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O sistema de numeração que usamos nos dias atuais demorou milhares de anos para ser
organizado. Não foi criado por uma pessoa ou um único povo, mas é resultado de ideias
de muitos povos. O sistema de numeração indo-arábica, como ficou conhecido, surgiu
na Ásia, no vale do rio Indo, onde hoje é o Paquistão. Os árabes, durante suas invasões,
aprenderam com os hindus e depois levaram para a Europa.
O sistema decimal é muito usado no cotidiano, pois nos oferece uma forma mais
simples de manipular os números em determinadas situações matemáticas, é composto
por dez números: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9.
O uso da Matemática em situações diversas não diz respeito somente ao homem, os
computadores utilizam números para efetuar cálculos complexos com uma maior
rapidez e praticidade. O sistema binário é usado pelos computadores é e constituído de
dois dígitos o 0 e o 1. A combinação desses dígitos leva o computador a criar várias
informações: letras, palavras, textos, cálculos.
A criação do sistema de numeração binária é atribuída ao matemático alemão Leibniz.
O sistema binário ou base 2, é um sistema de numeração posicional em que todas as
quantidades se representam com base em dois números, com o que se dispõe das cifras:
zero e um (0 e 1).
Os computadores digitais trabalham internamente com dois níveis de tensão, pelo que o
seu sistema de numeração natural é o sistema binário (aceso, apagado). Com efeito, num
sistema simples como este é possível simplificar o cálculo, com o auxílio da lógica
booleana. Em computação, chama-se um dígito binário (0 ou 1) de bit, que vem do
inglês Binary Digit. Um agrupamento de 8 bits corresponde a um byte (Binary Term).
Um agrupamento de 4 bits é chamado de nibble.
Convertendo 9 (Base 10) para binário temos: 1001 (Base 02). O número binário será
formado agrupando o último resultado seguido dos restos das divisões anteriores.
Portas lógicas ou circuitos lógicos, são dispositivos que operam um ou mais sinais
lógicos de entrada para produzir uma e somente uma saída, dependente da função
implementada no circuito. São geralmente usadas em circuitos eletrônicos, por causa
das situações que os sinais deste tipo de circuito podem apresentar: presença de sinal, ou
"1"; e ausência de sinal, ou "0".
As situações "Mentirosas" e "Falsa" são estudadas na Lógica Matemática ou Lógica de
Boole; origem do nome destas portas. O comportamento das portas lógicas é conhecido
pela tabela verdade que apresenta os estados lógicos das entradas e das saídas.
George Boole era um estudioso de operações matemáticas de forma diferente, separava
todos os símbolos das coisas sobre as quais eles operavam, com o intuito de criar um
sistema simples e totalmente simbólico. Surge assim a lógica matemática. Mas, como a
Lógica de Boole (ou lógica booleana) utiliza um sistema numérico binário, na época de
sua descoberta não foi utilizada. Com o surgimento do computador, a utilização do
sistema binário tornou-se indispensável e, obviamente, a lógica de Boole passou a ter
aplicação prática.
É possível construir proposições lógicas a partir de proposições já existentes. Este
processo é conhecido por Composição de Proposições.
Suponha que tenhamos duas proposições, 1. A = "Maria tem 23 anos" 2. B = "Maria é
menor".
Pela legislação corrente de um país fictício, uma pessoa é considerada de menor idade
caso tenha menos que 18 anos, o que faz com que a proposição B seja F, na
interpretação da proposição A ser V.
Vamos a alguns exemplos:
1. "Maria não tem 23 anos" (nãoA)
2. "Maria não é menor"(não(B))
3. "Maria tem 23 anos" e "Maria é menor" (A e B)
4. "Maria tem 23 anos" ou "Maria é menor" (A ou B)
5. "Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e B)
6. "Maria não tem 23 anos" ou "Maria é menor" (não(A) ou B)
7. "Maria tem 23 anos" ou "Maria não é menor" (A ou não(B))
8. "Maria tem 23 anos" e "Maria não é menor" (A e não(B))
9. Se "Maria tem 23 anos" então "Maria é menor" (A => B)
10. Se "Maria não tem 23 anos" então "Maria é menor" (não(A) => B)
11. "Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e B)
12. "Maria tem 18 anos" é equivalente a "Maria não é menor" (C <=> não(B))
Note que, para compor proposições usou-se os símbolos não (negação), e (conjunção),
ou (disjunção), => (implicação) e, finalmente, <=> (equivalência). São os chamados
conectivos lógicos. Note, também, que usou-se um símbolo para representar uma
proposição: C representa a proposição Maria tem 18 anos. Assim, não(B) representa
Maria não é menor, uma vez que B representa Maria é menor.
Esposa do analista de sistemas: - Zé, vai na padaria e traz 5 pães. Se tiver ovos, traz 6.
Ele voltou com 6 pães e disse: - Tinha ovos!
Porta lógica “E” (and) - A porta lógica “E” retorna um valor de saída em 1 quando
todas as suas entradas estiverem com o valor lógico 1. A figura ilustra a operação de
uma porta lógica “E”, com a respectiva Tabela Verdade, que expressa a operação lógica
do sistema. Se as entradas X1 e X2 estiverem fechadas, a lâmpada Y estará ligada. A
porta “E” é utilizada quando queremos que duas ou mais ações sejam completadas, para
que possamos dar continuidade ao processo.
Porta Lógica “OU” (or) - A porta lógica “OU” retorna um valor de saída em 1 quando
qualquer uma das entradas estiver com o valor lógico 1. A figura ilustra a operação de
uma porta lógica “OU, com a respectiva Tabela Verdade, que expressa a operação
lógica do sistema. Se a entrada X1 ou a entrada X2 estiver fechada, a lâmpada Y estará
ligada. A porta “OU” é utilizada quando queremos monitorar um sistema em que apenas
uma das ações seja completada, para que possamos dar continuidade ao processo.
Porta lógica “Negada” (not) - A porta lógica “NEGADA” tem apenas uma entrada e
retorna na saída o valor invertido; ou seja, se a entrada estiver em 1, então a saída terá
valor lógico de 0 (zero) e vice-versa.
A figura 35 ilustra a operação de uma porta lógica “NEGADA”, com a respectiva
Tabela Verdade, que expressa a operação lógica do sistema. Colocamos a entrada X1
em paralelo com a saída Y. Nesse caso, a corrente vai no sentido da menor resistência;
ou seja, se a entrada X1 estiver aberta, a corrente passará pela saída Y e, caso a entrada
X1 esteja fechada, então a saída Y não acionará.
Tabela Verdade
Uma porta NOT, AND ou OR pode ser compreendido observando-se a tabela verdade
desta função, na figura 1.
Porta Lógica NOT com resistor e transistor lógico: Uma porta RTL NOT com 1
entradas consiste em um transistores com todos o emissor conectado a um terra comum
e todos o coletor interligado através de um resistor de coletor Rc para uma tensão de
alimentação Vcc.
As tensões de entradas Vi representando nível lógico é aplicado na base através de
resistores R que provoca a condução do transistor mandando nível logico zero na saída.
Porta Lógica OR (Porta OU) com diodos e resistores: A função lógica OR (função
OU) diz que se ao menos um dos operandos for verdadeiro o resultado será verdadeiro.
Operação ou está relacionada a operação de união da teoria dos conjuntos e
normalmente adota-se o símbolo + para representar a operação da Porta OR. Definindo
1 como Verdadeiro e 0 a Falso, a expressão A+B representa um porta Lógica com duas
entradas (A e B), como pode ser visto na figura. Um forma de mapear as possibilidades
de operação de uma função lógica é através da tabela verdade, na Tabela 1 estão
representados os valores que a operação A+B pode assumir.
Os diodo D1 e o D2 são as entradas da porta ou. Quando o diodo está diretamente
polarizado a tensão da porta A ou B surge sobre a resistência Y. Nesse caso o resistor
R1 (resistor pull-down) garante o nível lógico zero na situação de nenhum dos diodos
estar conduzindo.
Neste tipo de circuito, se uma ou ambas as entradas são um "1" (5 volts ), vai fluir
corrente através de um ou ambos os diodos . Esta corrente vai passar através da
resistência , que por sua vez terá uma tensão entre os seus terminais alta e dará um nível
lógico "1" na saída.
Com este arranjo você terá "0" na saída somente quando ambas as entradas são baixos
("0"). Assim, nenhum díodo conduz, nenhuma corrente flui através do resistor e não há
nenhuma queda na tensão. Como resultado, a tensão no Vout é zero (0 volts ).
Tempos Modernos foi produzido no ano de 1936 e se constitui em uma das mais
expressivas críticas que o cinema promoveu, tendo como tema central a Sociedade
Industrial Capitalista.
O filme inicia mostrando ao fundo um grande relógio, o símbolo maior dos Tempos
Modernos, "Time is money" é um dos principais lemas do capitalismo. Logo no início
do filme vemos um rebanho de "gado-gente", correndo desesperado para o abatedouro-
fábrica.
Chaplin não esconde sua visão da bestialidade humana. Gente que se submete a viver
amontoada, sem propósito, como gado domesticado. Mais do que o capitalismo, critica
profundamente a sociedade industrial, seu ritmo alucinante, a falta de qualidade de vida
e seus propósitos irracionais. Evidencia que a velocidade da máquina não pode ser a
velocidade do ser humano, sob pena de não termos mais seres humanos, apenas bestas
humanas.
Ele aprofunda ainda mais esta sua crítica ao abordar, com detalhes, a questão da linha
de montagem e suas seqüelas desastrosas na psique humana. O esforço humano em
trabalhar como um relógio, dentro de um sistema de repetição mecânica, contínua e
cronometrada, acaba por levar a pessoa a ficar com sérios problemas neurológicos e
psicológicos. Os mais fortes acabam sobrevivendo como se fossem máquinas, em um
cotidiano sem esperança, criatividade ou alegria, onde a única atividade é a repetição de
um par de gestos mecânicos simples.
Um dos pontos cruciais da obra-prima de Chaplin diz respeito à questão do consumo e a
expectativa que a sociedade industrial traz para as pessoas quanto à posse do maior
número possível de gêneros. Carlitos e sua namorada, quando entram em uma Loja de
Departamentos pela primeira vez em suas vidas, primeiramente vão até a confeitaria
saciar a fome e a sede, para logo em seguida se dirigirem ao quarto andar, onde estão os
brinquedos. Da infância feliz que não tiveram, passam para as roupas e móveis, que
como adultos também jamais terão condições de possuir. Ao casal pobre resta o consolo
de sonhar. Para um sistema que se diz de Pleno Consumo, eis aí uma crítica forte e
consistente.
As saídas digitais admitem apenas dois estados: ligado e desligado. Com elas, podemos
controlar dispositivos do tipo: reles, contatores, relés, solenoides, válvulas, inversores
de frequência, etc.
As saídas digitais podem ser construídas de três formas básicas: saída digital a relê,
saída digital 24 Vcc e saída digital à triac. Nos três casos devemos , também é de prover
o circuito de um isolamento galvânico, normalmente opto-acoplado.
Os equipamentos que assumem uma faixa de trabalho como, por exemplo, entre 0% a
100%, não são considerados discretos e, sim, reais (analógicas).
O equipamento pode assumir, dentro desta faixa, qualquer valor, por exemplo: 1%, 2%,
45%, 80% etc. Os pontos reais (analógicos) podem ser caracterizados de duas formas:
Entradas analógicas e saídas analógicas. Esses elementos, assim como as entradas
digitais, são responsáveis por receber a informação do campo para dentro do CLP,
informando seu valor atual (em tempo real). Como exemplo temos a seguinte situação:
Consideremos um sensor de nível em um tanque. Se o tanque estiver completamente
cheio, o sensor indicará para o CLP que ele possui um valor de nível a 100%. Se o
tanque estiver completamente vazio, o sensor indicará para o CLP que ele possui um
valor de nível a 0%. Porém, o sensor também indicará qualquer outra posição
intermediária entre os valores de 0% e 100%.
As interfaces de entrada analógica permitem que o CLP possa manipular grandezas
analógicas, enviadas normalmente por sensores eletrônicos.
As grandezas analógicas elétricas tratadas por esses módulos são normalmente tensão e
corrente. No caso de tensão as faixas de utilização são: 0 á 10 Vcc, 0 a 5 Vcc, 1 a 5Vcc,
-5 a +5 Vcc, -10 a +10 Vcc ( no caso as interfaces que permitem entradas positivas e
negativas são chamadas de entradas diferenciais ) e no caso de corrente, as faixas
utilizadas são : 0 á 20 mA , 4 á 20 mA.
Esses elementos, assim como as saídas digitais, são responsáveis por enviar a
informação interna do CLP para o campo, informando seu valor atual (em tempo real).
Por exemplo: Consideremos uma válvula de controle. Por natureza, este tipo de válvula
permite uma variação em sua abertura (0% a 100%). Assim, a saída controlará a posição
da abertura da válvula em qualquer ponto intermediário da faixa de 0% a 100%. São
exemplos de saídas analógicas: válvulas de controle, posicionadores, servomotores,
resistências, inversores de frequência etc.
Aula 15 - Sistemas de controle PID em CLP
Suponha que tivéssemos que controlar, por exemplo, a velocidade de uma bomba
hidráulica para que em regime de operação ela forneça uma determinada vazão,
independentemente da força exercida pelos atuadores? Ou, ainda, como garantir um
processo de pressão e temperatura constante, indiferentemente a fatores externos?
Tentaremos responder a essas perguntas, neste capítulo. Estudaremos um tema
amplamente utilizado em todas as áreas em que precisamos de um controle
extremamente preciso para uma ou mais grandezas físicas: o controle PID. O objetivo
de um sistema de controle é igualar a variável de processo ao set-point programado, da
maneira mais rápida e sem overshoots.
Ação proporcional (kc) - A ação proporcional é definida pelo termo Kc*, e quanto
maior for a Kc, maior será a variação de MV em função de um erro. Em outras palavras,
quanto maior for a Kc menor será o erro necessário para provocar uma variação de
fundo de escala em MV. Uma forma alternativa de expressar o ganho Kc é por meio da
banda proporcional (PB), que é a variação percentual do erro necessária para provocar
100% de variação em MV: PB = 100 / Kc. Existem controladores comerciais em que,
em vez de ajustar a Kc, ajustamos a PB. O ganho proporcional, entretanto, não é
suficiente para eliminar o erro em regime permanente ou offset. Consideramos que num
controlador puramente proporcional a equação de MV vale: MV = Kc * e + BI.
Ação integral (ti) - Conforme explicado anteriormente, para zerar o erro em regime
permanente, que a ação proporcional não consegue eliminar, utilizamos a ação integral,
a que é definida pelo termo (Kc * e) / (Ti * s). O erro é acumulado (integrado) ao longo
do tempo e esta integral é multiplicada pelo fator (Kc / Ti), em que Kc é o ganho
proporcional e Ti é o tempo integral (ou reset time). O tempo integral é o tempo que a
ação integral leva para provocar uma variação em MV igual à variação provocada
instantaneamente pelo ganho proporcional, assumindo um erro constante (DMVI
(integral) = DMVP (proporcional).
Depois de certo tempo, a ação integral zera o erro em regime permanente. Portanto, em
regime permanente, com erro nulo: MV = BI + e * Kc / (Ti * s). Devemos ressaltar que
um controlador com ação integral suspende a integração do erro se e quando um dos
limites de MV (LI ou LS) for atingido. Esta característica é conhecida como “anti-reset
windup”.
Ação derivativa (td) - Embora a ação integral seja efetiva para eliminar o erro em
regime permanente (ou offset), ela é mais lenta do que a ação proporcional porque age
depois de um período de tempo (ver atraso Ti). Um modo ainda mais rápido do que a
ação proporcional é o modo derivativo. A ação derivativa é representada pelo termo PV
* Kc * Td * s, em que Kc é o ganho proporcional e Td é o tempo derivativo.
O tempo derivativo é aquele que a ação proporcional leva para produzir a mesma
variação em MV produzida instantaneamente pela ação derivativa, quando o erro tem
derivada constante (rampa de erro). Observe, na figura 41, a DMVP (proporcional) =
DMVD (derivativa). A ação derivativa responde às variações do erro (tendência de
comportamento futuro do erro), o que acelera a ação do controlador, compensando
alguns atrasos da malha realimentada.
A maioria dos controladores lógicos programáveis do mercado oferece a possibilidade
de implementação da função de Controle PID.
A Função PID - Quando a condição de execução está ativada, a função PID calcula o
valor filtrado para o controle com dois graus de liberdade, de acordo com os parâmetros
ajustados no campo “C” (Ponto de Ajuste). Ou seja, a função tem o valor de sua saída
no campo “D” calculado a partir do valor da entrada no campo “S” (Entrada Analógica),
em relação ao campo “C” (Ponto de Ajuste). Em caso de falha na configuração de
algum dos campos, o flag de Erro irá ativar.
Se o flag de Erro não ativar, significa que tudo está configurado corretamente e, a partir
desse ponto, a função já está sendo executada. A operação de amortecimento (bumpless)
não é utilizada neste momento, mas possui a funcionalidade de monitorar a saída da
função para evitar que ela sofra variações fortes e repentinas. Quando iniciamos a
execução da função, a variável de processo passa a ser processada durante o período de
amostragem.
A evolução do Ladder original tornou esta linguagem mais capaz, pois novas funções
foram adicionadas às tradicionais operações básicas de relés de temporização e de
contagem. Novas funções, denominadas de blocos de função, aumentaram o poder da
linguagem Ladder básica.
O principal objetivo dos diagramas Ladder é controlar saídas e executar operações
funcionais baseando-se em condições de entrada. Os diagramas em Ladder usam rungs
onde se representam as funções de controle.
Uma rung consiste numa série de condições de entrada, representadas por contatos, e
uma instrução de saída no final, representada por uma bobina.
Uma rung é “verdadeira” quando existe continuidade lógica, ou seja, quando a energia
flui, através da rung, da esquerda para a direita. Quando a continuidade lógica existe, a
condição da rung é verdadeira, havendo um controle da saída. Por outro lado, se a
continuidade lógica não se estabelece, a condição da rung é falsa.
Quando um diagrama Ladder contém um bloco de função, uma ou mais instruções
podem ser utilizadas para representar as condições de entrada que o habilitam.
Existem algumas normas para a colocação dos contatos de entrada. Uma delas, que se
verifica em quase todos os CLPs, evita que a continuidade lógica que tem de haver
numa rung flua ao contrário (sneak paths).
Estes sneak paths ocorrem quando a continuidade lógica flui numa rung através de um
contato que provoca, só ele, a continuidade de uma rung.
A saída Z deverá estar ativa quando os contatos A, B e C ou A, D e E ou F e E
estiverem ativos. No entanto, se os contatos F, D, B e C estiverem ativos existe
continuidade lógica e Z está ligado. Esta situação deverá ser evitada, uma vez que a
saída fica activa com uma combinação de contactos que a não deveriam activar.
Em resumo:
• As instruções em Ladder representam o estado On/Off de entradas e saídas de campo;
• O Ladder usa dois tipos de símbolos: contatos e bobinas, em inglês coil;
• Os contatos representam as condições de entrada e as bobinas representam a saída de
uma rung;
• Em um programa, cada contato ou bobina tem um endereço que permite identificar o
que está a ser avaliado e o que está a ser controlado;
• O endereço está referenciado à tabela de entradas, de saídas ou a um registro interno
do CLP.
Porta lógica “E” (and) - A porta lógica “E” retorna um valor de saída em 1 quando
todas as suas entradas estiverem com o valor lógico 1.
A figura ilustra a operação de uma porta lógica “E”, com a respectiva Tabela Verdade,
que expressa a operação lógica do sistema. Se as entradas X1 e X2 estiverem fechadas,
a lâmpada Y estará ligada.
A porta “E” é utilizada quando queremos que duas ou mais ações sejam completadas,
para que possamos dar continuidade ao processo.
Porta lógica “Negada” (not) - A porta lógica “NEGADA” tem apenas uma entrada e
retorna na saída o valor invertido; ou seja, se a entrada estiver em 1, então a saída terá
valor lógico de 0 (zero) e vice-versa.
A figura 35 ilustra a operação de uma porta lógica “NEGADA”, com a respectiva
Tabela Verdade, que expressa a operação lógica do sistema.
Colocamos a entrada X1 em paralelo com a saída Y. Nesse caso, a corrente vai no
sentido da menor resistência; ou seja, se a entrada X1 estiver aberta, a corrente passará
pela saída Y e, caso a entrada X1 esteja fechada, então a saída Y não acionará.
Como exemplo, temos a conversão de um circuito elétrico em um programa de lógica
de contatos Ladder onde a lâmpada L apaga quando acionássemos B1 que tem um
contato normal fechado. Esta condição representa a função NOT. Veja na figura 3.
O nome Ladder surgiu devido a estrutura da linguagem ser semelhante a uma escada
(ladder), na qual duas barras verticais paralelas são interligadas pela lógica de controle,
formando os degraus (rungs) da escada. Portanto, a cada lógica de controle existente no
programa de aplicação dá-se o nome de rung, a qual é composta por colunas e linhas,
conforme apresentado na figura 1.
Na figura 2 temos o circuito elétrico, o programa Ladder e as ligações em um CLP de
mercado.
O botão B1, normalmente aberto, está ligado a entrada I0.0 e a lâmpada L está ligada à
saída Q0.0. Ao acionarmos B1, I0.0 é acionado e a saída Q0.0 é energizada.
As portas lógicas que vimos anteriormente, combinadas entre si, formam as outras duas
portas de grande utilização: a “NÃO E” (NAND) e a “NÃO OU” (NOR). A porta lógica
“NÃO E” é a combinação entre as portas lógicas ‘NEGADA” e “E”, e a porta lógica
“NÃO OU” é a combinação entre as portas lógicas “NEGADA” e “OU”.
As funções lógicas básicas utilizadas na programação Ladder são: NOT, AND e OR.
Outras funções poderão ser criadas a partir da combinação das três anteriores. A tabela
2 apresenta um resumo das funções lógicas básicas.
Obs. Quem definiu as cores que hoje vemos todos os dias nas ruas foi meu Bisavô
"Chico Fubá", quando atuou como policial de trânsito em Pouso Alegre - MG.
Ele em 1917 inventou um dispositivo automático usando as luzes vermelha, amarela e
verde. A relação das cores dos sinais é um antigo código social usado desde o século 17.
A família SIMATIC representa não somente uma linha de CLP’s, e sim toda uma linha
de produtos de Automação totalmente Integrada.
Os Controladores Lógicos Programáveis da família SIMATIC S7 podem ser divididos
em: Micro PLC (S7-200), pequeno/médio porte (S7-300) e médio/grande porte (S7-
400).
O programa é ativado com um double-click no símbolo SIMATIC Manager ou via
menu: Start SIMATIC STEP 7 SIMATIC Manager. Estes comandos irão
habilitar a janela do STEP 7.
Um programa S7 é uma combinação de blocos de programas, bloco de dados,
comentários e símbolos que são ligados a uma aplicação. Criando este programa, está-se
criando uma estrutura na qual todos estes componentes de programa são combinados.
Exercício 01 - Fazer um programa em ladder para comandar uma partida com reversão
de motor utilizado em um Empilhador de Pálete com capacidade de carregamento de
400 Kg, altura de levantamento 1,80 metros e tempo de levantamento de 10 segundos,
de forma que sejam sinalizado “sentido horário”, “anti horário” e “operação ilegal”.
Esta última deve aparecer quando o operador pressionar as duas botoeiras de ligamento
simultaneamente, ou quando o motor estiver girando em um sentido e o operador
pressionar a botoeira para que gire no sentido contrário.
Projete o diagrama elétrico de acionamento e de potência protegido por disjuntor motor;
elabore o mapeamento de entrada e saída que deve conter botoeiras, sinalização;
interface com contator para o motor, elaboração da programação Ladder; elaboração de
Diagrama elétrico e lista de material.
Crie um programa com o nome ”REV_MOTOR" no projeto PRO2. Salve e transfira seu
programa no dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e envie e
teste o programa no equipamento disponível.
Aula 24 - Segurança em prensa com CLP
O precursor do termo robô (Groover, 1988) foi Karel Capek, novelista e escritor de uma
peça teatral da Tchecoslováquia, que usou pela primeira vez, em 1920, a palavra
“robota” (serviço compulsório, atividade forçada) originando a palavra “robot” em
inglês e traduzido para o português como “robô”. Diversos filmes de ficção cientifica
mostraram robôs produzidos com o comportamento e a forma humana, levando muitos
jovens a pesquisar e desenvolver robôs para o mundo real.
Portanto, este é um robô de cinco graus de liberdade: três graus de liberdade no corpo e
dois graus de liberdade no punho. Os graus de liberdade do corpo do robô definem a
posição do centro da flange do punho. Assim, quando movemos os eixos A, B e C do
robô, cada qual num determinado ângulo, a posição do centro da flange fica
perfeitamente definida.
Conhecida essa posição, os graus de liberdade do punho (E e P) definem, então, a
orientação da flange, ou seja, o ângulo que a flange forma com o antebraço do robô.
Configuração PPP.
Cartesiano ou retangular – geometria (x, y, z) – é o modelo mais simples, seus
movimentos são ortogonais regulares, todos lineares (ou prismático), por isso recebe
também a denominação de robô PPP. Esses robôs é utilizado onde há necessidade de
elevada precisão, mais possui pouco volume de trabalho. Por realizar movimentos
poucos complicados tem a vantagem de ser de fácil programação.
O robô de coordenadas cartesianas, utiliza três juntas lineares. É o robô de configuração
mais simples, desloca as três juntas uma em relação à outra. Este robô opera dentro de
um envoltório de trabalho cúbico.
Configuração RPP.
Robô Cilíndrico – Esse modelo de robô possui uma junta rotacional e duas prismática,
sedo a primeira de revolução, que formará o ângulo de giro do primeiro elo com
respeito a base do robô. Observa-se que o espaço de trabalho é um cilindro. Também
recebe a denominação de robô RPP.
Este braço possui na base uma junta prismática, sobre a qual apóia-se uma junta rotativa
(torcional). Uma terceira junta do tipo prismática é conectada na junta rotativa. Este
braço apresenta um volume de trabalho cilíndrico.
Configuração Esférica.
Robô Esférico – Esse robô possui uma junta prismática e duas juntas rotacionais. As
primeiras duas juntas são de revolução, a primeira faz girar o elo em relação a base,
formando o Θ, a segunda faz inclinar o segundo elo em relação ao primeiro chamado de
Φ, a terceira coordenada formada é prismática, aproximando ou afastando o terceiro elo
do segundo, chamada de ρ. O robô esférico também é denominado robô RRP. Esse tipo
de robô foi projetado para suportar grandes cargas e ter grande alcance. O volume de
trabalho é um setor esférico.
Este tipo de braço robótico foi projetado para suportar grandes cargas e ter grande
alcance. É bastante utilizado para carga e descarga de máquinas, embora o braço
revoluto seja mais comum nestas aplicações. Ele conta com duas juntas rotativas
seguida de uma junta prismática. A primeira junta move o braço ao redor de um eixo
vertical, enquanto que a segunda junta gira o conjunto ao redor de um eixo horizontal. O
volume de trabalho é um setor esférico, de onde este manipulador obteve seu nome. A
denominação “polar” deve-se as coordenadas polares de sistemas de eixos cartesianos,
caracterizadas por duas coordenadas angulares (juntas rotativas) e uma coordenada
radial (junta prismática).
Configuração Paralelo.
Um robô cartesiano (também chamado de robô linear ) é um robô industrial cujos três
principais eixos de controle são lineares (eles se movem em uma linha reta ao invés de
girar) e se forma um ângulo reto a relação de cada eixo. Há três articulações deslizantes
que correspondem ao movimento de cima para baixo , de dentro para fora e da direita
para esquerda, o braço possui três juntas prismáticas, cujos eixos são coincidentes com
um coordenador cartesiano XYZ. Entre outras vantagens , este arranjo mecânico
simplifica a solução de controle do braço robô.
Em princípio, um robô deve possuir 3 graus de liberdade (GDL) para alcançar qualquer
ponto no espaço. Entretanto, ele deve ter 3 GDL adicionais para manusear um objeto no
espaço. A classe geométricas de robôs Cartesiano (ou retangular) são de geometria (x,
y, z). É o modelo mais simples, e também é de fácil manuseio matemático. Esse robô é
usado onde uma elevada precisão de posicionamento é necessária. Entretanto, ele tem
um volume de trabalho limitado. Robôs com coordenadas cartesianas com o membro
horizontal apoiado em ambas as extremidades são por vezes chamados robôs de
pórtico . Eles são muitas vezes bastante grande.
Os robôs manipuladores cartesianos possuem pequena área de trabalho quando
comparados com manipuladores de dimensões semelhantes, mas de diferente geometria.
Porém, possuem um elevado grau de rigidez mecânica e são capazes de grande exatidão
na localização do atuador. Seu controle é simples devido ao movimento linear dos
vínculos e devido ao momento de inércia da carga ser fixo por toda a área de atuação.
O volume de trabalho será um paralelepípedo, ou seja, o produto das distâncias dos três
eixos. Portanto, se o comprimento máximo de cada elo for “L”, então o volume será L3.
Este tipo de configuração é bastante usual em estruturas industriais como: Pórticos –
empregados para transporte de cargas; Sistema de Armazenamento Automático –
manipulação de caixas.
Devido à simplicidade do controle e a rigidez mecânica, robôs manipuladores
cartesianos são utilizados para transporte e armazenamento de cargas. Um exemplo de
robô desta classe utilizado na automação de armazéns é o robô trans-elevador, utilizado
para alocação e extração de objetos em armazéns verticais.
Uma aplicação comum para este tipo de robô é um computador de controle numérico
( máquina CNC) . A aplicação mais simples é utilizado em fresadoras e onde uma
caneta ou um roteador traduz através de um plano xy , enquanto uma ferramenta é
levantada e abaixada em uma superfície para criar um projeto preciso de desenho.
A figura 5 apresenta o painel de controle do IBM 7535, que possui uma tecla a menos
que o 7545. Pela verificação das funções das teclas principais pode-se conhecer como é
a operação deste equipamento. O teclado é de membrana e cada uma das teclas possui
um LED vermelho para indicar que foi pressionado. As três teclas do canto superior
direito (Power, Home e Memory) não são teclas e sim indicadores luminosos, da mesma
forma que os seis indicadores de erros (SE, PF, OR, OT, TE e DE).
O grande botão vermelho desliga todas as saídas. Estes robôs, quando tem seus motores
desenergizados, permitem que Teta1 e Teta2 sejam movimentados com as mãos, sem
grande esforço. Quando este botão é pressionado fica travado. Para destravá-lo é
necessário gira-lo.
Manip Power: quando o equipamento é ligado, ou após uma parada de emergência,
pressiona-se esta tecla para que os servo-motores e demais dispositivos sejam
energizados. O indicador luminoso Power irá ficar aceso.
Return Home: o sistema de medição destes robôs é incremental e dessa forma, quando é
acionado, não sabe onde Teta1, Teta2, Roll e Eixo Z estão. É necessário iniciar o
procedimento chamado de referenciamento. Ao pressionar esta tecla, os quatro eixos
irão se movimentar na direção de suas respectivas posições iniciais, em busca de
indicadores de posição (sensores). Para evitar colisões com dispositivos na área de
trabalho, primeiramente é movimentado o eixo Z para a direção superior. Quando os
quatro eixos tiverem encontrado suas marcas o equipamento estará referenciado e
pronto para entrar em operação. O indicador luminoso Home se acenderá.
Reset Error: quando algum dos seis erros interrompe a execução de um programa o
operador deve remover a causa do erro e, após isso, pressionar esta tecla para
prosseguir. Por exemplo, quando o robô fica aguardando um sinal de um equipamento
externo por um determinado tempo programado e o sinal não é enviado, ocorre um erro
OT (Out Time).
On Line: permite estabelecer comunicação com o computador para envio ou
recebimento de programas, ou movimentação dos eixos por meio do teclado do
computador.
Off Line: encerra a conecção com o computador. É necessário estar neste estado para
movimentação manual do robô ou execução de programas.
Auto: prepara o sistema para execução de programas (modo Automático).
Manual: prepara o sistema para movimentação manual.
App1 à App5: seleciona o programa armazenado em uma das cinco áreas de memória.
Start Cycle: se um programa acaba de ser selecionado ou se foi utilizada a tecla Stop
Cycle, inicia a execução do programa a partir de seu início. Caso tenha sido utilizada a
tecla Stop & Mem o programa é executado a partir do ponto memorizado.
Stop Cycle: interrompe a execução do programa que está sendo executado.
Stop & Mem: interrompe a execução do programa que está sendo executado e armazena
a posição para reinicialização a partir deste ponto.
Step: faz o sistema entrar na execução passo-a-passo, ou seja, é necessário usar esta
tecla para a execução de cada linha do programa.
As teclas que serão descritas em seguida só operam quando o sistema está em modo
Manual.
Gripper Open / Gripper Close: abre e fecha a garra do robô (acionamento pneumático).
Z Up / Z Down: movimentam o eixo Z para cima e para baixo (pneumático ou servo-
controlado).
1+ / 1-: movimentam Teta1 no sentido positivo ou negativo.
2+ / 2-: movimentam Teta2 no sentido positivo ou negativo.
Roll+ / Roll-: gira o eixo Z no sentido positivo ou negativo.
Rapid: utilizado com 1, 2, Roll e Z para movimentação mais rápida.
Observe que o robô está em uma posição X, Y e Roll qualquer e com o Eixo Z na
posição inferior. Deve-se pressionar a tecla Manip Power para acionar o robô (o Led
vermelho se acenderá). Em seguida use o botão Return Home para referenciá-lo.
Observe a rotina de movimentos que é realizada.
Após o referenciamento pode-se optar por entrar no modo Auto ou Manual. A tela
mostrada pela figura 10 mostra os comandos de movimentação manual. Há também a
opção de clicar com o mouse em uma posição da área de trabalho para movimentar o
7535.
O braço robótico (Groover, 1988) é composto pelo braço e pulso. O braço consiste de
elementos denominados elos unidos por juntas de movimento relativo, onde são
acoplados os acionadores para realizarem estes movimentos individualmente, dotados
de capacidade sensorial, e instruídos por um sistema de controle.
O braço é fixado à base por um lado e ao punho pelo outro. O punho consiste de várias
juntas próximas entre si, que permitem a orientação do órgão terminal nas posições que
correspondem à tarefa a ser realizada. Na extremidade do punho existe um órgão
terminal (mão ou ferramenta) destinada a realizar a tarefa exigida pela aplicação. A
figura 1 mostra esquematicamente uma seqüência de elos e juntas de um braço robótico.
Nos braços reais, a identificação dos elos e juntas nem sempre é fácil, em virtude da
estrutura e de peças que cobrem as juntas para protegê-las no ambiente de trabalho.
Numa junta qualquer, o elo que estiver mais próximo da base é denominado elo de
entrada. O elo de saída é aquele mais próximo do órgão terminal, como ilustrado na
figura 2.
Num braço mecânico antropomórfico (que se assemelha ao braço humano), os elos são
denominados sequencialmente de base, braço e antebraço.
Fig. 3 – Tipos de juntas empregadas em robôs
As juntas podem ser rotativa, prismática, cilíndrica, esférica, parafuso e planar. Suas
funcionalidades são descritas a seguir, e na figura 4 podem ser visualizadas.
• A junta prismática ou linear: Move em linha reta. São compostas de duas hastes que
deslizam entre si;
• A junta rotacional: Gira em torno de uma linha imaginária estacionária chamada de
eixo de rotação. Ela gira como uma cadeira giratória e abrem e fecham como uma
dobradiça;
• A junta esférica: Funciona com a combinação de três juntas de rotação, realizando a
rotação em torno de três eixos;
• A junta cilíndrica: É composta por duas juntas, uma rotacional e uma prismática;
• A junta planar: É composta por duas juntas prismáticas, realiza movimentos em duas
direções;
• A junta parafuso: É constituída de um parafuso que contém uma porca ao qual executa
um movimento semelhante ao da junta prismática, porém, com movimento no eixo
central (movimento do parafuso).
Robôs industriais utilizam em geral apenas juntas rotativas e prismáticas. A junta planar
pode ser considerada como uma junção de duas juntas prismáticas, e, portanto, é
também utilizada. As juntas rotativas podem ainda ser classificadas de acordo com as
direções dos elos de entrada e de saída em relação ao eixo de rotação. Tem-se assim as
seguintes juntas rotativas:
• Rotativa de torção ou torcional T: Os elos de entrada e de saída têm a mesma direção
do eixo de rotação da junta.
• Rotativa rotacional R: Os elos de entrada e de saída são perpendiculares ao eixo de
rotação da junta.
• Rotativa revolvente V: O elo de entrada possui a mesma direção do eixo de rotação,
mas o elo de saída é perpendicular a este.
Aula 46 - Graus de liberdade de robôs
Com menos de 6 graus de liberdade, o manipulador poderia não atingir uma posição
arbitrária com uma orientação arbitrária dentro do espaço de trabalho. Para certas
aplicações como, por exemplo, manipular objetos num espaço que não se encontra livre
de obstáculos, poderiam ser necessários mais de 6 graus de liberdade. A dificuldade de
controlar o movimento aumenta com o número de elos do braço.
Instalação Industrial - Aula 04 - Partida direta de Motor com CLP
O primeiro e mais simples programa a ser feito, é o programa para partida direta de um
motor de indução trifásico, que tem o formato mostrado na figura.
Deve-se lembrar que cada entrada (I) e saída (O) do CLP está ligada fisicamente aos
elementos de sinais e/ou comandados, como mostra a figura.
Caso o sensor capacitivo %I0.4 seja acionado ligará o motor (K1 e K3) em alta
velocidade por 10 s, portanto esteira em alta velocidade.
Caso o sensor indutivo %I0.5 seja acionado ligará o motor (K2) em baixa velocidade
por 5 s, portanto esteira em baixa velocidade.
Após finalizar um programa no software TWIDO SUITE, é necessário que o mesmo
seja transferido para o CLP; isto é denominado Download.
Após elaboração devemos testar se a lógica do programa está correto. O download do
Twido Suite pode ser feito neste link: Software Twido Suite.
Crie um programa com o nome ”AL_SRG_E0" na pasta projeto. Salve e transfira seu
programa no dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e teste o
programa no equipamento disponível. Use como referência as figuras acima.
Aplicação 02 - Energizar uma lâmpada quando uma chave fim de curso fechar no
campo.
A partida estrela triângulo com reversão, consiste na alimentação do motor com tensão
reduzida nas bobinas, durante a partida. Assim, as bobinas do motor recebem somente
58% (1 ÷ √3) da tensão nominal e após determinado tempo haverá comutação
automática para triângulo e as bobinas passam a receber 100% da tensão nominal. A
partida com reversão proporciona ao operador, duas botoeiras, uma para que o motor
gire no sentido horário e outra no sentido anti-horário.
Sequência operacional:
Deve-se lembrar que cada entrada (I) e saída (O) do CLP está ligada fisicamente aos
elementos de sinais e/ou comandados, como mostra a figura.
Nota-se que o comtato normal aberto do Disjuntor Motor e as Botoeiras B0, B1, B3 e
B4 foram ligadas nas entradas I0 a e I4, assim como as saídas O0 a O3 foram ligadas no
contator, e é por isso que se usa estas entradas e saídas mostradas no programa em
Ladder. Note ainda que foi utilizado o contator pois a saída do CLP fornece 24Vcc
enquanto o motor opera com 220 VCA.
A programação de um CLP envolve o conhecimento de circuitos lógicos e seqüenciais,
existem algumas técnicas adequadas que serão estudadas. Por enquanto os programas
serão construídos de forma intuitiva através de diversos exemplos, forçando o raciocínio
lógico.
Projete o diagrama elétrico de acionamento e de potência protegido por disjuntor motor;
elabore o mapeamento de entrada e saída que deve conter botoeiras "Ligar" e
"Desligar"; interface com contator para o motor, elaboração da programação Ladder;
elaboração de Diagrama elétrico e lista de material.
Crie um programa com o nome ”PRYD_MOTOR" no projeto PRO2. Salve e transfira
seu programa no dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e
envie e teste o programa no equipamento disponível.
Guilhotina: Faça um programa em ladder para CLP Allen Bradley Micrologix 1000
que acione uma saída somente se houver acionamento simultâneo de duas entradas,
desenhe a solução em ladder.
Crie um programa com o nome "Ejetor de embalagens", salve e transfira seu programa
no dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e envie e teste o
programa no equipamento disponível.
Liga, desliga: Faça um programa em ladder para CLP Allen Bradley Micrologix 1000
que acione uma saída após acionamento de um push-botom e desacione essa mesma
saída após acionamento de outro push-botom.
Crie um programa com o nome "Liga - Desliga", salve e transfira seu programa no
dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e envie e teste o
programa no equipamento disponível.
Crie um programa com o nome "Liga - Desliga 2", salve e transfira seu programa no
dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e envie e teste o
programa no equipamento disponível.
Crie um programa com o nome " Liga - Desliga 3 ", salve e transfira seu programa no
dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e envie e teste o
programa no equipamento disponível.
Interruptor paralelo: Ao acionar qualquer uma das duas chaves retentivas a saída
mudara de status, se estava desligada liga e se estava ligada desliga.
Projeto Industrial - EX08 - Liga e Desliga no mesmo botão com com CLP
Liga desliga no mesmo botão: Faça um programa em ladder para clp Allen Bradley
Micrologix 1000 que ao acionar uma entrada pela primeira vez acione uma saída e
acionar pela segunda vez desligue essa mesma saída.
Crie um programa com o nome "Liga Desliga 4", salve e transfira seu programa no
dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e envie e teste o
programa no equipamento disponível.
Projeto Industrial - EX09 - Osciladores internos S:4/0 até o S:4/15
Verifique o funcionamento dos osciladores internos S:4/0 até o S:4/15 levantando seus
tempos aproximados.
Figura 01 – Temporizadores
Sequencial 1: Faça um programa em ladder para clp Allen Bradley Micrologix 1000
que acione 5 saídas uma de cada vez através de pulsos dados em uma entrada na
seguinte sequencia 1, 2, 3, 4, e 5 e desacione na sequencia 5, 4, 3, 2 e 1.
Sequencial 1: Faça um programa em ladder para clp Allen Bradley Micrologix 1000 que
acione 5 saídas uma de cada vez onde as saídas serão acionadas a cada um segundo
automaticamente.
Diagrama Ladder elaborado por Francisco Filho e Carlos Pierini disponível no link:
Acionamento Sequencial temporizado com CLP.
Diagrama Ladder elaborado por Erielson Silva e Mirian Muniz está disponível no
link: Ex15 Acionamento Sequencial de 3 Motores.
Contador: Faça um programa que ao acionar um push botom uma esteira permaneça
ligada até um sensor detectar a passagem de 10 caixas, após passagem de 10 caixas a
esteira desliga automaticamente.
Diagrama Ladder disponível no link: Ex16 Acionamento de Esteira com Contador.
Deve-se lembrar que cada entrada (I) e saída (O) do CLP está ligada fisicamente aos
elementos de sinais e/ou comandados, como mostra a figura.
Sequência operacional
Botoeira S1 – Energiza-se k4 e k1 (Y horário) e após o tempo pré-determinado pelo
CLP desenergiza-se k4 e energizando k3. (∆ horário).
Botoeira S2 – Energiza-se k4 e k2 (Y anti-horário) e após o tempo pré-determinado pelo
CLP desenergiza-se k4 e energizando k3. (∆ anti-horário).
Os intertravamentos impedem k1 e k2 de serem acionados ao mesmo tempo. O contato
fechado de k3 impede que k4 e T1 fique energizado o tempo todo.
Descrição de funcionamento
Sentido horário - Pressionando S1 energizam-se os contatores k4 e k1 e o temporizador
do CLP que dá inicio a contagem de tempo. Neste momento, o motor está ligado em
estrela e girando no sentido horário, terminando o tempo abre-se o contato do
temporizador e desenergiza k4 e energizando k3. Agora o motor está ligado em
triângulo no sentido horário.
Sentido anti-horário - Pressionando S2 energizam-se os contatores k4 e k2 (observe no
diagrama de potência que k2 inverte as fase do motor) e o temporizador do CLP que dá
inicio a contagem de tempo. Neste momento, o motor está ligado em estrela e girando
no sentido anti-horário, abre-se o contato do temporizador T1 desenergiza k4 e
energizando k3. Agora o motor está ligado em triângulo no sentido anti-horário.
Deve-se lembrar que cada entrada (I) e saída (O) do CLP está ligada fisicamente aos
elementos de sinais e/ou comandados, como mostra a figura.
Nota-se que as Botoeiras S0 e S1 foram ligadas respectivamente as entras I2 e I3, assim
como a saída O1 a O6 foram ligadas aos contatores, e é por isso que se usa estas
entradas e saídas mostradas no programa em Ladder. Note que foram utilizados
contatores em 24v pois a saída do CLP fornece 24Vcc enquanto o motor opera com 220
Vca.
A programação de um CLP envolve o conhecimento de circuitos lógicos e seqüenciais,
existem algumas técnicas adequadas que serão estudadas. Por enquanto os programas
serão construídos de forma intuitiva através de diversos exemplos, forçando o raciocínio
lógico.
Projete o diagrama elétrico de acionamento e de potência protegido por disjuntor motor;
elabore o mapeamento de entrada e saída que deve conter botoeiras "Ligar" e
"Desligar"; interface com contator para o motor, elaboração da programação Ladder;
elaboração de Diagrama elétrico e lista de material.
Crie um programa com o nome "Reversão_Y_yy_MOTOR" no projeto PRO1. Salve e
transfira seu programa no dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no
simulador e envie e teste o programa no equipamento disponível.
As Entradas digitais são acionadas por interruptores, existem duas funções para os
interruptores. A primeira delas é sua utilização pelos operadores para enviar
informações na entrada do circuito de controle, e a segunda função é sua utilização nas
partes móveis que produzem retorno de sinais para o circuito de controle.
Botoeiras - Há muitos tipos de interruptores para serem descritos. Os interruptores mais
comuns são as botoeiras, que possuem uma grande gama de aplicações.
A figura abaixo apresenta um exemplo de botoeira. Existem dois tipos de botoeira, a
pulsada e a retentiva. A botoeira pulsada é ativada quando o botão é pressionado e é
desativada quando o botão é liberado.
O retorno da botoeira é realizado por meio da utilização de uma mola interna. A
botoeira retentiva é ativada quando o botão é pressionado, e continua ativada mesmo
que o botão seja liberado. Para desativar esse tipo de botoeira, o botão deve ser
pressionado uma segunda vez. Uma variação para a botoeira retentiva são os botões de
emergência do tipo girar para destravar.
Os interruptores de limite são instalados nas máquinas em posições que não são
normalmente acessíveis pelo operador durante o funcionamento da máquina. Desse
modo, os interruptores de limite são acionados pelas partes móveis da máquina.
Usualmente, os interruptores de limite são dispositivos mecânicos. Todavia, atualmente
podemos encontrar dispositivos que são acionados por luz ou calor, como, por exemplo,
os sensores de abertura de portas de supermercados e shoppings e barreiras óticas. Os
interruptores de limite podem ser encontrados também com contatos NA ou NF.
Há vários tipos de interruptores de limite, que abrangem quase todos os tipos de
aplicações imagináveis.
Relés de Inteface
As interfaces de relés auxiliares são utilizados para a proteção tanto das entradas quanto
da saídas do CLP, pois assim qualquer imprevisto pode vir a danificar o relé primeiro ao
invés da saída do CLP que possui um custo muito maior.
Utilizando como exemplo um sensor, a saída NA do sensor acionaria a entrada do CLP,
porém entre o CLP e o sensor adiciona-se um relé auxiliar que terá a função de proteger
a entrada do CLP neste caso o relé poderá ter apenas um contato NA ou 1 Reversível.
O mesmo aplica-se a saída do CLP, onde pode-se utilizar um relé para como interface
para acionamentos de cargas indutivas e/ou cargas eletromagnéticas, contatores de
potência, válvulas solenoides, eletroímãs, etc. O relés de interface são projetados para
receber 24 V dc fornecidos pelo CLP para operar as bobinas de contatores que
trabalham com 220 volts.
A bobina do relê interface é controlado pelo CLP ao passo que o contato normal aberto
do relé garante o acionamento do contator. A comutação da bobina dá origem a
sobretensões que têm efeitos adversos sobre os dispositivos eletrônicos, geralmente os
relé de interface são equipados com supressores de surtos composto de um diodo, em
antiparalelo com a bobina do relé.
Os relês de interface possuem um baixo consumo de energia no contexto dos sistemas
eletrônicos. A ligação de limitadores de sobretensão eleva a vida útil de relês
acopladores.
Relés Temporizadores
Relé TON (on delay) - É utilizado em um circuito em que se deseja que a bobina seja
acionada após certo tempo (ajustado pelo operador). Nesse exato momento, todos os
contatos da bobina, que são do tipo NF, passam a abrir, e os contatos do tipo NA
passam a fechar, até que as condições de energização sejam desativadas.
Quando este evento ocorrer, o relé temporizado desligará e seu ajuste de tempo
normalizará, zerando o valor da contagem. Este temporizador é muito útil quando
precisamos atrasar a ativação de algum equipamento, como, por exemplo, quando
partimos um motor de uma máquina. Nesse caso, muitas vezes necessitamos que alguns
equipamentos fiquem desligados por um pequeno intervalo de tempo até que o motor
chegue à sua velocidade de trabalho.
Relé TOF (off delay) - É utilizado quando necessitamos deixar um equipamento ligado
durante certo tempo, mesmo após a condição de ativação ser desligada.
Como exemplo de aplicação podemos citar um sistema de refrigeração em que a
ventilação precisa ficar acionada mesmo após a máquina ter sido desligada.
Revisão 05- Sensores Indutivos Industriais
A detecção ocorre sem que haja o contato físico entre o sensor e o acionador,
aumentando a vida útil do sensor por não possuir peças móveis sujeitas a desgastes
mecânicos.
O princípio de funcionamento baseia-se na geração de um campo eletromagnético de
alta freqüência, que é desenvolvido por uma bobina ressonante instalada na face
sensora. A bobina faz parte de um circuito oscilador que em condição normal
(desacionada) gera um sinal senoidal.
Quando um metal aproxima-se do campo, este por correntes de superfície (Foulcault),
absorve a energia do campo, diminuindo a amplitude do sinal gerado no oscilador.
A variação de amplitude deste sinal é convertida em uma variação contínua que
comparada com um valor padrão, passa a atuar no estágio de saída.
O Fator de Correção é usado para determinar o alcance quando se quer detectar outros
materiais que não o aço carbono padrão. A composição o alvo causa um grande efeito
no alcance de sensores de proximidade indutivo.
Os sensores com saídas discretas possuem saídas com transistores, e estes podem ser
NPN ou PNP.
Nos sensores com saída a relé as saídas não são eletrônicas, mas sim mecânicas. O relé
possui contratos, normalmente abertos (NA) e normalmente fechados (NF), o que nos
disponibiliza uma independência quanto à tensão da carga. A principal vantagem sobre
os eletrônicos está em poder trabalhar com correntes mais altas.
Para efetuar a ligação elétrica dos sensores temos que observar os esquemas de ligação
elétrica, identificando as cores dos fios antes de instalar o sensor, evitando
principalmente que a saída do sensor seja ligada à rede elétrica, o que causaria a sua
destruição.
Não se devem utilizar lâmpadas de incandescência com os sensores, pois a resistência
do filamento frio provoca uma corrente de pico que pode danificar o sensor. As cargas
indutivas, tais como contatores e relés devem ser bem especificadas porque a corrente
de ligação ou de corte podem danificar o sensor.
Instrução SET - A instrução SET permite que, quando a condição lógica, que antecede
a instrução SET, vá a On, o bit associado à função comute para o seu estado lógico On,
e assim permaneça mesmo que a condição lógica, que antecede a instrução de SET,
comute para Off .
Instrução RESET - Situação semelhante acontece com a instrução RSET, pois, quando
a condição lógica que antecede esta instrução vai a On, o bit manipulado é, em
simultâneo, levado a Off permanecendo nesse estado. Nota: Caso haja simultaneidade
da função de SET e RSET, é a condição de RESET a predominante.
Função KEEP - A instrução KEEP permite definir um bit de memória como biestável,
ou seja, o estado do relé é definido por duas condições lógicas: SET ou RESET (figura
23).
EX01 - Acionamento Direto com CLP
Crie um programa com o nome ”AD_SRG_E1" na pasta projeto. Salve e transfira seu
programa no dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e teste o
programa no equipamento disponível. Use como referência as figuras acima.
Crie um programa com o nome ”AI_SRG_E2" na pasta projeto. Salve e transfira seu
programa no dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e teste o
programa no equipamento disponível. Use como referência as figuras acima.
Crie um programa com o nome ”AR_SRG_E3" na pasta projeto. Salve e transfira seu
programa no dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e teste o
programa no equipamento disponível. Use como referência as figuras acima.
Diagrama Elétrico de Acionamento Retentivo com CLP está disponível em: 17_03_03
Acionamento Indireto com CLP.
Crie um programa com o nome "AT_SRG_E4" na pasta projeto. Salve e transfira seu
programa no dispositivo de treinamento. Teste o funcionamento no simulador e teste o
programa no equipamento disponível. Use como referência as figuras acima.