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POMBE Cece Ted ttt ee MT ca Weer iki Cases) TERCEIRA EPiISTOLA DE JOAO Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os lacos da fraternidade crista. Toda segunda-feira, um novo video traz a esséncia da ligao da semana para apoio ¢ edificacao dos professores ¢ alunos da EBD Apresentacdo: Pr. Paulo Ferreira Toda sexta-feira 6 apresentada no car da Editora Betel, no YouTube, uma aul exclusiva sobre a licao da semana par aqueles que querem continuar seus estudos da Palavra de Deus em meio: pandemia e no conforto do seu lar. aera ire oys Apresentacdo: pastores Paulo Ferreira, Marcos Santana e Wiliam Barros. —Betel .... WERE DOO MINICAL _ Escola Biblica Dominicat ————-__4® Trimestre de 2023 + Ano 33 + N° 129 Adultos — Pubticacdo Trimestral + SSN 2448-184 | TERCEIRA EPISTOLA DE JOAO pute eises Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor aes we slie = e fortalecendo as lacos da fraternidade crista. erceira epistola, LICAO 1 O verdadeiro discipulo anda na verdade 3 LICAO 2 O verdadeiro discipulo de Cristo serve as pessoas enéoasimesmo 10 LICAO 3 O verdadeiro discipulo de Cristo exerce o seu chamado em amor 17 LIGAO 4 O verdadeiro discipulo é submisso a sua lideranca 24 LICAO 5 O verdadeiro discipulo depende inteiramente de Cristo 31 LICAO 6 O verdadeiro discipulo sujeita-se ao Supremo Mestre: Jesus 38 LICAO 7 O verdadeiro discipulo reconhece que sua seguranca vem de Deus 45 LICAO 8. O verdadeiro discfpulo: servo cuidadoso, exemplar fiel ao Sumo Pastor 52 LIGAO 9 O verdadeiro discipulo promove a comunhiio 59 LIGAO 10 0 verdadeiro discipulo glorifica a Deus 66 LIAO 11 O verdadeiro discfpulo é uma referéncia no servico cristéo 3 LIGAO 12. O verdadeiro discipulo promove o crescimento de outros discipulos 80 LICAO 13 O verdadeiro discipulo é um exemplo para futuras geracdes 87 LIGAO 14 O verdadeiro discipulo ¢ sua sade emocional 94 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BRA Conheca os recursos feitos para vocé € disponiveis gratuitamente em nosso site, acessando pelo linic bit.ly/aux-ebd-bd ou pelo QR Code: @ Essa revista pertence a: Cx Betel Editora un Cavalhe de Souza, 20 - Maduroira Fio de JaneearR (950-180 1 9878-8900 ‘cera 81 97276-6560 / nacre #4 99722-0055 ‘comarcial@aditerabetel.com.br ‘wunw.oditorabetol.com.br ©B EditoraBet MESA DIRETORA Bispo Primaz Mundial Dr. Manos! Ferra Presidente Bigpo Samuel Cassio Ferreira Bisgo Abner de Céssio Fereira Bispo Ores José do Gamo Pr. Amarido Martins de Siva Pr. Abinair Vargas Viera Pr, Josué de Campos Pr Dimo dos Santos Pr. Magner de Céssio Ferrara: Pr. Bie! Aratijo de Alencer é Rodrigues de Gowvela Pr, Gilson Ferreira Campos Pr, slose Fernandes Correia Noleto Pr Jodo Adair Ferreira Antonio Paulo Antunes DIRETORIA/CONSELHO DELIBERATIVO. Bispo Primaz Mundial Dr. Manoel Ferreira Bispo Oides José do Carmo. Pr, Josué de Campos Pr, Marcio Tstéo Vergniano Pr, Elie Aratio de Alencar Pr, José Fernandes Correia Noleto 1, David Cabral Pr. Neuton Pereira de Abreu Pr. Eduarcio Sampaio de Oliveira Pr. Moises Pereira Pinto Pr, Abinair Verges Vieira Pr, Diino dos Santos Pr Desailton Antonio de Souza Pr, José Pedro Texeira Pr Jogo Nunes dos Santos Pr Antonio Paulo Antunes Pr Deké de Andrade Pr Marcivon Neres de Oliveira GERENCIA Bisco Samuel Cassio Ferreira Gerenie Executivo Bispo Abner de Cassio Ferreira Gerente Geral © 2023 Editora Betel-Todos os direitos res- ervados. Nenhume parte desta publicageo pode ser re- produzida ou transinitida, em qualquer meio, sem prévia autotizacio por escrito da editora. Palavra do Comentarista “Neste trimestre, estudaremos com afin- co a Terceira Carta de Jodo. Com apenas quinze versiculos, a epistola é persona- lista e foi enderegada ao presbitero Gaio. No entanto, outros dois personagens sao mencionados pelo apéstolo Joao, autor da epistola, que faz comparacées de compor- tamento e carater de trés obreiros: Gaio, Demétrio e Didtrefes. As quatorze licées que estudaremos abordarao assuntos re- levantes como: andar na verdade, servico, amor ao proximo, exercicio do ministé- rio cristo, lideranga saudavel, atributos do discipulo de Cristo, caracteristicas do mau discipulo, entre outros. Que o Espiri- to Santo nos capacite, conduza e esclareca no estudo acerca deste importante livro das Sagradas Escrituras”” Ea ALEX DE MELLO CARDOSO Pastor Presidente da Assembleia de Deus em Parque Esplanada, | Embu das Artes-SP; Mestre em Teologia pelo Centro Universitario FATECAMP; Presidente-fundador do Ministry Word of Wisdom; Jor- nalista, Membro do Conselho de Jornalistas do Brasil e da Associacao Paulista de Imprensa; Escritor premiado, conferencista internacional e autor de 15 livros. a O verdadeirodiscipulo Fhe verdade PEE SON AL eo OSCE sek eee pea acer iia) VERDADE APLICADA “Porque muito me alegrei quando os irmaos vieram e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade." 3Jo40 3 Nossa conduta, em todas as areas, deve refletir ‘0. comprometimento pessoal com a Palavra da verdade que recebemos. © OBJETIVOS DA LICAO © Mostrar que quem anda na verdade anda em santidade. & Ressaltar a importancia de falar e andar na verdade. & Revelar o padrdo de Deus recomendado a seus discipulos. GET ecey Miser a asgsael JOAO 17 18. NEo pecp que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Tl. Santifica-os na verdade; a tua palavra 6 a verdade. 18, Assim como tu me enviaste ao mundo, tam- bem eu os enviei ao mundo. 18. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. 20. E ndo rogo somente por estes, mas tambem Por aqueles que, pela sua palavra, hao de crer em mim; 21, Para que todos sejam um, como tu, 6 Pai, 0 és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nds, para que o mundo creia que tu me enviaste. BETEL DOMINICAL Revista do Professor 3 [ G3 LEITURAS COMPLEMENTARES J ea eee) SEGUNDA | SI54,5 QUINTA | Pv 22.21 A verdade divina destrdi os inimigos. Averdade deve ser aprendida e ensinada. TERCA | SI 119.30 SEXTA | Jo 4.24 A verdade € 0 caminho de Deus. A verdade faz parte da adoracao a Deus. QUARTA | Pv 12.19 SABADO | Jo 8.32 A verdade subsiste; a mentira desaparece. Averdade liberta. i 88, 141, 306 Introducéo a 1, Joo, Gaio, Demétrio e Didtrefes 2. O que é a verdade Ore para que os discipulos de Cristo valori- 3. O poder de um auténtico discipulo zem a verdade e vivam nela e por ela. Conclusdo 1: INTRODUCAO Verdade € 0 termo mais destacado no livro de Joao e citado por Jesus ao falar sobre unidade e santidade. Esse carter é exaltado por Joao na vida de Gaio e Demétrio, em contraponto ao engano produzido por Diotrefes. Joao, Gaio, Demétrio e Di- Em contraponto, Didtrefes ignora a 6trefes verdade e despreza seu lider. ATerceira Carta deJoao,comapenas 1.1. Quem foi Joao. Filho de Zebedeu, 15versiculos,épersonalistaefoiende- fazia parte do “circulo intimo” de Je- tecada ao presbitero Gaio. sus, composto por trés dis- No entanto, outros dois PONTO DE cipulos, participando, junto Ppersonagens sio mencio- PARTIDA com seu irmao Tiago e com nados pelo autor, que faz Reisnos = Pedro, de ocasides especiais comparacGes de compor- [Mc 5.36-37; 9.2; 14.33]. tamento e carater de trés cramnay Joao era pescador e deno- obreiros: Gaio, Demétrio Pata wivel Na minado “o discipulo amado” eDiotrefes. Tratadocomo | verdade. [Jo 21.20]. Autor do Evan- “amado” e “filho’?, Gaio é gelho segundo Joao, de trés reconhecido por ser um verdadeiro cartas que também levam o seu nome discipulo e uma lideranga exemplar - sendo a ultima enderecada a Gaio -, que “anda na verdade” [3Jo 3]. Da _ e do livro de Apocalipse. Morreu de mesma forma, Demétrio [3Jo 12]. _velhice, perto de 98 d.C. 4-uiKho1 W Joao foi um dos primeiros segui- dores de Jesus. Sempre fiel, registrou intimeras passagens da vida e do mi- nistério do Mestre, o que certamente contribuiu para formar seu cardter de discipulo. Jodo se concentra na divindade de Cristo: revela Jesus co- mo sendo 0 Verbo, o Filho de Deus e 0 proprio Deus [Jo 1.1-3]. Sua apre- ciagao pela “verdade”, que destaca no carater de Gaio, pode ser entendida pelo fato de ele ter sido o evangelista a registrar que Jesus era a Verdade e unico Caminho para Deus [Jo 14.6]. Barclay, ao falar da importancia do ensino sobre a verdade, feito por Je- sus, diz: “Nenhum professor foi ja- mais a encarnacao de seus ensinos, com excecio de Jesus”. O termo “ver- dade” aparece 74 vezes no Evangelho de Joao, em grande parte pela boca de Jesus: “Em verdade, em verdade..”. 1.2. Quem foram Gaio e Demétrio. Gaio e Demétrio sao apresentados por Jodo como cristaos fiéis [3Jo 3-6, 12]. 1) Gaio era lider de uma das igrejas da Asia Menor (da qual Joao se tornou bispo), um obreiro generoso e hospitaleiro que ofere- cia abrigo aos missiondrios em sua casa [3Jo 3-8]. Em sua Terceira Car- ta, Jodo elogia e incentiva o amado irmao em Cristo por seu ministério de hospitalidade aos mensageiros itinerantes que iam de um lugar a outro para pregar o Evangelho de Cristo. 2) Demétrio era o tipo de cristéo que, ao contrario de Did- trefes, procurava construir, em vez de destruir, procurava manter Deus no centro de sua vida, em oposicdo a si mesmo. Era um homem de boa reputacao ¢ leal 4 verdade, reconhe- cido por seu testemunho cristaéo [3Jo 12]. Gaio e Demétrio foram grandes colaboradores de Joao. Eles ajudavam o apéstolo no cuidado da igreja local. wW O texto de 3Joao parece indicar que Gaio e Demétrio foram fiéis auxiliares de Jodo em uma igreja local, reconhecidos pela verdade e fidelidade ao ministério e a lideran- ¢a. A conduta deles era referéncia. Esse reconhecimento vinha da igre- ja e chegou até Joao. Como estamos sendo conhecidos? A verdade e a fidelidade podem ser vistas em nos- so ministério e vida pessoal? Jesus mostra que a Palavra de Deus é a verdade e quem esta sob a verdade é santificado [Jo 17.17]. 1.3. Quem foi Didtrefes. Ao contrario de Gaio e Demétrio [3Jo 1-6, 12], Di- 6trefes nao obedecia nem respeitava 0 apéstolo Joao. Era obstinado e falava © que nao devia, causando magoas e conflitos no seio da comunidade. Ele queria ter a primazia entre os irmaos, ou seja, o primeiro lugar [3Jo 9-14]. Diétrefes era um mau discipulo, am- bicioso e caluniador, portanto, indigno de servir na Igreja. W A arrogancia de Didtrefes assume patamares estratosféricos, a ponto de ele se recusar a reconhecer a au- toridade de Jodo e nao receber seus mensageiros em sua igreja local. Ele BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 5 estava completamente desconectado do “Corpo”, assumindo, com essa pos- tura desleal, o papel de “cabega’. Paulo nos ensina: “Recomendo-lhes, irmaos, que tomem cuidado com aqueles que causam divisdes e colocam obstacu- los ao ensino que vocés tém recebido. Afastem-se deles.’ [Rm 16.17 - NVI]. Em vez de andar na verdade, Distrefes andava na arrogancia, contrariando a postura do Senhor da Igreja! (1D EU ENSINE! QUE: O que temos por precioso € o que marcaré nosso cardter € 0 que passaremos adiante. Um discipulo é reconhecido, bem ou mal, por aqui- lo que esta evidenciado em sua vida. No caso de Gaio e Demétrio, era a “verdade”. O que é a verdade A verdade é um dos atributos di- vinos. A Biblia é chamada de “pa- lavra da verdade” [Ef 1.13]. Jesus disse em Joao 17.17 que a Palavra de Deus é a verdade e, ainda, em Joao 14.6 que Ele é “o caminho, a verdade e a vida’. A verdade, no contexto cristo e biblico, nao é simplesmente o contrario da men- tira, masa base em que os homens devem andar e a palavra que de- vem falar [Ef 4.25]. A verdade é ab- soluta. A verdade liberta [Jo 8.32]. 2.1. Andar na verdade. Jesus disse que o diabo é 0 “pai da mentira” [Jo 8.44], ensinando nao sé que o inimi- go criou a mentira, mas que os filhos de Deus devem andar na verdade, seguindo o carater de Deus. “Nao vos escrevi porque nao soubésseis a verdade, mas porque sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade” [1Jo 2.21]. Quem anda na verdade prega e vive o que ensinam as Escrituras, e esta em unidade com Jesus [Jo 17.21]. W O verbo “andar” da o sentido de continuidade. Significa que andar na verdade deve ser uma a¢ao continua na vida crista, nao apenas um determina- do percurso, mas todo 0 trajeto! Outro entendimento é que andamos sobre uma base, geralmente, sdlida. Jesus nos mostra que a Palavra de Deus é a verda- de, portanto, a base sdlida sobre a qual devemos caminhar durante toda a nos- sa vida. Era assim que Gaio e Demétrio viviam, principalmente no ministério, onde eram reconhecidos pela igreja por essa caracteristica [3Jo 3]. Sobre a verda- de, cito novamente Barclay, que diz: “Ha muitos que nos disseram a verdade, mas nenhum foi a encarnacao da verdade”. 2.2. Defender a verdade. Na versio NTLH de Provérbios 22.12, lemos: “O. Senhor Deus esta alerta para defender FOCO NA LICAO Autor do Evangelho segundo Joao, de trés cartas que também levam o seu nome — sendo a Ultima enderecada a Gaio... 6-Lighot a verdade e atrapalhar os planos dos mentirosos”. Um dos papéis da igreja, portanto, dos crentes, é realizar aquilo que agrada a Deus. E defender a ver- dade esta nesse plano. Joao combateu Distrefes exatamente por ele estar do lado oposto da verdade [3Jo 10]. Por isso ele diz a Gaio: “Amado, nao sigas o mal, mas o bem. Quem faz 0 bem é de Deus; mas quem faz o mal nao tem visto a Deus” [3Jo 11]. Os apésto- los tinham como principal tarefa em seus ministérios defender a verdade. Pedro foi claro ao dizer: “Porque nao podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido [At 4.20]. WM Ao defender Gaio, 0 apdstolo Joao estava defendendo a verdade, uma vez que era esse 0 comportamento refletido por aquele destacado irmao. Defender * o Evangelho, que é a verdade, confor- me Jesus ensinou, é defender os valores que Deus deixou em Sua Palavra, pelos quais devemos nos guiar [SI 119.105]. Defender a verdade é defender a reve- lacao dada por Deus. Parafraseando Barclay, muitos homens podem ensi- nar a verdade, mas s6 Jesus éa verdade. 2.3. Amar a verdade. Joao era conhe- cido como “o apéstolo do amor”. Em sua Terceira Carta, ele demonstra amar a verdade e sealegra com Gaio e Demétrio, que “andam na verdade” [3Jo 3, 12]. Assim como a verdade, o amor é um dos atributos de Deus. Joao relata a oragao de Jesus, onde Ele declara: “E eu lhes fiz conhecer 0 teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja” [Jo 17.26]. Paulo, ensinando sobre o amor, diz: “O amor nao se alegra com a injustica, mas se alegra com a verdade”. Aqui vemos o estilo de vida crista exibido por Gaio e De- métrio em oposi¢ao ao de Didtrefes [3Jo 11]. Ww Quem ama a verdade ama a Jesus ea Sua Palavra. Gaio e Demétrio eram homens comprometidos coma verda- de, humildes, que amavam a obra eo povo de Deus. Um discipulo cheio de si ndo pode representar o Cristo que se esvaziou [Fp 2.7]. OD Eu ENSINEI QUE: Overdadeiro discipulo de Cristo deve conhecer, pregar, viver, defender e amar a verdade. Mais que um valor, a verdade é um atributo de Deus. O poder de um discipulo de Cristo O poder de um auténtico discfpulo esté relacionado 100% ao Evange- lho. Paulo diz que este “é o poder de Deus para salvacao de todo aquele que cré” [Rm 1.16]. A fonte deste poder é 0 Espirito Santo [At 2.1] e nunca o homem ou alguma instituigao humana. 3.1. O poder para ensinar. Aquele que tem poder deve aprender primeiro a ter poder sobre si mesmo — sé assim tera poder para discipular, com base nas Escrituras. A Biblia é unica fonte de poder: “Toda a Escritura divina- mente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 7 FOCO NA A LigAo Jesus disse em Joao 17.17 que a Palavra de Deus é a verdade e, ainda, em Jodo 14.6 que Ele é “o caminho, a verdade e a vida” para instruir em justica; para que o homem de Deus seja perfeito, e per- feitamente instruido para todaa boa obra” [2Tm 3.16-17]. Jesus orou agra- decendo a Deus pelo poder que rece- beu sobre toda a carne [Jo 17.2], com o qual tinha autoridade para ensinar as verdades espirituais e eternas. Ele era chamado de “Rabi”, que quer di- zer Mestre [Jo 1.38], aquele que tem como atribuicao o ensino. 'W Por mais preparado que um disci- pulo esteja - e isso é bom e importante ~ 0 seu poder para ensinar deve estar baseado na Palavra de Deus, tendo como referéncia a doutrina de Cristo [Mt 7.29]. Para ensinar com autorida- de a Palavra de Deus em uma igreja local ou um Semindrio que se propde a contribuir na formagao de obreiros, 0 primeiro requisito nao é a formacao académica, mas ter nascido da agua e do Espirito, como Jesus disse a Nico- demos [Jo 3.10]. 3.2. 0 poder para liderar. Parece que Gaio era um servo de Deus que se des- tacava na igreja local por sua conduta. Apesar de ter alcancado tal patamar, diferentemente de Didtrefes, que se achava autossuficiente, Gaio manti- nha a submissao ao seu lider Joao. Seu coragao era de servo, procedendo fiel- mente em tudo [3Jo 8]. Dai vinha seu 8 LiCho4 poder para liderar. Ja Didtrefes exigia das pessoas o que ele proprio nao ti- nha: obediéncia e submisso a lideran- ga. Era insubmisso e opunha-se aber- tamente as ordens de Joao [3Jo 9-10]. W Os discipulos que se inspiram em Jesus constroem relacionamentos com base no amor e no respeito [Jo 10.11]. No entanto, Didtrefes era desrespei- toso em relacao ao seu lider Jodo. O verdadeiro discipulo reconhece suas limitag6es, nao é soberbo diante de suas virtudes, busca respeitar autori- * dades que Deus institui, reconhecendo, e submetendo 0 seu chamado em hu- mildade. Onde ha arrogancia, ha falta de humildade! Todo poder sem limi- tes nao pode ser legitimo, pois quanto maior o poder, tanto mais perigoso é o abuso. Ter poder significa estar sub- misso Aquele que é 0 Cabeca da Igre- ja [Cl 1.18]. Ser discipulo de Cristo é negar-se a si mesmo, libertar-se do ego [Le 9,23]. 3.3. O poder para servir. Jesus re- comendou aos Seus discipulos que aguardassem em oracdo até que fossem revestidos de poder do alto [At 1.8]. Em Atos 2, todos eles foram cheios do Espirito Santo, recebendo a ungao que Thes daria poder para servirem como Igreja do Senhor. Esse poder foi claro no ministério apostélico [At 4.7-10]. Gaio servia os irmaos ao hospeda-los em sua casa, mesmo sem conhecé-los, uma marca do poder de um servo fiel ao seu chamado. W Ministério é servigo e nao ser vis- to. Didtrefes buscava poder humano, fama e status. Sua busca por prima- zia nao tinha limites. No coracéo do homem carnal existe 0 anseio de ser grande, ser reconhecido, afamado. Para quem trabalha na obra de Deus, isso é um grande perigo. O carnal nao compreende as coisas do Espirito, por- que lhe parecem loucura [1Co 2.14a]. C. S. Lewis, escritor irlandés, diz que “tudo o que nao é eterno, é eterna- mente inttil”. O discipulo aprovado é aquele que serve e o seu servico tera repercussao na eternidade! (1D EU ENSINE! QUE: O poder humano nao subsiste ante aos desa- fios ministeriais. O poder que devemos buscar com todo 0 nosso coracdo é 0 poder de Deus, derramado pelo Espirito Santo. Este é 0 poder essencial para ensinar aos irmaos a servir a Igreja de Cristo! @conciusAo Deus no se agrada daqueles que andam na soberba, como ocorreu com Didtrefes. Mas, quem anda na verdade entende que dela fazem parte a humildade, o servigo, o amor, a submissao, como aconteceu com Gaio e Demétrio, discipulos segundo o que ensinam as Escrituras. EORS ott s5 BETEL DOMINICAL Revista do Professor» 9 O verdadeiro discipulo de Cristo serve as pessoas e nao a si mesmo “Amado, procedes fielmente em tudo o que Como Jesus, devemos abundar em amor e, fazes pata com os irmaos e para com os es- assim, Sermos servos uns dos outros. tranhos." 3Jo&o 5 © Mostrar que o poder est Expor o verdadeiro sentido [© Ensinar que 0 propésito de em servir ao menor. do servico cristao. Deus para o discipulo é servir. . [© TEXTOS DE REFERENCIA | Dyess FILIPENSES 2 3. Nada facais por contenda ou por vangloria, 1. Portanto, se ha algum conforto em Cristo,se mas por humildade; cada um considere os ou- alguma consolacéo de amor, se alguma comu- —_tros superiores a si mesmo. nhao no Espirito, se alguns entranhaveis afetos 4, Nao atente cada um para o que é propria- e compaixées, - mente seu, mas cada qual também para o que 2. Completai o meu gozo, para que sintais 0 6 dos outros. mesmo, tendo o mesmo amor,omesmodnimo, 5. De sorte que haja em vos o mesmo sentimen- sentindo uma mesma coisa to que houve também em Cristo Jesus. Ese } LEITURAS COMPLEMENTARES SEGUNDA | Mt 20.28 QUINTA | 1Co 10.33 O verdadeiro discipulo tem prazer em servir. Trabalhar em prol dos outros. TERCA | Mt 23.11 SEXTA | 1Pe 4.10 O maior deve servir 0 menor. Servir como despenseiro de Deus. QUARTA | Jo 12.26 SABADO | 1Pe 5.3 O que serve sera honrado por Deus. Ser 0 exemplo do rebanho. PMR Lee) (@ ESBOCO DA LICAO 93, 283, 418 Introducao - = 1. O que é servir 2.A quem sen Ore para que os ministros de Deus tenham o. 3. Chamado para servir mesmo sentimento de Jesus. Concluséo = INTRODUCAO Jesus € 0 maior e mais perfeito éxemplo de servico ao préximo. Ele é o Deus que deixou a Sua gloria para servir com Sua propria vida, mostrando que o verdadeiro poder de um discipulo é quando se torna servo. O que é servir tar Jesus e té-lo como fiel modelo O conceito de servir é bastante a ser seguido [1Co 11.1]. amplo, no entanto, de forma re- 1.1. Fazer 0 que Deus manda. Jesus sumida, 0 dicionario diz disse que quem nao dé fru- que é: “Ser itil aalguém PONTO DE to, Ele corta; eo que da fruto ou a algo, auxiliando-o PARTIDA Ele poda, para frutificar ain- a realizar ou conseguir ci da mais [Jo 15.2]. Isso sig- 5 Deus nos Ul | S alguma coisa; estar as nifica que Deus espera dos chamou para Ae a ordens; atender a um eA seus discipulos que sirvam vir. propésito; zelar por al- com exceléncia! Trabalhar guém’. Nesse contexto, para Deus é fazer o que Ele é impossivel e desafiador ser um manda. Jesus foi um “trabalhador” do discipulo de Cristo e nao se apli- Pai, servindo debaixo de obediéncia car a essas atividades [1Pe 4.10]. [Fp 2.8]. Quando o discipulo deixa de E ser obediente a Deus, é seguir _ glorificar a Deus e de fazer seu traba- uma vocacao [1Co 15.58],éamar __ lho, que é servir, est “seguindo o mau “os irmaos e os estranhos’, éimi- _ exemplo”, como Diétrefes [3Jo 11]. BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 11 W Tiago 4.17 diz: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o nao faz, comete pecado”. Ja recebemos uma ordem de Deus, quando disse: “Nao me esco- Ihestes vés a mim, mas eu vos escolhi a vos, € vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permanega, a fim de que tudo quanto em meu no- me pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.” [Jo 15.16-17]. O verdadeiro discipulo pressupGe disposicio para servir, e ndo para ser servido. Uma excelente companhia para o discipu- lo é a virtude da humildade que, in- felizmente, nos dias de hoje, nao tem sido mais considerada uma virtude. Agindo assim, opde-se a Jesus, que declarou: “Bem como 0 Filho do Ho- mem nao veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.” [Mt 20.28]. Ser discipulo nao é “dar ordens’, é receber uma ordem e cumpri-la. 1.2. Ser humilde imitando Jesus. O termo humildade tem origem no la- tim humus, que significa “terra, chao”. Ser humilde nao é, portanto, estar nas alturas; Jesus, que estava, desceu. A humildade de Jesus é um dos grandes destaques em Sua lideranca. Ele diz sobre si mesmo: “.. pois sou manso e humilde de coragao” [Mt 11.29]. Mes- mo sendo Deus, Jesus se humilhou, fazendo-se homem e servo, conforme relata Filipenses 2. O orgulho é opo- sigao 4 humildade, por isso “Deus re- siste aos soberbos, mas da graca aos humildes” [Tg 4.6]. O discipulo orgu- 12. LigAo 2 Ihoso, que despreza a humildade por seachar mais importante que qualquer outro, estd manifestando a “Sindrome de Diétrefes” e sera destituido do que ele julga ser “seu poder”. Qualquer discipulo sem humildade, que fale com arrogancia, nao é um bom lider [Jr 48.29]. Mas os que imitam Jesus, sua forma de interagir com as pesso- as, acertam em todos os-aspectos de sua vida, demonstrando compaixao, altruismo, empatia e amor [Jo 8.3-11]. WO auténtico discipulo é compro- metido com Cristo e esta alinhado aos seus valores: é humilde, nao grita, nao manipula nem intimida as pesso- as. Afinal de contas, quem tem bons argumentos nao precisa elevar o tom de sua voz nem fazer intimidacées. Quanto mais alguém se impuser por meio da acidez verbal, menos ser ou- vido. Falar com grosseria é préprio de quem é moralmente fraco, e precisa, pela intimidacao, impor aquilo que nao consegue pela razao. 1.3. Amar e obedecer. Por amor, Deus enviou Jesus para nos salvar [Jo 3.16];eo Filho, em obediéncia, cumpriu Seu cha- mado, dando Sua vida por amor a nds [Ef5.1-2]. Cristo foi o maior exemplo de servo por Sua obediéncia. Em Filipenses 2.8, Paulo escreve que Jesus foi “obediente até a morte, e morte de cruz” enos exorta atermos “o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus” [Fp 2.5]. w O amor e a obediéncia sao im- portantes tracos do carater de um verdadeiro cristao. Ao contrario do que muitos pensam, ser discipulo nao significa ser autonomo, fazer 0 que quiser. Mas amar as pessoas e servi- -las. Warren W. Wiersbe disse: “Um dos problemas das igrejas de hoje é 0 niimero excessivo de celebridades e a falta de servos”. Joao exorta a pro- cedermos “fielmente em tudo o que fazemos para com os irmaos, e para com os estranhos” Diferentemente de Didtrefes, que s6 pensava em vanta- gens pessoais, a igreja também tinha Demétrio e Gaio, dispostos a servir. (1D EU ENSINEI QUE: Ser um verdadeiro discipulo néo é um poder em si mesmo, mas 0 exercicio da vocagéo divina para 0 servico cristao. Mesmo discipulos de Cris- to podem “contrair” a Sindrome de Diétrefes, razao pela qual devern, em tudo, imitar Jesus. A quem servir O discipulo de Cristo demonstra amor a Deus enquanto serve aos diversos grupos de pessoas [Hb 6.10] que carecem de sua assis- téncia espiritual, social e amor. Entre eles: os pobres, érfaos e vi- tivas, prioritariamente [Tg 1.27]; a comunidade de fé [G1 6.10]; os conhecidos e desconhecidos [Le 10.25-37]; os nacionais e os es- trangeiros [Mc 16.15]. O fato é que servir se refere a dar suporte ao outro, ajudando a levar as car- gas pesadas [Gl 6.2]. Assim, a ex- pressao que melhor caracteriza um auténtico discipulo é a de servo. 2.1. A Deus. Servir a Deus é cumprir com alegria e dedicagao as tarefas que nos foram dadas [SI 100.2]. Jesus sin- tetizou assim: “Em verdade vos digo que quando 0 fizestes a um destes meus pequeninos irmaos, a mim o fizestes” [Mt 25.40]. A mensagem é simples: fa- zer aos outros é servir a Deus! Didtre- fes nao tinha esta visao, ele servia a si proprio. Joao escreve: “Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal nao tem visto a Deus” [3Jo 11]. W John R. W. Stott (1,2 e 3 Joao - Intro- dugao e comentario, Vida Nova, 1982, p. 196): “Joao deixa a sua descrigao do dano que estava sendo feito por Didtre- fes para dar uma palavra de conselho pessoal a Gaio, seguida de uma reco- mendagao de Demétrio. Talvez esteja preocupado, temendo que mesmo Gaio fosse influenciado por Didtrefes. (...) O imperativo “sigas” é mimou, imites. To- do individuo é um imitador. E-nos na- tural olhar outras pessoas como nosso modelo e copia-las. (...) mas Gaio deve escolher cuidadosamente 0 seu mode- lo”. Nés também precisamos estar bem atentos quanto aos nossos referenciais, principalmente quanto a nossa atuagio em uma igreja local. ean Ser discfpulo...E ser obediente a Deus, é seguir uma vocacao [1Co 15.58], 6 amar “os irmaos e os estranhos”, é imitar Jesus e té-lo como fiel modelo a ser seguido [1Co 11.1]. BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 13, 2.2. Ao povo. Gaio foi reconhecido por Joao por ser um cristéo gene- roso e hospitaleiro, que dava abri- go aos missionarios [3Jo 3-8]. Com isso, além de estar participando ativamente da evangelizac¢ao, tam- bém era um promotor de edificagaéo e bom testemunho na igreja local. Diotrefes nao tinha a mesma atitu- de altruista. Ao contrario, era am- bicioso e arrogante. A qualidade do verdadeiro discipulo é mensurada pelo amor demonstrado aos ou- tros. Ser um verdadeiro discipulo é considerar as pessoas superiores a si mesmo [Fp 2.3]. O zelo de Je- sus fez com que nenhum daqueles que Deus o havia dado se perdesse [Jo 17.12]. W Gaio e Demétrio eram homens comprometidos com a verdade, amorosos e humildes, participantes dos sofrimentos de Cristo. Quanto a Didtrefes, tratava-se de um pre- potente, cuja energia fisica e emo- cional era gasta naquilo que nao era essencial. O discfpulo que se inspira em Jesus serve em seu ministério tendo Jesus como modelo, cons- truindo um relacionamento com base no amor e no respeito a todos sem distingao. 2.3.A Igreja. Pedro, um dos primei- ros lideres da igreja, recomendou: “Apascentai o rebanho de Deus, que esta entre vés, tendo cuidado dele, nao por forca, mas voluntariamen- te; nem por torpe ganancia, mas de animo pronto.” [1Pe 5.2]. A respon- 14- LiChe 2 sabilidade do verdadeiro discipulo é cuidar do rebanho de Cristo, como recomendou e exemplificou 0 apés- tolo Paulo [2Co 11.28]. A igreja é formada por pessoas e servi-las é servir a Deus. Jesus disse claramente a Pedro: “Amas-me? (...) Apascenta as minhas ovelhas” [Jo 21.16]. Paulo ensina que o amor fraternal e a honra devem ser regra no servico 4 comu- nidade cristé [Rm 12.10]. R Joao mostra que Didtrefes errou ao nao se inspirar em Jesus, o Cabega, que ama e defende a Igreja. Ele julgava ser o senhor da igreja, por isso exclufa quem nao acatava “suas” proibicées e ordens abusivas, tendo, assim, seu discipulado reprovado [3Jo 10]. Além disso, demonstrava nao conhecer o Senhor da Igreja [Cl 1.18]. (CD EU ENSINEI QUE: Servir é estar disposto a ser um cooperador jun- to a Deus, as pessoas, especialmente as mais vulneraveis, e a igreja. Chamado para servir Jesus deixou Sua gloria para servir. Ele proprio explica Sua missao ao dizer que nao “veio para ser ser- vido, mas para servir” [Mt 20.28]. E fala ainda que “o servo nao é maior que seu senhor” [Jo 13.16], indicando que nés também fomos chamados para servir. 3.1. Como um didcono a mesa. Em Atos 6, vemos a instituicéo do diaco- nato na igreja, diante de uma necessi- dade que os lideres passaram a ter, a Onis O discipulo de Cristo demonstra amor a Deus enquanto serve aos diversos grupos de pessoas [Hb 6.10] que carecem m de sua 1 assisténcia espiritual, social e amor. medida que a igreja crescia [At 2.41, 47). O termo didcono vem do grego e significa “ministro’, “servo’, “ajudante”. Essa fungo se tornou crucial para que os apdstolos se dedicassem a pregacao € 4 oracao, enquanto os didconos ser- viam aos irmaos: “Nao é razodvel que nés deixemos a palavra de Deus e sir- vamos as mesas. Escolhei, pois, irmaos .. de boa reputago, cheios do Espirito Santo e de sabedoria” [At 6.2-3a]. Eles deveriam servir bem nesta fungio, pa- ra com isso adquirir para si uma boa posigao e muita confianca na fé ém Cristo [1Tm 3.13]. W Todos devem servir, mas cabe aos didconos um servico primordial de acolhimento e assisténcia social aos necessitados. A fungao diaconal foi instituida porque as vitivas estavam sendo esquecidas [At 6.1]. Assim, fo- ram “escolhidos para servir 4 mesa’. 3.2. Como um pastor no aprisco. O disci- pulo que exerce a lideranga, assim como um pastor de ovelhas, é um zelador e, também, um guia que cuida (apascenta) das ovelhas no aprisco [S| 23]. Um disci- pulo verdadeiro, assim como um pastor de ovelhas, assume 0 cuidado e respon- sabilidades para garantir a seguranca do rebanho, bem como a orientagao para manté-lo vivo; nenhuma ovelha subsistird sem. cuidado do pastor, assim também o dscipilo sem o Mestre Seas A lide- ranga deve aliment-las com a Palavra de Deus e ser capaz de ajudar a aumentar a fé de suas ovelhas [Rm 10.17]. Pedro, que foi chamado para apascentaras ovelhas de Cristo [Jo 21.17], elenca uma série de ati- vidades proprias da lideranga que cumpre corretamente seu chamado [1Pe 52-3]. W O discipulo de Cristo precisa estar sempre aberto ao didlogo e desejoso para fazer a vontade de Deus [2Co 6.11]. Ele usa sua autoridade de for- ma que promova a obra de Deus e nao qualquer agenda pessoal. Didtrefes olhava para a igreja local do alto do pedestal, abusando das suas atribui- Ges. Para ele, ser um auténtico dis- cipulo era exercitar arbitrariamente o poder. Esse nunca foi 0 comporta- mento avalizado por Deus. Jesus dis- se: “Eu sou o bom Pastor; 0 bom Pas- tor da a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercendrio, que nao é pastor, de quem nao sao as ovelhas, vé vir 0 lo- bo, e deixa as ovelhas, e foge; eo lobo as arrebata e dispersa” [Jo 10.11-12]. 3.3. Como um samaritano na rua. Servir nao diz respeito as quatro paredes de uma igreja, mas mos- trar o amor e misericérdia de Deus em qualquer lugar [Lm 3.22]. Na Parabola do “Bom Samaritano’, Je- sus mostra isso a um doutor da lei BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 15, (religioso) que queria saber como herdar a vida eterna. Com as figuras de um sacerdote, um levita e um sa- maritano, Cristo mostra que apenas este ultimo serviu aquele que estava ferido na estrada, enquanto os ou- tros sequer pararam para socorrer aquele homem [Lc 10.25-37]. W A esséncia do cristianismo é servir ao proximo. E isso aconte- ce quando deixamos nossas pré- prias necessidades para atender, socorrer, amparar, aconselhar, cuidar daquele que precisa de ajuda. Nao se trata de cargos, mas de servico. Nao é necessario atri- buigao ministerial para ser mais sensivel ao clamor do necessita- do, servindo seu préximo com amor [At 9.36]. CD Eu ENSINEI QUE: Existem diversas funces e atribuicdes no ministério cristao, mas a todos os que as ocupam esta uma incumbéncia principal: servir, Assim, todos devem estar atentos e prontos a assistir ao seu proximo, quer dentro de sua comunidade de fé ou fora dela [GI 6.9-10]. @ CONCLUSAO Quando entendemos 0 que significa servir, estamos conscientes de que este é o chamado primordial do ministério cristéo, tendo Jesus como nosso principal exemplo. Além disso, compreendemos que 0 alvo de nosso servico deve ser as pessoas, na igreja e em outros ambientes que frequentamos, e nao nds mesmos. 16 - LIcAo 2 ets Ee ee Owerdadeiro discipulo de Cristo exerce o seu chamado em amor “Que em presenca da igreja ‘estificaram da tua caridade; aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem faras.” 3Joa0 6 I Mostrar o poder do amor. maior bem. M Ressaltar que oamoréo & Como discipulos de Cristo, busquemos abun- dar em amor, pois os ultimos dias séo marca- dos pelo egoisma e a indiferenca. Ensinar que sem amor néo existe discipulado. AOE asas sey 1CORINTIOS 13 1. Ainda que eu falasse as linguas dos homens e dos anjos, e nao tivesse caridade, seria comoo metal que soa ou como o sino que tine. 2. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a cién- cia, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e nao tivesse caridade, nada seria 3. E ainda que distribuisse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entre- Gasse 0 meu Corpo para ser queimado, e nao tivesse caridade, nada disso me aproveitaria, 4. A caridade € sofredora, & benigna; a cari- dade n&o é invejosa; a caridade nao trata com leviandade, nao se ensoberbece. BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 17 Paap eee eS eet) SEGUNDA | Jo 3.16 O amor deve motivar 0 coracao do discipulo. TERCA | 1Co 16.14 Tudo deve ser feito em amor. QUARTA | Hb 13.1 O amor deve ser permanente. eRe ae) 35, 227, 430 PT aie Ore para que o amor de Deus seja manifes- to na vida e no ministério dos lideres. QUINTA | 1Pe 4.8 O amor deve ter mao dupla. SEXTA | 10 4.8 Deus é amor. SABADO | 1Jo 4.16 Quem esté em amor esta em Deus. = Mase ee) Introducao 1. O amor de Deus 2. 0 dom do amor 3. Manifestacdes de amor Conclusdo 1; INTRODUCAO O apéstolo Joao adverte que quem nao ama nao conhece a Deus, porque Deus é amor [1Jo 4.8]. Ele nao apenas sente amor, Ele é 0 proprio amor, esta éa sua natureza, por isso Seus filhos também devem amar [1Jo 4.20]. O amor de Deus Joao mostra que o amor é mais que um sentimento, ¢ uma Pessoa: Deus. Nele reside toda benevoléncia [SI faz servir aos nossos irmaos [Gl 5.14], manifestando bondade, mi- sericordia e perdio, como o Senhor faz conosco [Jl 2.13]. 136], misericérdia [Le 1.1. Fruto do Espirito. Em 1.50], perdao [Mq 7.18]. PONTO DE Gélatas 5.22, o amor “aga- Otermo usado em Joao PARTIDA pe” aparece como Fruto do , 48 para amor é agape mene Espirito Santo. Ou seja, 60 (grego), 0 mesmo que Paulo utiliza em 1Corin- tios 13, onde diz que esse amor deve mover 0 uso de qualquer dom espiri- tual e 0 cultivo da piedade humana, bem como estar acima dos proprios interesses. Esse “tipo” de amor nos amor divino, “produzido” pela Terceira Pessoa da Trindade. Sendo assim, po- demos adquirir esse amor e chamou para compartilhar 0 + amor. manifesta-lo graciosamen- te quando estamos em Jesus [Jo 15.5]. O termo fruto vem do grego karpos, alguns significados sao: “aquele que 18 - Licdo 3 se origina ou ver de algo” ou “aquilo que é produzido pela energia ineren- te de um organismo vivo”. Os filhos de Deus sé podem produzir 0 que vem dEle. W Em Tiago 2.14-26, lemos que a fé é evidenciada por obras, Aquele que é filho de Deus manifestara o amor de Deus em forma de obras: amando, cui- dando, ajudando. E pelo Espirito Santo que esse fruto é gerado, o amor “Agape”, tendo como exemplo 0 préprio Filho de Deus [Rm 8.16]. Nao foi a toa que, ao enumerar as nove caracteristicas do Fruto do Espirito, Paulo comega pelo amor. O amor é 0 numero 1! O apés- tolo mesmo diz em 1Corintios 13 que podemos ter qualquer outro dom, mas se nao tivermos amor, de nada serve! E esse amor que um cristio deve ex- pressar. Robert Murray M’Cheyne diz: “Um homem nao pode ser um verda- deiro ministro, até que pregue a Cristo por amor de Cristo. Até que ele desis- ta de lutar para atrair pessoas para si mesmo e busque apenas atrai-las para Cristo (...)”. 1.2. Jamais acaba. Deus é eterno [Is 40.28], sendo assim, o amor de Deus nao pode ter fim. Paulo destaca essa caracteristica do amor divino, ao di- zer que ele nunca perece [1Co 13.8]. Isso significa que nao ha o que possa nos tirar do coragdo de Deus, como Paulo mesmo nos mostra em Roma- nos 8.35a: “Quem nos separara do amor de Cristo?”. O salmista deixa essa ideia clara ao repetir 26 vezes: “.-porque o seu amor dura para sem- pre”. O amor de Deus também ¢ tra- duzido por “misericérdia’, termo do latim composto por misere, “sentir piedade, sentir compaixao”, mais cor, “coracao”. Quando Jeremias diz: “As misericérdias do Senhor sao a causa de nao sermos consumidos, porque as suas misericérdias nao tém fim” [Lm 3.22], entendemos a eternidade do amor de Deus. Em Joao 15, Jesus dei- xou um mandamento: que Seus disci- pulos amem uns aos outros, como Ele ama a todos [Jo 15.12] e falou que é esta caracteristica do Fruto do Espi- rito que deve permanecer [Jo 15.16]. W Quando Paulo fala sobre o amor, ele diz que os dons cessarao e 0 co- nhecimento desaparecer4, mas o amor . permanecera. Jamais acabard. O ver- bo acabar [1Co 13.8] é ekpipto, que significa “desmoronar, perecer, cair sem forgas, estar sem vigor”. Entao, o amor de Deus, que Ele entregou a nés e pede que entreguemos aos nossos ir- mios, devera ter essa qualidade. Nao ser temporario, nao ser condicional, nao ser débil. 1.3. E destinado a todos. Gaio amava aos irmaos e aos estranhos [3Jo 5], deixando esse amor visivel por suas atitudes, como a de recebé-los e cui- dar deles. Isso era claro para a igreja [3Jo 6], como deve ser [Jo 13.35]. Um discipulo de Cristo que nado ama a todos nao conhece a Deus [1Jo 4.8], que ama indistintamente. A forca de um verdadeiro discipulo nao esta na fungdo que ocupa, mas no amor que demonstra sem acep¢oes. BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 19 7 W Devemosamara todos; obom discipu- lo para alcancar o éxito ministerial, precisa serexemplo dos fiéis [1'Tim4.12].Oexemplo éomaisvalioso tesouro deum discipulador. E de vital importancia que todo discfpulo de Cristo viva 0 que valoriza, pois ages falam mais que palavras. Pr. Gérson Elias ‘Torrezan: “Sem 0 amor, a soberba torna-se inevitivel eo poder uma forga monstruosa edestruidora. As duas tinicas condic6esem que o homem nao se rendea fascinacao do poder sao quando ele se mantém crucifica- do com Cristo, morrendo para simesmoa cada dia, ou quando se encontrano caixao” Infelizmente, muitos amam o poder, mas no tém o poder de amar! (1) EU ENSINE! QUE: Aquele que ama deve amar a todos como Deus ensina, manda e faz. O amor é mais do que um sentimento, é uma acao e deve nascer do Espi- rito Santo. Quem ama nessa medida, obedece a fonte do amor, Deus. 0 dom do amor Otermo dom em grego é dorea que significa “dddiva, presente”. O maior presente que o homem recebeu foi Jesus. Joao diz que o Filho de Deus foi dado (de presente) ao mundo por um amor divino cuja dimensao é indefinida, sendo descrito como “de tal maneira’” [Jo 3.16]. Jesus é esse dom, o presente do amor de Deus que recebemos sem merecer {Rm 5.8]. Sua missao foi nos resga- tar do pecado e da morte [1Jo 4.10], demonstrando 0 amor do Pai. 2.1, Liberta 0 homem do pecado. O amor de Deus foi a razio para que 0 pecador recebesse um presente dire- tamente do céu: Jesus. Ele foi prome- tido tao logo houve a queda no Eden [Gn 3.15] e a promessa salvadora foi cumprida com 0 antincio do anjo a jovem Maria: “E dard a luz um filho e chamarés 0 seu nome Jesus; porque ele salvar 0 seu povo dos seus pecados” (Mt 1.21]. Jesus subiu em uma cruz para nés nao descermos ao inferno. A melhor definicao de amor nao esta nos dicionarios, e sim no Calvario! W Deus nos amou quando ainda éra- mos pecadores, ou seja, cegos para a santidade. Nao ha pecado insignifican- te. Todo deslize moral afeta a relacao entre o homeme Deus e deixa uma né- voa no carater. Por isso, todo pecador, sem excecio, precisa desesperadamen- te de Jesus, o presente de Deus, para ser liberto. Corrie Ten Boom, uma missio- naria holandesa que salvou a vida de centenas de judeus do nazismo, escre- veu: “Nao ha pogo téo profundo, que o amor de Deus nao seja ainda mais profundo” Foi conversando com uma samaritana em um pogo, que Jesus se ‘Cyroco.na LICAO. Sendo assim, podemos adquirir esse amor e manifesta-lo graciosamente quando estamos em Jesus [Jo 15.5]. 20 - LigAo3 Ee declarou como presente de Deus pelos pecadores: “Se tu conheceras o dom de Deus” [Jo 4.10]. 2.2. Constrange o homem 4 santidade. Paulo diz que o amor de Deus cons- trange o homem [2Co 5.14]. Etimolo- gicamente, a palavra “constranger” no grego significa “pressionar por todos os lados” e no latim “apertar, ligar, estar for- temente unido” Assim, entendemos que se trata de um amor dado a nds para nos proteger, corrigir e nos fazer viver em novidade de vida porque o passado de pecado ficou para tras [2Co 5.17]. Did- trefes no apresentava transformagao de carater. Suas acusaces feitas contra Jodo nao eram apenas tolices sem base, mas premeditadamente maliciosas e malig- nas [3Jo 10]. Por nao praticar o amor,em vez de reproduzir 0 cardter de Deus, ele manifestava a face de Satands. BW Receber o presente, o perdao de Deus, deve mudar a perspectiva que temos de nossa propria vida, mas isso nao ocorreu com Didtrefes, pois era insensivel.O dom de Deus nos faz santos e irrepreensiveis, e precisamos permanecer assim. Sé existe mudanga verdadeira mediante arrepen- dimento genuino. O arrependimento auténtico leva ao abandono das velhas praticas,O amor de Deus nos constrange a santidade e essa conduta deve ser ma- nifestada por todo aquele que é chamado por Deus. “Santos sem santidade sio a tragédia do Cristianismo’ diz A. W. Tozer, pastor e escritor americano. 2.3. Ordena-nos a amar. E por causa do amor que devemos amar, porque o amor procede de Deus [1Jo 4.7]. Paulo termi- na 1Corintios 13 dizendo que apenas a f6, a esperanga e o amor permanecerio, mas 0 maior destes é o amor. Jesus diz que, depois de amar a Deus sobre todas as coisas, devemos amar ao nosso pré- ximo [Jo 15.17]. Ha uma ordem divina para amar e a todos os discipulos de Cristo nao resta outra op¢io, pois co- mo Cristo amou, devemos amar dando a vida pelas suas ovelhas [Jo 10.11]. Foi o amor manifesto por Gaio e Demétrio que chamou a atencao do apéstolo Joao, em contraste com a atitude desleixada de Diotrefes, que s6 pensava em si. W Quem ama, como Deus ordenou, mostra obediénciaa Ele. O pregador das ruas, John Wesley, disse: “Faca todo o bem que puder, por todos os meios que puder, de todas as maneiras que puder, em todos os lugares que puder, em to- dos os momentos que puder, a todas as pessoas que puder, enquanto puder” Eis um classico exemplo de amor manifesto! CD Ev ENSINE! QUE: O amor de Deus é um presente que nos liberta do pecado, nos protege e nos estimula a com- partilhar 0 mesmo sentimento. Manifestagées de amor Joao exalta a atitude de amor ma- nifestada por Gaio, que serviu como testemunho perante aquela igreja local. Essa verdade diz res- peito ao proprio Deus para conos- co [Jo 3.16], ao enviar Seu Filho para entregar a vida por amor dos homens [Jo 15.13]. BETEL DOMINICAL Revisia do Professor - 21 Qiks 5 Jodo diz que o Filho de Deus foi dado (de presente) ao mundo por um amor divino cuja dimensdo é indefinida... 3.1. Discipulando em amor. O dis- cipulador precisa amar seus dis- cipulos, ensinando e zelando pelo rebanho de Cristo [Hb 13.17]. E necessdrio conduzir os discipulos no caminho de Cristo. Paulo diz que sem amor nada mais importa [1Co 13]. Foi o amor de Deus pelo mundo que trouxe Jesus a esta terra [Jo 3.16]. O dever é amar a igreja como Jesus a amou, tornando-se o exemplo de amor sacrificial a ser seguido: “..ame como eu vos amei a vos” [Jo 13.34]. W O perigo da auséncia do amor é a presenga da indiferenga. Quan- do um “pseudo” discipulador nao exerce o discipulado pastoral no amor, este comete erro e jamais pode ser um verdadeiro discipulo de Cristo. 3.2. Perdoando por amor. Uma grande demonstracao de amor é o perdao [Lc 7.47]. Ainda que te- »nha sido traido, cabe ao discipulo perdoar os que lhe fizeram mal, a exemplo do Salvador, nossa maior referéncia [Lc 23.34]. Um disci- pulo verdadeiro deve se espelhar na conduta de Jesus, amando e perdoando [Ef 5.1-2]. Através de Cristo descobrimos que Sua graca é suficiente para cobrir uma vida 22 Ligho 3 inteira de pecados [Jo 8.11]. No encontro com o Cristo ressuscita- do, O qual ele havia negado ante- riormente, Pedro ouviu do Senhor: “Tu me amas?”. Apés a resposta positiva do apéstolo, Jesus lhe dis- se: “Apascenta as minhas ovelhas” [Jo 21.17]. Wo Jesus exercia amor e miseri- cordia para com os pecadores e marginalizados, mas nao tolerava a hipocrisia dos religiosos e arro- gantes de sua época [Mt 12.34]. Com eles, Jesus se mostrava com- pletamente avesso. Por se conside- rarem sujas e indignas, as prosti- tutas esto mais perto do Salvador do que aqueles que se julgam me- recedores da sua graca. Deus aceita 0 sujo que reconhece que é sujo, mas abomina o sujo que quer se passar por limpo. O poder do per- dao nasce no amor e se fortalece na pratica de perdoar [Mt 18.21-35]. O tedlogo Lewis B. Smedes diz: “Vocé saber4 que o perdao come- cou quando se lembrar daqueles que o feriram e sentir o poder de desejar-lhes o bem”. 3.3. Entregando-se por amor. O pastor deve proteger suas ovelhas, arriscar-se por elas [Jo 10.4], ir atras da perdida [Le 15.4-7]. Deus cha- mou pastores segundo o Seu coracao Ur 3.15]. Para amar o rebanho de Cristo como Ele o amou, devemos ser homens de genuina humildade, “mansos e humildes de coracao” [Mt 11.29]. O discipulador nao vi- ve mais como uma pessoa comum, mas sua vida manifesta a vida de Jesus, marcada por amor e entrega [Gl 2.20]. ‘W O escritor Ted Christman res- salta: “Para ter um coracdo segun- do o cora¢ao de Deus é preciso, entre outras coisas, ter um cora- ¢40 de amor. As implicagées de nao ter um coracéo de amor sao mais que ébvias. Uma vez que os pastores sao dadivas para a igreja (Ef 4.11). O mesmo Salvador que amou os seus até o fim (Jo 13.1), implanta uma porcdo de seu DNA espiritual no coragao de cada ver- dadeiro pastor.” (OD EU ENSINE!I QUE: discipulador que ama conduz o rebanho de Deus em amor, manifestando atitudes de amor, como o perdao, e entregando-se pelas ovelhas, a exemplo de Cristo. @CONcLusAo Quando alguém ama a Igreja, ele nao apenas prega o amor, mas vive e manifesta este sentimento com atitudes que o proprio Deus manifes- tou aos homens, como perdao, misericérdia, benevoléncia. O verda- deiro poder de um cristdo esta em imitar Jesus, a fonte e o modelo do perfeito amor de Deus. Poids BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 23 e2 a ales O verdadeiro eTeet Hts submisso a sua lideranga Pra et eee < TEXTO AUREO VERDADE APLICADA “Amado, nao sigas o mal, mas o bem. Quem faz bem é de Deus; mas quem faz mal nao tem visto a Deus." 3J0a0 11 0 auténtico exercicio do ministério cristo ocorre quando ha plena consciéncia de que deve ser cumprido para a gloria de Jesus e nunca dos homens. GERI) Cea gs © Alertar sobre erros de um mau discipulador. de Deus. © Ressaltar que a Igreja é © Ensinar que um discioula- dor é um servo. _ RIS Gee asa eN JQAO 13 3. Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas maos tadas as coisas, e que havia sa- ido de Deus e ia para Deus, S 4. Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e, to- mando uma toalha, cingiu-se. 5. Depois deitou agua em uma bacia e comecou a lavar os pés aos discipulos e a enxugar-lhos Pr) com a toalha corn que estava cingido. 6. Aproximou-se, pois, de Simao Pedro, que the disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? 7. Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faco, no o sabes tu agora, mas tu 0 saberds depois. 8. Disse-Ihe Pedro: Nunca me lavaras os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te nao lavat, ndo tens parte comigo. [G3 LEITURAS COMPLEMENTARES | aa ae ty SEGUNDA | Mt 23.11 O maior deve ser 0 servo. TERCA | 1Co 11.16 A Igreja nao aceita discipulador polémico. QUARTA | Fp 2.5 Ser como Jesus. QUINTA | Cl 3.23 Trabalhem como para o Senhor. SEXTA | 1Tm 3.5 Ter cuidado com a Igreja de Deus. SABADO | Hb 13.17 O discipulador deve zelar pelas almas. Pees sy ESBOCO DA LICAO 224, 225, 235 2 MOTIVO DE ORACAO Ore para que o discipulador nao seja tentado a usar o ministério para gloria pessoal. a Introducao 1. Erros de um discipulador 2. A Igreja tem dono 3. O discipulo serve propésitos Conclusdo INTRODUCAO O critério de Deus para que alguém se torne um discipulador é 0 contrario daquilo que muitos pensam: “O maior seja como 0 menor; e quem governa como quem serve” [Lc 22.26]. Melhor do que status social ou eclesidstico, é ser fiel. Erros de um discipulador Ser discipulador na igreja é diferente de ser gestor em outra instituigio. Deus nao promove pessoas por- que sao mais habilidosas [Fp 2.7]. Distrefes errouao nao con- siderar 0 legitimo e tinico Senhor da Igreja e agir conforme seu entendi- mento, equivocado e humano. 1.1. A soberba. A soberba é que outras, mas para que uma grande armadilha, na PONTO DE een 4 possam cumprir pro- PARTIDA qual muitos tém caido [Py positos e servir melhor 16.18; Ez 28.2, 17; Ob 3]. Nao [Mt 20.26-27]. O disci- Deus nos sdo poucos os exemplos e aler- chamou para pulador que deseja ser ‘ tas na Biblia quanto ao perigo reconhecido por homens servir em prol de uma pessoa ser dominada nao conhece Aquele para_ dos outros. pela soberba. No ministério, quem trabalha [1Pe 5.2- 3]. Jesus foi o mais simples e humil- de, mesmo diante de sua grandeza, esvaziou-se a si mesmo; este é o maior exemplo de servo humilde no ha do que se orgulhar, porque se ha dom ou talento, eles provém de Deus [Ef 4.8; Tg 1.17]. O discipulador orgulhoso é “amante de si mesmo” [2Tm 3.2] e acredita que suas agées, palavras, BETEL DOMINICAL Revista do Professor - 25 ensinamentos ¢ outras “qualidades” sao melhores do que as das outras pessoas. O poder sem a submissdo a Deus, é pe- rigoso: atrai os piores e corrompe os me- Thores. O poder sem amorlevaa soberba. Ensoberbecer ¢ satanizar-se! WO orgulho é chamado pelos tedlogos como o pai de todasas tiranias. Agostinho define o orgulho como o desejo perverso pelas alturas. Perverso, porque ha quem nao economize esforgos ‘para alcancar sucesso, nem que para isso tenha que pre- judicar outras pessoas. A soberba e altivez sempre foram tdxicas e destrutivas aos discipulos de Cristo. A Palavra de Deus diz, que Deus abate 0 soberbo [1Pe 5.5]. Nas Sagradas Escrituras ha inimeros exem- plos de homens que nao se submeteram e foram dominados pela altivez.e 0 orgulho. Deus é quem ergue o humilde dando gra- aa seus discipulos. Ninguém deve pro- curar subir alto se tiver um cardter baixo. Vitdrias sem escrapulos nao sao vitorias, e sim derrotas. E preferivel sofrer com os bons a triunfar com os maus. O orgulho de Pedro foi nao querer se submeter a agao de Jesus e nao reconhecer sua limitagaoem compreendé-la, quando Jesus foi lavar os pés dele. Mas Jesus respondeu que se nao o fizesse, Pedro nao teria parte com Ele. O orgulho pode se manifestar por uma falsa humildade, o que nao tem valor algum para Deus [C1 2.23]. 1.2. Abuso de poder. $6 um mau disci- . pulo, orgulhoso e prepotente acredita que pode se apoderar da Igreja de Cris- to. Didtrefes tinha essa ilusdo. A Biblia diz que “toda autoridade provém de Deus” [Rm 13.1]. Paulo usou o verbo 26 - LicAo4 exousia no grego, que é “autoridade’, no sentido de “ter licenca ou permissa0” (de Deus) ou “ser dotado de habilidade ou forga” (por Deus). Esse “poder” ou “autoridade” nao é auténomo, ou seja, nao existe de forma independente. Por ser dado por Deus, pertence a Ele [SI 62.11]. Abusar do poder dado por Deus é uma usurpa¢io, Deus nao divide a gloria dEle com ninguém [Is 14.14]. Es- se poder é uma capacitacao para exercer oministério confiado a seus discipulos [Jo 15.5] endo para dominar. Antes de a igreja ser instituida, Jesus disse aos discipulos que eles receberiam poder para serem testemunhas: “Mas recebe- reis a virtude do Espirito Santo, que ha de vir sobre vs; e ser-me-eis testemu- nhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra” [At 1.8]. ‘W Quando um mau discipulo do- mina ou controla alguém ou um grupo, exercendo a lideranga além do que Deus outorgou, ja nao es- tad exercendo o amor [1Co 13]. Quem ama, respeita e trata a to- dos com dignidade. Nada ha mais assombroso do que o tratamento desumano do homem pelo pré- prio homem, pois este é seu igual, criado por Deus da mesma forma [At 17.26]. 1.3. Desequilibrio emocional. Pres- s6es cotidianas decorrentes da vida nado podem minar as nossas emo- ges. Pessoas adoecidas vao gerar pessoas doentes. Um discipulador saudavel preserva suas emogdes [3Jo 2]. Ele pode trilhar esse ca- minho tendo e demonstrando con- fianga em Deus [Jr 17.7], guiando seu ministério pela fé [Hb 10.38] e desenvolvendo o Fruto do Espirito Santo [GI 5.22-23]. O descontrole emocional leva a decisées erradas {Jo 18.10]. ‘WO desequilibrio emocional sur- ge a partir de uma vida distanciada da dependéncia de Deus [Jo 15.5], quando alguém acredita ser capaz de resolver tudo sozinho. Esse excesso de confianga em si é consumido pe- la pressdo crescente ao seu redor. O desgaste emocional surge quando o discipulador nao busca mais a Deus [2Cr 15.2b], nao tem tempo para orar e acaba mergulhado em sentimentos destrutivos. $6 pensa a partir dele mesmo e despreza os sentimentos alheios. Didtrefes era o exemplo de um desequilibrado que acabou dis- tante de Deus e de Seu propésito. Pensava ser forte, mas era fraco! (Eu ENSINE! QUE: O discipulo deve ter em mente que existem si- tuages e comportamentos, como orgulho, au- toritarismo e descontrole emocional, que pre- judicam seu ministério, tornando-o ineficiente e fazendo-o errar em seu chamado. A Igreja tem dono Didtrefes errou ao agir como se fosse o dono da Igreja, quando, na verdade, ele deveria ser um des- penseiro fiel [1Co 4.2] a Deus eao seu lider Joao, com 0 propésito de cuidar e edificar a Igreja de Cristo [Mt 16.18]. A atitude autoritaria, desequilibrada e os abusos come- tidos por Didtrefes mostravam sua fraqueza e nao alguma virtu- de. Apesar de se achar 0 “dono da igreja’, ele era fraco e nao conhecia o verdadeiro Dono. 2.1. 0 Pai. A “Igreja de Deus” é um ter- mo usado pelo apéstolo Paulo para se referir a ekklesia (grego), que significa “reuniao de cidadaos chamados para al- gum lugar publico, assembleia, ajunta- mento de pessoas (salvas)”. Esse termo aparece como exorta¢ao ao cuidado e temor, deixando claro que nao se trata de qualquer igreja, mas da “Igreja de Deus” [1Co 11.16]. A Igreja é de Deus, mas formada e liderada por homens chamados para cuidar dela [Ef 4.11]. ‘WA Igreja de Deus tem muitos mem- bros e todos sao importantes ao Corpo [Rm 12.4-5], Todos devem estar pau- tados no Evangelho. Por serem mem- bros do Corpo, é necessério respeitar o Cabega da Igreja. Gaio e Demétrio tinham esse entendimento e receberam, oreconhecimento da igreja local. Como. FOCO NA Ligho: »~ Deus nao promove pessoas porque sao mais habilidosas que outras, mas para que possam cumprir propésitos e servir melhor [Mt 20.26-27]. BETEL DOMINICAL Revista do Professor » 27 um pai que zela por sua familia, Cristo zela por Sua Noiva, nao permitindo que outro se apodere dela. Ele é 0 legitimo dono da Igreja, pois a comprou com Seu sangue. 2.2.0 Filho. Quando Jesus lavou os pés dos discipulos, parecia que Ele era um Mestre fraco, submisso e servigal. Pare- ce que essa foi a leitura que Pedro teve, ao rejeitar ter seus pés lavados [Jo 13.8] por Aquele que ele ja tinha confessado ser “o Cristo” [Mt 16.16]. Jesus queria apontar o caminho de um discipulo verdadeiro segundo 0 reino de Deus.O Filho veio ensinar que os homens deve- riam viver na perspectiva do reino dos céus [Mt 6.10], que funciona diferente do sistema da Terra [Rm 14.17]. Foi ao z mesmo Pedro, que em varias ocasides demonstrou diferentes atitudes em rela- a0 a Cristo, que Jesus disse que edifica- ria “a Sua Igreja” [Mt 16.18], revelando que a Igreja pertence a Ele! W Jesus nado queria ser importan- te, humanamente falando, pois, ne- nhum poder esta acima do que Ele ja tem [Mt 28.18]. Isso significa que nenhum homem, especialmente aqueles que Ele estava “formando” deveriam se achar importantes. O que eles deveriam saber é que repre- sentavam a Igreja de Cristo e tinham de cuidar dela [Jo 21.17]. O modelo de lideranga de Jesus deve ser imita- do [1Co 11.1]. 2.3. O Espirito Santo. A Igreja tem o seu marco de inauguracao a partir da “descida” do Espirito Santo, no “Dia de 28 - Ligho 4 Pentecostes” [At 2] sobre “os quase cento e vinte discipulos” de Jesus que segui- ram Suas orientagdes, apds Sua ultima aparicao ressurreto [At 1.8]. O Espirito Santo é 0 Dono da Igreja, o Auxiliador, o Edificador dela na Terra [Jo 14.16-17], 0 responsavel exclusivo por seu cresci- mento e avango, através da pregacdo de crentes “cheios do Espirito” [At 4.8-31]. Jesus andou com os discipulos por um tempo (3 anos e meio), mas continua, por meio do (Seu) Espirito Santo, a es- tar com Sua Igreja até a consumagio dos séculos [Mt 28.20]. fa John Stott (1921-2011), pastor e ted- logo anglicano britanico, diz: “A mente de Cristo é gradativamente formada dentro, de nés pelo Espirito Santo (...) Passamos. a ver as coisas através da sua perspectiva, € nossa visao se faz semelhante a dele” Somos ensinados em tudo pelo Espirito [Jo 14.26], eser um lider da Sua Igreja, se- gundo 0 coracao de Deus, é fundamental. CD Eu ENSINE! Que: Devemos cuidar da Igreja com toda deferéncia e temor, sabendo que ela tem um Dono e que um dia Ele vira buscé-la. O discipulo serve propo- sitos Jesus é um exemplo perfeito de um Servo fiel. Ao lavar os pés dos dis- cipulos, ensina-os a agir segundo o padrao do Reino dos Céus. Assim, por meio de atitude, Jesus capacita aqueles homens para realizar os propésitos de Deus na Terra [Mt 28.19-20]. nee A Igreja é de Deus, mas formada e liderada por homens chamados para cuidar dela [Ef 4.11]. ” 3.1, Estruturar e fortalecer o Corpo. Desde 0 Antigo Testamento vemos o Senhor Deus revelando, agindo e estabelecendo lideranga, ordem, variedade de fungées enquanto conduzia o povo de Israel pelo de- serto, preparando-o para habitar na Terra Prometida e instruindo acerca da vida religiosa. Importante notar que estes principios também estdo presentes na edificagao da Igreja [At 6.1-7; 8.14; 14.23; 20.28; Ef 4.12; Tt 1.5]. Cristo é “a cabe-, ¢a do corpo, da igreja” [Cl 1.18] e, portanto, deve ser obedecido. Um discipulador que age de forma au- ténoma esta fora do propésito de Deus, tornando-se usurpador de um chamado e dissociado de sua verdadeira missao. Assim, demons- tram desconhecer as Escrituras Sagradas aqueles que se levantam contra a organizacao estrutural de uma igreja local. Sérgio da Costa (Revista Betel Dominical - 2° Tri- mestre de 2019, p. 56): “Assim, € possivel afirmar que a organizacao ea acdo do Espirito Santo nao sio excludentes. Como atestado, tam- bém, na formagao de Israel como povo de Deus”. W Didtrefes estava revoltado contra o modelo de lideranca de Joao (que na verdade era o modelo de Deus para a Sua Igreja), e ainda se achava no direi- to de implantar o seu proprio modelo eclesidstico. A raiz do seu problema era o pecado do orgulho. 3.2. Fazer a Igreja avancar. Jesus continua sendo a referéncia do Lider a ser imitado e essa € a razdo que jus- tifica algumas de suas atitudes, ain- da que nao precisasse. Jesus foi ba- tizado em aguas [Mt 3.13], mesmo nao tendo pecados [1Pe 2.22]. Ele lavou os pés de seus subordinados, mesmo sendo Deus [Jo 1.1]. Jesus ensina que veio servir e nao ser ser- vido [Mc 10.45]. Isso e muito mais, Ele fez para que a Igreja avangasse e outros discipulos fossem formados [Mc 16.15]. Nenhum discipulador pode agir fora desses padrées, como fez Didtrefes. W Didtrefes estava avido por posigao e poder. O discipulador que falha em cuidar das pessoas, que apenas pensa em ser reconhecido como alguém im- portante, esta diminuindo a igreja, em vez de fazé-la avangar. Jesus ordenou que o crente fosse pelo mundo pregan- do o Evangelho a toda criatura e fazen- do discipulos [Mt 16.15], mostrando que o propésito de Deus é 0 avango da Sua Igreja. Quem nao cumpre essa missao, esta claramente fora do propd- sito primeiro do Evangelho. BETEL DOMINICAL Revista do Professor » 29 3.3. Acolher o povo e demais lideres. Didtrefes estava sendo reprovado por Joao por conta do seu autorita- rismo [3Jo 9]. Sua ma conduta como mau discipulador foi comparada ao bom exemplo de Gaio, que acolhia até aqueles que Ihe eram estranhos [3Jo 5]. Jesus acolheu Seus discipu- los ao lhes lavar os pés. A hospita- lidade é uma das marcas do cristia- nismo [Hb 13.2]. WA arrogincia de Didtrefes as- sume patamares estratosféricos, a ponto de ele se recusar a reconhecer a autoridade de Joao e nao receber seus mensageiros na igreja local. Di- Otrefes afirmava ser o primeiro em influéncia e autoridade, excluindo pessoas e demais lideres. Charles Haddon Spurgeon disse: “Ninguém é mais injusto em seus julgamentos dos outros do que aqueles que tem uma opinido elevada de si mesmo”. Esse era Diotrefes, que por se achar importante demais, estava longe dos propositos de Deus. CD Eu ENSINE! QUE: Para cumprir os propésitos de Deus, precisa- Mos seguir o modelo de lideranga exercido e ensinado por Jesus. @ CONCLUSAO Nao ha como ser um discipulador da “Igreja de Deus” sem ter a disposigado de seguir a lideranca exercida por Jesus. Isso porque o poder de um discipu- lador jamais serd baseado em critérios humanos, como acontece com outras instituigdes, mas fundamentalmente segundo 0 Reino dos Céus. 30 - LICAO 4 BL tne eres OB eo FT ge depende inteiramente de Cristo Ee usa ce sue CCU elses > TEXTO AUREO “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a exceléncia do poder seja de Deus, e nao de nds.” 2Corintios 4.7 iscipulo VERDADE APLICAD. O exercicio de um discipulado saudavel consiste no discipulador estar ciente de ser um instrumento nas maos de Deus, para que o propésito do Senhor seja cumprido. © OBJETIVOS DA LICAO © Ensinar que as qualidades 1 Expor o conceito biblico de humanas sao insuficientes. autoridade. © Mostrar que fraco é quem nao se submete a Deus. PaO asa seh JOSUE 7 2. Enviando, pois, Josué, de Jericé, alguns homens a Ai, que estd junto a Bete-Aven, da banda do oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra. Subiram, pois, aqueles homens e espiaram a Ai. 3. E voltaram a Josué, e disseram-Ihe: Nao suba todo 0 povo; subam alguns dois mil ou tras mil homens, a ferir a Ai. Nao fatigues ali a todo 0 povo, porque poucos sao. 4. Assim, subiram l4 do povo alguns trés mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai. 5. E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis, e seguiram-nos desde a por- ta até Sebarim, e feriram-nos na descida; e © coragéo do povo se derreteu e se tornou como agua. BETEL DOMINICAL Revista do Professor » 31 eee CRS aes LES SEGUNDA | 1Sm 16.7 Deus nao vé a aparéncia, mas 0 coracao. TERCA | 51 119.67 Avvitoria vem da obediéncia a Palavra. QUARTA | Jo 15.5 0 éxito vem de Jesus, QUINTA | 2Co 12.10 A forca ver de Deus. SEXTA | Fp 4.13 E Jesus quem nos fortalece. SABADO | Tg 4.10 56 Deus pode exaltar o homem. Pom Tai ee y @ESBOCO DA LICAO Introdugdo 253, 268, 427 4 MOTIVO DE ORACAO Ore para que o discipulador dependa unica- mente do poder e da forga de Deus. 1.A ilusdo da forga humana 2. Autoridade e autoritarismo 3. O verdadeiro discipulo Concluséo 1c INTRODUCAO As promessas e garantias de Deus a respeito de conquistas e de que esta com o Seu povo nao eliminam a necessidade de constante vigi- lancia, oracao, humildade, cuidado para agir de acordo com os prin- cipios biblicos e consciéncia de que somos falhos e limitados. A ilusdo da forga humana Ai ou Aia ou Aiate era uma cidade ao oriente de Betel e junto a Bete- -Aven, proxima a Jericé ea segunda cidade tomada na inva- sao de Canaa (a Terra Prometida). Seu nome traduzido é “monte de ruinas’, podendo sig- nificar o que ela se tor- naria. Apdés conquistar Jericé, uma cidade forte, . os hebreus acreditaram que nada mais seria impossivel. A PONTO DE PARTIDA Deus nos chamou para cumprir o Seu propésito. bom discipulador é aquele que con- fiaem Deus, nao em si [2Co 12.10]. Aprendeu a maior liao aquele que aprendeu a depender de Deus! 1.1, Corpo fisico. O maior en- gano jd cometido por grandes personagens biblicos, geral- mente estd relacionado a con- fianga em suas proprias forcas, como foi o caso de Sansao, que acabou morto [Jz 16.30], ouao tamanho de seus recursos, co- mo foio de Davi [1Cr 21]. Ser forte, de acordo coma Biblia, nao significa subestimagao do inimigo aliada 4 _ ter um porte fisico avantajado ou ter um desobediéncia os levou a derrota _ grande exército. Mas ter confianga plena em um lugar onde venceriam. O 32. Ligko s em Deus e obedecé-lo em qualquer con- digo. Os hebreus cairam por se acharem mais fortes que os homens de Ai. W Didtrefes se considerava muito bom, muito capaz e acima de qual- quer outro. Ele confiava no que via, na aparéncia, e ndo era obediente a Deus nem submisso 4 autoridade sobre ele, que era Joao. No caso de Josué, ao ser convocado por Deus para substituir Moisés como lider do povo, era necessario injetar um estimulo nele e fazé-lo ver que a vitéria aconteceria nao por forca fisica (eles nado eram um exército), mas pela obediéncia. Segundo o comentario de Cambridge, o lider hebreu foi lembrado repetidamen- te de que nao era sua obra, mas a obra de Deus, para a qual ele havia sido levantado. Josué tinha de con- fiar em Deus 100% e nao nas coisas que via, tanto a “forca” dos inimigos quanto a “fraqueza” dos hebreus. As atitudes de Didtrefes eram despre- ziveis e préprias de quem é fraco, que precisa humilhar o outro para sentir-se forte. 1,2. A alma. A alma é formada pe- los sentimentos, conhecimento e emog¢ées. Uma alma abatida conduz a pessoa a derrota, uma alma con- fiante em Deus leva a vitoria [SI] 25]. Aqueles que confiam em sua condi- ao intelectual privilegiada, Deus diz que eles certamente serao con- fundidos. Paulo ressalta que Deus zomba destes, escolhendo as coisas loucas para confundir as sabias [1Co 1.27]. Um homem rico disse a sua alma; tens em depdsito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga [Lc 12.19] acreditando que seu poder e forca estavam em seu conhecimento e inteligéncia em conquistar bens materiais. Mas Jesus o surpreendeu, dizendo que ele nao tinha poder nem sobre sua propria vida [Lc 12.20]. Didtrefes se achava forte e poderoso, desejando a primazia, desprezando seu lider, Joao, e expulsando o povo da igreja de Deus. Sua alma orgulhosa o tor- nava reprovavel diante de Deus [3Jo 9, 11]. O discipulador confiante em sua inteligéncia e conhecimento cai [Mt 23.12a]. W O orgulho é um estado patologico da alma em que 0 ego cresce desme- suradamente como cancer e acaba destruindo o proprio individuo. To- da igreja bem-sucedida tem muitas mos, mentes e coragées envolvidos. O discipulador deve ser o grande mentor, apontando o topo da mon- tanha, levando seus discipulos até la, preparando as pessoas e apoiando-as. 1.3. Espirito. A derrota em Ai era uma licao que Deus permitiu aos hebreus para lembrar que a forga deles era o Senhor, e nao porque eram espirituais. Esta enganado quem pensa que, porque ocupa uma posicao de destaque, é mais espiritual do que os outros. Jesus advertiu Pedro: “Satands pediu vocé para peneird-lo como trigo. Mas eu orei por vocé, para que a sua fé nao desfalega” [Le 22.31-32a]. BETEL DOMINICAL Revista do Professor » 33 W Ninguém ¢ espiritualmente forte o bastante por sua propria capacida- de. Os hebreus pensavam ser capa- zes de vencer uma cidade miniscula porque haviam derrotado a mais po- derosa, mas precisavam aprender que a vitoria sé seria possivel em Deus [SI 60.12]. Josué também precisou aprender esta licao, logo no comeco da jornada, para nao comprometer 0 futuro. O bom discipulador protege a dignidade dos seus discipulos. Mas, o portador da Sindrome de Didtre- fes preocupa-se mais em julgar, ini- bir e proibir do que em apoiar. Em sua mente, opor-se a ele é opor-se ao proprio Deus. (1) EU ENSINEI QUE: Nenhuma forga humana € capaz de tornar alguém importante. Ao contrario, aqueles que querem mostrar-se fortes com base nessa for- a, acabam sucumbindo, como aconteceu com Diétrefes e tantos que agiram assim. Autoridade e autoritaris- mo Deus concede aos seus discipu- los autoridade [Lc 10.12]. Todo exercicio de autoridade que sai da vontade de Deus passa a ser auto- ritarismo. Isto acontece quando o mau discipulo tenta se apoderar e usa a autoridade em proveito proprio, visando apenas seus in- teresses. Autoridade vem do pré- prio Deus, como foi ensinado por Jesus e é usada para o avanco do Reino [Mt 28.18-19], nunca para sua divisdo. Nisso diferem, Joao e Distrefes, o que tinha autoridade € 0 que era autoritario. 2.1.A fonte da autoridade. Deus éa fon- te de toda a autoridade [Rm 13.1]. Por esta razio, sé é possivel ter autoridade se Ele a der ao homem [Le 10.19], ca- so contrario é autoritarismo. Didtrefes usava de autoritarismo, acreditando que conseguiria impor as suas vontades [3Jo 10], ignorando quea autoridade vem do Senhor. Ninguém tem autoridade para vencer se nao tiver a intervengao de Deus, por menor que seja 0 obstaculo, como era a cidade de Ai. W Deus é quem concede poder e autoridade aos homens, sempre para que cumpram 0 propdésito do Senhor. Fora isso, é autoritarismo. Josué tinha uma ordem de chegar a Terra Prome- tida [Js 1.9], e deveria ter sido firme quando recebeu a sugestio de irem contra Ai em menor niimero porque consideraram o lugar fraco. Ainda que fosse verdade, a confianga deles deveria estar em Deus, e fracassar em Ai era uma ligao de que a autoridade vem de Deus [1Pe 2.13-15]. iicao >» Ser forte, de acordo com a Biblia, nao significa ter um porte fisico avantajado ou ter um grande exército. Mas ter confianga plena em Deus e obedecé-lo em qualquer condi¢ao. ~ 34 LICAO S

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