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22/12/2023, 22:05 Cap. 1.1.

Introdução à Eletrodinâmica

Leonardo Ritter; Drano Rauteon 11 de out. de 2017

Cap. 1.1. Introdução à


Eletrodinâmica
Atualizado: 23 de jul.

Vamos começar com alguns conceitos introdutórios ao assunto...

Circuito Aberto e Fechado


Um circuito elétrico pode ser definido como aberto ou fechado. A corrente
elétrica é os elétrons que circulam pelos condutores do circuito.

Diagrama 1

Quando a passagem dos elétrons que saem do polo negativo da fonte e seguem
para o polo positivo é interrompida, dizemos que o circuito está aberto. Quando
não há nada impedindo os elétrons de chegarem ao polo positivo, dizemos que o
circuito é fechado.
A fonte de alimentação para energizar o circuito pode ser uma bateria, uma
fonte linear (que é usada em aparelhos de baixa potência, como smartphones e
roteadores) ou uma fonte chaveada (usada em aparelhos que demandam muita
potência, como por exemplo, computadores de mesa).

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Diagrama 2

Partindo desta introdução, vamos estudar corrente elétrica, o que faz a


corrente ir de um polo ao outro, a transformação da energia no circuito,
resistência dos meios físicos sobre a corrente, e na sequência de artigos, como
ela é conduzida num condutor, formulas e cálculos básicos e o funcionamento dos
semicondutores, para que daí possamos dar início ao estudos dos componentes
eletrônicos e a construção de circuitos.

Frequência
Frequência é quantidade de eventos repetitivos que ocorrem num determinado
período de tempo.
Um evento é chamado de ciclo. A unidade de medida para a frequência é
Hertz.
Usamos esta unidade para medir a quantidade de ciclos em uma faixa de tempo
de 1 segundo. Mas o que ela tem a ver com a eletrônica?

Gráfico 1

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Repare na onda senoidal acima. Ela começa no zero, parte até o nível baixo
(que também é chamado de vale), sobe até o nível alto (que também é chamado de
crista) e retorna ao zero. Neste exemplo, isso acontece duas vezes dentro de 1
segundo, portanto esta onda tem 2 ciclos. A frequência desta onda é 2 Hertz.

Se a forma de onda for simétrica, isto é, semi-ciclos positivos e negativos


com exatamente a mesma duração, podemos conhecer a duração de cada ciclo
completo de maneira muito simples.
Pois bem, a energia elétrica que chega na tomada de sua casa é um sinal
senoidal simétrico com uma frequência de 60 Hz, pois como veremos adiante, a
tensão alternada oscila entre polo positivo e negativo 60 vezes por segundo,
sendo assim, cada ciclo dura 16,6 milisegundos, e cada semi-ciclo 8,3 ms. Por
exemplo, uma lâmpada incandescente pisca efetivamente nesta mesma frequência,
no entanto, os olhos Humanos não conseguem acompanhar as variações da luz em
tal velocidade.

Ondas sonoras, ondas de rádio, cores, sinais analógicos e digitais possuem


uma frequência que pode variar. Num circuito eletrônico digital, o sinal de
sincronismo interno e externo dos chips é chamado de clock e é medido em Hertz.
Veja o desenho abaixo.

Gráfico 2

Esta é uma onda quadrada. Perceba que ela vai do nível zero ao nível alto,
permanece um pouco no nível alto, desce ao nível zero e permanece um pouco no
nível zero. Veja que isso aconteceu três vezes no período de um segundo,
portanto a frequência desta onda é de 3 Hertz.

Suponha que o processador (que é um circuito digital) de seu smartphone


trabalhe com uma frequência de 1,5 GHz. Isso significa que este chip funciona
com 1,5 bilhão de ciclos por segundo, do nível alto ao zero.

Veja alguns outros exemplos:


As cores que nossos olhos são capazes de captar também possuem uma
frequência que vai de aproximadamente 3,84 a 7,69 THz (TeraHertz).

CURIOSIDADE: Caso queira saber mais sobre óptica, comece CLICANDO AQUI!

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Os seres humanos com audição perfeita conseguem ouvir sons na faixa de


frequência que vai de 20 Hz a 20.000 Hz (20 kHz).
As ondas de rádio, utilizadas em transmissores de sinal de rádio AM e FM,
TV, Wi-Fi, telecomunicações em geral, vai de 30 kHz até 300 GHz.

Veja esta tabela com os prefixos e valores mais utilizados desta unidade:

Tabela 1

A frequência é detalhada ainda mais nos seguintes artigos do Hardware


Central:
-> Hardware - Clock - CLIQUE AQUI para descobrir!
-> Algumas fórmulas matemáticas são dadas no tópico "Frequência" do "Cap.
1.2. Fórmulas matemáticas" (CLIQUE AQUI!).

A corrente elétrica pode ser definida como um movimento de cargas elétricas


que atravessam um condutor em um determinado período de tempo. Pode ser a
corrente elétrica entre uma nuvem carregada e a Terra ou quando atritamos dois
corpos. Pode haver corrente elétrica em líquidos (condutores iônicos) através
de íons livres ou em condutores metálicos através de elétrons livres.
Da mesma maneira que para haver fluxo de calor entre dois corpos precisa
existir diferença de temperatura, para haver fluxo de cargas elétricas é
necessário haver Diferença De Potencial elétrico (DDP). Essa diferença de
potencial se "manifesta" na forma de tensão elétrica.
Mas qual a exata relação entre as duas? Veja:

OBSERVAÇÃO: A definição é mostrada abaixo, porém pode ser vista no artigo


"Capítulo 1.0 - Condutores e Isolantes":

"O Campo elétrico (E) é dado em Volts x metro (V.m), sendo o Potencial
Elétrico (U) o trabalho de uma FEM (Força Eletromotriz) sobre uma carga
elétrica se deslocando entre dois pontos. Com isso podemos concluir que a DDP é
o que provoca o fluxo de elétrons entre o polo positivo e o negativo."

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A tensão elétrica é dada em Volts (V), podendo ser definida de forma mais
simples como uma força de um campo elétrico que faz os elétrons se moverem em
(corrente elétrica), saindo do polo negativo onde há excesso de elétrons, e
indo até o polo positivo onde há falta de elétrons. Se a tensão elétrica for
negativa, o inverso acontece, ou seja, as cargas irão do polo positivo para o
negativo.

Para início de conversa, de uma forma generalista, a tensão elétrica pode


ser encontrada de três formas:

Gráfico 3 - Tipos de sinal mais comuns

OBSERVAÇÃO: Em inglês utilizam-se as siglas DC (Direct Current) e AC


(Alternating Current). Já no Brasil é mais usual nos referirmos à tensão
alternada com a sigla C.A. (Corrente Alternada) e tensão contínua com a sigla
C.C. (Corrente Contínua). Veja que há uma confusão enraizada com os termos
"tensão" e "corrente". Os termos "voltagem" e "amperagem" também são
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aportuguesamentos do inglês "voltage" e "amperage" aplicados de maneira


informal em diálogos no Brasil. Ainda bem que não aportuguesaram "wattage"...
:v

Agora, vamos às explicações:

→ Tensão Alternada (abreviado C.A.): Este tipo de tensão se caracteriza


por apresentar uma valor de amplitude variante com o tempo. Esta variação pode
ser periódica (tem um ciclo que se repete de tempos em tempos) ou não.
O melhor exemplo de uso da tensão alternada é nas tomadas domésticas, que
formecem uma onda semoidal que muda de polaridade 60 vezes por segundo (60 Hz).
Se trata de uma oscilação simétrica, isto é, o semi-ciclo negativo tem
extamente a mesma duração do período do semi-ciclo positivo.

Imagem 1

No caso das tomadas da sua casa, cada uma têm dois ou três pinos. O pino do
meio (o terceiro) é o já conhecido - e muitas vezes odiado - "terminal terra".
Os outros dois das extremidades são FASE e NEUTRO. Pois bem, o NEUTRO é o
referêncial, isto é, fornece zero Volt, enquanto o FASE tem um potencial
elétrico que oscila entre positivo e negativo em 60 Hertz, ou seja, o uso de
dois pinos não significa a existência de um terminal positivo e outro negativo,
isto pois o próprio FASE os fornece.
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Valor Eficaz?

Vamos pegar como exemplo uma rede de 127 Volts. Sua tensão de pico
(abreviada Vp) atinge um valor de aproximadamente 180 Volts. Isto significa que
a tensão numa tomada de 127 Volts atinge um pico de semi-ciclo positivo
(crista) de cerca de +180 Volts, e um pico de semi-ciclo negativo (vale) com
cerca de -180 Volts. Com isso, a tensão de pico-a-pico (Vpp) será de 360 Volts,
aproximadamente.
Como a tensão alternada não possui um valor fixo, pois como já dito ela
oscila entre positivo e negativo ao longo do tempo, o que nos interessa é seu
valor eficaz, conhecido como tensão RMS (Root Medium Square, em português "raiz
média quadrada").

Gráfico 4 - o que é Tensão Eficaz

O valor eficaz é quanto a C.A. valeria se fosse contínua, calculada pela


área da forma da onda dividida pela duração de seu ciclo, ou seja, sua
integral.
Os valores de tensão elétrica domésticos são, na verdade, valores RMS:

-> 110 Volts: +156 V e -156 V (pico-a-pico de 311 Volts);


-> 127 Volts: +180 V e -180 V (pico-a-pico de 360 Volts);
-> 220 Volts: +311 V e -311 V (pico-a-pico de 622 Volts);
-> 240 Volts: +340 V e -340 V (pico-a-pico de 680 Volts);

Caso não se tenha uma FASE com 220 Volts de DDP em relação ao NEUTRO, pode
se fazer uma instalação 220 V utilizando-se de duas FASES de 127 Volts com 1/3
de defasagem de onda uma em relação a outra, isto pois:
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127 x (3^0,5) = 127 x 1,73 = 219,8 V

Da mesma forma, redes industriais podem usar três linhas 127 V defasadas
120° uma em relação a outra para obter-se 380 Volts de DDP entre FASES e
NEUTRO.

Para saber como funciona um gerador e ter uma ideia de como uma rede
trifásica é, basta CLICAR AQUI!

CURIOSIDADE: No passado operava-se algumas regiões do país com tensão


eficaz de 110 V, entretanto, houve uma decisão de se padronizar a tensão em 127
V, abandonando-se a antiga DDP de 110 V (ou até de 115 V).
Esta memória passada, ainda fortemente impregnada no vocabulário do leigo,
leva à confusão entre 110 V e 127 V. Como por aqui nunca se adotou em redes
residenciais tensão de 254 V (em alguns lugares do mundo se utililiza ou se
utilizou 240 V), não há razão histórica para confundir 220 V com 254 V.

→ Tensão pulsante: Uma tensão pulsante é aquela que oscila, isto é, tal
qual a tensão alternada traz uma amplitude que varia em função do tempo, porém,
não há semi-ciclos negativos, ou seja, ela possui semi-ciclos positivos apenas.

CURIOSIDADE: O protocolo de comunicação RS-232 utiliza a lógica TTL para


transferência de dados entre controladores, porém, entre placas de circuito,
quando é necessário o uso de cabos, CIs drivers convertem os pulso positivos
TTL em uma sequência de pulsos com alternância de tensão, isto é, para o bit de
valor 1 usa-se uma tensão de -12 V, enquanto para o bit de valor 0 usa-se uma
tensão de +12 V.
Para saber mais sobre a lógica TTL, CLIQUE AQUI!
Para saber mais sobre a interface RS-232, CLIQUE AQUI!

Já que citamos a tensão pulsante, podemos extender o assunto para o PWM


(Pulse Width Modulation, em português "modulação por largura de pulsos") que
consiste em uma modulação digital de sinais para se transmitir uma informação
pela variação da largura de uma onda quadrada. Para se aprofundar no assunto
com um exemplo prático de uso, CLIQUE AQUI!

→ Tensão contínua (abreviado C.C.): Este tipo de tensão se caracteriza por


apresentar, de forma ideal, um valor constante (contínuo) de amplitude,
invariante com o tempo. Na prática podemos encontrar pequenas oscilações que
dependem dos componentes utilizados e da maneira com que o circuito foi
dimensionado, e é o que veremos adiante.
As pilhas e baterias, independente da composição química são grandes
exemplos de fontes de tensão contínua.

Para além destas três formas de sinal "principais", existe uma quarta...

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→ Tensão Mista: É nome que damos às parcelas C.A. e C.C. combinadas numa
mesma linha. Neste caso, o nome que damos à tensão depende do tipo de sinal
mais relevante.
Por exemplo, vamos imaginar a tensão de saída de uma fonte de alimentação
de +12 Vcc. Neste caso, o sinal de interesse é a parcela C.C., desta forma, a
parcela C.A. que eventualmente exista é algo secundário (às vezes até
indesejável).
Outro exemplo é um amplificador de áudio. Neste circuito a saída deveria
apresentar apenas um sinal C.A., portanto, caso surja algum nível C.C., ele
será também secundário. Tendo essas situações em mente, podemos definir então o
que é Tensão de Ripple e Tensão de Offset:

-> Tensão de ripple: É uma ondulação C.A. sobreposta a um sinal C.C..


Neste caso, o sinal principal é o sinal contínuo, como no caso da fonte de
alimentação. O sinal alternado é um sinal secundário. Normalmente, o ripple
possui uma amplitude menor do que o nível de tensão contínua, mas não é regra.

Uma maneira muito fácil de se demonstrar a existência do ripple é medindo a


saída de alternadores automotivos. Este tipo de gerador fornece fases de tensão
alternada que precisam ser retificadas e reguladas para uma saída C.C. para a
alimentação elétrica de todo o veículo. Pois bem, apesar do circuito no
alternador tornar o sinal C.C, ele não é 100% invariante em relação ao tempo.
Existe uma variação constante e pequena, e dentro desta oscilação um sinal de
ripple.
O gráfico abaixo mostra dois exemplos de tensão de ripple na saída de
retificadores. Podemos notar que a saída de um retificador sem qualquer filtro
possui um ripple muito maior.

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Gráfico 5 - Amplitude de ripple na saída de retificadores

Esse ripple é prejudicial para a qualidade e estabilidade de funcionamento


de muitos circuitos, portanto, no caso do automóvel, os módulos podem ter um
filtro secundário. Um exemplo é o autorádio, em que na amplificação do sinal de
áudio ruídos na alimentação elétrica poderiam trazer perda de qualidade.
É aqui que entra outro fator interessante. Aquela oscilação com amplitude
bem pequena na fonte de alimentação do carro (alternador) é um ruído na tensão
C.C., mas que no circuito de áudio pode se tornar uma interferência para a C.A.
Como sabemos, os alto-falantes são exitados por uma tensão oscilante, isto
é, alternada, e com uma amplitude que pode ser bastante grande, o que depende
também do circuito de amplificação do sinal. Pois bem, aquela interferência que
se propagou junto com a C.C de alimentação pode ficar como ruído no som.

CURIOSIDADE: Podemos "escutar" o ruído do alternador nos alto-falantes do


veículo através de um smartphone! Basta usar um adaptador USB 'xing ling' na
tomada 12 V do painel do veículo e ao mesmo tempo utilizarmos um cabo auxiliar
P2 para escutar música do celular no autorádio.

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Vídeo 1 - O ruído no som do carro causado por ripple

OBSERVAÇÃO: No vídeo acima, há um interruptor que ativa as portas USB (que


substituem o acendendor de cigarros com tomada 12 V original do veículo).

Isso mostra que os adaptadores USB para tomadas 12 V automotivas (a maioria


é produto genérico) não eliminam 100% do ripple e qualquer ruído na fonte de
alimentação do telefone vai gerar alguma interferência que passará pelo
aparelho, repassando-a ao amplificador do autorádio, que reproduzirá nos alto-
falantes.

OBSERVAÇÃO: Uma maneira de tentar diminuir o ruído seria ligar o adaptador


USB em algum ponto da carroceria do veículo com outro cabo terra, para assim
aproveitar uma atenuação de sinal causada por resistência elétrica (para saber
mais sobre a 'carcaça' dos veículos serem um grande polo negativo, CLIQUE
AQUI!). Utilizar um cabo USB com um bom isolamento e mais curto também pode
ajudar a reduzir campos eletromagnéticos nas redondezas do aparelho de som.

Se ainda não está convencido da forte corrente de ripple no circuito dos


veículos, saiba que existem tacômetros que detectam a rotação do motor apenas
medindo a corrente de ripple do alternador!

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Imagem 2 - Este tacômetro pode ser encontrado tanto com a marca Alta Nova
quanto com a marca NAPRO. Inclusive o nome "MGT-300 EVO" é o mesmo.

Ao ser conectado nos polos da bateria do veículo - que é um dos pontos do


circuito mais próximos do alternador -, o tacômetro passa a medir a frequência
deste sinal de ripple, que vai alterando-se de acordo com o RPM do rotor do
gerador, que por sua vez é conectado ao eixo do motor por uma correia.
Caso este tacômetro seja conectado um tanto mais 'longe' da fonte de
energia, sua precisão pode ser grandemente afetada pela resistência elétrica do
percurso que o sinal fará, isto é, quanto mais distante do alternador, maior
tende ser a atenuação de sinal devido a alteração da condutância elétrica.

-> Tensão offset: É um sinal C.C. (que pode ter uma variação com uma
amplitude muito pequena) que desloca uma forma de onda alternada, assim como no
exemplo acima do amplificador de áudio do rádio do carro. Neste caso, o sinal
principal é o sinal C.A. e a parcela C.C. é o sinal secundário.

Tensão média?

Em formas de onda simétricas, onde o semi-ciclo positivo e o negativo


possuem a mesma duração a tensão média é a soma da tensão de pico positiva com
a tensão de pico negativa dividida por dois. Neste caso, a tensão média da rede
elétrica doméstica é de zero Volt, isto pois os semi-ciclos tem a mesma
amplitude e o eixo central da senóide é 0.
Todavia, há casos onde a tensão alternada possui semi-ciclos assimétricos
ou então a C.A. está flutuando sobre uma tensão C.C. (Offset).

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Gráfico 6 - O que é a tensão média

Para o caso da gráfico acima, temos um pico máximo de +30 Volts e um pico
mínimo também positivo de +18 Volts. Logo, a tensão de pico-a-pico é de +12
Volts (30 - 18). Já a tensão média é de 24 Volts.

[(30 + 18) / 2] = 48 / 2 = 24 Volts

Isto significa que a tensão oscilante está flutuando sobre uma tensão
contínua de 24 Volts (Offset).

Voltando aos conceitos...

A corrente elétrica, dada em Amperes e simbolizada pela letra "i" (que é a


abreviação "intensidade de corrente elétrica") pode ser alternada ou contínua.
Isso se dá pela tensão elétrica, que quando é alternada, faz com que os
elétrons fluam do polo negativo para o positivo e vice-versa o tempo todo, em
duas direções. Já a corrente contínua se dá pelo DDP contínuo, fazendo com que
cargas fluam apenas em uma única direção. A mesma igualdade se dá em tensões
pulsantes e em qualquer formato de onda que seja.
Como estão diretamente atreladas, para calcular a corrente elétrica é
necessário saber a diferença de potencial (medida em Volts), e a resistência
(R) do condutor, que é dada em Ohms.

Se num determinado ponto de um determinado circuito há, por exemplo, um nó


com quatro caminhos paralelos interligando o polo negativo e o positivo do
circuito, isso significa que a corrente elétrica será dividida em quatro partes

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iguais entre estes quatro caminhos, desde que a resistência elétrica presente
em cada um destes caminhos seja igual. Caso a resistência elétrica não seja
igual, a corrente será dividida de forma inversamente proporcional a
resistência de cada um dos caminhos. Se somar as correntes que passam por estes
quatro fios paralelos temos a corrente total que saiu do polo negativo da
fonte. Veja o diagrama abaixo:

Diagrama 3

Em um circuito onde há apenas um caminho com vários componentes em série


ligando o polo negativo ao positivo, não há qualquer divisão de corrente
elétrica entre os componentes. Isso é o que diz a primeira lei de Kirchhoff,
também chamada de Lei dos Nós. Para entender melhor, CLIQUE AQUI e veja o
artigo sobre resistores.

Observe o desenho abaixo:

Diagrama 4

A DDP será 0 V quando houver 100% de equilíbrio de elétrons entre os polos


positivo e negativo da fonte de alimentação. Observe as imagens e note a
diferença de potencial nas baterias.

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Diagrama 5

CURIOSIDADE: Uma bateria não precisa estar 100% descarregada para um


circuito parar de funcionar! Veja a bateria de um carro comum, por exemplo:
Basta ela ficar abaixo dos cerca de 10 Volts e o motor de arranque já não é
capaz de dar partida ao propulsor, isto pois ele precisa de um DDP idealmente
na casa dos 12 Volts para conseguir girar. Assim é com um smartphone, com um
notebook, com um carrinho de controle remoto...

A corrente elétrica irá existir em um circuito enquanto houver diferença de


potencial. Por exemplo, se no polo negativo de uma pilha temos um potencial de
0 V e no polo positivo um potencial de 1,5 Volts, então a diferença de
potencial total desta pilha será de:

1,5 V - 0 V = 1,5 Volts

Se em outra pilha, o polo negativo há um potencial elétrico de 4,0 V e no


polo positivo há 13,0 V, a DDP entre os dois polos será de:

13,0 - 4,0 V = 9 Volts

Numa fonte de energia com o polo positivo com potencial de 4 V e polo


negativo com 16 V, a tensão será de:

4 - 16 = -12 Volts

Quando a tensão é negativa, os elétrons fluem do polo positivo para o


negativo!

A tensão irá diminuir conforme a passagem de elétrons de um polo para outro


da fonte. Uma parte desses elétrons será gasta nos componentes. Um exemplo bom
para explicar esse consumo é uma lâmpada incandescente, que transforma parte da
energia elétrica que circula em seus terminais em energia térmica (calor). Essa
transformação de energia em calor é chamada de "efeito Joule", que será
explicada mais abaixo.

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A conversão da tensão e corrente alternada para contínua é feito por uma


fonte de alimentação linear ou chaveada.

Ao contrário da corrente elétrica, a tensão não se divide em um nó com


caminhos paralelos ligando o polo positivo ao negativo da fonte. Já quando há
apenas um caminho a tensão será dividida entre os componentes que nele
estiverem ligados.
Por exemplo, se ligar em série 22 lâmpadas que funcionam com 10 volts e
conectar o terminal da primeira no FASE de uma tomada e o terminal da última
lâmpada no NEUTRO desta mesma tomada, teremos então 10 Volts para cada lâmpada.
Se fizermos diferente, ligando todos os terminais positivos das lâmpadas no
polo FASE da tomada de 220 Volts e todos os terminais negativos das lâmpadas no
polo NEUTRO desta mesma tomada, as lâmpadas irão ser danificadas, pois todas
serão alimentadas com 220 Volts.

A potência (P) elétrica é a capacidade de transformação da energia elétrica


em outro tipo de energia por unidade de tempo.
A unidade de medida de potência é o Watt (W).
Um Watt equivale a 1 Joule (A unidade de medida da energia - E) por segundo
(T), portanto:

Como exemplo, podemos utilizar um processador (CPU) de um computador que


tenha um projeto de dissipação térmica (TDP) de 95 Watts. Isso significa que
este chip transforma até 95 W de energia em calor. A diferença entre um chip de
95 watts e um de 45 watts, por exemplo, é que o de 95 W pode gerar um pouco
mais que o dobro de calor.

O HC já tem um artigo mostrando como calcular a potência e o consumo médio


de um aparelho eletrônico. Para acessar o artigo "Cap. 1.1b. Introdução à
Eletrodinâmica - Parte 2" CLIQUE AQUI e leia os tópicos "Potência elétrica" e
"Consumo médio".

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Um condutor de energia pode oferecer oposição à passagem de elétrons. Isso


se chama resistência elétrica, dada em Ohms. Existem duas leis para a
resistência elétrica, que são chamadas de "Leis de Ohm".
A primeira Lei de Ohm diz que, a corrente elétrica é diretamente
proporcional à DDP no circuito. Um dispositivo que funcione desta forma é
chamado de "dispositivo ohmico". Componentes como o diodo e o transistor, que
são feitos de semicondutor não seguem esta lei, portanto são "dispositivos não-
ohmicos".

Gráfico 7

No Gráfico 7 a representação da tensão em função da corrente elétrica num


resistor ohmico. Perceba que a linha é linear.

Gráfico 8

No Gráfico 8 a representação da tensão em função da corrente elétrica num


resistor não-ohmico. A corrente varia de forma independente da tensão elétrica.
É possível notar isso, por exemplo, no gráfico de curva característica do
Termistor, Varistor e LDR, todos eles resistores não-ohmicos.
Para saber mais sobre o funcionamento de semicondutores, CLIQUE AQUI!

A segunda Lei de Ohm se refere a resistividade do material. Dependendo do


comprimento, do tipo de material utilizado, de sua área, sua espessura, haverá
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uma oposição a passagem de elétrons, sendo que a temperatura também pode


interferir mais, ou menos, dependendo das especificações do material. CLIQUE
AQUI para acessar o "Cap. 1.0. Eletricidade - Condutores e Isolantes", pois no
tópico "O Fluxo de Elétrons" estão algumas fórmulas relacionadas a resistência
e condutância, juntamente da fórmula para segunda lei de Ohm.

Mas qual o motivo dos elétrons terem dificuldades ao passar por um


condutor?
No "Cap. 1.0. Eletricidade - Condutores e Isolantes", há o tópico
"Influência da Temperatura", e nele estão presentes as informações sobre
coeficiente de temperatura e comportamento de alguns materiais diante do
aquecimento.

Os resistores utilizam materiais que não conduzem muito bem a corrente.


Dependendo da quantidade deste material (que pode ser carvão, cerâmica, entre
outros) aplicado no componente, ele irá gerar uma determinada oposição a
passagem de corrente elétrica.
Mesmo os materiais condutores (Ouro e Cobre, por exemplo) tem uma pequena
resistência que pode ser considerada desprezível.

CURIOSIDADE: Já que estamos falando sobre resistência, convém falar sobre


curto-circuito!
Um curto-circuito é quando a resistência do circuito é igual a zero, e
quando isso acontece, a corrente tende a ser infinita, pois neste caso qualquer
número dividido por zero gera um valor infinito. Se você colocar um fio de
Cobre no polo positivo e outro no polo negativo de uma fonte de energia e
interliga-los, isso gerará um curto circuito e a corrente infinita acabará
danificando os fios.

Efeito Joule

Um curto-circuito também pode ser explicado pelo efeito Joule: todos os


corpos são constituídos de átomos. Não notamos mas, um corpo qualquer possui
uma agitação nos átomos que compõem sua estrutura, uma agitação que vai ficando
mais acentuada a medida que o corpo vai ficando mais quente.
A corrente elétrica aplicada em um filamento o sobrecarrega, isto é, os
elétrons tem dificuldade em passar pelo condutor e acabam colidindo com os
átomos que estão se agitando. Parte da energia cinética (energia do movimento)
dos elétrons circulantes é transferida para o átomo, que aumenta seu estado de
agitação, consequentemente deixando o filamento cada vez mais quente. A colisão
entre os átomos se agitando também faz com que o corpo fique cada vez mais
aquecido.

O Oxigênio é um comburente que colabora para a combustão do corpo, que já


está muito quente.

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22/12/2023, 22:05 Cap. 1.1. Introdução à Eletrodinâmica

Por exemplo, o Cobre não dará conta de promover uma circulação de corrente
infinita entre os polos. Apesar de ser um excelente condutor, ele tem seu
limite. Isso vale para todos os componentes eletrônicos. Praticamente todos
eles geram um pouco de calor, ou seja, parte da energia elétrica é transformada
em energia térmica. Veja o que ocorre com um resistor no próximo parágrafo:

Um resistor que esteja trabalhando acima do seu limite de tensão e


circulação de elétrons (corrente) também acabará queimando devido ao excesso de
calor gerado. A agitação dos átomos deixa o corpo cada vez mais quente, mas o
resistor não consegue perder toda a energia térmica para o ambiente. Outra
parte da energia dos elétrons circulantes pelo resistor também é transferida
para os elétrons que compõem o átomo, fazendo com que ocorra o salto quântico.
Ao retornarem para seus lugares originais no átomo, os elétrons liberam a
energia que os fizeram saltar, ou seja, liberam fótons de luz. O resistor passa
a emitir uma luz enquanto a agitação excessiva de seus átomos faz toda a sua
estrutura entrar em colapso.
Veja abaixo a animação de um resistor "queimando" por trabalhar acima de
seus limites.

GIF 1

Esta é uma breve explicação sobre o efeito Joule em um componente. A


formula para calcular o calor que está sendo dissipado é dada abaixo:

Onde:

> Q = Quantidade de calor, em Joules (J);


> I = Intensidade de corrente elétrica, em Amperes (A);
> R = Resistência elétrica, em Ohms (Ω);
> t = Intervalo de tempo.

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22/12/2023, 22:05 Cap. 1.1. Introdução à Eletrodinâmica

Mas já parou pra pensar que a solda elétrica (Soldagem por arco elétrico
com eletrodo revestido, em inglês "Shielded Metal Arc Welding" - abreviado
SMAW) consiste em utilizar-se do curto-circuito e um arame de enchimento para
unir duas peças metálicas através de calor?

Imagem 3 - A solda elétrica é feita através de curto-circuito!

Sim! são ótimos exemplos pra embasar o conteúdo.


Se trata de um curto-circuito controlado, isto é, pode se utilizar de redes
elétricas domésticas (127 e 220 V), em geral em tomadas de 20 A para se
produzir uma alta quantidade de corrente através de uma inversora de solda para
proporcionar a fusão entre duas peças metálicas e um arame de enchimento.

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Imagem 4 - Uma inversora ESAB HandyArc que opera entre 20 e 130 Amperes

Tais máquinas transformam 127 V / 220 V CA em uma tensão contínua que pode
ficar na faixa dos 60 a 80 Volts na saída quando sem carga...

Imagem 5 - Uma inversora de solda Worker PowerStick

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22/12/2023, 22:05 Cap. 1.1. Introdução à Eletrodinâmica

Quando com carga, isto é, ao iniciar o processo de solda, a corrente


aumenta e a tensão cai ainda mais, para valores na faixa dos 15 a 40 Volts a
depender do eletrodo utilizado.
A corrente flui pela garra negativa fixada na peça a ser soldada direto
para o arame do eletrodo, fixado no alicate (porta-eletrodo), que é o polo
positivo.

Imagem 6 - Um alicate porta-eletrodo desmontado

Como as ligas metálicas a serem fundidas possuem uma muito baixa


resistência elétrica, este fluxo de corrente intenso gerará uma grande
quantidade de calor (efeito Joule), com um potencial térmico na casa das
centenas de graus celsius, o suficiente para formar a poça de fusão.

Para saber mais sobre as características dos eletrodos de solda, CLIQUE


AQUI!

E antes que você venha perguntar, para causar danos na estação de solda ou
na infraestrutura (até mesmo um incêndio) basta ligar uma máquina desta numa
rede elétrica doméstica subdimensionada e sem mecânismos de segurança. Nos
primeiros minutos de funcionamento a fiação já vai aquecer, e para o curto-
circuito deixar de ser controlado é questão de um piscar de olhos...

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22/12/2023, 22:05 Cap. 1.1. Introdução à Eletrodinâmica

Resumidamente:

-> Um circuito aberto é um circuito desligado, sem fluxo de corrente;

-> Um circuito fechado é um circuito ligado, com fluxo de corrente;

-> A Corrente elétrica é o fluxo de cargas elétricas entre dois polos,


cargas estas medidas em Coulombs (C). A intensidade de corrente elétrica (I)
possui como unidade de medida o Ampere (A);

-> O que gera o fluxo de corrente elétrica num circuito é a aplicação de


uma força capaz de movimentar os elétrons (Força Eletromotriz - FEM), sendo uma
"diferença de potencial elétrico" (DDP) entre o polo positivo e o negativo.
Essa diferença de potencial também é chamada de tensão elétrica, cuja unidade
de medida é o Volt (V). O Potencial Elétrico "U" é a FEM que atua sobre uma
carga elétrica no deslocamento entre dois pontos, sendo parte de uma totalidade
chamada Campo Elétrico, simbolizada por "E" e medida em Volts x metro (V.m);

-> Existe corrente alternada e tensão alternada, bem como existe também a
corrente contínua e tensão contínua;

-> A Corrente elétrica flui do polo negativo (-) para o positivo (+) quando
aplicado uma tensão elétrica (V) positiva no circuito. Quando a tensão é
negativa, os elétrons fluem do polo positivo para o negativo;

-> Uma tensão mista pode ser um sinal C.C (sinal primário) com ripple junto
(sinal secundário), ou então um sinal C.A (sinal primário) com Offset DC (sinal
secundário);

-> A Corrente elétrica se divide quando há vários caminhos paralelos entre


o polo positivo e o negativo. Já a Tensão elétrica não se divide quando há
vários caminhos paralelos entre o polo positivo e o negativo;

-> A Potência elétrica (P) é a capacidade de transformação da energia


elétrica por unidade de tempo. A energia elétrica pode ser transformada em
calor, som, luz, movimento... A unidade de medida da potência elétrica é o Watt
(W), que equivale ao Joule por segundo (J/s). 1 W equivale a 1 J/s.

-> A Resistência elétrica (R) é o inverso da Condutância elétrica (G). A


unidade de medida da Resistência é o Ohm (Ω);

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22/12/2023, 22:05 Cap. 1.1. Introdução à Eletrodinâmica

-> A variação de corrente elétrica proporcional a DDP é o que define um


resistor ohmico. Já a uma variação de corrente independente da tensão elétrica
é o que define um resistor não-ohmico. Esta é a primeira Lei de Ohm;

-> A Resistência elétrica depende da composição química do material, de


suas dimensões e da temperatura. Esta é a segunda Lei de Ohm;

-> O curto-circuito ocorre quando a resistência entre o polo positivo e o


negativo é igual a zero;

-> O Efeito Joule pode ser definido da seguinte forma: quando a corrente
atravessa um meio, ela tende a gerar calor, mesmo que um valor ínfimo, e esta
quantidade (Q) de calor dissipada pelo meio é medida em Joules (J). Como foi
visto anteriormente, a potencia (P) é a capacidade de transformação da energia
por unidade de tempo, podendo também ser representada em Joules por segundo
(J/s);

-> A frequência é a quantidade de eventos repetitivos que ocorrem em um


intervalo de tempo. A frequência (f) possui como unidade de medida o Hertz (Hz)
e é demasiadamente importante na eletrônica para se medir, gerar e estudar
ondas elétricas / eletromagnéticas.

Complemento:

-> As ondas elétricas / eletromagnéticas podem ser do tipo senoidal,


quadrada, dente de serra, pulsante e etc.

-> Um onda elétrica / eletromagnética é definida pelo seu Período,


Comprimento, Velocidade e Amplitude.

-> A velocidade da luz é utilizada no cálculo de comprimento de onda, isto


ocorre pois uma onda elétrica / eletromagnética também se propaga na velocidade
da luz (299.792.458 metros por segundo).

Esta é só uma introdução de algo muito importante que faz parte de toda a
tecnologia que nos cerca e que tem muita coisa a ser estudada.

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Ficou com alguma dúvida? Tem uma opinião ou sugestão? É só escrever nos
comentários ou entrar em contato pelo e-mail hardwarecentrallr@gmail.com.

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CRÉDITOS e FONTES:

Texto e desenhos: Leonardo Ritter


Referências: Livro "Eletrônica Para Autodidatas, Estudantes e Técnicos"; meu
caderno de física da escola; Mundo da Elétrica; efeitojoule.com; Eletrônica
Geral (EltGeral); Oficina da Net.

Última atualização: 23 de Abril de 2023.

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