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ELAINE LUIZA KÖB NOGUEIRA


LUCAS NOGUEIRA
ELAINE CAROLINE DOS SANTOS
FICHA TÉCNICA
CIÊNCIAS ANOS INICIAIS
COLEÇÃO UNIVERSO DA CIÊNCIA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

AUTORES:
ELAINE LUIZA KÖB NOGUEIRA
LUCAS NOGUEIRA
ELAINE CAROLINE DOS SANTOS

COORDENAÇÃO EDITORIAL: THOMAS ROCHA SIEVERS


EDIÇÃO: THOMAS ROCHA SIEVERS
PROJETO GRÁFICO: IBERÁ JUNIOR
DIAGRAMAÇÃO: ALEXANDRE DO NASCIMENTO
REVISÃO: NEUSA MARIA ANDREOLI
ICONOGRAFIA: IBERÁ JUNIOR

DIREITOS DE PUBLICAÇÃO © 2022 BRINK MOBIL LTDA.

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


BRINK MOBIL LTDA.
RUA NÁPOLES, 149 - ATUBA, COLOMBO - PR
83413-220 – CURITIBA – PR
N774

Nogueira, Elaine Luiza Köb, 2018


Projeto Universo da Ciência – Livro do professor/Elaine Luiza Köb
Nogueira, Lucas Nogueira e Elaine Caroline dos Santos/Curitiba
– Brink Mobil Equipamentos Educacionais Ltda. – 1ª ed. – 2018.

ISBN 978-85-7065-012-2

1.Ciências 2. Ensino Fundamental - Anos finais – 8º ano

3. Título

CDD 500

UNIVERSO DA CIÊNCIA
LABORATÓRIO
DE CIÊNCIAS
Prezado(a) aluno(a),
O material que você tem em mãos apresenta várias ativi-
dades experimentais que se relacionam com os assuntos es-
tudados de forma teórica. Essas atividades têm como objetivo
despertar a sua curiosidade e a sua capacidade investigativa.
Para isso, você utilizará as etapas do método científico, dentre
as quais se destacam: o levantamento de hipóteses, a expe-
rimentação, a análise de resultados e a conclusão. Com as
atividades propostas nesse material, você será protagonista
na aprendizagem de conceitos científicos em diversas situa-
ções cotidianas.
É de grande importância compreender as implicações da
Ciência em sua rotina para tomar decisões responsáveis que
influenciem tanto aspectos individuais quanto coletivos na so-
ciedade. Nesse sentido, é importante ter em mente que as ex-
plicações científicas são provisórias, pois elas sofrem mudan-
ças de acordo com o conhecimento e tecnologia disponíveis.
Cada aula experimental foi pensada para trabalhar diferen-
tes habilidades em conformidade com a Base Nacional Co-
mum Curricular (BNCC). Você encontrará neste material um
texto explicativo a respeito do tema a ser trabalhado, orienta-
ções para o desenvolvimento da atividade, questionamentos
referentes à prática e exercícios de verificação. Aproveite este
material e os desafios que ele oferece para que sua aprendi-
zagem seja mais autônoma e significativa.
Os autores.

Curitiba – 2018
SUMÁRIO
1. SE LIGA AÍ, APARELHO! .................................................................................. 07

2. A CIRANDA DOS ASTROS ............................................................................ 13

3. TUDO É TÃO PREVISÍVEL... ............................................................................ 22

4. DE ONDE VEM SUA ENERGIA?....................................................................... 31

5. UMA BARREIRA MUITO IMPORTANTE ............................................................ 38

6. E SE A FESTA ROLAR, O QUE DEVO FAZER? .............................................. 45

7. UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO ............................................................. 51

8. TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA... ............................................................... 58

9. SERÁ QUE CONDUZ? ....................................................................................... 63

10. AS ESTAÇÕES DO ANO ................................................................................... 68

11. MANUAL DE ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA...................................................75

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2° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

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SE LIGA AÍ, APARELHO!

Os aparelhos domésticos que você observa na imagem têm algo em comum: eles funcionam graças
à eletricidade e tornam a vida de seus usuários mais confortável.

HORA DO CONHECIMENTO

Hoje em dia, grande parte da população mundial, sobretudo aquelas que vivem nos centros urba-
nos, tem ampla dependência da eletricidade. Essa dependência se apresenta em diversas atividades
cotidianas, como acender uma lâmpada, esquentar uma xícara de café em um forno de micro-ondas,
carregar um celular, passar roupa, entre tantas outras atividades possíveis.
Você mesmo, ao longo de seu dia, já deve ter precisado da energia elétrica em vários momentos,
não é mesmo? Mas já parou para pensar de que forma a energia atua para fazer uma lâmpada acender
ou para um aparelho elétrico funcionar?
Para que uma lâmpada acenda ou um aparelho eletrônico funcione, é necessário que haja conexão
na forma de circuito. Observe, por exemplo, como ocorre o acendimento de uma lâmpada.

Observe que um circuito é formado por alguns elementos. No exemplo apresentado, tem-se: (1)
pilha – gerador de energia; (2) interruptor - dispositivo que abre ou fecha o circuito; (3) lâmpada – re-
sistor; e (4) fios condutores – por onde a corrente elétrica flui entre os elementos.
Os circuitos elétricos podem ser montados em série ou em paralelo. Observe, na tabela a seguir, as
principais diferenças entre estes tipos de circuitos.

Circuito em série Circuito em paralelo

y Os resistores são colocados sequencial- y Cada resistor está ligado ao condutor.


mente.
y A corrente elétrica produzida pode ter cami-
y A corrente elétrica produzida passa por to- nhos diferentes para cada resistor.
dos os resistores.
y Se um resistor for retirado, os demais continu-
8 y Se um resistor for retirado, os demais dei- am funcionando.
xam de funcionar.

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Voltando a pensar nas diversas atividades cotidianas que dependem da eletricidade, qual será o tipo
de circuito mais indicado para ser usado nas construções como residências, hospitais, escolas etc.? 9

O QUE VAMOS DESCOBRIR?

y Como funciona a distribuição elétrica de uma residência.

MÃOS À OBRA

Nesta aula prática, você e sua equipe construirão uma maquete demonstrando a instalação elétrica
em uma residência. Esta atividade será dividida em duas partes.

Parte 1
Primeiramente, criem um projeto de uma casa com cinco cômodos: uma sala, uma cozinha, um ba-
nheiro e dois quartos. Insiram no projeto a necessidade de tomadas para a ligação de eletrodomésticos
e pontos de inserção de lâmpadas.
Depois de feito o projeto, pesquisem por materiais que sejam adequados para a montagem da ma-
quete. Em seguida, providenciem os materiais.
Represente, por meio de um desenho simplificado, o projeto criado por você e sua equipe.

Parte 2
Agora chegou a hora de você e sua equipe construírem a maquete. Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


1 De posse dos materiais escolhidos por você e
• Fios condutores sua equipe, montem a maquete de uma casa
• Lâmpadas (resistores) com a rede elétrica instalada.

• Pilhas ou baterias (geradores) 2 Testem se todos os resistores estão funcionan-


do.
• Interruptores
Caso algo esteja errado, revejam o projeto e
• Estrutura para a casa (papelão, 3 façam as devidas correções.
madeira, PET etc.)
• Multímetro 4 Apresentem para os demais colegas de turma
a maquete construída pela equipe.
• Cola quente

Quais foram os materiais usados por você e sua equipe para construir a maquete da casa
e da rede elétrica?

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O QUE ACONTECEU?

1. Ao mudar a posição do interruptor, fechando o circuito, o que aconteceu com os resistores?

2. Vocês montaram o circuito em série ou em paralelo? Por quê?

PENSAR E RESOLVER

1. Analise a imagem de um circuito elétrico e escreva nos espaços os nomes dos elementos que o
compõem.
2. Observe as ilustrações a seguir e responda as perguntas:

a) Qual dos esquemas representa um circuito em série? E em paralelo?

b) Se uma das lâmpadas do circuito A queimar ou for retirada, o que acontecerá com a outra?
E no circuito B?

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A CIRANDA DOS ASTROS

Muito temidos por povos do passado, os eclipses nada mais são do que fascinantes eventos astro-
nômicos entre a Terra, o Sol e a Lua.

HORA DO CONHECIMENTO

Os eclipses são fenômenos que causam um misto de encanto e de medo entre seus observado-
res. Como consequência disso, muitos povos do passado criaram mitos e lendas para tentar explicar
sua ocorrência. Embora atualmente a explicação para a formação de eclipses seja bem determinada
pela ciência, há ainda, entre alguns povos, a crença de que os eclipses estão relacionados a situa-
ções ruins.
A Lua orbita a Terra e ambas orbitam o Sol. Em algumas situações, esses três astros ficam per-
feitamente alinhados e um se interpõe impedindo a chegada da luz solar no outro. Dessa forma, um
astro deixa de ser visto total ou parcialmente por um observador. Os eclipses são classificados em:
solar e lunar.
Um eclipse solar acontece quando a Lua se interpõe ao Sol e a Terra, e como consequência impede
que a luz solar chegue até nosso planeta, total ou parcialmente. O eclipse solar total ocorre nas áreas
de umbra e os parciais nas áreas de penumbra.

Eclipse parcial
Eclipse total

Lua
Sol Terra

Umbra
Penumbra

Para que um eclipse lunar ocorra, é necessário que a Terra se interponha entre o Sol e a Lua. A Lua,
por ser um astro iluminado, depende da luz solar para ser vista. Quando a Terra impede que a luz solar
chegue até a Lua, ela deixa de ser vista, formando um eclipse.

Penumbra
Órbita da Terra Umbra

Sol Terra Lua

Órbita da Lua

As fases da Lua também dependem da posição entre Lua, Terra e Sol, mas para que ocorram, es-
ses três astros não precisam estar perfeitamente alinhados. Devido aos movimentos da Lua ao redor
da Terra e ao redor dela mesma terem a mesma duração, ou seja, a Lua possui a rotação em sincronia
com o movimento de translação, ela sempre está com o mesmo lado voltado para a Terra. O outro lado
é chamado de face oculta da Lua. Ao longo de cerca de um mês a Lua recebe os raios solares em
diferentes áreas de sua superfície, sendo vista daqui da Terra em suas diversas fases.
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Embora haja infinitas fases da Lua, costuma-se classificá-las em quatro fases principais: Lua nova,
Lua quarto crescente, Lua cheia e Lua quarto minguante.

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Lua nova Lua quarto crescente Lua cheia Lua quarto minguate
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Como é o arranjo dos três astros para que ocorram os eclipses?


E como se sucedem as fases da Lua?

O QUE VAMOS DESCOBRIR?

y Propor modelos que expliquem a formação dos eclipses.


y Verificar como ocorre a formação dos eclipses solares e lunares.
y Propor modelos que expliquem a formação das fases da Lua.

MÃOS À OBRA

Vamos dividir o experimento em três partes.

Parte 1
Primeiramente vamos construir um modelo com massa de modelar e luminária para simular a for-
mação de um eclipse solar e de um eclipse lunar.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


1 Modele a massa para representar o planeta
• Massa da modelar de duas cores Terra e a Lua.
diferentes
Espete o palito nos modelos representativos
• Palito de madeira sem ponta 2
da Terra e da Lua.
• Luminária Acenda a luminária que representa o Sol e
3
monte um esquema demonstrando um eclip-
se solar.
Acenda a luminária que representa o Sol e
4
monte um esquema demonstrando um eclip-
se lunar.

1. Represente, por meio de um desenho ou uma fotografia, o eclipse solar demonstrado em seu
esquema.

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2. Represente, por meio de um desenho ou uma fotografia, o eclipse lunar demonstrado em


seu esquema. 17

Parte 2
Vamos observar a simulação da formação de eclipses em um modelo didático de planetário.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


1 Observe a demonstração da formação de
• Modelo didático de planetário eclipses realizada por seu professor.

2 Compare os resultados de seu modelo com o


apresentado pelo professor.
1. Compare os resultados da demonstração feita pelo professor com os resultados obtidos
com o modelo que você e sua equipe criaram. Os resultados foram os mesmos? Há algo
para ser ajustado no modelo construído por sua equipe?

Parte 3
Depois de compreender como os eclipses são formados, vamos verificar a ocorrência das fases da Lua.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


1 Simule a formação das quatro principais fases
• Modelos de Terra, Lua e Sol utiliza- da Lua: nova, quarto crescente, cheia e quarto
dos na parte 1 da atividade minguante.

1. Converse com seus colegas de equipe e desenhe como vocês acham que devem ser as posi-
ções entre Terra, Lua e Sol para a ocorrência das quatro principais fases da Lua.

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Vamos observar a simulação da formação das fases da Lua em um modelo didático de planetário.
Para isso, vamos precisar de: 19

Do que precisamos Como fazer


1 Observe a demonstração da formação das
• Modelo didático de planetário fases da Lua realizada por seu professor.
Compare os resultados de seu modelo
2
com o apresentado pelo professor.

O QUE ACONTECEU?

Parte 1
1. Você e sua equipe conseguiram simular a formação de eclipses?

Parte 2
2. Você e sua equipe conseguiram simular a formação das fases da Lua?
Parte 3
3. Os desenhos sobre a ocorrência das fases da Lua, que você e seus colegas fizeram, estavam
corretos quando comparados com a simulação feita pelo professor com o material didático
de planetário?

PENSAR E RESOLVER

1. Analise as frases a seguir sobre os eclipses e julgue se estão corretas ou erradas. Caso es-
tejam erradas, reescreva-as de forma correta.

a) ( ) Muitos povos do passado associavam os eclipses a eventos maus. Isso não acontece mais
com povos da atualidade.

b) ( ) Os eclipses são eventos frequentes; todos os meses há eclipses lunares nas fases de Lua
cheia e de Lua nova.

c) ( ) Para a ocorrência dos eclipses solares é necessário que a Lua esteja entre o Sol e a Terra.

d) ( ) Para a ocorrência dos eclipses lunares é necessário que a Lua esteja entre o Sol e a Terra.
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2. Diferencie os tipos de eclipse solar formados na área de umbra e de penumbra.


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3. Analise as imagens a seguir e nomeie corretamente as fases para um observador que esteja
no hemisfério Sul.

4. Analise a frase: “Quando a Lua está na fase nova é porque está acontecendo um eclipse
lunar.” Você concorda com essa frase? Justifique.
3 TUDO É TÃO PREVISÍVEL...

Certamente, antes de sair de casa, você ou alguém que você conheça já se informou a respeito da
condição do tempo, não é mesmo? Essa é uma prática muito útil para estarmos preparados para as
condições do tempo.

HORA DO CONHECIMENTO

Certamente, sair agasalhado em um dia com temperaturas baixas e com guarda-chuva nos dias de
chuva são excelentes escolhas. Saber como ficará o tempo também é muito importante para profis-
sionais que dependem dele para a realização de suas atividades, como na agricultura, na aviação, na
marinha, na pesca e no turismo. No entanto, é difícil prever como o tempo estará sem ter conhecimento
sobre ele, apenas olhando para o céu.
Para isso existem profissionais chamados meteorologistas, que realizam estudos dos fenômenos
atmosféricos e, dessa forma, conseguem prever como o tempo se comportará. É com base nesses
estudos que podemos acessar a informação em nossos smartphones ou então assistir repórteres ex-
plicando as condições do tempo em programas de televisão.
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Os meteorologistas utilizam dados obtidos em instrumentos existentes em estações meteorológi-
cas, imagens de satélite e simulações feitas em computador para estudar os fenômenos atmosféricos.

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Dessa forma, eles conseguem elaborar a previsão do tempo com antecedência de até 96 horas para
uma determinada região. 23
Observe a seguir as principais variáveis utilizadas para a elaboração da previsão do tempo e os
instrumentos que auxiliam na obtenção desses dados.

Velocidade do vento Direção do vento

Anemômetro. Anemoscópio ou cata-vento.

Precipitação

Pressão atmosférica

Barômetro.

Pluviômetro.

Umidade relativa do ar
Temperatura do ar

Termômetro.
Psicrômetro.
E você, conhece esses instrumentos?
Já se imaginou alguma vez utilizando-os para fazer a previsão do tempo?

O QUE VAMOS DESCOBRIR?

y Como os instrumentos existentes em uma estação meteorológica funcionam para elaborar a previ-
são do tempo.

MÃOS À OBRA

Esta atividade prática será dividida em duas etapas.

Parte 1
Nesta etapa, os principais equipamentos utilizados em uma estação meteorológica para a previsão
do tempo serão construídos.
Equipe 1 – anemômetro

Do que precisamos Como fazer


Atravesse dois palitos no centro da rolha, de ma-
• Três palitos de madeira sem ponta 1
neira que fiquem em forma de uma cruz.
• Duas rolhas de cortiça Em cada uma das extremidades dos palitos, pren-
2
• Quatro hemisférios de isopor da um dos hemisférios de isopor. Todos devem
estar com a abertura voltada para o mesmo lado.
• Garrafa PET com areia dentro
3 Conecte uma das pontas do palito que sobrou
com a rolha contendo o aparato que você acabou
de montar. A outra extremidade do palito deve ser
24 conectada à rolha que está tampando a garrafa
PET cheia de areia.

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Equipe 2 – anemoscópio ou cata-vento


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Do que precisamos Como fazer
1 Faça um pequeno corte longitudinal em uma
• Um canudo de plástico das extremidades do canudo.
• Tesoura Encaixe o papelão em forma de trapézio no
2
• Fita adesiva corte feito no canudo. Se necessário, utilize a
fita adesiva para fixar o papelão.
• Caneta
3 Coloque o canudo horizontalmente sobre a
• Um pedaço de papelão cortado rolha que está tampando a garrafa PET. Apro-
em forma de trapézio ximadamente no meio do canudo, fixe o prego
prendendo-o na rolha. Assegure-se que o ca-
• Prego
nudo consiga girar mesmo depois de preso.
• Quatro alfinetes com cabeça
Escreva nas etiquetas as letras corresponden-
4
• Quatro etiquetas tes aos pontos cardeais (N, S, L, O) e cole-as
na ponta com cabeça de cada alfinete.
• Uma rolha de cortiça
• Garrafa PET com areia dentro 5 Espete cada um dos alfinetes em posições
diferentes na rolha, formando uma cruz, para
indicar os pontos cardeais.

Equipe 3 – barômetro

Do que precisamos Como fazer


1 Corte transversalmente a parte superior do balão
• Um canudo de plástico de festa.
• Tesoura
2 Encaixe a parte mais larga do balão sobre a aber-
• Régua tura do pote de vidro, cobrindo-a. Prenda o balão
com ajuda de um elástico ou fita adesiva.
• Caneta
3 Com o auxílio da fita adesiva, cole uma ponta do
• Um balão de festa canudo horizontalmente sobre a bexiga que está
tampando o pote de vidro.
• Um pote de vidro limpo e seco
• Elástico ou fita adesiva 4 Faça marcações em milímetros no papelão.
• Pedaço de papelão 5 Fixe o papelão perpendicularmente à extremida-
de livre do canudo, de modo que o movimento do
balão faça com que a ponta do canudo indique
alterações nas marcações existentes no papelão.
Equipe 4 – pluviômetro

Do que precisamos Como fazer


• Um pote graduado 1 Encaixe o funil na abertura do pote graduado.
• Um funil Se necessário, utilize a fita adesiva para fixar
2
• Fita adesiva bem o funil ao pote.

Equipe 5 – psicrômetro

Do que precisamos Como fazer


Prenda os dois termômetros no suporte de
• Um suporte de madeira 1
madeira, com ajuda dos arames, deixando-os
• Arame apoiados sobre o suporte. Os bulbos dos ter-
mômetros deverão ficar fora do suporte.
• Dois termômetros
Cubra o bulbo de um dos termômetros com a
• Gaze 2
gaze. Se necessário, fixe com a fita adesiva.
• Fita adesiva Deixe a gaze em contato com a água existente
3
no pote.
• Pote com água
O bulbo do outro termômetro deve ficar ex-
4
posto ao ambiente.

De que maneira o instrumento que você e sua equipe montaram ajudará na previsão do tem-
po? Escreva a seguir suas ideias sobre isso.

Parte 2
26 Chegou a hora de você e sua equipe colocarem em funcionamento os instrumentos que foram cons-
truídos, simulando uma miniestação meteorológica. Para isso, vamos precisar de:

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Do que precisamos Como fazer


Exponha o instrumento construído por você e 27
• Termômetro 1
sua equipe em um local da escola escolhido
• Instrumentos construídos na parte 1: para ser a miniestação meteorológica da turma.
• Anemômetro
2 Faça observações de todos os equipamentos
• Anemoscópio durante as aulas de Ciências ao longo de duas
semanas.
• Barômetro
Para complementar a observação, algum aluno
• Pluviômetro 3
deve ser responsável por levar um termômetro
e medir a temperatura.
• Psicrômetro
A cada observação feita, anote na tabela os da-
4 dos obtidos.

O QUE ACONTECEU?

1. Anote na tabela a seguir o que foi observado nos instrumentos da miniestação meteorológica.

DATAS INSTRUMENTO OBSERVAÇÕES


Anemômetro
Anemoscópio
Barômetro
1 - ____/____/____
Pluviômetro
Psicrômetro
Termômetro
DATAS INSTRUMENTO OBSERVAÇÕES
Anemômetro
Anemoscópio
Barômetro
2 - ____/____/____
Pluviômetro
Psicrômetro
Termômetro
Anemômetro
Anemoscópio
Barômetro
3 - ____/____/____
Pluviômetro
Psicrômetro
Termômetro
Anemômetro
Anemoscópio
Barômetro
4 - ____/____/____
Pluviômetro
Psicrômetro
Termômetro
Anemômetro
Anemoscópio
Barômetro
5 - ____/____/____
Pluviômetro
Psicrômetro

28 Termômetro

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DATAS INSTRUMENTO OBSERVAÇÕES


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Anemômetro
Anemoscópio
Barômetro
6 - ____/____/____
Pluviômetro
Psicrômetro
Termômetro

2. Qual foi o índice pluviométrico verificado após as duas semanas de observações? Os dados
coincidem com os divulgados pela estação meteorológica de sua região?

3. Qual foi a variação de temperatura ao longo dos dias da observação? Elabore um gráfico
mostrando essa variação.
PENSAR E RESOLVER

1. Relacione corretamente as variáveis meteorológicas aos seus respectivos instrumentos de


medida para a previsão do tempo.

I - Velocidade do vento ( ) Anemoscópio ou cata-vento


II - Direção do vento ( ) Pluviômetro
III - Pressão atmosférica ( ) Anemômetro
IV - Precipitação ( ) Psicrômetro
V - Umidade relativa do ar ( ) Barômetro
VI - Temperatura do ar ( ) Termômetro

2. Cite duas atividades profissionais que podem ser diretamente afetadas de acordo com a
previsão do tempo.

3. Leia com atenção o alerta a seguir: “[...] Chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ven-
tos intensos (60-100 Km/h). Risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores,
alagamentos e descargas elétricas.”
Disponível em: <https://www.google.org/publicalerts/alert?aid=738779d198bdb726&hl=pt-
-BR&gl=BR&source=wweather>. Acesso em: 09 jun. 2018.

Dos dados apresentados no alerta acima, dois podem ser medidos em estações meteorológi-
cas. Indique quais são e por meio de quais instrumentos eles podem ser medidos.

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DE ONDE VEM SUA ENERGIA?

Observe a imagem de uma noite no Rio de Janeiro, a primeira cidade brasileira a receber iluminação
pública. Nesta imagem, é possível perceber a grande dependência da energia elétrica, tanto nas vias
públicas quanto nas residências.

HORA DO CONHECIMENTO

Dom Pedro II foi o responsável por introduzir em território brasileiro a iluminação pública. Isso acon-
teceu no ano de 1879, na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal. Nesse mesmo ano, foi feita
a primeira instalação de iluminação elétrica permanente na Estação Central da Estrada de Ferro Dom
Pedro II, atual Central do Brasil.
Em 1883, foi instalada a primeira rede de iluminação pública elétrica do Brasil na cidade de Campos
dos Goytacazes (RJ). Essa energia era gerada por uma máquina térmica. Nesse mesmo período, em
Diamantina (MG), foi construída a primeira usina hidrelétrica brasileira para fornecer energia elétrica a
uma empresa mineradora.
Com o passar dos anos, diferentes formas de gerar energia elétrica foram desenvolvidas. Observe
algumas delas na imagem a seguir.

Formas de geração de energia elétrica no Brasil e no mundo.

Termelétrica a carvão Nuclear Hidrelétrica Geotérmica Termelétrica a biomassa

Solar Eólica Maremotriz Ondas do mar

Atualmente, no Brasil, há diferentes tipos de usinas para a geração de energia, sendo os principais
exemplos as usinas hidrelétricas, as termelétricas e as eólicas. Vamos conhecer um pouco mais acerca
do funcionamento dessas usinas.
Hidrelétrica: as usinas hidrelétricas aproveitam a queda d’água em um desnível. Quando a água
passa por turbinas, essas se movimentam acionando geradores de eletricidade. Observe, na imagem
a seguir, parte da estrutura de uma usina hidrelétrica.

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Embora esse tipo de usina utilize água, um recurso renovável, para seu funcionamento, é neces-
sário que grandes áreas sejam destinadas para sua construção. Na maioria das vezes, para que isso 33
aconteça, ocorre o desmatamento, o alargamento e o desvio de leitos de rios para a construção das
barragens. Tudo isso pode acarretar em perda de habitat de muitos seres vivos, colocando em risco a
sua sobrevivência.
Eólica: nas usinas eólicas, as hélices são giradas pelo movimento do vento e acionam um gerador
de eletricidade, conforme pode ser verificado na imagem a seguir.

Para que as usinas eólicas sejam construídas, é necessário que o local seja amplo e bem provido
de ventos. Além do impacto ambiental proveniente da fabricação das turbinas, quando elas estão em
movimento fazem ruídos que podem prejudicar os seres vivos. Dessa forma, especialistas dizem que
as usinas eólicas são fonte de poluição sonora e visual. Há registros de acidentes de morcegos e aves
que se chocam com as turbinas e se machucam ou até mesmo morrem. Além disso, a área extensa
em que as usinas são instaladas poderia ser usada para outras finalidades.
Termelétrica: em usinas termelétricas a queima de carvão ou de biomassa, por exemplo, aquecem
caldeiras contendo água. O vapor formado pelo aquecimento da água é deslocado por tubos que o
levam até as turbinas, as quais movimentam hélices ligadas aos geradores de eletricidade. Observe na
imagem a seguir como ocorre a geração de energia nesse tipo de usina.
REDE ELÉTRICA
A energia elétrica produzida
é enviada para a rede
TURBINA elétrica
O vapor movimenta
a turbina

GERADOR
A movimentação da turbina aciona
o gerador, produzindo eletricidade
CALDEIRA
A queima de
combustível
transforma a
água em vapor

CONDENSADOR
FORNALHA Depois de utilizado, o
vapor é enviado ao
condensador

A água retorna para a caldeira

Os principais problemas ambientais relacionados às usinas termelétricas estão relacionados à quei-


ma de combustível fóssil, como o carvão. Esse tipo de combustível polui a atmosfera, prejudicando o
ambiente e os seres vivos.
Como você pode perceber, a obtenção da eletricidade ocorre através das transformações de diferen-
tes tipos de energia em energia elétrica. Por exemplo, nas hidrelétricas, a energia armazenada na água
(energia potencial gravitacional) represada é transformada em outro tipo de energia, que faz as turbinas
girarem (energia cinética). A energia existente nas turbinas em movimento é transferida aos geradores, que
transformam a energia do movimento em energia elétrica. Por meio de fios que compõem a rede elétrica, a
eletricidade é distribuída para ser usada na iluminação pública, nas construções, para o funcionamento de
diversos equipamentos que tornam nossas atividades cotidianas mais confortáveis, entre outras situações.
Você já visitou uma usina de geração de eletricidade? Já viu como uma turbina funciona?

O QUE VAMOS DESCOBRIR?

• Construir modelos de turbinas usadas em usinas hidrelétricas, termelétricas, eólicas etc.


• Testar o funcionamento do modelo de turbina construído.

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MÃOS À OBRA

Nesta aula prática, construiremos protótipos de turbinas usadas em usinas geradoras de eletricida-
de e testaremos o funcionamento deles.

Do que precisamos Como fazer

• Multímetro 1 Com sua equipe, escolha um tipo de usina ge-


radora de eletricidade.
• Kit de ferramentas
• Kit de elétrica 2 Pesquisem maneiras de criar modelos de tur-
binas adequadas ao funcionamento da usina
• Tesoura escolhida.
• Fita adesiva Selecionem os materiais necessários para a
3
• Cola construção da turbina.
• Materiais diversos escolhidos a Represente, no espaço em branco, o protótipo
4
partir da pesquisa dos alunos e de sua turbina.
providenciados pelos mesmos
Com base na pesquisa feita, nos materiais dis-
(cartões telefônicos, copos de 5
ponibilizados pelo professor e nos que vocês
plástico, cartolina, tampas de gar-
reuniram, construam o protótipo de uma turbina.
rafas, latas de bebida, palitos de
madeira, colheres de plástico, gar-
6 Testem a turbina construída e verifiquem se há
rafa plástica, arame, entre outros). geração de eletricidade, utilizando o multímetro.

Desenhe o protótipo da turbina que você e sua equipe irão construir.


O QUE ACONTECEU?

1. Qual foi o tipo de usina escolhido por sua equipe e de que maneira vocês construíram o
protótipo da turbina?

2. O modelo de turbina construído funcionou? Foi possível gerar eletricidade a partir dele? Se
sim, qual foi o valor indicado no multímetro?

3. Compare o modelo de turbina construído por sua equipe com os demais modelos. Escreva
acerca do funcionamento deles.

36

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37
PENSAR E RESOLVER

1. A geração de energia elétrica em usinas hidrelétricas, eólicas e termelétricas apresenta algo


em comum. O que é?

2. Na região em que você vive, qual é o tipo de usina geradora de energia elétrica mais indica-
do? Explique levando em conta os fatores ambientais que influenciam nessa escolha.

3. Explique o motivo pelo qual as usinas hidrelétricas diminuem ou suspendem seu funciona-
mento nas épocas de seca.
5 UMA BARREIRA MUITO IMPORTANTE.

A imagem mostra um jovem casal que acabou de realizar um teste de gravidez. Dependendo do
resultado, a vida deles pode mudar para sempre com a chegada de um bebê.

HORA DO CONHECIMENTO

A gravidez é um momento marcante para o ser humano, pois ela pode provocar diferentes sentimentos
e grandes mudanças na vida de uma pessoa ou de um casal. Observando os semblantes dos adolescen-
tes na imagem de abertura, será que o resultado do teste de gravidez foi positivo ou negativo? Será que
esses adolescentes estão preparados para cuidar de um bebê, caso o resultado seja positivo?
Uma gravidez na adolescência requer tomada de decisões determinantes para o futuro, tanto da
menina quanto do menino. Além disso, ela pode ser marcada por uma série de consequências físicas,
38 emocionais e sociais. Frequentemente, adolescentes grávidas abandonam seus estudos, fogem de
casa com medo da reação dos pais e, muitas vezes, não se sentem preparadas financeira e emocional-

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mente para cuidar da criança. No caso dos meninos, muitos também abandonam os estudos em busca
de um trabalho para sustentar o filho, enquanto outros não assumem a responsabilidade pela criança. 39
Há algumas famílias em que os avós assumem a responsabilidade pela criação do bebê no lugar
dos pais adolescentes, enquanto outras famílias não os apoiam no caso de uma gravidez, gerando
muitos conflitos.
Diante dessas circunstâncias, é possível saber qual o momento certo para ter um filho? Ou, como se
faz para evitar uma gravidez precoce e indesejada? Para responder essa última pergunta, é importante
conhecer os principais métodos contraceptivos. Então, vamos identificar alguns?

Os métodos contraceptivos, representados na imagem, podem ser naturais, hormonais, cirúrgicos


ou de barreira.
Os métodos de barreira impedem o contato dos espermatozoides com o ovócito. Entre eles,
estão:
y Diafragma – anel de borracha flexível que é introduzido, juntamente com creme espermicida, no
interior da vagina antes de cada relação sexual.
y Dispositivo intrauterino (DIU) – é um dispositivo colocado pelo médico no útero da mulher. Ele atua
impedindo a fecundação, por tornar difícil a passagem do espermatozoide pelo trato reprodutivo
feminino.
y Preservativo masculino – envoltório de látex que deve ser colocado no pênis ereto, deixando um
espaço na ponta do preservativo, em que o sêmen liberado se acumula.
y Preservativo feminino – bolsa de látex onde há um anel menor, de plástico, que deve ser alojado no
fundo da vagina.

Os métodos hormonais consistem em medicamentos prescritos por um médico, que devem


ser utilizados regularmente pela mulher. Eles atuam na produção dos hormônios que influenciam o
amadurecimento dos ovócitos nos ovários, impedindo que ocorra a ovulação. As pílulas anticoncepcio-
nais devem ser tomadas diariamente, enquanto que injeções, adesivos e implantes não precisam de
aplicação diária.
Os métodos cirúrgicos ou definitivos podem ser realizados tanto nas mulheres, denominado
de laqueadura, quanto nos homens, a deferentectomia, também conhecida por vasectomia. Em ambos
os casos o princípio das cirurgias é o mesmo: interromper o trajeto dos gametas e evitar a fecundação.
Porém, como são métodos irreversíveis que levam à esterilidade, precisam ser bem avaliados antes
de se tomar uma decisão.
Nos métodos naturais, ou de comportamento, não são utilizados medicamentos ou barreiras.
O mais conhecido é o método da tabelinha, que consiste em calcular, no ciclo menstrual, o período
fértil, e evitar relações sexuais nesses dias. Em adolescentes, que ainda não têm um ciclo regular, esse
método é pouco indicado.
Os métodos de barreira DIU e diafragma, bem como os métodos hormonais, cirúrgicos e naturais,
não previnem a transmissão de doenças/infecções sexualmente transmissíveis (DST/IST). Por outro
lado, os preservativos (camisinhas) masculino e feminino, além de impedirem a gravidez, também
protegem contra as DST/IST.

No ano de 2016 o termo doenças sexualmente transmissíveis (DST) foi substituído por
infecções sexualmente transmissíveis (IST).

Chegou o momento de conhecermos o modo de ação e a eficácia de um dos métodos mais conheci-
dos na prevenção da gravidez precoce e indesejada e também das DST/IST: o preservativo. Vamos lá?

O QUE VAMOS DESCOBRIR?

y Identificar o modo de ação de preservativos de diferentes marcas.

40 y Refletir sobre a escolha e a utilização de métodos de prevenção à gravidez precoce e indesejada e


a doenças/infecções sexualmente transmissíveis.

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MÃOS À OBRA

Vamos analisar o modo de ação e a qualidade de alguns preservativos. Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


Prepare, no béquer maior, uma solução de 400mL de
• Água 1
água e quatro colheres rasas de cloreto de sódio, me-
• Cloreto de sódio xendo com cuidado a solução com o bastão em vidro.

• 1 béquer de 500mL Prepare, no béquer menor, uma solução de 200mL de


2
água e duas colheres rasas de cloreto de sódio, me-
• 1 béquer de 250mL xendo com cuidado a solução com o bastão em vidro.
• 1 bastão em vidro Retire o preservativo da embalagem. Caso ele seja
3
• 1 garra metálica com mufa do tipo lubrificado, lave-o para retirar a camada de
lubrificante.
• 1 espátula de aço inox
Desenrole o preservativo e, aos poucos, com o auxílio
• 1 funil 4
de um funil, acrescente a solução salina do béquer
• Suporte universal menor.

• Conduteste Prenda o preservativo com a garra no suporte univer-


5
sal e, em seguida, mergulhe o preservativo no béquer
• Preservativos de diferentes maior.
marcas
Pegue o conduteste, coloque os eletrodos na solução
6
salina do béquer e verifique no indicador luminoso se
há passagem de corrente elétrica.
Coloque uma das pontas dos eletrodos dentro do
7
preservativo, conforme a ilustração, e a outra pon-
ta no interior do béquer, de modo que entre em
contato com a solução salina.
Repita os procedimentos descritos utilizando outros
8
preservativos de diferentes marcas.
Com o auxílio do conduteste, verifique se há passagem de corrente elétrica entre a solução salina
presente no interior do preservativo e a solução que está no béquer. Anote os resultados na tabela a
seguir para cada preservativo que foi testado.

Marca do preservativo Houve passagem de corrente elétrica?


Preservativo A
Preservativo B
Preservativo C
Preservativo D

O QUE ACONTECEU?

1. Houve passagem de eletricidade nos preservativos testados? O que isso significa?

42

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2. Dos preservativos que foram testados, quais deles podem ser considerados eficientes como
barreira para impedir o contato dos espermatozoides com o ovócito? 43

PENSAR E RESOLVER

1. Complete a tabela classificando os métodos contraceptivos em naturais, hormonais, cirúr-


gicos ou de barreira. Além disso, preencha com informações sobre o modo de ação desses
métodos.

Método Tipo Modo de ação


2. Qual é a finalidade dos procedimentos denominados laqueadura e deferentectomia (vasecto-
mia)? Explique por que eles são considerados métodos definitivos de contracepção.

3. Estimativas indicam que, no Brasil, 22,1% das mulheres adotam a pílula anticoncepcional
como método para prevenir a gravidez, seguindo-se o preservativo masculino (12,9%), in-
jeção contraceptiva (3,5%) e dispositivo intrauterino – DIU (1,5%). Os métodos tradicionais
(comportamentais), como a tabelinha e o coito interrompido, somam 2,4%”.
(Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/
noticia/2017-03/campanha-incentiva-escolha-segura-de-contraceptivos>. Acesso em: 01 jun. 2018.)

O fragmento da notícia mostra dados dos principais métodos contraceptivos escolhidos pe-
las mulheres. Cabe salientar que a contracepção é uma escolha com responsabilidades com-
partilhadas. Nesse sentido, comente sobre a importância de compartilhar a responsabilidade
na escolha dos métodos contraceptivos.

44

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6
45
E SE A FESTA ROLAR, O QUE DEVO FAZER?

Certamente você reconhece as duas siglas em inglês apresentadas na imagem, não é mesmo?
Elas estão relacionadas, mas não significam a mesma coisa. Na tradução para o português, AIDS
significa Síndrome da Imunodeficiência Humana e HIV significa Vírus da Imunodeficiência Humana.

HORA DO CONHECIMENTO

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode levar à síndrome da imunodeficiência humana


(AIDS). Esse vírus ataca as células do sistema imunológico, impedindo-as de realizarem sua função,
que é defender o organismo. Além disso, nosso organismo não consegue combatê-lo e o portador
convive com o vírus o resto da vida. Mas nem sempre o portador do vírus HIV desenvolverá AIDS,
sobretudo com os tratamentos atuais existentes. A AIDS não tem cura e por isso é muito importante
prevenir sua transmissão.
A transmissão do vírus HIV ocorre por meio da troca de fluidos corporais, por exemplo, sêmen,
sangue e leite materno. A principal forma de transmissão do vírus HIV é por meio da relação sexual
desprotegida, mas também pode ocorrer pelo compartilhamento de instrumentos perfurantes e cortan-
tes, seringas contaminadas, transfusões sanguíneas, e de mãe para o filho durante a gestação ou a
amamentação.
Para prevenir a transmissão do vírus HIV, é fundamental que as relações sexuais sejam protegidas
com o uso de preservativos; as transfusões de sangue devem ser seguras, ou seja, com sangue tes-
tado e livre do HIV; as agulhas de seringas não devem ser compartilhadas; e mães portadoras do HIV
devem receber tratamento para não passarem o vírus ao feto.
Além da AIDS, há muitas outras doenças e infecções que podem ser transmitidas por meio de
relações sexuais desprotegidas. Os principais exemplos são: sífilis, gonorreia, hepatites B, C e D,
condiloma acuminado e herpes genital. Vamos conhecer melhor:
y Sífilis: é uma infecção curável causada por uma bactéria, e exclusiva de seres humanos. Ela pode
ser transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas ou da mãe para o bebê durante a ges-
tação ou o parto. O tratamento é feito com uso de antibiótico.
y Gonorreia: é uma infecção causada por uma bactéria, e quando não tratada, pode causar inferti-
lidade. A principal forma de transmissão é pelo contato sexual. Os recém-nascidos, filhos de mães
portadoras da doença, podem se infectar no momento do parto e adquirir conjuntivite, que pode
levar à cegueira se não for tratada.
y Hepatites B, C e D: são infecções causadas por vírus que provocam a inflamação do fígado. Se a
doença não for tratada, pode ter como consequência a falência desse órgão. Os subtipos B, C e D
podem ser transmitidos por meio de fluidos corporais trocados nas relações sexuais desprotegidas,
por exemplo.
y Condiloma acuminado: é causado pelo papilomavírus humano (HPV). Atualmente já foram iden-
tificados mais de 200 tipos desse vírus, dentre os quais alguns que causam câncer de útero e de
ânus. A principal forma de transmissão desse vírus é por meio de relações sexuais desprotegidas.
y Herpes genital: causada por um vírus, propaga-se por meio de relações sexuais e não tem cura.
Existe tratamento que pode controlar os surtos ao longo da vida do portador.

Os sintomas e sinais das Doenças Sexualmente Transmissíveis/ Infecções Sexualmente Transmis-


síveis (DST/IST) podem ser variados: feridas; corrimento; aparecimento de verrugas ou bolhas, prin-
cipalmente nos órgãos genitais, mas que também podem aparecer em outros lugares do corpo, como
mãos e boca; coceira; dor ao urinar; dor durante a relação sexual; febre; mau cheiro; entre outros. É
muito importante estar atento a esses sinais e sintomas e, quando perceber algo de diferente no corpo,
deve buscar auxílio médico e avisar o parceiro.

No ano de 2016 o termo doenças sexualmente transmissíveis (DST) foi substituído por infecções
sexualmente transmissíveis (IST).

46 Você conhece formas de evitar a transmissão de DST/IST? Sabe qual delas é a mais eficiente?

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O QUE VAMOS DESCOBRIR?

y Verificar modos de transmissão e métodos de prevenção contra as doenças/infecções sexualmente


transmissíveis.

MÃOS À OBRA

Imagine que você foi convidado para uma festa que vai acontecer na sua sala de aula.
Para participar, siga as orientações:

Do que precisamos Como fazer


• Água Imagine que a festa já começou. Encontre um colega para conver-
1
sar e misture o líquido de seu copo com o dele. Caso o seu copo
• Fenolftaleína (solução
esteja fechado com plástico filme, você poderá escolher pela mis-
hidroalcoólica 1%)
tura ou não. Se a sua opção for pela troca, remova parcialmente
• Hidróxido de sódio a película de seu copo, misture o conteúdo e tampe o copo nova-
mente.
• 1 espátula de aço inox
2 Agora, enquanto a festa continua, escolha outro colega, con-
• 1 copo plástico des- verse com ele e, em seguida, misture os conteúdos dos copos.
cartável de 100mL por Lembrando que, para os copos protegidos pelo plástico filme,
aluno poderá ser feito o procedimento citado anteriormente.
• 1 rolo de papel filme Ao comando de seu professor, converse com um terceiro cole-
3
ga e misture os conteúdos dos copos. Se você estiver com o
copo fechado pelo papel filme, novamente proceda conforme a
primeira instrução.
A festa terminou! Permaneça com seu copo e aguarde seu pro-
4 fessor adicionar a fenolftaleína nele.
Espere alguns segundos e observe como ficou o conteúdo de seu
5
copo.
O QUE ACONTECEU?

1. Contabilize o número de copos que tiveram alteração na cor do líquido, ou seja, que simbo-
lizam os indivíduos contaminados por DST/IST durante a festa. Em comparação ao início da
festa, você considera esse número preocupante? Justifique.

2. Considerando ainda a situação da festa, o que poderia ser feito com os copos para que não
houvesse a troca dos líquidos? Fazendo uma comparação, o que poderia ser feito para pre-
venir as DST/IST? Justifique.

3. Considerando o resultado do experimento, você acha que apenas pela aparência de uma
pessoa é possível determinar se ela é portadora de alguma DST/IST?

48

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49
PENSAR E RESOLVER

1. Assinale as formas de transmissão do vírus HIV:


a) ( ) Transfusão de sangue contaminado.
b) ( ) Picada de inseto.
c) ( ) Compartilhamento de seringa por mais de uma pessoa.
d) ( ) Relação sexual sem uso de preservativo.
e) ( ) Aperto de mão ou abraço.
f) ( ) Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação.
g) ( ) Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
h) ( ) Doação de sangue.

2. A respeito das DST/IST, complete a tabela a seguir com os nomes das doenças ou as carac-
terísticas que estão faltando.
Doença/infecção sexualmente
Características
transmissível
São infecções causadas por vírus que provocam a inflamação do
fígado, o que pode ter como consequência a falência do órgão, se
não tratada. Os subtipos B, C e D podem ser transmitidas por meio
de fluidos corporais trocados nas relações sexuais desprotegidas,
por exemplo.

Sífilis

Causada por um vírus que ataca as células do sistema imunológico,


impedindo-as de realizarem sua função, que é defender o organismo.
O portador convive com o vírus o resto da vida, mas nem sempre o
portador do vírus HIV desenvolverá AIDS, sobretudo com os trata-
mentos atuais existentes. A AIDS não tem cura e por isso é muito
importante prevenir sua transmissão.

Herpes genital
3. Cite três sinais e sintomas das DST/IST e explique o que deve ser feito ao verificar a ocorrên-
cia delas.

50

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7
51
UM MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO

Certamente você já viu e ouviu alguma reportagem a respeito das alterações climáticas, não é mesmo?
As imagens a seguir representam algumas causas e algumas consequências dessas alterações do clima.
HORA DO CONHECIMENTO

Jovens trabalhando em uma fábrica têxtil. Representação de uma nova forma


de produção em massa implementada a partir da Revolução Industrial.

O tema alterações climáticas é bastante atual e frequentemente tratado nas mídias sociais.
A preocupação ambiental teve início no século XX, sobretudo após os efeitos negativos no ambiente
gerados pela Revolução Industrial. A industrialização criou uma forma de consumo em que a produção
ocorre em larga escala, em um curto período e, dessa forma, o lucro é mais facilmente obtido.
Outro evento importante para a mudança da relação de consumo ocorreu após a Guerra Fria, com
a queda do socialismo e a abertura de várias nações para o sistema econômico capitalista. Com isso,
também houve o desenvolvimento da globalização, em que as relações entre os países se tornaram
muito mais estreitas. A crescente atividade industrial do mundo globalizado trouxe muito progresso
para algumas nações em detrimento de outras. Além disso, as atividades industriais e de transporte
poluem o ambiente e são apontadas como as principais causas da intensificação do efeito estufa em
nosso planeta.
O efeito estufa é um fenômeno natural e importante para manter a temperatura da Terra adequada
à sobrevivência dos seres vivos. No entanto, a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e as
indústrias intensificam o efeito estufa ao liberarem na atmosfera grande quantidade de gases, como o
dióxido de carbono (CO2). O CO2 se acumula na atmosfera e atua como um cobertor, ou seja, impede
que parte do calor, que deveria ser irradiado, saia de nosso planeta. Em consequência, ocorre um
aumento na temperatura média da Terra: é o aquecimento global. O aumento da temperatura da Terra
52 causa várias alterações climáticas, dentre as quais destacam-se:
y Ondas de calor

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y Derretimento de geleiras
y Aumento do nível do mar 53
y Erosão em zonas costeiras
y Desertificação e arenização
y Perda de habitat
y Mudança no regime de chuvas, provocando enchentes e secas prolongadas, com maior risco de
incêndios
y Furacões e tornados em áreas onde não existiam e com maior intensidade nas áreas de ocorrência
Como vimos, as alterações climáticas são danosas ao ambiente e causam perdas econômicas, de
vida e da biodiversidade.
Na região em que você vive, algum efeito das alterações climáticas pode ser percebido? Qual? De
que maneira você pode contribuir para o restabelecimento do equilíbrio ambiental de sua região?

O QUE VAMOS DESCOBRIR?

y Simular a elevação do nível do mar devido ao degelo decorrente do aumento da temperatura


da Terra.

MÃOS À OBRA

Nesta aula, simularemos como ocorre a elevação do nível do mar decorrente do degelo.
Do que precisamos Como fazer
Coloque terra ou areia em um canto do aquário de ma-
• Aquário 1 neira que se forme uma região com a área mais elevada.
• Terra ou areia 2 Molhe a terra ou a areia até que fique encharcada.
• Água Coloque mais água até preencher cerca da metade do
3 aquário.
• Cubos de gelo
Coloque dois cubos de gelo na água de maneira que fi-
• Caneta para marcar o
4 quem boiando.
aquário
5 Marque no aquário o nível da água utilizando a caneta.
• Luminária com lâmpada Acenda a lâmpada próximo ao aquário e aguarde o gelo
6 derreter.
7 Novamente, marque no aquário o nível da água.
Coloque dois cubos de gelo sobre a parte mais elevada
8 de terra ou de areia.
Acenda a lâmpada perto do aquário e espere os cubos
9 de gelo derreterem.
10 Mais uma vez, marque no aquário o nível da água.

A elevação do nível do mar é uma das consequências decorrentes do aumento da temperatura


da Terra. Tanto as geleiras existentes sobre os continentes quanto os icebergs têm derretido
de maneira muito acelerada. Anote sua hipótese acerca de como o degelo pode ocasionar a
elevação do nível do mar.

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55
O QUE ACONTECEU?

1. O que aconteceu com o nível da água quando os cubos de gelo dentro dela derreteram?

2. Após o derretimento dos cubos de gelo, houve mudança no nível da água? Explique.

3. O que aconteceu com o nível da água quando os cubos de gelo colocados sobre a terra ou
a areia derreteram? Explique.

4. O que é possível concluir acerca do derretimento das geleiras existentes sobre os continen-
tes e dos icebergs? Qual afeta o nível dos mares? Sua hipótese inicial estava correta?
PENSAR E RESOLVER

1. Observe a charge a seguir. Compare o ponto de pesca do Nanuk nos anos 2000 e 2020. O
que há de diferente nele? A previsão é animadora? Qual poderá ser a causa para a mudança
representada na charge?

Ponto de pesca do Nanuk

2. Quais as consequências decorrentes do aquecimento global que estão representadas nas


imagens a seguir? Assinale a alternativa que contém as respostas na ordem correta.

Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3

56

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a) Imagem 1 – seca; Imagem 2 – enchente; Imagem 3 – erupções vulcânicas.


57
b) Imagem 1 – erosão em zonas costeiras; Imagem 2 – aumento do nível do mar; Imagem 3 – fu-
racões.

c) Imagem 1 – seca; Imagem 2 – enchente; Imagem 3 – furacões.

d) Imagem 1 – perda de habitat; Imagem 2 – inversão térmica; Imagem 3 – ondas de calor.

e) Imagem 1 – seca; Imagem 2 – tsunami; Imagem 3 – furacões.

3. O aquecimento global provoca diversas alterações climáticas que prejudicam o ambiente e


causam perdas econômicas, de vida e da biodiversidade. Explique quais são os fatores que
ocasionam o aquecimento global e qual é o gás responsável por esse fenômeno.

4. Há algo que você possa fazer para reduzir a emissão do dióxido de carbono e outros gases
poluentes na atmosfera? O quê?
8 TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA...

A imagem a seguir mostra um ferro de passar roupa soltando vapor. Para conseguir esquentar a
água e formar o vapor, o aparelho precisa transformar a energia elétrica em energia térmica.

HORA DO CONHECIMENTO

Você já reparou na quantidade de equipamentos elétricos que você utiliza no seu dia a dia? Esses
equipamentos elétricos, em constante evolução, facilitam muitas atividades do nosso cotidiano. Desde
as tarefas mais simples, como trocar o canal da televisão, até as mais complicadas, como escrever um
livro de 1 000 páginas, a tecnologia nos auxilia facilitando e economizando nosso tempo.
A maioria dos equipamentos usados nas mais diversas atividades precisa de energia elétrica para
funcionar. A energia elétrica é produzida de diferentes maneiras. Pode ser produzida nas usinas eó-
licas, nucleares, termoelétricas, hidrelétricas, entre outras. As usinas hidrelétricas utilizam a energia
cinética (energia do movimento das turbinas) para gerar a eletricidade, e assim, conforme a força da
água gira as turbinas, a energia cinética é convertida em energia elétrica.
Os equipamentos elétricos que usamos também fazem transformação de energia. Por exemplo,
as batedeiras, ventiladores e furadeiras possuem um motor que transforma a maior parte da energia
elétrica em mecânica para, assim, produzir rotação em torno de um eixo; já equipamentos como a
58 televisão, a lanterna e o abajur transformam a energia elétrica em luminosa; os equipamentos como
home theater, rádios e caixas de som transformam a eletricidade em energia sonora; equipamentos
como chuveiro e aquecedores transformam a energia elétrica em térmica.

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Assim, de acordo com o tipo de transformação de energia que realizam, os equipamentos podem
ser classificados em resistores e receptores. Os resistores são aqueles equipamentos que transfor- 59
mam a energia elétrica apenas em energia térmica (por exemplo, chuveiros e aquecedores), e os
receptores são aqueles que transformam a energia elétrica em outras energias (luminosa, mecânica
etc.), não somente na térmica.
Pensando nos aparelhos eletrônicos em sua casa, quais tipos de energia são gerados a partir da
transformação da energia elétrica? Há algum aparelho elétrico que transforma a energia elétrica em
mais de um tipo de energia?

O QUE VAMOS DESCOBRIR?

y Verificar a transformação de um tipo de energia em outro por meio da máquina de Rube Goldeberg.

MÃOS À OBRA

y Reúnam-se em equipe e pesquisem o que é uma máquina de Rube Goldberg. Em seguida, criem
um protótipo de como podem construir uma dessas máquinas para demonstrar a transformação de
um tipo de energia em outro. Por exemplo, vocês podem transformar a energia cinética (do movi-
mento) em energia elétrica, que, por sua vez, poderá ser transformada em energia térmica, e assim
por diante.
y Utilizem materiais diversos, como dominós, bolas, rampas, polias, areia, entre outros, para co-
locar sua máquina de Rube Goldberg em movimento. Se possível, façam com que a máquina
de Rube Goldberg coloque em funcionamento um aparelho eletrônico. Sejam criativos e mãos
à obra!
Desenhem o protótipo da máquina de Rube Goldberg que você e sua equipe pretendem construir.

O QUE ACONTECEU?

1. Qual é a tarefa que a máquina de Rube Goldberg que sua equipe construiu realiza?

60

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2. Ao realizar a tarefa que você e sua equipe estipularam para a máquina construída, foi neces-
sário que ela transformasse um tipo de energia em outro? Se sim, qual? 61

PENSAR E RESOLVER

1. Sabendo que os equipamentos elétricos podem transformar a energia elétrica em outro tipo
de energia, marque com um X no quadro abaixo quais são as transformações que cada um
dos aparelhos listados realizam. Lembre-se de que existem aparelhos que transformam a
energia elétrica em mais de um tipo de energia:

Aparelho Térmica Luminosa Mecânica Sonora


Chuveiro
Celular
Geladeira
Lanterna
Televisão
Telefone
Liquidificador
Abajur
Furadeira
Ventilador
2. Marque R para os equipamentos Resistivos e P para os equipamentos Receptores:

( ) Ventilador ( ) Forno Elétrico ( ) Liquidificador


( ) Furadeira ( ) Torradeira ( ) Ferro Elétrico
( ) Chuveiro ( ) Lâmpada incandescente ( ) Notebook
( ) Caixa de som ( ) Rádio ( ) Computador
( ) Televisão ( ) Aquecedor

62

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9
63
SERÁ QUE CONDUZ?

O medidor de energia elétrica, conhecido como relógio de luz, é um aparelho usado para medir o
consumo de energia elétrica de uma casa.

HORA DO CONHECIMENTO

A disponibilidade de energia elétrica é um fator crucial para as nossas tarefas do dia a dia. Precisa-
mos dela para quase todas as nossas tarefas, desde a higiene até a alimentação. Realizar o consumo
sustentável é muito importante para a diminuição dos impactos que a geração de energia causa ao
meio ambiente. Com a utilização de eletrodomésticos que possuem um consumo reduzido e adotando
hábitos que economizam energia, já é um primeiro passo para essa redução.
A condutividade elétrica é uma propriedade que caracteriza a facilidade que os materiais possuem
de transportar cargas elétricas, e é importante na questão da economia. Quanto maior o número de
elétrons livres em um material, maior a sua capacidade de transportar eletricidade. Quando um deter-
minado material conduz eletricidade com facilidade, ele é denominado condutor; caso ele não conduza
eletricidade, é chamado isolante.
As redes de transmissão são importantes para distribuir a energia para as residências. Como a
energia elétrica, geralmente, é gerada em usinas hidrelétricas, a energia tem que percorrer um gran-
de caminho até chegar ao seu destino final. Para isso, as redes de transmissão precisam perder a
menor quantidade possível de energia durante o trajeto, assim, são feitos cabos de transmissão que
aguentam voltagens altas, não esquentam e possuem uma amperagem também alta.
Agora que vimos um pouco sobre condutividade, que tal testar alguns materiais para ver se são
bons condutores?

O QUE VAMOS DESCOBRIR?

y Identificar a condutividade de algumas substâncias.

MÃOS À OBRA

Vamos testar a condutividade de algumas substâncias observando se são boas condutoras.

Do que precisamos Como fazer


• 07 placas de Petri; 1 Nomeie as placas de Petri: sal, açúcar, vinagre, álcool,
hipoclorito de sódio, ácido clorídrico e ferro.
• 01 conduteste;
Nas placas de sal, açúcar e ferro, coloque 1,0g de cada
• 1,0g de cloreto de sódio 2 componente.
(NaCℓ);
Teste a condutividade de cada sólido com o conduteste e
• 1,0g de açúcar; 3
anote.
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Do que precisamos Como fazer


• 1,0g de ferro (pó);
65

• 10,0mL de vinagre; 4 Com muito cuidado, coloque três gotas de hipoclorito


de sódio e ácido clorídrico em suas respectivas placas.
• 10,0mL de álcool 96°GL;
5 Adicione 10,0mL de água e 10,0mL de vinagre em suas
respectivas placas.
• 60,0mL de água;
Nas placas de sal, açúcar, hipoclorito de sódio, ácido
• 03 gotas de hipoclorito de 6
clorídrico e ferro, adicione 10,0mL de água.
sódio (NaCℓO);
• 03 gotas de ácido clorídrico 7 Teste a condutividade de cada um com o conduteste.
Na mistura ferro-água, coloque eletrodos em contato
(HCℓ); apenas com a parte líquida. Anote os resultados.
• 01 pipeta Pasteur;
• 01 balança eletrônica.

O QUE ACONTECEU?

1. Com quais substâncias ocorreu a condutividade de energia e a lâmpada acendeu?

2. Com quais substâncias não ocorreu a condutividade de energia e a lâmpada não acendeu?
1. <Arte>
3. Por que ocorre diferença na condução de água pura e água com sal?

PENSAR E RESOLVER

1. Marque com X se o material é bom ou mau condutor:

Materiais Bom condutor Mau condutor


Água pura
Água com sal
Sal puro
Madeira
Ferro
Cobre
Água e vinagre
Etanol

2. Cite quais são as fontes para gerar energia elétrica que estão atualmente disponíveis.

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3. Pesquise como é realizada a distribuição de energia elétrica para as residências e descreva-a.


67
10 AS ESTAÇÕES DO ANO

A figura mostra o movimento de translação do planeta Terra. Esse movimento é importante para a
definição das quatro estações: inverno, primavera, verão e outono. Os hemisférios norte e sul recebem
diferentes intensidades de irradiação da luz solar dependendo da inclinação e da localização do plane-
ta, gerando as estações do ano.

HORA DO CONHECIMENTO

Como está o tempo na sua cidade? Será que o clima tem relação com a estação do ano? Sim, o
clima é diretamente influenciado pelas quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera. O
verão é caracterizado por apresentar um clima quente; já o inverno apresenta um clima frio, enquanto
o outono e a primavera apresentam um clima mais ameno. Os dias que iniciam as estações do ano nos
68 hemisférios norte e sul são conhecidos como solstícios e equinócios.

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Você já se perguntou por que e como ocorrem as estações do ano? Para responder a essa pergunta
temos que saber que a Terra se movimenta. Ela gira em torno de si mesma e também ao redor do Sol 69
ao longo do ano. Estes movimentos são chamados de rotação e translação. A rotação é o movi-
mento em que a Terra gira ao redor do próprio eixo, e dura em torno de 24 horas. É ele que determina
os dias e as noites. Já a translação é o movimento em que a Terra dá uma volta ao redor do Sol e
dura aproximadamente 365 dias e 6 horas, ou seja, 1 ano. Ele acontece em formato de uma elipse e
influencia diretamente na formação das estações do ano.
Além de originar os anos, esse movimento influencia na formação das diferentes estações, pois o
eixo da Terra está inclinado em aproximadamente 23,5 graus. Dessa forma, os raios solares atingem
de maneira mais intensa diferentes partes do planeta dependendo da época do ano.

O mesmo local nas diferentes estações do ano.

No hemisfério sul os raios solares são mais intensos de dezembro a fevereiro. Dessa forma, nessa
época do ano, o resultado é o verão no hemisfério sul e o inverno no hemisfério norte. Já no hemisfério
norte os raios solares são mais intensos de junho a agosto e, durante esse período, é verão no he-
misfério norte e inverno no hemisfério sul. Durante os meses de setembro a novembro, a intensidade
dos raios solares é quase a mesma nos dois hemisférios. O resultado é o outono no hemisfério norte
e a primavera no hemisfério sul. A intensidade também é parecida nos dois hemisférios no período de
março a maio, ocasionando a primavera no hemisfério norte e o outono no hemisfério sul.
Agora que você já sabe que a inclinação do eixo da terra forma as estações do ano, será que ela
também influencia na duração dos dias e das noites durante as estações?
O QUE VAMOS DESCOBRIR?

y Identificar como ocorre a mudança das 4 estações com a observação do modelo planetário e pela
atividade sobre as estações.
y Identificar como ocorre o movimento de rotação e translação com a observação do modelo planetá-
rio e pela atividade sobre as estações.

MÃOS À OBRA

Vamos dividir nossa atividade em três partes.

Parte 1
Observe os movimentos que o seu professor irá demonstrar utilizando o planetário e discuta com
seus colegas:
y Quando ele simulou o movimento de rotação, o que aconteceu com a incidência de raios solares na
Terra? Quais são os eventos ocasionados por esse movimento?
y Quando ele simulou o movimento de translação, o que aconteceu com a incidência de raios solares
nos diferentes locais do planeta? Quais são os eventos ocasionados por esse movimento?

Converse com seus colegas e anote suas hipóteses sobre qual desses movimentos é o res-
ponsável pela formação das estações do ano.

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Parte 2
71
Agora, vamos realizar uma prática para simular como é o movimento responsável pela formação
das estações do ano.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer

• Globo terrestre 1 Coloque uma mesa em um local onde todos possam observar.
• Luminária portátil 2 Sobre a mesa, coloque o globo terrestre.
Coloque a luminária portátil em frente ao globo e ligue-a na
3 tomada.

Apague as luzes da sala e simule o movimento de rotação, e


4
observe as faces do globo que mais recebem os raios solares.

5 Em seguida, simule o movimento de translação e observe as


faces do globo que mais recebem os raios solares.

Discuta com seus colegas como esse movimento influencia na mudança das estações do ano.

Parte 3
Agora, vamos realizar uma atividade para descobrir as estações do ano a partir da simulação da
Terra em diferentes pontos durante o movimento de translação.
Do que precisamos Como fazer
Atividade 1
• Globo terrestre
1 Coloque a luminária no centro da sala.
• Luminária portátil
Aponte a lâmpada para cima e acenda-a. Apague as luzes da
2
sala, feche cortinas e portas, certificando-se de que está escuro
na sala.

3 Numere e posicione quatro pontos equidistantes em volta da


luminária, onde o globo será posicionado com o Brasil sempre
iluminado e o eixo voltado sempre para o mesmo lado, confor-
me o esquema abaixo:

Ponto
1

Luminária
Ponto Ponto
4 2

Ponto
3

4 Conforme a posição em que o globo é posicionado, são repre-


sentadas as estações.

5 Separem-se em 4 grupos. Cada grupo representa uma estação


do ano: verão, outono, inverno e primavera.
Os grupos deverão analisar os globos e discutir qual é a es-
6
tação que cada um representa, e devem distribuir-se atrás do
ponto que correspondente à sua estação.

Anote qual é a estação que o seu grupo representa e quais são as estações que cada ponto
marcado representa.

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O QUE ACONTECEU?

1. Na atividade 3, qual é o ponto em que o Brasil se encontra na estação do ano que seu grupo
representa?

2. Quais são as estações encontradas em cada ponto marcado da atividade 3?

3. A partir da observação dos movimentos da Terra no modelo do planetário e com a represen-


tação dos movimentos nas atividades de simulação, como você percebeu que o movimento
de translação influencia nas mudanças das estações do ano?
PENSAR E RESOLVER

1. O que são e quando acontecem os equinócios e os solstícios?

2. Por que não podemos dizer que as estações do ano são iguais em todos os lugares do planeta?

3. Marque verdadeiro ou falso:


( ) Se o hemisfério sul se encontra no inverno, consequentemente o hemisfério norte se encontra
no verão.
( ) Se o hemisfério norte se encontra no verão, consequentemente o hemisfério sul se encontra
no outono.
( ) Se o hemisférios sul se encontra na primavera, consequentemente o hemisfério norte se en-
contra no inverno.
( ) Se o hemisfério norte se encontra no outono, consequentemente o hemisfério sul se encontra
no primavera.
( ) O movimento de translação juntamente com o eixo de inclinação da Terra são os responsáveis
pela ocorrência das estações do ano.
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( ) O movimento de rotação juntamente com o eixo de inclinação da Terra são os responsáveis
pela ocorrência das estações do ano.

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