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Cartilha de Destinação Correta do Lixo Eletrônico

Book · January 2016

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2 authors:

Gustavo Teixeira Alexandre Roque


Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Santo Ângel… Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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2
3

Gustavo Teixeira
Alexandre dos Santos Roque

CARTILHA
DE DESTINAÇÃO CORRETA
DO LIXO

ELETRÔNICO

Santo Ângelo
FURI
2016
4

EXPEDIENTE
URI – Universidade Regional Integrada do Alto
Capa: Gustavo Teixeira
Uruguai e das Missões – Câmpus Santo
Editoração e organização: Gustavo Teixeira e
Ângelo
Reitor: Luiz Mario Silveira Spinelli
Alexandre dos Santos Roque
Pró-Reitor de Ensino: Rosane Vontobel
Revisão: Nelci Müller
Rodrigues
Pró-Reitor de Pesquisa Extensão e Pós- Tiragem: 500 exemplares
Graduação: Giovani Palma Bastos Impressão: Gráfica Venâncio Ayres
Pró-Reitor de Administração:Nestor Herique
de Cesaro
Direção Geral: Gilberto Pacheco
Direção Acadêmica: Marcelo Paulo Stracke
Universidade Regional Integrada do
Direção Administrativa: Berenice Beatriz
Alto Uruguai e das Missões
Rossner Wbatuba
Rua Universidade das Missões, 464,
Chefia do departamento de Engenharias e
Santo Ângelo - RS | CEP 98802-470
Ciência da Computação: Mauro Cesar
Fone (55) 3313 7900
Marchetti
www.santoangelo.uri.br
Coordenação do curso de Ciência da
Computação e Sistemas de Informação:
Denilson Rodrigues da Silva

T266c Teixeira, Gustavo


Cartilha de destinação correta do lixo eletrônico /
Gustavo Teixeira, Alexandre dos Santos Roque. – Santo
Ângelo: FuRI, 2016.
20 p. ; 21 cm
ISBN 978-85-7223-415-3

1. Lixo eletrônico - Descarte I. Roque, Alexandre


dos Santos. II. Título.

CDU: 628.4

Responsável pela catalogação: Fernanda Ribeiro Paz - CRB 10/1720


5

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO......................................................................................7
1 CONFIRA ALGUNS COMPONENTES QUE SÃO UTILIZADOS NA
FABRICAÇÃO DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS ........................................8
1.1 O que fazer com aparelhos obsoletos?..........................................10
1. 2 Substâncias encontradas no lixo eletrônico.................................10
2 COMO DESSOLDAR COMPONENTES ELETRÔNICOS.......................11
2.1 Dicas.................................................................................................12
3 DESCARTE DE OUTROS MATERIAIS..................................................13
3.1 Lâmpadas LED e CFL.......................................................................13
3.2 Pilhas e baterias...............................................................................14
4 LEGISLAÇÃO E COLETA SELETIVA....................................................15
4.1 Legislação........................................................................................15
4.2 Para relembrar: coleta seletiva.......................................................15
5 CONCLUSÃO........................................................................................17
6 BIBLIOGRAFIA.....................................................................................18
7 SOBRE OS AUTORES...........................................................................19
6
7

APRESENTAÇÃO

A criação das novas tecnologias contemplou o homem


contemporâneo com recursos eletrônicos que facilitaram
muito o dia a dia das pessoas. Entretanto, a rapidez com que
tais recursos se tornam obsoletos e inaproveitáveis impôs
nova demanda: o descarte desses recursos, podendo, muitas
vezes, significar perigo para a natureza e para os seres. Por
essa razão, este manual resulta de um estudo sobre o lixo
eletrônico o qual integra o projeto: Ensino de robótica e
conscientização ambiental com base na combinação de
prototipação em impressora 3D e reuso de lixo eletrônico,
desenvolvido pelo aluno-bolsista Gustavo Teixeira e seu
orientador, Professor Ms. Alexandre dos Santos Roque. A
pesquisa foi financiada pela Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões – Campus de Santo Ângelo.
Este Manual tem por objetivos: compartilhar informações
relevantes acerca de reutilização do lixo eletrônico para que o
mesmo não seja descartado em ambiente natural; oferecer
dicas quanto ao descarte de outros materiais que podem ser
prejudiciais à natureza; descrever brevemente o processo de
dessolda de componentes eletrônicos, curiosidades sobre o
descarte de outros materiais e, por fim, oferecer um resumo
das cores identificadoras das lixeiras de coleta seletiva.
Espera-se desta forma, socializar o conhecimento,
auxiliando as pessoas, especialmente os usuários de
equipamentos eletrônicos, na preservação do meio ambiente.
8

1 CONFIRA ALGUNS COMPONENTES QUE SÃO UTILIZADOS NA


FABRICAÇÃO DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS

CAPACITOR
Poliéster,
poliestireno,
cerâmica,
mica,
alumínio,
etc.

CIRCUITO
INTEGRADO
Dióxido de
silício,
alumínio, boro
e fósforo. TRANSISTOR
Silício, germânio,
gálio, alguns óxidos, etc.
9

TRANSFORMADOR
Cobre e material
ferromagnético (ferro, níquel,
cobalto).

DISSIPADOR DE
CALOR
Cobre e
alumínio e
outros metais.

INDUTOR
Cobre, alumínio
e outros metais
condutores.

RESISTOR
Cerâmicas, carbono,
filmes metálicos, etc.
10

1.1 O que fazer com aparelhos obsoletos?

Devido aos metais encontrados na placa de circuito


impresso (PCI) do seu equipamento, recomenda-se que ele seja
descartado em empresas especializadas nesse tipo de material.
Se você possui conhecimento em eletrônica e deseja fazer o
reuso dos componentes, você pode dessoldá-los e reutilizar os
que ainda funcionam. Caso contrário, é recomendado separar a
parte eletrônica da parte plástica/metálica (estrutura). Entregue
a PCI em pontos de coleta ou diretamente nas empresas que
reciclam esse item e, quanto à estrutura, exerça a coleta
seletiva, colocando o plástico/metal em uma sacola individual,
identificando-a com o tipo de material. Caso haja pontos de
coleta específicos para esse material em sua cidade, sugere-se
que o leve até esse local, caso contrário, descarte em lixeiras
próprias para esse tipo de equipamento.
Você tem um aparelho que ainda está funcionando mas
não o quer mais? Uma opção é doá-lo a instituições, projetos ou
famílias que possam usar o equipamento, evitando que ele
tenha um destino incorreto. Tenha certeza que o equipamento
está em boas condições de uso.

1.2 Substâncias encontradas no lixo eletrônico

As seguintes substâncias químicas, que são encontradas


no lixo eletrônico, podem causar danos ao meio ambiente:
Cádmio Mercúrio Selênio Arsênico Chumbo
11

2 COMO DESSOLDAR COMPONENTES ELETRÔNICOS

Uma forma simples de retirar um componente da placa de


circuito é com o uso de um sugador e ferro de solda. A seguir, é
apresentada uma maneira de executar esse processo.
Ligue o ferro de solda e espere aquecer. Com o auxílio de
uma esponja vegetal, limpe a ponta do ferro de solda. Localize
os terminais do componente, os quais você quer remover e,
caso estejam sujos, limpe-os com algodão embebido em álcool
isopropílico.
Em seguida encoste o ferro na solda da placa e, assim que
ele ou ela derreter, sugue a solda com o sugador próprio para tal
finalidade.

Figura 2: Derretendo e sugando a solda de um componente. Foto: Gustavo Teixeira.

Às vezes, o componente, apesar de estar sem a solda, fica


preso na placa, em consequência de as camadas internas da
placa estarem soldadas ao componente. Nesse caso, aplique
uma força, com o ferro ainda quente, nas pernas dos
componentes, para que ele saia da placa. Cuidado para não
12

demorar muito tempo, pois os componentes podem queimar


caso eles ultrapassem suas temperaturas limites. Para conferir
esses valores, procure, em um site de busca, o “datasheet” do
componente em questão. Por exemplo: “datasheet led branca”.

2.1 Dicas

A tarefa de soldar ou dessoldar os componentes pode ser difícil,


principalmente sem a ajuda de outra pessoa para auxiliar a
segurar firmemente a placa de circuito. Um ótimo equipamento
para ajudar nessa etapa é um suporte de garra, como mostrado
na figura abaixo. Ele age como uma
terceira mão, possibilitando segurar
a placa e outros componentes com
segurança. Se persistir a dificuldade
é recomendado solicitar apoio de
um técnico em eletrônica.

Figura 3: Suporte terceira mão. Foto:


Gustavo Teixeira.

É sempre bom, também,


ter um suporte para o ferro de
solda, como mostra a figura 4.
Caso você não possua um,
procure manusear com
cuidado, pois o mesmo atinge
altas temperaturas e pode
Figura 4: Suporte para o ferro de solda. Foto: causar danos em certos
Gustavo Teixeira.
materiais.
13

3 DESCARTE DE OUTROS MATERIAIS

3.1 Lâmpadas LED e CFL

As lâmpadas incandescentes não


são vendidas mais e estão sendo
substituídas pelas CFL (Lâmpada
Fluorescente Compacta) e LED Figura 5: Fonte: adaptado de LIM
et al., 2012
(Lâmpada de Diodo Emissor de Luz).
Elas são mais econômicas - essa última mais ainda.

Porém, devido à presença de componentes eletrônicos na


lâmpada LED e uma pequena quantidade de vapor de mercúrio
na CFL, é altamente recomendável que ambas sejam
descartadas em local apropriado. Um ótimo exemplo são os
postos ou campanhas de coleta de lixo eletrônico, além de
empresas especializadas, que são o melhor destino para
lâmpadas que não funcionam mais.

Figura 6: Fonte: adaptado de LIM et al., 2012.


14

3.2 Pilhas e Baterias

Metais tóxicos, como cádmio, chumbo e mercúrio, são


alguns dos elementos usados na fabricação de vários tipos de
pilhas. As baterias de LiPo (Lítio-Polímero) e NiMH (hidreto
metálico de níquel), assim como pilhas, também podem causar
problemas no meio ambiente quando descartadas
incorretamente. Por isso, é necessário que se faça o descarte
das mesmas em pontos de coleta (que, nesse caso, são mais
presentes nas cidades, principalmente em prefeituras e
escolas). A Resolução Nº 257, de 30 de junho de 1999, obriga os
estabelecimentos que vendem esses produtos a aceitarem
devoluções de seus clientes e então dar um destino adequado
para esses itens. Basta levar suas pilhas e baterias usadas até
esses locais a fim de contribuir para um meio ambiente limpo!

Figura 7: Pilhas vazadas. Fonte: adaptado do website Free Republic.


15

4 LEGISLAÇÃO E COLETA SELETIVA

4.1 Legislação

Foi promulgada, no Brasil, em 2010, a Política Nacional


dos Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10), na tentativa de reduzir
o lixo produzido diariamente nas diversas regiões do país.
Porém, essa legislação nacional não é especifica para o
tratamento do lixo eletrônico, sendo que somente o estado de
São Paulo tem uma lei exclusiva (OLIVEIRA, 2010). Bachi (2013)
também comenta sobre essa falha da lei quanto ao lixo
eletrônico e ainda salienta que “seria necessário também um
trabalho de educação ambiental [...]” para que a redução do lixo
eletrônico se torne realidade.

4.2 Para relembrar: coleta seletiva

Além do lixo eletrônico, não


podemos esquecer os outros
tipos de materiais danosos ao
meio ambiente. Metais, plásticos,
vidro e outros resíduos pode ser
um problema quando estão
acumulados em lixões, esgotos e
Figura 8: Alerta para conscientização da
situação atual dos ursos polares. Fonte:
Greenpeace.
16

nos mares. Praticar a coleta seletiva ajuda ainda mais a evitar


poluição em nosso ecossitema. Por tanto, as imagens a seguir
têm o objetivo de relembrar as cores das lixeiras e seu material
para depósito correspondente.

Papel: folhas usadas, caixas de papelão, pacotes


feitos de papel, etc.

Metal: latas de refrescos, engrenagens, arames,


cabos e suportes metálicos, etc.

Resíduos não recicláveis: lâmpadas, isopor,


espelhos, vidro temperado, etc.

Vidro: garrafas, tigelas, copos e potes de vidro, etc.

Resíduos perigosos: pilhas e baterias.

Plástico: embalagens de produtos, sacolas, vasos,


roupas e sapatos, bijuterias, etc.
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5 CONCLUSÃO

Este trabalho é um dos resultados esperados no projeto


“Ensino de robótica e conscientização ambiental com base na
combinação de prototipação em impressora 3D e reuso de lixo
eletrônico”, desenvolvido pelos autores.
É importante ressaltar que essa cartilha tem o caráter
mais informativo do que técnico, não visando promover o
manuseio de qualquer componente do lixo eletrônico, por
pessoas leigas no assunto, mas mostrar os cuidados e os riscos
de sua manipulação, oferecendo dicas de como estes materiais
podem ser removidos e também qual deve ser o seu destino
correto.
Posteriormente, para aqueles que desejam um
aprofundamento maior a respeito do reuso de determinados
componentes é recomendado estudar conceitos específicos de
eletrônica, ou seguir orientações de técnicos e especialistas na
área.
O próximo passo será trazer dicas de reutilização de
componentes eletrônicos em pequenos projetos de robótica e
exemplos de uso de peças 3D na prototipação desses projetos.
Dessa maneira, espera-se a disseminação de conhecimentos
relacionados à eletrônica e preservação do meio ambiente por
meio da destinação correta do lixo eletrônico, contribuindo
assim para a saúde dos seres.
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6 BIBLIOGRAFIA

BACHI, M. H. Resíduos tecnológicos: A relação dos Resíduos


Eletroeletrônicos com a Legislação do Brasil. Revista
Brasileira de Gestão Ambiental - RBGA, Pombal – PB -
Brasil, v. 7, n. 1, p. 01 - 05, jan./mar. 2013.
BALDÉ, C.P., WANG, F., KUEHR, R. & HUISMAN, J. The global e-
waste monitor – 2014, United Nations University, IAS –
SCYCLE, Bonn, Germany. 2015.
OLIVEIRA, C. R. de. Alternativas tecnológicas para o tratamento
e reciclagem do lixo de informática. Trabalho de conclusão
de curso. UFRGS – Instituto de Química. Porto Alegre,
2010.
GAIDAJIS, G., ANGELAKOGLOU, K., & AKTSOGLOU, D. (2010). E-
waste: Environmental Problems and Current Management.
Journal of Engineering Science and Technology Review,
3(1), 193-199.
LIM, S. R., Kang, D., OGUNSEITAN, O. A., & SCHOENUNG, J. M.
(2012). Potential environmental impacts from the metals in
incandescent, compact fluorescent lamp (CFL), and light-
emitting diode (LED) bulbs. Environmental science &
technology, 47(2), 1040-1047.
VEIT, H. M. Reciclagem de Cobre de Sucatas de Placa de
Circuito Impresso. Tese de doutorado. Departamento de
Engenharia de Minas, Metalurgia e de Materiais da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 101p, 2005,
p.90.
19

7 SOBRE OS AUTORES
Alexandre S. Roque é graduado em Ciência da
Computação pela Universidade Regional Integrada do Alto
Uruguai e das Missões (URI), Santo Ângelo, Rio Grande do
Sul, Brasil, em 2005. Obteve o título de mestre em
Engenharia de Produção, com ênfase em Automação e
Controle Industrial pela Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM), Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil, em
2010. Atua como professor e pesquisador tempo integral
da Universida¬de Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Missões (URI), sendo responsável pelo Laboratório de
Sistemas Digitais. Atualmente é Doutorando em
Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (PPGEE-UFRGS) e faz parte do Grupo de
Pesquisa em Automação e Robótica – GCAR. Também atua no Grupo de Pesquisa em
Integração de Tecnologias para Desenvolvimento de Sistemas Computacionais - INTEC,
da URI. Suas pesquisas se concentram na área de Sistema Embarcados, Sistemas
Digitais, Automação Industrial e Protocolos de Comunicação Industriais, tópicos nos quais
tem escrito e revisado artigos.

Gustavo Teixeira é acadêmico do curso de Ciência da


Computação da Universidade Regional Integrada do Alto
Uruguai e das Missões (URI), campus de Santo Ângelo.
Em 2015, ganhou o Prêmio Destaque em Iniciação
Científica, da URI, com projeto “Conversor braile como
suporte ao processo de alfabetização de crianças com
deficiência visual”, sob orientação da professora Ms.
Cristina Paludo. Atualmente, é bolsista de Extensão no
projeto “Ensino de robótica e conscientização ambiental
com base na combinação de prototipação em impressora
3D e reuso de lixo eletrônico”. Faz parte do Grupo de
Pesquisa em Integração de Tecnologias para
Desenvolvimento de Sistemas Computacionais - INTEC, da URI. Suas áreas de interesse
são a Robótica, Sistemas Embarcados, Internet das Coisas e Visão Computacional.
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