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ELABORAÇÃO DE LAUDO
TÉCNICO E PERÍCIAS JUDICIAIS
Everlânia Maria da Silva
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Mariana Gerardi Mello
Revisor
Miriane de Almeida Fernandes
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
_______________________________________________________________________________________
Lima, Ludmila Lopes
L732e Elaboração de laudo técnico e perícias judiciais/
Ludmila Lopes Lima, Everlânia Maria da Silva – Londrina:
Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2020.
43 p.
ISBN 978-65-5903-095-8
CDD 345.05
____________________________________________________________________________________________
Raquel Torres – CRB 6/2786
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
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ELABORAÇÃO DE LAUDO TÉCNICO E PERÍCIAS JUDICIAIS
SUMÁRIO
Introdução à perícia e assistência técnica judicial____________________ 05
4
Introdução à perícia e assistência
técnica judicial
Autoria: Ludmila Lopes Lima
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
Objetivos
• Introduzir a perícia judicial.
5
1. Introdução à perícia judicial e a assistência
técnica judicial
6
ele não possui. Dessa forma, o Laudo emitido pelo perito servirá de
prova para esclarecer e instruir o processo, tanto para as partes quanto
para o Juiz, sobre aquela matéria técnica que ajudará na resolução
do conflito. Sobre seu conteúdo, a perícia necessariamente versará
sobre uma determinada área do conhecimento humano especializado,
tais como engenharia, medicina, finanças, economia, agrimensura,
informática etc.
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função. Caso não haja perito cadastrado no momento da nomeação
para aquela região, o Código de Processo Civil, em seu art. 156, § 5°,
determina que a escolha pode ser feita de forma livre pelo magistrado,
podendo ele escolher entre os profissionais ou órgãos técnicos e
científicos, desde que sejam capazes para isso (BRASIL, 2015).
Ademais, há diversas áreas nas quais o perito judicial pode atuar, entre
elas se destacam: a perícia estrutural, realizada pelo engenheiro; a
perícia contábil, realizada pelo contador; a perícia médica, realizada pelo
médico; a perícia de avaliação mercadológica, realizada pelo corretor de
imóveis, entre outras disciplinas técnicas de atuação. O perito judicial
atua toda vez em que uma perícia judicial for solicitada por uma das
partes interessadas, ou de acordo com a necessidade percebida pelo
juízo. Isso ocorre quando o processo não apresenta os elementos
técnicos suficientes capazes de esclarecer os fatos, convencer o Juiz e,
em decorrência disto, levar a um julgamento injusto.
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O ordenamento jurídico brasileiro, mediante o Código de Processo Civil,
entre os arts. 464 a 480, definem que a perícia é um dos meios de prova
admitidos em direito (BRASIL, 2015). Nesse caso, o laudo pericial tem um
grau de confiabilidade maior que as demais provas, por obedecer aos
procedimentos técnicos e científicos que são exigidos.
9
compreensão do fato ou do objeto controvertido. A realização da perícia
judicial será determinada em uma decisão interlocutória, que acontece
na fase de saneamento do processo, é o momento em que o Juiz
estabelece a organização dos fatos, para ao depois proferir a sentença
de mérito.
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Segundo Fiker (2019), o perito, também, pode ser considerado suspeito
para a emissão de laudo pericial, quando se tratar uma das partes de
inimigo, amigo íntimo ou parente até 3º grau de um dos litigantes.
11
possui capacidade para precificar/avaliar esses imóveis apenas com o
conhecimento de mercado que possui.
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe
designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do
encargo alegando motivo legítimo.
Em paralelo, ainda no CPC (BRASIL, 2015), está previsto, em seu art. 465
§ 2º, que, após a ciência da nomeação pelo perito, ele apresentará em 05
(cinco) dias, a proposta de honorários, o currículo com a comprovação
das especializações e o seu contato profissional.
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ou científico, ou contenha opinião pessoal dos fatos, o Juiz poderá
indeferi-los, à luz do art. 470 do Código de Processo Civil (BRASIL, 2015)
13
1.5 Assistência técnica judicial
14
regra, essa nomeação é feita pelo Juiz, entretanto, podem as partes
de comum acordo escolherem o profissional para atuar como perito,
conforme estabelecido no art. 471 do CPC (BRASIL, 2015).
15
detalhada, com clareza e objetividade, pois é necessário que o Juiz
compreenda para ajudá-lo com os termos da sentença.
16
o perito pode não ser cadastrado no Tribunal de Justiça, contanto que
preencha os demais requisitos legais (BRASIL, 2015).
17
Não se admite, em se tratando de laudo pericial, que os quesitos sejam
respondidos sem a devida fundamentação. Para tanto, é necessário
que o perito justifique de maneira técnica todos os questionamentos
apresentados pelas partes ou pelo Juiz. A fundamentação deverá
ser feita em linguagem técnica, ou seja, de fácil entendimento e com
coerência lógica.
Logo, o perito não emite nota fiscal, nem tampouco recibo. Ele apenas
declara seus rendimentos; recebe seus honorários por meio de alvará,
que é uma ordem de pagamento emitida pelo Juiz; com o alvará em
mãos, o perito pode fazer o levantamento na agência indicada; ou por
ofício, quando a Secretaria efetiva o valor dos honorários diretamente
na conta bancária do perito.
18
1.9 Do processo eletrônico (PJe) para peritos
19
Referências Bibliográficas
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.752: perícias de
engenharia na construção civil. Rio de Janeiro: ABNT, 1996. Disponível em: https://
cutt.ly/6j9TOHn. Acesso em: 30 out. 2020.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.653-1: avaliação de bens:
parte 1 – procedimentos gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2001. Disponível em: http://
bittarpericias.com.br/wp-content/uploads/2017/02/Avaliacao-Bens-Procedimentos-
Gerias-NBR-14653-1.pdf. Acesso em: 30 out. 2020.
ALBERTO FILHO, R. P. Da perícia ao perito. 4. ed. Niterói: Ímpetus, 2015.
ALVIM, E. A. Curso de direito processual civil. São Paulo: Revista dos Tribunais,
1999.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Presidência da República, [1988]. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 14 jan. 2021.
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Institui o
Código de Processo Civil. Brasília, DF: Presidência da República, [2015]. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm.
Acesso em: 14 jan. 2021.
CNJ. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 233, de 13 de julho de
2016. Brasília, DF: CNJ, 2016. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/files/
resolucao_233_13072016_15072016133409.pdf. Acesso em: 14 jan. 2021.
FIKER, J. Manual de avaliações e perícias em imóveis urbanos. 5. ed. São Paulo:
Oficina de Textos, 2019.
OTHON SIDOU, J. M. Processo civil comparado. São Paulo: Forense Universitária,
1997.
SANTOS, W. Dicionário jurídico brasileiro. Belo Horizonte: Del Rey, 2001.
THEODORO JR., H. Curso de direito processual civil: teoria geral do direito
processual civil, processo de conhecimento e procedimento comum. 56. ed. rev.
atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015.
20
Entendendo as partes que
envolvem um processo judicial
Autoria: Ludmila Lopes Lima
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
Objetivos
• Introduzir a organização do Sistema Judiciário
Brasileiro.
21
1. Sistema Judiciário Brasileiro
22
Figura 1 – Organograma do Poder Judiciário
2. Processo judicial
23
O processo pode ser considerado um instrumento legal que tem como
objetivo dirimir os conflitos por meio da justiça. De acordo com Fiker
(2011, [s.p.]), “Processo é uma série de atos jurídicos coordenados
tendentes ao exercício da função jurisdicional, que é a obtenção de
um provimento final determinado pelo Juiz, chamado de sentença”.
O processo, também, pode ser interpretado como um conjunto de
documentos e peças processuais que, seguindo um rito predeterminado,
possibilita um resultado útil da demanda, por meio de uma sentença,
prolatada pelo Juiz.
24
em seu art. 17, estabelece que, para postular em juízo, é necessário ter
legitimidade e interesse de agir.
25
O processo de execução se dá quando já se possui um título executivo
judicial (transitado em julgado) ou, quando possui título executivo
extrajudicial. A execução versa exatamente na realização das
providências para se dar o devido cumprimento ao título.
26
Dessa forma, nem todas as provas apresentadas pelas partes no
processo são aceitas, quando isso ocorre, o Juiz analisa a pertinência
e a necessidade de cada uma delas e autoriza ou não a sua produção.
A exceção é a prova pericial, pois, a perícia consiste na decisão do Juiz
em suscitá-la ou não. Após a produção de provas concluída, passa-se a
decisão final do Juiz, que é a sentença. É na sentença que o Juiz decide o
fato controvertido entre as partes.
27
Por fim, ocorre a fase de cumprimento de sentença (Fase de Liquidação
da Sentença), que é onde o credor exige o crédito do devedor; é nessa
fase que efetivamente ocorre a satisfação da pretensão. Assim, o
processo tem seu fim somente quando a sentença é definitivamente
cumprida.
28
indivíduos que terão suas esferas de direitos atingidas pelo resultado
alcançado ao final.
Conforme previsão legal, dos arts. 113 a 118 do CPC (BRASIL, 2015), é
possível que mais de um indivíduo integre o polo da demanda, essa
hipótese é denominada litisconsórcio. Há o litisconsórcio ativo, quando
houver pluralidade (dois ou mais) de indivíduos no polo ativo da
demanda, autores. E, há de se falar em litisconsórcio passivo, quando
houver pluralidade de indivíduos no polo passivo da demanda, ou seja,
vários réus.
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Há quatro maneiras de se tornar partes em um processo, sendo elas
descritas na figura a seguir.
30
Dessa forma, a legitimidade consiste na averiguação do direito daquele
que busca o judiciário. É a certificação que aquela parte (autor) é a
mesma que se diz ser carecedora do direito ou a parte usurpadora do
direito (réu).
O Juiz, por sua vez, é um sujeito da relação processual. Nesse ato, ele
representa o Estado. Ele é um sujeito desinteressado por sua própria
função jurisdicional, e apenas exerce sua função na tentativa de dirimir o
conflito.
Outro sujeito que pode compor uma lide é o Promotor de Justiça. Ele
atua como membro integrante do Ministério Público, fiscalizando a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis das partes. Entretanto, ele não se faz
presente em todas as demandas, somente as preestabelecidas em lei.
O Promotor de Justiça pode apenas acompanhar a demanda ou, ainda,
31
ser autor da ação, nos casos em que sua atuação consiste em proteger
um interesse particular indisponível, ele age de maneira parcial (é o
autor). Nos casos em que acompanha a demanda, deve agir de maneira
imparcial, sem demonstrar interesse próprio ou de terceiros. Salvo em
casos específicos, o Advogado também é um sujeito essencial à relação
processual. Via de regra, é obrigatório às partes estarem devidamente
representadas por um advogado e, por essa atribuição, torna-se um
sujeito necessário no processo.
32
Já os auxiliares que possuem caráter eventual são aqueles que prestam
serviços em determinados processos, aparecendo nas relações
processuais de maneira esporádica, a depender da necessidade, como o
perito e os intérpretes. Geralmente, o auxiliar de justiça eventual não é
um funcionário de carreira do Tribunal de Justiça; ele é um profissional
nomeado para tal encargo.
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Além disso, também, são considerados como auxiliares da justiça, os
conciliadores e os mediadores judiciais, que são os responsáveis pelas
sessões de conciliação e de mediação. Eles são os profissionais que,
por meio do seu trabalho, buscam resolver o conflito de interesses por
intermédio da autocomposição.
Enunciado 373. As partes devem cooperar entre si; devem atuar com ética
e lealdade, agindo de modo a evitar a ocorrência de vícios que extingam o
34
processo sem resolução do mérito e cumprindo com deveres mútuos de
esclarecimento e transparência. (ENUNCIADOS..., 2017, p. 50)
35
esclarecimento, dever de consulta, dever de prevenção, dever de auxílio,
entre outros.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Presidência da República, [1988]. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 14 jan. 2021.
BRASIL. Decreto-lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Brasília,
DF: Presidência da República, [1940]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: 14 jan. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Institui o Código de Processo Civil.
Brasília, DF: Presidência da República, [2015]. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 14 jan. 2021.
CINTRA, A. C. de A.; GRINOVER, A. P.; DINAMARCO, C. R. Teoria geral do processo.
22. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.
CHIOVENDA, G. Instituições de direito processual civil. São Paulo: Bookseller,
2009.
DONIZETTI, E. Curso didático de direito processual civil. São Paulo: Atlas, 2016.
ENUNCIADOS DO VIII EDIÇÃO DO FÓRUM PERMANENTE DE PROCESSUALISTAS
CIVIS, Florianópolis, Santa Catarina, out. 2017.
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FIKER, J. Manual de avaliações e perícias em imóveis urbanos. 5. ed. São Paulo:
Oficina de Textos, 2019.
SÁ, R. M. de. Manual de direito processual civil. São Paulo: Saraiva Educação,
2020.
TARTUCE, F. O novo CPC e o direito civil: impactos, diálogos e interações. São
Paulo: Método, 2015.
THEODORO JR., H. Curso de direito processual civil: teoria do direito processual
civil, processo de conhecimento e procedimento comum. 56. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2015.
37
Engenharia Legal
Autoria: Everlânia Maria da Silva
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
Objetivos
• Esclarecer conceitos básicos sobre a Engenharia
Legal e seus ramos de abrangência.
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1. Engenharia Legal: conceituação
39
As avaliações têm por finalidade averiguar e esclarecer fatos, verificar
o estado de um bem, apurar as causas que motivaram determinado
evento, avaliar bens, seus custos, frutos ou direitos. Nesse sentido, por
ser um trabalho técnico-científico, o profissional que realiza a avaliação
deve se abster de qualquer sentimento pessoal, tendo que refletir as
tendências do mercado imobiliário e as metodologias aplicáveis de
avaliação.
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de manutenção, que são as provenientes da gestão, planejamento
ou operação. Já as falhas provenientes do uso são causadas por
inadequações ou alterações indevidas na habitabilidade, segurança ou
no meio ambiente.
41
• Sustentabilidade: requisitos de durabilidade; manutenibilidade e
adequação ambiental.
42
• Lista prioridades com urgências e recomendações para tomada de
decisões.
43
• Método evolutivo: pesquisa terrenos equivalentes ao do imóvel e
atribui o valor do Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB)
para a área construída, considerando variáveis de idade da obra e
tipo do acabamento.
44
As fases elencadas são consideradas para atividades básicas de etapas
de desenvolvimento do laudo técnico, que, segundo a NBR 13.752
(ABNT, 1996), devem corresponder às seguintes etapas:
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Figura 1 – Fluxograma dos passos para interpretar e analisar
manifestações patológicas em construções
46
3. Metodologias aplicadas na Engenharia
Diagnóstica
47
e serviços comunitários (transporte, serviços bancários, serviços de
comunicação, limpeza urbana, comércio, segurança, assistência à saúde,
acesso à educação, cultura, lazer, possibilidades de recreação e outros
serviços de fins socioculturais).
3.1.5 Fotografias
48
3.1.6 Documentos extras que auxiliem no esclarecimento da
vistoria
49
• Situação mercadológica: dados de mercado relativos às
ofertas.
Referências Bibliográficas
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5.674: manutenção de
edificações: requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Rio de Janeiro:
ABNT, 2012.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6.118: projeto de estruturas
de concreto: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.752: perícias de
engenharia na construção civil. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.653-1: avaliação de bens:
parte 1–procedimentos gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.575-1: edifícios
habitacionais de até cinco pavimentos: desempenho – parte 1: requisitos gerais. Rio
de Janeiro: ABNT, 2013.
ANDRADE, M. D. C. Manual para diagnóstico de obras deterioradas por corrosão
de armaduras. 5. ed. São Paulo: Pini, 1992.
ABUNAHMAN, S. A. Curso básico de engenharia legal e de avaliações. São Paulo:
Pini, 2008.
IPT. Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Formulação de critérios para avaliação
do desempenho de habitações. São Paulo: IPT, 1981.
50
Metodologia e desenvolvimento
de laudos técnicos e perícias
judiciais
Autoria: Everlânia Maria da Silva
Leitura crítica: Miriane de Almeida Fernandes
Objetivos
• Conhecer normas e itens de desenvolvimento de
laudos periciais.
51
1. Importância das inspeções prediais para
diagnóstico de manifestações patológicas em
edificações
52
faz-se uso de uma das atribuições da Engenharia Civil, a realização de
inspeções para perícias de construção civil.
53
• Sistemas de dundações, estrutura principal, estruturas
periféricas, contenções e arrimos: devem ter garantia de
5 anos para os quesitos de segurança, estabilidade global e
estanqueidade.
54
• Forros de gesso: garantia de 1 ano para fissuras por acomodação
dos elementos estruturais e de vedação.
• Falhas de projeto.
• Falhas de execução;.
55
Para evitar ou mitigar os danos, é importante a indicação de Manutenção
Predial. A preservação adequada da edificação deve oferecer critérios de
segurança, economia a longo prazo e sustentabilidade.
56
• NBR 15.575 (ABNT, 2013) – Norma de Desempenho de Edificações
– estabelece níveis mínimos de desempenho para os principais
sistemas de um imóvel, com foco em Segurança, Habitabilidade e
Sustentabilidade. Obrigatória desde julho/2013, ela é um divisor de
águas na construção civil brasileira.
57
• NBR 16.747 (ABNT, 2020) – Inspeção Predial – a norma se
aplica a qualquer tipologia de edificações, visando a inspeção
global, fundamentada por intermédio de exames sensoriais
por profissionais habilitados. Estabelece as etapas mínimas de
inspeção predial geral, que inclui:
58
manutenção e outras necessidades decorrentes de mecanismos de
danos ou, até mesmo, de possíveis alterações nas construções.
59
Além das diferenças conceituais, cada uma dessas ferramentas exigirá
do especialista um determinado tipo de conhecimento técnico, assim
como maior ou menor tempo de trabalho. Ademais, ele definirá se há
necessidade de uma equipe multidisciplinar para o trabalho, o que
impactará no custo do serviço.
60
registrar a situação de segurança e de conservação dos imóveis no
entorno da construção a ser executada.
2. Atribuições profissionais
61
3. Procedimentos de inspeção predial – etapas
da metodologia
62
idade da construção, instalações e equipamentos e qualidade da
documentação entregue ao profissional habilitado.
63
edificação e influência ambiental. Os detalhes podem ser indicados
por meio de mapas e registros fotográficos.
• Conclusões.
64
indícios de origens das falahas. Ideal que se faça um levantamento
histórico com o responsável pela obra.
65
propostas no objetivo de desenvolvimento do trabalho. Exemplos:
para laudo de vistoria, a conclusão deve deixar clara a situação
geral da edificação; para um laudo de avaliação pericial, as
considerações finais devem reiterar o diagnóstico geral da
construção e a importância de tratamento dos danos por indicação
de urgência de cada um.
Referências Bibliográficas
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5.674: manutenção de
edificações: requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Rio de Janeiro:
ABNT, 2012.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.575: desempenho das
edificações habitacionais. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.752: perícias de
engenharia na construção civil. Rio de Janeiro: ABNT, 2020
BAUER, R. J. F. A carbonatação do concreto e sua durabilidade. Rio de Janeiro:
LTC, 2010.
BRASIL. Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966. Regula o exercício das profissões
de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências.
Brasília, DF: Presidência da República, [1966]. Disponível em: https://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l5194.htm. Acesso em: 15 jan. 2021.
BRASIL. Lei nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010. Regulamenta o exercício da
Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil–
CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito
Federal–CAUs; e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República,
[2010]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/
l12378.htm. Acesso em: 15 jan. 2021.
IBAPE. Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo.
Inspeção predial. São Paulo: Pini, 2020.
66
Bons estudos!
67