elas:
a) Humanismo/ Sistêmica/ Psicanalítica
b) Comportamental/ Sistêmica/ Psicanalítica
c) Teoria do Apego/ Humanismo/ Comportamental
d) Psicanalítica/ Comportamental/ Teoria do Apego

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GABARITO
1. a
2. C
3. b
4. C
5. d
6. a
7. c
8. C
9. d
10. C
11. C
12. a
13. b
14. a
15. b
16. C
17. a
18. C
19. C
20. d
21. C
22. b
23. C
24. d
25. b
26. c
27. a
28. b
29. C
30. a
31. d

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GABARITO COMENTADO
001. (IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA/2022) No que se refere
aos aspectos conceituais, segundo Azevedo e Crepaldi (2016), o acompanhamento psicoló-
gico hospitalar visa facilitar a adaptação e enfrentamento das situações vivenciadas pelo pa-
ciente hospitalizado, assim como prioriza a tríade:
a) Paciente, família e equipe de saúde.
b) Paciente, família e comunidade.
c) Família, equipe de saúde e comunidade.
d) Família, equipe de saúde e serviços de saúde extra-hospitalares.
e) Paciente, família e serviços de saúde extra-hospitalares.

Diante do enunciado da questão e do conteúdo estudado nesta aula, o psicólogo hospitalar


está em contato com a finitude humana especialmente nas Unidades de Terapia Intensiva
(UTI’s). Nesse sentido, sua relação com a terminalidade está pautada em três eixos principais:
paciente, família e equipe.
Letra a.

002. (INÉDITA/2022) Na década de 1930, no Brasil, influenciados pela ideia de que os fatores
psicológicos poderiam ter influência na saúde e na doença, foram fundados os primeiros ser-
viços de Higiene Mental com participação ativa de psicólogos, como propostas alternativas à
internação psiquiátrica. O psicólogo inaugurou assim, junto à Psiquiatria, seu exercício profis-
sional nas instituições de saúde mental.

Correto conforme enunciado da questão.


Certo.

003. (INÉDITA/2022) Em 1954 se iniciou de fato a inserção da(o) psicóloga(o) na instituição


hospitalar. _____________, pioneira nessa área, trabalhou no Instituto de Ortopedia e Traumato-
logia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, na clínica do grupo cirúrgico
de coluna chefiada pelo Dr. Eurico de Toledo Freitas.
a) Thereza Pontual de Lemos Mettell
b) Mathilde Neder
c) Nise da Silveira
d) Bellkiss Wilma Romano Lamosa

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Seu trabalho consistia em preparar psicologicamente as crianças para intervenções cirúrgicas


do aparelho locomotor e em acompanhá-las no processo de reabilitação.
Letra b.

004. (INÉDITA/2022) O primeiro registro de atividade em hospital geral refere-se a uma pes-
quisa realizada em 1950 pelo médico Raul Briquet e pela psicóloga Bety Gastenstay.

O objetivo era introduzir o alojamento conjunto na maternidade do Hospital da Clínicas.


Certo.

005. (INÉDITA/2022) De acordo com a literatura, os primeiros registros de inserção do psicó-


logo no contexto hospitalar tiveram início:
a) 1809
b) 1812
c) 1816
d) 1818

Os primeiros registros do trabalho do psicólogo no contexto hospitalar foram em 1818 quan-


do, no Hospital McLean, em Massachussets, formou-se a primeira equipe multiprofissional
que incluía o psicólogo. Foi fundado, em 1904, neste mesmo hospital, um laboratório de Psi-
cologia onde foram desenvolvidas as primeiras pesquisas sobre a Psicologia Hospitalar (IS-
MAEL, 2005).
Letra d.

006. (INÉDITA/2022) Outro nome de muita relevância na história de introdução das (os) psi-
cólogas(os) no contexto hospitalar brasileiro é Thereza Pontual de Lemos Mettell (GORAYEB,
2010; AZEVÊDO & CREPALDI, 2016).
I – Na década de 60 ela atuou no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto da Universidade de São Paulo (HCFMPUSP), onde também lecionava.
II – Organizou uma equipe interdisciplinar para a realização do trabalho clínico junto às crian-
ças, o qual se consolidou e resultou grande sucesso em tratamentos médicos de diversas
especialidades.
III – Em 1974, foi convidada a trabalhar na Universidade de Brasília (UnB), onde atuou com
médicos, enfermeiros e paramédicos para o cuidado e assistência humanizada à criança hos-
pitalizada (ainda hoje, objeto de interesse da Organização Mundial de Saúde).

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Marque a alternativa correta:


a) I, II, III
b) I, II
c) I, III
d) II, III

Todas as alternativas estão corretas.


Letra a.

007. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM CLÍNICA DA PESSOA E DA FAMÍLIA/ÁREA:


PSICOLOGIA/2020) Sobre os primórdios da Psicologia Hospitalar no Brasil, preencha as lacu-
nas e assinale a alternativa correta.
A Psicologia Hospitalar no Brasil tem origem com o trabalho desenvolvido por _________________
no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), mais especificamente na Clínica
de _________________.
a) Silvia Lane / Pediatria
b) Rosimeire Silva / Psiquiatria
c) Mathilde Neder / Ortopedia e Traumatologia
d) Cristina Rauter / Geriatria
e) Marisa Decat de Moura / Ginecologia

Conforme estudado nesta aula e apresentado pela literatura, a letra c é a resposta correta.
Letra c.

008. (INÉDITA/2022) Em 1974, após anos de atividade em diferentes unidades do Instituto do


Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, a psicóloga Bellkiss Wilma
Romano Lamosa foi convidada para organizar e implantar o Serviço de Psicologia Hospitalar
neste mesmo hospital.

Correto e como reflexo da inserção da(o) psicóloga(o) no hospital, a Pontifícia Universidade


Católica de São Paulo (PUCSP) ofereceu, em 1976, o primeiro curso de Psicologia Hospitalar
do Brasil, sob a responsabilidade de Belkiss W. R. Lamosa.
Certo.

009. (INÉDITA/2022) Diante da atuação do psicólogo no contexto hospitalar, considere V para


as alternativas Verdadeiras e F para as Falsas.

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I– A psicóloga Regina D’Aquino criou, em 1979, em Brasília, um trabalho junto a pacientes


terminais, desenvolvendo um modelo de atuação psicoterápica frente à morte e suas implica-
ções. Sua atuação também abarcava os familiares e os profissionais.
II – Wilma C. Torres iniciou, como coordenadora, o Programa de Estudos e Pesquisas em Tana-
tologia da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
III – Em 1982, Marli R. Meleti normatizou, após anos de atividades, o Setor de Psicologia do Ser-
viço de Oncologia Ginecológica da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência.
IV – Heloisa B. C. Chiattone implantou o Setor de Psicologia do Serviço de Pediatria do Hospi-
tal Brigadeiro em São Paulo e foi pioneira na inserção das mães como acompanhantes de seus
filhos durante sua internação, com o Projeto Mãe-Participante.
a) I, II, III
b) I, II, IV
c) II, III, IV
d) I, II, III, IV

Letra d correta conforme literatura e conteúdo estudado.


Letra d.

010. (INÉDITA/2022) Em 1983 ocorreu I Encontro Nacional de Psicólogos da Área Hospitalar,


promovido pelo Serviço de Psicologia do Hospital das Clínicas da USP. Este evento, de âmbito
nacional, foi organizado por Lamosa e foi o primeiro a reunir psicólogas (os) de todo o país que
atuavam em diversas especialidades clínicas dentro do ambiente hospitalar. Na conferência
de abertura desse encontro, ela ressaltou a importância de se ver o paciente como um todo
e do trabalho em equipe multidisciplinar, o que proporciona uma visão holística do paciente e
consequentemente um tratamento adequado.

Correta conforme literatura e conteúdo estudado.


Certo.

011. (INÉDITA/2022) Com o aparecimento do primeiro caso de Aids no Hospital Universitário


da Universidade Estadual de Londrina (HU/UEL), a psicóloga Niracema Kuriki, que atuava em
Ambulatório da instituição há pouco mais de um ano, foi convidada a ampliar seu escopo de
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Certo.

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a) 1992
b) 1996
c) 1999
d) 2002

Correta conforme literatura e conteúdo estudado.


Letra a.

013. (INÉDITA/2022) “A Santa Casa de São Paulo, iniciou o Serviço de com as funções de psi-
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b) Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP)
c) Santa Casa
d) Conselho Federal de Psicologia (CFP)

Correta conforme literatura e conteúdo estudado.


Letra b.

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sou a ser reconhecida e regulamentada pelo:
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b) Conselho Regional de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução 014/2000
(CRP, 2000).
c) Conselho Estadual de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução 014/2000
(CEP, 2000).
d) Conselho Internacional de Psicologia como uma especialidade, por meio da Resolução
014/2000 (CIP, 2000).

O Conselho Federal de Psicologia, tem como uma de suas atribuições: – Definir, nos termos
legais, o limite de competência do exercício profissional, conforme os cursos realizados ou
provas de especialização prestadas em escolas ou institutos profissionais reconhecidos (cfp.
org.br/cfp/sistema-conselhos/).
Letra a.

015. (SP/RESIDÊNCIA EM PSICOLOGIA/ÁREA NEONATOLOGIA/2021) Considerando a vi-


são integral de saúde, pode-se afirmar que a Psicologia Hospitalar se dedica não apenas ao
paciente internado, e se estende à família e à equipe. Nesse sentido, podemos afirmar que o
foco da Psicologia Hospitalar:
a) é o componente social em torno do adoecimento e tem como principal objetivo minimizar o
distanciamento social provocado pela hospitalização.
b) é o componente psicológico em torno do adoecimento e tem como principal objetivo mini-
mizar o sofrimento provocado pela hospitalização.
c) é o componente físico em torno do adoecimento e tem como principal objetivo minimizar o
sofrimento físico provocado pela hospitalização.
d)é o componente psicológico em torno do adoecimento e tem como principal objetivo minimi-
zar o sofrimento provocado pelo período pós-hospitalização.
e) são os componentes psicológico, social e físico em torno do adoecimento e têm como prin-
cipal objetivo minimizar o sofrimento provocado pela hospitalização.

Letra b é a resposta correta.


Letra b.

016. (INÉDITA/2022) No que se refere ao conceito psicologia hospitalar, julgue a afirma-


tiva abaixo:
É o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimen-
to. O adoecimento se dá quando o sujeito humano, carregado de subjetividade, esbarra em um
“real”, de natureza patológica, denominado “doença”, presente em seu próprio corpo, produzin-
do uma infinidade de aspectos psicológicos que podem se evidenciar no paciente, na família e
na equipe de profissionais (SIMONETTI, 2004, p. 15).

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Correta conforme literatura e conteúdo estudado na disciplina.


Certo.

017. (INÉDITA/2022) Cuidar da subjetividade humana presente na doença pressupõe:


a) estar atento aos comportamentos, pensamentos, sentimentos, desejos, sonhos, lembran-
ças, crenças, discurso, entre tantos outros aspectos que formam a dinâmica psíquica de uma
pessoa, independentemente se são causa, consequência ou forma de manutenção da doença.
b) Trata-se de desconsiderar a subjetividade mas, restituir-lhe o lugar de sujeito, isto é, de al-
guém que pode se implicar na vivência atual, seja ela a pessoa que está doente, seus familiares
ou os profissionais de saúde responsáveis por seu cuidado.
c) Desconsiderar as inter-relações existentes entre paciente, família, equipe e instituição de
saúde, salientando que o cuidado não pode ser descontextualizado.
d) Há de considerar a doença mas, não os fatores psicológicos inerentes de cada instituição
hospitalar na qual estes personagens estão circunscritos.

As demais alternativas (b,c,d) desconsideram aspectos importantes no que tange ao sujeito e


sua subjetividade.
Letra a.

018. (INÉDITA/2022) “Ao apontar os aspectos psicológicos da doença como objeto da Psico-
logia hospitalar, Simonetti (2004) faz uma transposição da questão de possíveis causas psi-
cológicas da doença para a subjetividade presente em toda e qualquer doença. Dessa forma,
entende a doença em sua dimensão biopsicossocial, de forma interdependente e inter-relacio-
nada, com toda complexidade que lhe é inerente”.

Correta conforme literatura e conteúdo estudado na aula.


Certo.

019. (INÉDITA/2022) Sobre o psicólogo hospitalar: (...) sua filosofia é reposicionar o sujeito
em relação à sua doença.”

Seu fazer é de uma ordem completamente diferente da Medicina. Deixa a doença e o objetivo
de curá-la completamente a cargo do médico, enquanto cuida do corpo simbólico.
Certo.

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020. (INÉDITA/2022) São atribuições do psicóloga(o) hospitalar, definidas pelo Conselho Fe-
deral de Psicologia (CFP):
a) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física,
social e mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
b) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Não acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física e
mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
c) Não atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesqui-
sadores quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psí-
quicas quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde
física e mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.
d) Atende a pacientes e familiares, membros de equipe multidisciplinar, alunos e pesquisado-
res quando estes estão em pesquisa de campo; Avalia e acompanha intercorrências psíquicas
quando o paciente está em tratamento; Favorece a promoção e recuperação da saúde física e
mental, promove intervenção para melhorar a relação médico/paciente/família.

Conforme preconiza o CFP, essa alternativa (letra d) apresenta de forma correta as atribuições
do psicólogo hospitalar.
Letra d.

021. (PSICOLOGIA HOSPITALAR.HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA/HUB/ RESI-


DÊNCIA/PSICOLOGIA/2020) Considerando a necessidade do cuidado integral no processo
dos cuidados paliativos, julgue o item a seguir.
Há uma profunda relação entre aspectos psíquicos e a busca da espiritualidade, de modo que
os cuidados psicológicos e os cuidados espirituais estabelecem entre si uma relação de com-
plementariedade.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (WHO, s.d.), os cuidados paliativos compreen-
dem alguns aspectos dentre eles a integração dos aspectos socioculturais e espirituais.
Certo.

022. (INÉDITA/2022) Sobre a Multidisciplinaridade, julgue as alternativas que seguem:


I – A multidisciplinaridade é o conjunto de disciplinas a serem trabalhadas simultaneamente,
sem fazer aparecer às relações que possam existir entre elas, destinando-se a um sistema de
um só nível e de objetivos únicos, sem nenhuma cooperação.

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II – A multidisciplinaridade ocorre quando a solução de um problema se tornam necessário


para a obtenção das informações de duas ou mais ciências.
III – Para Morin (2000) a grande dificuldade nesta linha de trabalho se encontra na difícil loca-
lização da “via de interarticulação” entre as diferentes ciências.
IV – A multidisciplinaridade difere-se da pluridisciplinaridade porque esta, apesar de também
considerar um sistema de disciplinas de um só nível, possui disciplinas justapostas situadas
geralmente ao mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo a fazer aparecer as relações
existentes entre elas (MENEZES, 2010). Cada disciplina organiza, portanto, suas atividades
sem explorar a relação entre os conhecimentos das outras áreas de conhecimento, de maneira
que não há nenhum tipo de cooperação entre elas, conforme representado na figura abaixo.
a) Nenhuma das alternativas estão corretas
b) Todas as alternativas estão corretas
c) Somente as alternativas I, II, III estão corretas
d) Somente as alternativas II, III, IV estão corretas

A letra b está correta conforme literatura e conteúdo estudado nesta aula.


Letra b.

023. (INÉDITA/2022) Sobre o conceito de interdisciplinaridade, avalie a figura abaixo e julgue


a afirmativa:

Figura 2: Interdisciplinaridade
Fonte: CARLOS (1995)

“Na interdisciplinaridade é possível se perceber a cooperação e o diálogo entre as diferentes


disciplinas, coordenadas por uma disciplina específica, um problema comum a todas as dis-
ciplinas ou diferentes formas que represente um elemento de integração das disciplinas, que
norteia e orienta as ações interdisciplinares (CARLOS, 1995)”.

Correta conforme literatura e conteúdo estudado nesta aula.


Certo.

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024. (INÉDITA/2022) De acordo com o conteúdo estudado nesta aula, a interdisciplinaridade


pode ser dividida em cinco tipos. Assim, correlacione corretamente a primeira e segunda coluna:
Primeira Coluna Segunda Coluna
Interdisciplinaridade ( ) consiste no fato de uma disciplina tomar de outra, empréstimo de
Unificadora seus métodos ou seus procedimentos.
( ) busca-se encontrar certos instrumentos conceituais e de análise,
Interdisciplinaridade
considerados epistemologicamente “neutros”, para que todas as
Heterogênia
disciplinas possam utilizá-los
( ) é baseada na “soma” de informações procedentes de diversas
Interdisciplinaridade
disciplinas, as quais combinam programas dosados de forma diferente
Auxiliar
e que visam garantir uma formação ampla e geral.
Interdisciplinaridade ( ) é aquela que promove tanto a integração teórica como dos métodos
Compósita correspondentes das diferentes disciplinas em interação.
( ) trata-se de reunir várias especialidades para encontrar soluções
Pseudo-
técnicas tendo em vista resolver determinados problemas, apesar das
Interdisciplinaridade
contingências históricas em constante mutação
a) I, II, III, IV, V
b) II, III, IV, V, I
c) III, IV, V, I, II
d) III, II, V, I, IV

Letra d é a correlação correta.


Letra d.

025. (INÉDITA/2022) “ É a interação onde ocorre uma espécie de integração de vários siste-
mas interdisciplinares em um contexto mais amplo e geral, gerando uma interpretação mais
holística dos fatos e fenômenos”.
Estamos nos referindo aqui a:
a) Interdisciplinaridade
b) Transdisciplinaridade
c) Multisdisciplinaridade
d) Nenhuma delas

Considerando o enunciado da questão, a letra b é a resposta correta.


Letra b.

026. (PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL/FACULDADE DE


PSICOLOGIA/2009) A psicologia, ao participar do desafio contemporâneo do diálogo inter,
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multi e transdisciplinar, tem sua definição precária de identidade dissolvida, revelando seu po-
tencial de olhar para a complexidade de seu objeto. Tal situação tem o potencial de propiciar
a construção de novas formas e práticas de se pensar o saber psicológico. Todavia, convida
à realização de atividades cada vez mais em sintonia com outros saberes. Assim, uma dupla
tarefa impõe-se: dialogar, ultrapassando fronteiras antes demarcadas, e sustentar um discurso
construtor de uma identidade específica do saber psicológico. Considerando-se o texto, assi-
nale a afirmação CORRETA.
a) A identidade emergente da psicologia contemporânea supera as suas dicotomias epistemo-
lógicas, ao dialogar com outros saberes, referendando-se neles, pois esses saberes possuem
uma maior segurança metodológica.
b) A psicologia como ciência foi marcada pela tensão dos projetos de sua constituição, estabe-
lecendo uma epistemologia única que se expressa em múltiplos métodos, que podem dialogar
com outros saberes.
c) A psicologia, ao participar do diálogo inter, multi e transdisciplinar, têm reconstruído as fron-
teiras de sua identidade, pois, no contato com saberes diversos, revela sua característica: a
complexidade epistemológica e metodológica.
d) O diálogo inter, multi e transdisciplinar dificulta a definição formal da psicologia como ciên-
cia, pois dissolve a identidade já bem constituída do saber psicológico, propondo uma identifi-
cação com outras formas do saber sobre o homem.
e) O psicólogo tem sido convidado a realizar diálogos que o desafiam a construir uma lingua-
gem inter, multi e transdisciplinar, centrada no discurso epistemológico das ciências exatas,
como a física quântica, e das ciências biológicas, como a genética.

Este é um grande desafio para todos os saberes na contemporaneidade. Especialmente em


relação à Psicologia uma grande mudança de paradigma deu-se em função da abertura do
campo de atuação do psicólogo e da necessidade desse profissional sair de um espaço mais
reservado e privado, para os campos das políticas públicas e da invenção de novos fazeres.
Trabalhar nessa perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade implica, a todo momento,
em transitarmos por espaços coletivos (diferentes Campos de atuação) e trocas com outros
saberes, bem como defender o espaço de Núcleo (saberes da Psicologia).
Letra c.

027. (INÉDITA/2022) Percebe-se ao lançar o olhar sobre os centros médicos e unidades de


terapia intensiva, uma tendência da equipe de saúde em observar o sujeito doente apenas em
sua doença, não trazendo à tona, na maioria das vezes, os processos subjetivos, que deveriam
ser contemplados por meio de um olhar para a __________________ do sujeito em questão.
Complete corretamente a sentença:

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a) Integralidade
b) Subjetividade
c) Doença
d) Família

A letra a é a alternativa que completa a sentença visto o conteúdo estudado.


Letra a.

028. (INÉDITA/2022) Para Mendes, Lustosa e Andrade (2009), os _________________ que, por
alguma razão, não podem ser expressados pelos profissionais da equipe em relação ao pa-
ciente também impedem que esta mesma equipe se sinta apta a acolher os sentimentos des-
te paciente.
Complete corretamente a sentença:
a) Instrumentos
b) Sentimentos
c) Profissionais
d) Anseios

A letra b é a alternativa que completa a sentença visto o conteúdo estudado.


Letra b.

029. (INÉDITA/2022) A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é, frequentemente, o local onde


acontecem os processos de doenças terminais. As UTI’s são equipamentos de cuidados inten-
sivos presentes nos hospitais e/ou centros de saúde e que são destinados ao atendimento de
pacientes graves ou com risco de morte.

Correto conforme enunciado da questão.


Certo.

030. (INÉDITA/2022) Os processos de __________, de acordo com Fonseca (2004), podem ter
início antes mesmo da _________. O luto pode ocorrer a partir da notícia da própria doença.
As incertezas e o rompimento de vínculos, aliados à confusão e ao estresse experienciados,
podem adiantar as sensações de ansiedade e desconforto causadas pelo sentimento de luto.
a) luto/ morte
b) luto/vida
c) adoecimento/ morte
d) finitude/ morte

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Por luto, pode-se entender o processo de perda definitiva de um objeto simbólico significativo,
aqui representado pela morte de um ente querido.
Letra a.

031. (INÉDITA/2022) Foi estudado na aula que há três (3) teorias que abordam o luto.
Quais não elas:
a) Humanismo/ Sistêmica/ Psicanalítica
b) Comportamental/ Sistêmica/ Psicanalítica
c) Teoria do Apego/ Humanismo/ Comportamental
d) Psicanalítica/ Comportamental/ Teoria do Apego

A Teoria Psicanalítica: que embasou o conhecimento sobre o assunto, a famosa obra de Freud
“Luto e Melancolia”.; A Teoria Comportamental Cognitiva: estresse pós-traumático; A Teoria do
Apego foi criada pelo John Bowlby, que estuda os efeitos da privação materna e a partir daí
estabelece as fases do luto diante da perda.
Letra d.

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Ariete Bittencourt Pinto


Graduação em Psicologia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc – Joaçaba (1999)
e Mestrado em Ciências da Saúde Humana pela Universidade do Contestado – Campus Concórdia
(2005). É docente na Universidade do Contestado – UnC (há 18 anos). Coordenadora do Núcleo Docente
Estruturante (NDE) do Curso de Psicologia e Coordenadora do Núcleo de Serviços em Psicologia (Clínica
Escola). Anualmente é membro de bancas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de
Psicologia. É professora-orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso I e II do Curso de Psicologia.
Professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Clínica e da Saúde
I e II; e professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Escolar I e
II. É psicóloga clínica e psicóloga credenciada pela Polícia Federal para Avaliação Psicológica para Arma
de Fogo. Foi Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade do Contestado (UnC) – Concórdia.
Foi docente na Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc (2010 a 2016). Docente na graduação
e na pós-graduação. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Contestado. Editora
assistente da Revista Interdisciplinar: Saúde e Meio Ambiente da Universidade do Contestado. Parecerista
no I Congresso Catarinense de Psicologia: Ciência e Profissão (2015).

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