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LIVRO DO

PROFESSOR

A L
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ELAINE LUIZA KÖB NOGUEIRA


LUCAS NOGUEIRA
ELAINE CAROLINE DOS SANTOS
FICHA TÉCNICA
CIÊNCIAS ANOS INICIAIS
COLEÇÃO UNIVERSO DA CIÊNCIA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

AUTORES:
ELAINE LUIZA KÖB NOGUEIRA
LUCAS NOGUEIRA
ELAINE CAROLINE DOS SANTOS

COORDENAÇÃO EDITORIAL: THOMAS ROCHA SIEVERS


EDIÇÃO: THOMAS ROCHA SIEVERS
PROJETO GRÁFICO: IBERÁ JUNIOR
DIAGRAMAÇÃO: ALEXANDRE DO NASCIMENTO
REVISÃO: NEUSA MARIA ANDREOLI
ICONOGRAFIA: IBERÁ JUNIOR

DIREITOS DE PUBLICAÇÃO © 2022 BRINK MOBIL LTDA.

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


BRINK MOBIL LTDA.
RUA NÁPOLES, 149 - ATUBA, COLOMBO - PR
83413-220 – CURITIBA – PR
N774

Nogueira, Elaine Luiza Köb, 2018


Projeto Universo da Ciência – Livro do professor/
Elaine Luiza Köb Nogueira, Lucas Nogueira e
Elaine Caroline dos Santos/Curitiba – Brink Mobil
Equipamentos Educacionais Ltda. – 1ª ed. – 2018.

ISBN 978-85-7065-013-9

1.Ciências 2. Ensino Fundamental - Anos finais – 7º ano

3. Título

CDD 500
2

UNIVERSO DA CIÊNCIA
LABORATÓRIO
DE CIÊNCIAS
Prezado(a) aluno(a),
O material que você tem em mãos apresenta várias ativi-
dades experimentais que se relacionam com os assuntos es-
tudados de forma teórica. Essas atividades têm como objetivo
despertar a sua curiosidade e a sua capacidade investigativa.
Para isso, você utilizará as etapas do método científico, dentre
as quais se destacam: o levantamento de hipóteses, a expe-
rimentação, a análise de resultados e a conclusão. Com as
atividades propostas nesse material, você será protagonista
na aprendizagem de conceitos científicos em diversas situa-
ções cotidianas.
É de grande importância compreender as implicações da
Ciência em sua rotina para tomar decisões responsáveis que
influenciem tanto aspectos individuais quanto coletivos na so-
ciedade. Nesse sentido, é importante ter em mente que as ex-
plicações científicas são provisórias, pois elas sofrem mudan-
ças de acordo com o conhecimento e tecnologia disponíveis.
Cada aula experimental foi pensada para trabalhar diferen-
tes habilidades em conformidade com a Base Nacional Co-
mum Curricular (BNCC). Você encontrará neste material um
texto explicativo a respeito do tema a ser trabalhado, orienta-
ções para o desenvolvimento da atividade, questionamentos
referentes à prática e exercícios de verificação. Aproveite este
material e os desafios que ele oferece para que sua aprendi-
zagem seja mais autônoma e significativa.
Os autores.

Curitiba – 2018
SUMÁRIO
1. DÊ-ME UMA ALAVANCA E EU MOVEREI O MUNDO! ..................................... 07

2. O AR QUE EU RESPIRO ...................................................................................... 17

3. PROPAGANDO O CALOR ..................................................................................... 23

4. UMA QUESTÃO DE SAÚDE! ............................................................................... 31

5. DE OLHO NO EFEITO ESTUFA .............................................................................. 39

6. AS DUAS FACES DO OZÔNIO .............................................................................. 45

7. VULCÕES E AS EXPLOSÕES DE FOGO ........................................................... 52

8. TERRA AGITADA ................................................................................................... 58

9. SERÁ QUE ESTÁ QUENTE OU FRIO? ............................................................... 64

10. TECNOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA ............................................................ 71

11. MANUAL DE ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA.......................................................77

UNIVERSO DA CIÊNCIA
2° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

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DÊ-ME UMA ALAVANCA E EU MOVEREI O MUNDO!

A frase que você lê em destaque na imagem é atribuída a Arquimedes (287–212 a.C.), matemático e inven-
tor grego. Obviamente Arquimedes não conseguiu realizar o intento explícito em sua frase, mas com certeza
as alavancas citadas por ele são essenciais para facilitar o trabalho de muitas atividades até os dias atuais.
<Habilidades BNCC> (EF07CI01) Discutir a aplicação das máquinas simples ao longo da
história e propor soluções e invenções para a realização de tarefas mecânicas cotidianas.
<Tipo de prática> Experimento de verificação (partes 1 e 2) e construtivista (parte 3). Dê-me uma alavanca longa o
<Número de aulas> 2 aulas (1ª aula, partes 1 e 2; 2ª aula, parte 3). suficiente, e um suporte forte o
suficiente, e eu moverei a Terra”.
- Arquimedes
Shutterstock

Alavanca

Ponto de apoio

HORA DO CONHECIMENTO

Ainda amplamente utilizadas em nosso cotidiano, as alavancas e outras máquinas simples possibili-
taram grandes construções muito tempo antes de Arquimedes. Por exemplo, acredita-se que trabalha-
dores extraíram, transportaram e ergueram grandes blocos de pedra com o auxílio de máquinas sim-
ples para a construção do monumento Stonehenge, na Inglaterra, e das pirâmides de Gizé, no Egito.
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Os grandes blocos de rocha que formam o monumento Stonehenge foram erguidos por volta de 3.000 a.C.
Shutterstock
As grandes pirâmides do Egito, túmulos para os faraós, existem desde 2.700 a.C.

Mesmo sendo utilizadas para a realização de atividades menos complexas em nosso dia a dia, se
comparadas às grandes construções citadas, as máquinas simples nos ajudam em diversas situações,
entre elas: levantar, empurrar, quebrar, cortar, mudar de lugar etc.
Certamente em seu cotidiano você se depara com muitas dessas máquinas, mas, de repente, nem
se dá conta disso. Por exemplo, você já deve ter brincado de gangorra, não é mesmo? Você sabia que
as gangorras nada mais são do que máquinas simples do tipo alavancas? Antes de identificarmos o
uso das alavancas em nosso dia a dia, vamos compreender como elas funcionam.
As alavancas são barras que se apoiam em um ponto fixo para levantar objetos. Identificamos nas
alavancas três elementos importantes: (1) ponto de apoio: como o nome já diz, é o local em que a
alavanca se ampara; (2) força potente: é a força usada para vencer a força resistente, e (3) força re-
sistente: é a força do objeto, contrária à força potente. Observe na imagem os três tipos de alavancas
existentes, bem como seus elementos:

INTERFIXA INTER-RESISTENTE INTERPOTENTE


Força potente Força resistente Força resistente Força resistente

Ponto de Ponto de Força potente


Ponto de apoio Força potente apoio apoio

As alavancas interfixas são aquelas em que o ponto de apoio fica entre a força resistente e a força
8 potente. Como já vimos, as gangorras são exemplos de alavancas interfixas.

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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

9
Shutterstock

Força
potente

Força
resistente Ponto
de apoio

Quando a força resistente está entre o ponto de apoio e a força potente, chamamos de alavancas
inter-resistentes. Muito utilizados na construção civil, os carrinhos de mão são exemplos desse tipo
de alavanca.
Shutterstock

Força
potente
Força
resistente

Ponto
de apoio
Por fim, as alavancas interpotentes são aquelas em que a força potente está entre o ponto de
apoio e a força resistente. Um exemplo desse tipo de alavanca é o guindaste.

Shutterstock
Força
potente

Força
resistente Ponto
de apoio

Você conhece outros tipos de alavancas? Converse com seu professor e colegas e cite ao menos
dois exemplos de alavancas que facilitam a realização de algumas tarefas cotidianas.
Consulte no manual o item 1.

O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Identificar alavancas usadas no cotidiano para facilitar diversas atividades humanas.


• Propor soluções para a realização de algumas atividades mecânicas com o uso de alavancas.
• Construir um modelo de alavanca para verificar o seu funcionamento.

MÃOS À OBRA

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Vamos dividir o experimento em duas partes.

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Parte 1
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Primeiramente vamos identificar o uso de algumas alavancas em nosso cotidiano.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer

• Alicate 1 Analise os materiais entregues por seu


professor e relacione-os ao uso que
• Tesoura possuem.
• Chave de fenda 2 Separe os objetos em relação ao tipo de
• Martelo alavanca que representam.

• Pinça 3 Observe as latas fechadas e tente abri-las


apenas com as mãos.
• Abridor de lata tipo borboleta
4 Analise os materiais disponíveis e
• Lata de tinta fechada proponha formas de abrir as latas.
• Lata de bebida/comida fechada 5 Escolha uma das ideias levantadas por
e sem o lacre você e sua equipe e teste-a a fim de abrir
• Pedaço de madeira com prego as latas.
6 Observe o pedaço de madeira com o
prego parcialmente fixado e tente retirá-lo
apenas com as mãos.
7 Analise os materiais disponíveis e
proponha formas de retirar o prego da
madeira.
8 Escolha uma das ideias levantadas por
você e sua equipe e teste-a.

Atenção! Esse experimento requer cui-


dados no manuseio de todos os mate-
riais, pois são cortantes e perfurantes.
Consulte o manual item 2.
1. Classifique as ferramentas apresentadas por seu professor em relação ao tipo de alavanca
que representam. Consulte o manual item 3.

INTERFIXA INTER-RESISTENTE INTERPOTENTE

2. Converse com seus colegas de equipe e faça uma lista das possibilidades existentes
para abrir as latas e para retirar o prego da madeira.
Consulte o manual item 4.

Parte 2
Agora vamos construir uma catapulta para aplicar os conceitos aprendidos acerca das alavancas.
Antes disso, converse com seus colegas de equipe para escolher os materiais a serem utilizados na
construção. Mas, atenção! O grande desafio está em criar um modelo de catapulta que lance mais
longe uma bolinha de papel. Consulte o manual item 5.

1. Liste os materiais que você e sua equipe usarão para a construção da catapulta.
Consulte o manual item 6.

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UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

2. Desenhe no espaço a seguir o protótipo da catapulta.


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Com base no desenho e com os materiais escolhidos pela equipe, chegou a hora de construir a catapulta!

3. Aguardem a orientação para o início da competição da catapulta que lança mais longe uma bola
de papel. Consulte o manual item 7.

O QUE ACONTECEU?

Parte 1
1. Foi possível abrir as latas e retirar o prego da madeira apenas com as mãos?
Consulte o manual item 8.
2. Qual (is) material (is) você e sua equipe usaram para abrir as latas e retirar o prego da
madeira? Consulte o manual item 9.

3. O que você pode concluir sobre o uso dos materiais apresentados na realização de tarefas
cotidianas? Consulte o manual item 10.

Parte 2
4. Anote na tabela a seguir as distâncias alcançadas pelas bolas de papel que foram lançadas
pelas catapultas das diferentes equipes.

Equipes Distâncias (em cm)


Equipe 1
Equipe 2
Equipe 3
Equipe 3
Equipe 4

5. Qual foi a catapulta que lançou mais longe a bola de papel? Com quais materiais ela foi
construída?
Consulte o manual item 11.

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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

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PENSAR E RESOLVER

1. Analise as imagens a seguir e relacione-as aos tipos de alavancas que estão representando.
A. Alavanca interfixa
B. Alavanca inter-resistente
C. Alavanca interpotente

B C A

C A B

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4. Preencha as lacunas das frases a seguir com os termos disponíveis no quadro e que as
completam corretamente.

resistente – interfixa – ponto de apoio


inter-resistente – interpotente – potente

a) Quando uma costureira faz uso da tesoura para cortar um tecido, ela faz força chama-
da de ______________________
potente para poder cortá-lo. A força do tecido é chamada de força
______________________.
resistente O local em que as duas partes formadoras da tesoura se articulam
recebe o nome de ______________________.
ponto de apoio

b) O guindaste é um tipo de alavanca ______________________.


interpotente Nesse tipo de alavanca, a força
potente fica entre a força resistente e o ponto de apoio.

c) A alavanca que apresenta o ponto de apoio entre a força potente e a força resistente recebe o
nome de: ______________________.
interfixa

d) Em uma alavanca ______________________


inter-resistente a força resistente fica entre o ponto de apoio e a
força potente. O quebra-nozes é exemplo desse tipo de alavanca.

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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

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O AR QUE EU RESPIRO...

Embora a atmosfera não possa ser vista, ela existe e é composta por gases essenciais para a ma-
nutenção dos seres vivos no planeta Terra.

<Habilidades BNCC> (EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura de gases, identificando sua composição, e

Shutterstock
discutir fenômenos naturais ou antrópicos que podem alterar essa composição.
<Tipo de prática> construtivista
<Número de aulas> 3 aulas de 45 minutos

HORA DO CONHECIMENTO

O ar atmosférico é composto por uma mistura de gases, microrganismos, vapor d’água e poeira.
A maior quantidade do ar é composta pelo gás nitrogênio (78%), seguido do gás oxigênio (21%), e o
restante (1%) é formado por gases nobres, gás carbônico, microrganismos, vapor d’água e poeira.
Observe o gráfico a seguir.
78% nitrogênio
Shutterstock

1% gases nobres, gás carbônico, microrganismos,


vapor d’água e poeira. 21% oxigênio
Existem algumas situações em que o ar tem sua composição química alterada, tanto por processos
naturais quanto por processos antrópicos, ou seja, causados pelos seres humanos. Quando a compo-
sição do ar se altera, dizemos que ele está poluído.
Os principais processos naturais envolvidos na poluição do ar são a atividade vulcânica e os in-
cêndios naturais. Entre as atividades antrópicas que podem causar a poluição do ar, destacam-se:
liberação de fumaça contaminada em indústrias; liberação de substâncias provenientes da queima
incompleta de combustíveis fósseis; liberação de partículas decorrentes de queimadas em áreas agrí-
colas; liberação de gases de esterco e liberação de partículas em áreas de mineração.
A alteração na composição atmosférica tem como consequência problemas ambientais, além de
provocar danos graves à saúde dos seres vivos.
Como está a qualidade do ar onde você vive?
Que atividades antrópicas podem comprometer a qualidade do ar na região onde você vive?
Consulte no manual o item 1.

O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Constatar a presença de alguns gases que compõem a atmosfera.


• Identificar a presença de partículas poluentes no ar.
• Comparar a qualidade do ar em diferentes ambientes.

MÃOS À OBRA

Vamos dividir o experimento em três partes.

Parte 1
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De uma maneira bem simples, vamos constatar a presença do gás oxigênio e do gás carbônico no ar.

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Para isso, vamos precisar de:


Do que precisamos Como fazer 19
• 1 vela 1 Acenda a vela e, com a própria parafina derretida, fixe
a vela na placa de Petri.
• 1 placa de Petri Aproxime o béquer maior à chama da vela, sem cobri-
2
la, como se fosse despejar algum líquido nela. Aguarde
• 1 béquer de 150 mL alguns segundos para observar o que acontece.
Adicione, no béquer menor, 100 mL de ácido acético
• 1 béquer de 250 mL 3 glacial e uma medida de espátula de bicarbonato de
sódio.
• 1 espátula de aço inox
Imediatamente, transfira o gás liberado na reação
4
• Caixa de fósforos ou química para o béquer maior, tendo cuidado para não
isqueiro despejar o líquido nele.
Aproxime o béquer maior, que contém o gás
• Bicarbonato de sódio 5 transferido, à chama da vela, sem cobri-la, como se
fosse despejar algum líquido nela.
• Ácido acético glacial 6 Observe o que acontece.
Atenção! Este experimento requer cuidados no
Consulte no manual o item 2. manuseio dos materiais, pois envolve o uso de fogo

Parte 2
A partir de agora vamos identificar a presença de partículas poluentes na atmosfera e também com-
parar a qualidade do ar em diferentes ambientes. Você deverá escolher dois locais com intensidades
distintas de tráfego de automóveis e montar um experimento.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• Folhas de 1 Escolher dois locais na escola ou próximos a ela que tenham
papel-filtro diferentes intensidades de tráfego de automóveis. Por
exemplo, jardim e estacionamento.
• Fita adesiva 2 Recortar uma folha de papel-filtro ao meio.
Fixar com fita adesiva uma das metades do papel-filtro em
• Tesoura 3 um poste, muro ou caule, por exemplo, a cerca de 1 m do
chão, em um local com tráfego intenso. Com a outra metade
do papel-filtro, proceder da mesma maneira em um outro
Consulte o manual item 3. local com tráfego menor.
Converse com seus colegas e anote suas hipóteses sobre o que irá ocorrer com cada metade
do papel-filtro exposto.

Espere até a aula seguinte por mais orientações de seu professor para prosseguir com o experimento.

Continuação...
Após a realização do experimento, vamos analisar os resultados.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• Folhas de papel-filtro que foram 1 Recolher as folhas de papel-filtro dos locais
expostas em locais distintos onde elas ficaram expostas.

2 Colar as duas metades do papel-filtro em uma


• Folhas de papel sulfite
folha sulfite; identificar o experimento com os
nomes dos integrantes da equipe e dos locais
• Cola branca ou em bastão de exposição e descrever como ficaram as
folhas de papel-filtro.

O QUE ACONTECEU?

Parte 1
1. Descreva e explique o que aconteceu com a chama da vela quando você aproximou o béquer
nos dois momentos do experimento.
Consulte o manual item 4.

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UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Parte 2
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2. Compare as duas amostras. Há algo diferente entre elas? O quê?
Consulte o manual item 5.

3. Compare as suas amostras com as amostras de seus colegas de outras equipes.


Houve diferenças? Quais?
Consulte o manual item 6.

4. Relacione o aspecto das folhas de papel-filtro com os locais em que elas foram expostas.
Há diferença de aspecto dependendo do tráfego de automóveis?
Consulte o manual item 7.
PENSAR E RESOLVER

1. A imagem a seguir representa a totalidade da atmosfera. Pinte de azul os quadrados que


correspondem à quantidade de nitrogênio; de verde a quantidade de oxigênio e de amarelo a
quantidade dos demais gases, microrganismos, vapor d’água e poeira.

Os alunos deverão pintar de


azul 78 quadrados que corres-
pondem à porcentagem de ni-
trogênio; 21 quadrados de verde
para representar a porcentagem
de oxigênio e 1 de amarelo para
representar os demais compo-
nentes.

2. O que significa dizer que o ar está poluído?


Dizer que o ar está poluído significa que ele apresenta em sua composição quantidades de substâncias que podem prejudicar os seres

vivos.

3. Cite o nome de duas fontes poluidoras do ar.


Os alunos podem citar: atividade vulcânica, queimadas, indústrias, automóveis, mineração, agropecuária, entre outras.

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PROPAGANDO O CALOR

O calor é uma forma de energia que se propaga de diferentes formas: condução de calor, convecção
térmica e irradiação.

<Habilidades BNCC> (EF07CI03) Utilizar o conhecimento das formas de propagação do calor

Shutterstock
para justificar a utilização de determinados materiais (condutores e isolantes) na vida cotidiana e
explicar o princípio de funcionamento de alguns equipamentos (garrafa térmica, coletor solar etc.).
<Tipo de prática> Experimento demonstrativo e construtivista.
<Número de aulas> 1 aula de 45 minutos

HORA DO CONHECIMENTO

Você já se perguntou por que sente aquela sensação de “frio” ou “calor”? Bom, isso nada mais é do
que um fenômeno natural conhecido como propagação de calor. Consulte, no manual, o item 1.
Quando dois corpos com temperaturas diferentes entram em contato, o corpo de maior temperatura
tende a diminuir sua temperatura, e o corpo de menor temperatura tende a aumentar a temperatura,
até que ambos atinjam o equilíbrio térmico, ou seja, até que apresentem a mesma temperatura. Eis a
questão, por que isso ocorre? Isso acontece por causa da propagação de calor, que é a troca de ener-
gia térmica que flui espontaneamente entre dois ou mais corpos com temperaturas diferentes, sempre
do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura.
Essa troca de energia térmica entre os corpos pode ocorrer de três formas diferentes: condução,
convecção e irradiação. Vamos entender o que é cada uma delas?
A condução de calor é a transmissão de energia térmica de partícula para partícula devido à agita-
ção das moléculas. Na condução não há transporte de matéria de uma região para outra, de maneira
que esse processo é de velocidade lenta e o sentido do fluxo de energia é sempre do corpo de maior
temperatura para o de menor temperatura. A condução só ocorre em meios materiais, pois é necessá-
rio que sempre haja contato entre dois corpos.
A convecção térmica acontece somente em fluidos (líquidos, vapores e gases), pois é um tipo de
transferência térmica que ocorre por existir uma diferença de densidade entre os materiais e a ação
da gravidade. O sentido da movimentação das moléculas tem sempre a tendência de que o material
menos denso suba e o mais denso desça. É possível observar a convecção térmica, por exemplo, no
funcionamento dos aquecedores. Esses equipamentos devem sempre ficar no chão, pois o ar quente
que produzem tende a subir por ser menos denso, e o ar frio tende a descer. Dessa forma, com a mo-
vimentação do ar pelo cômodo, há propagação de calor.
A irradiação é a transferência de energia térmica através das ondas eletromagnéticas ou ondas
de calor produzidas por um corpo. Neste tipo de propagação de calor, diferentemente das anteriores,
não há necessidade de meios materiais para a transferência de calor. Por exemplo, se você aproximar
sua mão de uma chama na lareira, perceberá o aumento da temperatura sem entrar em contato com a
chama. Outro exemplo é a energia térmica transferida pelos raios solares.
Embora esses fenômenos ocorram de forma espontânea, é possível impedir ou diminuir a velo-
cidade da propagação de calor através dos isolantes térmicos, que são estruturas que dificultam a
dissipação de calor, funcionando como uma barreira entre dois materiais com temperaturas diferentes,
que tenderiam a trocar calor e apresentar temperaturas iguais. Um bom exemplo de isolante térmico é
a garrafa térmica, que é muito usada no nosso cotidiano para armazenar café e evitar que ele esfrie.
Você conhece mais exemplos do seu dia a dia em que isolantes térmicos são usados?
Consulte, no manual, os itens 2 e 3.

MÉTODOS DE PROPAGAÇÃO DE CALOR

Condução
Shutterstock

Convecção

Irradiação

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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

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O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Observar como o fenômeno da propagação de calor ocorre.

• Identificar a propagação de calor nos meios materiais.

• Identificar a propagação de calor nos fluidos.

• Identificar materiais que funcionam como isolantes térmicos.

MÃOS À OBRA

Vamos dividir o experimento em três partes.

Parte 1
Consulte no manual o item 4.

Primeiramente, vamos verificar a propagação de calor entre os materiais.


Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• Fio de cobre (15 cm de 1 Faça um furo próximo à borda superior da lata,
comprimento e 2 cm de de forma que o tamanho seja adequado para
espessura) que o palito e/ou fio possa passar pelo furo e
ficar suspenso na lata.
• Palito de madeira (pode ser
palito de churrasco) Pingue algumas gotas de vela sobre o fio, com
2
espaçamentos aproximadamente iguais.
• Vela
3 Espere alguns segundos para que a parafina
• 2 latas de refrigerante
(vela) endureça sobre a superfície do fio.
• Palito de fósforo
4 Acenda a vela na extremidade do fio.
Do que precisamos Como fazer
• Prego e martelo 5 Após alguns segundos, percebe-se o
resultado: a parafina começará a derreter,
• Papel-alumínio
iniciando do ponto mais próximo de onde está
sendo aquecido até a outra extremidade.
A seguir, repita o procedimento acima
6
utilizando o palito, porém, enrole a
extremidade do palito que entrará em contato
com a chama da vela com papel-alumínio.
Consulte, no manual, o tópico ‘’Conhecendo mais’’. 7 Observe o que acontece.

Converse com seus colegas e anote suas hipóteses sobre o que irá ocorrer quando o expe-
rimento for realizado com o palito. Consulte, no manual,o item 5.

Parte 2
Após a realização do primeiro experimento, vamos verificar como ocorre a propagação de calor nos fluidos.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• 4 garrafas PET com tampa Com a ponta da tesoura, faça um furo no centro
1
das tampas das garrafas PET, de forma que fique
• Tesoura com ponta
um furo com o diâmetro aproximado de uma
• Fita isolante caneta.
• 2 corantes de colorações 2
Fixe a parte de cima de uma tampa em outra e
diferentes isole com fita isolante.
• Fogareiro 3
Esquente água no béquer de 500 mL, com o
auxílio do fogareiro, até atingir cerca de 60°C.
• Béquer de 500 mL
Em duas garrafas, coloque água fria e corante.
• Termômetro em vidro 4 Nas outras duas garrafas, coloque água quente
(-10°C a +110°C) com um corante de coloração diferente.
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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Do que precisamos Como fazer


Em cima de uma garrafa com água quente, coloque
27
5
uma garrafa de água fria de ponta-cabeça, de
forma que os furos da tampinha fiquem conectados.
Observe.

6 Em cima de uma garrafa com água fria, coloque


cuidadosamente uma garrafa de água quente de
ponta-cabeça, de forma que os furos da tampinha
fiquem conectados. Observe.
Atenção! Este experimento requer cuidados no manu-
seio dos materiais, pois envolve o uso de cola quente.
Consulte, no manual, a sessão ‘’Conhecendo mais’’
Parte 3
Agora, vamos verificar como funcionam os isolantes térmicos.
Para isso, vamos precisar de:
Consulte, no manual, os itens 6 e 7.

Do que precisamos Como fazer


• Duas garrafas PET de 1,5 L 1 Embrulhe a garrafa pequena com papel-alumínio
e 2,5 L (devem ter o mesmo (exceto o bico com a tampa) e depois cole fita
formato) adesiva transparente para garantir que o embrulho
fique firme.
• Uma garrafa PET comum
de 1,5 L Recorte a parte superior e a parte inferior da
2 garrafa maior para utilizar posteriormente.
• Papel-alumínio
Embrulhe com jornal a garrafa pequena e cole fita
• Fita adesiva transparente
3
adesiva transparente.
• Jornal 4
Encaixe a garrafa menor dentro da garrafa maior
(com as extremidades cortadas) e verifique se
• Termômetro há algum espaço entre a superfície da garrafa
pequena com a garrafa grande.
Se houver espaço, embrulhe a garrafa pequena
5
com mais jornal até que quase não haja mais
espaço entre as garrafas.
Por fim, embrulhe mais uma vez a garrafa
6
pequena com papel-alumínio e encaixe-a na
garrafa grande.
Do que precisamos Como fazer

7 Depois que as garrafas estiverem encaixadas,


passe novamente fita adesiva transparente para
garantir a estabilidade do encaixe.
Embrulhe a garrafa pequena com papel-alumínio e
8
depois passe fita adesiva.
Coloque água gelada dentro da garrafa térmica
9
construída e de uma garrafa PET comum.
Verifique a variação da temperatura da água dentro
10
das garrafas, com um termômetro, nos intervalos de
tempo de 10 minutos, 20 minutos e 30 minutos.

Discuta o resultado com o seu grupo e construa um gráfico apresentando a variação da tem-
peratura da água dentro da garrafa térmica construída e da garrafa PET comum ao longo dos
intervalos de tempo em que a temperatura foi mensurada.

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UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

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O QUE ACONTECEU?

1. Quais foram as modalidades de propagação de calor observadas em cada um dos experi-


mentos?
Consulte, no manual, os itens 8 e 9.

2. No primeiro experimento, qual foi o material que melhor conduziu o calor?


Consulte, no manual, o item 8.

3. Quais materiais do experimento você considera bons e/ou maus condutores de calor?
Por quê?
Consulte, no manual, o item 10.
PENSAR E RESOLVER

1. Pesquise e descreva pelo menos dois exemplos em que pode ser observada a propagação
de calor no cotidiano.
Refrigeração por ar-condicionado: o eletrodoméstico ejeta o ar frio na parte superior do ambiente; por causa da sua densidade, o ar

desce, enquanto o ar quente que está na parte inferior do ambiente sobe, por ser menos denso.

Raios solares: a irradiação de calor emitida pelas ondas solares é absorvida pelas superfícies dos materiais, aumentando suas tempe-

raturas.

2. Compare as três modalidades de propagação de calor e cite as características principais de


cada uma.

Condução: Convecção: Irradiação:

- Meio de materiais - Meio de materiais - Não precisa de materiais


- Sólidos - Fluidos - Ondas eletromagnéticas
- Agitação de moléculas - Diferença de densidade

3. Como um isolante térmico impede a rápida propagação de calor? Cite um exemplo do coti-
diano.
Atua como uma barreira entre dois materiais ou sistemas de temperaturas diferentes. Por exemplo, a garrafa térmica.

30

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4
31
UMA QUESTÃO DE SAÚDE

A imagem faz menção à saúde pública, conforme pode ser observado, envolvendo diversos aspec-
tos para garantir a qualidade de vida.
<Habilidades BNCC>
Shutterstock

(EF07CI09) Interpretar
as condições de saúde
da comunidade, cidade
ou estado, com base na
análise e comparação
de indicadores de saúde
(como taxa de mortali-

SAÚDE PÚBLICA dade infantil, cobertura


de saneamento básico
e incidência de doenças
de veiculação hídrica,
atmosférica entre ou-
tras) e dos resultados de
políticas públicas desti-
nadas à saúde.
<Tipo de prática> Ex-
perimento de caráter
demonstrativo e de ve-
rificação.

HORA DO CONHECIMENTO <Número de aulas> 3


aulas

Você provavelmente já escutou alguém mencionar o termo qualidade de vida, não é mesmo? Mas, afinal,
o que isso significa? Esse é um termo usado para se referir às condições de vida do ser humano. Assim, qua-
lidade de vida significa ter condições para uma vida saudável, o que inclui: viver em um local ambientalmente
limpo, ter acesso à educação e ao lazer, ter trabalho e moradia dignos e viver com segurança.
Para se alcançar a qualidade de vida não bastam apenas ações individuais e coletivas, mas tam-
bém são necessárias políticas públicas de promoção à saúde. Por isso, dificilmente há qualidade de
vida sem saúde pública.
A saúde pública envolve uma série de ações governamentais – seja na esfera municipal, estadual
ou federal – que visam à saúde da população. Embora existam diversas formas de ação, algumas se
destacam.
São exemplos:
• Ações de prevenção: têm como objetivo prevenir que o indivíduo fique doente. Por exemplo,
a vacinação é uma medida governamental preventiva, pois pretende evitar que o indivíduo
seja acometido por determinadas doenças.

• Ações de proteção: são ações que protegem a população, por exemplo, realizando o controle
de pragas urbanas.

• Ações de promoção: têm como princípio que a educação é necessária para que os
indivíduos compreendam mais sobre saúde.

• Ações de restauração: são aquelas que, por exemplo, recuperam a saúde de um indivíduo
acometido por alguma doença que depende de tratamento.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não define saúde apenas como a falta de dor ou de
doenças, mas engloba nessa definição aspectos como: condição financeira; bem-estar físico, mental e
social; alimentação; vestuário; alojamento adequado; assistência médica; serviços sociais necessários;
segurança em meio ao desemprego e em outras situações de vulnerabilidade.
Para se conhecer as condições de saúde de uma comunidade e tomar decisões para melhorá-
las, foram estabelecidos indicadores de qualidade como: taxa de mortalidade infantil, cobertura de
saneamento básico e incidência de doenças (transmitidas pela água, pelo ar, pelo solo, entre outras).
Analisando os dados indicados, o governo cria políticas públicas com o objetivo de prevenir, proteger,
promover e restaurar a saúde da população. Além disso, com esses dados é possível identificar os
fatores de risco que ameaçam a saúde de maneira coletiva, como a poluição do ar e da água, que pode
expor a população a diversas doenças.
Como estão os indicadores de saúde na cidade em que você vive? Os dados são positivos ou ne-
gativos, se comparados com a realidade brasileira?
Que fatores de risco podem comprometer as condições de saúde da população na cidade onde você mora?
Consulte no manual o item 1.

O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Interpretar as condições de saúde dos moradores da cidade com base em indicadores como
taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e doenças mais comuns.

• Conhecer programas de saúde pública criados pelo governo e seus resultados.


32
• Verificar, por meio de experimentos, alternativas para minimizar a contaminação do ar e da água.

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MÃOS À OBRA

Vamos dividir o experimento em três partes.

Parte 1
Primeiramente, vamos conhecer mais sobre os indicadores de saúde de sua cidade e do Brasil.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• Computador com acesso Pesquise sobre a taxa de mortalidade infantil em
à internet 1
sua cidade e no Brasil.
Pesquise sobre a cobertura de saneamento básico
2 em sua cidade e no Brasil.

3 Pesquise sobre as doenças recorrentes em sua


cidade e que são veiculadas por meio hídrico,
Consulte o manual item 2. atmosférico ou pelo solo.

1. Anote na tabela a seguir os dados de sua pesquisa.

Taxa de Doenças
Saneamento
mortalidade
básico Água Ar Solo
infantil
Cidade

Brasil
2. Quais os programas de governo existentes em sua cidade que visam à saúde da população?
Comente sobre eles. Consulte o manual item 3.

3. Converse com seus colegas e com o professor sobre esses programas governamentais. Eles
têm gerado resultados positivos? A população participa de maneira ativa? A população está
mais saudável? Consulte o manual item 4.

Parte 2
Diante dos fatores de risco que ameaçam a saúde pública, como a poluição atmosférica, é de fun-
damental importância buscar alternativas que reduzam as consequências negativas geradas por esses
fatores. Nesse experimento, você e seu grupo verificarão uma possibilidade de descontaminação do ar
por meio de um filtro de ar de fase líquida (depurador).
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• Água Em um Erlenmeyer de vidro, adicione material
1
• Cinzas particulado (cinzas). Identifique-o como balão 1,
utilizando a caneta.
• 1 caneta para retroprojetor
Nos outros dois frascos Erlenmeyer, adicione 60
• 1 bomba de sucção 2
mL de água. Também faça a identificação deles,
• 1 mangueira em látex inteira ou seja, Erlenmeyer 2 e Erlenmeyer 3.
34 • 1 mangueira em látex cortada
ao meio

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Do que precisamos Como fazer


35
• 3 frascos Erlenmeyer Tampe o Erlenmeyer 1 com a rolha com furo. Para
3
de vidro 250 mL os demais frascos Erlenmeyer, tampe-os com as
• 1 rolha de borracha para rolhas de dois furos.
Erlenmeyer, com um furo Pegue uma das metades da mangueira e conecte-a
4
• 2 rolhas de borracha para ao Erlenmeyer 1. Insira a outra extremidade da
Erlenmeyer, com um furo mangueira no Erlenmeyer 2, deixando-a com sua
boca terminal mergulhada na água.
Com a outra metade da mangueira, faça uma
5 conexão entre os frascos Erlenmeyer 2 e 3. Para
isso, conecte uma das extremidades da mangueira
ao Erlenmeyer 2, de modo que ela fique suspensa
para coletar o ar do interior do Erlenmeyer.
Introduza a outra extremidade da mangueira
no Erlenmeyer 3, deixando sua ponta terminal
submersa na água.
Pegue a mangueira inteira e conecte uma de suas
6
extremidades ao Erlenmeyer 3, tomando o cuidado
para não entrar em contato com a água. Por fim,
encaixe a outra extremidade da mangueira a uma
bomba de sucção, que coletará o ar do interior dos
frascos Erlenmeyer de vidro.
Verifique se as rolhas ficaram bem encaixadas nos
7
frascos Erlenmeyer de vidro e se as mangueiras
ficaram bem conectadas nas rolhas de borracha.

8 Ligue a bomba de sucção e observe o que


acontece.

Após esses procedimentos,


seu experimento deverá
ficar montado conforme
o esquema a seguir:
BrinkMobil

Consulte o manual item 5.


Parte 3
Diante dos fatores de risco que ameaçam a saúde pública, como a poluição dos recursos hídricos,
há uma grande preocupação quanto à qualidade desses recursos. Por isso, neste experimento, você e
seu grupo verificarão uma possibilidade de descontaminação da água por meio da técnica denominada
eletrofloculação.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• 1 bateria de 9 Volts 1 Coloque 70 mL de água no béquer.
• 2 lâminas de ferro Com o auxílio da espátula, adicione o cloreto
Pode ser um prego 2
• 2 garras do tipo “jacaré” de sódio em quantidade correspondente a duas
colheres pequenas de café.
• 1 béquer de 150 mL
Pingue três gotas de corante alimentício na
• 1 Erlenmeyer de 150 mL 3
solução água + cloreto de sódio.
• Cloreto de sódio
Com o auxílio do bastão, misture bem a solução,
• Corante alimentício (de 4
deixando-a homogênea.
preferência cor azul)
Remova parte do revestimento da extremidade do
• Bastão em vidro
5
fio de cobre duplo, deixando duas pontas do fio
• Espátula de aço expostas.
• Papel-filtro Em cada uma das pontas expostas do fio, conecte
6
as garras do tipo “jacaré” e, em seguida, prenda as
• Funil de vidro lâminas de ferro em cada uma das garras.
• Fio de cobre duplo Desencape a outra extremidade do fio e conecte
(aproximadamente 20 cm) 7
as duas pontas expostas em cada polo da bateria.
• Alicate Tomando o cuidado para não tocar diretamente
8
nos pregos, mergulhe-os na solução preparada no
béquer, mantendo-os separados um do outro.
Marque o tempo de 15 minutos e comece a
9
observar e anotar o que está ocorrendo.
Após 15 minutos, retire as lâminas de ferro do
10 béquer sem tocar diretamente nelas.
Em seguida, filtre a solução no Erlenmeyer usando
11 o funil e o papel-filtro.
36
Consulte o manual item 6.

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O QUE ACONTECEU?

Parte 2
1. O que aconteceu com a água e o ar no interior dos balões de vidro?
Consulte o manual item 7.

2. Explique como ocorreu o funcionamento do filtro de ar de fase líquida (depurador) que foi
construído.
Consulte o manual item 8.

Parte 3
3. O que aconteceu com a água e o corante ao longo dos 15 minutos do experimento? Explique.
Consulte o manual item 9.
4. Com as observações feitas e os resultados obtidos nos dois experimentos, podemos consi-
derá-los como alternativas para minimizar a contaminação do ar e da água?
Consulte o manual item 10.

PENSAR E RESOLVER

1. A saúde pública envolve uma série de ações. Entre elas, algumas se destacam. Relacione a
primeira coluna contendo os nomes das ações à segunda coluna com os exemplos corres-
pondentes.
I – Prevenção ( II ) Limpeza de terrenos baldios.
II – Proteção ( IV ) Distribuição gratuita de remédios.
III – Promoção ( I ) Campanhas de vacinação.
IV – Restauração ( III ) Palestras em escolas sobre vida saudável.

2. Cite dois exemplos de indicadores que podem ser usados para a elaboração de campanhas
governamentais de promoção da saúde.
Os alunos podem citar: taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico, incidência de doenças (transmitidas pela água,

pelo ar, pelo solo), entre outros.

3. Você concorda com a frase a seguir? “A responsabilidade pela promoção da saúde é indivi-
dual, ou seja, os governos não têm que se preocupar com estas questões”.
A resposta é pessoal, mas espera-se que os alunos respondam que a responsabilidade pela promoção da saúde deve ser tanto individual

quanto coletiva, e os governantes precisam garantir à população o mínimo necessário para se alcançar isso.

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5
39
DE OLHO NO EFEITO ESTUFA

O efeito estufa é um fenômeno natural no qual gases da atmosfera formam uma camada ao redor
da Terra. Essa camada é responsável pela manutenção da temperatura terrestre.

<Habilidades BNCC> (EF07CI13) Sol

Shutterstock
Atmosfera
Descrever o mecanismo natural do efeito
estufa, seu papel fundamental para o
desenvolvimento da vida na Terra;
discutir as ações humanas responsáveis
pelo seu aumento artificial (queima de
combustíveis fósseis, desmatamento, Planeta
Terra
queimadas etc.); selecionar e implementar
propostas para a reversão ou controle
desse quadro.
<Tipo de prática> Experimento construtivista.
<Número de aulas> 2 aulas

HORA DO CONHECIMENTO

Você, com certeza, já deve ter ouvido falar do efeito estufa, não é mesmo? Mas o que é o efeito
estufa? É um fenômeno natural que faz com que a temperatura da superfície da Terra seja favorável
para a existência de vida no planeta. Acredita-se que, sem a presença desse fenômeno natural, a tem-
peratura média do planeta seria de -18 ºC.
Porém, o efeito estufa também pode se tornar um grande problema quando intensificado. A mudan-
ça de concentração de gases-estufa desestabiliza a troca natural de calor, o que acaba causando outro
fenômeno, também muito conhecido: o aquecimento global. Como será que o aquecimento global
afeta nossas vidas? Bom, essa é uma pergunta bastante pertinente em relação a esse tema. Essas
mudanças ocorrem, principalmente, em função do aumento insustentável de emissões de gases de
efeito estufa pela atividade humana.
Desde a Primeira Revolução Industrial, no século XVIII, a quantidade de gases lançados na at-
mosfera tem se intensificado, tornando mais espessa essa camada. Isso, por sua vez, tem causado
inúmeros desastres ambientais, como o derretimento de geleiras; aquecimento exagerado das regiões
tropicais e subtropicais; destruição de habitats, levando animais e plantas à extinção; além de altera-
ções climáticas.
Como já citado, o efeito estufa é um fenômeno existente devido a um conjunto de gases que formam
uma camada essencial para nossa sobrevivência. Mas quais são esses gases? Podemos começar fa-
lando sobre o vapor d’água, que se encontra em suspensão principalmente nas camadas baixas da at-
mosfera. O dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico, é emitido como resultado das
diferentes atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis (petróleo e seus derivados,
carvão mineral e gás natural) nos automóveis e máquinas. O gás metano também compõe a camada
do efeito estufa. Este é produzido pela decomposição da matéria orgânica e pode ser encontrado em
abundância em aterros sanitários, lixões e hidrelétricas. Além desses, outros gases fluorados partici-
pam dessa ação, principalmente na retenção e condução de calor.
Mesmo que o processo da queima de combustíveis fósseis tenha criado condições que melhoraram a
qualidade de vida da humanidade, essa ação produz como resíduo o dióxido de carbono e outras substân-
cias químicas, também muito poluidoras, e isso faz com que nosso planeta sofra muitas consequências.
A impermeabilização dos solos, a falta de vegetação e o alto índice de poluição atmosférica fazem
com que algumas cidades grandes, como São Paulo, apresentem um fenômeno conhecido como “ilha
de calor”. Este fenômeno também favorece a intensificação do aquecimento global.
Dessa maneira, a questão ambiental que gira em torno do efeito estufa e do aquecimento global
requer uma mudança nos próprios fundamentos da economia, com alteração dos nossos hábitos de
consumo e da nossa relação com a natureza.
Mas o que nós, cidadãos, podemos fazer para que os efeitos desse fenômeno sejam menos preju-
diciais? Como podemos contornar os efeitos existentes do aquecimento global?
Consulte no manual o item 1.

O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Investigar as concepções dos alunos a respeito do efeito estufa e sua relação com a variação
de temperatura.

• Compreender o fenômeno do efeito estufa, suas causas e consequências para os seres vivos.
40

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MÃOS À OBRA

Vamos dividir o experimento em duas partes.

Parte 1
Vamos fazer uma simulação de como ocorre o efeito estufa?
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• 2 copos com água 1 Forre o interior da caixa utilizando o papel-
alumínio.
• 1 caixa
2 Coloque um dos copos com água dentro da caixa
• Papel-alumínio e tampe-a com o filme de PCV.
• Filme de PVC 3 Deixe o outro copo com água fora da caixa.
• Tesoura sem ponta Coloque a caixa e o segundo copo com água em
4
um local que tenha luz do sol.
• Luz do sol
5 Aguarde 15 minutos.

Utilizando o dedo, sinta a temperatura da água


6
do copo que ficou dentro da caixa e da água que
ficou fora dela.

Converse com seus colegas e anote suas hipóteses sobre o que irá ocorrer com a água de
dentro da caixa e com a água de fora da caixa.
Consulte o manual item 2.
Parte 2
Vamos entender como se formam as ilhas de calor?
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• Papelão grosso 1 Construa dois modelos de prédio de
aproximadamente 20 cm, utilizando o papelão, a
• Tesoura sem ponta cola quente e a fita adesiva. Deixe um pequeno
buraco em algum dos lados dos prédios para que
• Cartolina preta
você possa colocar um termômetro.
• Filme plástico
2 No topo de um dos modelos de prédio, cubra com
• Fita adesiva cartolina preta.

• Pistola de cola quente 3 No topo de outro, cubra com filme plástico. Por
cima dele, coloque grama ou musgo com solo.
• 2 termômetros
4 Acople um termômetro em cada um dos modelos
• Luminária com lâmpada para que possa medir a temperatura no interior
incandescente deles.

5 Ligue a luminária sobre os dois modelos de prédio,


de maneira que fique próximo a eles, e aguarde
30 minutos.

6 Confira a temperatura dos dois modelos de prédio.

Converse com seus colegas e anote suas hipóteses sobre qual será a diferença de tempera-
tura nos dois modelos.
Consulte o manual item 3.

42

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O QUE ACONTECEU?

1. No primeiro experimento, como o filme de PVC e o papel-alumínio podem contribuir para o


aquecimento da água no copo?
Consulte o manual item 4.

2. Relacione o primeiro experimento que você realizou com a formação do efeito estufa.
Consulte o manual item 5.

3. No segundo experimento, qual foi a diferença de temperatura dos dois modelos de prédio?
Consulte o manual item 6.
PENSAR E RESOLVER

1. O efeito estufa é um fenômeno natural, porém ações humanas podem agravá-lo. Qual é o
nome do processo de agravamento do efeito estufa? Quais são suas consequências?
O agravamento do efeito estufa é conhecido como aquecimento global, em que a temperatura média do planeta se eleva causando

consequências como o derretimento das geleiras, aumento do nível do mar, alteração no clima, interferência no regime de chuvas etc.

2. Quais as ações que podem ser tomadas para diminuir o agravamento do aquecimento
global?
Diminuir o desmatamento, não utilizar combustíveis fósseis, fazer uso de usinas solares e eólicas, preferir o transporte público e bicicle-

tas ao invés de carros etc.

3. Quais são as principais fontes de emissão de gases do efeito estufa?


Desmatamento e queima de combustíveis fósseis.

4. Quais são os principais fatores responsáveis pelo surgimento das “ilhas de calor”?
Alto índice de asfalto e concreto, falta de vegetação, impermeabilização dos solos, alta concentração de edifícios, poluição atmosférica etc.

5. Além de diminuir a temperatura no interior dos ambientes, quais outros benefícios o telhado
verde pode proporcionar?
Aumento da umidade do ar, redução do uso do ar-condicionado nesses ambientes, melhora no escoamento pluvial etc.

44

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6
45
AS DUAS FACES DO OZÔNIO

O instrumento que você vê no canto superior direito da imagem é o SAGE III, um espectrômetro que
mede a radiação ultravioleta. Esse instrumento é utilizado para pesquisas atmosféricas e é muito útil
para a compreensão do comportamento da camada de ozônio.

<Habilidades BNCC> (EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio para

Shutterstock
a vida na Terra, identificando os fatores que aumentam ou diminuem sua presença na
atmosfera, e discutir propostas individuais e coletivas para sua preservação.
<Tipo de prática> Experimento de caráter demonstrativo.
<Número de aulas> 1 aula

HORA DO CONHECIMENTO

O gás ozônio possui três átomos de oxigênio (O3) e é um gás muito instável, ou seja, não consegue
manter por muito tempo sua molécula e reage com outras substâncias, formando outros produtos. O
ozônio existe naturalmente na atmosfera terrestre em duas camadas: na estratosfera, onde forma a
camada de ozônio, que é benéfica aos seres vivos, e na troposfera, onde, em altas concentrações, é
prejudicial por ser um poluente.
A poluição urbana, a queima de combustíveis fósseis e as queimadas geram poluentes chamados
de compostos orgânicos voláteis (COVs). Os COVs geram um tipo de poluição denominado smog
(smoke - fumaça, fog - neblina), desencadeado pela luz solar e que tem como um dos produtos o gás
ozônio. Quando em altas concentrações, o gás ozônio existente na superfície terrestre pode causar
males respiratórios e irritação nas mucosas e olhos, por exemplo.
Na estratosfera, o gás ozônio é gerado naturalmente e forma a camada de ozônio. A geração de
ozônio se dá por meio de reações fotoquímicas, ou seja, reações que ocorrem apenas na presença de
luz. A formação do gás ozônio ocorre em duas etapas. Na primeira etapa, o gás oxigênio (O2) reage
com a radiação UV, originando oxigênio atômico (O). Na segunda etapa, o oxigênio atômico (O) reage
com gás oxigênio (O2), originando o gás ozônio (O3). Veja na imagem e no esquema a seguir.

Etapa 1: O2 + radiação UV → O + O
Etapa 2: O + O2 → O3
Equação geral: 3O2 + radiação UV → 2O3
Shutterstock

A camada de ozônio encontrada na estratosfera é fundamental para os seres vivos, pois atua como
um filtro que impede que os raios ultravioleta nocivos, provenientes do Sol, cheguem até a superfície
terrestre.

SOL
Shutterstock

46
A camada de ozônio filtra os raios ultravioleta vindos do Sol.

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Os raios UV-C são os mais perigosos, mas, como são filtrados na camada de ozônio, não entram em
contato com a superfície terrestre. Os raios UV-A são mais longos e estão presentes na superfície da Ter- 47
ra nas mesmas concentrações, tanto no inverno quanto no verão. Esse tipo de radiação causa as rugas e
o envelhecimento da pele, manchas, fotoalergia, além de câncer de pele. Os raios UV-B são parcialmente
absorvidos pela camada de ozônio, mesmo assim atingem a pele superficialmente. Esses raios são mais
intensos durante o verão, causando vermelhidão e queimaduras, além de aumentar a predisposição ao
câncer de pele quando a exposição é muito intensa. Por isso, deve-se tomar alguns cuidados ao se expor
ao Sol, como usar protetor solar, chapéus, roupas adequadas e óculos de sol. O horário de exposição
também é muito importante; deve-se evitar a exposição entre 11h e 16h e manter-se sempre hidratado.
É natural que a radiação solar entre em contato com a superfície terrestre, mas em algumas regiões do
planeta a quantidade da radiação solar é ainda maior devido à formação de regiões com afinamento na
camada de ozônio, também conhecido como buraco na camada de ozônio. Com o crescimento da industria-
lização decorrente da Revolução Industrial (séc. XVIII), houve um aumento na liberação de poluentes na at-
mosfera, o que, entre outros problemas ambientais, acarretou a formação de buracos na camada de ozônio.
Os grandes vilões da camada de ozônio são substâncias conhecidas como CFCs, formadas pelos
elementos cloro, flúor e carbono (clorofluorcarbonetos). Os CFCs são moléculas muito estáveis e que
permanecem no ambiente por muito tempo. Quando chegam à estratosfera, essas moléculas se tor-
nam mais reativas e transformam o gás ozônio (O3) em gás oxigênio (O2) e em oxigênio atômico (O),
que também contribui na destruição do ozônio.
Os CFCs foram amplamente fabricados entre as décadas de 1950 a 1980 para serem usados em
refrigeradores, condicionadores de ar e em aerossóis. Após verificado que os CFCs eram os responsá-
veis pela destruição da camada de ozônio, foi firmado o Protocolo de Montreal, um tratado que estipulou
um prazo de 10 anos para seus signatários diminuírem ou acabarem com o uso dos CFCs. Alguns anos
depois, já foi possível ver alguns resultados positivos decorrentes do Protocolo de Montreal. No entanto,
especialistas acreditam que apenas por volta de 2065 a camada de ozônio estará totalmente recuperada.
É muito comum ouvirmos falar da importância do uso de protetores solares ao se expor ao Sol, so-
bretudo em alguns horários e locais, dependendo da espessura da camada de ozônio. Você sabe como
os protetores solares funcionam para proteger a pele? Será que realmente funcionam?
Consulte o manual item 1.

O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Entender a forma de ação dos protetores solares sobre a pele.


• Verificar a ação bactericida e fungicida da luz ultravioleta.
MÃOS À OBRA

Nossa aula prática será dividida em duas partes.

Parte 1
Primeiramente, vamos entender a forma de ação dos protetores solares sobre a pele.

Para isso, vamos precisar de:


Do que precisamos Como fazer
• Cartolina 1 Utilize as tintas para desenhar formas geométricas
diferentes em várias partes da cartolina.
• Tintas fluorescentes (ao
menos duas cores diferentes) Em uma sala totalmente escura, acenda a lâmpada
2
e direcione-a às imagens feitas na cartolina.
• Lâmpada de luz negra
3 Observe o que acontece.
• Luminária
Agora, passe aleatoriamente diferentes
• Protetor solar de diferentes 4
protetores e o óleo bronzeador sobre as imagens
marcas e fatores de proteção desenhadas. Não as cubra totalmente e não passe
solar mais de um produto por imagem.
• Óleo bronzeador Acenda a lâmpada em direção às imagens e
5
Consulte o manual item 2. observe novamente.

Converse com seus colegas a respeito da ação do protetor solar. Anote sua hipótese acerca de
como essas substâncias conseguem proteger nossa pele.
Consulte o manual item 3.

48

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Parte 2
Agora, com sua equipe, vamos verificar a ação bactericida e fungicida da luz ultravioleta. 49
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• 4 placas de Petri contendo 1 Identifique as placas de Petri da seguinte forma:
cultura de bactérias e fungos controle 1, controle 2, tratamento 1, tratamento 2.

• Caneta de retroprojetor 2 Irradie as placas de tratamento com a lâmpada


ultravioleta por cinco minutos. Retire-as debaixo
• Equipamento de radiação UV da luz.
• Óculos de proteção Mantenha as quatro placas nas mesmas
3
condições de temperatura e iluminação ambiente.

4 Após 24 horas, observe o que aconteceu com as


Consulte o manual item 4. culturas das quatro placas.

O QUE ACONTECEU?

Parte 1
1. O que aconteceu com as imagens ao serem iluminadas com a lâmpada de luz negra?
Consulte o manual item5.
2. O que aconteceu com as imagens ao serem iluminadas com a lâmpada de luz negra após os
protetores solares e o bronzeador serem aplicados sobre elas?
Consulte o manual item6.

3. Houve diferença na fluorescência das imagens dependendo do produto aplicado? Explique.


Consulte o manual item 7.

Parte 2
4. Compare as placas de controle e de tratamento. Houve diferença no crescimento de micror-
ganismos nelas? Explique.
Consulte o manual item8.

PENSAR E RESOLVER

1. Em quais camadas da atmosfera o gás ozônio pode ser encontrado? Qual é a diferença dele
nessas regiões?
O gás ozônio pode ser encontrado naturalmente nas camadas estratosfera e troposfera. Na estratosfera, o ozônio forma uma camada

protetora contra os raios ultravioleta. Na troposfera, em altas concentrações, é considerado um poluente.

50

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2. Explique por que o aumento no número de casos de câncer de pele está relacionado ao bu-
raco na camada de ozônio. 51
A camada de ozônio protege contra os raios ultravioleta que podem causar o câncer de pele. Com a camada ficando mais fina, menos

raios são filtrados, ou seja, mais raios prejudiciais podem atingir as pessoas.

3. O ozônio é um gás que pode ser usado de diversas maneiras em nosso cotidiano, na indús-
tria têxtil e alimentícia, na saúde e no tratamento da água. Pesquise uma forma de uso do gás
ozônio, bem como a vantagem de seu uso.
A resposta depende da pesquisa que os alunos realizarem.
7 VULCÕES E AS EXPLOSÕES DE FOGO

<Habilidades BNCC>

Shutterstock
(EF07CI15): Interpre-
tar fenômenos natu-
rais (como vulcões,
terremotos e tsuna-
mis) e justificar a rara
ocorrência desses
fenômenos no Brasil,
com base no modelo
das placas tectôni-
cas.
<Tipo de prática>
Demonstrativo
<Número de aulas>
2 aulas

Os vulcões são aberturas na crosta terrestre que podem expelir gases, lavas e poeira. Eles se for-
mam a partir do choque das placas tectônicas.

HORA DO CONHECIMENTO

Você sabia que o nosso planeta é dividido em três camadas? Sim, ele é formado por crosta terres-
tre, manto e núcleo. Na crosta é onde se encontra a porção rochosa, ou seja, a parte em que pisamos.
O manto possui uma porção líquida e pastosa muito quente, que chamamos de magma. Por último,
tem o núcleo, mais quente ainda e fica no interior da Terra.
52

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Crosta
53
Manto Nível do mar
Núcleo
Superior Crosta
Núcleo
Inferior
Manto
Shutterstock

Núcleo Superior

Núcleo Inferior

Andando por aí, você já deve ter percebido que o nosso solo possui diferentes tipos de relevo. Mas
você sabia que alguns dos relevos podem ser montanhas e outros podem ser vulcões? Você sabia que
a formação de ilhas nos oceanos é derivada do processo de vulcanismo?
O interior da Terra é repleto de rochas derretidas (magma) com temperaturas muito altas, e quando
há a liberação desse magma na superfície, dizemos que o vulcão está entrando em erupção. Isso pode
causar grandes prejuízos à natureza e à população que vive ao redor dessas áreas. No Brasil existe
vulcão? Sim, mas pode ficar tranquilo, porque o Brasil é considerado um lugar estável em relação ao
vulcanismo, existindo apenas vulcões extintos.
Você sabe a importância de estudar um vulcão? Esses estudos são muito úteis para garantir a
segurança da população que mora em volta de região vulcânica e para o processo de modelação do
relevo dessas áreas, pois quando a lava expelida pelo vulcão esfria, ela se solidifica e se torna uma
nova rocha, criando um novo relevo geográfico.
Você sabe como reconhecer um vulcão? Um vulcão geralmente possui 4 características
comuns: 1- uma bolha de magma que fica no interior do vulcão; 2 – uma chaminé que liga o exte-
rior com a parte interna do vulcão onde a lava sai; 3 – a cratera, parte de cima do vulcão por onde
o líquido é expelido; 4 – cone de cinzas, que é o acúmulo excessivo de lava que se solidificou em
volta do próprio vulcão.
Observe a imagem a seguir e perceba as estruturas que formam um vulcão. Se o que há no interior
dos vulcões é o magma, então o que é lava?

Nuvens de cinzas
Cratera Fluxo de lava
Chaminé Camadas de cinza
Camadas
de lava

Rocha matriz ou rocha mãe


Shutterstock

Lava
Consulte no manual os itens 1 e 2.

O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Identificar como se formam os vulcões.


• Analisar quais são os locais mais propensos à atividade vulcânica.

MÃOS À OBRA

Parte 1
54 Vamos montar nosso próprio vulcão e entender como ocorre uma erupção vulcânica?

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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Para isso, vamos precisar de:


Do que precisamos Como fazer 55
• Argila Coloque um dos béqueres com a abertura para
1
cima no centro da bandeja.
• 2 béqueres
2 Modele a argila ao redor do béquer para que se
• Bandeja de plástico pareça com um vulcão em formato de cone.
com borda alta
Encha o outro béquer com água até a metade
• Vinagre 3
e adicione corante até que a mistura fique
colorida.
• Bicarbonato de sódio
Neste mesmo béquer com água, adicione uma
• Água 4
colher de bicarbonato de sódio e misture bem.
• Corante alimentício vermelho
Despeje o conteúdo no béquer que está dentro
5
• Colher do molde de vulcão.

Utilize o mesmo béquer, que agora está vazio, e


6
encha até a metade com vinagre.

Despeje o vinagre dentro do molde de vulcão e


7
observe o resultado.
Consulte o manual item 3.

Parte 2
Agora, vamos descobrir quais são os locais que mais apresentam atividade vulcânica.
Em grupos, realizem uma pesquisa sobre quais são os lugares que apresentam vulcões ativos atu-
almente. Em seguida, utilizem um mapa para pesquisar os limites das placas tectônicas.
Discuta com seus colegas os seguintes tópicos:

• Quais são os países que mais apresentam atividade vulcânica?


• Qual é a relação entre as placas tectônicas e os locais que possuem vulcões ativos?
Após a discussão, utilizem o mapa a seguir para marcar os locais que possuem vulcões ativos e
apresentem-no à turma.

PLACA NORTE-
-AMERICANA
Shutterstock

PLACA
EURASIÁTICA

PLACA JUAN PLACA NORTE-


DE FUCA -AMERICANA
PLACA ARÁBICA
PLACA DO
CARIBE
PLACA PLACA DO
PLACA PACÍFICO
PLACA AFRICANA FILIPINA
INDIANA
PLACA DOS COCOS

PLACA DO PLACA DE
PACÍFICO NAZCA
PLACA SUL- PLACA INDO-
-AMERICANA -AUSTRALIANA

PLACA DE
SCOTIA PLACA ANTÁRTICA

Placas tectônicas que formam a litosfera terrestre.


Consulte o manual item 4.

O QUE ACONTECEU?

Parte 1
1. O que aconteceu quando o vinagre foi despejado no vulcão?
Consulte o manual item 5.

Parte 2
2. Analisando o mapa, onde é encontrada a maior concentração de vulcões?
Consulte o manual item 4.

56

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

57
PENSAR E RESOLVER

1. Por que acontecem as erupções vulcânicas?


Porque o magma, que fica acumulado sob a crosta terrestre, exerce muita pressão e acaba sendo expelido em pontos mais frágeis da

crosta, como os vulcões.

2. Por que no Brasil não se ouve falar sobre vulcões com frequência?
Porque o Brasil se encontra no meio de uma placa tectônica, estando assim menos propenso à formação de atividade vulcânica.

3. Qual é a relação que se pode fazer entre um vulcão e uma panela de pressão?
Pode-se dizer que dentro da Terra há muita pressão, assim como dentro da panela de pressão. A fumaça saindo pela tampa pode

representar o modo que o vulcão encontra para liberar essa pressão do magma, liberando-o por meio da erupção.
8 TERRA AGITADA
Shutterstock

<Habilidades BNCC> (EF07CI15): Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e


tsunamis) e justificar a rara ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das
placas tectônicas.
<Tipo de prática> Demonstrativo e construtivo.
<Número de aulas> 2 aulas

Os abalos sísmicos são fenômenos naturais causados pelo encontro entre placas tectônicas. Quan-
do esses eventos ocorrem no mar, são chamados de tsunamis; quando ocorrem nos continentes, são
chamados de terremotos.

HORA DO CONHECIMENTO

Você já ouviu falar em Deriva Continental? A Teoria da Deriva Continental propõe que os continentes
hoje existentes surgiram a partir de uma única porção de terra chamada Pangeia. Isso ocorreu devido
à pressão interna da Terra ter rompido parte interna da crosta formando placas tectônicas. Atualmente,
58 existem placas tectônicas formando a crosta terrestre, sendo que cada uma continua se movimentando
em diferentes posições e transformando geologicamente o nosso planeta.

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Embaixo da superfície do nosso planeta há muitas estruturas que, apesar de não vermos, são as
responsáveis por várias transformações que temos no ambiente, como as montanhas, as ilhas e as 59
fossas oceânicas. Mas como isso ocorre? Devido à pressão interna do planeta, o líquido pastoso que
forma o manto faz com que as placas tectônicas se mexam em diferentes posições e, às vezes, uma
se choque contra a outra, causando abalos sísmicos.
Quando esse fenômeno ocorre no continente, pode causar o que chamamos de terremotos, e quan-
do acontece no oceano, fica conhecido como tsunami. Esses dois tipos de fenômenos naturais podem
causar grandes prejuízos à natureza e à sociedade, como a destruição de prédios e inundações, que
podem levar à morte milhares de pessoas. Por isso, populações que vivem em regiões de risco devem
estar sempre muito atentas. Mas em que lugares isso geralmente acontece?
Terremotos e tsunamis ocorrem em países que ficam próximo às bordas das placas tectônicas.
Alguns exemplos são: Chile, Japão, oeste dos Estados Unidos e Nepal. Olhando o mapa a seguir, por
que você acha que no Brasil não ocorrem grandes terremotos ou tsunamis?
A litosfera terrestre é composta por porções da crosta terrestre chamadas de placas tectônicas. Na
imagem, podemos conferir algumas.
Consulte no manual os itens 1 e 2.
PLACA NORTE-
-AMERICANA
Shutterstock

PLACA
EURASIÁTICA

PLACA JUAN PLACA NORTE-


DE FUCA -AMERICANA

PLACA DO PLACA ARÁBICA


CARIBE
PLACA PLACA DO
PLACA PACÍFICO
PLACA AFRICANA FILIPINA
INDIANA
PLACA DOS COCOS

PLACA DO PLACA DE
PACÍFICO NAZCA
PLACA SUL- PLACA INDO-
-AMERICANA -AUSTRALIANA

PLACA DE
SCOTIA PLACA ANTÁRTICA

O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Identificar por que os países mais afetados por um terremoto são os que se encontram nas
bordas das placas tectônicas.

• Identificar o que significa magnitude de um terremoto.

• Identificar como ocorre a formação de tsunamis.


MÃOS À OBRA

Vamos dividir o experimento em duas partes.

Parte 1
Como é sentido um terremoto? O que pode acontecer com uma cidade atingida por terremotos?
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• Palitos de madeira 1 Recorte uma área quadrada no centro da tampa da caixa
de papelão.
• Massa de modelar
Agora recorte uma nova área quadrada menor, dentro da
• Caixa de papelão 2
maior.
• Tesoura Faça dois furos em cada lado da área recortada, tanto no
3
quadrado quanto na caixa.
• Elásticos
Passe elásticos nos furos e prenda-os com os clipes de
• Clipes de metal 4
metal na caixa.

Construa duas estruturas de quatro andares utilizando


5
palitos de madeira presos com massa de modelar.

Construa duas estruturas de um andar utilizando palitos de


6
madeira presos com massa de modelar.

Coloque as estruturas de um e de quatro andares na caixa


7
simuladora de terremotos.

8 Sacuda levemente a caixa e observe.

9 Aumente a intensidade e observe.


60 Consulte no manual os itens 3 e 4. 10 Prenda pesos no topo da estrutura.

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Converse com seus colegas e anote suas hipóteses sobre o que irá ocorrer com as estrutu-
ras de palito mais altas e as mais baixas durante e após a simulação. No mesmo sentido, o que 61
ocorrerá após colocar pesos no topo das estruturas?

Parte 2
Agora, vamos verificar como ocorre um tsunami.
Para isso, vamos precisar de:

Do que precisamos Como fazer


• Aquário em acrílico 1 Forre 1/3 de uma das extremidades do aquário
com jornal. Após, coloque pedras por cima, até
• Água quase metade do recipiente.
• Objetos que simulem Fixe casas e árvores de maquete em cima da
construções 2
superfície de pedra para simular uma cidade.
• Pedras No resto vazio do recipiente, encha com água;
3
entretanto, tome cuidado para que o volume de
• Tábua de espessura fina
água não seja maior do que a altura das pedras.
• Jornal
Por último, no fundo da extremidade que contém
4
água, utilize uma tábua de madeira de espessura
fina para realizar movimentos em diferentes
velocidades.

Comece com movimentos leves e vá aumentando


5
Consulte no manual o item 5. a intensidade para ver o que acontece.

Discuta com seu grupo, antes da execução do experimento, a hipótese do que vai ocorrer
com a água com a realização dos movimentos de abrir e fechar da tábua.
O QUE ACONTECEU?

Parte 1
1. O que aconteceu quando o simulador começou a funcionar? As intensidades diferentes
influenciaram em algo?
Consulte no manual o item 6.

Parte 2

2. O que os movimentos da tábua estão representando? As diferentes intensidades influenciaram algo?


Consulte no manual o item 7.

3. Qual a semelhança entre os experimentos 1 e 2?


Consulte no manual os itens 8 e 9.

62

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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

63
PENSAR E RESOLVER

1. Quais são as consequências do movimento das placas tectônicas?


Terremotos, vulcões, formação de cadeias montanhosas e de falhas geológicas, dobramentos modernos.

2. Por que no Brasil não se ouve falar sobre terremotos com frequência?
Porque o Brasil se encontra no meio das placas tectônicas, onde não é possível sentir grandes abalos sísmicos.

3. Por que no Japão há ocorrências de tantos terremotos?


Porque o país está localizado em uma região de falha geológica, em que há o encontro de três placas tectônicas; essa região é chamada

de círculo de fogo do oceano Pacífico.


9 SERÁ QUE ESTÁ QUENTE OU FRIO?

As imagens mostram crianças em dias com diferentes temperaturas. Observando-as, é possível


perceber que uma delas está em um local com temperatura elevada, enquanto a outra está em um
local com temperatura muito baixa. <Habilidades BNCC> (EF07CI02) Diferenciar temperatura, calor e
sensação térmica nas diferentes situações de equilíbrio termodinâ-
mico e em outras situações cotidianas.
<Tipo de prática> Experimento de caráter demonstrativo
<Número de aulas> 1 aula

Shutterstock
Shutterstock

HORA DO CONHECIMENTO

Em dias muito frios, geralmente as pessoas usam casacos pesados ou blusas de lã com o intuito de
diminuir a sensação de frio. Por outro lado, em dias quentes as pessoas utilizam roupas mais leves e
claras para amenizar a sensação quente.
Além disso, é bem comum as pessoas se referirem a dias quentes como dias de calor. Muitas vezes,
escutamos expressões como “hoje fez calor em minha cidade” ou “hoje o calor está muito forte”. Já nos
dias frios, é comum escutarmos expressões como: “esta roupa é bem quentinha”; “feche a janela para
o frio não entrar”; “coloque este casaco para ficar quentinho”.
Todas essas situações ou expressões mencionadas anteriormente estão relacionadas a três con-
ceitos fundamentais da Física: calor, temperatura e sensação térmica. Você já conhecia alguma delas?
Será que as utilizamos em nosso dia a dia de maneira correta?
64
Consulte no manual o item 1.

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

As expressões exemplificadas estão em desacordo com os conhecimentos científicos, especial-


mente os da Física. Sendo assim, a roupa não é “quentinha”, muito menos o frio “entra” pela janela, e 65
tampouco o casaco nos esquenta. O que se observa é que, no cotidiano, as palavras calor e tempe-
ratura são utilizadas como sinônimos e de maneira diferente do seu uso no meio científico. No senso
comum, calor é identificado como “algo quente” e temperatura como algo que mede a “quantidade de
calor de um corpo”. Mas, afinal, o que significam essas palavras?
Todos os corpos ou objetos são formados por partículas muito pequenas (átomos e moléculas) que
estão em constante agitação. Nesse sentido, a temperatura é uma grandeza física que permite avaliar
ou medir o grau de agitação das partículas que compõem um corpo ou objeto. Sendo assim, quanto
maior for essa agitação, maior será a temperatura (mais quente). Logo, quanto menor for a agitação,
mais baixa será a temperatura (mais frio).
O calor é definido como a quantidade de energia que passa de um corpo para outro quando há dife-
rença de temperatura entre eles. Portanto, pode-se dizer que calor é uma forma de energia em trânsito.
Essa energia sempre passará do corpo com maior temperatura (mais quente) para o corpo com menor
temperatura (mais frio). Mas essa transferência de energia não ocorre indefinidamente, pois há um mo-
mento em que os corpos atingem a mesma temperatura, ou seja, encontram-se em equilíbrio térmico.
Sensação térmica corresponde à percepção que um indivíduo tem da temperatura em uma deter-
minada situação, sendo essa influenciada pela temperatura ambiente e corporal, pela umidade do ar e
também pela intensidade dos ventos. Observe, na imagem a seguir, um exemplo:

Shutterstock

Adulto medindo a temperatura de um bebê.

A imagem representa uma situação típica que possivelmente você tenha passado quando bebê. Um
adulto coloca a mão na testa do bebê para sentir a temperatura de seu corpo. Além disso, ele utiliza um
termômetro para medir a temperatura e para verificar se o bebê está com febre ou não. O ato de sentir
a temperatura de um bebê utilizando a mão é uma situação do cotidiano, que envolve os conceitos de
calor, temperatura e sensação térmica. E no caso do equilíbrio térmico, como podemos verificá-lo em
nosso dia a dia?
Observe um exemplo na imagem a seguir:

Shutterstock
Xícara de chá nas mãos de uma criança.

Uma criança segura uma xícara de chá morno. Como a temperatura da xícara é maior do que a da pele
da criança, o calor passa da xícara para a pele, aquecendo as mãos da criança. Isso acontece porque
quando dois corpos com diferentes temperaturas entram em contato, o mais quente transfere calor ao
mais frio e se esfria, enquanto que o corpo mais frio recebe calor e esquenta, atingindo assim o equilíbrio
térmico. Você teria outros exemplos de seu cotidiano que mostram situações de equilíbrio térmico?
Consulte no manual o item 2.

O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Verificar a ocorrência do equilíbrio termodinâmico.

66

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67
MÃOS À OBRA

Para verificar a ocorrência do equilíbrio termodinâmico, vamos precisar de:


Do que precisamos Como fazer
• 1 garrafa PET pintada Pinte completamente o exterior de uma garrafa com
1
de preto tinta branca e a outra com tinta preta.
Coloque água nas duas garrafas até a metade de seu
• 1 garrafa PET pintada 2
volume.
de branco
Insira um termômetro em cada garrafa de modo que o
3
• 1 luminária bulbo entre em contato com a água.
Meça a temperatura de cada termômetro, anotando os
• 1 lâmpada 4
valores na tabela.
incandescente Compare os valores obtidos com o valor da temperatura
5
ambiente.
• 1 cronômetro
Posicione a luminária, com a lâmpada acesa,
6 exatamente no meio da distância entre as duas
• 2 termômetros
garrafas.
• Tintas preta e branca Dispare o cronômetro e observe atentamente os
7 termômetros.
• Pincel
A partir do momento em que ocorrer mudança de
8 temperatura nos termômetros, pare o cronômetro,
verificando o tempo decorrido.
Anote na tabela as temperaturas marcadas nos
9 termômetros e, em seguida, compare-as com a
temperatura ambiente.
Permaneça com a lâmpada acesa durante 10 minutos
10 e, após esse período, desligue-a. Anote novamente a
temperatura da água nas duas garrafas.
Compare os valores obtidos com o valor da temperatura
11 ambiente.
Dispare o cronômetro e verifique em quanto tempo a
12 água nas garrafas atinge o equilíbrio termodinâmico
com o ambiente.
Registre na tabela os valores da temperatura após o
13
Consulte no manual o item 3. restabelecimento do equilíbrio termodinâmico.
Anote na tabela a seguir os valores da temperatura medidos ao longo do experimento.
Temperaturas (em ºC) Ambiente Garrafa preta Garrafa branca

Antes de acender a lâmpada

Minutos depois de acender a lâmpada

Após 10 minutos em que a lâmpada


permaneceu acesa

Após o restabelecimento do equilíbrio


termodinâmico
Consulte no manual o item 4.

O QUE ACONTECEU?

1. Quanto tempo demorou para ocorrer a mudança de temperatura nos termômetros após o
acendimento da lâmpada?
Consulte o manual item 5.

2. Em qual garrafa houve maior variação de temperatura durante todo o experimento? Explique.
Consulte o manual item 6.

3. Quanto tempo demorou para que a água nas garrafas atingisse o equilíbrio termodinâmico
com o ambiente?
Consulte o manual item 7.

68

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

69
PENSAR E RESOLVER

1. Observe a imagem a seguir. Ela representa um sistema de vasos comunicantes em um momento


inicial, em que dois líquidos, com diferentes temperaturas, são colocados em contato. Sobre isso,
responda:

BrinkMobil
Temperatura mais elevada Temperatura mais baixa

a) A transferência de calor ocorre do lado vermelho para o azul ou do azul para o vermelho?
Explique.
O calor é transferido sempre do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura. Nesse caso, do lado vermelho para o

lado azul.

b) Depois de algum tempo, é possível verificar que ambos os líquidos apresentam a mesma
temperatura. Nesse caso, dizemos que os líquidos atingiram...

a) equilíbrio químico
b) equilíbrio de irradiação
c) equilíbrio de condução
d) equilíbrio de convecção
e) equilíbrio térmico
2. Assinale com a letra A as sentenças relacionadas ao conceito de calor, com B as relaciona-
das à temperatura e com C para sensação térmica.

A) Calor B) Temperatura C) Sensação térmica

( B ) Grandeza física que permite medir o grau de agitação das partículas que compõem um corpo.
( A ) A chama de um fogão fornece energia suficiente para ferver a água que se encontra no interior
de uma chaleira.
( C ) Uma mãe coloca a mão na água da banheira para verificar se está adequada ao banho do
bebê.
( A ) Quantidade de energia que passa de um corpo para outro quando há diferença de temperatura
entre eles.
( C ) Corresponde à percepção que um indivíduo tem da temperatura em uma determinada situação
e que é influenciada por diferentes fatores.
( B ) A máxima na região para hoje é de 28ºC e a mínima é de 21ºC.
Shutterstock

70

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

10
71
TECNOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA

A imagem mostra como funciona um stent. Os stents são próteses colocadas em artérias coronárias
entupidas, fazendo com que o fluxo sanguíneo volte ao normal e desobstrua a passagem de sangue
para o coração, o que evita o infarto do miocárdio.
<Habilidades BNCC> (EF07CI11)
Analisar historicamente o uso da
Shutterstock

tecnologia, inclusive a digital, nas


diferentes dimensões da vida hu-
mana, considerando indicadores
ambientais e de qualidade de
vida.
<Tipo de prática> Experimento de
verificação (parte 1) e experimen-
to construtivista (parte 2).
<Número de aulas> 2 aulas

HORA DO CONHECIMENTO

A tecnologia está evoluindo desde os primórdios da sociedade humana. Antropólogos e paleontó-


logos acreditam que a primeira grande descoberta da humanidade foi o fogo. É estranho pensar que
o fogo é uma tecnologia, mas esse elemento facilita a realização de diversas atividades do cotidiano,
como cozinhar os alimentos. Imaginem só a dificuldade que é comer uma semente como o feijão cru!
Muitas pessoas entendem que a palavra tecnologia se relaciona apenas a máquinas futuristas que
possuem diversas funções, mas não é bem assim. Tecnologia está relacionada ao uso de técnicas e
conhecimentos que são aplicados para facilitar a realização de alguma atividade ou, ainda, na resolu-
ção de problemas.
Com o passar dos anos, os seres humanos desenvolveram tecnologias que os ajudaram a executar
suas tarefas e, dessa forma, melhorar sua qualidade de vida. Atualmente, existem diferentes tipos de
tecnologias que nos auxiliam nas diferentes dimensões da vida humana. Estão presentes na agricultu-
ra, na engenharia, na política, no meio ambiente, na aviação e na medicina, por exemplo.
Na medicina, as tecnologias avançaram de forma lenta até o final da Segunda Guerra Mundial. Du-
rante o período do Renascimento, a medicina era muito experimental, os médicos não tinham métodos
e nem aparelhos que os auxiliassem no tratamento de doenças. Assim, os pacientes contavam com a
experiência profissional do médico para determinar qual era a sua doença e a melhor forma de tratá-la.
Hoje, existem diversas metodologias para diagnosticar e tratar um paciente, e diversos aparelhos que
auxiliam os médicos. Os stents que você viu na página de abertura são exemplos de tecnologia que
salva muitos pacientes portadores de doença arterial coronária.
A doença arterial coronária é uma das que mais matam pessoas no mundo. Nessa doença ocorre o
entupimento das artérias coronárias que irrigam o coração, ocasionado por placas de tecido gorduroso
e colesterol, o que acaba impedindo a passagem de oxigênio e nutrientes para o coração. Dessa for-
ma, pode ocorrer um infarto agudo do miocárdio, conhecido também como ataque cardíaco. Os stents
são próteses no formato de um pequeno tubo feito com ligas metálicas que são colocados dentro das
artérias para expandi-las, fazendo com que se restaure o fluxo sanguíneo para o coração.
Pensando em qualidade de vida, você conhece outras tecnologias que salvam vidas?
Consulte no manual os itens 1.

O QUE IREMOS DESCOBRIR?

• Verificar o escoamento de água em um tubo entupido e relacioná-lo às artérias com placas de


gordura.

• Propor a construção de um protótipo de stent.

• Testar o funcionamento do protótipo criado.

72

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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

73
MÃOS À OBRA

Vamos dividir o experimento em duas partes.

Parte 1
Do que precisamos Como fazer
• 2 suportes universais Remova o fundo e a parte superior das garrafas
1
formando um tubo cilíndrico.
• 2 garras metálicas
Coloque massa de modelar dentro de um dos tubos
• 2 garrafas PET de 2 criados para simular as placas de gordura depositadas
500 ml nas artérias.
• 2 funis (opcional) 3 Prenda esse tubo ao suporte universal.
• Massa de modelar Jogue água no topo do tubo e marque no cronômetro
4
quanto tempo demorou para a água escorrer.
• 2 bandejas
Agora, prenda o tubo sem a massa de modelar ao
• Água 5
suporte universal.
• Cronômetro
Jogue água no topo dele e marque no cronômetro
6 quanto tempo demorou para a água escorrer.

Caso escorra muita água para fora dos tubos, acople


7 neles o funil.
Consulte no manual o item 2.

Analisando os dois tubos de PVC, um com massa de modelar e outro sem, o que você acha
que acontecerá com o escoamento da água?
Parte 2
Na segunda parte do experimento, você e sua equipe deverão propor uma solução para eli-
minar as placas de gordura depositadas nas artérias. Discutam o que vocês poderiam fazer e os
materiais necessários para solucionar esse problema. Registre um esboço da solução e anote
como seu produto irá funcionar no quadro a seguir.

Agora, mãos à obra!


74 Utilizem diferentes materiais para montar os protótipos.
Então, construam o protótipo e testem-no para liberar a artéria das placas de gordura!

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7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

75
O QUE ACONTECEU?

Parte 1
1. Quanto tempo a água demorou para escoar no tubo com massa de modelar?
Resposta pessoal

2. Quanto tempo a água demorou para escoar no tubo de PVC sem massa de modelar?
Resposta pessoal

3. O que o tubo de garrafa PET representa? E a massa de modelar?


Consulte o manual item 3.

Parte 2
4. O seu protótipo funcionou? Se sim, ele liberou totalmente a artéria? Se não, qual a razão para
não ter funcionado?
Resposta pessoal
PENSAR E RESOLVER

1. Marque V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas:

a) ( F ) A tecnologia está sempre relacionada a aparelhos inovadores.

b) ( F ) Equipamentos que não são movidos por eletricidade não são considerados tecnologia.

c) ( V ) A tecnologia envolve a ciência e a engenharia.

d) ( V ) Uma colher de madeira pode ser considerada uma tecnologia.

e) ( F ) A definição de tecnologia não é ampla, é limitada somente à medicina e à qualidade de vida.

2. De que maneira os stents melhoram a qualidade de vida de pacientes com doenças cardiovascu-
lares?
Os stents são próteses no formato de um pequeno tubo feito com ligas metálicas que são colocados dentro das artérias para expandi-las,

fazendo com que o fluxo sanguíneo para o coração seja restaurado.

3. Pesquise e cite três tecnologias desenvolvidas para melhorar a qualidade de vida dos seres
vivos em geral.
Os alunos podem citar remédios, curativos, próteses, aplicativos, óculos, bengalas, etc.

76

UNIVERSO DA CIÊNCIA
MANUAL DE
ORIENTAÇÃO
METODOLÓGICA
T A L
N
E
M
A
D
N


U
F
O
N

ANO
I
S
N
E
APRESENTAÇÃO
Prezado professor

O projeto Laboratório de Ciências foi elaborado para oferecer recursos que tornem
o aprendizado de Ciências dinâmico e prazeroso, criando um ambiente interessante de
experimentação e descobertas que contribuam para a formação do educando.
Buscamos, ao longo de todo o material, estimular o interesse pelas Ciências, algo natural
das crianças, incentivando a investigação e a aplicação do método científico nos experimentos
propostos. Outro ponto fundamental na criação da coleção, que visa estimular o desenvolvimento
social, cognitivo e afetivo da turma, é incentivar a interação entre os alunos e entre a turma e o
professor, respeitando as diferenças e valorizando a diversidade.
Os materiais que compõem o Laboratório de Ciências foram selecionados conforme os
conteúdos de ciências trabalhados no Ensino Fundamental - Anos Finais, alinhados com
a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Para tanto, foi efetuada uma divisão entre os
conteúdos e os materiais pedagógicos que possibilita explorar, de forma prática, os conceitos
de ciências.
Acreditamos que a experimentação relacionando teoria e prática permite que os estudantes
compreendam os fundamentos científico-tecnológicos e os auxilie no entendimento de
conceitos abstratos, além de contribuir para o desenvolvimento de atitudes e reflexão sobre as
teorias científicas e suas limitações, sendo essa perspectiva de formação do sujeito uma das
finalidades da educação básica.
Esperamos que o material contribua de forma efetiva na formação dos cidadãos dos quais
a sociedade tanto precisa.

Editor

78

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

SUMÁRIO 79

1. DÊ-ME UMA ALAVANCA E EU MOVEREI O MUNDO! ..................................... 80

2. O AR QUE EU RESPIRO ...................................................................................... 83

3. PROPAGANDO O CALOR ..................................................................................... 86

4. UMA QUESTÃO DE SAÚDE! ............................................................................... 89

5. DE OLHO NO EFEITO ESTUFA .............................................................................. 93

6. AS DUAS FACES DO OZÔNIO .............................................................................. 96

7. VULCÕES E AS EXPLOSÕES DE FOGO ........................................................... 99

8. TERRA AGITADA ................................................................................................... 101

9. SERÁ QUE ESTÁ QUENTE OU FRIO? ...............................................................104

10. TECNOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA ............................................................ 107

11. BNCC ................................................................................................................... 109


1 DÊ-ME UMA ALAVANCA E EU MOVEREI O MUNDO!

As máquinas simples são conhecidas e usadas pela humanidade há milênios. Seu mecanismo de funcionamento
possibilitou a construção de obras grandiosas como as pirâmides do Egito e o monumento de Stonehenge, entre
outras. Além disso, as máquinas simples podem ser encontradas no cotidiano, em materiais e estruturas que
facilitam a realização de tarefas, como subir rampas, utilizar elevadores, abrir latas de produtos em conserva,
transportar objetos em carrinhos de mão, levantar blocos de concreto etc.
Entre as máquinas simples, destacam-se as alavancas. Elas podem ser usadas em diversas situações, mas
com o mesmo objetivo: poupar esforço do usuário na realização de alguma tarefa. As alavancas apresentam
três elementos essenciais: ponto de apoio, força resistente e força potente. Dependendo da localização entre os
elementos formadores das alavancas, elas são classificadas em interfixas, inter-resistentes e interpotentes.
Alguns exemplos de alavancas utilizadas na realização de tarefas mecânicas cotidianas são: tesoura, pinça,
alicate, quebra-nozes, balança de pratos, pé de cabra, espremedor de batata, carrinho de mão, guindaste e
muitos outros. As alavancas também são encontradas no corpo humano, formadas pela associação entre ossos,
músculos e articulações. Elas também permitem a realização de tarefas mecânicas cotidianas, como andar,
mastigar alimentos e levantar objetos.

Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF07CI01) Discutir a aplicação das máquinas simples ao longo da história e propor soluções e invenções
para a realização de tarefas mecânicas cotidianas.

Conteúdos privilegiados

• Tipos de alavancas

• Formas de uso de alavancas

Orientações didáticas

Item 1
Nesse momento da discussão não é esperado que os alunos tenham muitos exemplos a dar. À medida que
as discussões forem ocorrendo, comece a instigar os alunos a falarem como cortam papel ou o cabelo, tiram a
cutícula, rosqueiam parafusos, abrem latas de produtos em conserva, quebram nozes, entre outras atividades.
Leve-os a perceberem que, para a realização de todas essas atividades, é necessário o uso de alguns objetos
80 como tesouras, alicates, chaves de fenda, abridores de latas, quebra-nozes etc. Diga-lhes que esses instrumentos
funcionam com base nas alavancas e que serão explorados ao longo da atividade prática.

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Item 2
Primeiramente reúna os alunos em grupos. Para cada grupo, distribua um kit contendo exemplares de alicate,
tesoura, chave de fenda, martelo, pinça e abridor de latas. Na impossibilidade de utilização desses materiais, 81
substitua-os por outros. Permita que os alunos manuseiem esses materiais e reconheçam seu uso no cotidiano.
Em seguida, é necessário providenciar uma lata de tinta (de preferência vazia), uma lata de bebida ou alimento
fechada sem o lacre (anel) e um pedaço de madeira com um prego parcialmente fixo nela. Entregue esses materiais
para cada equipe e oriente-as a seguirem os passos descritos na seção “Como fazer”.

Item 3
Os alunos devem classificar os materiais apresentados conforme tabela a seguir.

INTERFIXA INTER-RESISTENTE INTERPOTENTE


Alicate Abridor de latas Pinça
Tesoura
Chave de fenda
Martelo

Item 4
A proposta é que os alunos percebam a necessidade de uso de diferentes materiais para abrir as duas latas
entregues na atividade, bem como para a retirada do prego da madeira. As possibilidades levantadas por cada
equipe podem ser diferentes. Discuta com os alunos o que eles pensam ser as alternativas mais viáveis para a
realização das tarefas solicitadas.

Item 5
Para a realização dessa prática, reúna os alunos em grupos e disponibilize alguns materiais como: palitos de
sorvete, elásticos, cola quente, tampinha de garrafa PET, colheres descartáveis, entre outros.

Item 6
A resposta depende dos materiais escolhidos pelos alunos. Além dos materiais disponibilizados, os alunos poderão
optar por outros encontrados em seu material escolar, como régua, canetas, borracha.

Item 7
Proponha aos alunos que participem de uma competição de lançamento de bolinhas de papel com o uso das
catapultas construídas. A equipe vencedora será aquela que conseguir lançar mais longe a bolinha com a catapulta.
Outros desafios para lançamento, além da distância, podem ser: precisão, onde a catapulta consegue acertar um
alvo a dada distância; potência, onde um alvo de grande massa deve ser derrubado, entre tantos outros desafios.

Item 8
A resposta esperada para essa pergunta é a de que não foi possível abrir as latas e retirar o prego apenas com as mãos.

Item 9
As respostas dependem das escolhas de possibilidades das equipes. A lata de refrigerante pode ser aberta mais
facilmente com o uso do abridor de latas, mas os alunos podem propor que ela seja aberta com o uso da chave
de fenda e martelo, por exemplo. A lata de tinta pode ser aberta mais facilmente com o uso da chave de fenda,
mas também pode ser aberta com o uso da tesoura ou da pinça. O prego pode ser retirado mais facilmente com o
martelo, mas também pode ser retirado com o alicate. Além dessas, podem existir outras possibilidades levantadas
pelos alunos.

Item 10
Espera-se que os alunos concluam que os materiais apresentados funcionam como alavancas que facilitam
atividades cotidianas, diminuindo o esforço para realizá-las.

Item 11
As respostas para as questões 4 e 5 dependem de como as catapultas foram construídas, bem como da utilização
das mesmas para o lançamento das bolas de papel.

Conhecendo mais

Funcionamento das alavancas


<http://www.cdcc.usp.br/maomassa/doc/ensinar/livromm_VI.pdf>
Material desenvolvido pelo Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP, onde é
possível encontrar explicações das alavancas e suas aplicações em diversas situações.

Breve histórico das máquinas simples


<http://www.searadaciencia.ufc.br/folclore/folclore231.htm>
Material desenvolvido pela UFC, que apresenta um breve histórico do uso e desenvolvimento de
máquinas simples por diversos povos ao longo da história da humanidade.

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2 O AR QUE EU RESPIRO...

A atmosfera terrestre apresenta características importantes que permitem a manutenção dos seres vivos em nosso
83

planeta. Entre essas características destacam-se a presença do gás oxigênio, utilizado na respiração da maioria dos
seres vivos; o gás nitrogênio, que depois de algumas transformações participa da constituição dos seres vivos; o gás
carbônico, que ajuda a manter o efeito estufa na Terra, deixando a temperatura dentro de uma faixa adequada para os
seres vivos; e também a camada de ozônio, que protege os seres vivos dos raios nocivos do Sol.
Mas nem sempre foi assim. A atmosfera da Terra primitiva era muito diferente de como ela se apresenta hoje.
Atualmente, a atmosfera de nosso planeta é constituída por 78% de gás nitrogênio, 21% de gás oxigênio e 1%
de gases nobres, gás carbônico, microrganismos, vapor d’água e poeira. Porém, a sua composição vem sendo
alterada por fatores ambientais e, principalmente, pela ação antrópica.
O processo de industrialização que a Europa experimentou nos séculos XVIII e XIX, e que posteriormente se
espalhou por várias regiões do planeta Terra, alterou não apenas a relação das pessoas com os bens de consumo,
como também as relações com o ambiente.
Muitas atividades realizadas por seres humanos (muitas vezes visando ao lucro) lançam na atmosfera partículas
de poluentes que podem trazer graves problemas respiratórios para os animais, inclusive seres humanos;
prejudicam a atividade fotossintética de plantas, além de gerar desequilíbrios ambientais como a formação da
chuva ácida, a inversão térmica e o aquecimento global.
Em uma escala mais local, cabe ao professor apresentar aos alunos quais as atitudes que ajudam a preservar
a qualidade do ar e quais que prejudicam.

Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura de gases, identificando sua composição, e discutir
fenômenos naturais ou antrópicos que podem alterar essa composição.

Conteúdos privilegiados

• Composição atmosférica

• Poluição atmosférica
Orientações didáticas

Item 1
Discuta com os alunos sobre a qualidade do ar no local em que vivem. Investigue se moram próximos a indústrias,
rodovias, áreas agrícolas com frequentes queimadas, áreas de produção pecuária com a liberação de gases
provenientes do esterco, áreas de mineração, entre outras. Em algumas regiões brasileiras também é possível que
os alunos vivam em áreas secas, em que são frequentes os incêndios florestais e que também contribuem com o
aumento da poluição atmosférica.

Item 2
Este experimento tem como objetivo demonstrar a presença de algumas características do gás oxigênio e do gás
carbônico. Primeiramente será demonstrado que o gás oxigênio é comburente, ou seja, mantém a chama da vela
acesa. Já o gás carbônico, proveniente da reação química entre o ácido acético e o bicarbonato de sódio, é mais
denso que o ar. Logo, ao aproximar o béquer à chama, o gás oxigênio é deslocado pelo gás carbônico. Sem o gás
oxigênio a chama se apaga. Para verificar exatamente como ocorre o experimento, acesse o vídeo indicado na
seção “Conhecendo mais”.

Item 3
Reúna os alunos em grupos. Para cada grupo, distribua uma folha de papel-filtro e peça aos alunos que a cortem
ao meio. Oriente-os a colarem cada uma das metades da folha de papel-filtro em diferentes locais. Quanto mais
locais diferentes as folhas de papel-filtro forem coladas, maior será a riqueza do experimento. No dia da colagem
do papel-filtro em diferentes locais, solicite aos alunos que escrevam suas hipóteses a respeito de como imaginam
que os papéis ficarão após a exposição.

Item 4
No primeiro momento a chama da vela permaneceu acesa, pois havia gás oxigênio suficiente, tanto ao redor da
chama quanto dentro do béquer. No segundo momento a chama se apagou, pois o gás carbônico originado na
reação ocupou o lugar do gás oxigênio.

Item 5
Espera-se que as amostras dos dois locais sejam diferentes: a de maior tráfego deve estar mais escura pelo fato
de ter maior quantidade de partículas impregnadas sobre o papel. É possível que algumas equipes apresentem
resultados similares, dependendo da distância dos locais escolhidos.

Item 6
Oriente os alunos a compararem suas amostras com as dos colegas das demais equipes. Espera-se que os
resultados sejam semelhantes.

Item 7
Espera-se que os alunos relacionem que no local com maior tráfego de automóveis mais partículas foram liberadas
na atmosfera e por isso o papel ficou mais sujo.

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CONHECENDO MAIS

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Pontociência – apagando a vela
<https://www.youtube.com/watch?v=XdzSZJK8vvE>
Vídeo explicativo do experimento realizado na parte 1 desta prática.

Como está a qualidade do ar onde você mora?


<http://meioambiente.cptec.inpe.br/>
Mapa interativo produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), onde é possível
verificar a qualidade do ar em diferentes localidades brasileiras, tendo como base as emissões e
as concentrações de poluentes no local.

Qualidade do ar
<http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar>
Texto do Ministério do Meio Ambiente (MMA) a respeito da qualidade do ar, as ameaças e algumas
consequências da alteração na composição atmosférica.
3 PROPAGANDO O CALOR

A compreensão dos fenômenos de propagação de calor se deu início com a elaboração de técnicas que permitissem
mensurar a temperatura, que surgiu a partir da invenção e aprimoramento do termômetro.

A propagação de calor é a energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura entre dois corpos ou sistemas, ou
seja, sempre que existe uma diferença de temperatura em um meio ou entre meios diferentes, ocorre, necessariamente,
transferência de calor, a fim de atingir o equilíbrio térmico.

Existem três modalidades de propagação de calor: Por condução, que consiste na transmissão de calor de uma
molécula para outra, até que todo o material esteja aquecido, ocorrendo principalmente entre os sólidos; por convecção,
onde o calor é propagado de um ponto a outro de um fluido (gás ou líquido) pelo deslocamento das moléculas entre
esses dois pontos – isso ocorre pela diferença de densidade entre as moléculas, em que as mais quentes ficam mais
leves e sobem, e as mais frias, sendo mais densas, descem; por irradiação, em que o calor ou a radiação térmica se
transmite de um corpo ao outro sem a presença de matéria entre eles.

Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF06CI05) Utilizar o conhecimento de propagação de calor para justificar a utilização de determinados


condutores e isolantes na vida cotidiana; explicar o princípio de funcionamento de alguns equipamentos
(garrafa térmica, coletor solar) e/ou construir soluções tecnológicas a partir desse conhecimento.

Conteúdos privilegiados

• Propagação de calor

• Isolantes térmicos

Orientações didáticas

Item 1
Interaja com os alunos instigando-os com perguntas como: “o que é calor?’’, “O que é propagação de calor?”. Use
as respostas dos alunos como norteadores para abordar o conteúdo. Discuta com eles sobre materiais usados no
dia a dia que funcionam como isolantes térmicos, como utensílios de cozinha (cabos de panela e de talheres, por
86
exemplo). Peça que eles expliquem o porquê desses isolantes térmicos serem importantes e como eles funcionam,
ajudando-os a perceber que eles fazem com que o calor não escape de um local e/ou material para o outro.

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Item 2
Cite exemplos do cotidiano em que há propagação de calor, com exemplos simples, como a irradiação solar e o
funcionamento do ar-condicionado. 87
Item 3
Após as perguntas e as interações com os alunos, explique as três modalidades principais de propagação de
calor e discuta as diferenças entre as características das modalidades. Cite pelo menos um exemplo de cada
modalidade.

Item 4
Reúna os alunos em grupos de até 4 pessoas (recomendado) para a execução de cada experimento, que levará em
média 15 minutos. Após cada experimento, peça aos alunos que descrevam o que aconteceu e anote no quadro. A
partir disso, explique o que aconteceu em cada experimento. Auxilie sempre os alunos para que possam elaborar
corretamente a experiência, porém, permita que eles mesmos investiguem como montar e realizar o experimento.

Item 5
Solicite aos alunos que anotem o que é observado nos experimentos para que depois eles possam discutir e
comparar com os dos colegas.

Item 6
Divida os alunos em grupos para que realizem o experimento três. Auxilie-os sanando eventuais dúvidas, para que
executem os procedimentos de forma correta. Espera-se que a água fria na garrafa térmica construída varie menos
a temperatura em relação à garrafa PET comum. Auxilie os alunos na construção do gráfico, de maneira que, no
eixo y, a temperatura esteja em graus Celsius e, no eixo x, o tempo seja marcado em minutos.

Item 7
Verifique se a água que será colocada nas garrafas apresenta a mesma temperatura inicial.

Item 8
No primeiro experimento, explique que aconteceu a condução de calor, dando ênfase à questão da condução de
calor ocorrer por meio de materiais. Espera-se que os alunos percebam que o fio de cobre é um melhor condutor
de calor do que o palito de madeira.

Item 9
No segundo experimento, explique que ocorreu a convecção de calor, dando ênfase à questão de que a convecção
térmica ocorre em fluidos. No experimento, espera-se que os alunos observem que a água quente (de uma cor)
sobe para a garrafa contendo água fria. Ao mesmo tempo, um filete de água fria descerá para a garrafa de
baixo. Explique que a convecção de calor também ocorre em fenômenos de inversão térmica, efeito estufa e no
mecanismo de refrigeração da geladeira.

Item 10
Ao fim dos experimentos, explique como funcionam os isolantes térmicos e como são úteis no cotidiano. Dê
exemplos práticos, como o vestuário, explicando que a roupa é um exemplo de material que tem o objetivo de
manter nosso corpo quente, impedindo que o calor se dissipe.
Conhecendo mais

INVERSÃO TÉRMICA
<https://www.youtube.com/watch?v=SYKeSb2iAQQ>
Vídeo que apresenta um experimento sobre o comportamento de líquidos em diferentes
temperaturas.

COMO A PROPAGAÇÃO DE CALOR PODE INFLUENCIAR NO ACERVO DE UM MUSEU?


<https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5373>
Artigo que demonstra como a propagação de calor na forma de irradiação pode influenciar na
conservação de um acervo de museu.

Referências

ROCHA, R.F.A; DICKMAN, A.G. ABAKÓS. Ensinando Termodinâmica por meio de Experimentos
de Baixo Custo. Belo Horizonte, v.4, n. 2, p. 71-93.Freire, M.L.F. (2005). A Transferência de Calor com o Uso
de Experimentos Alternativos. Scientia Plena, v, 1, n. 8; p. 185-191, 2016.

GUIMARÃES, L. A. & FONTE BOA, M. Física para o 2º Grau. 3 volumes: Mecânica; Eletricidade e Ondas;
Termologia e Óptica. São Paulo: HARBRA, 1997.

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4 UMA QUESTÃO DE SAÚDE!

O conceito de qualidade de vida é bem amplo e isso pode gerar muitas interpretações por parte dos alunos.
89

Sendo assim, é importante deixar claro para eles que qualidade de vida envolve o bem físico, mental, emocional,
além de relacionamentos sociais, como família e amigos, e também o acesso à saúde e à educação, o poder de
compra e outras circunstâncias da vida.
Como observado no parágrafo anterior, a qualidade de vida está relacionada à garantia de bem-estar para a
população em diversos aspectos da vida humana. Porém, isso é possível somente com um ambiente limpo e bem
estruturado, por ações de caráter individual, coletivo e também por políticas públicas de promoção à saúde. Nesse
sentido, a saúde pública envolve uma série de ações governamentais – seja na esfera municipal, estadual ou federal
– que visam à qualidade de vida da população. Entre essas ações, destacam-se o acesso à água potável, a coleta de
lixo, o tratamento de esgoto, o investimento na educação, a criação de espaços de lazer etc.
Com o intuito de conhecer as condições de saúde de uma comunidade, cidade, estado ou nação, os governos
recorrem aos indicadores de saúde, tais como: taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico,
incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica ou pelo solo, entre outros. Por meio deles, os governos
verificam as condições de saúde das pessoas a fim de tomar decisões e promover ações necessárias para a
qualidade de vida da população.
Além dos indicadores de saúde, os governos também analisam dados referentes aos fatores de risco que
ameaçam a saúde de uma população, como a poluição do ar, da água e do solo. Esses fatores são responsáveis
por doenças e mortes de pessoas em todo o mundo todos os anos, tornando-se grandes ameaças à saúde humana.
Muitas substâncias liberadas no ambiente pelas indústrias, pelos carros e também pelas atividades domésticas
comprometem sobremaneira a qualidade de vida.
No Brasil, alguns estados e municípios apresentam programas de aferição e acompanhamento do nível de
poluentes, identificando maneiras de intervir e melhorar a qualidade do ambiente e, consequentemente, a qualidade
de vida da população. Por isso, é muito importante que os alunos conheçam os indicadores de saúde e os fatores
de risco à saúde em suas cidades, bem como os programas governamentais que possibilitam a promoção da
qualidade de vida.

Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e
comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico
e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas
públicas destinadas à saúde.
Conteúdos privilegiados

• Indicadores de saúde pública.

• Contaminação do ar e da água.

Orientações didáticas

Item 1
Espera-se que os alunos tenham dados para comentar o que sabem a respeito dos indicadores de saúde para
iniciarem uma discussão. Instigue-os a falarem sobre as condições de saúde na cidade em que vivem; se há falta
de atendimento ao público; se há falta de leitos nos hospitais; se há campanhas de vacinação e se a população
apresenta boa aderência a essas campanhas; se há coleta de lixo, tratamento de água e de esgoto para toda a
população; se há remédios disponíveis para o tratamento dos doentes, entre tantos outros aspectos que podem
ser discutidos. Finalize a discussão solicitando aos alunos que elenquem os principais fatores de risco que
comprometem as condições de saúde na cidade onde vivem.

Item 2
Reúna os alunos em grupos para a realização da primeira parte da atividade prática. Ela consiste em pesquisas que
darão subsídios para os alunos compararem os indicadores de saúde da cidade em que vivem com os indicadores
do Brasil. Caso não seja possível encontrar dados referentes ao município, oriente os alunos a pesquisarem dados
do estado. Ressalte que quanto mais rebuscada for a pesquisa, melhor clareza eles terão sobre os dados. Os
dados pesquisados dependem da região em que os alunos vivem e, portanto, as respostas podem variar de acordo
com o local.

Item 3
Oriente os alunos a pesquisarem programas do governo municipal que têm por objetivo promover a saúde da
população. Da mesma forma que nas outras pesquisas, caso os alunos não encontrem dados do município,
oriente-os a pesquisarem dados do estado. Há alguns programas do governo federal que também podem ser
citados, caso ocorram na região em que os alunos vivem.

Item 4
O objetivo do questionamento é instigar os alunos a refletirem sobre as ações governamentais e individuais que
devem ocorrer em conjunto para que todos fiquem saudáveis. Por exemplo, não adianta a prefeitura ter um excelente
sistema de coleta de lixo e reciclagem se a população não fizer a sua parte, separando e destinando o lixo da maneira
correta. Se o lixo for depositado em terrenos baldios, por exemplo, poderá atrair animais vetores de doenças que não
ameaçam apenas a saúde de quem jogou o lixo em local inadequado, mas também de toda a comunidade local.

Item 5
A proposta deste experimento é mostrar uma alternativa para minimizar a poluição atmosférica oriunda de indústrias,
90 por exemplo. Antes de iniciar o experimento, providencie uma mangueira em látex, inclusa no kit dos materiais de
laboratório, e corte-a transversalmente ao meio, obtendo dois segmentos com aproximadamente 50cm. A bomba

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de sucção poderá ser substituída por um pequeno aparelho de aspirador de pó. No lugar das cinzas, poderá ser
utilizada serragem para simular o material particulado. Na seção “Conhecendo mais”, há um link apresentando um
vídeo que demonstra o funcionamento do filtro de ar de fase líquida. 91
Item 6
Este experimento tem como objetivo mostrar uma possibilidade de descontaminação da água por meio da técnica
denominada eletrofloculação. Essa técnica, caracterizada por instrumentação e operação simples, pode ser
aplicada em curto prazo, apresentando boa eficiência na remoção de poluentes de águas residuais. Basicamente,
ela provoca a aglutinação das impurezas presentes na água por meio de reações de oxirredução. Um eletrodo de
ferro, no caso um dos pregos, é usado para fornecer íons metálicos para a formação de hidróxido de ferro. Este, por
sua vez, é pouco solúvel e absorverá o corante presente na solução. Adicionalmente, bolhas de gás são produzidas
no outro eletrodo que contém o prego, as quais arrastam alguns dos flocos formados pelo hidróxido e ajudam no
estágio de separação do corante presente na água. Na seção “Conhecendo mais”, há um link apresentando um
vídeo que demonstra como ocorre a eletrofloculação.

Item 7
Espera-se que os alunos tenham observado diferenças na coloração da água nos balões 2 e 3, em virtude da
retenção das cinzas na água, e no aspecto do ar no balão 3, ou seja, que ficou “mais limpo”.

Item 8
Resumidamente, o funcionamento do depurador aconteceu da seguinte maneira: ao ligar a bomba de sucção, o ar
poluído (com as cinzas) foi sugado do balão 1 pela mangueira, e entrou em contato com a água do balão 2; por sua
vez, o ar do balão 2, já filtrado pela água, foi enviado para o balão 3, onde novamente ocorreu uma filtração pelo
contato com a água; depois de concluído o processo de purificação do ar no balão 3, ele foi lançado na atmosfera
despoluído, ou seja, sem nenhum resíduo de cinzas.

Item 9
Espera-se que os alunos tenham constatado nitidamente a separação do corante presente na água por meio da
formação de flóculos (aglomerados) escuros na região superior da solução. Além disso, eles podem mencionar a
formação de algumas bolhas próximo a um dos pregos.

Item 10
Espera-se que os alunos concluam que sim, pois os resultados obtidos foram satisfatórios. Sendo assim, se
realizadas em larga escala e com instrumentos adequados, essas alternativas tornam-se viáveis no processo de
descontaminação do ar e da água.
Conhecendo mais

INDICADORES DE SAÚDE - UFSC


<https://unasus2.moodle.ufsc.br/pluginfile.php/6210/mod_resource/content/1/Cont_online14-04/
un02/obj3.html>
Apresenta, de maneira aprofundada, os principais indicadores de saúde.

EXPERIMENTO DEPURADOR
<https://www.youtube.com/watch?reload=9&v=FGk0DrliXH4>
Apresenta uma pequena demonstração do funcionamento do filtro de ar de fase líquida.

EXPERIMENTO ELETROFLOCULAÇÃO
< https://www.youtube.com/watch?v=yfDAXRHmua4>
Demonstra o passo a passo para a realização do experimento da eletrofloculação.

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5 DE OLHO NO EFEITO ESTUFA 93

O efeito estufa é um processo natural fundamental para a vida na Terra, pois a mantém aquecida. Quando a
radiação ultravioleta solar chega ao plane-ta, 30% são refletidas de volta para o espaço, devido à camada de gases
da superfície terrestre, e 70% ultrapassam essa camada e são absorvidas, trans-formando-se em calor na forma
de radiação infravermelha. Uma parte dessa radiação é refletida para o espaço, enquanto outra tem dificuldade de
passar através dos gases que compõem a atmosfera e permanece no planeta. Desse modo, a temperatura média
da superfície da Terra se mantém em torno de 15ºC. Acredita-se que, sem a presença desses gases, a temperatura
média do planeta seria de -18ºC.
Quando a concentração de gases que absorvem a radiação solar au-menta consideravelmente, como vem
ocorrendo desde a Revolução Industrial (iniciada no século XVIII), o calor da radiação infravermelha tem dificuldade
adicional de ultrapassar os gases da atmosfera e se dispersar no espaço e a temperatura média global aumenta.
Portanto, ocorre um desequilíbrio do efeito estufa, e a esse fenômeno chamamos aquecimento global.
Com temperaturas elevadas devido a esse desequilíbrio, podem surgir problemas graves, como derretimento
de geleiras, expansão das águas oceâ-nicas, desaparecimento de ilhas, além de alterações climáticas, como
longos períodos de seca, inundações, furacões, tornados e tsunamis.
Os principais gases que retêm a radiação solar são: dióxido de carbono, também conhecido como gás carbônico,
vapor-d’água, metano, óxidos de ni-trogênio e halocarbonos. Eles são chamados de gases do efeito estufa (GEE).
Muitos ocorrem de forma natural, mas o aumento de emissões se deve pela ação antrópica, ou seja, pela ação dos
seres humanos. Além de causar pro-blemas ambientais, essa emissão exagerada de gases pode causar outros
problemas à saúde humana.
As principais atividades humanas que emitem grandes quantidades de gases de efeito estufa são: a pecuária,
devido à devastação que existe para abrir o espaço de pastagem; o cultivo de grãos para alimentar esses animais;
a enorme quantidade de água para manter a agricultura; e a emissão de metano pelos animais. Ainda, a queima
de combustíveis fósseis, como o diesel, gaso-lina e carvão mineral em indústrias, usinas termoelétricas e no setor
de trans-porte, uso de fertilizantes nitrogenados nas plantações e o desmatamento são fatores apontados como
maiores poluentes com interferência humana.
Para reduzir os efeitos dos desequilíbrios do efeito estufa, do aqueci-mento global e das consequentes
mudanças climáticas, grandes medidas de-vem ser tomadas, como investimento em mobilidade urbana de
qualidade, re-gulamentação da emissão de gases pelas indústrias, controle no desmatamen-to e queima de
florestas, preservação da biodiversidade, assim como incentivo em meios de produção de energia que sejam
menos agressivas para o meio ambiente.
As atitudes individuais também podem reduzir as emissões, como dimi-nuir o consumo de carne, utilizar
transporte público, evitar o desperdício de alimentos, de energia e de água, praticar a reciclagem e a reutilização,
uso de compostagem e principalmente, o consumo consciente no dia a dia.
Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu papel fundamental para o desenvolvimento
da vida na Terra; discutir as ações humanas responsáveis pelo seu aumento artificial (queima de combus-
tíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.); selecionar e implementar propostas para a reversão ou
controle desse quadro.

Conteúdos privilegiados

• O fenômeno do efeito estufa

• Consequências do agravamento do efeito estufa

• Gases do efeito estufa

Orientações didáticas

Item 1
Discuta com os alunos acerca do efeito estufa, explicando a eles que é um fenômeno natural, mas que, devido às
ações humanas, pode ser agrava-do, gerando o aquecimento global. Explique a eles que várias ações podem ser
realizadas para diminuir os impactos causados por esses gases, como a substituição de meios de locomoção, a
utilização de filtros nas chaminés de indústrias etc. Investigue se eles moram próximo a indústrias e questione se
notam a liberação de gases desses locais.

Item 2
Auxilie os alunos na elaboração do experimento, mas antes de realiza-rem os testes é importante que levantem
hipóteses acerca do que vai aconte-cer com a água que está dentro da caixa e com a água que está do lado de
fora dela.

Item 3
Reúna os alunos em grupos. Auxilie-os na construção dos modelos dos prédios, esclarecendo que devem ter
tamanhos iguais. Peça para que levantem hipóteses sobre qual será a diferença de temperatura dos dois mode-
los, questionando-os se haverá diferenças. Se possível, prepare uma quantidade de grama ou musgo para os
alunos utilizarem no experimento.

Item 4
O copo dentro da caixa aquece mais porque os raios que entram pelo filme de PVC são refletidos pelo papel-
94 alumínio. Dessa forma, o ar do interior da caixa é aquecido e não consegue sair, ficando preso pelo filme de PVC.

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Item 5
O experimento simula a formação do efeito estufa. Os raios solares aquecem a superfície terrestre, assim como o
interior da caixa, e os gases impedem que todo o calor seja dissipado novamente para o espaço, pois foi im-pedido 95
pelo filme de PVC no experimento. Oriente os alunos a compararem seus experimentos com os componentes
do nosso planeta, para que compreendam que o papel-alumínio reflete a energia térmica que entra na caixa, en-
quanto o filme de PVC impede que o calor seja dissipado.

Item 6
Espera-se que o modelo que apresenta cobertura vegetal apresente uma temperatura menor do que aquele que
está coberto com cartolina preta. Neste momento, instigue os alunos a pensarem o porquê das diferenças de
temperatura. Converse com eles para que relacionem a cartolina preta com as telhas. Explique a eles que a
diferença de temperatura ocorreu porque o material preto, que simula os telhados, tende a absorver mais luz do
Sol, enquanto as plantas retêm parte dessa energia.

Conhecendo mais

ENSINANDO A FÍSICA DO EFEITO ESTUFA


<http://www1.fisica.org.br/mnpef/sites/default/files/produto_jeferson_0.pdf>
Apresenta outras atividades práticas para explicar o efeito estufa e ampliar as discus-sões a
respeito desse tema.

AQUECIMENTO GLOBAL: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS


<http://proclima.cetesb.sp.gov.br/2016/07/18/aquecimento-global-causas-e-consequencias-para-
as-proximas-geracoes/>
Resume as causas e as consequências do aquecimento global.

TELHADO VERDE DIMINUI EFEITOS DAS ILHAS DE CALOR EM CARUARU


<https://www.ufpe.br/agencia/pesquisas/-/asset_publisher/rIL2cIuRIxA4/content/id/890635/>
Explica como funciona os telhados verdes e seus benefícios.

O QUE SÃO ILHAS DE CALOR?


<http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=244>
Explica resumidamente o que são as Ilhas de calor.
6 AS DUAS FACES DO OZÔNIO

O gás ozônio é um gás muito importante para os seres vivos na Terra. Quando está na estratosfera, forma uma
camada protetora contra os raios ultravioleta do Sol. Esses raios apresentam diferentes comprimentos de onda, o
que tem por consequência diferentes efeitos na superfície terrestre, bem como sobre os seres vivos.

A partir do aumento da industrialização, novos produtos, como os CFCs (clorofluorcarbonetos), foram fabricados
e amplamente usados em refrigeradores, condicionadores de ar e aerossóis, em perfumes e inseticidas. Por
serem estáveis, os CFCs podem continuar na atmosfera por vários anos após sua produção e podem ser levados
para longe de seu ponto de liberação. No entanto, quando atingem a estratosfera, podem reagir com a radiação
solar, liberando átomos de cloro. Esses átomos, altamente reativos, quebram as moléculas de ozônio, liberando
o oxigênio atômico, também muito reativo e que participa de mais reações de quebra do ozônio. Dessa forma, a
camada de ozônio fica com regiões mais finas, originando o que se conhece como buraco na camada de ozônio.
Com a formação dos buracos na camada de ozônio, mais radiação solar entra em contato com a superfície da
Terra, atingindo os seres vivos e prejudicando, por exemplo, os seres produtores aquáticos, o que pode acarretar
em desequilíbrio das cadeias alimentares. A radiação solar excessiva também é prejudicial para a pele, que pode
ser queimada, ficar irritada ou ainda desenvolver câncer. Há, inclusive, vários estudos que relacionam o aumento
nos casos de câncer de pele ao buraco na camada de ozônio.
Porém, parece que hoje esse é um problema quase que superado, dados os acontecimentos decorrentes da
assinatura de vários países do Protocolo de Montreal. De acordo com esse tratado, os países signatários reduziriam
ou baniriam a produção dos CFCs. Anos após a assinatura desse tratado, resultados positivos já puderam ser
verificados. No entanto, como dito anteriormente, por ser estável, os CFCs permanecem na atmosfera por muito
tempo e acredita-se que apenas em 2065 a camada de ozônio estará completamente recuperada.
Diversos estudos, inclusive da National Aeronautics and Space Administration (NASA), apontam algumas áreas
como as mais suscetíveis ao buraco na camada de ozônio, e isso depende de características atmosféricas da
região. Um exemplo é a Antártida, que, quando sai o inverno e entra a primavera, sofre com as reações que
formam o buraco na camada de ozônio de forma natural. Mesmo assim, acredita-se que os CFCs contribuam para
o agravamento dessa situação.
Quando encontrado na troposfera, por exemplo, o gás ozônio é considerado um poluente que causa irritação
nas mucosas, nos olhos e no sistema respiratório. Ele é formado ao reagir com outras substâncias poluentes,
provenientes principalmente da queima de combustíveis fósseis liberados por automóveis e indústrias.
Como se pode ver, o ozônio pode ser benéfico ou prejudicial, dependendo de onde ele se encontra. Saber a
respeito de seus processos de formação e destruição é fundamental para a tomada consciente de decisões de
atividades diárias que podem contribuir para que o ozônio fique no local certo, exercendo seu papel fundamental
96 que é proteger os seres vivos na Terra.

UNIVERSO DA CIÊNCIA
6° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio para a vida na Terra, identificando os fatores que 97
aumentam ou diminuem sua presença na atmosfera, e discutir propostas individuais e coletivas para sua
preservação.

Conteúdos privilegiados

• Gás ozônio

• Formação do ozônio estratosférico e troposférico

• Destruição da camada de ozônio

Orientações didáticas

Item 1
Instigue os alunos a darem sua opinião a respeito do uso e da ação dos protetores solares. Possivelmente alguns
alunos só fazem uso em momentos de exposição ao sol, enquanto outros fazem uso diário e em qualquer situação.
Deixe-os falar abertamente sobre o assunto.

Item 2
Para a realização desse experimento, é necessário que a sala esteja mais escura possível. Não é necessário
realizar um experimento por equipe; é possível realizar essa atividade de forma demonstrativa, contando com a
participação dos alunos. É interessante levar protetores solares de diferentes marcas e fatores de proteção solar
para que os alunos comparem a proteção que cada um confere. Se possível, leve também óleo bronzeador caseiro
para mostrar como essas substâncias deixam a pele desprotegida. Caso seja possível levar diferentes protetores
solares, os alunos conseguirão ter um comparativo entre a proteção de cada tipo e fator testado. Esclareça que
esse experimento não é um teste confiável que indicará a maior eficiência de um produto em relação a outro, mas
apenas para verificar que existem diferenças na forma de ação desses produtos.

Item 3
Espera-se que os alunos respondam que os protetores solares agem como uma barreira sobre a pele. Caso eles
ainda não consigam chegar a essa conclusão, espere e volte a perguntar após a realização do experimento.

Item 4
Prepare previamente as placas com o meio de cultura para o desenvolvimento de bactérias e fungos.

Item 5
Ao serem iluminadas com a lâmpada de luz negra, as imagens desenhadas com a tinta fluorescente ficam bem
visíveis.
Item 6
Espera-se que as imagens não emitam a fluorescência, pois a finalidade do protetor solar é impedir que a luz
chegue até a tinta para ser refletida. Isso significa que, no local em que o protetor foi aplicado, deve formar uma
mancha escura que impede a visualização da tinta fluorescente. Por outro lado, a região coberta pelo bronzeador
provavelmente refletirá fluorescência.

Item 7
As respostas dependem das amostras usadas para a realização do experimento, mas se espera que, quanto maior
for o fator de proteção solar, menos fluorescência será visualizada.

Item 8
Espera-se que, após 24 horas, as placas apresentem diferenças significativas na formação das culturas de
microrganismos. As placas irradiadas devem estar sem culturas ou em menor quantidade, se comparadas com as
placas de controle. Isso acontece porque a radiação UV causa mudanças estruturais no organismo, levando-os a
desenvolver mutações ou à morte.

Conhecendo mais

OZÔNIO E CFCS - ENTREVISTA COM PROFA. ADALGIZA FORNARO


<https://www.youtube.com/watch?v=hYd1llT8yLA>
Apresenta uma entrevista com a especialista Profª. Adalgiza Fornaro.

AS CAMADAS PROTETORAS DO CÉU


<http://agencia.fapesp.br/as-camadas-protetoras-do-ceu/22711/>
Apresenta a ionosfera como outra camada atmosférica importante para filtrar os raios solares.

CAMADA DE OZÔNIO
<http://camada-de-ozonio.info/>
Apresenta diversas informações a respeito da camada de ozônio.

98

UNIVERSO DA CIÊNCIA
6° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

7 VULCÕES E AS EXPLOSÕES DE FOGO 99

Os vulcões são criados por meio dos movimentos das placas tetônicas. As placas se movem enquanto o
intenso calor dentro da Terra cria gigantescas correntes de convecção no manto, gerando uma bolha de magma
com alta pressão e baixa densidade em relação às rochas a sua volta. Um vulcão entra em atividade quando essas
correntes de convecção sobem para a superfície e a crosta expele todo o seu material em forma de jatos de lava,
originando assim o processo de erupção que pode causar enormes prejuízos.
Um vulcão possui uma câmara magmática que é uma espécie de reservatório onde se acumula o magma
proveniente do manto. Há, também, uma chaminé que liga o centro do vulcão ao exterior. O local em que o magma
é expelido é denominado cratera e, quando há um acúmulo excessivo desse material ao redor da cratera, é
chamado de cone vulcânico, podendo alcançar enormes alturas.
Com a formação de vulcões no meio do oceano, pode ocorrer o surgimento de ilhas. Já um vulcão que se forma
no meio do continente, se torna mais violento durante a erupção, expelindo cinzas, rochas e gás. Os vulcões,
geralmente, ocorrem em torno de ilhas ou nas margens do continente e suas posições marcam os limites entre as
placas tectônicas.
Quando um vulcão termina a sua erupção, a lava se solidifica formando novas rochas no local e, às vezes, pode
fechar a chaminé do vulcão. Mas isso não significa que ele tenha se extinguido, está apenas dormente e poderá
acordar novamente em dias, meses ou anos depois. Para ser considerado um vulcão ativo, é necessário que seja
registrado pelo menos uma ocorrência de sua atividade na história. Por outro lado, existem vulcões considerados
dormentes, que são aqueles que não estão em atividade, mas podem entrar em erupção a qualquer momento.

Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF07CI15): Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar a rara
ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas.

Conteúdos privilegiados

• Erupções vulcânicas

• Falhas geográficas

Orientações didáticas

Item 1
Explique aos alunos quais são as divisões internas no nosso planeta, ressaltando que é no manto que se encontra
o magma, material que é expelido na atividade vulcânica. Conte a eles que no Brasil também há vulcões, mas eles
não estão ativos e não são tão frequentes como em outros lugares.
Item 2
Discuta com os alunos acerca do que imaginam ser o magma e a lava. Ouça suas ideias e, por fim, explique que
a lava nada mais é do que o nome que o magma recebe depois de expelido pelos vulcões.

Item 3
Reúna os alunos em grupos. Auxilie-os na montagem dos vulcões, sanando possíveis dúvidas que venham surgir
durante o experimento. Solicite a eles que escrevam suas hipóteses a respeito do que imaginam que irá acontecer
quando colocarem os materiais dentro do vulcão. Oriente-os a tomarem cuidado ao acrescentar o vinagre, para
que não se sujem quando o material for expelido do vulcão montado por eles. Também existe a possibilidade de
deixar preparado o vulcão que integra o laboratório.

Item 4
Espera-se que os alunos identifiquem que os países que mais apresentam atividade vulcânica são o Chile, a
Indonésia, os Estados Unidos, Japão e Rússia. Espera-se também que percebam que esses países ficam na zona
de convergência de placas tectônicas, ou seja, nos limites das placas.

Item 5
Espera-se que, ao despejar o vinagre no conteúdo de dentro do vulcão, ocorra uma reação química que simule
a erupção vulcânica. Oriente os alunos a perceberem que o material que foi expelido pode se espalhar a longa
distância, relacionando este evento ao que ocorre em vulcões na realidade.

Conhecendo mais

SUPER VULCÃO PARA A FEIRA DE CIÊNCIAS


<http://www.manualdomundo.com.br/2012/10/super-vulcao-para-feira-de-ciencias/>
Apresenta instruções de como construir um modelo de vulcão em pequena escala.

SAIBA QUAIS SÃO OS CINCO PAÍSES COM VULCÕES MAIS ATIVOS


<http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04/saiba-quais-sao-os-cinco-paises-com-mais-vulcoes-
ativos.html>
Apresenta informações dos países que mais apresentam atividade vulcânica atualmente.

COMO OS VULCÕES SE FORMAM E AGEM? NO BRASIL, OS JÁ


EXTINTOS PODEM VOLTAR À ATIVIDADE?
<https://novaescola.org.br/conteudo/1099/como-os-vulcoes-se-formam-e-agem-no-brasil-os-ja-
extintos-podem-voltar-a-atividade>
Apresenta, de forma resumida, como ocorre a formação dos vulcões.

VULCANISMO E VULCÕES
100 <http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=282>
Explica o fenômeno do vulcanismo e a função dos vulcões.Terra agitada

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8 TERRA AGITADA
Sugerida em 1912 por Alfred Wegener, a teoria da Deriva Continental propõe que os continentes hoje existentes
101

surgiram a partir de uma única porção de terra chamada Pangeia. Isso ocorreu devido à pressão interna da Terra
ter rompido parte interna da crosta, formando as placas tectônicas.
Acredita-se que Pangeia foi um supercontinente que existiu há aproximadamente 200 milhões de anos, na
era mesozoica, envolto por um oceano chamado Pantalassa. Por volta de 130 milhões de anos, essa massa
rompeu-se em dois continentes denominados Laurasia (América do Norte e Eurásia) e Gondwana (América do Sul,
Antártida, África, Oceania e Índia), sendo divididos pelo mar Thetys. Depois disso, ocorreram outras separações
dos continentes, até ficar como conhecemos hoje: a Índia se rompeu da África, se deslocou para o norte e colidiu-
se com a placa Eurásia, formando as cordilheiras do Himalaia.
Porém, a teoria proposta por Alfred Wegener só foi reconhecida como verdadeira muitos anos mais tarde, após
a Teoria de Tectônica de Placas ser aceita, por volta de 1950. Esta teoria baseou-se em evidências morfológicas
(costa leste brasileira ser semelhante à costa oeste africana); paleontológicas (fósseis de animais de mesma
espécie ser encontrados em diferentes continentes); paleoclimáticas (os efeitos dos climas de cada continente são
semelhantes em algumas rochas atuais). Essas evidências confirmam que Alfred estava certo, porém o que se
locomove são as placas tectônicas e não os continentes.
As placas tectônicas se movimentam de forma lenta e contínua sobre o manto (estima-se que o Brasil e a África
se afastam em torno se 5cm por ano), e quando se afastam ou se aproximam uma da outra, podem causar abalos
na superfície terrestre, como terremotos, atividades vulcânicas e formação de cadeias montanhosas. Elas estão
em constante movimento de construção e destruição, devido ao fato de o interior terrestre ser bastante aquecido
e formar as correntes de convecção. Os tipos de movimentos das placas podem ser definidos como divergentes,
convergentes e transformantes:

• Divergentes: ocorre uma separação lenta entre duas placas, e as placas vão sendo construídas novamente,
isso pode causar fissões e vulcões oceânicos.

• Convergentes: quando duas placas tectônicas entram em atrito e ocorre a destruição de uma das placas.
Nesse caso, uma das placas pode sofrer subducção e a outra dobrar, formando montanhas e dobramentos
geológicos.

• Transformantes: o atrito desse movimento não gera nem construção nem destruição das placas, deixando
falhas geológicas no local.
Quando os movimentos entre as placas acontecem, pode ocorrer um desajuste que gera uma grande
quantidade de energia. Essa energia vai ser propagada em formato de ondas através da crosta terrestre, tendo
como consequência abalos sísmicos. Esses abalos podem se tornar tremores de terra, ou seja, terremoto, e
causar a destruição de várias cidades próximo da região. Já quando esse abalo sísmico acontece no meio do
oceano, a propagação de ondas vai gerar o que chamamos de tsunamis, podendo causar grandes inundações e
matar milhares de pessoas, como ocorreu no Japão em 2011 com mais de 15.000 vítimas.
Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF07CI15): Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar a rara
ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas.

Conteúdos privilegiados

• Terremotos

• Tsunamis

Orientações didáticas

Item 1
Desperte a curiosidade dos alunos com perguntas como “o que é terremoto?”, “o que é tsunami?”. Busque instigar
o interesse deles perguntando se os mesmos já refletiram sobre o que influencia a ocorrência desses fenômenos.
Questione por que no Brasil não se ouve falar desses fenômenos, ao contrário de países como o Japão. Oriente-
os a verificar que o Brasil está no meio de uma placa tectônica e que por isso não ocorrem grandes abalos aqui.

Item 2
Contextualize o tema terremotos citando exemplos recentes de casos que foram notificados na mídia. A partir
disso, explique os principais conceitos relacionados ao assunto. Lembre-se de que a interação com os alunos
é muito importante para que se possa ter um feedback do que os mesmos já sabem. Dessa forma, é possível
elaborar uma melhor estratégia para abordar o assunto.

Item 3
Reúna os alunos em grupos para a execução dos experimentos. Oriente-os durante as etapas da experiência para
sanar eventuais dúvidas, porém deixe que realizem os procedimentos sozinhos. Peça a eles que anotem suas
hipóteses em relação ao que vai acontecer em cada experimento.

Item 4
Explique aos alunos que a magnitude de um terremoto é mensurada com a escala Richter. Esclareça que esta escala
varia de 0 a um valor máximo não estabelecido, porém até hoje não foi registrado nenhum abalo acima da escala 10.

Item 5
Oriente os alunos a permanecerem em grupos. Esclareça que a ideia é que eles montem uma simulação de cidade
localizada perto do mar para que possam ver como é a formação de ondas. Esclareça eventuais dúvidas, mas
deixe que percebam que, conforme aumentarem a intensidade da força que usarem com a madeira, maior será a
onda e, consequentemente, mais água chegará na cidade simulada por eles.

Item 6
Espera-se que as construções mais baixas sofram menos influência do terremoto que as mais altas. A proporção
102 dos efeitos do terremoto aumenta à medida que sua intensidade é ampliada. Espera-se que, ao colocar peso no
topo das estruturas mais altas, estas venham a se estabilizar.

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6° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

Item 7
Espera-se que, no segundo experimento, com os movimentos produzidos pela tábua, os alunos percebam que as
ondas ali formadas se assemelham às ondas produzidas no mar. Auxilie-os a produzirem ondas cada vez mais 103
fortes, até formarem aquelas que irão invadir todo o espaço que seria a representação de cidades. Oriente os
grupos para que discutam entre si o resultado dos experimentos, e discuta com os grupos o que aconteceu em
cada experimento.

Item 8
Espera-se que os alunos percebam, em ambos os experimentos, que quanto maior a força aplicada, maior a
intensidade do fenômeno produzido. Explique a eles que isso também ocorre nos fenômenos reais, em que quanto
maior o impacto das placas, maior a quantidade de energia liberada.

Item 9
Solicite aos alunos que expressem, de forma verbal, as conclusões que tiraram do experimento. Dessa forma,
retome os aspectos iniciais abordados e contextualize-os. Por exemplo, provavelmente, quando os alunos forem
perguntados no início da aula sobre o porquê de não haver registros de terremotos no Brasil, e estes serem
frequentes no Japão, eles não saibam explicar com base conceitual. Assim sendo, ao final da aula e com base nos
experimentos, retome essa questão.

Conhecendo mais

ONDE ESTÁ OCORRENDO ABALOS SÍSMICOS?


<http://moho.iag.usp.br/>
Portal do Centro de Sismologia da USP apresenta, em tempo real, o registro dos últimos abalos
sísmicos significantes detectados ao redor do mundo.

ABALOS SÍSMICOS NO BRASIL.


<https://exame.abril.com.br/brasil/os-7-maiores-terremotos-que-ja-ocorreram-no-brasil/>
Reportagem a respeito de alguns abalos sísmicos mais significantes já registrados no Brasil.
9 SERÁ QUE ESTÁ QUENTE OU FRIO?
Muitas vezes, os conceitos de calor, temperatura e sensação térmica são difíceis de ser compreendidos pelos
alunos. Além disso, geralmente verificamos que no senso comum esses conceitos são utilizados de maneira
equivocada em diferentes situações cotidianas.
Dentre essas situações, surgem expressões do tipo: “hoje fez muito calor em minha cidade”; “feche a janela
para o frio não entrar”; “coloque este casaco para ficar quentinho”. Essas expressões do senso comum estão em
desacordo com os conhecimentos científicos, especialmente os da termologia. Dessa forma, em um ambiente não
“faz calor”, a roupa não é “quentinha”, e tampouco o frio “entra” pela janela.
Por isso, é fundamental deixar claro aos alunos a diferença entre calor, temperatura e sensação térmica, bem
como trabalhar esses conceitos por meio de exemplos do cotidiano. Além disso, é importante mostrar aos alunos o
significado de equilíbrio termodinâmico e exemplificar sua ocorrência em diferentes situações cotidianas.
Em dias muito frios, geralmente as pessoas usam casacos pesados ou blusas de lã com o intuito de diminuir a
sensação de frio. Por outro lado, em dias quentes as pessoas utilizam roupas mais leves e claras para amenizar
a sensação quente. Fisicamente, essas sensações ocorrem pelo fato de o corpo humano liberar calor, no caso da
sensação de frio, e de absorver calor no caso da sensação quente. Ou seja, em ambos os casos as sensações
decorrem da energia transferida do corpo para o ambiente ou do ambiente para o corpo, em virtude da diferença
de temperatura entre eles.
O ato de sentir a temperatura de um bebê, utilizando a mão, é um fato do cotidiano que ilustra muito bem os
conceitos de calor e sensação térmica. Quando encostamos a mão na testa de um bebê com febre, a energia na
forma de calor passa do corpo do bebê para a nossa mão, aumentando a temperatura nesse local. Essa mudança
de temperatura é percebida por células muito sensíveis presentes em nossa pele, as quais enviam uma informação
ao cérebro, dando-nos a sensação quente.
Quando uma criança segura uma xícara de chá morno, suas mãos recebem energia na forma de calor proveniente
da xícara. Nesse caso, como a temperatura da xícara é maior do que a da pele da criança, a transferência de calor
ocorre da xícara para a pele, aquecendo as mãos da criança. Nesse exemplo, é importante reforçar aos alunos o
princípio do equilíbrio termodinâmico, ou seja, quando dois corpos com diferentes temperaturas entram em contato,
o de maior temperatura (mais quente) transfere calor ao de menor temperatura (mais frio), enquanto que o corpo
de menor temperatura (mais frio) recebe calor do corpo de maior temperatura (mais quente). Consequentemente,
o corpo que apresentava a maior temperatura esfria e o corpo que registrava a menor temperatura esquenta,
atingindo assim o equilíbrio térmico.

Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF07CI02) Diferenciar temperatura, calor e sensação térmica nas diferentes situações de equilíbrio
104 termodinâmico e em outras situações cotidianas.

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Conteúdos privilegiados

• Calor, temperatura e sensação térmica. 105


• Equilíbrio termodinâmico.

Orientações didáticas

Item 1
Dificilmente algum aluno nunca tenha escutado os termos calor, temperatura e sensação térmica. Por isso, deixe
que eles compartilhem suas experiências relacionadas ao uso desses termos. Ao compartilhá-las, é muito provável
que os alunos não consigam identificar que esses conceitos são utilizados de maneira equivocada no dia a dia,
pois é algo que está bem presente no senso comum.

Item 2
Instigue os alunos a lembrarem de situações do cotidiano relacionadas ao equilíbrio térmico. Como exemplos, eles podem
citar: uma jarra de suco cheia de gelo que permanece por algum tempo fora da geladeira recebe calor do ambiente, a
ponto de o gelo derreter e sua temperatura aumentar, atingindo o equilíbrio térmico com a temperatura ambiente; uma
panela de arroz quente que fica sobre a mesa para ser servido no almoço, depois de um tempo, cede calor para o
ambiente, ou seja, esfria e, consequentemente, atinge o equilíbrio térmico com a temperatura ambiente.

Item 3
Reúna os alunos em seis grupos e solicite que cada um providencie, previamente à aula, as garrafas PET
pintadas. É importante ressaltar que as garrafas devem ser iguais. Para a realização do experimento, além das
garrafas, distribua dois termômetros e uma luminária com lâmpada para cada equipe. Será necessário, ainda,
mais um termômetro para a sala toda, que será utilizado como referência para que as equipes possam medir a
temperatura ambiente. Sendo assim, posicione o termômetro em um local acessível na sala de aula e que não
sofra interferências que influenciem na temperatura ambiente, como perto de janelas abertas, de ar-condicionado
ou ventiladores ligados etc.

Item 4
As garrafas pretas absorverão mais calor e, consequentemente, a água presente nelas atingirá maior temperatura
quando a lâmpada estiver acesa. Quando a lâmpada for apagada, a água das garrafas pretas permanecerá
aquecida por um tempo maior. Espera-se que as temperaturas da água aferidas no início e no final do experimento
sejam as mesmas, tanto nas garrafas brancas quanto nas pretas, representando o equilíbrio termodinâmico delas
com o ambiente.
É possível ampliar a discussão e comentar com os alunos que a transferência de energia térmica, neste caso, é a
irradiação. Aproveite o momento e utilize o radiômetro para demonstrar como ela ocorre e também como isso pode
gerar trabalho através da transformação de energia térmica em energia cinética. É dessa maneira que se explica
como o Sol atua em nosso planeta gerando os ventos.

Item 5
Resposta variável, pois a medição do tempo depende da condução do experimento.
Item 6
A garrafa preta apresentou maior variação de temperatura durante todo o experimento. Quando a luz foi acesa, a
garrafa preta absorveu maior quantidade de calor, logo, teve maior variação de temperatura. Quando a lâmpada foi
desligada, a água da garrafa preta estava mais aquecida e, por isso, ela emitiu calor, variando mais sua temperatura
do que a água da garrafa branca.

Item 7
Resposta variável, pois vai depender do processo de resfriamento da água presente nas garrafas.

Conhecendo mais

CALOR
<http://www.if.ufrgs.br/cref/leila/calor.htm>
Informações e animações relacionadas ao conceito de calor.

SENSAÇÃO TÉRMICA E MEDIDA DE TEMPERATURA


<https://www.youtube.com/watch?v=Ghop4pOZqi4>
Vídeo que mostra de maneira bem simples a sensação térmica e a medida da temperatura.

Referências
GEWANDSZNAJDER, F. Ciências: 9º ano. São Paulo: Editora Ática, 2008.
NERY, A.L.P.; et al. Para viver juntos: Ciências 9º ano. São Paulo: Edições SM Ltda., 2008.

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10 TECNOLOGIA E QUALIDADE DE VIDA 107

O desenvolvimento tecnológico está presente na vida humana desde seus primórdios, desde quando instrumentos
eram fabricados para ajudar na caça, por exemplo. Quando os seres humanos eram caçadores e precisavam
encurralar, matar, ou criar uma nova ferramenta de caçar um animal, novas tecnologias foram desenvolvidas. Esse
desenvolvimento contínuo da tecnologia acabou gerando uma dependência dos seres humanos. Atualmente, não
conseguimos mais viver sem algumas tecnologias.
O termo tecnologia possui, no senso comum, uma definição diferente do real significado. Muitos definem a
palavra tecnologia como sendo sinônimo de algum aparelho eletrônico inovador, com múltiplas funções. Mas o
real significado dessa palavra depende muito do contexto no qual é usada. Mas, em geral, esse termo envolve o
conhecimento técnico e científico e a aplicação dele para facilitar o trabalho ou resolver problemas.
A tecnologia é o encontro entre ciência e engenharia. Sendo uma palavra que abrange desde as ferramentas
e processos simples, tais como uma ferramenta de caça e uma estratégia para encurralar um animal, até as
ferramentas e processos mais complexos já criados pelos humanos, como usinas hidrelétricas e a pasteurização
de alimentos. Frequentemente, a tecnologia entra em conflito com algumas preocupações naturais de nossa
sociedade, como o meio ambiente, a poluição e outras questões ecológicas, assim como filosóficas e sociológicas,
e questões que envolvem a qualidade de vida, como a medicina.
Na medicina, as tecnologias avançaram de maneira mais rápida depois da Segunda Guerra Mundial. Antigamente
era difícil dar um diagnóstico preciso de uma doença e elaborar um tratamento eficaz. Atualmente, existem diversos
aparelhos que facilitam o diagnóstico de doenças e diversas tecnologias que são aplicadas no tratamento. Durante
o período do Renascimento, a medicina era muito experimental, os médicos não tinham métodos e nem aparelhos
que os auxiliassem no diagnóstico de doenças. Assim, os pacientes contavam muito com a experiência profissional
do médico para determinar qual era a sua doença e a forma de tratá-la.
Anos depois, surgiu o primeiro aparelho que revolucionou a medicina: o aparelho de raios-X. Foi o primeiro
aparelho a proporcionar uma visão interna do corpo humano. Atualmente, a medicina conta com tecnologias que
fazem diagnósticos muito mais precisos, como o PET/CT. Esse aparelho é capaz de realizar um mapeamento
metabólico do corpo e a captação de imagens anatômicas de altíssima resolução, que serve para diagnóstico
inicial de diversos tipos de câncer, avaliação de doenças neuropsiquiátricas e cardiovasculares.

Habilidades desenvolvidas nesta unidade

• (EF07CI11). Analisar historicamente o uso da tecnologia, inclusive a digital, nas diferentes dimensões da
vida humana, considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida.
Conteúdos privilegiados

• Ciência e tecnologia

• Sistema cardiovascular

• Tratamento da aterosclerose

Orientações didáticas

Item 1
Discuta com os alunos a importância do desenvolvimento dos stents para auxiliar no tratamento de pacientes
com doenças cardiovasculares. Pergunte se conhecem alguém que possui stents e como é a vida dessa pessoa.
Na sequência, pergunte-lhes se conhecem outras melhorias na qualidade de vida das pessoas que dependem do
desenvolvimento tecnológico. Entre os exemplos possíveis, os alunos podem citar os exames de imagens que
facilitam o diagnóstico e a indicação do tratamento correto para os pacientes.

Item 2
Espera-se que os alunos respondam que a água passará de forma mais rápida no tubo sem massa de modelar.

Item 3
O tubo representa as artérias e a massa de modelar representa as placas de gordura depositadas nelas.

Conhecendo mais

TECNOLOGIA E MEDICINA
<https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia-a-chave-para-avanco-da-medicina-20026186>
Artigo que aborda a questão de como a tecnologia vai ser importante para o avanço da medicina.

STENTS
<https://globoplay.globo.com/v/3587885/>
Reportagem que explica mais como os stents funcionam.

Referências

DRUMOND, José Geraldo de Freitas. Ética e inovação tecnológica em medicina. Disponível em: <https://www.
saocamilo-sp.br/pdf/bioethikos/54/Etica_e_inovacao.pdf>. Acesso em:5 ago. 2018.

HOSPITAL SAMARITANO. Stent: o que é e como ele pode ajudar o seu coração? Disponível
em: <http://samaritano.com.br/home-top-slider/stent-o-que-e-e-como-ele-pode-ajudar-o-seu-
108 coracao-cardio/>. Acesso em: 5 ago. 2018.

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

BNCC – CIÊNCIAS DA NATUREZA 109


Para o ensino e a aprendizagem de Ciências é imprescindível a elaboração de um currículo
que vise ao conhecimento do indivíduo, da diversidade, dos processos que ocorrem no mundo e
no universo e as aplicações dos conhecimentos científicos nas várias esferas da vida humana.
Orientando a elaboração dos currículos de Ciências, foi proposta a Base Nacional Curricular
Comum do Ensino Fundamental. Segue a relação das Unidades Temáticas, Objetos de
Conhecimento e Habilidades, trabalhadas neste ano de ensino.

UNIDADE OBJETOS DE
HABILIDADES BNCC
TEMÁTICA CONHECIMENTO

(EF07CI01) Discutir a aplicação, ao longo da história, das


máquinas simples e propor soluções e invenções para a rea-
lização de tarefas mecânicas cotidianas.
Máquinas simples
(EF07CI02) Diferenciar temperatura, calor e sensação térmi-
ca nas diferentes situações de equilíbrio termodinâmico coti-
dianas. (EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças econômicas,
culturais e sociais, tanto na vida cotidiana quanto no mundo
do trabalho, decorrentes do desenvolvimento de novos mate-
riais e tecnologias (como automação e informatização).
Formas de propagação
do calor
(EF07CI03) Utilizar o conhecimento das formas de propaga-
ção do calor para justificar a utilização de determinados ma-
teriais (condutores e isolantes) na vida cotidiana, explicar o
princípio de funcionamento de alguns equipamentos (garrafa
MATÉRIA E térmica, coletor solar etc.) e/ou construir soluções tecnológi-
ENERGIA cas a partir desse conhecimento.
Equilíbrio termodinâmico
e vida na Terra
(EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio termodinâmico para
a manutenção da vida na Terra, para o funcionamento de má-
quinas térmicas e em outras situações cotidianas.

(EF07CI05) Discutir o uso de diferentes tipos de combus-


tível e máquinas térmicas ao longo do tempo, para avaliar
avanços, questões econômicas e problemas socioambientais
História dos combustíveis causados pela produção e uso desses materiais e máquinas.
e das máquinas térmicas
(EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças econômicas, cultu-
rais e sociais, tanto na vida cotidiana quanto no mundo do
trabalho, decorrentes do desenvolvimento de novos materiais
e tecnologias (como automação e informatização).
UNIDADE OBJETOS DE
HABILIDADES BNCC
TEMÁTICA CONHECIMENTO
(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasi-
leiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de
solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., corre-
lacionando essas características à flora e fauna específicas.
Diversidade de
ecossistemas
(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catás-
trofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, bioló-
gicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações,
podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alte-
ração de hábitos, migração etc.

(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunida-


de, cidade ou estado, com base na análise e comparação
de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil,
Fenômenos naturais e cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de
impactos ambientais veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados
VIDA E
de políticas públicas destinadas à saúde.
EVOLUÇÃO

(EF07CI10) Argumentar sobre a importância da vacinação


para a saúde pública, com base em informações sobre a ma-
neira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da
vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva
e para a erradicação de doenças.

Programas e indicadores
de saúde pública
(EF07CI11) Analisar historicamente o uso da tecnologia, in-
cluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida humana,
considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida

110

UNIVERSO DA CIÊNCIA
7° ANO | LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

UNIDADE OBJETOS DE 111


HABILIDADES BNCC
TEMÁTICA CONHECIMENTO

(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura de gases,


identificando sua composição, e discutir fenômenos naturais
ou antrópicos que podem alterar essa composição.
Composição do ar
(EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efeito estufa,
seu papel fundamental para o desenvolvimento da vida na
Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo seu au-
mento artificial (queima dos combustíveis fósseis, desmata-
mento, queimadas etc.) e selecionar e implementar propostas
para a reversão ou controle desse quadro.
Efeito estufa

(EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio


para a vida na Terra, identificando os fatores que aumentam
ou diminuem sua presença na atmosfera, e discutir propostas
TERRA E UNI- individuais e coletivas para sua preservação.
VERSO
Camada de ozônio

(EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais (como vulcões,


terremotos e tsunamis) e justificar a rara ocorrência desses
Fenômenos naturais fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tec-
(vulcões, terremotos e tônicas.
tsunamis)

Placas tectônicas e (EF07CI16) Justificar o formato das costas brasileira e africa-


deriva continental na com base na teoria da deriva dos continentes.

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