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FAÇA MELHOR, SEJA DIFERENTE

Apostila de Eletricidade
Básica/Predial

NOME:

TURMA:

LEIAUT.COM.BR / 3081-5552
Todos os direitos reservados à escola técnica Leiaut

Não podera ser feita a reprodução desta apostila, na integra ou em parte, sem autorização escrita
dos proprietarios da Leiaut. Todas as imagens incluidas foram reproduzidas com o conhecimento do ilustrador.

Carielo,Carlos Alberto; Carielo,Diego; Carielo,Bruna


Apostila de eletricidades básica/predial / Carlos
Alberto Carielo, Diego Carielo e Bruna Carielo - Recife,
2015.
115p. ; 21X29,7cm.

1. Eletricidade 2. Livro didatico. 3. Mêcanica


I. Título.
Palavra do Autor
A Escola Técnica Leiaut, surgiu em 1980 na rua da conceição com o nome “PAL-M”, fundada
por Carlos Alberto Carielo em conjunto com o seu pai José Carielo da Silva, ambos técnicos em
eletrônica.
Carlos Alberto Carielo, atual autor desta obra, hoje é responsável pela direção e coordenação do
grupo Leiaut Carielo, o qual é constituido pela escola Leiaut e o centro de ensino ECPIE em
Recife – PE formando milhares de técnicos ao longo destes 35anos e sendo um dos profissionais
mais conhecidos e respeitados no Nordeste na seara da eletrônica.
Esse material didático foi realizado exclusivamente pelo professor Carlos Alberto Carielo em
conjunto dos seus filhos Diego e Bruna Carielo, com a finalidade de auxiliar o desenvolvimento
teórico e prático de todos aqueles estudantes do setor elétrico.
Esta obra é formada por uma grande quantidade de exemplos práticos e ilustrações de grande
qualidade, que ajudaram de fato, aos nossos alunos compreenderem e executarem os exercícios
propostos de maneira proveitosa por isso, agradecemos ao nosso ilustrador Luiz Augusto e a Su-
sana Alvino nossa diagramadora, pelo excelente trabalho.
Desejamos com grande sinceridade que você possa se empenhar ao máximo nos seus estudos, e
alcançar os seus objetivos. Este é apenas o início de uma jornada muito maior, lembre-se das pes-
soas que você ama e lute por elas, o seu futuro depende apenas de você.

«A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito


Santo sejam com todos vocês. Amém!» 2ºCoríntios 13:14»
Sumário

1. Grandezas Elétricas

2. Circuitos Elétricos

3. Dispositivos Elétricos

4. Relação entre as Grandezas Elétricas

5. Quadro de Distribuição

6. Resistência Elétrica

7. Projeto Elétrico

8. Práticas em Anexo
1.
Grandezas Elétricas
1.1 Um Pouco de História
1.2 Tensão Elétrica
1.3 Diferenças entre a tensão
(ACV) e a tensão (DCV)
1.4 Verificação de Tensão através do
Multímetro
1.5 Corrente Elétrica
1.6 Circuito Aberto e Circuito Fechado
1.7 Corrente Elétrica {Conclusões}
Eletricidade Básica

1. Grandezas Elétricas

1.1 Um Pouco de História

Desde os primórdios da humanidade, o homem sempre se mostrou argumentativo sobre diversos


assuntos, entre eles a eletricidade, que hoje é responsável por tantas facilidades no mundo mo-
derno. Mas nem sempre foi assim. A História da eletricidade tem seu início no século VI a.C.,
na Grécia Antiga, quando o filósofo Thales de Mileto, após descobrir uma resina vegetal fóssil
petrificada chamada âmbar (elektron em grego), esfregou-a com pele e lã de animais e pôde
então observar seu poder de atrair objetos leves como palhas, fragmentos de madeira e penas. Tal
observação iniciou o estudo de uma nova ciência derivada dessa atração. Os estudos de Thales
foram continuados por diversas personalidades, como o médico da rainha da Inglaterra Willian
Gilbert, que, em 1600, denominou o evento de atração dos corpos de eletricidade. Também foi ele
quem descobriu que outros objetos, ao serem atritados com o âmbar, também se eletrizam, e por
isso chamou tais objetos de elétricos. Em 1730, o físico inglês Stephen Gray identificou que, além
da eletrização por atrito, também era possível eletrizar corpos por contato (encostando um corpo
eletrizado num corpo neutro). Através de tais observações, ele chegou ao conceito de existência
de materiais que conduzem a eletricidade com maior e menor eficácia, e os denominou como
condutores e isolantes elétricos. Com isso, Gray viu a possibilidade de canalizar a eletricidade e
levá-la de um corpo a outro. O químico francês Charles Dufay também contribuiu enormemen-
te para a aprimoração dos estudos da eletricidade, quando, em 1733, propôs a existência de dois
tipos de eletricidade, a vítrea e a resinosa, que fomentaram a hipótese de existência de fluidos
elétricos. Essa teoria foi, mais tarde, por volta de 1750, continuada pelo conhecido físico e político
Benjamin Franklin, que propôs uma teoria na qual tais fluidos seriam na verdade um único fluido.
Baseado nessa teoria, pela primeira vez se conhecia os termos positivo e negativo na eletricidade.
As contribuições para o então entendimento sobre a natureza da eletricidade tem se aprofundado
desde o século XIX, quando a ideia do átomo como elemento constituinte da matéria foi aceita
e, com ela, a convicção de que a eletricidade é uma propriedade de partículas elementares que
compõem o átomo (elétrons, prótons e nêutrons). Por volta de 1960, foi proposta a existência de
seis pares de partículas elementares dotadas de carga elétrica – os quarks, que compõem outras
particularidades como os prótons que, então, deixam de ser elementares.

1.2 Tensão Elétrica

Na eletricidade existem diversas grandezas como: tensão, corrente, resistência e


potência elétrica. Cada uma delas possui unidade de medida própria e caracte-
rísticas distintas. É bastante importante para todo aquele que deseja desenvolver
um bom trabalho no setor elétrico, conhecer e saber distinguir cada uma delas.

Definição da Tensão: Quantidade de energia disponível entre dois pontos, a uni-


dade de medida da tensão é o volts, em homenagem ao italiano Alexandre Volta
o homem que inventou a pilha.

Exemplo: Um componente presente no seu dia a dia que lhe


ajudará a entender melhor a definição de tensão elétrica é a
nossa conhecida tomada.

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Grandezas Elétricas

A tomada utilizada em nossas casas são conhecidas como tomadas 2P + T, por possuírem dois
pinos sendo um deles fase e o outro o neutro, além do terceiro pino que é o pino do terra.

Na tomada 2P + T de nossas residências encontramos energia disponível para ligarmos os apare-


lhos eletroeletrônicos. Esta energia disponível entre os dois pontos de nossa tomada é caracteriza-
da como tensão elétrica e por isso ela é medida em volts.

Além das nossas tomadas residências, também podemos encontrar


energia elétrica de outras formas, por exemplo, as pilhas e baterias
compõem outro grupo de fontes geradoras de energia, as quais são
fundamentais no nosso cotidiano.

Podemos concluir então que existem dois tipos de energia, uma


proveniente da rede distribuidora de energia que chega até as
nossas casas e a utilizamos através de nossas tomadas e outra
proveniente de um processo químico que dá origem as pilhas e
baterias. Esta energia existente nas nossas tomadas é conhecida
como tensão alternada (ACV) e a energia existente nas nossas pilhas são conhecidas como tensão
contínua (DCV).

1.3 Diferenças entre a tensão (ACV) e a tensão (DCV)

A tensão (ACV) em relação a tensão (DCV) existe algumas particularidades que são de funda-
mental importância o conhecimento delas:

1) A tensão ACV não possui polaridade, enquanto a DCV possui. O que isso quer dizer?
Por exemplo, se você realizar a ligação de uma pilha invertida o equipamento não irá ligar, en-
quanto se você realizar a ligação da tomada de um aparelho invertida ela irá ligar normalmente.

2) A tensão ACV provém da rede distribuidora de energia, através, por exemplo, das hidrelé-
tricas, enquanto a tensão DCV provém de processos químicos ou de alguns aparelhos eletrônicos
que possibilitaram a conversam da tensão AC em DC.

3) A tensão ACV possui uma frequência de 60Hz, ela varia de 0 a sessenta vezes em um
segundo, enquanto a tensão contínua não apresenta nenhuma variação.

1.4 Verificação de Tensão através do Multímetro

As grandezas elétricas podem ser verificadas através de aparelhos eletrônicos específicos, como
o alicate amperímetro, o multímetro, o ohmímetro, wattímetro. Neste momento inicial do curso
aprenderemos a manusear o multímetro um aparelho bastante sofisticado no qual realiza o teste
de diversas grandezas elétricas.

1º Exercício Prático

Para verificar a tensão elétrica através do multímetro é fundamental você conhecer a distinção de
ACV para DCV, siga os passos abaixo para a realização de verificação do multímetro:

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Eletricidade Básica

1ºPasso: Observe o que você irá verificar, se será uma tomada, por exemplo, insira o seu multíme-
tro em ACV 750, este valor 750 representa o valor máximo de tensão que ele poderá verificar.

2ºPasso: Pegue as duas ponteiras do multímetro e insira nos dois orifícios da tomada.

3ºPasso: Observe o valor que o multímetro irá indicar, se você estiver realizando esta verificação
no NE (nordeste), você deverá encontrar 220V.

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Grandezas Elétricas

Macete 1: É bastante provável que você encontre um valor abaixo ou acima de 220V, é normal
este valor apresentar variações de 2% para mais ou para menos, ou seja, é normal você encontrar
neste teste valores entre (214V-226V), caso você encontre valores diferentes destes pode está
havendo algum problema em seu circuito.

2º Exercício Prático

Agora nós iremos realizar a verificação de tensão DCV, ou seja, você precisará de uma pilha e do
seu multímetro para realizar a seguinte verificação:

1ºPasso: Observe o que você irá verificar, se será uma pilha de 1,5V, insira o seu multímetro na
escala DCV 20, este valor 20 representa o valor máximo de tensão que poderá verificar.

Antes do 2ºPasso é bastante importante você observar alguns detalhes, as pilhas possuem polari-
dade ou seja, um polo positivo e outro negativo e isto deve ser respeitado no momento de realizar
a verificação com o seu multímetro.

2ºPasso: Insira a ponteira vermelha do seu multímetro no polo positivo de sua pilha e a ponteira
preta no polo negativo de sua pilha.

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Eletricidade Básica

3ºPasso: Observe o valor que deverá aparecer no seu multímetro, caso sua pilha esteja boa, deverá
apresentar um valor de 1,5V + 10% caso ela esteja mais desgastada você encontrará valores abaixo
disso, podendo encontrar até 0V.

1.5 Corrente Elétrica

Já vimos que a tensão elétrica é a quantidade de energia disponível entre dois pontos e que po-
demos encontra-la nas tomadas, nas pilhas, etc. Porém e a corrente elétrica? O que está grandeza
elétrica significa?
Definição de Corrente: Fluxo ordenado dos elétrons em um circuito fechado, a sua unidade de
medida é o Ampére.
Para que possamos entender melhor sobre corrente elétrica é de fundamental importância nos
atermos a sua definição, leia a mesma novamente.
“Circuito fechado”, esta expressão utilizada diariamente pelos profissionais da área elétrica, você
sabe o seu significado?

1.6 Circuitos Elétricos

Na eletricidade temos quatro tipos de circuitos bastante comuns: aberto, fechado, em curto e alte-
rado. Neste momento inicial aprenderemos sobre o circuito aberto e o circuito fechado.

1.7 Circuito Aberto e Circuito Fechado

Começaremos a entender melhor sobre os tipos de circuitos elétricos com um exemplo do nosso
cotidiano, um circuito com um interruptor e as lâmpadas de sua casa. Quando você liga o seu in-
terruptor e a sua lâmpada acende, chamamos tecnicamente este ato de fechar o circuito e quando
você desliga seu interruptor e a sua lâmpada desliga, chamamos tecnicamente de abrir o circuito.

Resumindo, desligar um circuito significa tecnicamente abrir um circuito e ligar um circuito sig-
nifica tecnicamente fechar um circuito.

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Grandezas Elétricas

Na Corrente Alternada o circuito será fechado através do fio fase e do fio neutro, realizando o
fechamento do circuito.

Enquanto na Corrente Contínua o circuito será fechado através do fio (+) positivo e negativo (-),
realizando o fechamento do circuito.

1.8 Corrente Elétrica {Conclusões}

Voltando a nossa definição de corrente elétrica agora que sabemos o que significa um circuito
fechado, faz mais sentido. Poderíamos traduzir a definição de corrente assim:
“Fluxo ordenado dos elétrons em um circuito ligado”.
Conclusão Básicas:

“Podemos concluir através da nossa definição, que apenas existe a corrente elétrica em um circuito
fechado, logo, não existe corrente em um circuito aberto”.

EXERCÍCIOS DO 1º CAPÍTULO

1º Informe a definição e a unidade de medida da tensão elétrica.


2º Informe as três diferenças básicas entre a tensão ACV e a tensão DCV.
3º Informe a definição e a unidade de medida da corrente elétrica.
4º Informe a diferença entre um circuito aberto e um circuito fechado.
5º Realize através de um desenho um circuito aberto e um circuito fechado.
6º Qual a diferença entre a tensão e a corrente elétrica?

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2.
Circuitos Elétricos
2.1 Interruptor
2.2 Considerações Importantes
2.3 Disjuntores
2.4 Ligando os Disjuntores
2.5 Circuito Elétrico Série
2.6 Conclusões do Circuito Série
2.7 Circuito Elétrico Paralelo
2.8 Conclusões do Circuito Paralelo
2.9 Distinções entre o Circuito Série x
Circuito Paralelo
2.10 Circuito Misto
2.11 Circuito em Curto
2.12 Verificação de Circuitos Específicos
2. Circuitos Elétricos

2.1 Interruptor

O Interruptor elétrico, componente fundamental das instalações eletro-


eletrônicas de maneira geral. Possui como função, abrir e fechar circuitos
elétricos.

2.1.1 Ligando o Interruptor

Antes de ligarmos o interruptor você precisa conhecer aspectos físicos do


mesmo.O Interruptor é composto por dois pinos na sua parte traseira, no
qual o fio do fase deverá entrar em um deles e um outro fio deverá retornar
a lâmpada.

3º Exercício Prático

Neste exercício prático nós iremos ligar um interruptor a uma lâmpada, iremos trabalhar com
tensão alternada, por isso, preste bastante atenção.
1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Interruptor e bocal.
Um detalhe antes da realização da ligação é a identificação dos fios, para o fio que irá represen-
tar a fase você deverá utilizar as cores: vermelha, preta ou branca e para o fio neutro você deverá
utilizar a cor: azul.

2ºPasso: Realize a ligação do fio vermelho(fase) no primeiro contato do seu interruptor.


Circuitos Elétricos

3ºPasso: Corte um pedaço de fio e ligue o segundo contato do seu interruptor até o borne da sua
lâmpada.

4ºPasso: Realize a ligação do fio azul(neutro) com o borne vazio de sua lâmpada.

5ºPasso: Ligue o seu circuito cuidadosamente e verifique se o seu interruptor está funcionando na
prática.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

2.1.2 Verificação do Interruptor Desligado

A prática realizada por você anteriormente é bastante útil para a verificação do interruptor, porém
ela precisa ser realizada com o circuito ligado, agora você irá aprender a verificar o seu interruptor
desligado do circuito.

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Eletricidade Básica

4º Exercício Prático

Neste exercício prático nós iremos realizar a verificação de um interruptor desligado do circuito.
1ºPasso: Para realizar a verificação de um componente desligado, você deverá colocar o seu multí-
metro na escala de continuidade (resistência).

Antes de você realizar esta prática alguns conceitos devem ser entendidos por você, um circui-
to aberto é demonstrado através do multímetro pelo valor (INFINITO) enquanto um circuito
fechado é demonstrado através do multímetro através de um valor. Através deste exercício você
poderá concluir melhor o significado desta afirmação.

2ºPasso: Pegue a ponteira vermelha do seu multímetro e coloque em um dos contatos do seu
interruptor.

3ºPasso: Pegue a ponteira preta do seu multímetro e coloque no outro contato do seu interruptor.

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Circuitos Elétricos

4ºPasso: Quando seu interruptor estiver ligado o mesmo deverá indicar resistência, ou seja, circui-
to fechado, quando o seu interruptor estiver desligado o mesmo deverá indicar (infinito) circuito
aberto.

Macete 2: Caso o seu interruptor apresente variação para os dois lados, significa dizer que o
mesmo está com o circuito fechado dos dois lados (ou seja, o circuito sempre estará fechado), caso
o mesmo apresente infinito dos dois lados, significa dizer que o mesmo está com o circuito aberto
dos dois lados.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

2.2 Considerações Importantes

O Interruptor possui como finalidade abrir e fechar o circuito elétrico, quando o circuito é fecha-
do instantaneamente existirá a passagem da corrente elétrica pelo condutor elétrico (fio).
Quando o interruptor estiver desligado o mesmo deverá ser verificado através do teste de conti-
nuidade, quando o interruptor estiver ligado o seu funcionamento poderá ser observado abrindo e
fechando o circuito.

2.3 Disjuntores

Os disjuntores são dispositivos obrigatórios nas instalações elétricas e com certeza você já obser-
vou que assim como os interruptores eles abrem e fecham os circuitos elétricos, esta característica
do disjuntor é conhecida como “manobra”. Por isso, os disjuntores na NBR5410 são caracteriza-
dos como dispositivos de manobra.

O disjuntor possui três funções básicas:

1) Manobra – Abertura ou fecho voluntário do circuito.

2) Proteção contra curto circuito – O disjuntor protegerá o circuito elétrico de um eventual curto.

3) Proteção contra sobrecarga - É realizada através de um atuador bi metálico, que é sensível ao


calor e provoca a abertura quando a corrente elétrica permanece, por um determinado período,
acima da corrente nominal do disjuntor.

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Eletricidade Básica

5º Exercício Prático

Neste exercício prático aprenderemos a realizar a verificação de um disjuntor desligado.


1ºPasso: Para realizar a verificação de um componente desligado, você deverá colocar o seu multí-
metro na escala de continuidade (resistência).

Antes de você realizar esta prática alguns conceitos devem ser entendidos por você, um circui-
to aberto é demonstrado através do multímetro pelo valor (INFINITO) enquanto um circuito
fechado é demonstrado através do multímetro através de um valor. Através deste exercício você
poderá concluir melhor o significado desta afirmação.

2ºPasso: Pegue a ponteira vermelha do seu multímetro e coloque em um dos contatos do seu
disjuntor.

3ºPasso: Pegue a ponteira preta do seu multímetro e coloque no outro contato do seu disjuntor.

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Circuitos Elétricos

4ºPasso: Quando seu disjuntor estiver ligado o mesmo deverá indicar resistência, ou seja, circui-
to fechado, quando o seu disjuntor estiver desligado o mesmo deverá indicar (infinito) circuito
aberto.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

2.4 Ligando os Disjuntores

Antes de simplesmente ligarmos o disjuntor no circuito elétrico é fundamental que você se ate-
nha a alguns detalhes que fazem a diferença no quesito segurança.
1º) O disjuntor sempre deverá ser ligado no fio FASE.

O disjuntor deve sempre estar ligado na fase por motivo de segurança, caso o mesmo tenha sido
ligado no NEUTRO, quando o disjuntor for desligado a fase continuará energizando o circuito,
podendo provocar um possível choque elétrico.

2º) O posicionamento do disjunto no quadro de distribuição deve sempre ligar o circuito para
cima e desligar para baixo.

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Eletricidade Básica

Este posicionamento foi convencionado assim no Brasil por motivo de segurança, visto que serve
como padrão para todos os eletricistas do território nacional.

6º Exercício Prático

Neste exercício prático aprenderemos a realizar a ligação de um disjuntor no circuito elétrico com
um interruptor e uma lâmpada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Interruptor, bocal e disjuntor.
Antes de você realizar esta prática alguns conceitos devem ser entendidos por você, um circui-
to aberto é demonstrado através do multímetro pelo valor (INFINITO) enquanto um circuito
fechado é demonstrado através do multímetro através de um valor. Através deste exercício você
poderá concluir melhor o significado desta afirmação.

2ºPasso: Realize a ligação do fio vermelho(fase) no primeiro contato do seu disjuntor.

3ºPasso: Corte um pedaço de fio e ligue do seu segundo contato do disjuntor no interruptor.

4ºPasso: Corte um outro pedaço de fio e ligue no segundo contato do interruptor e no borne de
seu bocal.

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Circuitos Elétricos

5ºPasso: Agora pegue um pedaço de fio azul e utilize-o para fechar o circuito, ligando-o até o
borne vazio do seu bocal.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

2.5 Circuito Elétrico Série

Na eletricidade existem dois tipos de circuitos que fazem parte de praticamente todas as ligações
elétricas, o circuito série e o circuito paralelo.
Inicialmente começaremos a realizar o estudo do circuito série e suas propriedades através de um
experimento.

7º Exercício Prático

Neste exercício prático aprenderemos a realizar a ligação de duas lâmpadas em série, sendo liga-
das através de tensão alternada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Interruptor, dois bocais, duas lâm-
padas e disjuntor.

2ºPasso: Realize a ligação do seu primeiro bocal, porém não feche o circuito ainda com o neutro.

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Eletricidade Básica

3ºPasso: Realizada a ligação do seu segundo bocal em sequência ao seu primeiro bocal, interli-
gando-os com o fio da fase e feche o seu segundo receptáculo “bocal”, ligando o fio do neutro no
mesmo.

Obs: É importante que esta primeira prática de lâmpadas em série seja realizada com duas lâm-
padas de potências iguais, futuramente realizaremos o mesmo circuito com potências diferentes.

2.6 Conclusões do Circuito Série

Podemos concluir através do experimento -7- alguns detalhes acerca do circuito série lâmpadas:

1º) Caso você desligue qualquer uma de suas lâmpadas, a outra lâmpada fica apagada.

2º) A tensão do circuito (220V) será dividida entre as lâmpadas e consequentemente o brilho das
lâmpadas também será dividido.

8º Exercício Prático

Neste exercício prático aprenderemos a realizar a verificação de tensão nas lâmpadas do circuito.

1ºPasso: Observe o seu circuito série de duas lâmpadas funcionando normalmente.

2ºPasso: Pegue o seu multímetro e insira o mesmo na escala de 750ACV.

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Circuitos Elétricos

3ºPasso: Com o seu circuito ligado, pegue as ponteiras do multímetro e realize o contanto com os
bornes do seu bocal.

4ºPasso: Instantaneamente deverá aparecer no visor do multímetro o valor de 110V.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

Obs: É importante você entender como realizar a verificação de tensão em componentes elétri-
cos, pois este é um teste de verificação fundamental.

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Eletricidade Básica

2.7 Circuito Elétrico Paralelo

Inicialmente começaremos a realizar o estudo do circuito paralelo e suas propriedades através de


um experimento.

9º Exercício Prático

Neste exercício prático aprenderemos a realizar a ligação de duas lâmpadas em paralelo, sendo
ligadas através de tensão alternada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Interruptor, dois receptáculos
“bocais”, duas lâmpadas e disjuntor.

2ºPasso: Realize a ligação do seu circuito normalmente com disjuntor, interruptor e o seu primei-
ro bocal, feche o seu circuito com o fio do neutro normalmente.

3ºPasso: Realizada a ligação do seu primeiro bocal, pegue o seu segundo receptáculo “bocal” e
ligue o mesmo paralelamente ao primeiro bocal, o fio fase do segundo bocal deverá ser interligado
com o fio fase do primeiro bocal e o neutro sucessivamente.

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Circuitos Elétricos

Obs: Nesta prática, as potências da lâmpada se forem iguais ou diferentes não trará nenhuma
distinção para o circuito.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

2.8 Conclusões do Circuito Paralelo

Podemos concluir através do experimento -9- alguns detalhes acerca do circuito paralelo de lâm-
padas:

1º) Caso você desligue qualquer uma de suas lâmpadas, a outra lâmpada continuará acesa.
2º) A tensão do circuito (220V) será a mesma para as duas lâmpadas, visto que as duas irão acen-
der com o mesmo brilho, ou seja, estarão submetidas sob a mesma tensão.

2.9 Distinções entre o Circuito Série x Circuito Paralelo

Podemos observar através dos experimentos certas particularidades em cada um dos circuitos,
abordaremos agora tecnicamente estes detalhes.
Vamos começar pelo circuito paralelo, o mesmo está presente nas instalações de todas as casas
do mundo. A tensão (quantidade de energia disponível) neste circuito é a mesma para todos as
cargas (aparelhos eletroeletrônicos). Tome como exemplo a sua residência, cada aparelho de sua
casa é ligado em tomadas que estão ligadas em paralelo entre si, por isso, que a tensão em todos
os aparelhos das residências são de 220V.

Já a corrente no circuito paralelo não podemos dizer que é a mesma em todo o circuito, visto que,
cada aparelho possui um consumo individual. Por isso, embora o seu chuveiro elétrico e a sua
televisão sejam ligados em uma mesma tomada sob uma tensão de 220V, o consumo individual
de cada um deles é diferente, já imaginou se fossem iguais? O tempo que você passasse vendo TV
fosse o mesmo custo de um banho no chuveiro elétrico? Dificilmente veríamos um filme comple-
tamente.

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Eletricidade Básica

O circuito série possui também ampla utilidade no desenvolvimento de instalações elétricas,


porém não através da ligação de lâmpadas séries. Diversos componentes elétricos são ligados em
série com uma carga (aparelho eletroeletrônico), como por exemplo, os disjuntores, interruptores
e até mesmo sensores.

Antes de entrarmos em outro assunto é fundamental que você possa entender algumas considera-
ções acerca da atuação das grandezas elétricas nos circuitos elétricos estudados anteriormente.

No circuito série: A tensão será dividida para as cargas, enquanto a corrente será a mesma em
todo o circuito.

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Circuitos Elétricos

No circuito paralelo: A tensão será a mesma para todas as cargas, enquanto a corrente será indivi-
dual em todo o circuito.

2.10 Circuito Misto

O circuito misto, não é um circuito diferente do que já estudamos anteriormente, esta nomencla-
tura foi criada para especificar a junção dos dois circuitos elétricos em um mesmo circuito elétri-
co, ou seja, o circuito misto é a junção do circuito série e paralelo dentro de um mesmo circuito.

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Eletricidade Básica

10º Exercício Prático

Neste exercício prático aprenderemos a realizar a ligação de duas lâmpadas em paralelo, porém
ligadas em série a um interruptor e a um disjuntor.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Interruptor, dois bocais, duas lâm-
padas e disjuntor.

2ºPasso: Realize a ligação de seu bocal normalmente.

3ºPasso: Realizada a ligação do seu segundo bocal em sequência ao seu primeiro receptáculo
“bocaL”, interligando-os com o fio da fase e feche o seu segundo receptáculo “bocaL”, ligando o
fio do neutro no mesmo.

Obs: É importante que esta primeira prática de lâmpadas em série seja realizada com duas lâm-
padas de potências iguais, futuramente realizaremos o mesmo circuito com potências diferentes.

Visualize essa prática com maiores detalhes no seu DVD.

11º Exercício Prático

Neste exercício prático continuaremos a realizar verificações acerca do circuito estudado anterior-
mente.

1ºPasso: Observe o circuito de duas lâmpadas em paralelo, porém ligadas em série a um interrup-
tor e a um disjuntor.

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Circuitos Elétricos

2ºPasso: Coloque o seu multímetro na escala ACV 750.

3ºPasso: Pegue a ponteira preta do seu multímetro e posicione no fio neutro do seu circuito.

4ºPasso: Pegue a ponteira vermelha e posicione-a no borne superior e inferior do seu disjuntor,
caso ele esteja funcionando normalmente, o seu multímetro deverá indicar tensão (220V) dos
dois lados.

32
Eletricidade Básica

5ºPasso: Pegue a ponteira vermelha e posicione-a no borne do fio fase em sua lâmpada e a pon-
teira preta posicione-a no borne do fio neutro de sua lâmpada, o seu multímetro deverá indicar
220V.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

12º Exercício Prático

Realize agora a ligação do seguinte circuito, no qual deverá possuir um interruptor duplo associa-
do em série com duas lâmpadas em paralelo.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Interruptor duplo, dois bocais,
duas lâmpadas e disjuntor.

2ºPasso: Realize a ligação do seu disjuntor com o fio da fase, em seguida, pegue o fio da fase que
sai do seu disjuntor e ligue ao seu interruptor, é importante que você passe o fio da fase logo entre
os dois interruptores.

33
Circuitos Elétricos

3ºPasso: Corte dois fios vermelhos e ligue da saída da primeira secção do seu interruptor até o
primeiro bocal, em seguida, pegue o seu outro fio vermelho e ligue da saída da segunda secção do
seu interruptor até o segundo bocal.

4ºPasso: Corte agora um fio azul e ligue o neutro até os dois bocais de sua lâmpada.

34
Eletricidade Básica

5ºPasso: Realize a ligação do seu interruptor e observe como ele deverá funcionar.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

2.11 Circuito em Curto

O curto-circuito é um fenômeno bastante conhecido pelas pessoas, mesmo aquelas que não
trabalham na área elétrica, tem conhecimento sobre tal fenômeno. Porém você sabe como eles
acontecem? O que eles podem gerar? E como podemos evita-los?

O curto elétrico por definição ocorre quando a resistência do circuito tende a zero e consequente-
mente a corrente do circuito sobe teoricamente para infinito, gerando assim os efeitos conhecidos
por todos, como explosão, incêndios, etc.

Geralmente os curtos ocorrem nas instalações elétricas, quando há o contato do fio fase com o fio
neutro, ou na rede trifásica com o contato de fases diferentes na rede de distribuição.
Realizaremos agora através de uma prática a simulação de um circuito em curto, para que você
possa aprender a identificar um circuito em curto e realizar as devidas precauções para evitar pro-
blemas em suas futuras instalações.

13º Exercício Prático

Realize agora a ligação do seguinte circuito, no qual deverá possuir uma tomada 2P + T e um fio.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio e Tomada 2P+ T.

2ºPasso: Pegue o seu fio e realize a conexão do mesmo no orifício frontal da tomada 2P + T, reali-
zando a ligação entre Fase e Neutro.

35
Circuitos Elétricos

3ºPasso: Pegue o seu multímetro e coloque-o na escala de 200Ohm.

4ºPasso: Pegue as ponteiras do seu multímetro e realize a verificação nos contatos posicionados
atrás de sua tomada.

5ºPasso: Observe o valor encontrado no seu multímetro, provavelmente, será (0.00 – 0.08 Ohm).
Ou seja, o valor encontrado será zero. Caso você realize a ligação desta tomada, o seu curto será
realizado.

36
Eletricidade Básica

Obs: Esta verificação é bastante importante, pois, futuramente quando você tiver que realizar a
verificação em outros tipos de circuitos elétricos, caso você encontre o valor de resistência (0.00-
0,08), você já saberá que o seu equipamento está em curto e que o mesmo não deverá ser ligado
até resolver o seu problema.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

2.12 Verificação de Circuitos Específicos

Vamos agora falar de algumas aplicações de circuitos ligados em série e em paralelo e suas aplica-
ções nos nossos circuitos elétricos. Começaremos estudando os efeitos destas ligações nas baterias.
Cada uma dessas ligações terão efeitos distintos quando estudarmos a corrente e a tensão elétrica.

2.12.1 Baterias em Série\Paralelo

Para entendermos a ligação de baterias em série, vamos analisar um circuito específico, o circuito
de um controle remoto de televisão.

Pela imagem, muitos alunos se confundem e pensam que estamos analisando um circuito em
paralelo, porém antes de informar se uma ligação está em série ou em paralelo se faz necessário
observar os efeitos da tensão e corrente no circuito existente, será isso que iremos aprender agora.

Ainda analisando as pilhas do nosso controle remoto, caso retiremos uma delas, o nosso circuito
irá funcionar? Não, por quê? Estaremos abrindo o circuito da mesma forma que o nosso interrup-
tor, logo, podemos concluir que as pilhas estão em série, se elas estivessem em paralelo o circuito
não seria desligado.

Descobrimos que as nossas pilhas estão sendo ligadas em série, porém quais os efeitos relaciona-
dos a tensão em nossas duas pilhas? Para isso, você deverá realizar a seguinte prática.

14º Exercício Prático

Realize agora a ligação do seguinte circuito, no qual deverá possuir duas pilhas em série.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Duas pilhas.

2ºPasso: Pegue as suas duas pilhas e posicione-as em série, observe a polaridade de suas pilhas.

37
Circuitos Elétricos

3ºPasso: Pegue o seu multímetro e coloque-o na escala DCV de 20V.

4ºPasso: Pegue a ponteira preta do seu multímetro coloque no contato negativo de sua primeira
pilha e a ponteira vermelha no contato positivo de sua pilha.

5ºPasso: Observe o valor encontrado no seu multímetro, provavelmente, será (3.0V) +10% a soma
aritmética das duas pilhas (1,5V + 1,5V) +10%.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

38
Eletricidade Básica

Podemos concluir através desta prática que quando associadas duas baterias em série a tensão será
somada. Porém, o que deverá acontecer quando estas duas baterias forem ligadas em paralelo?
Para isso, você deverá realizar a seguinte prática.

16º Exercício Prático

Realize agora a ligação do seguinte circuito, no qual deverá possuir duas pilhas em paralelo.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Duas pilhas e pedaços de fios.

2ºPasso: Pegue as suas duas pilhas e posicione-as em paralelo, observe a polaridade de suas pilhas
(no circuito em paralelo, as os polos positivos devem estar juntos e simultaneamente os polos
negativos).

3ºPasso: Realize a ligação dos polos positivos e negativos de sua pilha.

4ºPasso: Pegue o seu multímetro e coloque-o na escala DCV de 20V.

39
Circuitos Elétricos

5ºPasso: Pegue a ponteira preta do seu multímetro coloque no contato negativo de sua primeira
pilha e a ponteira vermelha no contato positivo de sua pilha.

6ºPasso: Observe o valor encontrado no seu multímetro, provavelmente, será (1.5V).

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

Podemos concluir através desta prática que quando associadas duas baterias em paralelo a tensão
será mantida. Cada uma dessas duas associações possuem características distintas e funcionalida-
des específicas para serem ligadas aos circuitos eletroeletrônicos.

2.12.2 Associação de Baterias

Agora que aprendemos a realizar a associações de ba-


terias em série e em paralelo, precisamos aprender a
distinguir o momento da aplicação de cada uma dessas
associações.
Associação série de baterias, teremos uma soma nas ten-
sões embora tenhamos a mesma corrente disponível para
o circuito. Ex: Pilhas de controle remoto.

Associação paralelo de baterias, teremos o valor da tensão conservada embora tenhamos o valor
da corrente disponível para o circuito duplicada.

40
Eletricidade Básica

Ex: Baterias de carro são associadas em paralelo, quando precisamos ligar equipamentos de som
de alta corrente, embora a tensão de trabalho continue sendo 12V +10% aproximada.

EXERCÍCIOS DO 2º CAPÍTULO

1) Informe a função do interruptor.


2) Realize um desenho para representar a ligação do interruptor a uma lâmpada.
3) Informe três funções básicas do disjuntor.
4) O disjuntor deverá ser ligado no fio fase, neutro ou terra? Justifique sua resposta.
5) No circuito série de lâmpadas iguais, o que ocorrerá com a tensão, quando ligadas simultane
amente.
6) No circuito série de lâmpadas iguais, o que ocorrerá com a corrente, quando ligadas simultane-
amente.
7) No circuito paralelo de lâmpadas iguais, o que ocorrerá com a tensão, quando ligadas simulta-
neamente.
8) No circuito paralelo de lâmpadas iguais, o que ocorrerá com a corrente, quando ligadas simul-
taneamente.
9) O que é um circuito elétrico misto?
10) O que é um circuito em curto?
11) Quais os efeitos de um curto elétrico em uma instalação elétrica?
12) Como podemos proteger o nosso circuito de um curto elétrico?
13) Quando realizamos a ligação de duas baterias em série, o que ocorrerá com a tensão?
14) Quando realizamos a ligação de duas baterias em paralelo, o que ocorrerá com a tensão?
15) Qual a diferença fundamental do interruptor para o disjuntor?

41
3.
Dispositivos Elétricos
3.1 Interruptores
3.2 Interruptores Automáticos – Sensor de
Presença
3.3 Interruptores Automáticos – Fotocélula
3.4 Dimmer – Regulador de Tensão e Cor-
rente Elétrica
3. Dispositivos Elétricos

Em todas as residências é evidente o uso de diversos tipos de dispositivos elétricos, por exemplo,
temos o interruptor simples, interruptor vai e vem, sensor de presença, fotocélula e muitos outros.
Cada um desses possui uma particularidade na sua ligação e alguns princípios elétricos que expli-
cam o seu funcionamento.

3.1 Interruptores

Os interruptores como vimos são chaves que permitem abrir e fechar o circuito, por meio de um
simples contato físico em sua estrutura.

O interruptor do tipo paralelo ou também conhecido como “three way”, possui algumas diferen-
ças quando comparado ao interruptor comum:

1º) Aspecto Físico – O interruptor simples no seu verso, dois contatos por onde é realizada a sua
ligação, já o interruptor do tipo vai e vem no seu verso, possui três contatos.

17º Exercício Prático – Interruptor Paralelo 1

Neste exercício prático nós iremos realizar a verificação de um interruptor do tipo “vai e vem”.

1ºPasso: Para realizar a verificação de um componente desligado, você deverá colocar o seu multí-
metro na escala de continuidade (resistência).

Antes de você realizar esta prática alguns conceitos devem ser entendidos por você, o vai e vem
possui três contatos no seu verso, possibilitando o circuito ser aberto ou fechado em qualquer uma
de suas extremidades.
Dispositivos Elétricos

2ºPasso: Pegue a ponteira vermelha do seu multímetro e coloque no contato do meio do seu
interruptor.

3ºPasso: Pegue a ponteira preta do seu multímetro e coloque no contato superior de seu interrup-
tor.

4ºPasso: Quando o seu interruptor estiver fechado, indicará um valor de resistência, quando o
mesmo estiver desligado, deverá indicar infinito em sua resistência.

5ºPasso: Pegue a ponteira preta do multímetro e coloque no contato inferior de seu interruptor.

44
Eletricidade Básica

É muito importante atender a necessidade de controlar uma ou várias lâmpadas situadas no mesmo
ponto, de mais de um local diferente. Nesses casos pode-se utilizar um interruptor paralelo. Esse
interruptor além de proporcionar um maior conforto para o usuário aumenta os aspectos quanto a
segurança, devido ao comando da iluminação estar em mais de um ponto.

Exemplo: em corredores ou uma escada, é bom que tenha um interruptor em cada uma das
extremidades ligada à mesma lâmpada. Isso possibilita uma pessoa acender a lâmpada ao chegar
e apagá-la quando atingir a outra extremidade da escada ou corredor. Nas salas, quartos (um de
cada lado da cama de casal ajuda no bom relacionamento), corredores, cozinhas, na iluminação
externa, etc.

Note que os interruptores sempre seccionam a fase, nunca o neutro, como exigido pela NBR
5410, para impedir choque elétrico nas trocas de lâmpadas com este acionado.

18ºExercício Prático – Interruptor Paralelo 2

Neste exercício prático nós iremos realizar a ligação de um interruptor do tipo paralelo a uma
lâmpada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Dois interruptores, um bocal, uma
lâmpada e disjuntor.

2ºPasso: Realize a ligação do seu disjuntor e em seguida, com a fase que saí do disjuntor ligue no
contato posicionado no meio do seu primeiro interruptor.

3ºPasso: Corte dois fios e interligue os fios das extremidades do seu interruptor até o segundo
interruptor paralelo.

45
Dispositivos Elétricos

4ºPasso: Corte um fio e ligue-o do contato posicionado no meio do seu segundo interruptor até o
contato de sua lâmpada.

5ºPasso: Feche o circuito de sua lâmpada com o fio neutro.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

3.2 Interruptores Automáticos – Sensor de Presença

Os interruptores automáticos que são conhecidos como sensores são bastante utilizados nas ins-
talações elétricas prediais como chaves, abrindo e fechando o circuito. Porém, diferentemente dos
interruptores, os mesmos não realizam esta atividade através do contato humano, mas através de
dispositivos próprios que poderão realizar esse contato através de situações diferenciadas como:
luminosidade, calor, etc.

O sensor infravermelho, também conhecido como sensor de presença é “capaz” de perceber o mo-
vimento de uma pessoa ou animal através do calor emitido por seus corpos. As lâmpadas acen-
dem automaticamente quando detectam o movimento, desligando depois que a última pessoa sai
do ambiente. O tempo que a lâmpada poderá permanecer ligada após a ausência de movimento
pode ser programado, variando de 15s a 8min.
19ºExercício Prático – Interruptor Automático 1

Neste exercício prático nós iremos realizar a ligação de um interruptor automático do tipo sensor
de presença a uma lâmpada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Sensor de Presença, um bocal,
uma lâmpada e disjuntor.

46
Eletricidade Básica

2ºPasso: Realize a ligação do seu disjuntor e em seguida, com a fase que saí do disjuntor ligue no
contato vermelho do seu sensor de presença.

sensor de presença

3ºPasso: Realize a ligação do fio neutro do circuito até o contato azul do seu sensor de presença.

4ºPasso: Corte um fio vermelho e realize a ligação do fio preto de seu sensor de presença até o
borne de sua lâmpada, depois disso, realize o fechamento do seu circuito com o fio neutro.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

47
Dispositivos Elétricos

Neste exercício prático nós iremos realizar a ligação de dois interruptores automático do tipo
sensor de presença a uma lâmpada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, 2 Sensores de Presença, um re-
ceptáculo, uma lâmpada e disjuntor.

2ºPasso: Realize a ligação do seu disjuntor e em seguida, realize a ligação do seu sensor de pre-
sença.

3ºPasso: Pegue o seu segundo sensor de presença e ligue o fio vermelho do seu sensor de presen-
ça no fio vermelho do seu sensor de presença que já está ligado e realize a mesma lógica com os
demais fios.

48
Eletricidade Básica

4ºPasso: Realize agora a ligação de sua lâmpada no fio preto que saí de seu sensor de presença.

Obs: Realizamos agora a ligação em paralelo de dois sensores de presença, esse experimento é
de grande ajuda, pois, você poderá realizar a ligação de sua carga através do seu sensor, através de
duas áreas distintas.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

3.3 Interruptores Automáticos – Fotocélula

A fotocélula, também chamada de célula fotoelétrica é um tipo de interruptor automático bastan-


te utilizado em instalações prediais. Ele funciona através de um circuito com um resistor do tipo
LDR (Light Dependent Resistor).
O funcionamento da célula fotoelétrica se explica através um princípio básico da sua resistência
elétrica, quando não há luz a resistência a resistência da célula é máxima, geralmente mega ohms.
Quando a luz é intensa, a resistência é mínima, geralmente dezenas de ohms. Podemos con-
cluir então que, quando não há luz e a resistência é infinita e consequentemente o circuito estará
aberto, ou seja, a sua lâmpada ficará desligada. O inverso também será verdadeiro, quando houver
iluminação a resistência será aumentada e consequentemente o seu circuito será fechado, ou seja,
a sua lâmpada será ligada.

21º Exercício Prático – Fotocélula de Três Fios

Neste exercício prático nós iremos realizar a ligação de um interruptor automático do tipo fotocé-
lula a uma lâmpada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Fotocélula, Bocal, uma lâmpada e
disjuntor.

49
Dispositivos Elétricos

2ºPasso: Realize a ligação do seu disjuntor e em seguida, com a fase que saí do disjuntor ligue no
contato vermelho de sua fotocélula.

fotocélula

3ºPasso: Realize a ligação do fio neutro do seu circuito até o contato azul de sua fotocélula.

4ºPasso: Corte um fio vermelho e realize a ligação do fio preto de sua fotocélula até o borne de
sua lâmpada, depois disso, realize o fechamento do seu circuito com o fio neutro.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

50
Eletricidade Básica

22º Exercício Prático – Fotocélula de Quatro Fios

Neste exercício prático nós iremos realizar a ligação de um interruptor automático do tipo fotocé-
lula a uma lâmpada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Fotocélula, Bocal, uma lâmpada e
disjuntor.

2ºPasso: Realize a ligação do seu disjuntor e em seguida, com a fase que saí do disjuntor ligue no
contato vermelho de sua fotocélula.

3ºPasso: Realize a ligação do fio neutro do seu circuito até os dois fios do meio que representam o
neutro da fotocélula.

4ºPasso: Corte um fio vermelho e realize a ligação do fio preto de sua fotocélula até o borne de
sua lâmpada, depois disso, realize o fechamento do seu circuito com o fio neutro.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

51
Dispositivos Elétricos

3.4 Dimmer – Regulador de Tensão e Corrente Elétrica

O dimmer é um regulador de tensão, visto que pode ser utilizado para ligar e desligar um circuito,
ou também poderá funcionar para regular a luminosidade de sua lâmpada.
Vamos realizar primeiramente uma prática para podermos entender mais e observar alguns deta-
lhes sobre o dimmer.
Obs: Os dimmers devem ser ligados a lâmpdas incadescentes, LED’s ou halogênio,. Caso seja
ligado em lâmpadas fluorescentes, ele reduzirá o seu tempo de vida útil.

23º Exercício Prático – Dimmer

Neste exercício prático nós iremos realizar a ligação de um interruptor do tipo dimmer a uma
lâmpada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Dimmer, Bocal, uma lâmpada e
disjuntor.

2ºPasso: Realize a ligação do seu disjuntor e em seguida, com a fase que saí do disjuntor ligue no
fio vermelho de seu dimmer.

3ºPasso: Corte um fio vermelho e ligue-o no segundo fio vermelho de seu dimmer em seguida
interligue-o no borne de sua lâmpada.

52
Eletricidade Básica

4ºPasso: Pegue o fio azul que representa o seu neutro e feche o seu circuito.

5ºPasso: Realize a movimentação do seu dimmer e observe o efeito sobre a sua lâmpada.
Obs: Vale a pena salientar que o dimmer é um dispositivo muito simples de ser instalado nas
instalações elétricas residenciais, pois ele será ligado da mesma forma que um interruptor simples.
Diferentemente do sensor de presença ou da fotocélula que precisam do fio neutro para serem
ligados.

Visualize essa prática com maiores detalhes no seu DVD.

O dimmer, como você viu no exercício anterior, ele irá regular a passagem de tensão e conse-
quentemente aumentará ou reduzirá a luminosidade de sua lâmpada, logo, a corrente que irá ser
consumida pela sua carga será aumentada ou reduzida.

Podemos visualizar na prática a redução da tensão na nossa carga, através do nosso multímetro,
quando ligamos lâmpadas ou ventiladores, é bastante fácil observar o funcionamento do dimmer,
regulando a tensão dos aparelhos. Porém, para sabermos com precisão o valor da tensão que está
chegando em nossa carga, precisamos do nosso multímetro.

24º Exercício Prático – Ligação do Dimmer a duas Lâmpadas em Paralelo

Neste exercício prático nós iremos realizar a ligação de um interruptor do tipo dimmer a uma
lâmpada.

1ºPasso: Observe os componentes que deverão ser ligados: Fio, Dimmer, Bocal, uma lâmpada e
disjuntor.

2ºPasso: Realize a ligação do seu disjuntor e em seguida, com a fase que saí do disjuntor ligue no
fio vermelho de seu dimmer.

53
Dispositivos Elétricos

3ºPasso: Corte um fio vermelho e ligue-o no segundo fio vermelho de seu dimmer em seguida
interligue-o no borne de sua lâmpada.

4ºPasso: Pegue o fio azul que representa o seu neutro e feche o seu circuito.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

EXERCÍCIOS DO 3º CAPÍTULO

54
Eletricidade Básica

EXERCÍCIOS DO 3º CAPÍTULO

1) Qual a diferença do interruptor simples para o interruptor paralelo?


2) Informe como deverá ser verificado o interruptor paralelo.
3) Realize um desenho para representar a ligação correta do interruptor paralelo.
4) Quando devemos associar dois sensores de presença em paralelo?
5) É possível ligarmos sensores de presença em série? Qual a finalidade desta ligação?
6) Qual o princípio de funcionamento da fotocélula?
7) Informe através de um desenho como deverá ser ligado o sensor de presença, a fotocélula e o
dimmer.

55
4.
Relação entre as
Grandezas Elétricas
4.1 Potência Elétrica
4.2 Determinando a Potência Elétrica
4.3 Interruptores Automáticos – Fotocélula
4.4 Determinando a Tensão Elétrica atra-
vés da Potência
4.5 Dimensionamento de Disjuntores
4.6 Dúvidas sobre os padrões de Disjunto-
res {Din e NEMA}
4.7 Dimensionamento de Disjuntores
4. Relação entre as Grandezas Elétricas

As grandezas elétricas que estudamos até agora foram: tensão, corrente, resistência e potência
elétrica. Agora iremos estudar mais afundo cada uma delas e como elas se correlacionam
matematicamente.

4.1 Potência Elétrica

Trabalho realizado pelas cargas elétricas em um determinado período de tempo.

A potência elétrica, é uma grandeza que pode ser definida como o trabalho realizado pelas cargas
elétricas em um determinado período tempo.

Matematicamente a potência elétrica, para circuitos resistivos a potência elétrica poderá ser
determinada através do produto da tensão pela corrente elétrica. P = V X I
Relações entre grandezas elétricas

4.2 Determinando a Potência Elétrica

Observe como é simples determinar matematicamente a potência elétrica de um aparelho:

1ºPasso: Observe a tensão no qual o aparelho está sendo ligado, provavelmente se estiver sendo
ligado aqui no Recife, estaremos trabalhando com 220V.

2ºPasso: Observe através de um alicate amperímetro, a corrente que o seu aparelho está
consumindo, vamos supor 3A.

3ºPasso: Para determinarmos a potência é simples, basta aplicar os nossos dados a fórmula
matemática, onde a potência será a multiplicação da tensão pela corrente.

P = 220 X 3 = 660Watts.
4.3Determinando a Tensão Elétrica através da Potência
Observe como é simples determinar matematicamente a tensão de trabalho de um aparelho:

1ºPasso: Observe a potência elétrica do aparelho que provavelmente deverá estar explicita nas
referências do mesmo, vamos supor 500Watts.

2ºPasso: Observe a corrente de consumo do aparelho através do alicate amperímetro, vamos


supor 2,2Ampére.

3ºPasso: Para determinarmos a tensão é simples, basta aplicar os nossos dados a fórmula
matemática, onde a tensão será a divisão da potência pela corrente.

V=P\I
V = 500 / 2,2 = 227Volts

4.4 Determinando a Corrente Elétrica através da Potência

Observe como é simples determinar matematicamente a corrente elétrica de um aparelho:

1ºPasso: Observe a tensão no qual o aparelho está sendo ligado, provavelmente se estiver sendo
ligado aqui no Recife, estaremos trabalhando com 220V.

2ºPasso: Observe a potência elétrica do aparelho que provavelmente deverá estar explicita nas
referências do mesmo, vamos supor 500Watts.

3ºPasso: Para determinarmos a corrente é simples, basta aplicar os nossos dados a fórmula
matemática, onde a corrente será a divisão da potência pela tensão.

I=P/V
I = 500 / 220 = 2,27Ampére

Obs: É bastante importante que você determine essas fórmulas matemáticas, visto que,
futuramente quando você for realizar o dimensionamento dos condutores e dos dispositivos de
manobra estas fórmulas são de fundamental importância.

58
Eletricidade Básica

EXERCÍCIOS DO 4º CAPÍTULO

1) Dimensione a potência de um chuveiro elétrico que será ligado em recife e que já foi verificada
a corrente presente no circuito como 18Ampéres.
2) Dimensione a corrente de uma torneira elétrica que será ligada em São Paulo(110V) e que
possui 400W de potência.
3) Dimensione a tensão de um aparelho que possui 110W e a sua corrente de trabalho é de
2Ampéres.
4) Informe a diferença entre a tensão e a corrente elétrica.
5) Dimensione a corrente de um ferro de passar que será ligada em Recife e que possui 800W de
potência.
6) Informe a definição e a unidade de medida da potência elétrica.
7) Determine a potência elétrica dos seguintes aparelhos:
a) TV = 220V, 2A.
b) Aparelho de Som = 220V, 4A.
c) Lâmpada = 220V, 0,5A.
8) Determine a corrente elétrica dos seguintes aparelhos:
a) Ventilador - 200Watts, 220V.
b) Aparelho de DVD - 100Watts, 220V.
c) Home Theater - 450Watts, 110V.

4.5 Dimensionamento de Disjuntores

Para realizarmos o dimensionamento de disjuntores é bastante simples, porém algumas regras


devem ser seguidas para a realização do preciso dimensionamento.
Vamos analisar uma situação prática e observar passo a passo o dimensionamento do disjuntor.

Exemplo: Dimensione o disjuntor necessário para uma sala de informática com 10PC’s,
4Lâmpadas e 1TV. Dados: Potência dos Pc’s = 350W, Lâmpadas = 100W, TV = 220W.
1ºPasso: O primeiro passo para a realização deste dimensionamento é simples, você deverá
realizar a multiplicação do número de produtos pela sua potência individual, podendo assim
encontrar a potência referente aos equipamentos.
10PC’s x 350W = 3500W
4Lâmpadas x 100W = 400W
1TV x 220W = 220W

2ºPasso: Agora nós iremos realizar a soma aritmética das potências referentes aos aparelhos, para
que possamos encontrar a potência total do circuito.
Potência total = 3500W + 400W + 220W = 4120W
3ºPasso: Já identificamos a potência total do nosso circuito, para encontramos a corrente referente
ao mesmo, precisaremos aplicar a seguinte fórmula:
I=P/V
I = 4120 / 220 = 18,7Ámperes

Observe o valor de corrente encontrado, 18,7Ámperes. Este valor é referente a corrente do nosso
circuito. Para dimensionarmos o nosso disjuntor precisamos acrescentar a este valor uma margem
de tolerância para o perfeito funcionamento do nosso disjuntor.

59
Relações entre grandezas elétricas

4ºPasso: Multiplique o valor de 1,3 ao valor de sua corrente encontrado (18,7A).


18,7 x 1,3(tolerância) = 24,31 Ampéres.
Observe o valor encontrado para o seu disjuntor, 24,31Ampéres, é importante você notar que não
existe este valor de disjuntor disponível no mercado para aquisição, logo você deverá escolher o
valor maior mais próximo, no caso, teríamos 25A.
Quais são os disjuntores disponíveis no mercado? Esta é uma dúvida bastante comum dos alunos
quando estão começando o curso. Os disjuntores tem valores geralmente múltiplos de 5, por
exemplo, temos disjuntores de 5A, 10A, 15A, 20A, 25A, sucessivamente. Temos também alguns
modelos da siemens que possuem o valor de 6A, 16A, porém não são tão comuns.

EXERCÍCIOS DO 4º CAPÍTULO (2)

1º) Dimensione o disjuntor necessário para uma sala de informática com 10PC’s, 4Lâmpadas e
1Data-Shows.
Potência: PC = 300W.
Lâmpada = 150W.
Data-Show = 800W.
2º) Dimensione o disjuntor necessário para uma sala de informática com 8PC’s, 2TV’s e
3Lâmpadas.
Potência: PC = 250W.
Lâmpada = 100W.
TV = 220W.

4.6 Dúvidas sobre os padrões de Disjuntores {Din e NEMA}

Muitas pessoas têm algumas dúvidas sobre os tipos de disjuntores e sobre os modelos presente no
comércio, temos dois disjuntores muito comuns um que é da cor preta e outro da cor branca, você
já notou?
Os dois disjuntores possuem a mesma utilização prática e ambos são certificados pelo
INMETRO, porém o da cor preta corresponde as normas técnicas americano chamado NEMA,
enquanto o branco corresponde as normas técnicas europeias chamado DIN.

A distinção prática mais evidente entre estes dois disjuntores está na forma de posicionamento do
quadro de distribuição o de padrão din são mais versáteis, práticos e otimizam o espaço no quadro
de distribuição, enquanto o nema, possui tamanho maior e a sua forma de posicionamento não é
tão simples.

60
5.
Quadro de Distribuição
5.1 Dúvidas sobre os tipos de Disjuntores
5.2 Verificação dos Disjuntores
5.3 Fusíveis
5.4 Fusíveis x Disjuntores
5.5 Aplicação dos Fusíveis
5.6 Tipos de Fusíveis
5.7 Características dos Fusíveis
5.8 Fusíveis NH
5.9 Fusíveis Diazed
5.10 Verificação dos Fusíveis
5.11 DR {Dispositivo Residual}
5.12 Ligação do DR
5.13 Princípio de Funcionamento do DR
5.
Quadro de Distribuição
5.14 DPS {Dispositivo
de Proteção contra Surto}
5.15 O Aterramento e o DPS
5.16 O DPS pode ser
instalado sem Aterramento?
5.17 Fusíveis x Disjuntores
5.18 O DPS é Obrigatório?
5.19 Funcionamento e Verificação do DPS
5.20 Aterramento Elétrico
5.21 Aterramento PE
5.22 Ligação do Aterramento PE
5. Quadro de Distribuição

O quadro de distribuição é o coração do sistema elétrico, através dele todos os ambientes serão
alimentados, os aparelhos serão ligados e os usuários serão protegidos. Caso ele seja ligado corre-
tamente, seguindo os padrões técnicos a sua instalação estará segura e protegida de futuros pro-
blemas.

5.1 Dúvidas sobre os tipos de Disjuntores

A norma de proteção NBR 5410 e NBR 5459-ABNT estabelecem que os disjuntores de curva
B devem atuar para correntes de curto-circuito entre três e cinco vezes a corrente nominal, já os
de curva C atuam entre cinco e dez vezes a corrente nominal e, por fim, os disjuntores de curva D
devem responder para correntes entre dez e vinte vezes a corrente nominal.

1. Os disjuntores de curva B são indicados para cargas resistivas com pequena corrente de
partida, como é o caso de chuveiros elétricos, fornos elétricos e lâmpadas incandescentes.

2. Já os de curva C são indicados para cargas de média corrente de partida, como motores
elétricos, lâmpadas fluorescentes e máquinas de lavar roupas.

3. Por fim, os disjuntores de curva D são indicados para cargas com grande corrente de par-
tida, a exemplo de transformadores BT/BT (baixa tensão).

Tenha sempre em mente, que serviços elétricos devem ser efetuados por um profissional qualifi-
cado e de confiança, para evitar acidentes e custo financeiro alto.
Visualize essa prática com maiores detalhes no seu DVD.

EXERCÍCIOS DO 5º CAPÍTULO

1º) Dimensione a potência de um chuveiro elétrico que será ligado em recife e que já foi verifica-
da a corrente presente no circuito como 18Ampéres.

2º) Dimensione a corrente de uma torneira elétrica que será ligada em São Paulo(110V) e que
possui 400W de potência.

5.2 Verificação dos Disjuntores

O disjuntor possui três testes bastantes simples para a verificação de disjuntores, cada um deles
poderá ser realizado em momentos distintos no cotidiano de um técnico, por isso, você precisa
saber bem cada uma delas.

25º Exercício Prático – Contato Físico

O teste de contato físico é o mais simples dos testes, ele consiste em você realizar uma leve pan-
cada na lateral do seu disjuntor com ele ligado, caso ele esteja ruim, no momento da pancada o
mesmo deverá desarmar, indicando que a sua mola interna está ruim.
Quadro de distribuição

26º Exercício Prático – Continuidade

O teste de continuidade do disjuntor deverá ser realizado antes da compra de um disjuntor, pois o
teste deverá ser realizado com ele desligado.

Neste exercício prático aprenderemos a realizar a verificação de um disjuntor desligado.

1ºPasso: Para realizar a verificação de um componente desligado, você deverá colocar o seu multí-
metro na escala de continuidade (resistência).

Antes de você realizar esta prática alguns conceitos devem ser entendidos por você, um circui-
to aberto é demonstrado através do multímetro pelo valor (INFINITO) enquanto um circuito
fechado é demonstrado através do multímetro através de um valor. Através deste exercício você
poderá concluir melhor o significado desta afirmação.

2ºPasso: Pegue a ponteira vermelha do seu multímetro e coloque em um dos contatos do seu
disjuntor.

3ºPasso: Pegue a ponteira preta do seu multímetro e coloque no outro contato do seu disjuntor.

64
Eletricidade Básica

4ºPasso: Quando seu disjuntor estiver ligado o mesmo deverá indicar resistência, ou seja, circui-
to fechado, quando o seu disjuntor estiver desligado o mesmo deverá indicar (infinito) circuito
aberto.

Visualize essa prática com maiores detalhes no seu DVD.

27º Exercício Prático – Tensão

O teste de tensão do disjuntor é uma verificação que deverá ser realizada quando instalado no
quadro de distribuição em um circuito em funcionamento.
Neste exercício prático aprenderemos a realizar a verificação de um disjuntor ligado.

1ºPasso: O seu disjuntor deverá estar ligado no seu quadro de distribuição.

2ºPasso: Pegue o seu multímetro e coloque na escala ACV 750, visto que estamos analisando um
circuito ligado.

65
Quadro de distribuição

3ºPasso: Pegue a ponteira vermelha do seu multímetro e coloque no pino inferior do seu disjun-
tor e a ponteira preta no pino do fio neutro.

Instantaneamente o seu multímetro deverá indicar 220V, representando que está chegando tensão
no seu disjuntor normalmente.

4ºPasso: Ainda com a ponteira preta no fio do neutro, pegue a ponteira vermelha e coloque no
pino superior do disjuntor.

Instantaneamente o seu disjunto deverá indicar 220V, caso o seu disjuntor esteja ligado, ou seja,
estará passando tensão de um contato para o outro do disjuntor, o seu disjuntor está bom. Porém,
mesmo com o disjuntor ligado, não encontrasse tensão no pino superior, você poderia considerar
o seu disjuntor com problemas.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

5.3 Fusíveis

Os fusíveis são componentes presentes nos circuitos elétricos que possuem como finalidade a pro-
teção do circuito contra o excesso de corrente e curtos-circuitos da mesma forma que o disjuntor.
Porém alguns detalhes acerca de sua atuação e a forma de sua ligação devem ser salientadas para
que possamos realizar a instalação do mesmo.

66
Eletricidade Básica

5.4 Fusíveis x Disjuntores

1º Os fusível são compostos por um filamento ou liga metálica de baixo ponto de fusão no seu
interior, que no momento de um eventual excesso de corrente se parte e consequentemente abre o
circuito, visto que assim como o disjuntor, ele também deverá estar ligado em série com o circuito.

2º Os fusíveis depois de abertos, precisam ser substituídos, enquanto os disjuntores são dispositi-
vos de manobra.

5.5 Aplicação dos Fusíveis

Os fusíveis atualmente possuem aplicações bastante peculiares, enquanto há alguns anos atrás era
comum os fusíveis substituírem os disjuntores nas instalações residenciais, hoje não encontramos
mais deles nesse tipo de instalação. Porém, quando falamos de equipamentos eletroeletrônicos
todos possuem fusíveis de proteção nas suas fontes de alimentação. Um outro tipo de instalação
onde encontramos fusíveis são circuitos específicos de comandos elétricos para ligação de moto-
res monofásicos e trifásicos, os quais você aprenderá mais profundamente no curso de comandos
elétricos.

5.6 Tipos de Fusíveis

Existem três categorias de fusíveis conforme a eficiência de operação e aplicações a que se desti-
nam. Conheça a seguir cada tipo espefíco:

1) Fusíveis de Efeito Rápido – Utilizados em aplicações simples nas quais a carga acionada
pela rede elétrica não apresenta picos de corrente, ou seja, a corrente consumida pelo equipamen-
to através de sua ligação a tomadas não assume valores elevados, por exemplo, lâmpadas, fornos
elétricos, etc.

2) Fusíveis de Efeito Retardado – Utilizados em circuitos nos quais a corrente de partida


dos equipamentos assumem valores bem superiores aos que possuem nas condições normais de
funcionamento ou em situações aonde ocorre sobrecarga momentânea dos circuitos (pequenos
intervalos de tempo), é o caso dos motores elétricos e cargas capacitivas respectivamente.

3) Fusíveis de Efeito Ultra-Rápido – Aplicados em situações nas quais a carga a ser ali-
mentada possui circuitos eletrônicos ultrassensíveis constituídos por elementos semicondutores,
trisistores, GTO’s e diodos interrompendo a corrente quando houver um curto para evitar danos
a essas partes.

5.7 Características dos Fusíveis

Dimensiona-se um fusível de acordo com três características fundamentais, que especificam sua
operação conforme a definição: corrente nominal, corrente de curto-circuito e tensão nominal,
estas informações irão auxiliar na escolha de qual espécie desse dispositivo será adotado como
proteção.
Corrente Nominal – Valor de corrente suportável pelo fusível, sem que ele interrompa a alimen-
tação do circuito o qual esteja protegendo. Tal dimensão consta no seu corpo de porcelana ou de
vidro que integra o dispositivo.

67
Quadro de distribuição

Corrente de Curto-Circuito – Corrente máxima que ao percorrer um circuito elétrico deve ser
interrompida pela queima do fusível, utilizado a título de proteção conforme citado.
Capacidade de Ruptura (kA) – É a corrente que pode ser interrompida pelo fusível no circuito
com segurança e não depende da tensão máxima correspondente à instalação.

Tensão Nominal – Valor de tensão que pode ser suportado pelo fusível, mediante o qual ele irá
atuar normalmente em condições extremas de temperatura. Para instalações elétricas em baixa
tensão, os valores de tensão indicados são de 500V para circuitos CA (corrente alternada) e de
600V para circuitos CC (corrente contínua).

5.7 Fusíveis NH

Estes fusíveis podem suportar elevados níveis de tensão sem que


haja rompimento do seu elo fusível. São indicados para circuitos nos
quais ocorrem picos de corrente, bem como aonde existem cargas
reativas (indutiva e capacitiva).

Possuem corrente nominal que vai de 6A até 1,2kA, possuem tam-


bém capacidade de ruptura elevada >70kA e a sua tensão máxima de
trabalho suportada é de 500V em circuitos de corrente alternada.

5.8 Fusíveis Diazed

No interior desses fusíveis existe areia especial (quartzo) que tem a função de interromper o arco
elétrico e evitar explosões que possam ocorrer com a queima do fusível.

Os fusíveis do tipo diazed podem ser de ação rápida, próprios para circuitos aonde
não existem cargas com pico de corrente (resistivas) do tipo lâmpadas e fornos e
de ação retardada, implantados em circuitos contendo motores (carga indutiva) e
capacitores pois apresentam corrente que atinge picos, cuja operação é mais lenta
devido a essas corrente máximas provenientes de cargas reativas serem instantâ-
neas. Possuem corrente nominal máxima de 100A, capacidade de ruptura equiva-
lente a 70kA e a sua tensão máxima suportada é de 500V em circuitos de corrente
alternada.

5.9 Verificação dos Fusíveis

A verificação dos fusíveis é realizada de maneira simples, através de um simples teste de conti-
nuidade, assim como realizamos com os disjuntores. Um detalhe importante é que este teste de
continuidade pode ser realizado em todos os tipos de fusíveis.

28º Exercício Prático – Verificação do Fusível

Neste exercício prático aprenderemos a realizar a verificação do fusível desligado.


1ºPasso: O seu fusível deverá estar em um circuito desligado.

68
Eletricidade Básica

2ºPasso: Pegue o seu multímetro e coloque na escala de 200Ohm, para realizarmos o teste de
continuidade.

3ºPasso: Pegue as ponteiras do seu multímetro e posicione-as em cada contato do seu fusível.

4ºPasso: Poderemos ter duas situações agora, caso o seu fusível esteja bom, ele deverá indicar um
valor de resistência, o qual irá depender do seu fusível. Caso ele esteja ruim, ele indicará infinito o
valor de sua resistência.

5.10 DR {Dispositivo Residual}

O DR assim como o disjuntor é um dispositivo de proteção, porém, enquanto o disjuntor tem


como função proteger o circuito contra o excesso de corrente o DR tem como função proteger o
usuário de choque elétrico.

5.11 Ligação do DR

O DR possui algumas peculiaridades na sua forma de ligação, enquanto para realizar a ligação do
disjuntor apenas o fio da fase será ligado no mesmo, o DR deverá ser ligado no fio fase e no fio
neutro simultaneamente.
O quadro de distribuição será ligado na seguinte ordem:

69
Quadro de distribuição

1) Disjuntor Geral, responsável pela proteção geral do circuito e consequentemente o disjun-


tor com maior amperagem do quadro.

2) DR, responsável pela proteção dos usuários, sempre será ligado após o disjuntor geral e
será ligado em série com os demais disjuntores específicos do Q.D.

3) Disjuntores Específicos, responsáveis pela proteção individual dos circuitos elétricos de


toda a instalação.

70
Eletricidade Básica

5.12 Princípio de Funcionamento do DR

O DR opera em função do campo magnético resultante da circulação da corrente pelos conduto-


res de alimentação dos circuitos elétricos. Em condições normais esse campo magnético é pra-
ticamente nulo, mas em caso de fuga associada a choques elétricos ou defeitos de isolação, o seu
valor deixa de ser nulo e assume um valor proporcional à corrente que está fugindo (vazando) do
circuito.

Como o DR mede permanentemente a soma vetorial das correntes que percorrem os condutores,
enquanto o circuito se mantiver eletricamente sem fugas de corrente, a soma vetorial das cor-
rentes nos seus condutores é praticamente nula. Ocorrendo a falha de isolamento em um equi-
pamento alimentado por esse circuito, interromperá uma corrente de falta à terra ou seja, haverá
uma corrente residual para o solo. Devido a este “vazamento” de corrente para a terra, a soma ve-
torial das correntes nos condutores monitorados pelo DR não é mais nula e o dispositivo detecta
justamente essa diferença de corrente.

5.13 Verificação do DR

A verificação do DR é feita de duas formas bastante simples:

29º Exercício Prático – Verificação do DR(1)

O DR possui em seu corpo um botão teste que deverá ser pressionado para a verificação do
mesmo. Logo, quando você realizar a ligação do seu circuito, pressione o botão de teste do seu
DR e observe se o mesmo será desarmando, caso isso não aconteça, o seu DR não está apto para
funcionamento.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

71
Quadro de distribuição

30º Exercício Prático – Verificação do DR(2)

Uma outra verificação bastante comum para o DR, consiste na ligação de uma lâmpada à terra.
Este teste, possui como finalidade simular um vazamento de corrente. Logo, se o seu DR estiver
bom, antes da lâmpada acender o seu DR deverá desarmar o seu circuito.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

5.14 DPS {Dispositivo de Proteção contra Surto}

DPS, é a sigla utilizada para o dispositivo de proteção contra surto elétrico. O DPS é o dispositi
vo preconizado pela NBR 5410 e 5419, para proteger as instalações elétricas e os equipamentos
eletroeletrônicos contra surtos, sobre tensões ou transientes diretos ou indireto, independente da
origem, se por descargas atmosféricas ou por manobras das concessionária.

5.15 O Aterramento e o DPS

Uma dúvida bastante comum dos trabalhadores da área elétrica é a seguinte: “o aterramento em
conformidade com a norma, é suficiente para proteger a instalação elétrica e os equipamentos
contra transientes?”

Com certeza não, pois o sistema de aterramento é apenas um dos componentes, é através dele que
o DPS, desvia os transientes ou surtos para a terra. Portanto o aterramento não protege contra
transientes ou surtos, falaremos sobre o aterramento posteriormente.
O sistema perfeito é composto de:

1. Eletrodos de aterramento;
2. Ligação equipotencial;
3. DPS, o principal elemento.

Sendo assim, qualquer instalação sem um desses componentes estará com a sua segurança com-
prometida. Vale lembrar que o aterramento tem outras finalidade, tais como drenar a tensões
eletrostáticas que se formam nos equipamentos eletrônicos e principalmente proteger os seus usu-
ários de choques elétricos.

72
Eletricidade Básica

5.16 O DPS pode ser instalado sem Aterramento?

Primeiramente, antes de versarmos sobre este tema é importante esclarecer alguns pontos impor-
tantes:

A Lei Federal nº11.337, de 26 de Julho de 2006, sancionada pelo Presidente Lula, com vigência a
partir de dezembro de 2007, estipulou:

Art1º As edificações cuja construção se inicie a partir da vigência desta lei deverão obrigatoria-
mente possuir sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização do
condutor-terra de proteção, bem como tomadas com o terceiro contato correspondente.
Aqui no Brasil é muito comum que o neutro seja aterrado logo no quadro de distribuição. Nes-
ses casos o condutor do neutro aterrado poderá ser utilizado pelo DPS como aterramento. Nos
demais casos, para que o DPS ofereça total proteção ele necessita do sistema de aterramento para
desviar os surtos e transientes que atingem uma instalação elétrica.

5.17 O DPS é Obrigatório?

Sim, ele é obrigatório. A NBR 5410, em seu item 5.4.2.1 estabelece que todas as edificações
dentro do território brasileiro, que forem alimentadas total ou parcialmente por linha aérea, e
se situem onde há a ocorrência de trovoadas em mais de 25 dias por ano, devem ser providas de
DPS. Quando partes da instalação estão situadas no exterior das edificações, expostas a descargas
diretas, o DPS também é obrigatório.

5.18 Funcionamento e Verificação do DPS

O DPS funciona da seguinte forma, o mesmo fica ligado em paralelo com o disjun-
tor geral no quadro de distribuição e sempre fica aberto com o seu circuito aberto
(R=Infinito), quando ocorre algum surto de tensão, ele fecha um curto entre os seus
terminas e encaminha para a terra o transiente.

Para uma proteção ideal, você deve ter 3DPS no QD, um ligado entre Fase e Neu-
tro, outro entre Neutro e Terra e outro entre Fase e Terra, simultaneamente.

5.19 Aterramento Elétrico

O aterramento é um dispositivo de proteção do circuito elétrico, assim como os demais com-


ponentes que já estudamos, porém a distinção dele para os demais está na proteção do circuito
contra energias estáticas.

Temos três tipos de aterramentos nas instalações elétricas, falaremos um pouco sobre cada um
deles:

a) Aterramento PE – Proteção Elétrica {Fio Terra}


b) Aterramento Funcional – {Fio Neutro}
c) Aterramento Temporário – {Fio Fase}

73
Quadro de distribuição

5.20 Aterramento PE

O aterramento é um dispositivo de proteção do circuito elétrico, assim como os demais compo-


nentes que já estudamos, tem como finalidade a equipotencialização do circuito. Veremos agora
alguns detalhes relacionados a sua ligação e verificação.

5.21 Ligação do Aterramento PE

O aterramento do tipo PE, consiste na ligação de uma haste com alma de aço e revestida em
cobre, denominada haste de Copperweld ao pino do terra das tomadas do tipo 2P + T.
Os tipos de hastes mais comuns encontradas no mercado são as de 1,5m e 2,00m, poderá ser
utilizada individualmente ou com outras hastes, o que irá determinar o uso individual ou em
agrupamento (hastes em paralelo) é o valor da resistência de terra obtida que deve ser inferior a
10 Ohm.
Para a verificação da resistência do solo se faz necessário a utilização de um equipamento chama-
do terrômetro, porém por conta do seu elevado preço, ensinaremos uma maneira alternativa de
realizar a mesma verificação.

31º Exercício Prático – Verificação do Aterramento PE

Para realizarmos a verificação do aterramento PE, precisaremos do auxílio de uma lâmpada de


200W.

1ºPasso: Ligue uma lâmpada de 200W entre Fase e Terra.

Um detalhe importante sobre este teste é que você deverá desativar o seu DR, caso contrário o
mesmo irá desarmar, impedindo a realização do circuito.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

74
Eletricidade Básica

2ºPasso: Pegue o seu multímetro e posicione-o na escala de 700ACV.

3ºPasso: Verifique a ddp em sua lâmpada. Para o seu aterramento estar bom, ele deverá indicar
entre 215-219V.

Observe atentamente o valor de DDP representado no seu multímetro.

Visualize essa prática com maiores detalhes no leiautdicas.com

Caso a sua verificação apresente um valor de ddp inferior a 215V, você deverá inserir uma nova
haste de aterramento. Uma dúvida bastante comum, está na distância que a próxima haste deverá
possuir da primeira haste que já foi inserida.

Para colocarmos uma nova haste de aterramento, você deverá verificar qual foi o tamanho da has-
te inicial, a distância da próxima haste será o equivalente a o tamanho da sua primeira haste.
Exemplo: Supondo que você possui uma haste de aterramento com 2,50m de comprimento e
realizou o teste de verificação de ddp na lâmpada verificando 180V, por conta do baixo valor

75
Quadro de distribuição

encontrado, você deverá inserir uma nova haste também de 2,50m. Qual será a distância entre as
hastes? A distância entre elas será do tamanho de sua primeira haste, ou seja, 2,50m.

Para melhorar a condutividade do solo e consequentemente o desempenho do aterramento utili-


zamos um tipo de argila denominada de betonita. Lembre-se, nunca coloque SAL no seu aterra-
mento, ele irá corroer a sua haste e consequentemente diminuir o seu tempo de vida útil.

5.22 Aterramento Funcional

O aterramento funcional possui algumas peculiaridades em relação a sua função relacionado ao


aterramento PE.
Enquanto o aterramento PE é realizado para proteção de choque estático, equipotencializando a
carcaça do aparelho. O aterramento funcional já possui como finalidade proteger o circuito contra
uma possível inversão de fases ou de fase e neutro.

Um outro detalhe entre esses dois aterramentos está na forma de ligação, enquanto o aterramento
PE é realizado no pino do TERRA, o aterramento funcional é realizado no NEUTRO.

32º Exercício Prático – Verificação do Aterramento Funcional

Para a realização do aterramento funcional não será necessário do auxílio da lâmpada de 100W,
utilizada anteriormente na verificação do aterramento PE.

1ºPasso: Coloque o seu multímetro na escala ACV 200.

2ºPasso: Pegue as suas ponteiras e realize a verificação de ddp entre Neutro e Terra. O valor en-
contrado no seu multímetro para que o seu aterramento esteja bom deverá variar de 0 até 2V.

76
Eletricidade Básica

5.23 Aterramento Temporário

O aterramento temporário é um tipo de aterramento bem peculiar e só deve ser utilizado em uma
situação bem específica, manutenção da rede elétrica.

Vamos analisar uma situação prática, quando vamos realizar uma manutenção em um circuito
elétrico, precisamos primeiramente desligar o quadro de distribuição para em seguida começar
a realizar a manutenção. Caso, algum desavisado venha a realizar a religação do circuito no mo-
mento de sua manutenção e do outro lado do circuito exista um profissional realizando o serviço,
o mesmo poderá levar um choque elétrico. Para evitar problemas como estes, realizamos o cha-
mado aterramento temporário.

Para realizar um aterramento temporário é bastante simples, precisamos aterrar as nossas fases
diretamente no nosso quadro de distribuição.

77
6.
Resistência Elétrica
6.1 Associação de Resistores Série
6.2 Associação de Resistores Paralelo
6.3 Primeira Lei de Ohm
6.4 Exercícios Aplicados
6.5 Resistência no Dia a Dia das instalações
Elétricas
6. Resistência Elétrica

É a capacidade de um corpo qualquer ser opor a passagem de corrente, provocando uma queda na
tensão no circuito fechado. A unidade de medida desta grandeza é o Ohm.

6.1 Associação de Resistores Série

Associação de resistências em Série – A resistência equivalente será igual a soma das resistências
individuais.

R(equiv) = R1 + R2

6.2 Associação de Resistores Paralelo

Associação de resistências em Paralelo – A resistência equivalente será o produto das resistências,


dividida pela soma das resistências.

R(equiv) = R1 X R2 / R1 + R2

6.3 Primeira Lei de Ohm

A primeira lei de ohm, possui este nome por referência ao seu criador o físico George Ohm. O
qual desenvolveu uma relação matemática para explicar os efeitos da tensão e da corrente elétrica
em um condutor elétrico, denominado por ele como resistência e os efeitos causados nesta resis-
tência pela tensão e corrente.
Resistencia Elétrica

A lei está definida matematicamente assim:

Onde: DDP = Significa uma diferença de potencial, ou seja a tensão que entra e a tensão que
deve sair do resistor.
R = Resistência, o valor respectivo ao resistor apropriado para o ideal funcionamento do
circuito.
I = Corrente, valor respectivo ao consumo da carga.

DDP = R X I

Observe o exemplo abaixo, temos uma bateria de 12V alimentando uma lâmpada de 2V, se não
tivermos um resistor, instantaneamente nossa lâmpada iria queimar. Logo, o resistor terá como
função dar uma queda na tensão e consequentemente reduzir a tensão que chegará a lâmpada,

impedindo que a mesma venha a queimar. Um detalhe bastante importante para dimensionarmos
o disjuntor está na corrente de consumo da carga que estará sendo alimentada, no nosso exemplo
a lâmpada consome cerca de 500mA, sem este dado, seria impossível dimensionar o disjuntor.

Logo, DDP = R X I
DDP = 12(Quanto entra no resistor) – 2(Quanto deve sair do resistor) = 10V
R = ? O valor que estamos procurando.
I = 500mA = 0,5A. A corrente de consumo de nossa carga que deve ser demonstrada em Ampére.
Então, R = DDP / I
R = 10 / 0,5 = 20Ohm.

6.4 Exercícios Aplicados

1) Informe a resistência necessária para que uma lâmpada que possui corrente de trabalho, igual a
200mA, funcione normalmente com 3,0V, sendo alimentada por uma bateria de 12,0V.

80
Eletricidade Básica

2) Informe a tensão de trabalho de uma lâmpada, na qual possui corrente de trabalho, igual a
500mA e resistência interna de 5Ohm.

3) Informe a corrente de trabalho de uma lâmpada que trabalha sob uma tensão de 220V e sua
resistência possui 2Ohm.

4) Informe a corrente de trabalho de um forno elétrico que trabalha sob uma tensão de 110V e
possui resistência interna de 20Ohm.

81
Resistencia Elétrica

b) Informe a potência do aparelho.

5) Informe as resistências equivalentes.

6.5 A Resistência no Dia a Dia das instalações Elétricas

A resistência elétrica está no nosso cotidiano, o estudo dos resistores inicialmente nos ajuda a rea-
lizarmos alguns cálculos que nos ajudaram a entender futuros circuitos e resolver problemas mais
complexos nos sistemas elétricos. Vamos exemplificar algum desses casos:

1º No caso de uma fiação elétrica mal dimensionada, ou seja, onde o fio está mais fino do que o
necessário. Exemplo, quando colocam um fio de 1,5mm² para alimentar as tomadas 2P + T, o fio
começará a aquecer {efeito joule} e se comportará como uma resistência dando uma queda na
tensão, consequentemente a tensão que sairá da tomada não será mais 220V e assim poderá vim a
queimar alguns aparelhos mais sensíveis ligados a ela.

2º A haste de aterramento, tem como finalidade equipotencializar o circuito. Em consequência


disso, a mesma deve apresentar uma resistência de 5Ohm, quando o aterramento vai ficando mais
desgastado o mesmo começa a apresentar uma resistência maior, para reduzirmos a resistência
do aterramento é comum ligarmos outra haste em paralelo com a primeira para que a resistência
equivalente venha a ser reduzida e se aproxime novamente aos 5Ohm.

3º O chuveiro elétrico, juntamente com o ferro de passar e o ferro de soldar, são instrumentos di-
ários nas casas de todo o mundo e só funcionam, em meio a um efeito das resistências elétricas, o
conhecido efeito joule. No qual transforma a corrente elétrica que passa pela resistência em calor.

82
7.
Projeto Elétrico
7.1 Simbologias
7.2 Tomadas {TUE}7.3 Primeira Lei de
Ohm
7.3 Iluminação
7.4 Sistema Unifilar
7.5 Quadro de Distribuição
7.6 Fiação
7.7 Ligando Tomadas
7.8 Ligando Lâmpadas
7. Projeto Elétrico

O projeto elétrico define as diretrizes que serão dadas para a execução do projeto, é fundamen-
tal que um técnico do setor elétrico tenha o conhecimento além da interpretação do projeto, o
conhecimento do dimensionamento dentro das normas de projetos elétricos.

7.1 Simbologias

Como o projeto elétrico é a representação


do sistema elétrico da edificação, as toma-
das, interruptores, fios, são representados
por simbologias específicas para o completo
conhecimento de toda a instalação.

7.2 Tomadas {TUG}

As tomadas são dispositivos fundamentais


nas residências, para o dimensionamento do
número de tomadas, precisamos respeitar as
normas brasileiras de projetos de baixa ten-
são a NBR 5410. As tomadas de uso geral,
são aquelas presentes em nossas residências
que suportam até 10A e podem ser utiliza-
das para ligar em geral a maioria dos apare-
lhos eletroeletrônicos. Para o dimensiona-
mento das tomadas de uso geral nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e
similares, você deverá observar as seguintes regras:

1ºEm banheiros, pelo menos uma tomada junto ao lavatório.

2ºEm cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos (parecidos),
no mínimo uma tomada para cada 3,5m, sendo que, acima de cada bancada com largura igual ou
superior a 0,30m, deve ser prevista pelo menos uma tomada.

3ºEm halls, corredores, subsolos, garagens, sótãos e varandas, pelo menos uma tomada.

Obs.: No caso de varandas, quando não for possível a instalação da tomada no próprio local, esta
deverá ser instalada próxima ao seu acesso.

4ºNos demais cômodos e dependências, se a área for igual ou inferior a 6m², pelo menos uma
tomada; se a área for superior a 6m², pelo menos uma tomada para cada 5m, devendo estar espa-
çadas tão uniformemente quanto possível.

Nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares, às tomadas de uso
geral devem ser atribuídas as seguintes potências:
Projeto Elétrico

1º Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos


(parecidos), no mínimo 600VA por tomada, até três tomadas, e 100VA, por tomada, para as exce-
dentes, considerando cada um desses ambientes separadamente.

2º Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100VA por tomada.

7.3 Tomadas {TUE}

As tomadas de uso específico são aquelas destinadas a ligação de equipamentos elétricos especí-
ficos, como ar – condicionado, chuveiro elétrico, etc. As potências nominais dos equipamentos a
serem alimentados devem ser discriminados diretamente na tomadas do projeto.

Quando não for conhecida a potência nominal do equipamento a ser alimentado, deve-se atribuir
à tomada de corrente uma potência igual à potência nominal do equipamento mais potente com
possibilidade de ser ligado, ou a potência determinada a partir da corrente nominal da tomada e
da tensão do respectivo circuito;

As tomadas de uso específico devem ser instaladas, no máximo, a 1,5m do local previsto para o
equipamento ser alimentado.

7.4 Iluminação

A iluminação deve ser determinada como resultado da aplicação da NBR 8995-1 de 2013 em
conformidade com a NBR 5410.

Uma boa iluminação propicia a visualização do ambiente, permitindo que as pessoas vejam, se
movam com segurança e desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, precisa e segura, sem
causar, fadiga visual e desconforto. A iluminação pode ser natural, artificial, ou uma combinação
de ambas.

Antes de começarmos a dimensionar a nossa iluminação precisamos entender alguns aspectos


importantes:

1º Em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, mo-


téis e similares deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com potência mínima
de 100VA, comandado por interruptor de parede.

2º Para as unidades residenciais, com alternativa, para a determinação das cargas de iluminação,
pode ser adotado o seguinte critério:

- Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6m² deve ser prevista uma carga
mínima de 100VA.

-Em cômodos ou dependências com área superior a 6m² deve ser prevista uma carga mínima de
100VA para os primeiros 6m², acrescida de 60VA para cada aumento de 4m²inteiros.

86
Eletricidade Básica

7.5 Sistema Unifilar

O sistema unifilar das instalações elétricas é uma representação gráfica do circuito elétrico em
sua totalidade, e respectivos dispositivos elétricos, de forma organizada, desde a fonte (transfor-
mador(es) próprio(s), rede secundária em baixa tensão da concessionária de energia elétrica e/ou
geração própria) até as cargas.

7.6 Quadro de Distribuição

O quadro de distribuição é o coração do nosso projeto, a partir dele a energia será propagada e
subdividida por todo o nosso projeto. O melhor local exato para o posicionamento do quadro
dependerá da planta, uma dica é sempre posicionar o quadro no meio da planta, isso gerará uma
redução de custos importantes para o projeto.

Utilizaremos esta planta como modelo para criação de todo o nosso projeto unifilar.
Para propagarmos a energia presente no quadro de distribuição para os demais pontos do nosso
circuito {tomadas, interruptores, lâmpadas} precisamos de condutores elétricos, um detalhe dos
projetos elétricos é que estes condutores geralmente estão dentro das paredes ou por cima do
forro e percorrem todo o projeto, para que os fios percorram o seu caminho com segurança, eles
devem estar dentro dos eletrodutos.

7.7 Fiação

Já vimos que os fios que compõem os projetos elétricos são:

87
Projeto Elétrico

É fundamental que você decore estas simbologias, pois elas estão presentes em todos os projetos
elétricos.

7.8 Ligando Tomadas

1ºPara o dimensionamento de tomadas como já vimos, devemos pegar o perímetro o ambiente e


dividi-lo por 5. Logo, a nossa sala deverá possuir: 5,70 + 4,70 + 5,70 + 4,70 = 20,8metros / 5 = 4,
este será o valor respectivo ao número de tomadas para a nossa sala.

Procure posicionar as tomadas de maneira mais uniforme possível e já pensando onde futuramen-
te os aparelhos eletrônicos poderão estar ligados.

2ºRealizaremos agora a ligação apenas das tomadas desta sala, este projeto seguirá a seguinte
lógica e o padrão mais novo da NBR 5410, cada ambiente deverá ter no mínimo dois disjuntores,
um disjuntor para iluminação e outro para as tomadas.

88
Eletricidade Básica

Realizamos a interligação de nossas tomadas, você deve notar que esta linha que as liga não repre-
senta a fiação, ele representa o eletroduto por onde a fiação deverá passar.

Observe os dois tipos de linhas que estão representando o nosso eletroduto, uma linha do tipo
contínua e outra linha do tipo tracejada, cada uma delas tem um significado específico aqui no
projeto. Enquanto a linha do tipo contínua representa o eletroduto que está passando por dentro
da parede, a linha o tipo tracejada representa o eletroduto que está passando pelo forro e chegan-
do a tomada.

3ºPara realizarmos a ligação de tomadas, precisamos dos fios: fase, neutro e terra. Pois bem, preci-
samos representa-los saindo do quadro e chegando em nossas tomadas.

Observe os fios: fase, neutro e terra saindo do quadro de distribuição e indo em direção a sua
tomada 2P+T.

89
Projeto Elétrico

Observe que ao lado de todas as fiações, temos o número (1) presente, ele representa o número do
circuito, ou seja, representa o nosso primeiro disjuntor dentro do quadro de distribuição.

Observe agora que os fios: fase, neutro e terra do circuito (1) continuam no nosso eletroduto,
porém, agora por um eletroduto que passa pelo forro chegando até a nossa tomada.

7.9 Ligando Lâmpadas

1ºPara o dimensionamento de lâmpadas como já vimos, devemos pegar a área do ambiente e se-
guir o seguinte padrão matemático: 5,70x4,70 = 26,79m² = 6m² + 4m² + 4m² + 4m² + 4m² + 4m²
+ 4m² + 0,79m² = 60 + 40 + 40 + 40 + 40 + 40 + 40 = 300VA.
1º) A potência dimensionada 300VA, poderá ser subdividida como você desejar, iremos realizar
uma ligação de 3 lâmpadas de 100VA.

90
Eletricidade Básica

Observe as três lâmpadas que já foram dimensionadas e o interruptor de 3 secções que está pron-
to para ligá-las, porém, para que as lâmpadas acendam se faz necessário sua fiação elétrica especí-
fica. As cores dos eletrodutos são meramente ilustrativas e para fins didáticos.
2º) Podemos aproveitar o eletroduto das tomadas para passarmos também a fiação específica de
nossa iluminação, realizando assim uma economia com eletrodutos.

Observe que inserimos na saída do quadro de distribuição mais um fio fase e neutro, não inseri-
mos o fio terra no circuito 2, pois, para a ligação de lâmpadas simples não se faz necessário.

Observe que a fiação específica do circuito (2) passará normalmente pelos eletrodutos que tam-
bém estão passando os fios das tomadas específicas do circuito (1).

91
Projeto Elétrico

Observe que a fiação específica do circuito (2) passará normalmente pelos eletrodutos que tam-
bém estão passando os fios das tomadas específicas do circuito (1).

3º) Observe agora um detalhe interessante que ocorre com o interruptor, sabemos já que o inter-
ruptor apenas é ligado com o fio fase, o fio neutro que está passando pelos eletrodutos tem como
finalidade fechar o circuito com a lâmpada.

Após a entrada da fase no interruptor do tipo triplo, teremos a saída dos três retornos, os quais
serão utilizados para a ligação das lâmpadas, não precisamos de três fios neutros, pois, o mesmo
fio neutro será utilizado para o circuito de iluminação.

Observe os três fios de retorno que estão saindo do interruptor, esse detalhe caracteriza o inter-
ruptor de três seções.

92
Eletricidade Básica

4º) Observe agora os fios retornos, cada vez que chegamos a uma lâmpada, um fio retorno será
reduzido, visto que realizará a ligação da lâmpada, o neutro permanece pois será utilizado para
ligar as três lâmpadas.

Observe, três retornos

Observe, dois retornos

Observe, um retornos

33ºExercício Prático

Os exercícios que realizaremos agora deverão ser realizados nas nossas cabines elétricas, para o
estudo de simulações de circuitos unifilares.

1º Realize a montagem do seguinte circuito, composto por um disjuntor de proteção e uma asso-
ciação de um interruptor a uma lâmpada.

93
Projeto Elétrico

Observe os fios passando através dos eletrodutos, o número (1) representa o circuito do disjuntor
(1) do quadro de distribuição.

2º Realize a montagem do seguinte circuito, composto por um disjuntor de proteção e uma asso-
ciação de um interruptor a uma lâmpada, além disso, realize a ligação de uma tomada baixa.

Fique atento a numeração dos fios, como todas as fiações estão com o número (1), significa que
tanto a iluminação, quanto a tomada estão no mesmo circuito, ou seja, são alimentadas pelo mes-
mo disjuntor.

3º Realize a montagem do seguinte circuito, composto por dois disjuntores de proteção, uma
associação de interruptor com uma lâmpada e uma tomada ligada a um disjuntor independente.

94
Eletricidade Básica

Fique atento a numeração dos fios, observe que agora temos um circuito específico para as toma-
das de uso geral, por isso o circuito (2) é composto dos fios fase, neutro e terra.

4º Realize a montagem do seguinte circuito, composto por dois disjuntores de proteção, uma
associação de interruptor com uma lâmpada e duas tomadas ligadas a um disjuntor independente.

Observe que agora temos duas tomadas ligadas em paralelo, sendo alimentadas pelo circuito (2).

5º Realize a montagem do seguinte circuito, composto por dois disjuntores de proteção, uma
associação de interruptor com uma lâmpada e três tomadas ligadas a um disjuntor independente.

95
Projeto Elétrico

Observe a diferença entre as tomadas baixas e as tomadas médias em suas simbologias.

6º Realize a montagem do seguinte circuito, composto por dois disjuntores de proteção, uma
associação de interruptor com uma lâmpada e três tomadas ligadas a um disjuntor independente,
acrescentaremos agora uma tomada de uso específico, na qual será necessário para a ligação da
mesma o acréscimo de mais um disjuntor a sua fiação específica.

Fique atento a numeração dos fios, observe que agora temos uma TUE, identificamos a TUE
pelo fato, de termos um disjuntor e uma fiação exclusiva para a mesma. Caso ela fosse uma TUG,
poderia ter sido ligada em paralelo com as TUG’S do circuito (2).

34º Exercício Prático

Os exercícios que realizaremos agora deverão ser realizados nas nossas cabines elétricas, para o
estudo de simulações de circuitos unifilares.

7º Realize a montagem do seguinte circuito, composto por um disjuntor de proteção e dois inter-
ruptores paralelos associados a uma lâmpada.

96
Eletricidade Básica

Observe o detalhe relacionado a simbologia do interruptor paralelo e forma de ligação específica.

8º Realize a montagem do seguinte circuito, composto por dois disjuntores de proteção e dois
interruptores paralelos associados a uma lâmpada, em seguida ligue em um outro circuito uma
fotocélula associada a uma lâmpada.

Observe a ligação da fotocélula, a mesma deverá ser alimentada pelo fio fase e o fio neutro, em
seguida encaminha o retorno para a carga para ser controlada pela fotocélula.

97
Projeto Elétrico

EXERCÍCIO DE REVISÃO

1) Informe as definições e as suas respectivas unidades de medidas.


a) Tensão
b) Corrente
c) Resistencia
d) Potencia
2) Informe a potência de um aparelho ligado em recife, através de uma ligação trifásica (380V), o
qual consome uma corrente de 25A.
3) Informe as leis do circuito serie e paralelo, respectivos a tensão e corrente.
4) Informe minunciosamente o teste principal de verificação do aterramento.
5) Informe os três tipos de aterramentos existentes e como devem ser realizados.
6) Informe a diferença do DPS para o DR.
7) Informe o material que deverá ser inserido junto com o aterramento para melhorar a conduti-
vidade do solo.
8) Informe a tensão na qual um aparelho esta submetido, supondo que o mesmo possui uma po-
tencia de 350W e a sua corrente de trabalho esta em 0,8A.
9) Informe a diferença do aterramento PE, para o aterramento temporário.
10) Realize o dimensionamento da planta abaixo, realize o preenchimento do seu quadro de pre-
visão de cargas e em seguida, realize o esquema unifilar de sua planta.

Exercício Aplicado

Desenvolva todo o esquema unifilar do projeto abaixo, não esqueça de dimensionar suas TUG’S,
a iluminação e de passar a fiação por todo o seu projeto.

98
8.
Praticas em Anexo
8.1 Examinando a Extenção ACV
8.2 Examinando a continuidade dos
fios fase e neutro do extensor
8.3 Examinando a não Existencia de
Continuidade da Extensão Elétrica
8.4 Examinando um Ventilador
ligado a uma Extenção Elétrica
8.5 Examinando o Ferro de Solda que
está ligado a uma Extensão Elétrica
8.6 Examinando um Dinjuntor
com o Multímetro
8.7 Examinando um Fusível
com o Multímetro
8.8 Examinando uma Bateria de 9 volts
8. Práticas em anéxo

8.1 Examinando a Extenção ACV

1° Examine a extensão de ACV.

a) Examine se existe curto elétrico.

Conclusão de exame efetuado na extensão:


Resp.- Indicou resistência infinita = (ABERTO), Logo não existe curto elétrico entre o fio fase
“viva” eo neutro.

b) Examine se existe curto elétrico.

Conclusão do exame efetuado:


Resp.- Indicou resistência (ZERO) ohm, logo existe curto circuito entre a “fase viva” e o neutro.
Práticas em Anexo

8.2 Examinando a continuidade dos fios fase e neutro do extensor

2° Examine a continuidade dos fios Fase e Neutro da extensão elétrica.

Conclusão do exame efetuado:


Resp.- Indicou resistêcia (ZERO) ohm, logo o fio neutro está normal, ou seja, o fio tem condição
de conduzir corrente elétrica.

b) Examinando a continuidade do fio fase “viva”

Conclusão do exame efetuado:


Resp.- Indicou resistência (ZERO), ohm, logo o fio fase “viva” está está normal, ou seja, tem
condição de conduzir corrente elétrica.

102
Eletricidade Básica

8.3 Examinando a não Existencia de Continuidade da Extensão Elétrica

3°) Examinando quando não existe continuidade dos fios FASE e NEUTRO da extensão
elétrica.

a) examinando a continuidade do fio fase “viva”.

Conclusão do exame efetuado:


Resp.- Indicou resistêcia (INFINITA), ou seja, circuito aberto, logo o fio da fase “viva” está sem
condição de transferir energia elétrica. Observe que existe um problema na extensão.

b) Examinando a continuidade do fio neutro.

103
Práticas em Anexo

Conclusão do exame efetuado:


Resp.- Indicou resistêcia (INFINITA), ou seja, circuito aberto, logo o fio neutro está sem
condição de transferir energia elétrica.

8.4 Examinando Ventilador ligado a uma Extenção Elétrica

8.4.1) Ligue a chave Power (liga/desliga) do ventilador.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- Indicou resistêcia igual a (ZERO) omh, logo esse circuito está em curto circuito.
b) Resp.- Como a extensão já foi examinada e está normal, o curto está sendo provocado pelo
ventilador.
c) Resp.- Você não deve ligar esse ventilador na rede elétrica de (AVC), porque irá provocar o
desligamento do dinjuntor ou do fusível dessa rede elétrica.

8.4.2) Ligue a chave Power (liga/desliga) do ventilador.

104
Eletricidade Básica

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- Indicou resistêcia igual a infinito (ABERTO), logo esse circuito está aberto.
b) Resp.- Como a extensão já foi examinada e está normal, oventilador está com seu circuito
aberto.

8.4.3) Ligue a chave Power (liga/desliga) do ventilador na posição (1).

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- Indicou resistêcia aproximadamente 795 ohms, logo esse circuito está
fechado. Dessa maneira você pode ligar o ventilador na rede elétrica.

8.4.4) Ligue a chave Power (liga/desliga) do ventilador na posição (2).

Conclusão do exame efetuado:


Resp.- Indicou resistêcia aproximadamente 920 ohms, logo esse circuito estáfechado. observe que
o valor indicou resistência de 920 ohms, que é superior a resistência de 795 ohms do primeiro
teste. Na posição (1).
Conclusão: Maior resistência elétrica, menor potência elétrica consumida pelo ventilador, logo o
ventilador irá girar com menor velocidade.

105
Práticas em Anexo

8.4.5) Ligue a chave Power (liga/desliga) do ventilador na posição (3).

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- Indicou resistêcia aproximadamente 1030 ohms, logo esse circuito está
fechado. observe que o valor indicou resistência de 1030 ohms, que é superior a resistência de
920 ohms do segundo teste. Na posição (2).

Conclusão:
a)Maior resistência elétrica, menor potência elétrica consumida pelo ventilador, logo o ventilador
irá girar com menor velocidade.
b)Quando a resistência sobe a corrente (i) sobe e a potência desce (W).

8.5 Examinando um Ferro de Solda que está ligado a uma Extensão Elétrica.

8.5.1) Examinando um ferro de solda.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multímetro indicou resistêcia igual a (ZERO) ohm, logo esse circuito está em curto
circuito.
b) Resp.- Como a extensão já foi examinada e está normal, o curto está sendo provocado pelo
ferro de solda.
c) Resp.- Você não deve ligar esse ferro de solda na rede elétrica de (ACV), porque
irá provocar o desligamento do dinjuntorou a queima do fusível dessa rede elétrica.

106
Eletricidade Básica

8.5.2) Examinando um ferro de solda.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência igual a infinto (ABERTO), logo esse circuito está
aberto.
b) Resp.- Como a extensão já foi examinada e está normal, o ferro de solda está com seu circuito
aberto.

8.5.3) Examinando um ferro de solda.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência aproximada de ( ) ohms, logo o circuito está fechado e
não existe curto elétrico, dessa forma você poderá ligar o ferro de solda na rede elétrica.

107
Práticas em Anexo

8.5.4) Examinando um ferro de solda de 60w.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência aproximada de ( ) ohms, logo não existe curto elétrico
e o circuito está fechado.
b) Resp.- Ligue o ferro de solda na rede elétrica.

8.5.5) Examinando um ferro de solda de 40w.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência aproximada de ( ) ohms.
b) Resp.- Observe que a resistência do ferro de 40w possui valor superior a resistência elétrica do
ferro de solda de 60w.

OBSERVAÇÃO GERAL: Potência (superior) a corrente (superior), resistência (baixa).

108
Eletricidade Básica

8.5.6) Examinando uma lâmpada de 60w/220v.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência aproximada de ( ) ohms.
b) Resp.- Como indicou resistência elétrica diferente de infinito, essa lâmpada poderá ser ligada
na rede elétrica e ela irá ascender.

g) Examinando uma lâmpada de 40w/220v incandescente.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência aproximada de ( ) ohms.
b) Resp.- Como indicou resistêcia elétrica diferente de infinito, essa lâmpada poderá ser ligada na
rede elétrica e ela irá ascender.

OBSERVAÇÃO GERAL: Resistência (Baixa) a corrente (Aumenta), Potência (Aumenta).

109
Práticas em Anexo

8.5.7) Examinando uma lâmpada de 60w/220v incandescente.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência aproximada de ( ) ohms.
b) Resp.- Como indicou resistêcia elétrica diferente de infinito, essa lâmpada poderá ser ligada na
rede elétrica e ela irá ascender.
OBSERVAÇÃO GERAL: Resistência (Baixa) a corrente (Aumenta), Potência (Aumenta).

8.5.8) Examinando uma lâmpada de 20w/12v incandescente.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência elétrica infinita, ela está “queimada”, ou seja, ABERTA.
Dessa forma ela não irá ascender caso seja aplicada na mesma uma tensão de 12volts.

110
Eletricidade Básica

8.6) Examinando um Disjuntor com o Multímetro

Disjuntor - Monofásico - Simbologia:

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- Com o disjuntor desligado, o multiteste deverá indicar resistência infinita (ABERTA).
Nessa condição o disjuntor não conduzirá corrente elétrica.

8.6.2) Disjuntor - Monofásico.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- Com o disjuntor ligado, o multiteste deverá indicar resistência igual a (ZERO) OHM.
Nessa condição o disjuntor conduzirá a corrente elétrica, ou seja, fechará o circuito.

111
Práticas em Anexo

8.6.2) Disjuntor - Monofásico.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- Com o disjuntor ligado, o multiteste indicou resistência infinita, ou seja, circuito aberto.
b) Resp.- Esse disjuntor está com defeito, logo deverá ser substituído.

8.7 Examinando um fusível com o multímetro

8.7.1) Examinando o fusível.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência infinita, indicando que esse fusível está ABERTO, ou
seja, queimado.
b) Resp.- Esse disjuntor fusível deverá ser substituído.

112
Eletricidade Básica

8.7.2) Examinando o fusível.

Conclusão do exame efetuado:


a) Resp.- O multiteste indicou resistência igual a (ZERO) ohm, logo ele está normal.

8.8 Examinando uma bateria de 9 volts.

8.8.1) examinando uma bateria

Conclusão do exame efetuado:


Resp.- O multiteste indicou uma tensão (DCV) inferior a tensão nominal impressa no corpo
da bateria, logo você deve concluir que essa bateria está deficiente.

113
Práticas em Anexo

8.8.2) Examinando uma bateria.

Conclusão do exame efetuado.


b) Resp.- O multiteste indicou uma tensão (DCV) superior em 5% aproximadamente nominal
impressa no corpo da bateria, logo essa bateria tem 80% de chance de está normal

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