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SISTEMAS DE
CONTROLE
Rosana Yasue Narazaki
Sistemas de Controle
1ª edição
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2019
2
© 2019 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio,
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Editorial
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Beatriz Meloni Montefusco
Daniella Fernandes Haruze Manta
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Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-85-522-1500-4
CDD 620
____________________________________________________________________________________________
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2019
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e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
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3
SISTEMAS DE CONTROLE
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina__________________________________________________05
5
Por fim, são apresentadas algumas aplicações de controle, como em
caldeiras, reatores e tanques, fundamentados em programação de
Controladores Lógico Programáveis.
Bons estudos!
6
Automação da medição
Autor: Rosana Yasue Narazaki
Objetivos
8
surgiram na década de 1960. Eram máquinas automatizadas com um
mínimo de intervenção humana construídas para um tipo de produto.
Havia, porém, uma desvantagem: se o produto mudava, a adequação
da máquina era impossível ou muito custosa. Era uma automação
rígida. Com a evolução tecnológica, as máquinas automáticas passaram
a utilizar várias tecnologias integradas: eletrônicas, hidráulicas,
pneumáticas, computacionais. Essa integração de várias tecnologias é
chamada de automação flexível. Essa configuração permitiu a produção
com tempo reduzido, com muitas vantagens: economia de energia e de
material; rápida alteração na produção; redução de duração e custo de
produção; melhor ambiente de trabalho.
9
Como essa aglutinação de subsistemas não é visível tão facilmente em
uma primeira abordagem, estender um pouco mais a discussão sobre
partes da automação lhe proporcionará um melhor entendimento.
Entenda, a seguir, como se compõe um sistema de automação.
2.1. Atuadores
10
Tipo digital: a saída é do tipo ligado/desligado. Esse detector verifica
quando uma grandeza supera um determinado valor definido.
Exemplo: uma fotocélula abre ou fecha um circuito com base na
presença ou ausência de um sinal luminoso.
11
Figura 1 – Ilustração de automação
Sistema/máquina
Automação
12
acordo com as informações recebidas do entorno da máquina ou do
sistema. A lógica pode ser cabeada ou programada e o determinante
a ser considerado antes da escolha entre as duas é a complexidade da
máquina ou do sistema em que a automação será aplicada.
Fonte: Slobo/iStock.com
13
3.2. Lógica programada
14
Quadro 1 – Comparação entre lógica cabeada e lógica programada
• flip-flops.
15
(entradas e saídas) que necessitam ser processados é composta por
sinais discretos ou digitais. Por sinais discretos, entende-se aqueles que
se apresentam com estados bem definidos. Exemplo: ligado/desligado,
aberto/fechado, aceso/apagado, etc. Como a população de sinais
(quantidade de entradas/saída) varia muito de acordo com o sistema/
máquina, existem CLPs para tratar desde pequenas quantidades até
quantidades muito grandes de sinais ou sob outra ótica, CLPs para
com funções básicas e outro para funções avançadas. Você poderá
visualizar alguns desses CLPs presentes na Figura 3, que contém CLPs de
diferentes tipos.
16
Figura 4 – Arranjos de Controladores Lógicos Programáveis
o
"O
o
"O
o
"O
ro ro ro
Entrada s e sa ídas Entradas e sa ídas
]e ]e ]e
o o o
u {loca l) u {loca l) u
{loca l) {remota)
17
4.2. Sistemas Digitais de Controle Distribuído
D
L--•-•-•
rede
□□
•-•-•-•-•-•-• -•- • -•-•-•- -•-•-•
.-..
Servidores
o
"C
o
"C
ra ra
]
Entradas e saída s
ee
+-'
Entradas e saídas
e o
o (local) u (local)
u
o
"C
o
"C
ra Entradas e saídas ra Entradas e saídas
e+-'
e
e
+-'
e
8 (local) 8 (local)
Controladores
18
4.3. Automação baseada em microcomputadores
rede corporativa
roteador _ J
rede 1---,---L------+--,--- 1c::1cc
■1-
Instrumentos Instrumentos
Instrumentos Instrumentos
19
Uma consideração importante a ser feita é que a base instalada dentro
do ambiente industrial, tanto como no comercial, ainda contempla
uma gama diversificada de tecnologias das mais diversas gerações.
Logo, há de se considerar que nem sempre será possível introduzir
ou mesmo migrar para tecnologias que representem o estado da arte
se não tivermos bem claro que a proposição que se deseja implantar
representa um ganho significativo ou, ainda na mesma direção, uma
redução importante de perdas. Por inferência, podemos dizer que não é
possível implantar a automação pela automação, quando os processos
que estão sendo considerados em um plano diretor de automação ou
algo que o valha, estejam estabilizados e sem indicativos que permitam
vislumbrar um cenário desafiador adiante, quer seja para sobrepujar a
obsolescência tecnológica ou pelo aumento do volume de produção.
ASSIMILE
A gama de fabricantes de produtos e soluções de
automação é muito grande. Devido à necessidade de obter
a máxima performance em um sistema ou equipamento,
da medição ao controle, até o gerenciamento do
sistema, faz-se mandatório que todos os componentes
sejam compatíveis entre si. Às vezes, mesmo que os
componentes sejam de um mesmo fabricante, pode haver
incompatibilidade se as versões de software não forem
compatíveis.
20
Foram abordados aspectos da medição das variáveis e os fundamentos
da automação. Os arranjos de automação que foram apresentadas
resumem as práticas mais consagradas sem esgotá-las ou limitá-las,
uma vez que o desenvolvimento tecnológico propicia evoluções e, em
muitos casos, quebras de paradigmas.
TEORIA EM PRÁTICA
21
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
OS/Batch/Route Control/Maintenance
3
■ Industrial Ethernet
CPU 410-SH
.::.ine CF'l:rfõr aii
SCAUWCE... BCAL-ANCE_ ___ 4 I
applications TAP104 XF204-2BA ...__J
SCAL.ANCE
BANY
XF204-2BA DNA
Agent
(Y-Switch)
1ntegrated drives
SIMOCODE
SINAM ICS
2
1
■ PROFIBUS PA
22
b. A indicação 2 sinaliza elementos do grupo dos
detectores e sensores, enquanto a indicação 3 sinaliza
elementos do grupo de potência.
c. A indicação 3 sinaliza elementos do grupo dos
detectores e sensores, enquanto a indicação 4 sinaliza
elementos do grupo de potência.
d. A indicação 1 sinaliza elementos do grupo dos
detectores e sensores, enquanto a indicação 4 sinaliza
elementos do grupo de potência.
e. A indicação 3 sinaliza elementos do grupo de potência,
enquanto a indicação 4 sinaliza elementos do grupo
de interação.
23
de adequação do sistema às diferentes entregas
da produção.
Referências bibliográficas
ALVES, J. L. L. Instrumentação, controle e automação de processos. 2. ed. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., 2017.
PRUDENTE, F. Automação industrial: PLC: teoria e aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 2015.
24
Gabarito
Questão 1 – Resposta E
Resolução: a indicação 1 sinaliza a motorização que representa
a parte que entrega força ao sistema e, assim, por associação, é
possível afirmar que esses componentes pertencem ao grupo de
potência. A indicação 2 sinaliza a instrumentação do sistema, que
representa a parte de sensoriamento e a detecção das condições
de funcionamento do sistema. A indicação 3 representa a parte que
faz a interação do homem com o sistema e a indicação 4 é a parte
que faz o processamento das informações coletadas do sistema,
encadeia a lógica de tomada de decisão automatizada e envia
essas informações a outras partes do sistema, ou seja, compõem o
grupo de comando do sistema, o que exclui a alternativa D, como
afirmação verdadeira. Isto justifica a opção da letra E.
Questão 2 – Resposta E
Resolução: a lógica cabeada tem como uma das suas vantagens
o fato de ter um custo muito baixo nas aplicações de baixíssima
complexidade, o que exclui a alternativa A, como afirmação
verdadeira. A lógica programada deve ser aplicada em sistemas
automatizados que necessitam de diversas alterações de
adequação do sistema às diferentes entregas da produção,
o que exclui a alternativa B, como afirmação verdadeira. A
complexidade da lógica cabeada é diretamente proporcional à
complexidade do sistema, isso é, quanto mais complexo se torna
o sistema, mais complexa se torna a lógica cabeada, o que exclui
a alternativa C, como afirmação verdadeira. A lógica programada
acompanhou o desenvolvimento tecnológico dos processos e
sistemas de produção. A lógica programada deve ser aplicada em
sistemas automatizados que necessitam de diversas alterações de
adequação do sistema às diferentes entregas da produção, o que
valida a alternativa E, como afirmação verdadeira.
25
Questão 3 – Resposta C
Resolução: caracteristicamente, os sistemas digitais de controle
distribuído estão associados a processos de transformação que
dependem de medição de uma grande quantidade de variáveis não
discretas, em sua grande maioria, controle em malha fechada e
conjuntos de variáveis reunidas de acordo com as diversas fases do
processo de transformação, excluindo a alternativa A. Os centros
de usinagem são máquinas que cumprem tarefas específicas e sua
lógica se baseia principalmente em variáveis discretas (cotas). O
sinal de trânsito para travessia de pedestres em uma via de mão
única sem cruzamento é uma aplicação de simples implementação,
pois se restringe a uma pequena quantidade de variáveis discretas
e uma implementação de pequena complexidade, excluindo
a opção pela alternativa B. Uma refinaria de petróleo entrega
diversos subprodutos antes de seu produto final. Cada um desses
subprodutos corresponde a uma fase do processo de produção.
A grande maioria das variáveis instrumentadas do processo é
variável não discreta. Isso justifica a opção pela alternativa C. O
lavador automatizado de ônibus representa uma aplicação de
complexidade relativamente pequena e quantidade de variáveis
discretas também relativamente pequena, mas apesar de requerer
uma quantidade muito grande de ajustes na execução do processo,
face as circunstâncias como as diferentes dimensões dos ônibus,
é uma opção a ser excluída nas aplicações de sistemas digitais
de controle distribuído. A máquina automatizada de envase de
cervejas, do ponto de vista de automação, é uma aplicação em que
predominam as variáveis discretas e o controle em malha aberta,
excluindo a opção E como alternativa correta.
26
Análise de sistemas e processos
industriais
Autor: Rosana Yasue Narazaki
Objetivos
28
Figura 1 – Ilustração de componentes de automação
ESSENCIAIS
ESPECIALIZADOS
PERIFÉRICOS
TECLADOS PAINÉIS DE TEXTO PAINÉIS DE MOBILE
OPERADOR
29
2.1. Essenciais
• Fonte
30
• Controlador
31
• Entradas e saídas
8 ENTRADAS
1------------,
1 1
DIGITAIS 16 ENTRADAS 1
1 ENTRADA DIGITAIS
ANALÓGICA 16 SAÍDAS DIGITAIS
1
1 SAÍDA ANALÓG ICA 1
1 1
L - - - - - - - - ___ _ L ____________ 1
32
2.2. Especializados
33
Os componentes especializados e suas funções são
apresentados a seguir:
34
• Áreas classificadas: os módulos para área classificada são
módulos construídos especialmente para utilização em
ambientes perigosos.
35
• Encoder absoluto: módulos utilizados exclusivamente para
leitura de dados advindos de encoders absolutos.
2.3. Periféricos
36
PARA SABER MAIS
37
Quadro 1 – Comparação geral de processos contínuos e
processos discretos
Toneladas
Unidades
Fluidos
Partes e peças
Intensivas em capital
Intensivas em mão de obra
38
circuito aberto ou malha aberta e controle em circuito fechado ou
malha fechada.
39
Figura 8 – Controle a realimentação
Van'á ve 1 Van'áve 1
ma_nipulada controlada
Entrada Processo Saída
Sinal
Controlador
Set
point
Sinal
Medição
Sinal
Medição
Sinal
set Controlador
point
1 𝑇𝑇 𝑑𝑑𝑒𝑒
𝑢𝑢(𝑡𝑡) = 𝐾𝐾[𝑒𝑒(𝑡𝑡) + ∫ 𝑒𝑒(𝑡𝑡)𝑑𝑑𝑡𝑡 + 𝑇𝑇𝑑𝑑 ]
𝑇𝑇𝑇𝑇 0 𝑑𝑑𝑡𝑡
40
onde:
u = variável de controle
41
4. Controles complexos
4.1 Cascata
4.2 Realimentação
4.3 Relação
Este tipo de controle é utilizado para garantir que o ponto de ajuste (set
point) siga uma determinada relação entre variáveis de processos, ou
seja, uma ação de controle que segue uma determinação indireta.
4.4 Antecipatório
Este tipo de controle, para cumprir sua função, exige que sejam
utilizados pelo menos dois modelos de ganho do processo, pois exige
ações rápidas e sensibilidade reduzida a ruídos.
42
ASSIMILE
Processos industriais podem ser contínuos, discretos ou
combinados. Dependendo da verticalização ou do nível
de integração da planta, é possível que todos eles estejam
presentes. Diante dessa situação, é necessário que o
indivíduo responsável pelo gerenciamento geral da planta
esteja sensível ou seja sensibilizado da necessidade de
escolher soluções de automação capazes de cobrir, se não
todas, boa parte das demandas dos processos industriais,
sob o risco de, não fazendo isso, tornar a administração de
produção uma tarefa cheia de dificuldades.
TEORIA EM PRÁTICA
Um empresário adquiriu um equipamento automático
desenvolvido para servir como estação móvel de tratamento
estético externo de veículos de passeio (lavador e secador
de veículos de passeio). Como esse equipamento foi
43
construído para ser utilizado na década de 1970, seu projeto
utiliza totalmente tecnologia mecânica. O empresário busca
a atualização do equipamento utilizando um sistema de
automação. Com que componentes o equipamento deveria
ser atualizado, considerando a atual oferta de componentes
de automação disponíveis para compra?
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TECLADO
44
XX_01551&showdetail=true&view=Search,
https://www.automation.siemens.com/bilddb/
index.aspx?gridview=view2&objkey=G_IK10_
XX_92820&showdetail=true&view=Search e
https://www.automation.siemens.com/bilddb/
index.aspx?gridview=view2&objkey=P_ST80
XX_01683&showdetail=true&view=Search. Acesso em: 13
abr. 2019.
45
https://www.automation.siemens.com/bilddb/
index.aspx?gridview=view2&objkey=P_ST70_
XX_07322&showdetail=true&view=Search. Acesso em: 13
abr. 2019.
46
Referências bibliográficas
ALVES, J. L. L. Instrumentação, controle e automação de processos. 2. ed. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., 2017.
PRUDENTE, F. Automação industrial: PLC: teoria e aplicações. 2. ed. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 2015.
Gabarito
Questão 1 – Resposta E
Questão 2 – Resposta A
Questão 3 – Resposta C
47
Controladores Lógicos
Programáveis
Autor: Rosana Yasue Narazaki
Objetivos
Até os anos 1960, a lógica de controle era feita por meio de painéis
elétricos. Os relés eram interligados por fiação, efetuando a lógica
de controle. Você pode imaginar o quanto era custoso e trabalhoso
desenvolver um sistema de automação dessa forma. O resultado
eram salas enormes de controle, sendo sua manutenção algo um
tanto quanto complexa. A lógica era rígida, ou seja, os painéis eram
concebidos para uma certa aplicação. Quando havia necessidade
de uma mudança, como, por exemplo, modernização da linha de
produção, a mudança ou era custosa ou impossível de se fazer.
Nos anos 1970, o CLP era munido de CPU e, em 1973, foi lançado o
primeiro CLP com comunicação, sendo possível fazer uma rede de
CLPs. Dessa forma, foi possível controlar as máquinas a distância.
49
Porém, havia incompatibilidade de protocolos entre os fabricantes, o
que foi resolvido nos anos 1990 com a IEC 61131-3 (CAPELLI, 2013).
50
Figura 20 – Analogia do diagrama elétrico com a lógica do CLP
Lógiica do CLP
Diagrama elétrico
2. A arquitetura do CLP
51
tratados pela CPU, que aplica a lógica, e as saídas atuam em motores,
solenoides, cilindros, etc. Estes também são conhecidos como bloco
de potência. A Figura 21 apresenta um CLP modular com fonte de
alimentação, CPU e módulos de entrada e saída.
CPU
~ri~,n
Fonte de Alimentação
V-,
,
Modulo de Entrada
'
.._J V
' Módulo de Saída
O CLP pode ter estrutura modular, como visto na Figura 21, ou pode ser
compacto, ou seja, um único produto com CPU, fonte de alimentação e
entradas e saídas limitadas, como pode ser visto na Figura 22:
0000000000
- [>
O 00 00 00 O
52
ASSIMILE
53
variáveis que fazem parte do processo. Com o avanço da tecnologia,
computadores de uso não industrial estão sendo utilizados como
terminais de gestão e IHM, em salas de controle com ambiente
controlado. A Figura 23 apresenta alguns dos diversos tipos de IHM e
também o terminal de gestão.
54
Figura 24 – Tela de um sistema Scada
...,·-·
.!=- __
......
~ =--=
~-::::: ..
W-•-...,
•--
-·~•l"•:,.r~
,r .. ---...-
.!:::=--·
·----•·-..
·-:; -
:::=--
..... .._ .
- ..... ~
55
Os cabos de rede podem ser coaxial, cabo telefônicos tipo UTP (Unshielded
Twisted Pair – par de cabos não aterrados, em português) ou até mesmo
por fibra ótica.
. -• - .
MEMÓR IA
PROGRAMA DE SISTEMA
USUÁRIO OPE R:ACIONAL IHM _I
FIAM
MICROPROCESSADOR E/S
LOCAIS
FONTE OE
ALIMENTAÇÃO E/S
REMOTAS
56
3. Ciclo de scan do CLP
Entradas.
SCAINI
57
Figura 27 – Transferência de dados de E/S
Cálculos internos
EIS 1medla1a
Gaveta 3
Lê entradas
Buffer de EIS
Esaeve sa das
remoto
Gaveta 2 1-3ms
Lê entradas lipico
Gaveta Varredura d
Escreve sa p1ograma
local
Gav ta 1
Fim
CPU
7
5 Corrente
5
Sen or
o -Fo 1,
58
Da mesma forma, há circuito das saídas. Como se pode notar, na Figura
29, a CPU envia um sinal 1 (fechar circuito) para a saída a transistor. O
transistor é energizado e deixa conduzir corrente para a saída 5, fazendo
com que o atuador seja energizado.
CPU
7
5 Cottent
5
or
o - Fonte
Uma vez que você entendeu como as entradas e saídas são acionadas
pela CPU, podemos construir as imagens de E/S.
PALAVRA NA ENTRADA
mmmmmmmmmmmmmmmmmm
PALAVRA NA SAÍDA
59
4. Endereçamento das E/S
60
Perceba que endereços, por exemplo, I:02/08 e O:02/08 são endereços
totalmente diferentes dos endereços anteriores, ou seja, são imagens
diferentes.
5. Terminal de programação
61
6. Linguagens de programação
62
O texto estruturado é uma linguagem de alto nível que lembra a
linguagem Pascal. O Ladder é uma linguagem baseada em lógica de
contato, como mostra a Figura 33, onde o contato X1 aciona a saída
Y11. Da mesma forma, a saída Y0 só é acionada pelo contato X1 ou pela
combinação dos contato X0 e R901C.
, V 11• , , , -
- . . -
Xl [' Ih alue of X )
Y11 . r res u lt t 1 j
)éI) r Loa . j
R'9J e f" .AN e Iay R9J1C J
Xl r OR input X1 ,
vo r Stc11e r su lt 1 VO 1
63
O SFC (Grafcet) mistura lista de instruções, diagrama Ladder e bloco de
funções, como se pode verificar na Figura 35.
l[ INI IAL-1
TRUE
C:OINS
~ =t
TME P.AV
MEN'f ► TIME_PAYMENT
u-.............~............a
XI)
SELECT C
OFFEE =
Si! -
EXAMPILE [PRGJ A,::nio11 lflMíE_ FA'ir'MENT ILD]
- - - - - - - - -
l!!llil 1
- - - - - - - - - - - - - - -
,...__ _ _ _ _ _ . slar1 -
Th1 10 rn s T
TOO LATE
4- um
20- - L
SV.=-c------'
7. Estrutura de programa
64
• FB: bloco de função. Possui os controles mais sofisticados, tais
como controle de temperatura e vazão. São blocos prontos para
serem incorporados no programa de usuário.
0B
PB3
FB10
SPA SPA
FB DB
PB3
F820 BE
SPA
FB20 ·.
BE
65
A Figura 36 representa um ciclo de operação da CPU. O bloco OB,
organizador do programa, inicia a leitura do bloco de programa PB3.
Quando o programa pede o bloco de função FB20, esse bloco vai para
o bloco FB20 propriamente dito, executa e retorna para o programa o
valor calculado pela função. Temos também a representação do bloco
FB10 que, na sua execução, vai coletar ou escrever dados no bloco
de dados DB.
TEORIA EM PRÁTICA
Sua empresa necessita de um controle automático
para uma máquina. Essa máquina funciona da seguinte
forma: uma peça entra na máquina acionando a chave
limite LS1. Cinco segundos depois, o motor da máquina é
automaticamente ligado. Quando a peça é finalizada, esta
toca uma segunda chave limite LS2 que para o motor. Além
disso, deve haver um botão de emergência. Como você faria
a automação dessa máquina em termos de arquitetura do
CLP e programa aplicativo?
66
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. F – V – F – F.
b. F – F – F – V.
c. V – V – F – V.
d. V – F – V – F.
e. F – F – F – F.
67
c. Padronizou-se que os CLPs deveriam ter proteção
para uso industrial.
d. Surgem padrões para as linguagens em lista de
instrução e Ladder.
e. Habilitou os CLP a se comunicarem.
Referências bibliográficas
CAPELLI, A. Automação industrial: controle do movimento e processos contínuos.
3. ed. São Paulo: Érica, 2013.
MORAES, C. C.; CASTRUCCI P. L. Engenharia de automação. 2. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2010.
NATALE, F. Automação industrial – Série brasileira de tecnologia. 10. ed. São Paulo:
Érica, 2008.
68
PRUDENTE, F. Automação industrial PLC: teoria e aplicações: curso básico. Rio de
Janeiro: LTC, 2015.
Gabarito
Questão 1 – Resposta A
Resolução: a primeira afirmação é falsa (F), pois o CLP foi
inicialmente concebido com “linguagem de máquinas”, isso é, uma
linguagem codificada em estados ligado/desligado ou graficamente
“0” e “1”. A segunda afirmação é verdadeira (V) porque o terminal
de gestão pode ter embarcado o software para programação do
CLP, servindo também como terminal de programação. A terceira
afirmação é falsa (F), pois existem CLPs que atendem às mais
diversas aplicações, de projetos simples a complexos, de custo
muito baixo a custo muito alto, a exemplo dos CLPs compactos para
tarefas simples. A quarta afirmação é falsa (F) porque, em alguns
casos, o dispositivo utilizado para a função de interface homem-
máquina (IHM) permite somente visualização, sendo o componente
de operação um elemento à parte da visualização, como exemplo,
uma botoeira de acionamentos externos. Assim, como a sequência
correta é F – V – F – F, a opção correta é a letra A.
Questão 2 – Resposta D
Resolução: a opção A é falsa, pois padronizaram-se três
linguagens de programação em modo gráfico e duas linguagens de
programação em modo texto estruturado. A opção B é falsa porque
as linguagens Basic e Forthram não são abordadas na IEC 61.131.
A opção C é falsa porque a abordagem de proteção industrial não
é feita na IEC 61.131. A opção D é correta porque, antes da norma,
cada fabricante utilizava codificação e estrutura de linguagem
próprias, criando restrições para o desenvolvimento técnico
industrial como um todo. A opção E é falsa porque a IEC 61.131 não
trata de comunicação de CLPs.
69
Questão 3 – Resposta E
Resolução: a alternativa A não é correta, pois o CLP não está na
plataforma Android e possui memória EPROM e RAM. A alternativa
B é falsa porque o CLP não possui tela, telado ou tampa protetora.
A alternativa C é falsa, pois, embora se possa utilizar uma IHM, ela
não faz parte do CLP. A alternativa D é falsa, pois a linguagem de
programação e o terminal de programação não fazem parte do CLP.
70
Sistemas Digitais de Controle
Distribuído
Autor: Rosana Yasue Narazaki
Objetivos
72
Figura 37 – Ilustração de estrutura de SDCD
UCS
~-------------------1----------------------------,
1 1
SUP
-~-
SUP 1 1
-~-
SUP 1 1
.----------l----------.
1
1
RTU RTU RTU RTU 1RTU 1 RTU RTU RTU 1RTU1 RTU RTU RTU
-1~ -1~
1 1
1 1
1 1
1 1
1 1
1 1
1 1
_,.._
1
1
_... -
1
- ... _
1
SUP = SUPERVISÃO
UTR = UNIDADE TERMINAL REMOTA (CLP, inversor, instrumentos e outros dispositivos microprocessados)
73
PARA SABER MAIS
Um dos grandes avanços na comunicação entre os
controladores e os dispositivos de campo é a comunicação
por Fieldbus ou barramento de campo. Este surgiu como
uma evolução do tradicional sinal analógico de 4-20
mA para uma rede de comunicação digital. O Fieldbus
representa uma família de protocolos que surgiram a partir
deste. Suas vantagens são: comunicação bidirecional – o
dispositivo de campo (transdutores, atuadores e sensores)
pode tanto enviar como receber sinais, trazendo maior
inteligência aos dispositivos em campo; barramento
multidrop – todos os dispositivos são interligados no
mesmo cabo de sinal, economizando em infraestrutura e
facilitando suas implantações em campo.
f;~
\Produção
Planejamento e programação da produção
-____J
'l;~
Supervisão, interface
homem-máquina,
Otimização consoles, painéis
#r3" - ~ - _ _ _ J
Controladores de
Campo
processo, CLPs,
RTUs...
Dispositivos
de medição
74
A camada de campo é o nível que fica mais abaixo na pirâmide. Este
nível costuma ser também denominado de nível da instrumentação
nas indústrias de processos contínuos. O campo é responsável por
encaminhar as informações das medições para o nível de controle.
75
Figura 39 – Ilustração de camadas de automação modelo de
referência ISA 95
. el 4
, 13
12
prod Jo
• dispositivos de campo;
• estações de controle;
• estações de operação;
• estações de engenharia;
• redundância.
76
Você poderá ver esse arranjo na Figura 40, que mostra uma arquitetura
típica de SDCD.
' \,
'r
'
t . ,.,;;i;..,..,j
•• • • • • • ■
1
....... lii• ••""
...........................,
1 1
1 i
1 i
1 i
'
1
1
i
tivos. de Ci!lmpo, :
Disl)O:Si1
·-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------·
77
dispositivos inteligentes com capacidade de se comunicar tanto com
CLPs como outros dispositivos de controle, interagindo e trocando
informações de temperatura, pressão, etc.
ASSIMILE
A aquisição de dados dos dispositivos de campo pelo
controlador pode ser por meio de: comunicação analógica
– a variação de corrente (420 mA) será proporcional à
medição do dispositivo; protocolo Hart – envia dados
digitais sobreposto aos sinais analógicos de medida;
Fieldbus – totalmente digital e bidirecional. Este último tem
a vantagem de capacitar o dispositivo de campo a receber
comandos, interpretá-los e executar comandos presetados.
3. Aplicações de SDCD
78
processamento em batelada. Em ambos os casos, trata-se de produção
em grandes volumes, sendo a diferença crucial entre elas o fato de
que, quando contínuos, as entradas e saídas de materiais ocorrem sem
interrupção e, quando por batelada, cada entrada de material é feita
objetivando uma determinada saída (um ciclo) tal que novas entradas
(novos ciclos) só ocorrem após a conclusão do ciclo que o antecede.
79
Regasification Unit – FSRU, exploração e produção exigem tempo máximo
de atividade em condições adversas. As instalações tripuladas e não
tripuladas precisam de sistemas integrados para controle e segurança (em
inglês, Integrated Control and Safety System, ICSS) de alta confiabilidade,
com recursos avançados de monitoramento remoto. Assim, a tecnologia
embarcada nos SDCD se adéqua à execução de projetos offshore
independente do tamanho e dos níveis de complexidade exigidos da
automação.
Tal e qual, nas refinarias, os sistemas tipo SDCD são vistos não apenas
como unidades de controle para processamento de petróleo, mas também
como ativos para os centros de lucro, sem abrir mão da segurança
necessária nessas instalações. O SDCD é uma solução de produção total
que engloba planejamento, programação, gerenciamento e controle,
necessária para atingir metas de longo prazo de lucratividade, eficiência e
proteção ambiental.
80
conseguinte, exige-se que o sistema de controle e informação forneça a
flexibilidade para atender à dinâmica de mudanças das fórmulas e dos
procedimentos, além de ser altamente confiável e preciso.
3.2. Química
3.3. Energia
• nuclear;
• térmica;
81
• ciclo combinado;
• cogeração;
• tratamento de água;
• dessalinização;
• tubulações de água;
• distribuição de água;
• tratamento de esgotos;
• águas industriais.
82
regulamentos ambientais e de segurança. É possível visualizar aplicações de
SDCD na mineração e metalurgia de:
• carvão;
• cobre;
• ouro;
• minério de ferro;
• terras raras;
• níquel;
• urânio;
3.6. Farmacêutica
83
da eficiência e questões ambientais em âmbito global vêm à tona
principalmente no caso de produtos exportados para outros países. Alguns
exemplos de processos de fabricação abrangidos na fabricação de cerveja:
• silo de malte;
• cervejaria;
• fermentação;
• filtragem;
• envasamento;
• armazenagem;
• inspeção;
• expedição
• açúcar cru;
• refinaria de açúcar;
• controle de pesagem;
• purificação;
• carbonatação;
• descoloração;
84
• cristalização;
• concentração;
• controle de centrifugação;
• controle de secagem;
• embalagem;
• gestão de embalagens.
3.9. Siderurgia
85
para verticalização das informações e comando. Em relação à aplicação, o
SDCD se faz presente tanto em processos contínuos como processos de
batelada, propiciando altíssimo grau de disponibilidade e confiabilidade
para as plantas industriais.
TEORIA EM PRÁTICA
A empresa fictícia Papel Marfim vai expandir a produção
de papel e celulose e se tornar umas das maiores
produtoras da sua região com a aquisição de uma nova
máquina de papel que será totalmente instrumentalizada e
automatizada. Máquinas de papel se encaixam em processo
contínuo, são grandes e possuem vários processos ao longo
delas (água, vapor, umidade, velocidade, brancura, etc.). A
engenharia da Papel Marfim já decidiu pelo uso do Sistema
Digital de Controle Distribuído (SDCD) e você foi incumbido
de elaborar a especificação. Considerando a complexidade
de um SDCD, tente elaborar uma especificação em cima
de critérios capazes de impactar mais significativamente
a escolha.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
86
I. Os princípios que serviram para os desenvolvimentos
da automação de processos contínuos, por batelada e
discretos.
II. O CLP foi desenvolvido para a indústria de processos
discretos e o SDCD foi desenvolvido para a indústria de
processos contínuos.
III. O desenvolvimento das redes industriais foi
preponderante para o desenvolvimento do SDCD.
87
3. A seguir, apresentamos segmentos industriais e
associamos suas respectivas fabricações, baseados
em critérios de descrição da Pimes (Pesquisa Industrial
Mensal de Emprego e Salário) com as respectivas
divisões da CNAE (Classificação Nacional de Atividades
Econômicas). Determine eentre as opções que se
seguem o segmento industrial onde é mais provável que
haja um SDCD instalado:
Referências bibliográficas
ALVES, J. L. L. Instrumentação, controle e automação de processos. 2. ed. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., 2017.
FILIPPO FILHO, G. Automação de processos e de sistemas. São Paulo: Érica, 2014.
ROCHOL, J. Sistemas de comunicação sem fio: conceitos e aplicações. Porto
Alegre: Bookman, 2018.
Gabarito
Questão 1 – Resposta D
Resolução: as três afirmações são corretas.
88
Questão 2 – Resposta E
Resolução: nos SDCD, os controladores ficam alocados próximos
aos processos industriais, o que invalida a opção A. Dentro da
estrutura do SDCD, as RTUs são vistas como dispositivos de
entrada e saída e constituem parte da rede de comunicação
que integra o sistema. Em muitos casos, possuem, inclusive,
interfaces homem-máquina, invalidando a opção B. É importante
ressaltar que, dada a criticidade da operação/processo, a rede
de comunicação entre os dispositivos costuma ser redundante, o
que invalida opção C. A opção D também não é uma opção válida
porque, pelas funcionalidades desenvolvidas, o SDCD se aplica a
processos contínuos. Finalmente, a opção E é válida porque, devido
à criticidade dos processos, a rede de comunicação costuma ser
redundante.
Questão 3 – Resposta C
Resolução: as opções A, B, D e E representam segmentos
industriais de processamento caracteristicamente discreto, onde
são instalados CLPs, pois estes atendem às necessidades do
processo e têm viabilidade econômica. A opção C representa um
segmento de processamento caracteristicamente contínuo, cujos
requisitos de sistema são melhor atendidos por SDCDs.
89
Sistemas de controle híbridos
Autor: Rosana Yasue Narazaki
Objetivos
91
É bem verdade que, com essa nomenclatura, possivelmente estaremos
cobrindo quase todos os tipos de processo, teoricamente. A prática,
no entanto, nos demonstra que sempre é possível entender melhor o
ambiente em que estamos inseridos ou, em outras palavras, o mundo
que nos rodeia.
Por esse motivo, vamos apresentar mais uma conceituação para que
consigamos alcançar de forma mais abrangente um processo que
não primordialmente discreto, ou contínuo, ou por batelada, mas sim
parcialmente um pouco de todos.
• -------------~<
Petroquímica Farmacêitica Automobilística
~>_ _ _ _ _ _ _ _ _______..
92
3. Conceito básico de sistema de controle híbrido
Essa questão foi, decerto, muito bem colocada, contudo, sob a visão
da engenharia, que transforma as ideias em produtos acabados,
havia alguns obstáculos a serem vencidos. Um deles é a característica
do processo discreto (reino do CLP) ser diversa da característica
do processo contínuo (reino do DCS) ou mesmo do processo por
lote/batelada (ainda no reino do DCS). Tomando-se como exemplo
uma fábrica de automóveis, onde cada processo é uma célula e a
comunicação entre as células pode ser em velocidade relativamente
baixa, considere todo o desenvolvimento necessário para fazer com que
um CLP, um controlador normalizado para uma performance bastante
ampla e genérica, adapte-se para atuar em um ambiente de processo
onde os instrumentos têm funções específicas e estão ajustados ao
processo em que estão aplicados, trocando informações em alta
velocidade, como é o caso de um alto-forno (siderurgia).
93
em performance e funcionalidades para podermos validar, aplicar e,
inclusive, criar uma base instalada de sistemas de controle híbridos e
distribuí-los por várias plantas ao redor do mundo produtivo.
94
Assim, baseado em critérios aplicáveis a processos produtivos como um
todo, preparamos uma tabela comparativa entre CLP e DCS que vamos
explorar conforme o Quadro 3.
CLP DCS
Fabricação ou
Combinação e/ou
montagens
transformação de
de itens
matériasprimas
específicos
A visualização da
Produto tem
movimentação do
visibilidade e
produto ao longo
é movimentado
de todo o processo
Tipo de produto ao longo do
é frequentemente
e manipulação processo
impossível
do produto
Controle
Controle em malha
lógico em
regulada/analógica
alta velocidade
Controle de Controle de
lote simplificado lote complexo
95
Valor
Valor do lote
individual do
pode ser alto,
componente
tanto em
que está
custo de
sendo
matériaprima
manufaturado
como em valor
é relativamente
de mercado
baixo
Parada de
produção
Parada de
resulta em
produção
perda de
resulta
produção e
em perda
pode gerar
Valor do de produção
risco
produto e operacional
custo de
parada de
produção
Parada de Parada de
produção produção
normalmente pode resultar
não danifica em danos ao
equipamento equipamento
produtivo de processo
Retornar a
Retornar a um um nível
nível estável estável de
de produção produção
após uma após uma
interrupção interrupção é
é rápido e demorado,
relativamente custoso e,
simples por vezes,
complicado
96
Usualmente, o
elemento principal do Usualmente, o
Elemento
sistema é a unidade de elemento principal é
principal
processamento central a interface homem-
do sistema
(UCP ou, como no máquina (IHM)
inglês, CPU)
O operador interage
por meio do sistema
A função principal
para manter o
do operador é atuar
processo de acordo
nas exceções
com a faixa de
performance esperada
A informação crítica
para o operador
é como estão as
A informação crítica
tendências do
para o operador é de
processo; o operador
status (ligado/desligado,
precisa saber o que
executando/parado)
está acontecendo
Ação do no processo
operador como um todo
Gerenciamento de
alarmes é a chave para
Alarme de falhas é
a operação segura do
informação-chave para
processo e quando
o operador
a planta opera em
condições anômalas
97
Malhas de controle
Scan lógico ≤ 10ms
requerem scan
necessário para o controle
determinístico com
dos motores e controle
a velocidade de
dos movimentos
100 a 500 ms
A redundância do
O custo da redundância
sistema ´normalmente
pode não ser justificado
é necessária
O sistema pode
Alterações de
Performance ficar offline para a
configurações são
requerida implementação de
feitas online
do sistema configurações
Controle analógico
vai do PID simples ao
Controle analógico se
complexo, podendo
resume a PID simples
chegar a controle
avançado de processo
Gerenciamento de
Diagnósticos para
ativos alerta o que
informar o que
pode quebrar antes
está quebrado
que aconteça
Lógica customizada
Linguagem de alto nível
criada a partir de
disponível para criar uma
blocos de função
lógica customizada
existentes
Muitos algoritmos,
Usualmente, são
a exemplo de PID,
necessárias rotinas
são complexos e não
customizadas
variam nas aplicações
Bibliotecas de aplicação
Grau de padronizadas com
customização Bibliotecas-padrão
blocos de função são
requerida são consideradas boas
expectativas mínimas
características
que sejam fornecidas
pelo fabricante
O equipamento
precisa estar
A expectativa é que o
pronto para
sistema funcione como
integrar novas
uma solução completa
funções/novos produtos
como parte da estrutura
98
Programar/
configurar Projetar todo
componentes o sistema antes
individualmente de começar a
e integrar implementação
depois (de cima
(de baixo para baixo)
para cima)
Existência de
Plataformas funcionalidade
customizáveis capaz de trazer
para construir a resultado
partir delas significativo,
“fora da caixa”
Expectativas da Sistema
engenharia simplificado para
Flexibilidade
facilitar as
no projeto
aplicações para
do sistema
o engenheiro
de processos
Solução
genérica Uso de funções
aplicável a pré-definidas e
uma grande pré-testadas para
variedade economizar tempo
de casos
Uso do
Uso da lógica diagrama de
Ladder para blocos de
desenvolver função para
a aplicação desenvolver
a aplicação
99
É importante que você tenha em mente que, com os recursos
tecnológicos atuais dos componentes disponíveis, é possível
implementar um controle distribuído com CLPs.
100
Figura 42 – Ilustração de sistema de controle híbrido
SIMATIC PCS7
\
1
....
IED: lntelligent Electronic Device AS: Automation System RTU: Remote Terminal Unit
101
6. Arquitetura de sistema de controle híbrido
ol - nl- ol -
l l l
Oi Oi e
•
CAMPO
102
6.2. Configuração redundante
l- 1-
. CJ
.l-
1
1
1
1 CAMPO :
L-------------------------------------------------------------------------------------------------------1
103
Figura 45 – Ilustração de arquitetura de sistema de controle
híbrido compacto
'
CAMPO :'
~------------------------------------------------
Fonte: elaborado pela autora.
CAMPO
104
ASSIMILE
Com o objetivo de simplificar e padronizar a programação
de sistemas de automação, foram elaboradas normas
nas quais a International Electrotechnical Commission
(IEC) participou decisivamente. Dentre elas, o padrão
que pode ser visto na normatização IEC 61.131-3 (IEC,
2013) trouxe grandes vantagens na padronização para os
vários fabricantes de CLP, principalmente no que tange à
facilidade de programação (Ladder, texto estruturado, lista
de instruções, bloco de funções e SFC). Outra norma, a IEC
61.499-1 (IEC, 2012), como uma evolução natural, trouxe
modificações na arquitetura do DCS, deixando as aplicações
dos sistemas divididas em blocos de função, entretanto,
mantendo o desenvolvimento da solução dentro de um
mesmo programa. Logo, os avanços refletiram na indústria
atual de forma a torná-la mais produtiva e mais ágil, além
de modular e configurável, habilitando a implementação
dos conceitos da Indústria 4.0.
105
TEORIA EM PRÁTICA
A empresa fictícia Química Fina Morubixaba vai expandir a
produção de anidrido ftálico de 82 mil toneladas para 200
mil toneladas da substância que é utilizada na fabricação de
estabilizantes de PVC, plastificantes, resinas poliéster, entre
outros. Porém, como está com restrições orçamentárias
e necessita investir em um sistema de controle novo para
substituir o antigo e habilitar a planta para a ampliação de
produção, a diretoria está indecisa quanto à tecnologia e ao
fornecedor para o novo sistema. Por essa razão, demandou
que um trabalho de engenharia consultiva fosse feito para
que, de maneira objetiva, pudesse decidir com tranquilidade
sobre esse tema. Analise a questão e proponha um critério
adequado para fundamentar uma escolha de tecnologia e
fornecedor.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
106
III. A evolução ocorreu para os três sistemas de
automação: CLPs, DCSs e automação baseada em
computador.
107
Referências bibliográficas
GREEFF, G.; GHOSHAL, R. Practical e-manufacturing and supply chain
management. Oxford: Elsevier, 2004.
INTERNATIONAL ELECTROTECHNICAL COMMISSION – IEC. IEC 61.131-3:
Programmable controllers–Part 3: Programming languages. Suíça, 2013.
______. IEC 61.499-1: Function blocks–Part 1: Architecture. Suíça, 2012.
Gabarito
Questão 1 – Resposta E
Resolução: como o SDCD não evoluiu para o DCS, sendo ambos
acrônimos para um mesmo conceito tecnológico, e também o CLP
não evoluiu para sistemas de automação baseada em computador,
e, de fato, ambos são soluções com conceitos tecnológicos
diferentes, as afirmativas I e II não são corretas. A opção E é correta
porque a afirmação III é correta.
Questão 2 – Resposta E
Resolução: a opção A é incorreta porque os processos híbridos
não possuem somente variáveis de processo do tipo discretas.
A opção B não está correta porque os processos híbridos não
possuem somente variáveis de processo contínuas. A opção C não
está correta porque os processos híbridos possuem variáveis de
processo discretas. A opção D não está correta porque os processos
híbridos possuem variáveis de processo contínuas. Nos processos
híbridos, existe uma participação distribuída de variáveis discretas e
contínuas, nas bateladas ou nos lotes. Não há uma predominância
de um ou outro tipo. Por essa razão, a opção E é a correta.
108
Questão 3 – Resposta A
Resolução: as opções B, C, D e E representam a conexão normal
de um DCS clássico, enquanto a opção A representa uma conexão
típica de sistema de controle híbrido.
109
Controle de caldeiras, reatores e
tanques
Autor: Rosana Yasue Narazaki
Objetivos
2. Fundamentos
2.1. Caldeiras
111
Figura 47 – Ilustração de componentes básicos de uma caldeira
l
ENTRADA DE ÁGUA
SAÍDA DE VAPOR
i
SAÍDA DE GASES
CALDEIRA
BOMBA
lli -------------- ...
--------------
---------------
----► ■11911■ --r--' --- -------------
GÁS
FORNALHA
Figura 48 – Caldeira
Fonte: Warut/iStock.com
112
cozimento de alimentos, calefação ambiental, entre outras utilidades.
Algumas denominações para tipos de caldeiras são: flamotubulares,
aquatubulares, verticais, horizontais, cornuália, lancashire,
multitubulares de fornalha interna ou externa, escocesas entre outras.
• queimadores;
• câmara de combustão;
• trocador de calor;
• tubulação de entrada/saída;
• fontes de combustível;
• bombas;
• desaerador;
• condensador;
• válvulas.
113
ao combustível, o quesito foco será o consumo, isso é, a eficiência ou
queima correta dos combustíveis. Enfim, embora o tipo de combustível
não interfira no sistema de controle ou na forma de fazer o controle,
interfere na instrumentação.
2.2. Reatores
Os reatores que serão abordados neste tema são os reatores químicos
industriais. Assim, conceituaremos os reatores como equipamentos
industriais onde são alocadas matérias-primas que serão submetidas a
transformação, principalmente, por meio de processos químicos, com
possibilidade de transformação de massa e/ou transferência de calor.
Didaticamente, os elementos básicos de um reator são mostrados
na Figura 49. Você visualizará reatores da indústria farmacêutica na
Figura 50.
Figura 49 – Ilustração de componentes básicos de um reator
i i
REAGENTE A AGITADOR REAGENTE B
PRODUTO
◄
REATOR
Fonte: elaborado pela autora.
114
Figura 50 – Reator
Fonte: Traimak_Ivan/iStock.com
• aquecedores/resfriadores;
• regeneradores;
• agitadores;
115
• pressurizadores;
• motores;
• bombas;
• válvulas.
2.3. Tanques
ENTRADA
SAÍDA
TANQUE
116
Figura 52 – Tanques industriais
Fonte: HAYKIRDI/iStock.com
• tubulações de entrada/saída;
• válvulas;
• bombas;
• motores.
117
Trabalho, as NRs têm o objetivo de regular e orientar a
saúde e segurança do trabalhador. Toda empresa privada
ou pública regida pela CLT tem a obrigação de segui-las.
A NR13 (BRASIL, 2018a) estabelece as diretrizes para o
trabalho em vasos de pressão, caldeiras e tubulações,
incluindo também os reatores químicos e tanques
metálicos. Associada à NR13, alguns desses equipamentos
podem ainda ter que se adequar a outras normas, como é
o caso da NR20 (BRASIL, 2018b), que dispõe sobre líquidos
combustíveis e inflamáveis.
Fonte: Hennadii/iStock.com
118
2.4. Variáveis de processo comuns a caldeiras,
reatores e tanques
119
Figura 54 – Exemplo de P&ID
-
1
1 -==-- -
/{:Zfi~~?7
1
---~ z;-------(
- ---',-'-------
Fonte: MeggiSt/iStock.com
Neste tema, você deve se ater aos controles de malha fechada ou com
realimentação, pois estes são complexos e têm larga aplicação em
plantas industriais. O controle em caldeiras, reatores e tanques, de
forma simplificada, consiste em receber os sinais dos instrumentos e
sensores/detectores, processá-los conforme programado e enviar as
120
ações de comando para os atuadores, com três topologias envolvendo:
realimentação, pré-alimentação (antecipativo) ou a combinação de ambos,
ou seja, realimentação + pré-alimentação. A Figura 55 e a Figura 56 ilustram,
por meio de diagrama de blocos, controles à realimentação e antecipativo,
respectivamente. Fundamentado nesses conceitos, são estruturadas as
malhas de controle de nível, pressão, temperatura e vazão que fazem parte
dos equipamentos, como as caldeiras reatores e tanques.
Variável Variáve
manipulada controlada
Entrada - -- -----Ót :x:1---1--------i Processo 1---~-----1-~ Saída
Sinal ~
Controlador
Set
poínt
Sinal
Medição
Van'áve 1 Van'áve
Entrada manipulada controlada
- Processo
Saída
Sinal ,
Medição
Sinal
set ~
Controlador
p oínt
121
A configuração de controle para caldeiras, reatores e tanques varia
conforme o fornecedor, o volume de produção e o tipo de produto que
está sendo manipulado em processo. Consequentemente, variam o tipo,
a tecnologia e a quantidade de sensores/detectores e instrumentos.
Tudo isso estabelece o quão complexo será o sistema de controle. Veja
agora a Figura 57 com um P&ID básico de uma caldeira simplificada.
SP
coluna
caldeira vapor
Uma vez familiarizado com o P&ID básico de uma caldeira, agora veja na
Figura 58 o P&ID básico de um reator simplificado, e na Figura 59, o P&ID
básico de um tanque.
Vapor
- - - + - - - - - - - - - - --.Condensado
T W
122
Figura 59 – P&ID de tanque
Esse controle pode ser aplicado aos processos de várias maneiras, isso
é, em cada um dos modos isoladamente, combinando dois modos
ou conjugando os três modos, conforme o processo que está sendo
controlado.
123
A eficiência do controle PID se limita a processos que não possuem
constantes de tempo altas. Nesses casos, por exemplo, é necessário o
uso de outros algoritmos para controle avançado envolvendo, inclusive,
modelagens de processo da planta como um todo.
ASSIMILE
Você deverá separar dois assuntos que parecem ser a
mesma coisa mas são coisas diferentes:
1ª) P&ID é um desenho em que se distribuem as tubulações,
os equipamentos e a instrumentação de uma instalação
industrial;
124
Figura 60 – Diagrama em blocos do controle PID
ENTRADA SAÍDA
125
Você aprendeu neste tema sobre equipamentos que são muito
comuns em instalações industriais: caldeira, reatores e tanques. A
partir do que foi exposto, você já é capaz de identificá-los nas plantas
industriais, bem como os sensores/detectores e instrumentos que
podem estar instalados nesses equipamentos. Também, você vai
inferir facilmente que, a partir de um certo porte ou uma quantidade
e volume de produtos diferentes, esses equipamentos precisam ser
analisados de forma sistêmica e não isoladamente. Por conseguinte,
o controle e a automação embarcadas precisarão ser sofisticados
o suficiente para permitir confiabilidade operacional e capacidade
de expansão, permitindo que a planta seja flexível e diversificável a
ponto de se manter como uma unidade fabril rentável ao longo de
seu ciclo de vida.
TEORIA EM PRÁTICA
126
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. Diagrama trifilar.
127
b. Diagrama de blocos.
c. Arquitetura da automação.
d. Topologia de rede.
e. Diagrama de tubulações e instrumentação.
Referências bibliográficas
ALVES, J. L. L. Instrumentação, controle e automação de processos. 2. ed. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., 2017.
BRASIL. NR-13 – Caldeiras, vasos de pressão e tubulações e tanques metálicos
de armazenamento. Brasília: Ministério do Trabalho, 2018a.
128
______. NR-20 – Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis.
Brasília: Ministério do Trabalho, 2018b.
GARCIA, C. Controle de processos industriais: estratégias convencionais. v. 1. São
Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2018.
PRUDENTE, F.. Automação industrial: PLC: teoria e aplicações. 2. ed. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 2015.
Gabarito
Questão 1 – Resposta D
Resolução: a opção A não é correta porque a caldeira na indústria
não é utilizada para preparação de caldos e sopas, e sim para a
geração de vapor. A opção B não está correta porque o reator na
indústria não é utilizado para lâmpadas incandescentes, e sim para
transformação de matérias-primas. A opção C não está correta
porque o tanque não é utilizado para lavagem de uniformes, mas,
principalmente, para armazenamento de produtos ou matérias-
primas. A opção D está correta porque a caldeira é utilizada na
indústria para geração de vapor. A opção E não está correta porque
o reator não é utilizado na indústria para geração de vapor, e sim
para transformação de matérias-primas.
Questão 2 – Resposta E
Resolução: uma vez que o diagrama trifilar é um diagrama elétrico,
o diagrama de blocos é uma simplificação dos blocos principais
do que existem no sistema, a arquitetura de automação mostra
a interligação dos componentes que fazem parte do sistema de
automação e a topologia de rede mostra os componentes que
existem na rede de comunicação do sistema, as opções A, B, C e D
estão incorretas. A opção E está correta porque a representação
gráfica das tubulações e dos instrumentos e feita por meio do
diagrama de tubulações e instrumentos conhecido como P&ID.
129
Questão 3 – Resposta B
Resolução: as afirmativas I e II estão corretas. A afirmativa III está
incorreta porque DCS, CLP e híbrido são configurações de sistemas
de automação e não se referem a modos de controle híbrido.
130
Fundamentos de programação em
CLPs
Autor: Rosana Yasue Narazaki
Objetivos
132
Figura 62 – Lógica de contato e tabela verdade
+
A B
e
y
Y= AB+ C
A B A*B AB C A*B+C
0 0 0 0 0 0
...
0 1 0 0 1 1
1 0 0 1 0 1
...
1 1 1 1 1 1
133
PARA SABER MAIS
Desenvolvido pela empresa alemã 3S-Smart, o Codesys é
uma plataforma mais completa e abrangente da indústria
de automação. Sua licença é gratuita e o usuário pode
desenvolver programas aplicativos para CLP, IHM, entre
outras. Está no padrão IEC 61.131-3 (IEC, 2013), apresenta
as cinco linguagens de programação (texto estruturado,
Ladder, lista de instrução, diagrama de blocos e SFC,
também conhecido como Grafecet) e possui um simulador.
Para maiores informações, visite o site da Codesys. Você
encontrará mais informações sobre o site nas referências,
ao final desta Leitura Fundamental. Nesta Leitura
Fundamental, abordaremos as linguagens de programação
Ladder, diagrama de blocos e SFC.
134
a. lógica de relé ou instrução de bit;
b. temporização e contagem;
c. aritmética;
d. manipulação de dados;
e. controle de fluxos;
f. transferência de dados;
g. avançada.
135
Figura 63 – Instrução XIC
Endereço
Estado do bit Instrução NA
T
0 Falso
Nº do bit 1 Verdadeiro
Endereço
Estado do bit Instrução NF
0 Verdadeira
Nº do bit 1 Falsa
136
Instrução OTE (Output Terminal Energize – Bobina energizada)
Endereço
---{ ]-
Nº do bit
137
Figura 66 – Instrução OSR
---·-·-·-[ ]--{ ]-
OSR
Endereço
---{ ]- S
Nº do bit
Fonte: elaborado pela autora.
138
Figura 68 – Representação da instrução OTU
Endereço
Nº do bit
ASSIMILE
Em um diagrama lógico, as instruções XIC e XIO são
instruções de entrada. E a instrução OTE é uma saída. Uma
linha lógica possui instruções de entrada que formam uma
lógica e sempre termina em uma saída. Exemplo:
139
de intervalo de tempo foi selecionada durante a programação. A
Figura 8 representa um temporizador TON. Dentro do temporizador,
no local Timer, coloca-se a numeração do temporizador. No caso, foi
escolhido o temporizador T4:01. No campo Timer Base, coloca-se a
base de tempo. Neste exemplo, temos um temporizador com base em
1 segundo. No campo Preset, você deve indicar a quantidade de tempo
que se necessita. No exemplo, colocou-se 15, que, com a base de tempo
1 segundo, o temporizador contará 15 segundos. O campo Accum é
um acumulador. Ele vai acrescentando uma unidade até que o valor
do acumulador seja igual ao campo Preset. Este é o momento em que
termina a contagem. O campo EM será ativado assim que a linha lógica
do temporizador seja ativada. O campo DN será ativado quando termina
a temporização.
TIMIERON DIELAY
- - - - Timer T4.0 - -(EN)~ -
Timerbase 1,0
IPreset 15,
Accum 2 - -(DNl)1
140
inicia ativada e desligará após a contagem de tempo. Na prática, é o
desligamento retardado da bobina de um relé.
RETENTIVETI IM IE.R ON
Tiimer T4.2 ---------- EN )_j
Timer base l,O
Preset 15
Aocum 2 ---11 DN)
141
Instrução CTU (CounT Up – Contar para cima)
COUNITTOUP'
Cunter CS.2
Pr,eset 50 1
Accum 23 - -(DN) 1
ADO
- - - - Source A 3 -
Source B C3.:5A.OC
IDest N7.0
142
1.1.4. Categoria D: manipulação de dados
MOV
- - - -· SourceA 4 11--1
Des,t N7:2
143
Figura 76 – Representação da instrução JSR
JUMP TO SUB,IROUTINE
1
Read/Write Mless.age .I
EN)---1
\
Type .I
Re,ad/Write \ IDN)
Target Oe,vke .I
IER)
\
144
1.1.7. Categoria avançadas
I1
I2 &
,.
I3 ...
≥1 O3
I4
145
• o bloco de função também pode ser solicitado na linguagem
Ladder ou lista de instrução.
S2 OR
Q2
SR
-- S2 AND
R
R Q2
Q2
53 - - 0 OR
f----- Q3
RS
- 53 AN D
R - ~
- R Q3
Q3 -
146
Há blocos de função para temporizadores TON, TOF, RTC, contadores,
comparadores, operação flip-flop, média diferença, atraso,
monitoração, etc.
• passos;
• transições;
• ações qualificadoras.
147
Figura 81 – SFC de um sistema de ventilação
1.4.1. Passo
148
1.4.2. Transição
1.4.3. Ações
1.4.4. Simultaneidade
149
apresentam condições de superar a barreira de transição. Na transição
disparada, os blocos 37, 38 e 39 deixam de ser destacados e, neste
momento, os blocos 40 e 41 ficam em destaque, indicando que estes são
os blocos que estão em atividade.
150
Figura 84 – Derivação
A=l
8=1
C=l
D=l
5
1
A
2
B
3
C
4
D
5
Fonte: elaborado pela autora
151
Nesta disciplina, você compreendeu que a linguagem Ladder foi criada
para ser semelhante a um circuito elétrico para facilitar a programação
pelo usuário que estava acostumado com a nomenclatura e com a lógica
de relés. Também aprendeu que existe, além da linguagem Ladder, a
linguagem por bloco de funções e por Sequential Flow Chart (SFC). Aqui
foram apresentadas algumas instruções de programação, de forma que
você poderá iniciar programação do CLP para sistema simples e usar a
linguagem de programação com a qual você tenha mais afinidade.
TEORIA EM PRÁTICA
A ilustração a seguir é de uma máquina de envasar garrafas.
Considere que já existe uma garrafa embaixo do bico de
enchimento. Abra o bico de envase quando o processo
for iniciado. O bico do envase deve ficar aberto por um
certo tempo para encher a garrafa. Após o enchimento,
o motor da esteira deve ser acionado para a troca de
garrafas. Envase 40 garrafas. Monte em linguagem Ladder,
o programa dessa aplicação.
"
152
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
a. Ladder.
b. SFC.
c. Bloco de funções.
d. Lista de instruções.
e. Texto estruturado.
153
Referências bibliográficas
3S-SMART. Codesys: software de programação. Disponível em: https://www.
codesys.com. Acesso em: 20 mai. 2019.
CAPELLI, A. Automação industrial: controle do movimento e processos contínuos.
3. ed. São Paulo: Érica, 2013.
MORAES, C. C.; CASTRUCCI P. L. Engenharia de automação. 2. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2010.
International Electrotechnical Commission – IEC. IEC 61.131-3: Programmable
controllers–Part 3: Programming languages. Suíça, 2013.
Gabarito
Questão 1 – Resposta C
Resolução: para escrever, ler ou trocar dados, é necessário usar
a instrução MSG. O fluxo do programa pode ser alterado pelas
instruções Derivação ou Malha Fechada no SFC.
Questão 2 – Resposta A
Resolução: todas as alternativas são programas para
desenvolvimento do software aplicativo do CLP. Somente a
linguagem Ladder se assemelha ao circuito elétrico.
Questão 3 – Resposta E
Resolução: na linguagem Ladder, o CLP lê as entradas, executa
o programa e escreve as saídas. Em uma linha lógica, o CLP lê a
entrada, executa a lógica da linha e atua a saída. Na linguagem de
bloco de função, o CLP lê a entrada, executa o bloco de função e
escreve na saída. Entrada, temporização, movimentação de dados
e saída são instruções de bloco de funções. Passo, transição e saída
são etapas do SFC.
154
Bons estudos!
155