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AULA 1 – COMANDOS ELÉTRICOS

1º CAPÍTULO – TEORIA DA ELETRICIDADE

UM POUCO DE HISTÓRIA

Desde os primórdios da humanidade, o homem sempre se mostrou argumentativo sobre


diversos assuntos, entre eles a eletricidade, que hoje é responsável por tantas facilidades
no mundo moderno. Mas nem sempre foi assim. A História da eletricidade tem seu
início no século VIa.C., na Grécia Antiga, quando o filósofo Thales de Mileto, após
descobrir uma resina vegetal fóssil petrificada chamada âmbar (elektron em grego),
esfregou-a com pele e lã de animais e pôde então observar seu poder de atrair objetos
leves como palhas, fragmentos de madeira e penas. Tal observação iniciou o estudo de
uma nova ciência derivada dessa atração. Os estudos de Thales foram continuados por
diversas personalidades, como o médico da rainha da Inglaterra Willian Gilbert, que, em
1600, denominou o evento de atração dos corpos de eletricidade. Também foi ele quem
descobriu que outros objetos, ao serem atritados com o âmbar, também se eletrizam, e
por isso chamou tais objetos de elétricos. Em 1730, o físico inglês Stephen Gray
identificou que, além da eletrização por atrito, também era possível eletrizar corpos por
contato (encostando um corpo eletrizado num corpo neutro).

Através de tais observações, ele chegou ao conceito de existência de materiais que


conduzem a eletricidade com maior e menor eficácia, e os denominou como condutores
e isolantes elétricos. Com isso, Gray viu a possibilidade de canalizar a eletricidade e
levá-la de um corpo a outro.

O químico francês Charles Dufay também contribuiu enormemente para a aprimoração


dos estudos da eletricidade, quando, em 1733, propôs a existência de dois tipos de
eletricidade, a vítrea e a resinosa, que fomentaram a hipótese de existência de
fluidos elétricos. Essa teoria foi, mais tarde, por volta de 1750, continuada pelo
conhecido físico e político Benjamin Franklin, que propôs uma teoria na qual tais
fluidos seriam na verdade um único fluido.
Baseado nessa teoria, pela primeira vez se conhecia os termos positivo e negativo na
eletricidade. As contribuições para o então entendimento sobre a natureza da
eletricidade tem se aprofundado desde o século XIX, quando a ideia do átomo como
elemento constituinte da matéria foi aceita e, com ela, a convicção de que a eletricidade
é uma propriedade de partículas elementares que compõem o átomo (elétrons, prótons e
nêutrons). Por volta de 1960, foi proposta a existência de seis pares de partículas
elementares dotadas de carga elétrica – os quarks, que compõem outras particularidades
como os prótons que, então, deixam de ser elementares.

AS GRANDEZAS ELÉTRICAS

Atualmente já temos pleno conhecimento e domínio da eletricidade. Porém, a


eletricidade é uma grandeza elétrica que pode ser subdividida em três grandezas
distintas:
1. a) Tensão;
2. b) Corrente;
3. c) Resistência;
4. d) Potência.

No curso de elétrica básica, trabalhamos muito com essas grandezas elétricas. Porém,
não custa nada fazer uma revisão desses conceitos elementares.

1. Tensão – Quantidade de energia disponível entre dois pontos.

Unidade de Medida – Volts.

1. Corrente – Fluxo ordenado dos elétrons em um circuito fechado.

Unidade de Medida – Ampères.

1. Resistência – É a capacidade que um material tem de se opor a passagem da


corrente elétrica, provocando uma queda na tensão em um circuito fechado.

Unidade de Medida – Ohms.

1. Potência – A potência será a capacidade de um aparelho transformar energia


elétrica em algum tipo de trabalho.

Unidade de Medida – Watts.

CIRCUITOS ELÉTRICOS

Agora que já revisamos as principais grandezas elétricas, precisamos revisar as


principais associações de circuitos elétricos: série e paralelo. Além disso, será
necessário se ater ao comportamento das grandezas elétricas nesses circuitos.

a)Série

Quando trabalhamos com a associação série de cargas, temos um fenômeno interessante


com a tensão e a corrente elétrica.

A tensão será dividida entre as cargas, enquanto que a corrente permanecerá a mesma
no circuito.
b) Paralelo

Quando trabalhamos com a associação paralela de cargas, temos um fenômeno


interessante com a tensão e a corrente elétrica.

A tensão será a mesma entre as cargas, enquanto que a corrente será individual, cada
carga terá seu consumo individual.

1ºEXERCÍCIO TEÓRICO

1.Informe a definição das seguintes grandezas elétricas: tensão, corrente e resistência


elétrica.

2. Como se comporta a tensão e corrente dentro do circuito elétrico série.


3. Como se comporta a tensão e corrente dentro do circuito elétrico paralelo.
AULA 2- COMANDOS ELÉTRICOS
2º CAPÍTULO – ENTRANDO NO MUNDO DOS COMANDOS

DISPOSITIVOS E SIMBOLOGIAS

Inicialmente os diagramas de comandos elétricos chegam a assustar aqueles eletricistas


que desejam se aventurar, por isso, começaremos nosso curso estudando as principais
simbologias dos dispositivos que serão utilizados.

BOTOEIRAS

As botoeiras são os nossos conhecidos interruptores que utilizamos nas instalações


prediais. Porém, precisamos aprender aqui uma nova descrição específicas para elas
(NA – Normalmente Aberta) e (NF – Normalmente Fechada)

As chaves Normalmente Abertas (NA), são aquelas que ao serem instaladas no circuito,
não altera sua situação original, ou seja, o circuito permanece aberto, em sua posição de
repouso. Apenas no momento que a chave é pressionada, o circuito é fechado e começa
a circular corrente pelo mesmo.

As chaves Normalmente Fechadas (NF), são aquelas que ao serem instaladas no


circuito, alteram a situação original do mesmo, ou seja, fecham o circuito e possibilitam
a passagem da corrente, em sua posição de repouso. No momento que são pressionadas,
o circuito será aberto e deixará de circular corrente elétrica pelo mesmo.

Conseguimos observar assim que as chaves trabalham em sentidos opostos, por isso,
terão aplicações diversas no cotidiano do acionamento dos comandos elétricos.

PENSE & RESPONDA:

1.O interruptor de sua residência, pode ser considerada uma chave normalmente aberta
ou normalmente fechada?

CONTATORAS (K)

Para que possamos compreender a função do contator, será necessário recorrer à uma
analogia com as aplicações da elétrica residencial.
Imagine que você deseja acionar uma bomba d’água para alimentar o reservatório
superior de sua residência. Porém, a corrente de consumo da bomba é tão alta que não
será possível realizar esse acionamento a partir de um simples interruptor, será
necessário recorrer a algum dispositivo maior, capaz de trabalhar com valores elevados
de corrente, por isso, trabalharemos com o contator.

O contator no seu interior, possui uma bobina que ao ser acionada realiza a abertura ou
fechamento dos seus contatos, permitindo então a passagem ou não de corrente elétrica
através deles.

Pense numa contatora, como um grande interruptor de várias seções, porém, que apenas
será acionada se houver ddp entre os contatos de sua bobina (A1 e A2).

Observe agora a simbologia da bobina do nosso contator, você observará muito esse
símbolo nos diagramas de comandos.

A letra K, representa que estamos trabalhando com uma contatora, e os terminais A1 e


A2 demonstram como será o acionamento de sua respectiva bobina. Quando
trabalharmos com uma rede monofásica ela será alimentada entre Fase e Neutro ou
numa rede trifásica, teremos Fase e Fase.

A partir do acionamento dessa bobina (DDP), será possível a comutação dos contatos
que estão presentes em sua contatora.

Na representação abaixo, podemos visualizar a simbologia da contatora com os seus


contatos. Observe que nessa representação a bobina não está mais em evidência, temos
apenas a nomenclatura K1 fazendo referência a contatora que está sendo acionada e
podemos observar todos os seus contatos que serão comutados no momento do
acionamento (DDP) da bobina.
Poderemos resumir tecnicamente a simbologia das contatoras para duas aplicações
específicas: Contatos de Potência e Contatos de Comandos.

A numeração dos contatos que representam os terminais de força (potência) é feita


como segue:

 1,3 e 5 = Circuito de entrada (linha);


 2,4 e 6 = Circuito de saída (terminal).

Nos relés e contatoras tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina.

POTÊNCIA (FORÇA) X COMANDOS

Quando falamos em comandos elétricos, teremos sempre dois tipos de diagramas (Força
e Comandos).

O diagrama de força será o responsável pela ligação do motor (carga) elétrica, enquanto
que o diagrama de comandos será responsável pela lógica de acionamento do circuito.

Estudaremos mais sobre isso, no decorrer do curso. Porém, você precisa ter o
conhecimento da existência desses dois diagramas para compreender a referência da
simbologia acima (contatos de potência e de comandos).
SIMBOLOGIAS LITERAIS & GRÁFICAS

A norma que regulamenta os diagramas de comandos elétricos será a NBR 5280. Nela,
teremos exemplos específicos de simbologias literais e gráficas para serem utilizadas
em nossos circuitos.

Simbologia Literal

Simbologia Gráfica
2ºEXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual a diferença de uma chave normalmente aberta e normalmente fechada?

2.Quais os terminais da bobina da contatora?

3.Qual a diferença entre os contatos auxiliares e os contatos principais de uma


contatora?

4.Informe a numeração dos contatos de entrada e de saída de uma contatora.

5.Informe a símbologia literal dos dispositivos de proteção, sinalização, contatores e


motores.

6.Realize a simbologia gráfica das botoeiras NA, NF, Fusível, Relé Térmico e
Temporizador.
AULA 3 – COMANDOS ELÉTRICOS
3º CAPÍTULO – FUSÍVEIS

FUSÍVEIS

Todo eletricista predial já viu um fusível, principalmente em instalações residências


muito antigas, onde a sua instalação era comum. Ou em circuitos eletrônicos, que ainda
hoje são utilizados nos sistemas de proteção.

Quando falamos em comandos elétricos a sua aplicação e funcionalidade voltam a


aparecer em destaque, sendo uma peça fundamental na proteção dos circuitos de força.

FUSÍVEIS

Muitas vezes ouvimos dizer que um curto-circuito provocou um incêndio num prédio,
indústria ou residência. Isso poderia ser evitado se os circuitos elétricos desses lugares
estivessem protegidos por componentes de proteção devidamente especificados.

Neste capítulo você vai estudar um dos componentes de proteção utilizado em


comandos elétricos, os fusíveis industriais. Esses componentes são de suma importância
nos circuitos industriais, pois cabe a eles a proteção dos componentes e fiação que
compõe o circuito.

Você vai descobrir que esses tipos de fusíveis, apresentam algumas características que
os diferem de outros fusíveis utilizados em circuitos prediais por exemplo.

Os Fusíveis industriais são componentes elétricos de proteção, com a função de


interromper a circulação da corrente elétrica num circuito, mediante curto-circuito ou
sobrecarga de longa duração.

Estudaremos dois tipos de fusíveis e ambos são compostos basicamente de um corpo de


material isolante, normalmente porcelana de alta resistência mecânica, dois contatos
externos para conexão ao circuito, e internamente, um elemento metálico chamado elo
fusível, responsável pela interrupção da circulação de corrente elétrica no circuito. Esse
elo fusível fica hermeticamente fechado e envolvido por areia quartzo com a finalidade
de interromper o arco voltaico que surge no momento da queima do elo fusível. Esses
fusíveis possuem também um indicador de atuação, ou seja, no momento que o fusível é
“queimado” devido um curto-circuito, por exemplo, um fio esticado posicionado
próximo ao elo fusível é interrompido e um indicador externo é acionado sinalizando
que esse fusível está danificado, ou o circuito sofreu alguma anomalia. A figura a seguir
ilustra esse componente e suas partes.

Os fusíveis industriais se dividem em dois modelos: Fusíveis NH e Fusíveis Diazed.


São especificados conforme a necessidade e tipo de circuito que vão proteger. A foto
que segue ilustra esses dois modelos de fusíveis industriais.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Para a especificação desses componentes num determinado circuito são necessários os


seguintes dados:

 Corrente nominal;
 Tensão nominal;
 Capacidade de interrupção.

A corrente nominal é aquela que ao circular pelo fusível não causa a interrupção do
elofusível. Esse valor de corrente pode circular por tempo indeterminado que não
ocorrerá a interrupção da circulação de corrente elétrica no circuito.

O valor especificado de tensão nominal determina a tensão máxima que o fusível pode
ser submetido para operar sem causar danos na sua isolação.

Já capacidade de interrupção determina o valor máximo da corrente de curto-circuito


que o fusível é capaz de interromper trabalhando na tensão nominal.

TIPOS DE FUSÍVEIS INDUSTRIAIS

Os fusíveis industriais são fabricados em dois tipos, conforme o tempo de atuação: Ação
Rápida ou Ação Retardada. Logo, será possível encontrar fusíveis NH ou DIAZED com
diferentes velocidades de atuação.

Os Fusíveis de Ação Rápida são utilizados onde a corrente do circuito em todos os


momentos é inferior ao valor da corrente nominal do circuito e qualquer sobrecorrente
deve ser interrompida imediatamente, como por exemplo circuitos eletrônicos e
resistivos (lâmpadas, fornos, etc).

Já os Fusíveis de Ação Retardada, quando submetidos a uma sobrecorrente só vão atuar


se essa sobrecorrente prevalecer por alguns segundos. Esse tipo de fusível é
recomendado para proteção de circuitos sujeitos a sobrecargas periódicas, como por
exemplo circuitos com motores e cargas capacitivas. Desta forma, os fusíveis industriais
são utilizados somente como dispositivos de proteção contra curto-circuito nas redes
dos circuitos elétricos industriais. Para proteção contra sobrecarga é utilizado um outro
componente que ainda estudaremos.

DIAZED

Os fusíveis Diazed são construídos com corpo cilíndrico como se pode ver na foto
abaixo.

Para facilitar a identificação da corrente nominal do fusível, quando em operação em


um circuito, o indicador de queima apresenta uma cor que define sua corrente nominal.
A tabela a seguir apresenta a cores normalizadas e as respectivas correntes.

Para a conexão do fusível diazed ao circuito é necessário a utilização dos seguintes


acessórios: base, parafuso de ajuste, anel de proteção e tampa. A foto a seguir ilustra
esses componentes
A base tem como finalidade alojar o fusível.  O parafuso de ajuste deve ter a mesma
especificação do fusível e não permite que sejam colocados fusíveis com correntes
nominais acima do especificado no circuito. O anel de proteção isola a parte metálica
energizada da base e a tampa é o elemento que permite a colocação e retirada do fusível
sem ter o contato humano com as partes energizadas do conjunto.

Pode ainda ser utilizado uma proteção adicional ao conjunto, a cobertura. A seguir é
apresentado a foto de um conjunto com a tampa.

Os valores de amperagem encontrados no mercado para os fusíveis diazed são de 2 até


63 ampéres.

NH  

Os fusíveis NH tem sua forma construtiva conforme foto abaixo.


Para a utilização e conexão do fusível ao circuito é necessário a utilização da base. Para
a manipulação do fusível utiliza-se o punho. As fotos a seguir ilustram esses
componentes.

Através do punho, será possível a retirada do fusível de maneira precisa e segura.

Os valores de amperagem encontrados no mercado para os fusíveis NH são de 6 até 120


ampéres.

3º EXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual a diferença entre um fusível e um disjuntor?

2.Informe os tipos de fusíveis industriais.

3.Informe a corrente nominal de acordo com as cores do respectivo fusível diazed:

-Rosa, Marrom, Verde, Azul.

4.Quais valores de corrente encontramos os fusíveis NH?

5. Qual a diferença entre a corrente nominal e tensão nominal?

6.O que é o elofusível?

APLICAÇÃO DO FUSÍVEL EM DIAGRMA DE FORÇA

Observe o seguinte diagrama de força (à direita) e de comandos (à esquerda). O que os


dois possuem em comum?

Se você respondeu, fusíveis na proteção do circuito, você acertou.


Toda vez que você for estudar ou realizar a ligação de um motor elétrico, através de
comandos elétricos, será necessário a representação gráfica de sua ligação de duas
formas: comandos e força (potência).Para que possamos compreender melhor a atuação
do fusível nos circuitos acima, precisaremos estudar um pouco sobre o que é um
diagrama de comandos e um diagrama de força.

DIAGRAMA DE COMANDOS X FORÇA (POTÊNCIA)

Através do diagrama de força, teremos a ligação exata de nossa carga, os dispositivos de


segurança do mesmo e como a ligação da rede está sendo direcionado para o mesmo.

Observe na imagem abaixo, onde temos os três fusíveis protegendo as três fases
(L1,L2,L3) em série com os fusíveis temos uma contatora, um relé térmico (FT1) e o
motor (M~3, trifásico).

Futuramente iremos estudar os demais componentes que se encontram nesse circuito,


por hora, é importante que você observe que deveremos numa rede trifásica, colocar um
fusível para cada fase e que os mesmos sempre estarão em série com o circuito, sendo o
primeiro dispositivo de proteção do circuito.
Através do diagrama de comandos, teremos o esquema de ligação necessária para o
acionamento das contatoras.

O acionamento das contatoras será fundamental, pois após energizar os contatos (A1 e
A2) de sua bobina, será possível a ligação de seu motor.

Assim como no diagrama de Força, temos o fusível de proteção do circuito, aqui


também teremos um outro fusível que será responsável pela proteção de todo o circuito
de comandos.

4ºEXERCÍCIO TEÓRICO

1.Encontramos fusíveis tanto no diagrama de força quanto diagrama de comandos. Qual


a diferença entre os dois circuitos?

2.A rede de força e a rede de comandos, possuí uma diferença crucial na sua estrutura,
qual será ela?

AULA 4 – COMANDOS ELÉTRICOS


4º CAPÍTULO – ACIONAMENTO DE COMANDOS & SINALIZADORES
ACIONAMENTO DE COMANDOS E SINALIZADORES

É interessante observar uma pessoa ligar e comandar uma máquina enorme acionando
um pequeno botão. Isso é possível e ocorre em toda planta industrial automatizada por
um comando elétrico, por meio dos botões de comando.

Esses equipamentos são pequenos e muito simples, quando analisado a estrutura


construtiva, mas tem um papel muito importante nos circuitos de comandos elétricos
industriais, pois cabe a eles o envio de sinais para que ocorram acionamentos, inversão
de rotação ou outro tipo de manobra em motores elétricos nos sistemas industriais.

Outro equipamento que tem uma atuação muito importante em comandos elétricos são
os sinalizadores, pois são os responsáveis pela sinalização de toda ocorrência ou status
do sistema durante o funcionamento de uma planta industrial.

Neste capítulo você vai estudar os principais equipamentos para o acionamento de


comandos elétricos.

CHAVES SECCIONADORAS

A utilização de comandos automáticos, muitas vezes não é viável, pois o custo de uma
instalação industrial com esses componentes é um pouco caro. Desta forma, pequenas e
médias empresas podem optar pela instalação de chaves seccionadoras manuais.

As chaves seccionadoras manuais, são componentes de manobra eficiente e de baixo


custo, utilizadas para a alimentação e manobras de motores. Esse equipamento tem um
papel de fundamental importância nos circuitos de comandos industriais, pois cabe a ele
a alimentação, inversão de rotação ou outro tipo de manobra nos motores elétricos de
um determinado sistema industrial.

Neste capítulo você vai estudar os tipos de chaves seccionadoras mais utilizadas nos
acionamentos manuais de motores elétricos.

Chaves seccionadoras manuais são componentes eletromecânicos, utilizados para


manobras de motores elétricos. Através de um sistema mecânico acionado manualmente
pelo operador, contatos elétricos mudam de posição, desligando ou comutando o
posicionamento desses contatos. Desta forma, é possível ligar e desligar um motor,
inverter o sentido de rotação, mudar a velocidade e até mesmo criar um sistema de
partida. A foto abaixo ilustra uma chave seccionadora manual.
Seu funcionamento mecânico está baseado na utilização de cames acionados por um
sistema rotativo. Quando o operador aciona o manípulo esses cames acionam os
contatos elétricos mudando suas posições.

BOTOEIRAS

Botoeiras são dispositivos de comando, que tem como função estabelecer ou


interromper a carga em um circuito de comando, a partir de um acionamento manual.

Os tipos de botoeira variam quanto as cores, formatos e aplicações.

As cores das botoeiras seguem um padrão, de acordo com sua função:

 Verde ou Preto – Ligar, dar partida


 Vermelho – Desligar, parar ou botão de Emergência
 Amarelo – Eliminar condição perigosa ou inciar um retorno
 Azul ou Branco – Funções diferentes das anteriores

Para a instalação das botoeiras, também existe um padrão: Em posição vertical, o botão
“Desliga” deve ficar em cima do botão “Liga“. Na horizontal, o botão “Desliga” fica a
direita do botão “Liga“.

Agora vamos seguir para alguns tipos de botoeiras e suas aplicações.

CHAVE SELETORA

Possui duas ou mais posições, com a grande vantagem de necessitar apenas uma chave
para ligar e desligar, já que ele possui várias posições.

O problema dessa botoeira, é que quando ele é acionado, se houver uma falha na
energia elétrica, e o sistema desligar, a chave seletora continua na posição. Assim,
quando a energia voltar, o circuito vai voltar a trabalhar de onde estava, o que pode ser
um problema de segurança.

PENSE & RESPONDA:

1.Observando o circuito abaixo, quando a chave seletora estiver na posição (1), qual
sinaleira será acionada? E na posição (2) qual sinaleira será acionada?
BOTOEIRA SEM RETENÇÃO (CHAVE IMPULSO)

Só permanece acionada mediante aplicação de força externa. Cessada a força, o


dispositivo volta à posição inicial. Dentro das chaves existem dois tipos de contato:
normalmente aberto e normalmente fechado.

Contato normalmente aberto (NA): Sua posição original é aberta, ou seja, permanece


aberto até que seja aplicada uma força externa. Também é freqüentemente chamado, na
maioria das aplicações industriais, de contato NO (do inglês, normally open).

Contatos de alta capacidade de corrente de comutação são chamados de contatos de


carga, contatos de força ou contatos principais. São destinados a aplicação em ramais de
motores ou de carga, onde exista alta intensidade de corrente elétrica.

Os contatos a serem usados nos próprios comandos são chamados auxiliares. Eles
suportam baixas intensidades de corrente e não podem ser aplicados em circuitos de
carga. A sua marcação é feita por meio de dois dígitos. O primeiro dígito representa o
número seqüencial do contato, o segundo representa o código da função, que no caso
dos contatos auxiliares NA são 3 e 4.

Contato normalmente fechado (NF): Sua posição original é fechada, ou seja,


permanece fechado até que seja aplicada uma força externa. Também é freqüentemente
chamado, na maioria das aplicações industriais, de contato NC (do inglês, normally
closed). No caso dos contatos NF, a marcação é feita por meio de dois dígitos. O
primeiro dígito representa o número seqüencial do contato, o segundo representa o
código da função, que no caso dos contatos auxiliares NF são 1 e 2.
Através do diagrama de comandos abaixo, será possível visualizar a aplicação de uma
botoeira, normalmente aberta, que está impedindo o acionamento da contatora (K1), no
momento que for pressionada, teremos o funcionamento da contatora. Porém, quando a
pressão sobre a botoeira for desfeita, ela retomará sua posição inicial e a contatora
voltará a ser desligada.

CONTATO DE SELO

O contato de selo é uma ligação bastante famosa e imprescindível em qualquer


diagrama de comandos, através dela será possível realizar a ligação de sua contatora em
segurança.

Ele funciona usando um contator com contatos auxiliares e de carga, interligado com
duas botoeiras, uma com a função de ligar e outra com a função de desligar.

Diferente da botoeira seletora, o contato de selo, ao acontecer uma queda de energia


elétrica, vai ser desarmado, somente ligando novamente a partir de acionamento
manual.
O diagrama da ligação é o seguinte:Diferente da botoeira seletora, o contato de selo, ao
acontecer uma queda de energia elétrica, vai ser desarmado, somente ligando
novamente a partir de acionamento manual.

Inicialmente temos o fusível (F1) protegendo o circuito, ligado diretamente a chave (S0)
normalmente fechada, que será uma chave de emergência, a qual deverá ser acionada
apenas em momento de falhas do sistema.

A chave S1 se encontra em paralelo com o contato (K1), para que o contato K1 seja
acionado, será necessário que a chave S1 seja acionada, energize a contatora K1, a qual,
em seguida, comutará o contato 13 e 14 do contato auxiliar K1.

Ao soltar o botão S1, o contato K1, permitirá a passagem da corrente elétrica, mantendo
a contatora K1 ativada.

O contato de selo, será uma forma de ligação, utilizada para segurança do circuito
elétrico, através da ligação da contatora pelos seus próprios contatos auxiliares.

Obs: Uma das dúvidas mais frequentes, relacionada à comandos elétricos se refere ao
posicionamento da contatora (K) dentro do diagrama de comandos. Você precisa
entender que a contatora é um componente que apresenta duas estruturas (bobina e
contatos auxiliares), os quais poderão ser dispostos em posições distintas dentro do
diagrama de comandos.

DIAGRAMA COMPLETO
Através do diagrama abaixo, teremos uma visão mais completa de todos os elementos
que deverão constituir o diagrama de comandos. Estudaremos, ao longo das próximas
aulas mais detalhes sobre alguns elementos como o relé térmico (F7).

Observe quantos dispositivos nós temos em série com o intuito de proteger a bobina do
nosso contator.

O único dispositivo que encontramos em paralelo, será o contato de selo, representado


pelo K1 (13,14) que será acionado no momento da energização da bobina da contatora.

Observe também, que temos dois fusíveis em nosso circuito, visto que estamos
trabalhando com duas fases (R e S), caso, você esteja trabalhando numa rede
monofásica, o neutro não precisará estar protegido por um fusível.

 
BOTÃO DE EMERGÊNCIA (COGUMELO)

Esse botão é comum quando queremos fazer um circuito que só será acionado em caso
de emergência.

Para acionar ele basta pressionar, e para fazer o desligamento, você deve girar no
sentido horário.

Normalmente esse botão, deverá ficar, longe do quadro de comandos e próximo à linha
de montagem, para o operador, trabalhador indireto de eletricidade, possa desligar o
circuito, no caso de uma falha ou emergência.

Observe a simbologia do botão de emergia, no diagrama de comandos acima.

PENSE & RESPONDA:

2.Observando o diagrama de comandos da página anterior, o botão de emergência é


uma chave NO ou NC? Além de sua simbologia, quais indícios confirmam o tipo de
chave?

BOTÃO DE COMANDO (ELEMENTOS DE SINAIS)

Vimos bastante conteúdo nesse capítulo, antes de prosseguirmos, será interessante fazer
uma recapitulação dos pontos principais de nosso conteúdo.

Quando se fala em ligar um motor, o primeiro elemento que vem à mente é o de uma
chave para ligá-lo. Só que no caso de comandos elétricos a “chave” que liga os motores
é diferente de uma chave usual, destas que se tem em casa para comandar lâmpadas, por
exemplo.

A diferença principal está no fato de que ao movimentar a “chave residencial” ela vai
para uma posição e permanece nela, mesmo quando se retira a pressão do dedo. Na
“chave industrial” ou botoeira há o retorno para a posição de repouso através de uma
mola. O entendimento deste conceito é fundamental para compreender o porquê da
existência de um selo no circuito de comando.

Além dos botões tradicionais, será possível substituí-lo por um rolete, dessa forma,
teremos uma chave denominada, fim de curso, muito utilizada em circuitos pneumáticos
e hidráulicos. Este será muito utilizado na movimentação de cargas, acionado no esbarro
de um caixote, engradado, ou qualquer outra carga.

Outros tipos de elementos de sinais serão os: termostatos, pressostatos, chaves de nível
e a própria chave de fim de curso.Além dos botões tradicionais, será possível substituí-
lo por um rolete, dessa forma, teremos uma chave denominada, fim de curso, muito
utilizada em circuitos pneumáticos e hidráulicos. Este será muito utilizado na
movimentação de cargas, acionado no esbarro de um caixote, engradado, ou qualquer
outra carga.

Todos estes elementos exercem uma ação de controle discreta, ou seja, liga / desliga.
Como por exemplo, se a pressão de um sistema atingir um valor máximo, a ação do
Pressostato será o de mover os contatos desligando o sistema. Caso a pressão atinja
novamente um valor mínimo atua-se re-ligando o mesmo.

CHAVE FIM DE CURSO – APLICAÇÃO

Observe a aplicação da chave fim de curso (FC1 e FC2), ambas são chaves
normalmente fechadas. Observe que as duas estão associadas em série com a bobina do
contator, ou seja, se ele precisar ser desligado, imediatamente a tensão será cortada na
bobina do contatores e a alimentação para o motor será suspensa.
Como falamos anteriormente, essas chaves são largamente utilizados em linhas de
montagem na indústria, para interromper a alimentação do contator, desligando
consequentemente o motor e evitando desastres mecânicos.

 
AULA 5 – COMANDOS ELÉTRICOS
5º CAPÍTULO – RELÉ TÉRMICO & TEMPORIZADORES

RELÉ TÉRMICO & TEMPORIZADORES

Você já parou para pensar o que pode ocorrer com um motor elétrico se o seu eixo
travar por um problema mecânico? Com certeza vai queimar, pois a corrente elétrica vai
aumentar tentando vencer essa barreira e ocorrerá um sobreaquecimento nas bobinas do
motor.

Nem é preciso ser tão radical travando o eixo do motor para que ocorra uma anomalia
no sistema, basta uma sobrecarga e o motor corre risco de queimar. Como já se sabe, a
função dos fusíveis industriais não é proteger o motor contra sobre-carga e apenas
contra curto-circuito, logo de nada adianta o fusível nesses casos de sobrecarga no
motor.

Para evitar esse tipo de problema em instalações de sistemas com motores, será
necessário a instalação de um componente chamado relé térmico nos circuito de
comando dos motores elétricos.

Eles serão os protetores dos motores elétricos contra as sobrecargas. Nesse capítulo
você terá a oportunidade de conhecer esse componente. Também será apresentado um
outro componente muito utilizado nas lógicas dos circuitos de comando, o relé
temporizador, responsável por paradas pré-progarmadas na lógica do circuito.

RELÉS TÉRMICOS

Os relés térmicos, são componentes de proteção utilizados em circuitos de comando de


motores elétricos. Esse componente é utilizado no circuito para proteção contra
sobrecarga.

A seguir é apresentado a foto de um modelo deste componente.

Como já estudamos anteriormente, os fusíveis, também dispositivos de proteção, são


responsáveis por uma proteção contra curto-circuito e no caso de uma anomalia ele
rompe o elo -fusível e precisa de ser substituído. Já o relé térmico, ao abrir um circuito
por motivo de sobrecorrente pode ser rearmado e continua em uso sem a necessidade de
substituição.

As principais vantagens na utilização dos relés térmicos são:

 Proteção do circuito contra correntes acima dos valores predeterminados;


 Não desarma com corrente de pico na partida de motores;
 Sinaliza o desarme;
 Permite a utilização de contatos NA e NF para sinalização e comando.
 

FUNCIONAMENTO

Esse componente tem seu funcionamento baseado na ação do efeito térmico provocado
por uma corrente elétrica.

O relé térmico é constituído basicamente de um bi metálico, ou seja, uma lâmina


formada por dois metais diferentes; normalmente ferro e níquel. Esses metais têm
coeficiente de dilatação diferentes, formando um termopar.

Quando essa lâmina é submetida a uma elevação de temperatura, como os metais têm
diferentes coeficientes de dilatação, um dos metais terá uma maior dilatação que o
outro.

Como os dois metais estão unidos formando um só conjunto, a lâmina vai encurvar para
o lado do metal de coeficiente menor, causando um movimento desse bimetálico, como
pode se observar na figura abaixo.

A corrente que causa a dilatação do bimetálico é a corrente do motor elétrico que circula
por um condutor ao redor desse bimetálico.

Temos acoplado a esse conjunto um sistema de disparo que abre um contato elétrico
utilizado para interromper a circulação de corrente elétrica num circuito.
Esse contato é utilizado no comando elétrico para cortar a alimentação do contator
responsável pelo funcionamento do motor elétrico.

Em circuitos trifásicos, é utilizado um conjunto de três bimetálicos para proteção de


todas as fases.

O esquema a seguir ilustra um relé térmico.

Os relés são acoplados (em série) aos contatores e devem ser especificado utilizando um
catálogo de fabricante. A sua especificação é feita conforme o modelo do contator e a
faixa de corrente que esse relé deve proteger.
Normalmente o relé térmico é equipado com um conjunto de contatos com 1NA+1NF,
botão de rearme manual para travamento automático (azul), botão de teste-desliga
(vermelho), indicador visual de disparo por sobrecarga (verde).

A foto a seguir ilustra esses acessórios.

OBS: É muito importante, antes de rearmar um relé térmico, descobrir qual foi o
motivo causador do seu desarme no circuito elétrico.

Na parte frontal do mesmo, é possível visualizar um botão vermelho, o qual será


responsável pelo teste do seu dispositivo mecânico.

É fundamental também visualizar o botão azul (BOTÃO RESET), ao lado do botão


vermelho do relé. Ele será responsável pelo desarme do relé quando habilitado, se o
mesmo estiver travado, o relé pede a sua propriedade de desarme e pode vim a danificar
o motor elétrico.

Obs – Fique muito atento com o botão azul, caso esteja travado, ele não terá nenhuma
função, o qual poderá danificar o seu motor.

Quando o relé térmico está associado ao contator, é possível aparafusá-lo, deixando


ambos extremamente fixos e bem ajustado, em seguida, ambos serão ligados ao motor.
O contator estará responsável pela manobra, enquanto o relé pela proteção específica do
motor.

RELÉ TÉRMICO – APLICAÇÃO

Assim como nas contatoras, aqui nos relés também teremos os contatos de força e os
contatos de comando.

Através dos diagramas abaixo, podemos observar uma dupla função para o relé (F4),
além de acoplado a contatora (K1) para a proteção do circuito.

Os seus contatos auxiliares (95 e 96), estão associados em série com o circuito, para
desenergização da contatora e por sequência do motor.

 
5º EXERCÍCIO TEÓRICO

 O circuito de comandos é monofásico ou bifásico?


 Qual a finalidade do k1 (13,14)?
 Em qual momento a sinaleira H1 será acionada?
 Em qual momento deverá ser acionada a chave S0?
 Qual o tipo do motor que estamos trabalhando no diagrama de força?
 Qual a simbologia empregada para o relé térmico?
 Qual a função do relé térmico?
 Será necessário para o circuito de comandos a presença de um fusível e de um
relé térmico? Qual a diferença entre ambos?

TEMPORIZADORES (RELÉ DE IMPULSO)

Os temporizadores, também conhecidos como relés de tempo, são dispositivos elétricos


utilizados em circuitos de comando com a função de causar o acionamento de um
determinado componente após um tempo predeterminado.
Os temporizadores mais comumente utilizados nos circuitos de comandos são
constituídos por circuitos eletrônicos, que temporizam e acionam um relé magnético
com contatos abertos e fechados.

Esse dispositivo tem várias utilidades nos circuitos de comandos, tais como;
temporização em lógicas de comandos, partidas sequênciais de motores elétricos,
sistemas de partida de motores e muitas outras utilidades.

A especificação de um temporizador é feita utilizando um catálogo de fabricante. A


seguir é apresentado o esquema elétrico e um diagrama de passo do funcionamento de
um relé.

Para partida de motores em estrela-triângulo existe um modelo específico de relé


temporizador. A seguir é a apresentado a foto e os diagramas de funcionamento desse
dispositivo.

RELÉ TEMPORIZADOR – APLICAÇÃO


Analisaremos agora o nosso diagrama de comandos. O único componente que vocês
ainda não viram foi o relé temporizador, por isso, o mesmo se encontra em destaque,
suas bobinas e contatos auxiliares.
Após o acionamento da chave (B1), o contato de selo será fechado, permitido a
passagem de tensão para o acionamento da contatora K1 e temporizador T1.
Analisaremos agora o nosso diagrama de comandos. O único componente que vocês
ainda não viram foi o relé temporizador, por isso, o mesmo se encontra em destaque,
suas bobinas e contatos auxiliares.

No momento do acionamento do temporizador T1, os seus contatos fechados (55,56)


encontram-se, fechando o circuito da contatora K3. Porém, após um tempo
determinado, o relé irá comutar os seus contatos auxiliares, invertendo de sentido,
fechando os contatos (15,16) e acionando a contatora K2 e assim seguirá
sucessivamente. Até o momento que o B0 seja acionado, para desligar todo o circuito.

6º EXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual a função do relé térmico?

2.Qual a diferença entre o relé térmico e o fusível?

3.Os relés serão acoplados em __________ aos contatores.

4.Qual a diferença entre o botão azul e o botão vermelho do relé térmico?

5.Qual a diferença entre o contator e o relé térmico?

6.Os temporizadores também são conhecidos como _____________.

7.Descreva as utilidades do relé de impulso.


AULA 6 – COMANDOS ELÉTRICOS
6º CAPÍTULO – DESENVOLVIMENTO DE CIRCUITOS DE COMANDOS

CADE SIMU

O software CADE SIMU, é um software free disponível em nosso site leiautdicas.com,


onde a partir dele será possível o desenvolvimento de circuitos e protótipos de
diagramas de comandos e de força para trabalhar com os comandos elétricos.

1ºPasso: Realize o download do software CADE SIMU no site do leiautdicas.com

Acesse a categoria – Comandos Elétricos, em seguida, selecione a postagem –


Download – CADE SIMU.

2ºPasso: Após extrair o seu arquivo, dê um duplo clique para acessar o seu software e
insira a chave de acesso no momento de sua abertura. CHAVE DE ACESSO – 4962 e
clique em Ok.
CONFIGURAÇÃO

1ºPasso: Selecione o menu Arquivo, em seguida, clique na opção – Configuração.

2ºPasso: Após ser aberto o menu de configuração, poderemos editar as opções de


Formato de papel. 

Aqui nós temos alguns modelos padrões de formato de folha de papel e também a opção
de Pesonalizar, caso você tenha interesse em editar algum arquivo em específico.

Recomendamos que você deixe selecionada a opção A4 Horizontal.


3ºPasso: Temos aqui o menu – Opção de Formatação, através dele poderemos editar
nossa folha de papel. Desativando a opção de Controno e Referências. A opção Box
abaixo, faz menção ao carimbo que está inserida em nossa prancha.

4ºPasso: Desative a opção Box 2 e clique na opção de Nenhum. Em seguida dê um Ok.


Observe que instantaneamente o carimbo que estava presente em sua folha foi
retirado e a sua folha se encontra com mais espaço para a elaboração do seu projeto.

5ºPasso: Retorne ao menu de Configuração e visualize a opção – Velocidade de


Visualização, a partir do ajuste dessa velocidade o Software realizará suas simulações
de maneira mais rápida ou devagar. Sugerimos deixar esse ajuste, nesse parâmetro
mediano.

6ºPasso: No menu – Opção de Visualização será muito importante que você ative a
opção – Visualizar símbolo de conexão. A partir dessa ferramenta será possível
visualizar as conexões entre os fios que serão utilizados no diagrama de força e
comandos. Por isso, deixe a opção ativada.

7ºPasso: A última opção do menu – Opção de Impressão, aqui estão alguns ajustes de
escalas em relação ao papel de impressão que teremos que realizar para finalizar a
impressão com perfeição de nossa prancha.
PARTIDA DIRETA – DIAGRAMA DE FORÇA

ALIMENTAÇÃO

Para que possamos desenvolver um diagrama de partida direta será necessário montar o
diagrama de comandos e o diagrama de força. Para isso, será fundamental conhecermos
a localização dos componentes de comandos e forças dentro do nosso software.

1ºPasso: Selecione a opção, alimentação. Em seguida, observe todas as opções de


alimentação sugeridas pelo CADESIMU.

2ºPasso: Clique na opção Alimentação – LLLNPE (3Fases, Neutro e Terra (PE)). Em


seguida, Clique na folha de trabalho para fixar os seus condutores de alimentação e
clique com o botão direito para finalizar a sua inserção.

3ºPasso: Dê um duplo clique em seus condutores com o botão esquerdo do mouse e


defina o nome dele como: Condutores e na função: Alimentação. Para finalizar, clique
em Ok.
4ºPasso: Para que você possa visualizar o seu projeto com maiores detalhes, amplie o
zoom, clicando no seguinte comando (Zoom +).

5ºPasso: Selecione o menu (Disjuntor), em seguida, clique na opção de disjuntor


trifásico.

6ºPasso: Posicione agora o seu disjuntor trifásico, imediatamente abaixo dos condutores
de alimentação (L1,L2 e L3).
CONDUTORES

1ºPasso: Para que possamos ligar a alimentação ao nosso disjuntor trifásico será
simples, precisaremos recorrer aos condutores. Por isso, clique na seguinte opção de
condutores, em seguida, observe abaixo os diversos condutores que poderão ser
utilizados. Desde circuitos monofásicos até trifásicos.

2ºPasso: Selecione a opção de condutores trifásicos e interligue os condutores de


alimentação ao disjuntor trifásico.

CONTATORA

1ºPasso: Após o disjuntor de proteção, chega o momento da inserção de nossa contatora


de força. Para isso, selecione a opção do menu – Contatora e selecione a opção Contator
3.

2ºPasso: Definida a contatora que será utilizada, posicione-a abaixo do disjuntor de


força com o botão esquerdo do mouse e para finalizar a sua seleção com o botão direito.
Em seguida, ligue os condutores trifásicos para alimentar sua contatora.
3ºPasso: Após inserir o disjuntor de força e a nossa contatora, será imprescindível,
renomear as mesmas para deixar o nosso diagrama elétrico de força mais organizado.

Para isso, dê um duplo clique com o botão esquerdo do mouse sobre os elementos e
edite os nomes dos mesmos, como no exemplo abaixo.

4ºPasso: Para finalizar a proteção de nosso circuito, selecione a opção (Automático,


Disjuntor,…) e em seguida, clique na opção Relé Térmico. Em seguida, renomeie o seu
componente com o nome (F0, TÉRMICO).

A nomenclatura F, será sempre empregada no uso de relé térmico. E o número 0 está


sendo empregado para identificar o primeiro relé do circuito.
5ºPasso: Selecione a opção Motor Trifásico e em seguida, posicione o mesmo após o
seu relé térmico e faça a sua ligação através dos condutores trifásicos.

6ºPasso: Para finalizar, insira um condutor de terra (PE) para finalizar a proteção do seu
motor.

7ºPasso: Selecione a opç ão conexão e clique no seguinte ponto para finalizar a ligação
do seu aterramento PE.

Pronto, finalizamos nosso diagrama de força da partida direta de um motor trifásico.


Poderemos agora com o CADE SIMU, construir uma simulação de trabalho, para
observar o nosso motor em funcionamento.

SIMULAÇÃO DE ATUAÇÃO

1ºPasso: Após definirmos nosso circuito, poderemos agora, clicar na opção de


simulação, para visualizar o seu funcionamento.

2ºPasso: Instantaneamente a cor do seu circuito será modificada e a partir do clique


com o botão esquerdo do seu mouse, você poderá ligar ou desligar os componentes do
seu circuito.Para isso, clique na opção – Simulação, no menu superior.

Clique com o botão esquerdo sobre o disjuntor de manobra.

Observe que instantaneamente os seus contatos serão fechados e ele ficará vermelho,
indicando que o circuito está fechado.

3ºPasso: Um detalhe muito importante que você precisa observar, será que o seu
circuito continua desenergizado, ou seja, o seu motor não está trabalhando. Por um
simples motivo, a sua contatora está aberta.

Para que sua contatora seja ativada será necessário o nosso circuito de comando. Por
isso, desenvolveremos o mesmo agora.

4ºPasso: Para começar a desenvolver nosso diagrama de comandos será necessário,


clicar na opção de Stop para desativar o circuito teste. E poder voltar a manipular as
ferramentas do software.
 

PARTIDA DIRETA – DIAGRAMA DE COMANDOS

ALIMENTAÇÃO

O diagrama de comandos possui uma peculiariedade, ele irá trabalhar através de uma
rede monofásica (Fase e Neutro) ou de uma rede bifásica (Fase e Fase). Como estamos
trabalhando em Recife, poderemos trabalhar com Fase e Neutro.

1ºPasso: Poderemos agora selecionar a opção de condutores e puxá-los diretamente do


fornecimento de alimentação (L1 e Neutro).

PROTEÇÃO (FUSÍVEL + RELÉ TÉRMICO)

Como estamos trabalhando com um circuito monofásico, precisaremos da proteção


diretamente no condutor Fase, e o Neutro não precisará possuir nenhum dispositivo de
proteção.

1ºPasso: Selecione a opção Fusível, em seguida, posicione o mesmo no condutor fase


para proteção do mesmo.
2ºPasso: Após o fusível de proteção do comandos, precisaremos inserir o contato
auxiliar do nosso relé térmico NF (normalmente fechado).

3ºPasso: Posicione o mesmo em série com o seu fusível e renomeie o mesmo com a
mesma nomenclatura do relé térmico que se encontra em série com a contatora.

A importância do contato normalmente fechado de nosso relé térmico, em série com o


nosso circuito, será desempenhar a proteção de nosso circuito, através do relé térmico
que será responsável por proteger o circuito de aumento de corrente.

4ºPasso: Após os nossos dispositivos de proteção (Fusível e Relé térmico) será


necessário, inserir o Botão de Emergência, normalmente fechado, que será responsável
por desenergizar o nosso circuito, em situações de emergência.

5ºPasso: Selecionada a nossa botoeira normalmente fechada de emergência, posicione


em série com o nosso contato auxiliar do relé térmico, modifique o seu nome para S0 e
interligue-os através do condutor Fase.
6ºPasso: Após a botoeira de emergência, precisaremos de uma botoeira de impulso para
acionamento de nossa contatora. Por isso, ligue em série com o nosso botão de
emergência, o botão de acionamento, normalmente aberto.

Através desse botão de acionamento S1, será possível acionar os contatos da bobina de
nossa contatora (A1 e A2).

Lembre-se, o diagrama de comandos tem como função precípua, alimentar os contatos


da bobina de nossa contatora, para poder acionar a nossa contatora em nosso diagrama
de força.

7ºPasso: Em seguida, selecione a opção – Bobinas de contator e selecione a primeira


opção que se refere a bobina de nossa contatora.

 8ºPasso: Insira agora a bobina de sua contatora abaixo do botão de acionamento e


modifique o nome da mesma, para que fique idêntico ao nome de sua contatora de
força. (Caso você não deixe o mesmo nome, o software não conseguirá identificar que a
bobina pertence ao contato auxiliar de força e não permitirá o seu acionamento).
9ºPasso: Em seguida, ligue a bobina de sua contatora K0, com Fase e Neutro. E clique
no comando de ativar a sua simulação.

Ative o seu disjuntor de manobra, para ligar o circuito de força.

Em seguida, ative o botão S1 para acionar a bobina de sua contatora.

10ºPasso: Você perceberá que o seu motor apenas estará sendo ativado, enquanto você
estiver pressionando o botão de acionamento (S1).

Como o botão S1, é normalmente aberto. No momento que você retirar a pressão sobre
o mesmo ele irá abrir o circuito e retornará ao seu estado inicial, cortando a alimentação
e desenergizando a bobina de sua contatora, logo, irá desativar os contatos de força que
por sequência irão desligar o motor.

Para que a nossa contatora fique ligada, será necessário, ligar o famoso – CONTATO
SELO.
 

CONTATO SELO

O contato selo será imprescindível para manter ligada a nossa contatora de força, a
partir dela, será possível a manutenção da energização dos contatos da bobina da
contatora (A1 e A2).

Para que o contato de selo seja definido, trabalharemos com os contatos auxiliares da
própria contatora.

1ºPasso: O contato de selo possui uma particulariedade, ele trabalhará em paralelo com
o botão de acionamento (S1), permitindo a passagem de corrente elétrica de maneira
constante para sua contatora.

Por isso, insira o mesmo em paralelo com o botão de acionamento (S1) e interligue-o a
sua contatora K0.

Pelo que já estudamos na teoria do contato selo, a partir do acionamento da chave (S1) a
bobina da contatora K0 será energizada, fechando, simultaneamente o contato de selo
K0 e mantendo a contatora energizada através do mesmo.
 

2ºPasso: Tudo pronto, faça a simulação do seu circuito e observe tudo funcionando
perfeitamente.

Viu como comandos é simples? É apenas uma questão de conhecimento de normas e


utilização de circuitos em série e paralelo.

 
INTERTRAVAMENTO

Através do esquema de intertravamento, poderemos acionar duas contatoras em um


mesmo diagrama elétrico. A finalidade desse circuito será, realizar o acionamento do
motor no sentido horário e anti-horário.

Quando montamos o circuito anterior, partida direta, apenas o nosso motor estava sendo
rotacionado no sentido horário. A partir desse novo diagrama que iremos realizar, será
possível modificar o seu sentido de rotação.

CIRCUITO DE FORÇA – CONTATORAS

1ºPasso: Para iniciar o nosso circuito de intertravamento, ligaremos a nossa segunda


contatora em paralelo com a contatora K0 presente no circuito.

Após inserir sua nova contatora, renomeie a mesma para K1(FORÇA).

2ºPasso: Em seguida, para fazer com que o motor trabalhe no sentido anti horário, será
necessário apenas inverter o sentido da Fase 1 e 5 de nosso circuito.

A Fase (1) que está presente no contato (1) da contatora K0, será ligada no contato (5)
da contatora K1, e a saída do contato (6) permanece igual em ambas.

A Fase (3) que está presente no contato (5) da contatora K0, será ligada no contato (1)
da contatora K1, e a saída do contato (2) permanecerá igual em ambas.

Os contatos (3 e 4), da Fase (2), não serão alterados.

Dessa forma, quando a contatora K1 for ativada, ela interverá as fases que alimentaram
o seu motor, fazendo com que o mesmo gire no sentido anti horário.
 

 CIRCUITO DE COMANDOS – CONTATOS AUXILIARES

Para que seja inserido os circuito de comandos para acionamento da segunda contatora
(K1), será necessário, ligar em paralelo ao circuito de acionamento da contatora (K0),
todo o sistema de alimentação da bobina da nova contatora.

Logo, será necessário o botão de acionamento, contato auxiliar para contatora (K1).

Além disso, será necessário um segundo contato auxiliar em série com as bobinas da
contatora, onde desligará as bobinas que não devem ser ligadas, dessa forma será
definido o intertravamento, com o acionamento das bobinas paralelamente.

1ºPasso: Observe como deverá ficar o seu circuito de intertravamento.


7ºEXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual a diferença de uma partida direta para um intertravamento?

2.Qual a função do contato selo?

3.Por quê é necessário dois contatores para realizar um intertravamento?

DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS

Os disjuntores são dispositivos termo magnéticos para proteção de instalações e


equipamentos elétricos contra sobrecarga e curto-circuito. Eles são equipados com um
disparador térmico (bimetal) que atua nas situações de sobrecarga, e com um disparador
eletromagnético que atua nos casos de curto-circuito.

Precisaremos agora conhecer um pouco mais sobre a simbologias que serão aplicadas
para os disjuntores nos diagramas de comandos, segue abaixo três tipos de disjuntores:
monofásico (D1), bifásico (D2), trifásico (D3).
Quando você estiver trabalhando no CADeSIMU, você poderá selecionar a opção
referente aos disjuntores e observar todas as opções fornecidas por ele.

DISJUNTORES X FUSÍVEL

É inevitável comparar o disjuntor ao fusível. Quando falamos em circuitos residenciais,


não faz sentido trabalharmos com fusíveis, visto a sua necessidade iminente de troca em
caso de curto circuito, o que torna o disjuntor uma peça mais utilizada para instalações
residenciais.

Quando trabalhamos no CADeSIMU, teremos uma ferramenta para instalar em nossos


circuitos os fusíveis.

Embora o disjuntor, possua mais vantagens, os fusíveis como vimos no capitulo


específico dos fusíveis, possuem características próprias e que fazem com que sejam
utilizados exclusivamente na proteção do circuito de comandos.

DIMENSIONAMENTO DE DISJUNTORES

Após recapitularmos a teoria que existe por trás dos disjuntores, faremos uma breve
análise do dimensionamento de disjuntores.
Tomemos como exemplo um chuveiro elétrico (circuito resistivo) que possui uma
potência de 6600W e está submetida a uma tensão de 220V.

1.Considerando a fórmula da potência elétrica, teremos que:

I(ampères) = P(watts)/V(volts)

2.Agora, basta aplicar a nossa fórmula matemática:

I = 6600 / 220 = 30Ampéres

3.Já conseguimos calcular a corrente de nosso circuito (30Ampéres), agora


precisaremos inserir uma tolerância para o dimensionamento do nosso disjuntor que
poderá variar entre (30 e 50%).

Logo: 30Ampéres x 1,3 (30%) = 39Ampéres.

4.Como não temos disjuntores de 39Ampéres no mercado, trabalharemos com um


disjuntor de 40Ampéres.

CLASSES DE DISJUNTORES

Resumidamente: temos três classes.

B,C, E D.

B – AQUECEDORES ELÉTRICOS, FORNOS ELÉTRICOS, LÂMPADAS


INCANDESCENTES;

C – MOTORES, LÂMPADAS FLUORESCENTES, MÁQUINAS DE LAVAR


ROUPA;

D – TRANSFORMADORES BT (BAIXA TENSÃO).


CLASSE B

A curva de ruptura B para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 3 e 5 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva
deve operar quando sua corrente atingir entre 30A a 50A.

Os disjuntores curva B são usados onde se espera um curto circuito com baixa
intensidade, normalmente cargas resistivas, em residências nas tomadas de uso comum,
onde a demanda de corrente de partida do equipamento é baixa.

CURVA C

A curva de ruptura C para um disjuntor estipula, que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 5 e 10 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva
deve operar quando sua corrente atingir entre 50A a 100A.

Os disjuntores de curva C são usado onde se espera uma curto circuito de intensidade
média e onde a demanda de corrente para partida de equipamentos é mediana,
normalmente cargas indutivas, como motores, sistemas de comando e controle, circuitos
de iluminação em geral e ligação de bobinas.

CURVA D

A curva de ruptura D para um disjuntor, estipula que sua corrente de ruptura esta
compreendido entre 10 e 20 vezes a corrente nominal, um disjuntor de 10A nesta curva
deve operar quando sua corrente atingir entre 100A a 200A. Os disjuntores de curva D
são usados onde se espera uma curto circuito de intensidade alta e onde a corrente de
partida é muito acentuada, sendo muito utilizados em grande motores e grandes
transformadores.

Não existe contudo disjuntores de curva A, o motivo é para que o A da curva não seja
confundido com o A de ampere, unidade de corrente elétrica.

DISJUNTOR MOTOR

Existem ainda disjuntores cuja a faixa ruptura da corrente pode ser selecionada dentro
de uma faixa, por exemplo os disjuntores motores que possuem faixa se seletividade,
como por exemplo 6 a 10 vezes a corrente nominal neste caso a faixa é selecionada de
acordo com a necessidade o que possibilita uma flexibilidade na proteção de
equipamentos, neste caso normalmente motores.

É importante que se conheça as curvas de rupturas para proporcionar a maior proteção


possível tanto para os usuários de uma instalação quanto para os equipamentos
instalados. Na dúvida sempre consulte os catálogos dos fabricantes para características
próprias das marcas.
8º EXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual a função do disjuntor?

2.Informe os três tipos de disjuntores disponíveis no mercado.

3.Qual a diferença entre a atuação do disjuntor e do fusível?

4.Qual a fórmula utilizada para dimensionamento do disjuntor?

5.Descreva a atuação das três classes de disjuntores disponíveis no mercado.

6.Qual a principal diferença entre o disjuntor motor e o disjuntor tradicional?

 
AULA 7 – COMANDOS ELÉTRICOS
7º CAPÍTULO – CONTATORAS

CONTATORES

Quando falamos sobre os botões de comando, ficou evidente que aquele pequeno botão
era o responsável direto pela alimentação e manobra de uma máquina independente do
seu tipo e porte. Ou seja, é através de um botão que o operador dá os comandos para que
a máquina execute alguma ação. Porém, quando falamos que a função principal de um
botão era enviar sinais elétricos ao comando elétrico da máquina, não ficou muito claro
“quem” é esse “comando elétrico”.

Na verdade esse comando é composto por uma associação de elementos, dentre eles
temos o contator. O contator é o elemento responsável pela lógica do comando e o
acionamento dos motores, enviando a tensão necessária aos terminais do motor elétrico.

O trabalho que um operador tem que executar para ligar um motor por meio de uma
chave seccionadora pode ser substituído por um contator e um botão de comando, desta
forma, é possível acionar o motor elétrico a longas distâncias acionando apenas um
botão que liga um contator localizado em um painel elétrico.

Como você já deve ter percebido, este será um empolgante capítulo que fornecerá
informações extremamente importantes para o seu desenvolvimento técnico em
comandos elétricos.

Contator é um dispositivo eletromecânico com a finalidade de abrir ou fechar circuitos


(manobra elétrica). O acionamento deste dispositivo é feito eletromagneticamente. Esse
equipamento é projetado para uma elevada frequência de operação.

O contator tem duas funções básicas em comandos elétricos; lógica de contatos e


acionamento de motores. Para o acionamento de motores, os contatos são abertos ou
fechados simultaneamente, energizando ou desernegizando o motor.

FUNCIONAMENTO
O contator possui uma bobina responsável pela movimentação do núcleo. Ao ser
alimentada, a bobina cria um campo magnético que atrai o núcleo de ferro. Está
acoplado ao núcleo os contatos móveis responsáveis pelo fechamento do circuito. Ao
ser movimentado, o contato móvel se encontra com os contatos fixos permitindo uma
circulação de corrente elétrica.

Ao ser desernegizado, cessa o campo magnético na bobina e ela deixa de atrair o


núcleo. Desta forma, molas colocadas sob o núcleo fazem com que ele retorne a posição
de repouso, abrindo assim o contato.

As figuras a seguir apresentam esse funcionamento.

UTILIZAÇÃO DO CONTATOR

A utilização de contatores em sistemas industriais apresenta várias vantagens:

 Comando a distância;
 Alto número de manobras;
 Ocupa pouco espaço;
 Maior segurança ao sistema e operador.

Para a instalação do contator é necessário que sejam observados alguns detalhes. Os


contatores devem ser instalados de preferência na posição vertical em locais não sujeitos
a trepidações.

Outro dado importante do contator é a categoria de emprego. A categoria de emprego é


um código normalizado que define o tipo de carga que o contator vai acionar. Esse dado
é importante no momento da especificação do contator, sendo obtido no catálogo do
fabricante.

A tabela a seguir apresenta algumas categorias de emprego.


 

TIPOS DE CONTATORES

Existem basicamente dois tipos de contatores; auxiliares e contatores de potência.  O


fator principal que diferencia os dois tipos de contatores é a capacidade de corrente
elétrica nos contatos.

O contator de potência é utilizado para alimentar a carga que pode ser um motor elétrico
por exemplo, logo seus contatos devem ter uma alta capacidade de corrente elétrica,
pois nesses contatos vai passar a corrente que causa o movimento do motor.

Existem vários modelos deste modelos deste contator, conforme o fabricante. A seguir a
foto de um modelo.

Esse tipo de contator possui os contatos principais, que vão alimentar o motor e contatos
auxiliares, normalmente 2NA e 2NF, para algum tipo de ligação de comando ou
sinalização. Ao especificar o contator, deve-se ter um catálogo de fabricante em mãos
para se observar esse dado.

Para especificar um contator, alguns dados são imprescindíveis: tensão nominal da


bobina, número de contatos principais e auxiliares e os dados de trabalho da carga;
tensão nominal, freqüência nominal e corrente nominal.
Poderemos agora analisar um exemplo prático. Por exemplo, o contator de potência
3TF40 da Siemens tem as seguintes especificação de catálogo.

CONTATO AUXILIAR

O contator auxiliar é utilizado para montar a lógica de acionamento do comando e


também para aumentar o número dos contatos auxiliares dos contatores de potência,
quando ligados em paralelo, ou sendo alimentado por um contato aberto do contator de
potência. Seus contatos tem baixa capacidade de corrente elétrica, pois nesses contatos
vai passar a corrente das bobinas dos contatores que serão acionados.

Para especificar um contator auxiliar é necessário que se tenha um catálogo de


fabricante para obter os dados de quantidade de contatos, fusível de proteção e
dimensões, conforme o modelo.
DIAGRAMA DE COMANDOS

Tente imaginar uma cidade sem código de sinalização de trânsito. Ou seja, com placas
textuais, “Proibido a ultrapassagem”, “Limite de velocidade 80 Km/h”, “Curva
acentuada a esquerda”, “Proibido estacionar”.

Seria uma verdadeira loucura, dirigir tentando ler os textos das placas. Para facilitar a
vida dos motoristas, melhorar o fluxo dos carros e evitar até mesmo acidentes, foram
criados os códigos que substituem os textos.

Em eletricidade não é diferente, seria impossível desenhar um sistema de comandos


elétricos com os desenhos dos equipamentos e das fiações. Por isso existem os
esquemas elétricos.

Existem vários tipos de esquemas elétricos ou formas de representações de sistemas


elétricos industriais. Nesse capítulo você vai conhecer os esquemas elétricos e
simbologias mais utilizados em comandos elétricos.

Diagramas de comando são esquemas elétricos com a finalidade de ilustrar um sistema


elétrico industrial de forma padronizada e de fácil interpretação de qualquer usuário, na
instalação e manutenção desse sistema.

Os diagramas de comando permite a interpretação de um sistema industrial, pois:

 Demonstra a sequência de funcionamento do circuito;


 Representa os componentes e funções;
 Permite uma rápida localização dos componentes.
O diagrama de comando mais utilizado é o diagrama funcional, pois esse diagrama
representa os sistemas elétricos industriais de forma prática com fácil compreensão.
Nesse tipo de diagrama, o comando lógico é separado da parte de acionamento e são
chamados de “Diagrama de Comando” e “Diagrama Principal”.

A seguir é apresentado um exemplo de diagrama de comando funcional.

O diagrama principal pode ser representado também de forma unifilar. O esquema a


seguir ilustra os dois casos; diagrama multifilar e unifilar do mesmo circuito principal.

O diagrama multifilar será o modelo de diagrama mais utilizado em nossas instalações


de comandos.
 

SIMBOLOGIA

A seguir serão apresentados os principais símbolos gráficos utilizados nos diagramas de


comandos elétricos.

ATIVIDADE LÓGICA DE COMANDOS ELÉTRICOS


Começaremos agora a desenvolver o estudo dos comandos elétricos, aprenderemos a
trabalhar com a lógica do circuito e trabalharemos com várias situações que aguçaram
nossa criatividade.

Antes de começarmos a trabalhar diretamente com os tipos de partidas de motores, a


compreensão da lógica dos circuitos de comandos e as suas formas de acionamento,
permitiram que você desenvolva qualquer circuito elétrico.

1ºCIRCUITO – SINALEIRA VERDE E VERMELHA

Começaremos agora com um pequeno circuito, onde no momento do seu funcionamento


correto, teremos uma sinaleira verde acesa e no momento de sua falha, teremos uma
sinaleira vermelha, para sua indicação.

1ºPasso: Começaremos nosso circuito de comandos através da alimentação (Fase e


Neutro) e o seu respectivo circuito de proteção, com um fusível e um contato auxiliar do
relé térmico COMUM.

2ºPasso: Após inserirmos o contato comum, será possível trabalharmos com duas
situações distintas. O funcionamento normal, por onde a energia irá percorrer do contato
95 para o 96 (normalmente fechado) e a situação anormal, onde a energia irá percorrer
do 95 para o 98 (normalmente aberto). Sabendo isso, poderemos começar nosso
circuito.

3ºPasso: Desenvolva agora o circuito padrão para acionamento da bobina da contatora


K1, inserindo botão de emergência (S0), botão de acionamento (S1) e contato selo
(K1,13 e 14).

Observe que o contato 98 do seu relé térmico, está disponível para ligação do circuito,
quando a energia não estiver presente no contato 96.

Porém, vamos com calma, pois, iremos agora inserir as sinaleiras de nosso circuito.
4ºPasso: Para inserir uma sinaleira que irá atuar, considerando que o circuito está
funcionamento normal, basta realizar uma ligação série com o contato 96 do seu relé
térmico, observe o esquema abaixo.
Após o contato 96, ligaremos em série a nossa sinaleira um contato auxiliar NO de
nossa contatora K1, para no momento do seu acionamento, o contato seja fechado e a
sinaleira S1 seja ativada.

5ºPasso: Para inserirmos agora nossa sinaleira que indicará que o circuito não está
funcionando é simples, basta ligar a mesma em série com o contato 98 do relé térmico.

Ligada a sua sinaleira, finalizaremos agora com a ligação do Neutro em todo o circuito.
OBS: Um grande detalhe do circuito que montamos está no conhecimento da utilização
dos contatos auxiliares da contatora (K1), é comum as contatos possuírem 4 contatos
auxiliares (2NA e 2NF). Dessa forma, será possível trabalhar com situações distintas no
momento de seu acionamento e de sua desenergização.

Em relação a nomenclatura dos contatos auxiliares, seguimos o padrão:

13 e 14 – Está relacionado com o primeiro contato auxiliar da contatora (1) e o (3, 4)


está relacionado com o fato de ele ser um contato normalmente aberto.

43 e 44 – Está relacionado com o quarto contato auxiliar da contatora (4) e o (3,4) está
relacionado com o fato de ele ser um contato normalmente aberto.

EXERCÍCIO – SINALEIRA DE STANDBY

Agora é com você, altere o seu circuito para inserir uma sinaleira de standby. Ela deverá
estar acionada no momento que o circuito está energizado, porém a contatora se
encontra desligada.

DICA: Para inserir essa sinaleira será necessário utilizar um contato auxiliar de sua
contatora.

CIRCUITO STANDBY – RESPOSTA

Se você conseguiu desenvolver o circuito standby, parabéns! Caso contrário, observe


abaixo a lógica do comando.
Precisamos recorrer a um contato NF da contatora K1, para manter energizado a
sinaleira S2 e que será desligada no momento do acionamento de K1, dando espaço para
a nova sinaleira S1 ser acionada, indicando que o circuito está trabalhando.

Eaí? Viu como foi fácil?

Precisamos compreender bem a lógica de ação das contatoras e de seu contato auxiliar,
para que possamos trabalhar com nossos circuitos lógicos de comandos!

2ºCIRCUITO – CIRCUITO FLIP FLOP – TEMPORIZADOR

Começaremos agora à desenvolver um novo circuito, onde através de um relé


temporizador, poderemos alternar o acionamento de diferentes contatoras.

1ºPasso: Começaremos nosso circuito de comandos através da alimentação (Fase e


Neutro) e o seu respectivo circuito de proteção, com um fusível e um contato auxiliar do
relé térmico de proteção, botão de emergência e contato selo.

Após definirmos os circuitos de proteção, estaremos prontos para o acionamento do


nosso temporizador.

O temporizador será o responsável pelo acionamento dos contatos de maneira alternada.


2ºPasso: Para inserirmos o nosso temporizador será necessário, selecionar a opção de
bobinas e em seguida, selecionar o temporizador (com retardo de energização).

3ºPasso: Em seguida, insira a sua temporizadora em série com o contato de selo.

4ºPasso: Para que o seu circuito seja acionado através do temporizador precisaremos
recorrer aos seus contatos auxiliares. Por isso, selecione a opção – Contato temporizado
comum.
.5ºPasso: Insira o seu contato comum do temporizador, em série com o nosso botão de
emergência (S1).

Observe que estaremos utilizando um contato auxiliar de nosso temporizador do tipo


comum para acionar as demais contatoras que serão inseridas em nosso projeto

6ºPasso: Insira as contatoras K3 e K4 em nosso circuito e insira em série com as


mesmas os contatos auxiliares das contatoras opostas.

Através da alternância entre contatos auxiliares das contatoras, será impossível que as
duas estejam trabalhadas simultaneamente. Dessa forma, teremos o nosso circuito
protegido.

7ºPasso: Para finalizarmos o nosso circuito de comandos, realize a ligação do condutor


NEUTRO.
Observe o seu circuito pronto, através desse comando o temporizador será o responsável
pela ligação alternada dos contatores (K3 e K4). Para que as duas contatoras não sejam
acionadas simultaneamente será inserido em série com as mesmas os contatos auxiliares
das contatoras opostas, essa técnica é denominada INTERTRAVAMENTO.

3ºEXERCÍCIO – PORTÃO ELÉTRICO

Agora é com você, precisaremos desenvolver um circuito para acionamento de um


portão elétrico de garagem. Teremos duas contatoras, onde uma acionará a abertura do
portão e outra o fechamento do portão. Além disso, no momento da abertura do portão
será ligada uma sinaleira verde e no momento do fechamento do portão deverá ser
ligada uma sinaleira amarela.

Um detalhe que deverá ser inserido a mais nesse circuito será a chave fim de curso que
deverá estar em série com a bobina da contatora para limitar a abertura do seu portão.

CIRCUITO PORTÃO ELÉTRICO – RESPOSTA

Se você conseguiu desenvolver o circuito portão elétrico, parabéns! Caso contrário,


observe abaixo a lógica do comando.
Através do botão S2 e S4 teremos o acionamento das contatoras em conjunto com os
seus respectivos contatos selos (K1 e K2).

Após o circuito de acionamento, teremos a chave fim de curso (S3 e S5) as quais serão
responsáveis por limitar a atuação do motor, impedindo que o mesmo desempenhe uma
abertura maior do que a possível.

Para finalizar, teremos o nosso intertravamento, o qual protegerá o nosso circuito,


evitando que as duas contatoras funcionem simultaneamente

4ºEXERCÍCIO – CHAVE BOIA

Desenvolveremos agora um circuito com acionamento através da chave boia para ligar a
bobina da contatora que será responsável pelo acionamento das bombas d’água.

Através da chave boia, teremos a utilização de duas lâmpadas amarelo para o nível
baixo e verde para o nível alto.

Será necessário implementar em nosso circuito uma chave de três seções (COMUM),
onde poderemos trabalhar de maneira automática ou manual, caso a boia pare de
funcionar.

 
CIRCUITO CHAVE BOIA – RESPOSTA

Observe o nosso circuito chave boia já pronto.

O botão S2 é uma chave (COMUM) de duas opções, onde teremos uma opção
automática que poderá acionar a contatora (K1 e K2).

O acionamento da contatora (K2) dependerá diretamente da chave boia.


Observe o contato (12) da chave (S2) a partir dela, todo o circuito funcionará de
maneira automática.

Através da chave de duas posições, poderemos acionar a contatora K1, caso o


funcionamento direto a partir da chave boia não funcione.

Em nosso circuito temos duas contatoras para acionamento distinto de nossa bomba
d’água a contatora K2 que trabalha no circuito automático com a chave boia e a K1 que
entrará no caso de manutenções e eventualidade.
5ºEXERCÍCIO – TEORIA SOBRE ACIONAMENTOS

Responderemos agora algumas questões elementares sobre a lógica de comandos e seus


acionamentos, por isso, observe o circuito abaixo.
1.Qual a finalidade do botão S0?

2.Quantas contatoras estão presentes em nosso circuito?

3.Qual componente representa o dispositivo K6?

4.Informe a finalidade do K6 no circuito acima.

5.Para que a contatora K1 seja acionada, qual procedimento deverá ser executado?

6.Para que a contatora K3 seja acionada, como deverão ser comportar as demais
contaroras?

6ºEXERCÍCIO – TEORIA SOBRE ACIONAMENTOS

Responderemos agora algumas questões elementares sobre a lógica de comandos e seus


acionamentos, por isso, observe o circuito abaixo de comandos e de força.

1.Quantas contatoras temos em nosso circuito?

2.Quantas fases entram em nosso motor?

3.Qual a função do relé temporizador em nosso circuito de comandos?

4.Para que as contatoras (C2 e C3) não sejam acionadas simultaneamente, recorremos a
qual tipo de circuito, com os seus contatos auxiliares?

5.Observando o seu circuito, qual das três contatoras permanece sempre ativada?
6.Qual dispositivo é responsável pelo acionamento das contatoras (C2 e C3)?

7.Por quê as contatoras (C2 e C3) não precisam de contato selo?

MOTORES ELÉTRICOS

Todos nós temos conhecimentos do que é um motor elétrico e da sua aplicação no meio
da indústria e no dia a dia, porém, muitos tem dificuldade em interpretar a sua placa
identificadora colocada pelo fabricante, por isso, começaremos um estudo sistemático
para compreender essas informações que foram reguladas pela NBR 7094.

1ºPasso: POTÊNCIA NOMINAL

Aqui temos a informação sobre a potência nominal do motor.

Um motor de 3,7 KW e dentro do parênteses 5 CV.

Definição: Cada cavalo tem 736 watts, portanto  5 CV  x 736 w  = 3.700 watts .

2ºPasso: RPM
RPM ( rotações por minuto ), trata-se de um motor de 2 polos, um motor de alta
rotação assíncrona .

Velocidade assíncrona é a rotação medida no eixo do motor. Em síntese, é a verdadeira


rotação do motor, descontando-se as perdas; daí o nome de motor assíncrono (em
português assíncrono significa fora de sincronismo, no caso entre a velocidade do
campo magnético e a do eixo do motor). O valor lido na placa dos motores, portanto
valor nominal, é o valor da velocidade assíncrona.

3ºPasso:
Fator de serviço é um multiplicador que, quando aplicado à potência nominal do motor
elétrico, indica a carga que pode ser acionada continuamente sob tensão e freqüência
nominais e com limite de elevação de temperatura do enrolamento. A utilização do fator
de serviço implica uma vida útil inferior àquela do motor com carga nominal. O fator de
serviço não deve ser confundido com a capacidade de sobrecarga momentânea que o
motor pode suportar. Para este caso, o valor é geralmente de até 60% da carga nominal
durante 15 segundos.

Exemplo: motor de 8,7 A e FS 1,15 Corrente máxima admissível = 8,7 A x 1,15 =


10,005 A

4ºPasso: TEMPERATURA DE TRABALHO

É a determinação da temperatura máxima de trabalho, que o motor pode


suportar continuamente sem ter prejuízos em sua vida útil.
A classe de cada motor, é em função de suas características construtivas. As classes de
isolamento padronizadas para máquinas elétricas são:
CLASSE A – 105°C; CLASSE E – 120°C; CLASSE B – 130°C; CLASSE F –
155°C; CLASSE H-180°C.

5ºPasso: IP/IN – CORRENTE DE PARTIDA E MANUAL


Os motores elétricos solicitam da rede de alimentação, durante a partida, uma corrente
de valor elevado, da ordem de 6 a 10 vezes a corrente nominal. Este valor depende das
características construtivas do motor e não da carga acionada. A carga influencia apenas
no tempo durante o qual a corrente de acionamento circula no motor e na rede de
alimentação (tempo de aceleração do motor).

A corrente é representada na placa de identificação pela sigla Ip/In (corrente de partida /


corrente nominal).

Atenção: Não se deve confundir com a sigla IP, que significa grau de proteção.

6ºPasso: CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

É a indicação das características física dos equipamentos elétricos, referenciando-se a


permissão da entrada de corpos estranhos para seu interior. É definido pelas letras IP
seguidas por dois algarismos que representam:
1º algarismo: indica o grau de proteção contra a penetração de corpos sólidos estranhos
e contato acidental
0 – sem proteção
1 – corpos estranhos de dimensões acima de 50 mm
2 – corpos estranhos de dimensões acima de 12 mm
4 – corpos estranhos de dimensões acima de 1 mm
5 – proteção contra acúmulo de poeiras prejudicial ao equipamento
6 – proteção total contra a poeira

2º algarismo: indica o grau de proteção contra a penetração de água no interior


do equipamento:
0 – sem proteção
1 – pingos de água na vertical
2 – pingos de água até a inclinação de 15º com a vertical
3 – água de chuva até a inclinação de 60º com a vertical
4 – respingos de todas as direções
5 – jatos de água de todas as direções
6 – água de vagalhões
7 – imersão temporária
8 – imersão permanente

Exemplo: grau de proteção IP55: proteção completa contra toques, acúmulo de poeiras
nocivas e  jatos de água de todas as direções .

7ºPasso: TENSÃO DE FUNCIONAMENTO


A tensão de funcionamento na grande maioria dos motores elétricos são fornecidos com
os terminais religáveis, de modo que possam funcionar ao menos em dois tipos de
tensões. No caso da nossa placa 220 volts e 380 volts.

8ºPasso: CORRENTE NOMINAL

A corrente nominal é lida na placa de identificação do motor, ou seja, aquela que


o motor absorve da rede quando funcionando à potência nominal, sob tensão
e frequência nominais.
Quando houver mais de um valor na placa de identificação, cada um refere-se a tensão
ou a velocidade diferente.
O motor trifásico é um consumidor de carga elétrica equilibrada. Isto significa que todas
as suas bobinas são iguais, ou seja, têm a mesma potência, são para mesma tensão e
consequentemente, consomem a mesma corrente. Logo, as correntes medidas nas três
fases sempre terão o mesmo valor.

9ºPasso: REGIME DE SERVIÇO

Cada tipo de máquina exige uma condição de carga diferente do motor. Um ventilador
ou uma bomba centrífuga, por exemplo, solicita carga contínua, enquanto uma prensa
puncionadora, um guindaste ou uma ponte rolante solicita carga alternada
(intermitente).

O regime de serviço define a regularidade da carga a que o motor é submetido.


A escolha do tipo do motor deve ser feita pelo fabricante da máquina a ser
acionada, comprando o motor mais adequado a seu caso. Quando os regimes padrões
não se enquadram exatamente com o perfil da máquina, deve escolher um motor
para condições no mínimo mais exigentes que a necessária.
Os regimes padronizados estão definidos a seguir:
*reg. contínuo (S1);
*reg. de tempo limitado (S2);
*reg. intermitente periódico (S3);
*reg. intermitente periódico com partidas (S4);
*reg. intermitente periódico com frenagem elétrica (S5);
*reg. contínuo com carga intermitente (S6);
*reg. contínuo com frenagem elétrica (S7);
*reg. contínuo com mudança periódica na relação carga/velocidade de rotação (S8);
*reg. especiais.
Nas placas dos motores consta seu tipo de regime (Sx). Alguns regimes
são acompanhados de dados suplementares (Exemplo: S2 60 minutos).

9ºPasso: CONJUGADO DO MOTOR


Um motor elétrico não apresenta o mesmo conjugado para diferentes rotações. A
medida que vai acelerando, o valor do conjugado altera, adquirindo valores que
vão depender das características de construção do motor (normalmente do formato
do rotor). A variação do conjugado não é linear e não existe relação
de proporcionalidade com a rotação.
Existem três categorias de conjugados definidos por norma que determinam a relação do
conjugado com a velocidade e a corrente de partida dos motores trifásicos, sendo cada
uma adequada a um tipo de carga.

Categoria N – conjugado de partida normal, corrente de partida normal,


baixo escorregamento. A maior parte dos motores encontrados no mercado pertencem
a esta categoria, e são indicados para o acionamento de cargas normais como bombas e
máquinas operatrizes.

Categoria H – conjugado de partida alto, corrente de partida normal,


baixo escorregamento.
Empregado em máquinas que exigem maior conjugado na partida como
peneiras, transportadores carregadores, cargas de alta inércia e outros.

Categoria D – conjugado de partida alto, corrente de partida normal,


alto escorregamento (superior a 5%). Usado em prensas concêntricas e
máquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos, em elevadores e cargas
que necessitem de conjugados de partida muito altos e corrente de partida limitada.

10ºPasso: CONJUGADO DO MOTOR


A energia elétrica absorvida da rede por um motor elétrico é transformada em energia
mecânica disponível no eixo. A potência ativa fornecida pela rede não será cedida na
totalidade como sendo potência mecânica no eixo do motor.

A potência cedida sofre uma diminuição relativa as perdas que ocorrem no motor.
O rendimento define a eficiência desta transformação sendo expresso por um número
(<1) ou em percentagem.
Exemplo: Qual é a potência fornecida por um motor trifásico, com rendimento de
90%, que recebe uma potência de 15,5 kW?
P = 15,5 kW x 0,90
P = 13,95 Kw

MOTOR ELÉTRICO

Sintetizamos todas as informações da placa do motor em uma sequência, observe


abaixo:

PLACA DO MOTOR

1. MODELO – DO FABRICANTE
2. POTÊNCIA – CV – 736W
3. FREQUENCIA – HZ
4. RPM – VALOR CONVERGENTE DE ACORDO COM A FREQUENCIA
5. VOLTAGEM
6. AMPERAGEM
7. TEMPERATURA DE ISOLAÇÃO – F
8. Ip/IN – CORRENTE DE PICO E NOMINAL

IP = IN X 6,3 = 1,5 X 6,3 = 9,45ª


9. CATEGORIA – ENTRE N À D
10. FS – FATOR DE SERVIÇO – 1,1 (PODE COLOCAR ATÉ 10% A MAIS DE
CORRENTE DO QUE O NOMINAL). Logo = IN X 1,1 =
FUNCIONAMENTO NORMAL.
11. IP – Grau de proteção – 55 = 5 acumulo de poeira e o outro 5 jatos de água em
todas as direções (aguenta chuva).

9ºEXERCÍCIO TEÓRICO

1.Qual será o fator de conversão da potência em CV para watts?

2.O que significa velocidade assíncrona?

3.O que é o fator de serviço do motor?

4.Informe as classes de temperatura de trabalho do motor.

5.O que significa os fatores IP/IN?

6.O que o parâmetro regime de serviço define?

7.Considerando um motor de Pot = 13,5 kW e fator de rendimento de 85%. Qual será a


sua verdadeira potência?

CADeSIMU

Dentro do nosso software de simulação será possível visualizar alguns tipos de motores
que poderão ser utilizados em nosso circuito de força.

Selecione a opção de motores no software e observe o subitem com diversas opções de


motores. Teremos motores monofásicos, trifásicos, motores com capacitor, motores de
duas velocidades e por aí vai.

1ºPasso: Em seguida, insira alguns desses motores na plataforma do CADeSIMU para


fazermos algumas comparações.
2ºPasso: Observe que cada um dos seus motores, apresenta situações de trabalho
distintas:

M1 – Motor número um, será um motor do tipo trifásico.

M2 – Motor número dois, será do tipo trifásico, com duas entradas para ligação em
estrela e triângulo (6 PONTAS).

M3 – Motor número 3, será um motor do tipo monofásico.

M4 – Motor número 4, será um motor monofásico com a ligação de um capacitor.

M5 – Motor número 5, será um motor que poderá trabalhar como monofásico ou


trifásico.

10 PARTIDAS DE MOTORES QUE VOCÊ PRECISA CONHECER

Caracteriza-se como partida de motor elétrico trifásico a forma pela qual é concebida a
alimentação elétrica ao motor de forma direta ou indireta para que este venha a iniciar
seu funcionamento.

Todo sistema de partida de motores será representada a partir de um diagrama elétrico


multifilar e um diagrama elétrico funcional. Sendo que o diagrama elétrico funcional
recebe o nome de diagrama de comando e é responsável pela lógica de acionamento dos
e o diagrama multifilar também é conhecido como diagrama de potência ou diagrama de
força, este receberá as cargas que serão acionadas pelo sistema trifásico, por exemplo,
os motores elétricos trifásicos.

PARTIDA DIRETA

A tradicional partida direta de motores elétricos trifásicos pode ser considerada como


recurso ideal quando deseja-se usufruir do desempenho máximo nominais de um motor
elétrico trifásico, como por exemplo o torque de partida (uma das principais
características do motor elétrico). No entanto, este sistema de partida é recomendado
para motores que possuam no máximo 7,5/10cv de potência.

A partida direta implica diretamente no desempenho do motor e principalmente na


infraestrutura da rede de alimentação onde esta máquina elétrica é instalada,
dependendo da aplicação é mais viável utilizarmos uma partida indireta, veremos isso
no próximo tópico.

Dentre os pontos negativos da partida direta, poderemos elencar os seguintes pontos:

 Corrente de partida pode chegar a 8 vezes a corrente nominal;


 Dispositivos de acionamentos mais robustos;
 Custo elevado de manutenção.

PARTIDA INDIRETA
Um dos grandes malefícios da partida direta é o alto valor da corrente elétrica no ato da
partida (ignição) do motor elétrico que gera, entre outras coisas, uma necessidade de
componentes e cabos robustos na instalação, gerando assim um alto custo de
implantação bem como o custo excessivo no consumo de energia elétrica no dia a dia.
Então para que se possa reduzir este custo é necessário diminuir o nível desta corrente.

Existem várias formas de realizar uma partida indireta e com isto conquistar a redução
da corrente de partida de um motor elétrico trifásico, vejamos abaixo as principais:

 Estrela Triângulo;
 Partida Compensadora (Auto-Trafo);
 Aceleração Rotórica (Motor com rotor bobinado);
 Partidas Eletrônicas.

Começaremos agora o desenvolvimento das partidas dos motores, esse estudo deverá
ser desenvolvido no CADeSIMU, por isso, fique atento!

1ºEXERCÍCIO – PARTIDA DIRETA DO MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO

Na partida direta de motor elétrico trifásico podemos identificar que o motor irá receber
a alimentação diretamente da fonte geradora trifásica e sofre interferência somente dos
dispositivos de seccionamento (contatores, disjuntores, relé térmico). Diagrama de
Potência e Diagrama de Comando – Partida Direta.

Esse circuito já foi montado, por isso, desenvolva os próximos.


2ºEXERCÍCIO – PARTIDA DIRETA DO MOTOR ELÉTRICO TRIFÁSICO

Quando existe a necessidade de realizarmos a inversão de rotação de um motor elétrico


trifásico devemos interagir diretamente em seu campo magnético girante e sabemos
também que este campo magnético só existe em função da defasagem de 120° entre as
fases. Sendo assim deveremos realizar a inverter duas das três fases de alimentação
deste motor.

Observe que no diagrama de potência abaixo possuímos a alimentação do motor elétrico


a partir da alimentação fornecida por L1, L2 e L3 e sendo disponibilizadas através dos
contatores K1 e K2, obviamente, os dois dispositivos nunca poderão estar ligados
simultaneamente, caso isto ocorra teremos um curto circuito gerado na saída dos
contatores K1 e K2.

PARTIDAS INDIRETAS

Sabemos da preocupação em relação a corrente elétrica no momento da partida de


motores elétricos trifásicos, dependendo do motor podemos possuir uma variação de 6 a
8 vezes o valor de corrente nominal no instante da partida, desta maneira, se torna
viável realisar a partida dos motores através de manobras que tenha como objetivo
reduzir a corrente de partida, estamos falando então das Partidas Indiretas de Motor
Elétrico Trifásico.
Podemos considerar como principais sistemas de partidas indiretas as seguintes:

1. Partida Estrela Triângulo;


2. Partida por Autotransformador;
3. Partida por Aceleração Rotórica;
4. Partida Eletrônica (Soft Starter).

Lembre-se que no sistema de partida indireta ao objetivo é sempre reduzir a corrente de


partida e para isto, na maioria das vezes, consideramos a redução da tensão elétrica no
motor elétrico trifásico.

Iniciaremos com a Partida Estrela Triângulo.

3ºEXERCÍCIO – PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO

A grande vantagem na utilização deste sistema de partida é que neste caso o circuito
empregado irá permitir a redução da corrente de partida do motor elétrico trifásico
fazendo uso da redução da tensão de fase (A tensão em cada uma das bobinas que
compõe o motor).

Para realizar este feito contamos com no mínimo um motor de seis terminais e
manipulamos o fechamento de suas bobinas de maneira que exista a redução de sua
tensão de fase.

Desta maneira teremos como resultado a redução da corrente de partida do motor


elétrico trifásico.

Vale lembrar que este sistema de partida será utilizado somente para iniciar o
acionamento do motor e após o tempo definido pelo temporizador teremos o motor
sendo alimentado normalmente com o sistema realizando seu fechamento em triângulo.

3.PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO – DIAGRAMA DE POTÊNCIA


3.PARTIDA ESTRELA TRIÂNGULO – DIAGRAMA DE COMANDO

 
4ºEXERCÍCIO – PARTIDA ESTRELA TRIANGULO COM REVERSÃO

Mantém-se o conceito de inversão de fase para que seja possível a inversão da rotação
do motor elétrico trifásico quando utilizado a partida estrela triângulo, observe que os
contatores K1 e K2 serão os responsáveis por tal feito.

Dica: Sempre coloque em mente que os contatores na partida estrela triângulo (ou
estrela triângulo com reversão) serão responsáveis por realizar o fechamento do motor
elétrico trifásico, por isto verifique sempre se o fechamento está ocorrendo
corretamente, principalmente os contatores que realizam a interligação do fechamento
em triângulo.
5ºEXERCÍCIO – PARTIDA POR AUTOTRANSFORMADOR “CHAVE
COMPENSADORA”

Em mais uma tentativa de reduzir a corrente de partida do motor elétrico trifásico


teremos a partida por autotransformador que também realizará a redução da tensão de
alimentação do motor elétrico no instante da alimentação, este nível de tensão poderá
ser de, normalmente, 65 ou 80% da tensão nominal. Respectivamente teremos a redução
da corrente de partida para 42% e 64% da nominal.
Vale lembrar que a partida por autotransformador será aplicada a um motor elétrico
trifásico quando não for possível a utilização da partida estrela triângulo.

6ºEXERCÍCIO – PARTIDA POR AUTOTRANSFORMADOR COM


REVERSÃO

Neste exemplo possuímos dois contatores (K4 e K5) responsáveis pela inversão de duas
fases de alimentação do circuito, permitindo assim a reversão de rotação do motor
elétrico comutado a partir deste sistema de partida.
7ºEXERCÍCIO – PARTIDA POR AUTOTRANSFORMADOR COM
REVERSÃO

Este tipo de motor fornece ao sistema a qual ele é empregado uma das principais
características exigidas do motor no instante da partida, um torque elevado. Através da
adição de reostatos de partida podemos reduzir a corrente de partida e até mesmo
trabalhar a variação de velocidade deste motor.

 
8ºEXERCÍCIO – MOTOR TRIFÁSICO COM REVERSÃO E FREIO
ELETROMAGNÉTICO COMANDADO POR BOTÕES

Abaixo o diagrama de potência e respectivamente o diagrama de comando da frenagem


eletromagnética de um motor.
 

9ºEXERCÍCIO – PARTIDA DE MOTOR DAHLANDER

Um motor capaz de disponibilizar em uma mesma carcaça a possibilidade de utilizar


duas velocidades distintas, sendo que a velocidade mais alta será sempre o dobro da
velocidade menor. Isto se dá em função de, no fechamento do motor alteramos a
quantidade de polos magnéticos gerados internamente no estator.
10ºEXERCÍCIO – PARTIDA CONSECUTIVA DE MOTORES

Nesta partida consecutiva de motores esboço de maneira clara e objetiva a partida de um


sistema de 3 motores que possuem intervalo de funcionamento temporizado.

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